abcdefghijklmnopqrstuvwxyyz
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 8 - nº 63 - Janeiro/2007
Distribuição Gratuita
Francisco
Cândido Xavier
Especial
Editorial
editorial
Estamos próximos do 5º aniversário do desencarne do nosso querido Chico
Xavier.
Muito se tem falado e escrito a seu respeito.
Mas se tem sempre buscado lembrar e enaltecer a qualidade mediúnica deste,
que recebeu a missão de nos trazer as obras mediúnicas que complementariam a
obra de Allan Kardec, no conhecimento e esclarecimento da doutrina espírita, o
Cristianismo Redivivo.
Muitas vezes o colocamos como uma criatura que, diante das suas faculdades
mediúnicas, atendeu aos desígnios divinos, simplesmente trazendo dos espíritos
autores, desencarnados, todo o conteúdo doutrinário contido em seus livros e
mensagens, sem que tenha que ter tido adquirido, no decorrer destes séculos
passados e nas suas diversas reencarnações, a condição moral/espiritual que lhe
desse o passaporte que proporcionasse a oportunidade de, a pedido do próprio
Cristo, ser o enviado pronto a enfrentar todas as dificuldades e obstáculos de quem
leva a Luz em meio às trevas.
Nesta reencarnação, muito foi assediado para que sua vaidade o levasse a uma
paralisação na tarefa proposta, muito se tentou que usufruísse dos bens materiais
que as próprias obras poderiam lhe render, muito se buscou desacreditá-lo diante
de seu desprendimento e de suas qualidades morais que sempre foram ilibadas, e
muito se buscou destruir a semeadura cristã que ele, espontaneamente, sempre
distribuiu a todo o planeta, com sua presença, com suas obras ou com os seus
exemplos.
A compreensão nossa, quanto ao esforço pessoal que o nosso Chico
implementou a si mesmo, para que a missão a que foi convidado a executar fosse
plena de êxitos, ainda não alcançou em nós a sua verdadeira dimensão, já que,
deveras, diminuímos muito o esforço do homem Francisco Cândido Xavier, que,
vivendo na Terra como todos nós, teve seus momentos de solidão, incompreensão,
ingratidão, sofrendo calúnias, processos, e todas as adversidades que qualquer
outra criatura encarnada pudesse sofrer, mas em proporções equivalentes da
missão que lhe pesava nos ombros, que ele suportou com resignação e fidelidade
ao Evangelho do nosso Mestre Jesus.
Lembremos que, assim como a teoria equivocada em relação ao corpo fluídico
do Cristo, não nos equivoquemos quanto ao esforço exercido pelo nosso Chico
Xavier na caminhada terrena, quando nos deixa um legado não só de 412 livros
(quando encarnado), mas de uma infinidade de mensagens, e o seu exemplo de
autêntico seareiro do Cristo, em paragens terrenas.
Por isso, estamos editando este número especial em homenagem, não apenas
ao médium Chico Xavier, mas principalmente ao homem Francisco Cândido
Xavier, que exemplificou o Evangelho do Cristo em seus 92 anos dentre nós.
Obrigado, Francisco Cândido Xavier, um homem cristão!
Equipe Seareiro
INDÍCE
GRANDES PIONEIROS: Francisco Cândido Xavier - Pág. 3
LIVRO EM FOCO: Sementeira de Luz - Pág. 13
LIÇ Õ ES DO CHICO: Chico Xavier e Waldo Vieira - Pág. 13;
Fato curioso na vida de Chico Xavier - Pág. 14;
Comentando o Evangelho - Pág. 15
CANTINHO DO VERSO EM PROSA: Votos do Servo Cristão - Pág. 16
RELATOS DA VISITA: Pedro Leopoldo - Pág. 17;
Uberaba - Pág. 18
2
Seareiro
Publicação Mensal
Doutrinária-espírita
Ano VIII - nº 63 - Janeiro/2007
Órgão divulgador do Núcleo de
Estudos Espíritas Amor e Esperança
CNPJ: 03.880.975/0001-40
CCM: 39.737
Seareiro é uma publicação mensal,
destinada a expandir a divulgação da
doutrina espírita e manter o intercâmbio
entre os interessados em âmbito mundial.
Ninguém está autorizado a arrecadar
materiais em nosso nome a qualquer
título. Conceitos emitidos nos artigos
assinados refletem a opinião de seu
respectivo autor. Todas as matérias
podem ser reproduzidas desde que citada
a fonte.
Direção e Redação
Rua das Turmalinas, 56 / 58
Jardim Donini
Diadema - SP - Brasil
CEP: 09920-500
Endereço para correspondência
Caixa Postal 42
Diadema - SP
CEP: 09910-970
Tel: (11) 4044-5889 com Eloisa
E-mail: [email protected]
Conselho Editorial
Ana Daguimar de Paula Amado
Fátima Maria Gambaroni
Geni Maria da Silva
José Roberto Amado
Marcelo Russo Loures
Reinaldo Gimenez
Roberto de Menezes Patrício
Rosangela Neves de Araújo
Rosane de Sá Amado
Ruth Correia Souza Soares
Silvana S.F.X. Gimenez
Vanda Novickas
William de Paula Amado
Wilson Adolpho
Jornalista Responsável
Eliana Baptista do Norte
Mtb 27.433
Diagramação e Arte
Reinaldo Gimenez
Silvana S.F.X. Gimenez
Impressão
Van Moorsel, Andrade & Cia Ltda
Rua Souza Caldas, 343 - Brás
São Paulo - SP
CNPJ: 61.089.868/0001-02
Tel.: (11) 6764-5700
Tiragem
12.000 exemplares
Seareiro
Grandes Pioneiros
grandes
pioneiros
Francisco Cândido Xavier
Saudades!
Acreditamos que esta palavra resume toda a expressão
dos sentimentos daqueles que, como nós, espíritas ou não,
reagimos diante da falta pessoal do nosso inesquecível
médium Francisco Cândido Xavier!
No ano de 1910, na pequenina cidade mineira de Pedro
Leopoldo, ninguém poderia imaginar que o lar modesto do
Sr. João Cândido Xavier e D. Maria João de Deus seria
agraciado pela espiritualidade superior com a vinda de
retorno à Terra do iluminado espírito de um menino, que
traria ao mundo a
“Boa-Nova”, o
roteiro verdadeiro do
Evangelho do Cristo,
sobre o qual esse
menino daria
testemunho em todo o
decorrer de sua vida
material. Seria,
Casa onde Francisco Cândido Xavier portanto, como o foi,
nasceu em Pedro Leopoldo.
o obreiro que soube
desempenhar sua missão, enunciando-se em favor do grande
Amor que sempre teve pelos sofredores e infortunados de
toda sorte.
A vida de Chico, diminutivo de seu nome dado desde
pequeno pelos seus familiares, sempre foi de privações. Mas
isso nunca afetou o seu carinho para com toda a numerosa
família que se formara.
Cresceu amando imensamente o local em que nascera.
Dizia ele que Pedro Leopoldo era sua segunda pátria
espiritual. Pois fora ali que mantivera seus primeiros
contatos com as “Inteligências Sublimes e amigos do Mundo
Espiritual, em noites repletas de Luzes da Espiritualidade
Eterna” (Palavras do próprio Chico em reuniões com
amigos).
Desde a infância, Chico mostrou pendores pela literatura.
Procurava aumentar seu desejo em ter maiores
conhecimentos sobre o estudo, praticamente sozinho, pois
fora com muita dificuldade que conseguira terminar o curso
primário. Trabalhava parte do dia numa fábrica de tecidos,
das 15 às 2 horas da madrugada.
O pai de Chico, o Sr. João Xavier, não gostava de ver o
filho com livros ou revistas, que ele conseguia com os
amiguinhos da escola e que prendiam sua atenção tirando-o
do trabalho a ser feito em casa. Por isso, Chico via seus livros
serem constantemente queimados pelas mãos de seu genitor,
que implicava com a sua vocação voltada “para as letras”.
A família Xavier era profundamente católica. Era natural,
portanto, que Chico seguisse os ensinamentos teóricos da
igreja. E isso ele o fazia com amor e respeito, ouvindo as
lições que eram ministradas pelas orientadoras do catecismo
católico cristão.
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
Mas Francisco Cândido Xavier viera para desempenhar
uma importante missão sobre a Terra. E a sua mediunidade
começou a aflorar desde os cinco anos, quando se deu a
partida de sua tão amada mãezinha para o mundo espiritual.
Um dia, após essa dolorosa separação, quando Chico
procurava isolar-se no quintal de sua casinha, para dar vazão
às suas lágrimas, eis que o quintal resplandece de luzes e o
menino vê acariciá-lo as mãos de sua mãezinha. Esta,
enxugando-lhe o rosto, pergunta:
— Por que o choro, meu filho? Veja, estou aqui, não
morri! E muito menos o abandonei!
Chico, abraçando-se espiritualmente ao coração materno,
trava um diálogo de alívio e orientação para sua vida. A mãe
pede-lhe paciência e obediência, pois, somente assim, ele
poderia aprender a viver com disciplina e atender aos
desígnios de Deus, pois haveria muito trabalho para ser feito
através de suas mãos.
Chico, ao relembrar esse fato, dizia que fora um marco
inicial de sua tarefa mediúnica. O tempo se incumbiria de dar
a ele as respostas das profecias, por assim dizer, de sua
querida mãezinha. Começava aos poucos a entender as
visões espirituais, que eram difíceis de serem aceitas,
principalmente, por seu pai, que dizia ser Chico atacado por
demônios.
Em maio de 1927 ocorreu um triste acontecimento na
família numerosa de Chico. Uma de suas irmãs, Maria
Xavier, começava a apresentar graves distúrbios emocionais.
Repentinamente, ela ficou agressiva, mudando a sua
fisionomia e o comportamento, antes calmo e sociável.
Levada à capital mineira, foi consultada por vários
neurologistas que nada puderam fazer, a não ser aconselhar a
família a interná-la em clínica especializada para esses casos.
Como isso era difícil, pois não havia recursos para esse
tratamento! Lembrou-se Chico de um casal espírita, muito
amigo da família. Moravam distante, mas, a pedido do
próprio Chico, o senhor José Hermínio Perácio e sua esposa,
dona Carmen Penna Perácio, médium vidente, de imediato
vieram atender ao ocorrido.
Sabedores do caso obsessivo que tomava conta dos
Chico, seus irmãos e Manuel Quintão em Pedro Leopoldo, 1939.
3
Numa dessas reuniões, tinha Chico
pensamentos de Maria Xavier e
dezessete anos, quando ouve a voz de
profundos conhecedores da doutrina
sua amiga e orientadora, que fora,
espírita, com o consentimento dos
quando encarnada, dona Carmen Penna
familiares, levaram-na para ser
Perácio dizer-lhe:
cuidada em sua própria residência. E,
— Chico, toma papel e lápis para
nesse novo ambiente, onde acontecia o
anotar a mensagem que irá servir-lhe de
estudo permanente do Evangelho, com
conforto e paz mediúnico.
reuniões bem orientadas pelo plano
A mensagem foi transmitida.
espiritual superior, Maria Xavier
Casa da irmã Luiza Xavier, onde Chico
Continha dezessete folhas e fora
começava a apresentar melhoras.
residiu quando em Pedro Leopoldo.
assinada por “Um Amigo Espiritual”.
Chico, a pedido do casal, e,
Chico e os companheiros da reunião ficaram espantados
principalmente, pelo intercâmbio espiritual realizado através
com a rapidez da escrita. A mão de Chico corria solta e o
de dona Carmen, viera também participar das reuniões, pois
próprio médium comentava que ele não tinha domínio das
sua mãezinha, dona Maria João, esperava por ele.
mãos nem do pensamento, pois só tomou sentido do que
E, por intermédio das vias mediúnicas de Chico, pela
escrevera, quando leu a mensagem em voz alta, para todos
psicografia, que Maria João relatou fatos importantes do
ouvirem-na.
passado, que levaram sua irmã Maria àquele estado. Ela
Um tanto apreensivo, embora confiante com o
estava sendo alertada para importantes tarefas espirituais, as
acontecimento, pois tinha plena consciência do que se
quais deixara de fazer, comprometendo-se com o Cristo e
passara e, sendo assistido desde o começo desse fenômeno
perdendo-se em fantasias. Com isso, Maria João agradecia a
por sua mãe e dona Carmen, resolveu levar a mensagem e
ajuda do Alto e pedia ao casal Perácio que orientasse Chico
obter mais esclarecimentos do seu confessor e amigo Padre
na missão a que viera.
Scarzelli.
Dona Carmen e o senhor José Hermínio muito
Esse conflito fora natural na
representaram na vida mediúnica de Chico Xavier, que muito
vida de Chico. Embora já
respeito e carinho lhes devotava.
conhecedor da tarefa já exposta
Com todas as provas evidenciadas nas mensagens dadas
por sua mãe, pensava que sua fé
por sua mãe e outros amigos desencarnados, Chico não teve
religiosa era o catolicismo.
dúvidas de firmar-se na fé imorredoura da Doutrina Espírita.
Como lidar com esse conflito
Como Maria, sua irmã, sofrera por longo tempo o
religioso? Por isso a ida até seu
processo obsessivo, Chico aconselhou-a a mudar para a
confessor.
cidade de Sabará. Ela já havia se casado com o senhor Jacy
Após as explicações ouvidas,
Pena, criatura de bons princípios e simpático à causa espírita.
Padre Scarzelli acalma Chico,
Ele aliou-se à idéia de Chico e dona Maria seguiu o conselho
dizendo-lhe que a mensagem só
do irmão.
Padre Scarzelli
lhe transmitia paz e confiança na
Já em Sabará, as dificuldades financeiras eram
tarefa que Deus lhe confiara. E, com toda a sabedoria de um
alarmantes. dona Maria já esperava seu primeiro filho. Ela
amigo sincero, orientou Chico a dirigir-se a Nossa Senhora,
escreve ao Chico e pede-lhe que envie alguma orientação,
Mãe Santíssima, a quem ele, Chico, devotava sua fé para que
pois tinha medo que o mal que a atacara voltasse.
lhe indicasse o que fazer. Mas, Padre Scarzelli confessava a
Chico dá-lhe todo o apoio e, a pedido dos amigos
Chico, que tinha certeza de que seu caminho já estava
espirituais, orienta-a e o marido, para que juntos fundem uma
descrito.
casa espírita. Apesar das dificuldades, o casal junta-se a
Abraçaram-se e, profundamente reconhecido, despediuoutros amigos simpáticos à causa e fazem surgir em Sabará a
se de seu confessor. Estava mais tranqüilo, pois sabia que não
primeira “Casa Espírita” local, que recebera o nome de “Casa
estava sendo ingrato a Deus, apenas definindo seu roteiro de
do Caminho”.
vida. Esse realmente foi o último encontro nessa encarnação
A família de dona Maria cresceu, vindo de retorno ao
com o Padre Scarzelli, pois soubera Chico que, após ele ter
mundo material oito filhos ao todo, que foram recebidos com
sido removido para a cidade de Joinville, em Santa Catarina,
muito amor e educados na Doutrina Espírita. Dona Maria era
havia desencarnado. Mas pôde realizar obras de
o baluarte e a criatura que sabia amparar não só a família, mas
benemerência em favor das comunidades sofridas do local. E
também aqueles que surgiam em sua casa, doentes do
era sempre lembrado por todo o povo catarinense como o
espírito, como ela o fora um dia.
melhor Monsenhor que por ali passara.
Seu trabalho doutrinário teve continuidade após o seu
Esse desenlace deixou Chico muito triste, pois não tinha
desencarne, através dos filhos, que faziam questão de que
mais com quem compartilhar suas angústias, nesse mundo de
esse marco tão importante para a cidade de Sabará não
encarnados.
fenecesse.
O tempo prosseguiu e Chico procurava dedicar-se mais a
Chico, sempre que podia, fazia-se presente, incentivando
sua numerosa família, a quem fora dado, pelo desenrolar dos
a obra que fora o roteiro de recomposição reencarnatória de
acontecimentos, a responsabilidade de cuidar dos irmãos que
sua irmã.
ficaram órfãos. Mas, jamais deixou de exercitar seu dom
Junto a amigos espirituais e aos encarnados que passaram
mediúnico. Foram longos anos de adaptação.
a dar apoio à mediunidade de Chico, José Xavier, seu irmão,
E, no ano de 1931, é que a espiritualidade superior
e sua esposa, dona Geni, oravam para receber as orientações
emocionou o querido médium, com seu primeiro encontro
psicografadas que o Alto permitia para o exercício
com aquele que seria o seu protetor, seu guia espiritual,
mediúnico de Chico. Aguardavam com muita ansiedade.
4
Seareiro
Emmanuel!
aqueles que ameaçavam o trono, principalmente o mais
Foi exatamente junto ao
temido, que era o filho bastardo de seu pai, chegando a ser o
Açude no Ribeirão da Mata,
grande conquistador do Egito, Tuthmosis III.
localizado em Pedro Leopoldo,
Hatshepsut era fiel ao culto de Amon-Rá e era profunda
próximo a Fazenda Modelo,
defensora de seu povo, a quem muito amava.
onde Chico trabalhava, como
Era apaixonada por Senmut, escultor e arquiteto. E, em
operário. Estava ele fazendo
louvor à
breve descanso, orando e
a m a d a ,
escutando o marulhar das águas
construiu ele
do Açude, quando sentiu e via a
u m b e l o
presença magnífica de
monumento no
Emmanuel. Seu porte belíssimo,
Va l e d a s
Emmanuel (espírito).
e irradiando intensa luz, fez com
Rainhas, o
que Chico entendesse que,
Templo de Deir
daquele momento em diante, após o diálogo entre eles, sua
El-Bahari.
missão iria ter início e, como esclarecera Emmanuel, com
Com todo
disciplina, disciplina, disciplina.
esse preparo e,
A primeira obra mediúnica, pela psicografia, foi “Parnaso
tendo sido
Templo de Hatshepsut, em Deir El-Bahari.
de Além-Túmulo”, em 1932, sendo prefaciada pelo senhor
t a m b é m
Manoel de Quintão, editada pela Federação Espírita
iniciada nos mistérios de Ísis e Osíris, deuses gregos, deramBrasileira (FEB).
lhe margem para que a reencarnação futura de Chico fosse no
Desde essa obra e as outras inúmeras que se seguiram
mesmo ambiente da matéria. Reencarnaria para
tinham os direitos autorais doados às obras sociais ou às
prosseguimento de sua tarefa no Egito como Chams, faraó,
editoras que se responsabilizam até hoje por essas
amiga desde a infância da rainha Semírames, que, depois de
transferências, pois Chico, em toda sua vida de encarnado,
morta, fora coroada, no século XIV, como rainha de Portugal.
nunca fez uso sequer de um centavo dessas publicações.
E, já em épocas romanas, Chico seria Luciana, filha de
Sempre viveu e ajudou a muitos com a sua aposentadoria
Públio Lentulus Sura. Esse fora a reencarnação de Públio
obtida após 25 anos de trabalho no “Ministério da
Lentulus Cornelius (Emmanuel). Temos a narração de toda
Agricultura”, em Uberaba, juntando-se o tempo em que
esta reencarnação de Emmanuel, contada por ele mesmo, no
trabalhou como tecelão e balconista, ainda menino, em Pedro
livro “Há 2000 Anos”.
Leopoldo.
Nele, Chico vem em outra reencarnação como a filha de
Chico sempre foi respeitado e muito amado por todos os
Públio Lentulus Cornelius e Lívia. Tinha o nome de Flávia e
que o conheceram, que tiveram a oportunidade de visitá-lo,
sofria terrivelmente com a lepra. Foi ela curada, quando
de conviver e usufruir da sua companhia. Desde os
Lívia vai à procura de Jesus. Ouvindo-O e, certa desse grande
primórdios tempos dos comentários bons ou maus com a
Amor pregado pelo Cristo, a fé ardente do coração de Lívia
aparição de suas obras mediúnicas, ficou evidente que Chico
cura o corpo de Flávia que, espiritualmente ligado à Lívia,
não viera como qualquer encarnado, cuja mediunidade venha
seguiu seu rumo de redenção. Seria interessante também
a ser projetada, como sabemos existir entre os meios
sabermos que a dedicada serva Ana, que Emmanuel cita no
espirituais ou não, pois a mediunidade não representa a
livro, fora nessa reencarnação a Maria João de Deus, mãe de
Doutrina. Mas o serviço prestado à coletividade e ao mundo
Chico Xavier.
somente caberia a um ser enviado pelo Alto e esse ser, sem
Ainda sobre a ligação de Chico com Lívia, diversos livros
dúvida, fora Francisco Cândido Xavier.
de companheiros e autores espíritas contam
As sementes lançadas por ele, por onde
que, quando Chico precisou fazer um
passou, cresceram e se fortificaram,
doloroso tratamento oftálmico, pois seu
trazendo, através de seu exemplo de vida,
glaucoma o incomodava muito, após sair
o Evangelho vivo do Cristo.
do hospital, em Belo Horizonte, e seguir
A elevação espiritual de Chico Xavier
rumo à casa de sua irmã Zina, passando por
não se deu por privilégios de Deus, mas
sobre um viaduto, resolveu parar e,
sim pelas inúmeras experiências
olhando a beleza do firmamento, e
reencarnatórias, com muito sofrimento e
começou a orar com toda fé de seu coração,
aproveitamento dos talentos, que soube
para buscar ajuda de Jesus, com o fim de
multiplicar.
suportar as dores dos olhos que muito o
Uma de suas primeiras reencarnações
incomodavam. Notou que, vagarosamente,
na Terra foi no Egito Antigo, vindo como
foi sentindo a melhora; era como se alguém
uma faraó, de nome Hatshepsut. Foi a
o envolvesse com a medicação certa.
primeira mulher faraó. Era filha da rainha
Olhando novamente para o céu, para
Ahmose e do rei Tuthmosis I.
agradecer a Jesus o refrigério sentido,
O nome Hatshepsut foi lhe dado pelo
notou uma estrela enorme fulgurante que
deus Amon, e tempo por significado
lhe parecia irradiar essa luz diretamente
“aquela que está à testa dos nobres”.
para onde ele se encontrava. Com os olhos
Hatshepsut foi uma faraó justa. Em seu
marejados de lágrimas, viu seu tutor
Hatshepsut - Museu Nacional de
mandato libertou os escravos de guerra e
espiritual, Emmanuel, dizer-lhe:
Alexandria, Egito.
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
5
— Chico, essa fulgurante estrela é de sua mãe, Lívia, que
significado disso. Com toda a devoção de sua alma, orava
veio em seu socorro, em nome de Maria Santíssima, para
todas as noites à Nossa Senhora, talvez ela pudesse enviar
atender o seu pedido. Sabe Lívia de sua profunda devoção à
alguém em seu socorro.
Nossa Mãe Santíssima e foi através dela que sua rogativa
Numa noite, ainda orando para sua santa, ele percebeu
mereceu essa bênção de luz. Saiba que Lívia é sua “Estrela
que algo havia em seu quarto. Notou com nitidez um senhor
Guia”.
vestido de branco, o qual Chico achou tratar-se de um
Mas, retornando ao passado longínquo, no século XVIII,
sacerdote. Cumprimentou-o.
mais precisamente, Chico reencarna como uma jovem de
— Irmão Francisco, venho até a sua presença, a pedido da
nome Jeanne de Arencourt, que vivia na cidade de Arras.
rainha santa, dona Izabel de Aragão, esposa do rei de
Era a época da revolução francesa, com acontecimentos
Portugal, Fernando de Aragão. Enquanto no período carnal,
horríveis e sendo presença constante as grandes dores.
desenvolveu ela laborioso
Muitos fugiam desesperados e Jeanne d'Arencourt também
trabalho de benemerência
seguiu para Barcelona, Espanha, para ter mais condições de
e instrução entre os dois
lutar pela vida. Mas, com tantos padecimentos e desnutrida,
reinos que foram a
Jeanne veio a desencarnar com tuberculose ainda jovem e
Península, conhecida na
solitária.
Europa. As obras de
Considerando todos esses aspectos reencarnatórios e sua
Caridade e Educação
presença marcante em fazer das experiências o caminho de
espalharam-se pela
sua sublime missão, nos extasiamos diante das veracidades
Espanha e Portugal e
de sua mediunidade.
todos passaram a chamáNuma noite, Chico fazia as suas orações, quando viu seu
la desde então de “A
quarto inundar-se de luzes. Abrindo os olhos para certificarRainha Santa”.
se de que aquele clarão não seria fruto de sua imaginação,
Desencarnou em 4 de
percebeu ele a presença de uma senhora que esparzia a
julho de 1336, deixando
mesma luz irradiada pelo quarto. A senhora, olhando para
muita tristeza para
uma imagem de Nossa Senhora do Pilar que Chico tinha em
aqueles aos quais
Rainha Izabel de Aragão
seu quarto, voltou-se para ele e falou-lhe em castelhano.
amparava.
Chico estava atônito, tentava manter-se calmo e, embora não
Foi ela, Chico, que o visitou e pediu-me para dizer-lhe
conhecendo o idioma, compreendeu com facilidade o que ela
que os recursos necessários para a distribuição dos pães
falava:
breve chegarão.
— Francisco, em nome de Jesus Cristo, peço-lhe o favor
Meu nome era Fernão Mendes, em 1336, e muito partilhei
de amparar os necessitados, que são nossos irmãos.
dos benefícios realizados por dona Izabel de Aragão.
— Mas, senhora, qual o seu nome?
Chico mais uma vez ficou perplexo. Não sabia que
— Creia-me, você não me tem em suas lembranças, mas
recebera, em seu humilde quarto, uma tão nobre dama, que
sou “Izabel de Aragão”.
fora tão querida na Terra.
Chico espantou-se, pois não conhecia
Após essa vidência e explicação da aparição da
ninguém com esse nome e ele continuou a falar:
Rainha Izabel de Aragão a Chico, passou ele a
— Senhora, sou muito pobre, nada tenho,
levar um cesto com oito pães, iniciando assim a
como poderei amparar os necessitados?
distribuição, no começo com dificuldades, mas
— Você nos ajudará repartindo pães para os
atendendo aos indigentes que se reuniam em uma
desamparados.
ponte existente em Pedro Leopoldo, atualmente
— Mas, senhora, não temos o pão em nossa
reformada, e o trabalho dos pães passou a ser
casa. Falta-nos alimentação por vezes. Somos
desenvolvido com muito mais recursos, como
assistidos também pelos outros, que se
profetizara, por assim dizer, dona Izabel, pois, à
compadecem por nossa família.
medida que a mediunidade de Chico foi crescendo
Isabel de Aragão sorriu e argumentou:
e tornando-se conhecida, foram muitos espíritas
— Não se preocupe, chegará a hora em que
que passaram a ajudá-lo, não só na parte material,
você obterá os recursos necessários. Seus
como em busca de orientações doutrinárias.
“Parnaso de Alémescritos chegarão para as nossas “gentes
Chico, no início, foi muito assistido na busca
Túmulo”, a primeira
peninsulares”, mas você trabalhará para Jesus,
dessas
primeiras distribuições de pães, por sua
obra mediúnica
portanto, o produto desse trabalho não deverá
irmã Luiza, hoje desencarnada. Esse trabalho,
psicografada em 1932.
ficar em suas mãos. As páginas que você
iniciado em 1927, ocorreu até 1958, quando
receberá serão orientadas pelos Mensageiros Divinos ligados
Chico precisou mudar-se para Uberaba. Lá, não só ele
ao Bem. Aí você terá em mãos os recursos necessários para
continuou essa assistência, como o seu desenvolvimento teve
iniciar a tarefa de socorro aos pobres, com a distribuição dos
um aumento predominante, pois Chico, além do pão,
pães. Confie na Providência Divina.
distribuía, como até hoje, a sopa fraterna.
A luminosa figura desaparecera, deixando Chico abalado
Naturalmente, essa aproximação da Rainha Izabel de
em seu interior. E agora, pensava, já não havia mais o Padre
Aragão com Chico não se deu por acaso. Em tempos
Scarzelli para ouvi-lo. A quem recorrer para desabafar,
remotos, Chico reencarnara no corpo de Joana de Castela e
contar o sucedido?
Aragão, filha mais velha dos reis católicos da Espanha,
Chico ficou a cismar por vários dias e, de sua mente,
Fernando de Aragão e Izabel I de Castela. Foram esses reis
fixava-se a frase “gentes peninsulares”. Ele não sabia o
que proporcionaram a viagem do descobrimento das
6
Seareiro
Américas.
A alcunha que deram a
Joana, a rainha louca, foi por
ela ter amado intensamente
seu marido, Filipe de
Flandres. E isto ocorreu por
ter ela vidências e, como
Filipe viera a desencarnar, ela
não permitia o seu
sepultamento, porque ela o
vira vivo como espírito e,
colocando-o numa
carruagem, vagava com ele
por toda a parte. Foi
considerada então como
louca, vindo a desencarnar
também em pouco tempo.
Joana de Castela e Aragão
O retorno de Filipe à Terra
foi rápido e voltando ele no próprio país, a Espanha, para
realizar tarefas na Corte Espanhola e que, por motivos de
traições, não pôde completar. E Joana (nosso Chico) também
teve rápido regresso à Terra, só que reencarnando na França,
para que seus dons mediúnicos continuassem a desenvolver
para a missão importante que estava sendo preparada pelo
Alto, para o progresso espiritual da Terra.
A mediunidade de Joana, a Rainha Louca, vinha sendo
preparada desde a Grécia antiga, uns 600 anos antes de
Cristo, e, não só por não querer enterrar seu amado, mas por
viver sempre no meio de livros e filósofos, que a faziam
sobressair-se entre deuses e políticos, estes a temiam por
sabê-la com mais altura que eles e aproveitaram esse aspecto
para mostrar a todos que ela, junto a Filipe, tornaram-se
elementos perigosos para a Espanha.
Houve outras reencarnações de Chico, podendo se
considerar uma das últimas, vindo ainda na Espanha, no
século XIX, mas que, pelas mãos dos espíritos superiores,
seriam de anonimato, para que pudesse realmente consolidar
seus valores morais.
Em 1880, desencarnando em Barcelona, retorna às
paragens da pátria espiritual para sua preparação em Pedro
Leopoldo, nesse século, para viver o Evangelho do Cristo em
gesto e palavras.
Após uma preparação de intensas atividades no mundo
espiritual, ele retorna à Terra, no dia 02 de abril de 1910, para
continuar a obra começada.
Durante toda sua última existência, Chico viveu entre os
dois mundos. Trabalhou intensamente para nos trazer a
Verdadeira Luz para o mundo. Jamais se olvidará sua
renúncia para fazer com que as mensagens vindas do mundo
espiritual nos fortalecessem a fé pura e raciocinada, sem
fantasias em crer-se em paraísos que não foram construídos
pelo esforço de cada ser, como ele mesmo o fez e o fará se
necessário.
Chico tinha por hábito meditar sobre seu
desenvolvimento reencarnatório. Sua responsabilidade
diante de sua missão, e ele não atribuía sua vida como a de um
missionário, era de sempre se dizer um “cisco”, portanto,
grande credor; rogou a Emmanuel que o ajudasse a entender
o motivo de tanto sofrimento que via nas pessoas que o
procuravam, imersas em desequilíbrios e desajustes e que ele
pouco poderia fazer a não ser levá-los a se apegarem ao
Evangelho de Jesus. Emmanuel, atento, veio em seu socorro,
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
dizendo:
— Chico, posterior à sua reencarnação à época da Rainha
Joana, você esteve reencarnado em Paris, no século XVI. Por
esse tempo, você tinha seus 15 anos.
Chico, envolvido pela narração de Emmanuel, viu-se
repentinamente caminhando por estranhas ruas, numa noite
de grande agitação. Ouvia gritos, gargalhadas, parecia-lhe
que o desequilíbrio do povo era geral. Via cenas
horripilantes. Criaturas alucinadas, colocando algo
inflamável em casas, carros, nas próprias pessoas e ateando
fogo, que se alastrava em fortes chamas rapidamente. E seus
ouvidos ainda registravam gritos: “Massacrez! Massacrez! O
rei ordena! É o desejo do rei! Vamos aos massacres!”
Chico relembrava, sob a ação magnética de Emmanuel,
que corria alucinadamente buscando socorro, sem nada
conseguir. As casas particulares eram invadidas por homens
musculosos, que arrombavam as portas e arrancavam de
dentro das moradias mulheres, crianças, velhos, que eram
trazidos à praça pública, para serem mortos por armas ou
serem levados e atirados às águas do Rio Sena. Outros eram
esmagados pelas patas dos cavalos, tentando se salvar em
corrida sem destino. Era o caos total!
Não suportando mais essa terrível visão, Chico volta a seu
estado normal, amparado por Emmanuel e este lhe diz
comovidamente:
— Aí está a raiz de todo o sofrimento coletivo, ao qual
você ainda não conseguiu entender. Todo esse desvario que
você reviu e, de certa forma participou como experiência, foi
para que você pudesse consolar aos aflitos que o procuram, e
que lá estavam na trágica noite de São Bartolomeu, em Paris,
de 1572.
Portanto, bendita seja a dor que desperta e traz o
reequilíbrio para os que atendem à transformação de suas
vidas, pela misericórdia de Deus.
Chico sempre fazia visitas às famílias carentes da região
próxima à sede da Comunhão Espírita Cristã.
Aos sábados, após o Evangelho, sob a sombra do
abacateiro, na vila dos Pássaros, reuniam-se caravanas
vindas de toda a parte, para participarem desse Evangelho,
aguardando o final, no qual Chico comentava a lição
entremeando-a com os ensinamentos de Emmanuel. Após,
distribuía pão e
alimentos para
as famílias,
chamando-os
pelos nomes,
abraçando-os e
beijando-lhes as
mãos.
As noites
após essa tarefa
do Evangelho ao
ar livre, todos
e
r
a
m
Um aspecto das famosas reuniões no
c o n v i d a d o s a “abacateiro”, que aconteciam ao ar livre, nas
tardes de sábado.
segui-lo nas
visitas aos lares, para que fosse levado o conforto de suas
palavras em nome de Jesus. Essa caravana, Chico chamava
de Peregrinação, que eram verdadeiros momentos de alegria
e felicidade, pois Chico, durante a caminhada tecia valorosos
ensinamentos sobre a vida de Jesus e, quando oportuno,
narrava a condição reencarnatória de alguém que era visitado
7
para que o povo raciocinasse no plantio que se faz durante a
vida.
Numa dessas visitas, comoveu-se muito com o estado de
uma senhora. Todos que acompanhavam Chico, ficaram
condoídos com o estado dessa mulher. Ela, há muitos anos,
vivia numa condição paupérrima, em cima de uns trapos sob
um estrado no chão, seu corpo desvalido, paralítica, surda e
muda, quase cega, sozinha, sendo amparada por algumas
pessoas que sentiam um pouco de simpatia por ela. Mesmo
naquele estado, poucas pessoas conseguiam chegar a sentir
piedade por ela. Esta era a narração feita pelo próprio Chico,
que ficava até feliz quando via pessoas que o acompanhavam
na peregrinação derramar algumas lágrimas por ela. Por que,
perguntavam, isso acontecia?
E Chico contava. Essa mulher em sua última
reencarnação foi uma dama muito poderosa e usou sua
influência sobre as pessoas, para tirar proveito e espezinhálas, para satisfazer seus caprichos. Abusou de seu poder junto
da corte de Filipe II, na Espanha Inquisitorial. Sempre
orgulhosa, egoísta, seus atos eram de profunda mesquinhez
para com seus semelhantes pobres e que se aproximavam
dela, para buscar ajuda, mas só encontravam maldade e
perfídia. Hoje, graças à misericórdia de Deus, traz nas
marcas em seu corpo o mal que fez a outrem. Perseguida na
espiritualidade, pediu em arrependimento a expiação
reencarnatória para que pudesse depurar seu espírito
atormentado pela sua consciência. Por isso, seu estado triste e
até repulsivo diante das criaturas que tentam visitá-la. É
preciso orar pelas criaturas assim ou em outros estados
dolorosos.
Mas foi na noite de 28 de julho de 1971, que São Paulo
parou. As televisões estavam sintonizadas na antiga TV Tupi,
canal 4, esperando aparecer na telinha a renomada figura de
Francisco Cândido Xavier, que estaria entrando em todos os
lares, no programa Pinga-Fogo.
Chico, como sempre impecável em sua pureza e
profundamente carismático, respondeu a todas as perguntas
feitas pelos entrevistadores e aqueles que telefonavam,
curiosos sobre os mais variados assuntos que lhe foram
impostos.
Chico a todos cativou, espíritas ou não, de todos os credos
passaram a respeitá-lo mais ainda, pela condição franca e
sem afetação, educado e cuidadoso nas respostas para que
ficasse claro que o seu objetivo era o de elucidar a Verdade,
codificada por Allan Kardec.
Após o término do programa, em mais de duas horas no
ar, que envolvera a todos que se fizeram presentes ou aos
telespectadores que assistiam a ele com grande emoção em
seus lares,
v i u - s e
Chico pedir
licença, pois
havia um
espírito
presente
que gostaria
de deixar,
através da
psicografia,
um soneto.
Era o poeta
Chico no programa Pinga Fogo, TV Tupi, 1971. Cyro Costa,
8
que escreveu, com todo primor de sua verve, o soneto:
Segundo Milênio
Apaga-se o milênio. A sombra deblatera.
Vejo a noite avançar, do anseio em que me agito.
Guerra e sonho de paz estadeiam conflito.
De pólo a pólo a dor reclama em longa espera.
Explode a transição no ápice irrestrito.
A cultura perquire; a crença se oblitera.
A forma antiga, em luta, aguarda a nova era.
Roga-se tempo novo ao tempo amargo e aflito.
A civilização atônita, insegura,
Lembra um tesouro ao mar que a treva desfigura
Vagando aos turbilhões de maré desvairada.
Entretanto, no mundo, a nau que estala e teme,
A luz prossegue e brilha. O Cristo está no leme.
Preparando na Terra a nova madrugada.
Cyro Costa
Ao final do programa, Chico se despede com toda
humildade que lhe é peculiar agradecendo ao diretor do
programa, senhor Almir Guimarães, e deixa o palco sob
aplausos e lágrimas dos que o abraçavam.
Os telefones não paravam de tocar. Pediam reprise, cópia
das fitas, queriam ver mais programas iguais com Chico
Xavier.
Foi a maior audiência registrada pela emissora até aquela
trajetória televisada, do mais alto gabarito intelectual, para
todos, sem preconceitos.
Chico já se preparava para deixar a emissora, quando veio
a agradável surpresa. Através de um telefonema, uma das
filhas do poeta Cyro Costa queria transmitir ao Chico a
emoção dos familiares que assistiam a ele, quando foram
tomados pela alegria de saberem que aquele pai, que fora tão
batalhador da Doutrina, ali se apresentava como outrora,
num texto alexandrino, tão ao gosto do poeta. Mais uma vez a
mediunidade de Chico Xavier trazia a confirmação da
continuidade da vida.
Realmente essa noite ficou gravada nos corações para
sempre. E a Doutrina, com isso, ganhou mais adeptos,
pessoas que tentavam encontrar a razão de saber viver.
Se antes pessoas ligadas ao mundo artístico, políticos,
religiosos, pessoas de todas as classes sociais, ventilavam o
nome de Chico Xavier para o “Prêmio Nobel da Paz”, após
essa sua aparição na televisão, tornando-se mais conhecido
ainda, seus propósitos de paz e fraternidade entre os povos
uniram-se para que isso acontecesse. E muitos agrupamentos
espíritas, particulares, Federações, realizaram inúmeros
abaixo-assinados, alcançando os milhares deles, vindos de
todas as partes do mundo.
O prêmio foi concedido ao “Departamento do Alto
Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados”. O
Prêmio Nobel da Paz leva o nome de seu criador, Alfred
Nobel Bernhard, um norueguês nascido em Estocolmo,
dando esse nome à fundação desde 1901. Este é o incentivo
para todos aqueles que lutam para a formação da Paz, para
um mundo melhor.
Chico, ao saber desse propósito, agradeceu a todos por
darem a ele uma preferência não merecida, pois, se mérito
havia no que falasse ou emitisse em gestos, era para traduzir
todo o empenho que os espíritos, como Emmanuel, André
Seareiro
Luiz e tantos outros, faziam. Portanto, dele mesmo só estaria,
como sempre, o desejo de que a Paz no mundo entre todos os
povos aconteça em nome de Deus.
E quando perguntado o que faria com o dinheiro se fosse o
ganhador do prêmio, ele assim se expressou:
— O dinheiro pode ser comparado como a própria
circulação sangüínea em nosso corpo. Mas sem o devido
cuidado para que esse sangue não cause distúrbios que
possam levar a grandes problemas cardíacos, não será
benéfico. A cautela deve ser preservada. De minha parte
sempre tive o necessário para sobreviver, mesmo em dias em
que tudo parecia faltar, mas Deus, através de mãos amigas, se
fazia presente e a vida continuava com paz na numerosa
família.
— E o que você deseja para o ganhador desse grande
prêmio? foi lhe perguntado a seguir.
— Peçamos a Deus para que saibam fazer as aplicações
tão necessárias à Nação onde reencarnaram, como chance da
Misericórdia de Deus, para que os resgates sejam aliviados,
atenuando-se as dores.
Muitas foram as homenagens, títulos de cidadão em
várias partes por onde o médium passou, até mesmo fora do
Brasil.
O estado de Minas Gerais homenageou com todo carinho
a figura gloriosa de um de seus filhos mais amados,
Francisco Cândido Xavier, através de uma promoção pela
qual foram eleitas dez personalidades célebres dentre as
quais Chico Xavier, recebendo o título de “Mineiro do
Século”. Outra homenagem que deixou Chico muito
emocionado foi a escolha feita pela “União dos Auditores da
Receita Federal” do Brasil que escolheu os mais ilustres
nomes em vários setores do saber e Chico foi o que mais se
salientou entre todos.
Disso foi feito, pelos amigos da Receita Federal, um lindo
pôster que foi encaminhado para cada um dos escolhidos.
Chico, como sempre, encaminhou essa homenagem,
agradecendo o envolvimento de sua humilde e desmerecida
pessoa entre os verdadeiros homenageados para a “União
Espírita Mineira”, local que sempre honrou a Doutrina do
Amor, intensificando o saber para todos os que ali
comparecem.
Chico recebia muitos visitantes ilustres, vindos de outros
países. Porém, entre tantas visitas, houve uma a que Chico
ficou profundamente emocionado, foi a visita da senhora
Bárbara Ivanova, vinda da Rússia. Teria ela dito às pessoas
VISITE NOSSO SITE
www.espiritismoeluz.org.br
Você poderá obter informações sobre o Espiritismo,
encontrar matérias sobre a Doutrina e tirar dúvidas sobre
Espiritismo por e-mail. Poderá também comprar livros
espíritas e ler o Seareiro eletrônico.
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
que promoveram sua vinda ao
Brasil que, após encerrar os
círculos de conferências sobre a
parapsicologia, iria conhecer e
abraçar Francisco Cândido
Xavier, pela sua admirável e
respeitosa conduta, diante de sua
dedicação ao trabalho
doutrinário.
Bárbara Ivanova é escritora
e, numa promoção feita pela
“Aliança Municipal Espírita”,
realizou-se uma palestra dela, na
qual foram autografados
exemplares do livro “O Cálice
Dourado”, de sua autoria. Esse O livro “Há 2000 Anos”
relata a reencarnação de
acontecimento deu-se nas Emmanuel como Públio
dependências do Centro Espírita
Lentulus Cornelius.
Uberabense, em que fazia parte
da comitiva dos espíritas que ali compareceram em massa o
querido médium Chico Xavier.
O encontro entre ambos foi emocionante. Chico, muito
doente, desobedeceu à ordem de repouso, aconselhada pelo
seu médico, e, com ajuda dos companheiros, ali esteve
presente. Dizia ele que há muito gostaria de reencontrar dona
Bárbara. Logicamente referia-se a outras vidas passadas,
pois nessa era a primeira vez. Chico comentou a palestra feita
por ela, na qual ele achou oportuno o tema desenvolvido
sobre a reencarnação, assunto que sempre deve estar em
evidência, principalmente na atualidade.
E, para encerrar essa memorável noite, Chico, através da
psicografia, brinda a escritora e oradora com uma mensagem
vinda do Alto, pela eloqüência de Maria Dolores, a qual
transcrevemos:
Saudação
Na terra nosso refúgio
Onde a vida nos renova
A alegria se comprova;
Mostrando júbilos mil;
Por isso, todos trazemos
Ante a fé que nos aprova,
para Bárbara Ivanova
A gratidão do Brasil.
E, antes que Chico se retirasse, sob forte emoção,
Bárbara, abraçando-o com carinho, disse-lhe que iria embora
com a satisfação de ter realizado seu grande sonho, mas, se
ele permitisse, ela gostaria de transmitir-lhe um passe.
Recolheram-se na câmara de passes do Centro Uberabense e
Chico, profundamente reconhecido por receber tantas
energias de carinho, confidenciou à escritora que, enquanto
ela o envolvia em preces renovadoras, ele pudera ver a
presença de vários amigos que a acompanhavam, entre eles,
Sergei e Babucha. Barbara, emocionada, diz a Chico ser um
grande amigo russo que partira deixando uma grande lacuna
em sua vida e a sua querida avozinha.
Bárbara Ivanova, antes de seu retorno à Rússia, diz a
todos que, se ela já amava as terras brasileiras e seu povo
mesmo antes de estar aqui, imaginem agora!
Para Chico também, dizia ele, fora como se revivesse
tempos passados vividos na Rússia. Abençoada Doutrina!
Em muitas circunstâncias, Chico foi abordado por
9
repórteres sobre perguntas de todos os matizes. Lembramonos de algumas, que poderíamos dizer atualíssimas.
Aos preocupados com o caos que paira sobre o planeta,
com emissões de gases poluentes que estão produzindo
tantas transformações na Natureza, Chico deu a seguinte
resposta:
— Estamos agredindo a nós próprios pelos nossos
desmandos com referência à Natureza. O preço a ser pago por
tudo isso será muito alto. Teremos que retornar em novas
gerações, favorecendo o plantio das árvores, multiplicando
sementes, fazendo voltar os rios em seus cursos normais e
limpos; drenaremos os pântanos e teremos que criar filtros
apropriados, que sirvam para desobstruir o ar, já tão
contaminado. Vejamos que isso não será de forma rápida.
Teremos muita luta pela frente. Mas, acima de tudo, como
escreveu um dia o poeta Cyro Costa, por nosso intermédio,
uma frase muito consoladora: “Jesus está no leme”.
Com referência às ondas de violência que pairam sobre o
mundo, ele diz:
— A violência é o segmento do egoísmo, do desamor. As
facilidades que induzem as criaturas para a obtenção dos
fatores materiais, afastam-nas das principais qualidades que
continuariam a nos dar mais solidez reencarnatória que
seriam: a paciência, a compreensão e o carinho. A ausência
desses componentes vitais cria a agressividade entre as
pessoas. O limite do suportável entra em conflito com a
passividade e o mal se agrava. É preciso fazermos uma
campanha de Evangelização de volta ao Cristianismo puro
em sua simplicidade. Teremos que buscar a verdadeira fonte
que vem do Cristo, não buscarmos ajuda ou pedido de
socorro ao deus Mamon, ao qual estão todos afeitos.
Portanto, quando voltarmos a ter sentimento movido pelo
coração, acreditamos que a violência irá se extinguindo
pouco a pouco.
Em relação às guerras que se fazem presentes em outras
nações, Chico elucidou:
— O mundo sempre teve guerras fratricidas, sendo uma
delas entre a França e a Inglaterra, isso entre os séculos XIV e
XV. Essa guerra durou 100 anos; com isso, a humanidade
gerou uma prova expiatória que durará até o final de
milênios, porque, enquanto o ódio entre as nações durar, o
homem terá que pagar, pois Deus criou-nos para o Bem.
Portanto, a guerra não é criação divina. Continuamos
afirmando que um povo desesperado pode enlouquecer,
como qualquer criatura. Perde-se o próprio raciocínio de
discernir entre o bem e o mal. É terrível essa forma de
pensamento, mas a ausência de educação, principalmente, da
educação religiosa, leva à toda essa desgraça, que será finda,
com a perseverança no trabalho construtivo, com Jesus.
Quanto ao Brasil ser o “coração do mundo”, Chico
responde com as palavras de Emmanuel:
— O Brasil, na opinião desse espírito pioneiro, sem
dúvidas, é o coração do mundo, pois, embora a turbulência, a
incompreensão, entre tantos sentimentos diferentes que
conseguem viver em certa harmonia, não diferem das
diretrizes onde se formam núcleos de Paz e Amor.
Sobre o conceito de “Pátria do Evangelho”, deveremos
pensar no futuro, pois teremos a necessidade de exemplificar,
até chegar-se ao sacrifício, pela confiança depositada ao
Brasil, por Jesus. Teremos de testemunhar nossa fé, diante
das lutas maiores que virão no futuro. Serão horas difíceis de
extermínios entre familiares e guerras mentais, que
10
influenciarão a todos. Porém, como somos filhos da “Pátria
do Evangelho”, deveremos persistir pelos bons exemplos do
Cristo, com paciência, e esperar pela Misericórdia de Deus.
“Graças a Deus, o Brasil abraça a todos os filhos de outras
terras. Por isso, temos firme certeza de que o Brasil é o
coração do mundo, pois é pela conciliação e pela
compreensão humana. E, com a proteção dos benfeitores
espirituais e de todos aqueles que trabalham em nome do
Cristo, com fidelidade aos seus princípios, sabemos que os
problemas maiores serão solucionados. Aprendamos a ver a
evolução caminhando para um futuro melhor.”
Essas palavras saíram do
fundo do coração de Chico
Xavier.
No dia 15 de abril de 1976, foi
realizado em Brasília, mais
especialmente, no Ginásio de
Brasília, o 6º Congresso
Brasileiro de Jornalistas e
Escritores Espíritas. Chico
Xavier participou da abertura
desse congresso e lançou a 130ª
obra psicografada pelos espíritos
Emmanuel e André Luiz, cujo
título é: “Busca e acharás”.
E, para deleite do enorme Livro “Busca e Acharás”.
público que compareceu a esse
evento, Chico psicografa outra obra-prima do poeta Castro
Alves, encerrando a bela noitada com a leitura da poesia pelo
próprio Chico Xavier. Coloca o poeta todo o amor vibrante
pelo Brasil.
Encontro em Brasília
O berço da Renascença
Era um viveiro de sóis
Consagrado ao pensamento.
De gênios, santos e heróis.
Nos braços de Portugal
Que lhe deu ao pé dos
Andes.
Visões de altura imortal!...
Chega ilustre caravana,
Lisboa é a voz soberana,
Tomé de Souza conduz;
No entanto, entre os companheiros.
O armamento dos obreiros.
Era a mensagem da cruz.
O ensinamento de Cristo
Faz-se verdade e clarão
Nas forjas em que se erguia
O país em ascensão.
Nóbrega, Anchieta, Gregório
Espalham no território
O Evangelho do Senhor
E o Brasil grava na história,
a fé cristã por vitória.
Traduzida em paz e amor.
Nos domínios do universo.
Ninguém evolui a sós,
A Humanidade na Terra
É a soma de todos nós.
Seareiro
Mas, de olhar alçado aos cimos.
Por súplica repetimos.
Em Brasília, aos céus de luz:
— “Brasil de perenes brilhos.
Pela união de teus filhos,
Deus te conserve em Jesus.”
Mais uma vez a luz do Alto se fez presente. Todos
aplaudiram de pé, entre respeito e emoção, pela frágil figura
humana de Chico Xavier, mas tão forte espiritualmente.
O trabalho da Evangelização Infantil é outro assunto que
Chico faz questão de opinar. Dizia ele aos evangelizadores
Placa da nova e atual sede do Centro Espírita Luiz Gonzaga.
que iam procurá-lo para receberem orientação mais direta
sobre o tema:
muita disciplina. Só tive bons lucros com essas exigências.”
“A Evangelização da Criança é o ponto alto de cada uma
Chico sempre brindava as pessoas que o visitavam ou
na reencarnação. É a formação espiritual da infância para o
iriam ter com ele em busca de orientações com os
futuro. As lições a serem administradas a elas deverão ser
acontecimentos pitorescos que vivia. Contava ele que certa
associadas às lições do Evangelho, interpretadas à luz da
ocasião, ainda em Pedro Leopoldo, onde se realizavam as
Doutrina Espírita, baseadas na codificação por Allan Kardec.
reuniões espíritas no Centro Luiz Gonzaga, começaram a
Portanto, os dirigentes desse movimento Evangelizador não
notar que, em todas as reuniões públicas um cãozinho todo
deverão fugir dos temas que falem sobre a transição desse
preto chegava de mansinho e ficava quietinho de olhos
mundo para o Além. Tudo deve ser administrado de modo
fechados aos pés de Chico. Quando a tarefa terminava, ele
natural, para que a criança, desde cedo, aprenda a ver na
saía quietinho como entrara.
chamada “morte” a continuidade da vida.
Numa tarde, Chico caminhava em visita a um doente,
Sugerimos que os dirigentes das aulas a serem
quando foi abordado pela dona do cachorrinho, que lhe dizia
transmitidas às crianças se reúnam para a formação didática
atender pelo nome de Negrito. Contava ela a Chico que, todas
mais adequada às idades, com atividades pueris, mas com
as noites de segunda-feira e sexta-feira, Negrito sumia às 20
elevado teor doutrinário. Imaginemos que muitos desses
horas, só retornando a casa às 2 horas da madrugada. E ela
reencarnantes poderão vir a ser nossos pais ou possíveis
perguntava ao médium:
tarefeiros no futuro. Portanto, para que sejam bem orientados
— Seu Chico, onde ele irá? Fiquei em dúvida, porque me
“hoje”, levemos em consideração também que essa semente
disseram que já viram Negrito no seu centro. Será isso
lançada será a bússola de suas vidas, quem sabe ajudando-os
possível? Como pode ele fazer isso se eu o prendo em casa e,
a não se deixarem vencer pelos vícios das tentações, que
quando vou ver, ele fugiu? Fico pensando, seu Chico, porque
muitas vezes levam a grandes desvios reencarnatórios,
ele é um animal e foge, vencendo todos os obstáculos, para
retardando o progresso espiritual do ser humano.
freqüentar com assiduidade um lugar estranho, como um
Esse trabalho deverá ser estendido aos pais, pois a união
Centro Espírita! Enquanto eu que sou humana, por mais que
entre os familiares é de suma importância, considerando aí os
eu tente, não consigo chegar até lá!
requisitos necessários, para vencer os relacionamentos mais
Chico, com toda humildade e paciência, após ouvi-la,
complicados.
falou:
O culto do Evangelho no Lar deverá ser um dos temas
— Não se amofine, minha filha, e nem fique
mais abordados sob todos os aspectos: a aceitação de alguns
acabrunhada. Veja que Negrito leva para você paz e, creiados familiares e a imposição de outros; as dificuldades para a
me, chegará um dia em que Jesus a amparará, para que você
instalação do Culto no Lar; as crianças que choram, que
venha com Negrito seguindo seu exemplo.
dormem, que brigam, ou, até mesmo, os componentes da
O tempo passou. Um dia, Chico soube pelos voluntários
família que, em última hora, por um motivo ou outro, não
do Centro que a dona de Negrito, que era uma infeliz
conseguem realizar esse encontro com o Cristo.
meretriz, abandonara a triste profissão e, junto com Negrito,
Como vemos, muito há que se organizar para favorecer a
começou a freqüentar as aulas de Evangelização do Centro
criança, ajudando-a na
Espírita Luiz Gonzaga.
renovação reeducativa.”
Confirmaram-se assim as
E Chico era profundamente
palavras e o desejo de Chico.
criterioso nesse assunto e
A vida de Chico Xavier
acrescentava:
sempre foi um exemplo para
“Se um dia, quando voltar à
que todos possamos dar um
Terra, o Senhor confiar à minha
novo roteiro à nossa
guarda crianças, como tive
reencarnação.
oportunidade nessa
Ele ensinou-nos a fazer a
reencarnação de cuidar da
Caridade sem ostentação,
reeducação de meus irmãos,
principalmente a Caridade
continuarei a ser severo como
Moral, aquela que implica a
fui reeducado pelo meu pai. Só
fazer-se o “bem sem olhar a
tenho a agradecer-lhe, assim
quem”.
Década de 50. Vista da cidade de Pedro Leopoldo.
como a Emmanuel, que exige
Continuando esse roteiro de
Este era o local preferido de Chico para suas meditações.
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
11
luz, Chico, sempre que a oportunidade aparecesse, visitava
as cadeias públicas, levando seu óbolo de amor.
No dia 27 de dezembro de 1975, foi ele convidado a
visitar a Penitenciária de São Paulo (antigo Carandiru, hoje
desativado). Muitos eram os reeducandos (detentos) que
esperavam ansiosamente a presença do famoso médium, e
queriam vê-lo de perto.
Eles próprios decoraram todo o palco, onde retrataram as
figuras de André Luiz, Emmanuel, Bezerra de Menezes,
Eurípedes de Barsanulfo e o próprio Chico Xavier. O silêncio
se fez com a presença alegre de Chico, que a todos
cumprimentava com seu terno olhar.
Logo após, um coral, formado pelos próprios
reeducandos, cantou “O Homem de Nazaré”, que trouxe
lágrimas aos olhos de Chico. Foram muitas as perguntas que
fizeram ao médium, que a todos respondeu de maneira
simples e respeitosa. Chico ficou satisfeito por ouvi-los
perguntar sobre assuntos elucidativos e de alto teor de
conhecimentos em vários aspectos sociais e até políticos.
Após todos os agradecimentos pelas autoridades ali
presentes, ao ensejo de Chico ter vindo até os reeducandos,
despede-se Chico falando a todos que a esperança deve
brilhar em cada coração. Ele ali compareceu porque também
era um reeducando dos próprios erros já cometidos, porém, o
importante é lembrarmos que Deus é um Pai infinitamente
piedoso e não discrimina a ninguém.
Pelo pouco que transcrevemos sentimos a grandeza de
Francisco Cândido Xavier.
Sem dúvida quem trouxe a nova era dentro da Doutrina
Espírita foi ele. Antes do aparecimento de Chico, a
divulgação sobre os fatos relacionados à mediunidade e ao
próprio Espiritismo, embora pioneiros tenham se esforçado
para tanto, era quase despercebida, ficava mais evidente
dentro dos acanhados agrupamentos espíritas, alguns por
preconceito religioso e outros pelas dúvidas.
Os livros existentes eram muito difíceis para os simples
que, em sua grande maioria, eram analfabetos.
Mas, quando Chico Xavier surgiu e os livros mediúnicos
começaram a pipocar em todos os lugares, aí a Doutrina
Espírita firmou-se. Chico trouxe os livros para o povo! A luz
começava a brilhar nas trevas. A Codificação tomava mais
amplidão.
Kardec apresentara o Espiritismo ao mundo, mas foi
Chico que fez chegar às mãos dos homens a intimidade do
mundo espiritual para a Terra. Kardec iniciou a construção,
fez a base e os pilares, Chico veio dar andamento e
acabamento à grande obra, idealizada por Jesus e com o
convite para ajudar a fortalecer o tamanho da obra aos
“trabalhadores da última hora”.
Podemos afirmar, com toda convicção, que esse foi o
servo do Senhor que soube multiplicar os talentos de sua
vida. Trabalhou incessantemente, sem descanso, cuidando
para que nada manchasse o desenrolar das atividades
mediúnicas, programadas pelos espíritos superiores.
Cumpria à risca as orientações de seu guia espiritual,
Emmanuel. Enfrentou todas as adversidades e calúnias, mas
nunca se deixou abater porque seu rumo era o Evangelho
Vivo, ao encontro de Jesus.
Encerramos essa sincera homenagem a você, glorioso
Francisco Cândido Xavier, com a mensagem de Meimei,
escrita especialmente para você:
12
Mensagem ao Semeador
Semeador, despertaste aos clarões da aurora e
começaste a semear...
A dura lavra exigia suor e, dia sobre dia,
arroteaste o solo, calejando as mãos, entre o orvalho
da manhã e a luz das estrelas.
Diante dos sacrifícios, os mais amados
legaram-te a convivência, sequiosos de reconforto...
Mas, quando te viste a sós, sem ninguém que te
quisesse as palavras, a natureza conversou contigo,
em nome do Céu, e escutaste, surpreendido, as
orações da semente, no instante de morrer
abandonada para ser fiel à vida; ouviste as
confidências das roseiras, escravizadas na gleba,
cujas flores brilham nos salões, sem que lhe seja
dado outro direito que não aquele de respirar, entre
rudes espinhos; recolheste a história do trigo que te
contou, ainda nos cachos de ouro, como seria
triturado nos dentes agudos de implacáveis
moinhos, a fim de servir na casa dos homens; e
velhas árvores lascadas e sofredoras te fizeram
sentir que Deus lhes havia ensinado, em silêncio, a
proteger, carinhosamente, as próprias mãos
criminosas que lhes decepam os ramos...
Consolado e feliz, trabalhaste, semeador!
Um dia, porém, o campo surgiu engalanado de
perfume e beleza e apareceram aqueles que te
exigiram a colheita para a festa do mundo...
Choraste na separação das plantas queridas,
entretanto, ninguém te viu as lágrimas escondidas
entre as rugas do rosto.
Era sozinho, perante as multidões que te
disputavam os frutos e por não haverem adestrado
verbo primoroso de modo a defender-te diante das
assembléias, e porque a tua presença simples não
oferecesse qualquer perspectiva de encanto social,
os raros amigos de tua causa julgaram prudente
silenciar, envergonhados do rigor de tuas ásperas
disciplinas e da pobreza de tua veste, mas Deus te
impeliu à renovação e, conquanto despojado de teus
bens mais humildes, procuraste outros climas e
outras leiras, onde as tuas mãos quebrantadas e
doloridas continuaram a semear...
***
Semeador dos terrenos do espírito, que te
encaneceste na lavoura da luz, qual acontece ao
cultivador paciente do solo, não te aflijas, nem
desanimes.
Se tempestades sempre novas te vergastam a
alma, continua semeando... E, se banimento e
solidão devem constituir a herança transitória do
teu destino, recorda o Divino Semeador que, embora
piedoso e justo, preferiu a cruz por amor à verdade e
prossegue semeando, mesmo assim, na certeza de
que Deus te basta, porque tudo passa no mundo,
menos Deus.
Meimei
Eloisa
Seareiro
Bibliografia
! Chico Xavier - Mediunidade e Paz - Carlos A. Bacelli - Editora
!
!
!
!
!
!
!
Vitória Ltda. - 1ª edição - 1996
Trinta Anos com Chico Xavier - Clovis Tavares - Editora Calvário 1ª edição - 1967
Lições de Sabedoria - Folha Espírita - Editora Jornalística Fé -1996
Chico, Diálogos e Recordações - Carlos Alberto Braga Costa Editora União Espírita Mineira - 1ª edição - 2006
Chico Xavier no “Pinga-Fogo” - Editora Edicel - 1971
Chico Xavier - 40 anos no Mundo da Mediunidade - Roque
Jacintho - Editora Luz no Lar -1ª edição - 2001
Homenagem ao Mineiro do Século - Pedro Valente da Cunha Edititora União Espírita Mineira - 1ª edição - 2001
Mensagem final:
Livro em Foco
livro
" Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira/
autores diversos - Livro “Ideal Espírita” - Editora Comunhão
Espírita Cristã - 4ª edição - 1964
! Imagens:
" pt.wikipedia.org/wiki
" touregypt.net/bahari.htm
" video.google.com/videoplay?docid=1832677517507007078&
q=label%3A%22pinga+fogo%22
" www.chicoxavier.org.br
" www.geae.inf.br/pt/boletins/geae441.html
" www.institutoandreluiz.org (Imagens Editora Ideal)
" www.terraespiritual.org
" www.universoespirita.org.br
em
foco
Sementeira de Luz
Sementeira de luz, como a
415ª obra mediúnica do nosso
Francisco Cândido Xavier,
vem nos trazer mensagens
psicografadas do espírito
Neio Lúcio, que em sua
última reencarnação foi o Sr.
Arthur Joviano, pai do Dr.
Rômulo Joviano que foi o
administrador da Fazenda
Modelo, em Pedro Leopoldo,
onde Chico Xavier trabalhou
por 26 anos até se transferir
para Uberaba, em 1959.
Neio Lúcio, desencarnado em 1934, inicia sua
comunicação com a família através da mediunidade de Chico
Xavier, em reuniões semanais de culto do Evangelho no Lar,
em Pedro Leopoldo, revelando detalhes importantíssimos da
Lições de Chico
licoes
Francisco Cândido Xavier /
Néio Lúcio (espírito)
Editora Vinha de Luz
674 páginas
Vida Maior para testificar a irrevogável lei do progresso
incessante envolvendo os seres humanos pelas vidas
sucessivas na escola da reencarnação.
As mensagens, organizadas por Wanda Amorim Joviano,
filha do Dr. Rômulo, inéditas e repletas de sabedoria e amor
extremado por todos aqueles com os quais conviveu, são bem
a confirmação dos compromissos reparadores que
assumimos na Espiritualidade, alicerçados nos ensinamentos
de Jesus para nos tornarmos legítimos semeadores da Boa
Nova.
Esta obra nos traz também uma nota do editor informando
que, conforme relato do próprio Chico, ainda encarnado, o
Espírito Emmanuel encontra-se reencarnado no interior do
estado de São Paulo desde o ano 2000.
Esta obra nos traz riquezas doutrinárias, onde deveremos
buscar nas entrelinhas os ensinamentos para que alcancemos
a dimensão destas informações para que nos auxilie em nosso
crescimento espiritual.
Armando
de
chico
Chico Xavier e Waldo Vieira
Em 1955, Chico vem a conhecer um moço, alegre e de
aspecto calmo e jovem, natural de Monte Carmelo, no estado
de Minas Gerais. Estudava ele nessa época em Uberaba,
cursando a Faculdade de Odontologia. Seu nome: Waldo
Vieira.
Trazia Waldo alto potencial mediúnico e procurou Chico
para mostrar-lhe páginas psicografadas. Chico examinou-as
e ficou interessado na mediunidade de Waldo, pois muito
poderiam produzir. E isso de fato aconteceu.
E daí para frente Chico e Waldo Vieira trabalharam
conjuntamente, principalmente nas obras de André Luiz.
A espiritualidade, aproveitando o grande desejo de Waldo
em levar a divulgação da Doutrina Espírita ao exterior,
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
programou, através de Emmanuel, a
ida dos médiuns para os Estados
Unidos da América. Partiram eles para
essa tarefa, acompanhados pela equipe
espiritual de Emmanuel e André Luiz
no dia 21 de maio de 1965.
Foi essa viagem de grande êxito
Waldo Vieira
pelo esforço desses médiuns, pois
como resultado dessa tarefa Chico Xavier e Waldo,
acompanhando o desenvolvimento das palestras que
ofereceram campo aos espíritas norte-americanos,
empenhados na difusão do Espiritismo em terras tão áridas,
vêm a ser fundado o “Christian Spirit Center”, em Elon
13
Diante dessa decisão, Waldo abandona a
College, estado da
mediunidade de psicografia e todo trabalho que
Carolina do Norte. E pela
durante algum tempo desenvolveu e aprimorou ao
ajuda e harmonia do
lado do abdicado médium Chico Xavier.
Plano Espiritual dessa
Com calma, e profundamente compreensivo,
terra, em conjunto com a
Chico entendeu a necessidade do companheiro e,
organização do mais Alto
embora entristecido, abençoou a partida do amigo e
por Emmanuel, também
irmão em Jesus. Chico explicava a todos os
vem a público o livro
espíritos, que não conseguiram entender essa
“Ideal Espírita”, lançado
resolução do médium, pois tudo parecia que seu
no dia 17 de maio de
campo de ação ao lado de Chico seria cada vez mais
1966, pela Philosophical
ampliado, mas o livre arbítrio do companheiro o
Library de Nova York,
Livro “Ideal Espírita”.
induzira a esse caminho; portanto, dizia Chico, teria
com o título de “The
Livro “The World
que ser respeitado sem maiores críticas. E ainda
World of the Spirit”.
of the Spirit”.
argumentava: “Devemos agradecer os bons
Waldo Vieira foi companheiro constante nas
propósitos que foram feitos por esse companheiro, pois seu
tarefas realizadas na Comunhão Espírita Cristã, desde a
trabalho, diante da mediunidade, foi profícuo, assim como
vinda de Chico Xavier para Uberaba, isto é, desde a primeira
sua afinidade com o espírito de André Luiz, embora por
reunião aí realizada no dia 5 de janeiro de 1959.
pouco tempo, foram muito dignificantes e valorosos para a
Waldo participava intensamente das tarefas realizadas na
difusão das mensagens e livros psicografados por ele”.
Comunhão Espírita, desde a programação Doutrinária, até a
Completando esse episódio que muito o auxiliou, o
Assistência Social, através do atendimento para as famílias
médium ainda esclareceu: “Para a Espiritualidade Superior,
carentes, com consultas e distribuição de medicamentos, isto
Waldo Vieira já havia desistido dos compromissos
porque, além de dentista, também era formado em medicina.
mediúnicos que assumiria, antes mesmo da reencarnação,
Em julho de 1966, Chico Xavier retornava para Nova
embora todo o apoio dado pela equipe espiritual para ajudáYork para verificar o resultado do trabalho Doutrinário ali
lo a vencer essa rejeição. Mesmo assim, ele não quis
implantado, mas voltava sozinho, pois Waldo Vieira seguira
continuar essa tarefa. Como sabemos, nada nos é imposto,
para o Japão, porque sentia necessidade de ampliar seus
mas arcaremos em outras reencarnações para vir a realizar as
conhecimentos médicos e pretendia fazer a pós-graduação
tarefas que cedo ou tarde se cumprirão, pela misericórdia de
nesse país, onde sabia obter mais conhecimento e cultura na
Deus”.
sua profissão.
Elielce
Fato curioso na vida de Chico Xavier
Quando Jesus disse ao paralítico: “Levanta-te e anda”,
devolveu ele os movimentos mas caberia ao paralítico
levantar-se e andar pelos seus próprios esforços, visto que
pela misericórdia de Deus isso fora permitido.
Ao curar o cego, foram os judeus interrogá-lo sobre o que
Jesus teria feito; porém, o cego respondeu a todos: “Não sei.
Ele mandou-me que me dirigisse ao tanque, para lavar-me e
ver-me.” Quis, então, Jesus dizer com isso que a obrigação do
cego era de ir-se e lavar-se por sua própria vontade, pois Ele
em tudo já o havia recomposto.
Na multiplicação dos pães e dos peixes, Jesus abençoou
os alimentos e a multiplicação aconteceu; mas as pessoas
tiveram que fazer a sua parte, que era justamente de ter essa
alimentação.
Jesus ressuscita Lázaro, dizendo-lhe: “Lázaro, sai desse
túmulo e caminha.” Volta Lázaro à vida, mas a obrigação de
sair de dentro de suas próprias imperfeições foram vencidas
pelo esforço feito por ele, para continuar a viver.
Diante de todos os ensinamentos do Evangelho, sobre
essas curas feitas por Jesus, Chico prossegue:
— Na lição do paralítico, não estamos à altura de Jesus
para executar essa cura, mas podemos ajudá-lo a ter uma
cadeira de rodas, ou um par de muletas, se esse for o caso,
propiciando a ele uma ajuda fraterna.— Junto ao cego, claro
não temos condição de fazê-lo enxergar, mas temos
condições de ler uma página que conforte seu coração, que o
ajude a ter esperança e a descrever a irradiante luz do sol, que
aquece e estimula o bem estar do espírito, pela visão da vida
eterna.
— Não podemos alimentar uma multidão, mas podemos
estender as mãos e alimentar as pessoas com dois pães, um
em cada mão.
— Nossa vontade, por maior que seja, não consegue
ressuscitar os que deixam o plano físico, mas podemos
consolar a família, que, muitas vezes em seu desespero,
dificulta ao desencarnante libertar-se dos elos terrenos,
principalmente dos entes amados. A palavra de esperança e a
fé ajudam todos a suportar a dolorosa separação.
É preciso lembrarmos, comenta Chico
Xavier, que Deus não nos impõe nada. Devemos
procurar em nosso interior a liberdade de uma
consciência tranqüila por seguir os
ensinamentos de Jesus.
Quando Jesus fez o convite para que as
aflições e os encargos pesassem sobre os
ombros, Ele disse que enviaria o consolo. Mas
não obrigou a nada e nem a fazer trocas para que
Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”
Livros básicos da doutrina espírita. Temos os 414 livros
psicografados por Chico Xavier, romances de diversos
autores, revistas e jornais espíritas. Distribuição permanente
de edificantes mensagens.
Praça Presidente Castelo Branco - Centro - Diadema - SP
Telefone (11) 4043-4500 com Roberto
Horário de funcionamento: 8 às 19h30
Segunda-feira à Sábado
14
Seareiro
o efeito acontecesse, apenas, procurássemos o seu regaço e o
alívio seria sentido.
É o apelo do Cristo para que aprendamos a doar sem
exigir recompensas ou agradecimentos. Deixemos que Ele a
tudo conduza.
Chico fazia observações importantes, sobre trechos do
Evangelho e, continuando, dizia:
— O hábito das criaturas exagerarem as dificuldades e os
sofrimentos, as afasta do raciocínio sobre a fé. Diante do
egoísmo, dizem que as piores coisas lhes afetam a vida. Se
pudessem sentir nessas horas que, se afeitos a Jesus, Ele os
aliviaria, porque os rogos para serem socorridos seria no
sentido de continuarem a cuidar não só de si e dos seus, mas
dos mais distantes, como, por exemplo, dos familiares
problemáticos. Principalmente se forem essas as curas das
aflições. É aí, que o coração deverá manter-se firme. É
preciso ampliar a visão e não trazê-la unicamente para a
matéria.
Chico ainda comentava que nossa visão é tão curta e
nossos pensamentos tão radicais, que nunca nos lembramos
dos sofrimentos impostos aos animais que são sacrificados
para saciar nossa fome. Na dor que se impõe a eles nos maus
tratos, através das matanças violentas.
Continuando, ensinava que as dificuldades são
necessárias. Se tudo nos fosse facilitado, nunca faríamos
esforços para entender os dispositivos de Deus às nossas
vidas, pois, quanto mais facilidades tivermos, menos
sensíveis ficaremos. Portanto, por ora, cremos que o melhor
caminho seja mesmo o das dificuldades e do sofrimento.
Chico sempre chamava a responsabilidade do espírita,
diante da Doutrina. A responsabilidade da tarefa a ser
cumprida, seja qual for. Dizia que o Evangelho terá de ser
sempre a chama de luz a ser exemplificada pelo amor.
Salientava a necessidade de comentar os exemplos do bem,
porque o mal não precisa ser evidenciado. Se os
ensinamentos do Cristo não encontram eco em nossos
corações e se as palavras desse Mestre não encontram
guarida em nossos lábios, terá sido em vão tanto
conhecimento que nos chegam às mãos, por esses benfeitores
espirituais, que vencem tantos obstáculos e tantas
controvérsias, para que não fiquemos nas trevas?
E continuava Chico, com voz pausada e preocupante:
— Reflitamos que, se nos omitimos diante das Verdades
de Jesus, por comodismo ou interesses pessoais, estaremos
sendo mais culpados do que aqueles que nada fazem para crer
na vida futura.
Ainda sobre os ensinamentos do Evangelho, ele
relembrou um trecho do Sermão da Montanha, onde Jesus
ressaltava que o sentimento pelo chamamento que fazia, era
para alcançar o coração do homem. Nesse sermão Ele não
pedia que fosse usada a inteligência para fazer o bem, pois é
Núcleo de Estudos Espíritas
“Amor e Esperança”
Rua das Turmalinas, 56/58
Jardim Donini - Diadema - SP
Artesanato: Sábado das 10 às 16 horas
Atendimento às Gestantes: 2ª às 15 horas
Evangelização Infantil: ocorre em conjunto às reuniões
Tratamento Espiritual: 2ª às 19h45; 3ª às 14h45; 4ª às 19h45 e
6ª às 14h45
Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª às 20 horas; 3ª e 6ª às 15 horas e Domingo
às 10 horas
pela inteligência, pelo raciocínio que a queda vem.
E Chico prosseguia, falando como um sábio:
— Jesus não disse: Bem-aventurados os inteligentes e
sim profetizou “Bem-aventurados os pobres de espírito,
porque deles é o reino dos Céus”.
Isso porque, dizia Chico, os inteligentes são orgulhosos
em seus conhecimentos e, por isso, consideram as coisas
vindas do Pai Celestial indignas de suas preocupações. Já
aquele que ama com a sua simplicidade sem muito indagar,
mas preocupado em trabalhar com humildade e é rico de
sentimento, a esses Jesus diz pertencer o reino do céu.
Se esse cair algum dia por muito amar seu semelhante, o
próprio motivo de sua queda o reerguerá. Porém aquele que
cai por muito exigir em sua sabedoria, jamais aceitará sua
queda, pois o orgulho o fará recuar, distanciando da Verdade.
Portanto, amigos espíritas, as palavras de Jesus, devem
estar sempre a amparar consolando aqueles que se julgam
aptos a resolver qualquer problema, pois escondem por baixo
dessa autonomia, a distância dos ensinamentos cristãos.
Por isso, as portas de um Centro Espírita deverão estar
sempre abertas para atender quem quer que seja, pois esse é
um Pronto-Socorro, existindo para Evangelizar consolando,
sem afetação, e recolhendo as criaturas para conseguirem
unir o sentimento e a razão. Essa deverá ser a bússola, pois é a
resposta de Deus ao homem de todos os tempos.
Com todos esses ensinamentos recolhidos pela boca de
alguém como Chico Xavier, que não só falou, mas também
usou a mediunidade no maior teor de vida, resta nos
desenvolver como ele o trabalho, a bondade, a paciência e a
compreensão.
E, numa brincadeira, aliás muito comum em Chico, pois
era muito alegre, ele dizia a um grupo de amigos: “Amo a
vida. Tenho que aceitar um dia a morte. Porém, tomo muito
cuidado com a saúde do meu corpo. Tomo todos os remédios
e sigo à risca o tratamento médico. Então, quando eu tiver
que partir, peço-lhes que escrevam no meu túmulo:
Aqui jaz Chico Xavier, muito a contragosto”.
Francisco Cândido Xavier
Em encontro com os amigos em torno do
Evangelho - Uberaba - 1967
Comentando o Evangelho
Precisando sair para fazer a barba, Chico aproveitou uma
folga que lhe fora proporcionada por André Luiz, pois
psicografava o livro “Nosso Lar”, e saiu em companhia de
seu alegre amiguinho, o cãozinho Lulu.
Após os alegres cumprimentos do barbeiro, que era do
tipo calmo e de trabalho consciencioso, este pediu ao Chico
que se sentasse e foi logo colocando a toalha e ensaboando o
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
rosto de Chico.
Já estava para iniciar a raspagem da barba com a navalha,
quando ele parou e olhando fixamente para Chico, falou:
— Perdoe-me, Chico, mas não estou me sentindo bem,
estou prestes a desmaiar.
Chico, naturalmente, o amparou para que se sentasse e
ouviu e viu um espírito umbralino que rodeava o barbeiro e
15
lhe dizia aos ouvidos:
— Vá, corte a garganta dele, vamos, corte rápido!
O barbeiro estava com a navalha na mão e
ergueu-a para alcançar a garganta de Chico. O
coitado não via e nem ouvia nada, estava apenas
sob a influência do mau espírito. Ao tomar
conhecimento do caso, Chico baixou-lhe a mão e
esse, ainda atordoado, falou:
— Ora, Chico, acho que não vou poder
continuar a fazer a sua barba. Poderá voltar
amanhã?
A que Chico respondeu, rápido para livrar-se
do perigo:
— Não se preocupe, se a barba não for feita
hoje, poderá ser feita no outro dia. Despediu-se e
saiu feliz por ter se livrado da navalha, que
estava próxima a sua garganta.
Chico explicou que esse acontecido foi porque os
espíritos inferiores não queriam que o livro “Nosso Lar”
viesse à luz, pois muitos mistérios deixariam de existir em
torno das condições espirituais de cada criatura. Seria um
testemunho muito sério que faria, como fez, revelar o início
de uma série tão importante dos livros de André Luiz,
difundindo com clareza as situações daqueles que, como o
próprio André Luiz, sofreram por não acreditarem na
continuidade da vida no Além.
Esse primeiro livro de André Luiz trouxe
realmente muita celeuma no meio espírita, pois,
como o barbeiro, dizia Chico, eram todos
invigilantes e dispersos com relação ao plantio ao
longo da vida.
Porém, até hoje, esse livro foi e é o mais lido
em toda a literatura mediúnica de Chico Xavier.
Todas as perseguições que o médium sofreu até o
término dessa obra foram compensadas pela
incrível penetração em todos os lugares, por
vezes espíritas ou não.
Graças a Deus, concluiu Chico, às preces e ao
amparo vindos dos amigos de Pedro Leopoldo e
da proteção do mundo espiritual, eu e André Luiz
ganhamos a causa em defesa dos ensinamentos
cristãos.
Esse livro foi editado pela Federação Espírita Brasileira
(FEB), prefaciado por Emmanuel no dia 3 de outubro de
1943, em Pedro Leopoldo.
Eloisa
Material consultado: Reformador 1970 - FEB; Livro
“Momentos com Chico Xavier” - Adelino da Silveira - Ed.
Mirassol Gráfica Ltda - 1ª edição - 1999
Cantinho do Verso em Prosa
cantinho
do
verso
em
prosa
Votos do Servo Cristão
Jesus amado, auxilia
Meu anseio de progresso,
Sou teu servo, cada dia,
Outra graça não te peço.
Recuso o reino mesquinho
Do mal que se ensombra e governa.
Sou grão de pó no caminho
De tua grandeza eterna.
Ofereço-me, Senhor,
Com todo meu coração
Ao teu serviço de amor,
De paz e consolação.
Sublime e Celeste Amigo,
Se o charco lírio produz,
Eu quero seguir contigo
Na glória de tua cruz.
Sou teu servo. Não disputo
Maior e mais santo bem.
Dou-me a ti, cada minuto,
Hoje, agora, aqui, além...
Subirei montanha acima,
És meu credo e minha igreja,
Que o teu amor me redima
Agora e sempre. Assim seja.
João de Deus
Poesia extraída do livro “Trinta anos com Chico Xavier” de
Clóvis Tavares - Editora Calvário - 1ª edição - 1967
Nessa poesia, João de Deus retrata o servo fiel
agradecendo ao Senhor a glória de tê-lO conhecido.
16
Sente-se a pureza da oração dirigida a Jesus.
Prece contida na humildade de quem reflete no doce
intercâmbio do trabalho com o Alto.
O medo da queda diante das ostentações da matéria fazlhe a rogativa para que o afastamento do mal não obstrua seus
melhores intentos no bem, pois crê no Pai Eterno.
Dispõe-se a seguir o caminho da Cruz Redentora, porque
mesmo entre tristezas e maldades, há sempre o ponto
positivo.
Almeja a subida íngreme, difícil, mas acalenta o desejo de
estar aos pés de Jesus, carregando a própria cruz, sinal do
amor, da esperança e da luz.
Cremos que esse servo fiel, aqui na Terra, tem seu nome
gravado em todos os corações:
Francisco Cândido Xavier, “o Homem de Bem”.
Elielce
Clube do Livro Espírita
“Joaquim Alves (Jô)”
Informe-se através:
Caixa Postal 42 - CEP 09910-970
Diadema - SP
(11) 4044-5889 (com Eloísa)
E-mail:
[email protected]
www.espiritismoeluz.org.br
Receba mensalmente obras selecionadas de
conformidade com os ensinamentos espíritas.
Seareiro
Relatos da visita
relatos da visita
Pedro Leopoldo
Em nossa
recente visita
a Pedro
Leopoldo e a
Uberaba,
pudemos
presenciar os
frutos do
magnânimo
Vista atual da cidade de Pedro Leopoldo, MG . trabalho de
exemplificação e fidelidade do Evangelho do Nosso Mestre e
Senhor, pelo nosso querido Chico Xavier, nestas paragens na
sua caminhada conosco, culminando com o seu desencarne
em 2002, em Uberaba.
Em Pedro Leopoldo pudemos
visitar a Casa de Chico Xavier,
onde estivemos com o Sr. Hélcio
Marques, um dos colaboradores
da Casa.
Chico Xavier viveu nesta
casa, em Pedro Leopoldo, antes
de se transferir para Uberaba. O
nome do museu não poderia ser
mais apropriado, afinal, ele foi
construído na casa onde Chico
morou. A antiga construção se
transformou num moderno
centro de referência sobre sua
A Casa de Chico Xavier
obra psicográfica. O imóvel foi
realiza um grandioso trabalho
de divulgação da Doutrina, ampliado, com a ajuda da
atendimento assistencial a família, amigos do médium e da
pessoas carentes, entre outras Fundação Cultural Chico Xavier.
tarefas na Seara do Mestre.
O projeto pretende preservar
os escritos e a história do médium. De acordo com Hélcio
Marques, o imóvel foi adquirido da família de Chico Xavier
em 2004, já com a intenção de fazer o centro de referência.
A Casa de Chico Xavier conta com um acervo de 416
livros psicografados pelo
médium, cerca de 130 obras que
falam sobre Chico Xavier e uma
suíte fotográfica, que mostra o
espírita em momentos que
revelam um pouco de sua vida
pessoal, com a família e amigos.
O quarto de Chico Xavier foi
preservado e seus pertences
ainda estão lá. A sala, onde
ocorriam as reuniões foi
ampliada
e agora, abriga um
A Casa de Chico Xavier foi
reformada, transformada em auditório com capacidade para 65
um memorial e aberta a pessoas.
visitação pública desde
A Casa de Chico Xavier tem
outubro 2005.
um trabalho imenso de
divulgação da doutrina do Cristo, das obras de Kardec e as
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
psicografadas por Chico Xavier, implantação de Evangelho
no Lar em lares de famílias da cidade, atendimento
assistencial à pessoas carentes e toda uma gama de tarefas
ligadas ao trabalho da Seara do Mestre.
A Casa de Chico Xavier está aberta ao público de segunda
à sábado, das 8h às 12h e das 14h às 18h, à Rua Pedro José da
Silva, nº67, Centro, Pedro Leopoldo, MG. Quem quiser
maiores informações pode
contatar o Sr. Hélcio Marques
pelo telefone (31) 8452-2519.
Estivemos presente no
Centro Espírita Luis Gonzaga,
onde Chico fundou com alguns
amigos em 21/06/1927, e onde
psicografou a sua primeira
mensagem (foram 17 páginas de
um amigo espiritual).
Estivemos também no Grupo Centro Espírita Luiz Gonzaga
Espírita Meimei, que também foi
fundado pelo nosso Chico e
um grupo de amigos, em
31/07/1952, e onde foram
dadas as comunicações
psicofônicas que hoje
compõem os livros
Instruções Psicofônicas e
Vozes do Grande Além, de
sua lavra mediúnica.
Centro Espírita Meimei
Interessante ressaltar que
das 412 obras editadas ainda em
vida, 59 delas foram
psicografadas em Pedro
Leopoldo, sendo a primeira
Parnaso de Além-Túmulo e a
última, Pensamento e Vida.
Estivemos também visitando
a primeira fábrica a qual o Chico
trabalhou de 1919 a 1921, por 2
anos, que foi a Fábrica de
Tecidos Cachoeira Grande, na
Fábrica de Tecidos
parte central da cidade, e que teve
Cachoeira Grande
que se desligar da mesma por
problemas de saúde. Foi também
em 1919 que ingressou na Grupo
Escolar São José, existente até
hoje.
Foi também em Pedro
Leopoldo que pudemos visitar a
Fazenda Modelo, onde Chico
Xavier trabalhou por mais de 20
anos, até se mudar para Uberaba,
e onde ele psicografou diversas Escola Estadual São José.
Por volta de 1919, Chico
obras, principalmente Paulo e estudou no então Grupo
Escolar São José.
Estevão, no ano de 1941, que
17
demorou 8 meses para
concluí-la, trabalhando
diariamente das 5 da
tarde a 1 hora da manhã.
No local foi colocado
u m a
p l a c a
comemorativa sobre
este fato.
Visitamos o local
Fazenda Modelo
onde Chico Xavier se
encontrou pela primeira
vez com Emmanuel,
onde mais tarde este lhe
convida ao trabalho,
principalmente na
psicografia dos livros, e
após ser questionado se
estaria apto à tarefa e o
que seria necessário
para cumpri-la,
Emmanuel lhe faz três
Local onde Chico encontrou pela
primeira vez Emmanuel.
recomendações:
disciplina,
disciplina e
disciplina.
H o j e
s e
encontra no local,
um pedestal em
forma de livro,
como forma de
manter viva a
importância deste
encontro na
missão que lhe
Rancho do Matuto
confiada pelo
Cristo.
Localizamos nos
arredores de Pedro
Leopoldo, no Rancho
do Matuto, local onde
pudemos ser recebidos
pela D. Efigênia, que
trabalha no local há
mais de 30 anos, a
carroça que Chico
Xavier utilizava para se
Carroça que Chico utilizava para
locomover em Pedro
fazer atendimentos a pessoas
doentes e necessitadas.
Leopoldo, nos
atendimentos que fazia
às pessoas doentes e
necessitadas, ainda em bom
estado de conservação, e onde
nos remete às décadas de 40/50,
no dia a dia deste incansável
trabalhador cristão.
Tivemos a grande satisfação
de visitar uma das irmãs do nosso
Chico, D.Dora, em sua
residência, onde nos atendeu
com o mesmo carinho e alegria
Dona Dora, uma das irmãs
que
o Chico sempre recebeu a
de Chico Xavier.
todos os que o procuravam.
18
Uberaba
Em Uberaba,
e s t i v e m o s
primeiramente com o
Sr. Eurípedes Higino,
filho adotivo do nosso
Chico Xavier, que nos
atendeu prontamente
no Grupo Assistencial
Chico Xavier, que ele
Vista da cidade de Uberaba, MG.
coordena, e onde são
atendidas pessoas
necessitadas em doações de alimentos,
atendimento médico feito pelo Dr.
Eurípedes Tahan Vieira, o médico de
Chico Xavier e atendimento odontológico
feito pelo próprio filho de Chico Xavier,
Eurípedes.
Neste local também funciona o
Refeitório Amigos Anônimos de Chico
Xavier, onde é servido um jantar todas às
q u i n t a s - f e i r a s p a r a t o d o s q u e Sr. Eurípedes
Higino, filho
comparecerem.
O endereço tanto do Grupo Assistencial adotivo de Chico
Xavier.
Chico Xavier quanto do
Refeitório Amigos
Anônimos de Chico Xavier
é Av. João XXIII, nº
2246/2258 no Parque das
Américas, em Uberaba.
Fomos até o Grupo
Espírita da Prece onde o
nosso Chico trabalhou nos
últimos 40 anos, onde Refeitório Amigos Anônimos de
Chico Xavier.
notamos a continuidade
do trabalho implantado
pelo nosso Chico, não só
no campo propriamente
doutrinário, de estudos,
mas também no campo
assistencial,
que o
Grupo Espírita da Prece.
Chico tanto gostava de
levar o apoio material
àqueles corações, além
do espiritual.
O nosso Eurípedes,
filho do Chico, nos
mostrou o Museu
Chico Xavier, no local
que foi residência do
Chico por mais de 40
a n o s , a t é s e u Quarto do Chico no Museu “Chico
Xavier”.
desencarne, e que agora
reúne todo um acervo de fotos distribuído nos cômodos da
casa, e onde se mantém intactos o quarto, cozinha e salas da
casa, com os móveis e objetos de uso do nosso Chico Xavier.
Lá também encontramos todos os objetos frutos das
homenagens recebidas pelo Chico no decorrer destes anos, e
que apesar dele não se envaidecer com as mesmas, as
Seareiro
Placa comemorativa situada na Fazenda Modelo.
guardava com o mesmo respeito e o carinho que havia
recebido daqueles que os entregavam.
Há também neste mesmo local a Livraria F.C.X. onde
podemos encontrar as obras psicografadas do nosso Chico,
como também algumas lembranças com o nome Chico
Xavier.
Ao nos
dirigirmos
ao Cemitério São
J o ã o
Batista,
pudemos
visitar o
Mausoléu
de Chico
Entradas da Livraria Espírita FCX e do Museu
“Chico Xavier”.
X a v i e r, n a
quadra O,
onde se quis e se conseguiu homenagear não apenas o
homem Francisco Cândido Xavier, mas o trabalhador
incansável do Cristo, que exemplificou o Evangelho nesta
O livro “Pensamento Os livros “Instruções Psicofônicas” e “Vozes
e Vida” foi o último do Grande Além” contêm uma coletânea de
psicografado por
mensagens psicofônicas para estudo e
Chico Xavier, em
reflexão.
Pedro Leopoldo.
Livro “Paulo e
Pode-se obter
Estêvão”,
psicografado
m a i o r e s
diariamente das 5 da
informações sobre tarde a 1 hora da
a s a t i v i d a d e s manhã, durante 8
meses.
ligadas ao nome
Chico Xavier em
Uberaba, como, por exemplo, horários
de visitação e endereços, pelo telefone
da Livraria: (34) 3336-5967.
Roberto Patrício
26 a 31 de
Março 2007
19h30 - Passe
20 horas - Palestra
26/03 - Considerações sobre a pluralidade da
existência - Aziz Cury
27/03 - Faculdades morais e intelectuais do homem Claudio Augusto Camargo Pinto
28/03 - Felicidade e infelicidade relativas - Luiz
Armando de Freitas Ferreira
29/03 - O Livre Arbítrio: Lei da Liberdade - Homero
Morais Barros
30/03 - Relações familiares - Eugenivaldo Silva Fort
Fotos do mausoleu do Chico Xavier.
passagem dentre nós. Os livros, o trabalho incessante no Bem
e o exemplo evangélico, foram as tônicas utilizadas para a
construção deste Mausoléu.
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
31/03 - 17 horas - Prece de Encerramento na Banca
de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)” Praça Presidente Castelo Branco - Centro Diadema - SP
Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”
Rua das Turmalinas, 56 / 58 - Diadema - SP - (11) 4044-5889
19
FECHAMENTO AUTORIZADO - Pode ser aberto pela ECT
Em ___/___/___
Reintegrado no serviço postal em ___/___/___
Informação escrita pelo porteiro ou
síndico.
Mudou-se
Falecido
Desconhecido
Ausente
Recusado
Não procurado
Endereço insuficiente
Não existe número indicado
PARA USO DOS CORREIOS
Destinatário
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”
Caixa Postal 42
Diadema - SP
09910-970
. . . CORREIOS . . .
9912164885 - DR/SPM
SEAREIRO
Especial
Impresso
Download

Boa leitura! - Núcleo de Estudos Espíritas "Amor e Esperança"