Problema 1.1 1) O valor da resistência R pode ser determinado recorrendo à expressão A 0, 01 R= = = 1000 Ω ⇒ R = 1 kΩ σS 5× 2×10−6 2) Supondo a densidade de corrente uniforme na secção da resistência i 10×10−3 i = JS ⇒ J = = = 5000 A / m 2 S 2×10−6 O campo eléctrico relaciona-se com a densidade de corrente pela lei de Ohm na forma local J 5000 = 1000 V/m = 1 kV/m J = σE ⇒ E = = σ 5 3) A tensão aos terminais da resistência, ou a diferença de potencial entre os terminais vale u = E A = 1000× 0, 01 = 10 V A resistência R pode ser confirmada pela lei de Ohm: u 10 R= = = 1000 Ω i 10×10−3 4) A potência de Joule valerá u2 = 10×10×10−3 = 0,1 W = 100 mW PJ = Ri 2 = ui = R Problema 1.2 1) A configuração do esquema de Norton é a seguinte: I IN RN U em que IN é a corrente de curto-circuito (corrente que se verifica quando U=0) e RN é a resistência que se verifica aos terminais do circuito. Assim E 12 I N = I cc = = = 120 A RN = Ri = 0,1 Ω , Ri 0,1 2) O esquema dado tem a configuração que se representa na figura seguinte. Circulando na malha representada a tracejado obtém-se U − E + U Ri = 0 ⇒ E = U + U Ri Como, pela lei de Ohm se tem e U = Rext I U Ri = Ri I temos E = Rext I + Ri I = ( Rext + Ri ) I Gerador I URi Ri Rext E U donde se obtém o valor da intensidade da corrente I: E 12 I= = = 24 A Rext + Ri 0, 4 + 0,1 A tensão aos terminais será: Rext U = Rext I = E = 0, 4 × 24 = 9, 6 V Rext + Ri Note-se na expressão anterior que a tensão U tanto pode ser vista como o produto da resistência exterior pela corrente, como a divisão da tensão E (força electromotriz do gerador) pelas resistências exterior e interna do gerador. 3) Temos três potências em jogo: PG = EI = 12× 24 = 288 W - é o ritmo a que o gerador despende energia. U2 PRext = UI = Rext I = = 9, 6× 24 = 230, 4 W - é o ritmo a que a energia se Rext dissipa na resistência exterior. 2 PRi = Ri I 2 = 0,1× 24 2 = 57, 6 W - é o ritmo a que a energia se dissipa na resistência interna do gerador. Note-se que se tem PG = PRext + PRi 4) U (V) PRi U = Rext I 12 9,6 U = E − Ri I PRext I (A) 24 120 O cruzamento das duas rectas representa o ponto de funcionamento, e as potências são proporcionais às áreas tracejadas. A soma das áreas dos dois rectângulos corresponde à potência posta em jogo pelo gerador. 5) A potência na carga é dada por PRext = Rext I 2 . Para calcular o modo como a potência na carga varia com Rext é necessário que na expressão anterior só apareça a variável Rext . Assim, substituindo a corrente I tem-se Rext E I= ⇒ PRext = E2 2 Rext + Ri ( Rext + Ri ) O valor de Rext que maximize a potência obtém-se calculando a derivada dPRext ( Rext + Ri ) 2 − 2 Rext ( Rext + Ri ) = 0 ⇒ Rext = Ri ( Rext + Ri ) 4 Note-se que o valor obtido corresponde a um máximo da potência. Para provar isso deve raciocinar-se fisicamente e não matematicamente (cálculo da 2ª derivada... ). De facto, para valores finitos de Rext a potência é sempre positiva, mas tende para zero quando dRext = Rext tende para zero ou quando Rext tende para infinito. Note-se ainda que a potência na carga para Rext = Ri = 0,1 Ω vale Rext 0,1 ×122 = 360 W . PRext = E2 = 2 2 ( Rext + Ri ) 0, 2 Na figura seguinte está representada esta potência como função de Rext . Potência na carga 400 Potência em Rext (watt) 350 300 250 200 150 100 50 0 0 0,1 0,2 0,3 Rext (ohm) 0,4 0,5 0,6