COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS – HUGO DE CARVALHO RAMOS LITERATURA – 2ºs ANOS – ENSINO MÉDIO PROFESSORA : VANUSE 4º BIMESTTRE/2008 Lista de exercícios 01 - (UF-ES) O ideal parnasiano do culto da "arte pela arte" significa que o objetivo do poeta é criar obras que expressem: a) um conteúdo social, de interesse universal. b) O belo, criado pelo perfeito uso dos recursos estilísticos. c) a noção do progresso da sua época. d) uma lição de cunho religioso. 02 - (UF-PA) À subjetividade romântica os parnasianos contrapuseram a impessoalidade objetiva; Bilac, parnasiano por excelência, por vezes foge do rigorismo objetivista de sua escola como, por exemplo, nos versos em que o eu do poeta se manifesta claramente. É o que se vê em: a) "Fernão Dias Paes Leme agoniza. Um lamento/ Chora largo, a rolar na longa voz do vento." b) "Pára! Uma terra nova ao teu olhar fulgura!/ Detém-te! Aqui, de encontro a verdejantes plagas" c) "E eu, solitário, solto a face, e tremo,/ Vendo o teu vulto que desaparece." d) "Chega do baile. Descansa/ Move a ebúrnea ventarola." 03 - (CFET-PA) Todas as afirmações abaixo estão corretas, com exceção de: a) Parnasianismo é a manifestação poética do Realismo, mais voltada para o concreto. b) Os parnasianos assumiram o sentimentalismo quanto à observação da realidade, pregando uma atitude pessoal. c) Os parnasianos, negando a emoção, cultuaram a Razão e revalorizaram a Antigüidade Clássica. d) Parnasianismo é uma estética preocupada com a arte pela arte, a poesia pela poesia. 04 - (UFRS) "É na convergência de ideais anti-românticos, como a objetividade no trato dos temas e o culto da forma, que se situa a poética do Parnasianismo. O nome da escola vinha de Paris e remontava a antologias publicadas [...] sob o título de Parnasse Contemporain, que incluíam poemas de Gautier, Banville e Lecomte de Lisle. Seus traços de relevo: o gosto da descrição nítida, concepções tradicionalistas sobre metro, ritmo e rima e, no fundo, o ideal de impessoalidade que partilhavam com os realistas do tempo." (Alfredo Bosi) Com base no texto acima, referente ao Parnasianismo brasileiro, são feitas as seguintes inferências: I. Parnasianismo opôs-se a princípios românticos como a subjetividade e a relativa liberdade do verso. II. Tendo seu nome calcado num termo criado na França, o Parnasianismo brasileiro seguiu um caminho estético próprio, independente e original. III. Parnasianismo e Realismo são correntes literárias com ideais e princípios estéticos totalmente diferenciados. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas II e III d) I, II e III. 05 - Marque a afirmativa correta: a) O Parnasianismo caracterizou-se, no Brasil, pela busca da perfeição formal na poesia. b) O Parnasianismo determinou o surgimento de obras de tom marcadamente coloquial. c) O Parnasianismo, por seus poetas, preconizava o uso do verso livre. d) O Parnasianismo brasileiro deu ênfase ao experimentalismo formal. 06 - Assinale a alternativa que tenha apenas características do Parnasianismo: a) culto da forma; objetivismo; predomínio dos elementos da natureza; b) preocupação com a forma, com a técnica e com a métrica; presença de rimas ricas, raras, preciosas; c) predomínio do sentimentalismo; vocabulário precioso; descrições de objetos; d) teoria da arte pela arte; métrica perfeita; busca do nacionalismo; 07 - (MACKENZIE) Não caracteriza a estética parnasiana: a) A exaltação do “eu” e fuga da realidade presente. b) A objetividade, advinda do espírito cientificista, e o culto da forma. c) A obsessão pelo adorno e contenção lírica. d) A perfeição formal na rima, no ritmo, no metro e volta aos motivos clássicos. 08 - (CEFET-PAR) E sobre mim, silenciosa e triste, A Via-Láctea se desenrola Como um jarro de lágrimas ardentes. (Olavo Bilac) Sobre o fragmento poético não é correto afirmar: a) A “Via-Láctea” sofre um processo de personificação. b) A cena é descrita de modo objetivo, sem interferência da subjetividade do eu-poético. c) A opção pelos sintagmas “desenrola” e “jarro de lágrimas ardentes”visa a presentificar o movimento dos astros. d) Há predomínio da linguagem figurada e descritiva. e) A visão de mundo melancólica do emissor da mensagem se projeta sobre o objeto poetizado. 09 - Leia os versos: Esta, de áureos relevos, trabalhada De divas mãos, brilhantes copa, um dia, Já de aos deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia. Era o poeta de Teos que a suspendia. Então e, ora repleta ora esvaziada, A taça amiga aos dedos seus tinia Todas de roxas pétalas colmada. (Alberto de Oliveira) Assinale a alternativa que contém características parnasianas presentes no poema: a) busca de inspiração na Grécia Clássica, com nostalgia e subjetivismo; b) versos impecáveis, misturando mitologia clássica com sentimentalismo amoroso; c) revalorização das idéias iluministas e descrição do passado; d) descrição minuciosa de um objeto e busca de um tema ligado à Grécia antiga; Texto para as questões 10 e 11. Vila Rica O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre; Sangram, em laivos de outro, as minas, que ambição Na torturada entranha abriu da terra nobre; E cada cicatriz brilha como um brasão. O ângelus plange ao longe em doloroso dobre. O último ouro do sol morre na cerração. E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre, O crepúsculo cai como uma extrema-unção. Agora, para além do cerro, o céu parece Feito de um ouro ancião que o tempo enegreceu A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. Como uma procissão espectral que se move... Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu... Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove. (Olavo Bilac) 10 - Sobressai no poema: a) a descrição de um ambiente fictício; b) a visão do homem infeliz; c) O aspecto descritivo e a lembrança de um passado histórico. d) um retrato valorizador da fé humana; 11 - Predominam no texto: a) imagens acústicas e visuais. b) imagens acústicas e tácteis; c) imagens acústicas e olfativas; d) imagens visuais e tácteis; 12 - Assinale o par que melhor se aplica ao poema: a) manhã / tarde b) opulência / decadência c) dor / felicidade d) mistério / solução (Unifesp/SP) O poema a seguir, de Raimundo Correia, é a base para as questões de números 13 a 15. As pombas “Vai-se a primeira pomba despertada... Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sangüínea e fresca a madrugada... E à tarde, quando a rígida nortada Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Ruflando as asas, sacudindo as penas, Voltam todas em bando e em revoada... Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um, céleres voam, Como voam as pombas dos pombais; No azul da adolescência as asas soltam, Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam, E eles aos corações não voltam mais...” 13 - (Unifesp/SP) O poema de Raimundo Correia ilustra o Parnasianismo brasileiro. Dele, podem-se depreender as seguintes características desse movimento literário: a) Soneto em versos decassílabos, com predominância de descrição e vocabulário seleto. b) Versos livres, com predominância de narração e ênfase nos aspectos sonoros. c) Versos sem rima, liberdade na expressão dos sentimentos e recorrência às imagens. d) Soneto com versos livres, exploração do plano imagético e sonoro. 14 - (Unifesp/SP) Há uma equivalência entre os dois quartetos e os dois tercetos do poema. Assim, é correto afirmar que pombas, metaforicamente, representa a) A adolescência. b) Os sonhos. c) Os corações. d) O envelhecimento. 15 - (Unifesp/SP) Os dois últimos versos do poema revelam a) Uma visão pessimista da condição humana em relação à vida e ao tempo. b) Uma mentalidade conformista em relação ao amor e às desilusões vividas na juventude. c) Uma irritação com a dificuldade de se realizarem os sonhos. d) Um relativo menosprezo para com os sentimentos humanos vividos na juventude. 16 - (Unificado-RS) "Nasce a manhã, a luz tem cheiro... Ei-la que assoma Pelo ar sutil... Tem cheiro a luz, a manhã nasce... Oh sonora audição colorida do aroma!" A linguagem poética, em todas as épocas, foi e é simbólica; o Simbolismo recebeu esse nome por levar essa tendência ao paroxismo. Os versos acima atestam essa exuberância, pela fusão de imagens auditivas, olfativas e visuais, constituindo rico exemplo de: a) eufemismo b) polissíndeto c) sinestesia d) antítese 17- (UF-PA) À subjetividade romântica os parnasianos contrapuseram a impessoalidade objetiva; Bilac, parnasiano por excelência, por vezes foge do rigorismo objetivista de sua escola como, por exemplo, nos versos em que o eu do poeta se manifesta claramente. É o que se vê em: a) "Fernão Dias Paes Leme agoniza. Um lamento/ Chora largo, a rolar na longa voz do vento." b) "Pára! Uma terra nova ao teu olhar fulgura!/ Detém-te! Aqui, de encontro a verdejantes plagas" c) "E eu, solitário, solto a face, e tremo,/ Vendo o teu vulto que desaparece." d) "Chega do baile. Descansa/ Move a ebúrnea ventarola." 18 - (PUC-RS) "Hão de chorar por ela os cinamomos, Murchando as flores ao tombar do dia. Dos laranjais hão de cair os pomos, Lembrando-se daquela que os colhia." Uma das linhas temáticas da poesia de Alphonsus de Guimaraens, como se observa no exemplo, é a: a) amada morta b) religiosidade profunda c) transfiguração do amor d) atmosfera litúrgica 19- (COVEST-PE) Assinale: a) se todas estiverem corretas. b) se apenas a II for correta. c) se apenas a I e a II forem corretas. d) se apenas a II e a III forem corretas. "Infinitos espíritos diversos, Inefáveis, edênicos, aéreos, Fecundai o Mistério destes versos Com a chama ideal de todos os mistérios." I. Pelas características que apresenta é um texto simbolista. II. Opõe-se ao Naturalismo e ao Parnasianismo, valorizando uma realidade subjetiva, metafísica, espiritual. III. Possui em comum com o Parnasianismo o apuro formal. 20 - (UFBA) No Simbolismo, o poeta cria cenários espiritualizados, que sugerem dimensões estranhas à realidade terrena. Assinale a proposição ou as proposições que comprovam a afirmativa acima: a) "Quando por mim passaste Pela primeira vez, Como eu sorrisse, tu coraste. O sol estava abrasador. E eu disse então: 'Talvez! talvez Fosse o calor'." b) "Tarde louca de abril; gemem aves-marias Pelas naves; o luar o mundo inteiro enfeixa Num ramalhete de ouro estelar: nostalgias Que o ocaso em funeral pelo infinito deixa." c) "Nasci em leito de rosas E morro em leito de espinhos... Ó mães que sois caridosas, Velai por vossos filhinhos!" d) "Quando chegastes, os violoncelos Que andam no ar cantaram hinos. Estrelaram-se todos os castelos, E até nuvens repicaram sinos." 21 - (COVEST-PE) A musicalidade é característica do Simbolismo. Para consegui-la, os poetas usam vários recursos. Um deles é a aliteração (que consiste na repetição de fonemas para sugerir um som). Assinale a alternativa em que esse recurso não foi empregado. a) "Pedro pedreiro penseiro esperando o trem..." b) "Cada pingo de Maria ensopava o meu domingo..." c) "Toda gente homenageia Januária na janela..." d) "As palavras transcendem o significado..." 22 - (UFPR) Com relação à estética simbolista no Brasil, NÃO podemos afirmar que: a) entre seus poetas destacam-se Cruz e Sousa, Alphonsus de Guimaraens e o paranaense. b) Em seus versos, os poetas transmitiram toda a homologia (correspondência) existente entre a vida social e a literatura. c) Os poetas enfatizaram a percepção intuitiva da realidade, em vez de buscá-la de maneira lógica. d) Entre os recursos utilizados pelos poetas para aproximar a poesia da música destaca-se o uso de aliterações. 23 - (EU-Ponta Grossa) "Para as estrelas de cristais gelados, as ânsias e os desejos vão subindo, galgando azuis e siderais noivados, de nuvens brancas a amplidão vestindo..." Nestes versos aparece: a) o desejo de evasão que caracteriza a poesia romântica. b) a contradição do estilo barroco. c) o panteísmo arcádico. d) a aspiração ao infinito, à transcendência, um dos temas do Simbolismo. 24 - (MACK-SP) Alphonsus de Guimaraens é um poeta identificado com um período literário cujas características são: a) mitologia pagã e busca da natureza. b) simbologia matemática e musical. c) misticismo, amor e morte. d) análise social de grupos humanos marginalizados e valorização do coletivo. 25 - (UFES) "Ah! plangentes violões dormentes, mornos, Soluços ao luar, choros ao vento... Tristes perfis, os mais vagos contornos, bocas murmurejantes de lamento." (Cruz e Sousa) O fragmento de texto apresenta características da poesia simbolista, exceto: a) imaginação estimulada por elementos sensoriais. b) descrição objetiva da realidade. c) comparação da poesia com a música. d) preferência por temas subjetivos, místicos e espirituais. 26 - (PUC-MG) Os textos abaixo são característicos de um mesmo estilo de época, exceto: a) "E som e cor e cor e som, na mesma ondulação ritmal, na mesma eterificação de volúpias, conjuntam-se, compõem-se numa só onda de orquestrações e de cores, que vão assim tecendo auréolas eternais das Esferas..." b) "Quando Ismália enlouqueceu, Pôs-se na torre a sonhar... Viu uma lua no céu, Viu outra lua no mar. No sonho em que se perdeu, Banhou-se toda em luar... c) "Ah! Toda a alma num cárcere anda presa, Soluçando nas trevas, entre as grades Do calabouço olhando imensidades, Mares, estrelas, tardes, natureza. Tudo se veste de uma igual grandeza Quando a alma entre grilhões as liberdades Sonha e sonhando, as imortalidades Rasga no etéreo Espaço da Pureza." d) "Adeus qu'eu parto, senhora; Negou-me o fado inimigo Passar a vida contigo Ter sepultura entre os meus; Negou-me nesta hora extrema, Por extrema despedida, Ouvir-te a voz comovida Soluçar um breve Adeus!" 27 - (PUC-RS) Alberto de Oliveira é considerado o mais característico poeta parnasiano, pois suas obras evidenciam: a) erudição lingüística, descrição subjetiva e alusão à mitologia greco-latina. b) culto à forma, descritivismo e retorno aos motivos clássicos. c) preciosismo lingüístico, recuperação dos moldes clássicos e devaneio sentimentalista. d) lirismo comedido, sentimento nacionalista e apuro vocabular. 28 - (UFMA) Sobre o Parnasianismo e o Simbolismo, na Literatura Brasileira, é correto afirmar que: a) Os estilos são absolutamente distintos quanto à técnica da versificação. b) Os dois estilos se aproximam pelas preferências temáticas. c) À metafísica do primeiro, juntou-se o realismo do segundo. d) Os dois estilos se aproximam quanto à técnica da versificação. 29 - (PUC-PR) Rebelado "Ri tua face um riso acerbo e doente, que fere, ao mesmo tempo que contrista [...] Riso de ateu e riso de budista. gelado no Nirvana impenitente. [...]" Na estrofe do poema Rebelado, de Cruz e Sousa, é possível identificar características do Simbolismo. Assinale a alternativa que as identifica: a) Musicalidade marcada por aliterações e assonâncias, paradoxos, religiosidade, exotismo, uso de reticências. b) Musicalidade marcada por ritmo binário, antíteses, evocação de sentimentos atrozes, exotismo. c) Musicalidade marcada por aliterações e assonâncias, uso de maiúsculas, vagueza dos adjetivos, falsa religiosidade. d) Musicalidade marcada por aliterações, assonâncias e ritmo binário, uso de maiúsculas, vagueza dos adjetivos, falsa religiosidade. Vaga ilusão se evapora?" 30 - Nos versos lidos, o poeta defende valores simbolistas. Aponte a alternativa correta que discrimina esses valores. a) Sobrevalorização da sonoridade, musicalidade, sobreposição da forma à idéia. b) Musicalidade, pensamento esquisito, fluidez e formalismo. c) Harmonia forma-conteúdo, imprecisão, verso sem rimas nem idéias fixas. d) Sonoridade, idéias sobrenaturais, despreocupação como sentido das palavras. 31- O Pré-Modernismo abriga obras e autores que produziram entre o Simbolismo e o Modernismo. “É pré-modernista tudo o que problematiza a nossa realidade social e Modernismo. “É pré-modernista tudo o que problematiza a nossa realidade social e cultural”, diz o professor Alfredo Bosi. Abaixo há quatro referências a autores e obras desse período. Assinale a que não se relaciona ao período. cultural”, diz o professor Alfredo Bosi. Abaixo há quatro referências a autores e obras desse período. Assinale a que não se relaciona ao período. a) Apesar de não ter caráter ficcional, Os sertões, de Euclides da Cunha, assume b) c) d) e) proporções artísticas por sua linguagem e é considerada obra pré-modernista pelo olhar crítico sobre a realidade brasileira. O nome que a crítica considera o mais importante do Pré-Modernismo brasileiro é Manuel Antônio de Almeida, autor de Memórias de um sargento de milícias, romance em que denuncia a crueldade com que são tratados os recrutas nos quartéis brasileiros. Autor representativo do Pré-Modernismo é Graça Aranha, cuja obra Canaã põe às vistas do leitor impor-tantes teses, entre as quais a das diferenças raciais, e defende a idéia de que os povos podem viver de forma fraterna, todos alcançando a felicidade na terra de Canaã. Policarpo Quaresma é um patriota fanático, ardoroso defensor das tradições, depois dedicado agricultor, finalmente defensor da causa republicana, cujo governo acaba por colocá-lo na prisão, onde se dá seu triste fim. Daí, o romance Triste fim de Policarpo Quaresma, através do qual Lima Barreto tece, entre outras, forte crítica ao conformismo de boa parcela da sociedade brasileira. Monteiro Lobato tinha sérias reservas às idéias inovadoras do Modernismo, por isso sua linguagem apresenta tom bastante conservador. No entanto, boa parte de seus temas revela um autor profundamente preocupado com a realidade brasileira, trazendo à tona o homem atrasado e pobre do interior do país. 32 - A obra de Lima Barreto: a) Reflete a sociedade rural do século XIX, podendo ser considerada precursora do romance regionalista moderno. b) Tem cunho social, embora esteja presa aos cânones estéticos e ideológicos românticos e influenciou fortemente os romancistas da primeira geração modernista. c) É considerada pré-modernista, uma vez que reflete a vida urbana paulista antes da década de 20. d) Gira em torno da influencia do imigrante estrangeiro na formação da nacionalidade brasileira, refletindo uma grande consciência crítica dessa problemática. e) É pré-modernista, refletindo forte sentimento nacional e grande consciência critica de problemas brasileiros. 33 – A obra reúne uma série de artigos, iniciados com Velha Praga, publicados em O Estado de São Paulo a 14-11-1914. Nestes artigos o autor insurge-se contra o extermínio das matas da Mantiqueira pela ação nefasta das queimadas, retrógrada pratica agrícola perpetrada peã ignorância dos caboclos, analisa o primitivismo da vida dos caipiras do Vale da Paraíba e critica a literatura romântica que cantou liricamente esses marginais da civilização: a) Urupês (Monteiro Lobato) b) À Margem da História (Euclides da Cunha) c) Contrastes e Confrontos (Euclides da Cunha) d) Idéias de Jeca Tatu (Monteiro Lobato) e) n.d.a. 34 – Em Os Sertões, de Euclides da Cunha, a natureza: a) funciona como contraponto à narração, ressaltando o contaste entre o meio inerte e o b) c) d) e) homem agressivo. é cenário desolador, dentro do qual vivem e lutam os homens que podem transformá-la, sem que sejam por ela transformados. condiciona o comportamento do homem, de acordo com as concepções do determinismo cientifico de fins do século XIX. é objeto de uma descrição romântica impregnada dos sentimentos humanos do autor. é o tema da primeira parte da obra, A Terra, mas não funciona como elemento determinante da ação. 35 – (FUVEST) No romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, o nacionalismo exaltado e delirante da personagem principal motiva seu engajamento em três diferentes projetos, que objetivam “reformar” o país. Esses projetos visam, sucessivamente, aos seguintes setores da vida nacional: a) b) c) d) e) cultural, agrícola e político lingüístico, político e militar lingüístico, industrial e militar escolar, agrícola e militar cultura, industrial e político 36 - Augusto dos Anjos é autor de um único livro, Eu, editado pela primeira vez em 1912. Outras Poesias acrescentaram-se às edições posteriores. Considerando a produção literária desse poeta, pode-se dizer que: a) Foi elogiada poeticamente pela crítica de sua época, entretanto não representou um sucesso de público. b) Traduz a sua subjetividade pessimista em reação ao homem e ao cosmos, por meio de um vocabulário em reação ao homem e ao cosmos, por meio de um vocabulário técnico-científico-poético. c) Anuncia o Parnasianismo, em virtude das suas inovações técnico-científicas e de sua temática psicanalítica. d) Revela uma militância político-ideológica que o coloca entre principais poetas brasileiros de veio socialista. e) Foi recebida sem restrições no meio literário de sua época, alcançando destaque na história das formas literárias brasileiras. 37 - “Sofreu influencias das idéias deterministas de Taine; nacionalista ferrenho, deu grande valor à mestiçagem; oi o primeiro intérprete da evolução cultural e espiritual brasileira; ignorando Hege, Engels e Marx faltou- lhe uma concepção totalizante e dialética da cultura.”: a) Domingos Olímpio b) Raul Pompéia c) Sílvio Romero d) Adolfo Caminha e) Rui Barbosa 38 - Assinale a associação incorreta: a) b) c) d) Graça Aranha – sincretismo entre Realismo, Simbolismo e Impressionismo Euclides da Cunha – “barroco cientifico” Lobato – narrativa oral Coelho Neto – simplicidade, apontado pelos modernistas como exemplo 39 - Assinale a alternativa em que aparecem três características de Rui Barbosa: a) b) c) d) critica, sátira, barroquismo orador exímio, justeza verba, linguagem elaborada poeta parnasiano, lirismo, subjetividade espírito combativo, sinonímia, historiador 40 - Nas duas primeiras décadas de nosso século, as obras de Euclides da Cunha e de Lima Barreto, tão diferentes entre si, têm como elemento comum: a) b) c) d) e) A prática de um experimentalismo lingüístico radical A intenção de retratar o Brasil de modo otimista e idealizante O estilo conservador do antigo regionalismo romântico A adoção da linguagem coloquial das camadas populares do sertão A expressão de aspectos ate então negligenciados da realidade brasileira 41 - Assinale a alternativa falsa, sobre Monteiro Lobato: a) vale-se das tradições orais do caipira, personificado pelo Jeca Tatu, valendo-se do b) c) d) e) coloquialismo do “contador de casos”. nos romance Urupês e Cidades Mortas aborda a decadência da agricultura no Vale do Paraíba, após o “ciclo” do café. traz a paisagem do Vale do Paraíba paulista, denunciando a devastação da natureza pela pratica agrícola da queimada. explora os aspectos visíveis do ser humano; seus contos têm quase sempre finais trágicos e deprimentes. n.d.a. 42 - (UNIVEST) Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, é: a) a narrativa da vida e morte de um funcionário humilde conformado com a realidade social do seu tempo. b) uma autobiografia em que a personagem-título expõe sua insatisfação com relação a burocracia carioca. c) o relato das aventuras de um nacionalista ingênuo e fanático que lidera um grupo de oposição no início da República. d) um livro de memórias em que o personagem-título, através de um artifício narrativo, conta as atribulações de sua vida até a hora da morte. e) a história de um nacionalista fanático que, quixotescamente, tenta resolver sozinho os males sociais de seu tempo. 43 - (PUC) Da personagem que dá título ao romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, podemos afirmar que : a) foi um nacionalista extremado, mas nunca estudou com afinco as coisas brasileiras. b) perpetrou seu suicídio, porque se sentia decepcionado com a realidade brasileira. c) defendeu os valores nacionais, brigou por eles a vida toda e foi condenado à morte injustamente por valores que defendia. d) foi considerado traidor da pátria, porque participou da conspiração contra Floriano Peixoto. e) era um louco e, por isso, não foi levado a sério pelas pessoas que o cercavam. 44 - (FUVEST) No romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, o nacionalismo exaltado e delirante da personagem principal motiva seu engajamento em três diferentes projetos, que objetivam “reformar” o país. Esses projetos visam, sucessivamente, aos seguintes setores da vida nacional: a) escolar, agrícola e militar; b) lingüístico, industrial, e militar; c) cultural, agrícola e político; d) lingüístico, político e militar; e) cultura, industrial e político. 45 - (PUC) Associe as obras pré-modernistas (primeira coluna) aos respectivos fragmentos a elas pertencentes (segunda coluna). I. Triste Fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto) II. Os Sertões (Euclides da Cunha) III. Lendas do Sul (Simões Lopes Neto) ( ) “Canudos não se rendeu. Exemplo único emtoda a história, resistiu até o esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimosdefensores, que todos morreram.” ( ) “Foi assim e por isso que os homens, quando pela primeira vez viram a boiguaçu tão demudada, não a conheceram mais. Não conheceram e julgando que era outra, muito outra, chamam-na desde então de boitatá cobra de fogo, boitatá, a boitatá!” ( ) “Desde moço, aí pelos vinte anos, o amor da Pátria tomou-o todo inteiro. (...) estudou a Pátria, nas suas riquezas naturais, na sua história, na sua geografia, na sua literatura e na sua política.” A seqüência correta, de cima para baixo, na segunda coluna, é: a) II – III – I b) III – II – I c) I – II – III d) II – I – III e) I – III – II 46 - (UFF) TEXTO I CANÇÃO DO EXÍLIO Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá; As aves que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá; Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar – sozinho –, à noite – Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras Onde canta o sabiá. DIAS, Antonio Gonçalves. Poesia completa e prosa escolhida. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p.103 TEXTO II Errava quem quisesse encontrar nele qualquer regionalismo; Quaresma era antes de tudo brasileiro. Não tinha predileção por esta ou aquela parte de seu país, tanto assim que aquilo que o fazia vibrar de paixão não eram só os pampas do Sul com seu gado, não era o café de São Paulo, não eram o ouro e os diamantes de Minas, não era a beleza da Guanabara, não era a altura da Paulo Afonso, não era o estro de Gonçalves Dias ou o ímpeto de Andrade Neves – era tudo isso junto, fundido, reunido, sob a bandeira estrelada do Cruzeiro. Logo aos dezoito anos quis fazer-se militar; mas a junta de saúde julgou-o incapaz. Desgostouse, sofreu, mas não maldisse a Pátria. O ministério era liberal, ele se fez conservador e continuou mais do que nunca a amar a "terra que o viu nascer." Impossibilitado de evoluir-se sob os dourados do Exército, procurou a administração e dos seus ramos escolheu o militar. Durante os lazeres burocráticos, estudou, mas estudou a Pátria, nas suas riquezas naturais, na sua história, na sua geografia, na sua literatura e na sua política. Quaresma sabia as espécies de minerais, vegetais e animais, que o Brasil continha; sabia o valor do ouro, dos diamantes exportados por Minas, as guerras holandesas, as batalhas do Paraguai, as nascentes e o curso de todos os rios. Defendia com azedume e paixão a proeminência do Amazonas sobre todos os demais rios do mundo. Para isso ia até ao crime de amputar alguns quilômetros ao Nilo e era com este rival do "seu" rio que ele mais implicava. Ai de quem o citasse na sua frente ! Em geral, calmo e delicado, o major ficava agitado e malcriado, quando se discutia a extensão do Amazonas em face da do Nilo. BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. In: Três Romances. Rio de Janeiro: Garnier, 1990, p. 17-18 A valorização do nacional, expressa no poema de Gonçalves Dias (texto I) e nas idéias de Quaresma (texto II), é uma característica presente nos seguintes períodos literários: a) Simbolismo e Modernismo b) Arcadismo e Romantismo c) Realismo e Simbolismo d) Romantismo e Modernismo e) Barroco e Arcadismo 47 - (UFF) No final do romance Triste fim de Policarpo Quaresma, o personagem Quaresma adota uma postura crítica em relação ao nacionalismo que ele adotara no texto II (questão anterior). Assinale a alternativa em que esta postura crítica aparece: a) "Nada de ambições políticas ou administra-tivas; o que Quaresma pensou, ou melhor: o que o patriotismo o fez pensar, foi um conhecimento inteiro do Brasil, (...) para depois então apontar os remédios, as medidas progressivas, com pleno conhecimento de causa." b) "E o que não deixara de ver, de gozar, fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amara – todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentara." c) "É preconceito supor-se que todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentara." d) "A pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio de seu gabinete. Nem a física, nem a moral, nem a intelectual, nem a política que julgava existir, havia." e) "Policarpo era patriota. Desde moço, aí pelos vinte anos, o amor da pátria tomou-o todo inteiro." 48 - (PUC) O autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma é um pré-modernista e aborda em seus romances a vida simples dos pobres e dos mestiços. Reveste seu texto com a linguagem descontraída dos menos privilegiados socialmente. O autor descrito acima é: a) Euclides da Cunha b) Graça Aranha c) Manuel Bandeira d) Lima Barreto e) Graciliano Ramos 49 - (UNIFRA) Associe corretamente as colunas: 1- O Moço Loiro 2- Senhora 3- Dom Casmurro 4- Triste fim de Policarpo Quaresma 5- Os Sertões ( ) ...“Raquel tinha a cabeça inclinada para baixo e os olhos fitos no fundo do batel; cedendo a inexplicáveis movimentos de desassossego, suas mãos, que se achavam unidas uma à outra sobre o colo, apertavam-se".(...) "Dir-se-ia que Raquel tinha n’alma um pensamento doloroso. (...) ... Honorina, ao contrário, estava um pouco voltada para fora.” ( ) ...“Aurélia reuniu o cheque e os maços de dinheiro que estavam sobre a mesa. Este dinheiro é abençoado. Diz o senhor que ele o regenerou, e acaba de o restituir muito a propósito para realizar um pensamento de caridade e servir a outra regeneração.” ( ) ... “Olga tocou no velho piano de Dona Adelaide; e, antes das onze horas, estavam todos recolhidos. Quaresma chegou a seu quarto, despiu-se, enfiou a camisa de dormir e, deitado, pôsse a ler um velho elogio das riquezas e opulências do Brasil.” ( ) ...“Capitu estava ao pé do morro fronteiro, voltada para ele, riscando com um prego. O rumor da porta fê- la olhar para trás; ao dar comigo, encostou-se no muro, como se quisesse esconder alguma cousa. Caminhei para ela; naturalmente levava o gesto mudado, porque ela veio a mim, e perguntou-me inquieta: - que é que você tem? (...)” ( ) ... “O povoado novo surgia, dentro de algumas, já feito ruínas. Nascia velho. Visto de longe, desdobrado pelas câmeras, atrelando as canhadas, cobrindo área enorme, truncado nas quebradas, revolto nos pendores - tinha o aspecto perfeito de uma cidade cujo solo houvesse sido sacudido e brutalmente dobrado por um terremoto.” A seqüência correta é: a) 1 - 3 - 4 - 5 - 2. b) 1 - 4 - 3 - 2 - 5. c) 4 - 3 - 2 - 1 - 5. d) 1 - 2 - 3 - 4 - 5. e) 1 - 2 - 4 - 3 - 5. 50 - (MACKENZIE) Considere as seguintes associações: I - José de Alencar - Iracema - indianismo - Romantismo - narrativa lírica II - Raul Pompéia - O Ateneu - memorialismo - Modernismo - crônica biográfica III - Lima Barreto - Triste fim de Policarpo Quaresma - nacionalismo - Realismo - tragédia Assinale: a) se apenas I estiver correta. b) se nenhuma estiver correta. c) se apenas II e III estiverem corretas. d) se apenas I e II estiverem corretas. e) se todas estiverem corretas. 51 - (UFU) Leia e compare os textos seguintes. Estou no hospício ou, melhor, em várias dependências dele, desde o dia 25 do mês passado. (...) Eu sou dado ao maravilhoso, ao fantástico, ao hipersensível; nunca, por mais que quisesse, pude ter uma concepção mecânica, rígida do Universo e de nós mesmos. No último, no fim do homem e do mundo, há mistério e eu creio nele. (...) O que há em mim, meu Deus? Loucura? Quem sabe lá? (...) Que dizer da loucura? Mergulhado no meio de quase duas dezenas de loucos, não se tem absolutamente uma impressão geral dela. (Lima Barreto. Diário do hospício). E essa mudança não começa, não se sente quando começa e quase nunca acaba. Com o seu padrinho, como fora? A princípio, aquele requerimento... mas que era aquilo? Um capricho, uma fantasia, coisa sem importância, uma idéia de velho sem conseqüência. Depois, aquele ofício? Não tinha importância, uma simples distração, coisa que acontece a cada passo... E enfim? A loucura declarada, a torva e irônica loucura que nos tira a nossa alma e põe uma outra, que nos rebaixa... (Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma) Assinale a alternativa correta: a) Sem a experiência pessoal de Lima Barreto sobre a loucura, o autor não teria elementos suficientes para compor sua personagem nem para refletir sobre o tema. b) Em ambos os textos, os narradores crêem que o universo e o homem estão sujeitos a uma ordem supra-sensível, misteriosa, que impede a demarcação exata da lucidez e da loucura. c) Seguindo padrões estabelecidos, a personagem Quaresma pauta-se por uma conduta racional e objetiva, comportamento esse positivista, que a leva à loucura. d) Ainda que não saiba definir a loucura, Lima Barreto faz uma exaltação dela, por meio de sua vida e da personagem Quaresma. 52 - (PUC-SP) O autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma é um pré-modernista e aborda em seus romances a vida simples dos pobres e dos mestiços. Reveste seu texto com a linguagem descontraída dos menos privilegiados socialmente. O autor descrito acima é: a) Euclides da Cunha b) Graça Aranha c) Manuel Bandeira d) Lima Barreto e) Graciliano Ramos 53 - (UNIVEST) Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, é: a) a narrativa da vida e morte de um funcionário humilde conformado com a realidade social do seu tempo. b) uma autobiografia em que a personagem-título expõe sua insatisfação com relação a burocracia carioca. c) o relato das aventuras de um nacionalista ingênuo e fanático que lidera um grupo de oposição no início da República. d) um livro de memórias em que o personagem-título, através de um artifício narrativo, conta as atribulações de sua vida até a hora da morte. e) a história de um nacionalista fanático que, quixotescamente, tenta resolver sozinho os males sociais de seu tempo. 54 - (PUC) Da personagem que dá título ao romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, podemos afirmar que a) foi um nacionalista extremado, mas nunca estudou com afinco as coisas brasileiras. b) perpetrou seu suicídio, porque se sentia decepcionado com a realidade brasileira. c) defendeu os valores nacionais, brigou por eles a vida toda e foi condenado à morte injustamente por valores que defendia. d) foi considerado traidor da pátria, porque participou da conspiração contra Floriano Peixoto. e) era um louco e, por isso, não foi levado a sério pelas pessoas que o cercavam. 55 - (PUC-SP) "Iria morrer, quem sabel naquela noite mesmo? E que tinha ele feito de sua vida? Nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito bem, no intuito de contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara a sua mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora que estava na velhice, como ela o recompensava, como ela a premiava, como ela o condenava? Matando-o. E o que não deixara de ver, de gozar, de fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amaraa - todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentá-la. Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois se fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sidi feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas causas de tupi, do folclore, das suas tentativas agrícolas... Restava disto tudo em sua alma uma sofisticação? Nenhuma! Nenhuma!" (Lima Barreto) O trecho acima pertence ao romance Triste Fim de Policarpo Quaresma. Da personagem que dá título ao romance, podemos afirmar que: a) foi um nacionalista extremado, mas nunca estudou com afinco as coisas brasileiras. b) perpetrou seu suicídio, porque se sentia decepcionado com a realidade brasileira. c) defendeu os valores nacionais, brigou por eles a vida toda e foi condenado à morte justamente pelos valores que defendia. d) foi considerado traidor da pátria, porque ele participou da conspiração contra Floriano Peixoto. e) era um louco e, por isso, não foi levado a sério pela pessoas que o cercavam. 56 - (PUC-RS) Triste fim de Policarpo Quaresma, romance de Lima Barreto publicado em 1911, trata do drama de um velho aposentado que se propõe a salvar o Brasil de suas mazelas sociais. Neste romance, a figura feminina: a) vive uma relação amorosa extremamente sensual com Policarpo. b) representa o ideal de mulher com que sonha Policarpo. c) é a personagem que, como amiga de Policarpo, ao término, melhor entende a dinâmica da sociedade. d) idealiza a vida brasileira e acompanha Policarpo em suas idéias de transformar o País. e) cria empecilhos, como vilã, para que Policarpo realize seu sonho. 57- Considere as afirmações que seguem. I - Triste Fim de Policarpo Quaresma relata a vida de um modesto funcionário público em três diferentes fases, que se relacionam, de certa forma, às três partes em que se dividem tal romance. II - A primeira etapa da obra e da vida de Policarpo retrata o cotidiano simples e suburbano desse funcionário público ufanista e sonhador, que pretende instaurar no país uma reforma cultural. III - A segunda parte, refere-se a Quaresma, que, ao sair do hospício, torna-se proprietário rural. Defrontando-se com a rotina e a política do campo, busca reformular o país tendo como a agricultura. IV - O estágio final do romance, apresenta-nos o protagonista como soldado voluntário na Revolta da Armada, de 1893, revelando o clima político da República Velha. Aqui, o personagem principal prepara uma reforma política para a Pátria. Sobre a obra Triste Fim de Policarpo Quaresma são corretas? a) II, II e III. b) I e II. c) II, III e IV. d) I, II, III e IV. e) III e IV.