Localização FACULDADE DE MEDICINA DENTÁRIA 2 Universidade de Lisboa Rua Prof. António Flores - Cidade Universitária 1649-003 Lisboa Coordenadas : 38º 44`59.28´´N 09º 09`18.58´´O Transportes públicos: Metro: Estações de Entrecampos e Cidade Universitária. Autocarros Carris:701, 731 e 754. Estacionamentos ÍNDICE PROGRAMA5 CONFERÊNCIA Opióides, Pipocas, Halloween e São Valentim – Is Dr. House in the house? 9 WORKSHOPS11 W02 W03 20 anos depois: Como está a Dor da Criança em Portugal? 12 Saberes e sabores 13 COMUNICAÇÕES ORAIS15 CO01 Inovação no Tratamento Local da Dor Associada à Mucosite Oral: Pastilhas de Nistatina e Lidocaína 16 CO02 O impacto do suporte social promotor de autonomia/dependência nas experiências de dor de pessoas idosas com dor crónica: o papel mediador da funcionalidade física17 CO03 CONTROLO DA DOR NOS DOENTES COM ÚLCERA DE PERNA SEM PATOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA SIGNIFICATIVA COM RECURSO A TERAPIA COMPRESSIVA COMO TÉCNICA ADJUVANTE 18 CO04 O “estado da arte” na avaliação da dor: diagnóstico de situação numa unidade de internamento de doentes do foro neurológico, neurocirúrgico e de ortotraumatologia 21 CO05 Uso de antidepressivos nos doentes com Dor Crónica24 CO06 Avaliação da qualidade de vida em doentes com dor fantasma após amputação do membro inferior – estudo preliminar25 Secretariado CAST Rua General Silva Freire 157 - H 1800-210 Lisboa telf.: 214 164 710 e.mail: [email protected] www.cast.pt/astor CO07 Tratamento da dor na pessoa com Fascite Plantar27 CO08 A pessoa com dor crónica: crenças da autoeficácia.28 CO09 Dor aguda pós-operatória: Avaliação da importância conferida à Unidade funcional de Dor aguda na abordagem multidisciplinar.30 CO10 Neuropatia de pequenas fibras: quando nem tudo é culpa da glucose32 CO11 Avaliação da hiperalgesia (Hyp) em relação com a administração peri-operatória de opióides33 CO12 Influência do género, ansiedade e depressão na hiperalgesia (Hyp) do pós- operatório em doentes submetidos a cirurgia do ráquis (Neurocirurgia) sob anestesia geral com remifentanil(TCI-target controlled infusion) e fentanil34 3 Palestrantes 4 Castro Lopes (Lisboa) Laurinda Lemos (Guimarães) Ana Pedro (Amadora/Sintra) Michele Silva (Amadora/Sintra) Alexandra Reis (Almada) J. Pires da Silva (Lisboa) António Encarnação (Braga) Cristina Catana (Almada) Mª José Vidigal (Lisboa) Rosália Torres (Lisboa) Inês Oliveira (Almada) Rui Costa (Almada) José Romão (Porto) Clara Lobo (Vila Real) Javier Durán (Almada) Tomás Domingo (Barcelona- Espanha) Teresa Parras (Londres - UK) Edgar Semedo (Coimbra) Alejandro Cuffini (Barcelona - Espanha) Pereira Lopes (Lisboa) Ananda Fernandes (Coimbra) Ana Paula Neves (Lisboa) José Silva (Lisboa) Telmo Barroso (Lisboa) Carla Santos (Almada) Alberto Martins (Lisboa) Beatriz Craveiro Lopes ( Almada) Mª Rosa Fragoso (Porto) Sebastiano Mercadante (Palermo -Itália) Mª Alice Cardoso (Lisboa) PROGRAMA 5 30 JANEIRO 2015 8.30h Mesa de Abertura 9.00h Conferência OPIÓIDES, PIPOCAS, HALLOWEEN, e S. VALENTIM Castro Lopes (investigador) 9.30h Interações Medicamentosas no Tratamento da Dor Crónica Moderador: Laurinda Lemos (anestesiologista) No doente não oncológico - Ana Pedro (anestesiologista) no doente oncológico - Michele Silva (oncologista) 10.30h Café 6 11.00h A Acupunctura e a dor crónica Moderador: Alexandra Reis (anestesiologista) competência da ordem dos médicos J. Pires da Silva (fisiatra) Porque A Acupunctura não é placebo? António Encarnação (fisiatra) 12.00h A dor : do corpo traído ao corpo desejante Desconstrução e Reconstrução da Imagem Corporal Moderador: Cristina Catana (psicóloga) Mª José Vidigal (psiquiatra); Inês Oliveira (psicomotricista) e Rosália Torres (neuropsicóloga) 16.15h 5x5: 5 minutos com cada um dos 5 “experts” em técnicas invasivas “open ask” Moderador: Javier Durán (anestesiologista) Tomás Domingo (anestesiologista); Edgar Semedo (anestesiologista) Alejandro Cuffini (anestesiologista) Clara Lobo (anestesiologista) 17.15h Entrega de Prémio Grünenthal / Astor e Encerramento Sala ECOASTOR (A 201 . piso 2) Curso Ecografia em Dor crónica e Aguda Programa: 29 JANEIRo 2015 15.30h Abertura do Curso Javier Durán 15.35hSessão teórico-prática com modelo humano 1: “Dor Articular e Ecografia” Miguel Costa - Faro, Portugal 13.15h Almoço/Simpósio Grünenthal 16.30hSessão teórico-prática com modelo humano 2: “Iniciação a Radiofrequência” Alejandro Cuffini - Barcelona, Espanha Palexia® retard - um novo horizonte na dor oncológica 17.30h Café 15.00h Dor Aguda no Peri-Operatório Moderador: Rui Costa (anestesiologista) “Pain Out”- José Romão (anestesiologista) Bloqueios nervosos para cirurgia da cabeça e pescoço Clara Lobo (anestesiologista) 18.00hSessão teórico-prática com modelo humano 3: ”Dor Miofascial e Ecografia” Edgar Semedo - Coimbra, Portugal 16.00h Café 19.00h Casos clínicos com modelo humano: “Quando a ecografia resolve o problema!”. Miguel Costa, Alejandro Cuffini e Edgar Semedo 7 CONFERÊNCIA Programa: 30 JANEIRo 2015 08.30hDistribuição de grupos e pequeno-almoço. 09.00h 1ª Banca 10.00h2ª Banca 11.00h Café 11.30h 3ª Banca Opióides, Pipocas, Halloween e São Valentim – Is Dr. House in the house? José M. Castro Lopes 12.30h4ª Banca 13.3h Almoço Cátedra de Medicina da Dor, Departamento de Biologia Experimental, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto 15.00h 5ª Banca - Javier Durán 15.45h 6ª Banca. Open Questions 1, tema aberto aos formandos. 16.15h Mesa Redonda - Sala principal do Convénio da Astor “5x5”, 5 minutos com cada um dos 5 formadores. 17.15hCafé 8 17.45h 7ª Banca. Open Questions 2, tema aberto aos formandos. 19.00h Prova Teórica (20 perguntas tipo teste). 19.30h Entrega de prémio ao melhor aluno/ Encerramento. As bancas decorrerão em grupos de 5 formandos simultaneamente, ao longo de 1 hora, com o seguinte conteúdo prático (Hands on): Bloqueio interescalênico ecoguiado - Miguel Guira Infiltração ecoguiada das grandes articulações - Miguel Costa Procedimentos ecoguiados no síndrome piriforme e na meralgia parestésica - Clara Lobo Radiofrequência: iniciação prática com phantomas Alejandro Cuffini Bloqueio epidural: treino em phantomas e em manequim com apoio ecográfico - Edgar Semedo Opióides Os medicamentos opióides são os fármacos mais eficazes no tratamento da dor não neuropática. Classicamente são subdivididos em dois grupos, designados por “fracos” (ex. codeína, tramadol) e “fortes” (ex. fentanilo, hidromorfona, metadona, morfina, oxicodona, petidina). A ativação dos recetores opióides provoca outros efeitos para além da analgesia, incluindo náuseas e obstipação, prurido, efeitos psicológicos como a euforia e, em doses elevadas, depressão respiratória. Estes dois últimos efeitos são responsáveis pelo seu potencial aditivo e pela letalidade associada ao consumo recreacional de opióides. Pipocas O consumo de medicamentos opióides tem vindo a crescer a nível mundial. Nos Estados Unidos da América (EUA) e no Canadá, em particular, verificou-se um aumento muito significativo do consumo dos medicamentos opióides “fortes”. De acordo com dados do International Narcotics Control Board (INCB), o consumo deste medicamentos (excluindo a metadona) nos EUA passou de cerca de 170 mg de equivalentes de morfina per capita em 2000 para aproximadamente 550 mg em 2012, um aumento superior a 320%. Este aumento deveu-se sobretudo ao aumento do consumo de oxicodona. No Canadá observou-se um aumento semelhante no mesmo período, embora menos dependente do aumento da oxicodona. Halloween A utilização dos medicamentos opióides “fortes” para fins recreacionais nos EUA teve uma escalada em paralelo com o aumento do consumo. De acordo com o National Survey on Drug Use and Health, em 2013 cerca de 4,5 milhões de pessoas 9 CONFERÊNCIA utilizavam medicamentos opióides para fins recreacionais, o triplo dos utilizadores de cocaína e 15 vezes mais que os utilizadores de heroína. Os óbitos associadas ao consumo de opióides aumentaram também muito significativamente nos EUA. Dados do Centers for Disease Control and Prevention revelam que em 2013 ocorreram 43.982 óbitos provocadas por overdose nos EUA, dos quais 52% foram devidas a fármacos, e 72% destas envolveram medicamentos opióides, frequentemente em associação com benzodiazepinas. Estes dados determinaram um recrudescimento da opiofobia nos EUA (e no Canadá, onde também ocorreu uma situação semelhante), tanto na população em geral como entre os profissionais de saúde. Não existem dados sobre a utilização dos medicamentos opióides para fins recreacionais em Portugal. No entanto, a mortalidade provocada por overdose de opióides (heroína, morfina, codeína e metadona) tem vindo a decrescer, tendo-se registado 85 óbitos em 2008 e apenas 23 em 2012 (dados do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, I.P. citados no relatório do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências). À semelhança do que sucede nos EUA, na maioria dos óbitos verificou-se a presença de mais de uma substância. Is Dr. House in the House? Em conclusão, o grande aumento do consumo ilícito de medicamentos opióides “fortes”, e o consequente aumento da mortalidade por overdose que se observou nos EUA e no Canadá nos últimos anos, ainda não foi “importado” para Portugal, ao contrário do consumo de pipocas nos cinemas, e da celebração do Halloween e do São Valentim. Não existem pois razões para incrementar a opiofobia já existente no nosso país, mas sim para aumentar a educação e a vigilância sobre a prescrição e o consumo destes medicamentos, de modo a prevenir mais uma “importação”. WORKSHOPS 11 WORKSHOPS WORKSHOPS 10 São Valentim De acordo com o INCB, o consumo de medicamentos opióides “fortes” em Portugal tem tido uma evolução inconstante, tendo sido de 47,5 mg de equivalentes de morfina per capita em 2012, ou seja, apenas 8,6% do valor consumido nos EUA. Saliente-se ainda que mais de 80% daquele consumo refere-se ao fentanilo, o qual nos EUA representa apenas 22% do total. A este propósito, é de salientar que a prevalência da utilização de medicamentos opióides “fortes” por pessoas com dor crónica em Portugal é de apenas 0,2% [Azevedo et al. Pain 154 (2013) 2844-2852]. W01 W02 20 anos depois: Como está a Dor da Criança em Portugal? Saberes e sabores José Silva De acordo com a International Association for the Study of Pain, a dor é uma experiência multidimensional desagradável, que envolve não só um componente sensorial mas também um componente emocional, e que se associa a uma lesão tecidular concreta ou potencial, ou é descrita em função dessa lesão. A dor crónica é um dos mais importantes problemas de saúde em meio hospitalar. Devido à complexidade do seu diagnóstico e/ou à necessidade de se instituírem terapêuticas mais diferenciadas, torna necessário referenciar os doentes para serviços de saúde multidisciplinares especializados no diagnóstico e tratamento da dor, habitualmente designadas por Unidades de Dor. As Unidades multidisciplinares de Dor recebem doentes com patologia oncológica e com patologia não-oncológica (nomeadamente lombalgias, doenças osteoarticulares degenerativas, doenças desmielinizantes, síndromes de falência de cirurgia da coluna) com dor crónica. É conhecida a coocorrência de dor crónica e obesidade: o peso excessivo aumenta a pressão sobre as articulações criando mudanças estruturais no corpo agravando a dor. Por outro lado, a dor crónica pode resultar em ganho de peso e obesidade pela redução da atividade física. Para agravar tudo isto temos outro inimigo que é a obstipação crónica multifactorial em que a inactividade física e a plurimedicação estão envolvidas. Em consequência dos progressos a nivel diagnostico e terapêutico, o número de crianças e jovens bem como as suas familias, portadores de doença crónica, tem aumentado nas ultimas décadas, como reflexo natural do aumento da esperança de vida. Torna-se necessário e essa é uma preocupação dos serviços de saude, implementar estratégias que proporcionem qualidade de vidaa estas crianças/jovens e suas familias, com apoio especializado, orientação e procura da satisfação de necessidades que são sentidas perante uma situação de doença crónica ou de dor prolongada. 12 Com este trabalho,procurar-se-á demonstrar a necessidade de promover a articulação/continuidade dos cuidados hospitalares e, dos cuidados na comunidade. Existem alimentos e associações entre eles que poderão minimizar a dor, aliviar a inflamação, drenar líquidos em excesso ou, em associação, ajudar a perder peso com alguns alimentos e confecções agradáveis. Pretende-se fazer um workshop para divulgar estes saberes e partilhá-los, no momento, com outros profissionais de saúde. Mais do que partilha de sabores é uma partilha de saberes e experiencias vividas com o objectivo de ajudar o doente da Unidade da Dor. Vão ser confeccionadas ao momento 4 receitas, simples e agradáveis contando com a experiencia de 2 profissionais da área da nutrição e com um chef que transformará na prática todos estes saberes. 13 WORKSHOPS WORKSHOPS Desta articulação resultará seguramente melhores cuidados e satisfação das necessidades das familias em termos de informação, de apoio e de confiança nos profissionais, que lhes permitam obter uma maior autonomia nos cuidados. Carla Santos 14 COMUNICAÇÕES ORAIS 15 COMUNICAÇÕES ORAIS CO01 CO02 Inovação no Tratamento Local da Dor Associada à Mucosite Oral: Pastilhas de Nistatina e Lidocaína Autores: Cosme Silva, F.1; Marto, J.2; Salgado, A.2 Rodrigues, V.1; Ferreira, M.P.1, Almeida, A.J.2 Instituição: 1- Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE 2- Research Institute for Medicines (iMed. ULisboa), Faculty of Pharmacy, Universidade de Lisboa Serviço/departamento: Serviços Farmacêuticos INTRODUÇÃO: O tratamento da mucosite oral é um desafio farmacoterapêutico. A dor associada a esta patologia é um dos sintomas mais reportados, que conduz à restrição alimentar e hídrica. As pastilhas são uma forma farmacêutica que atua por dissolução lenta na cavidade oral, constituindo uma alternativa eficaz aos colutórios, pela facilidade de administração e maior tempo de permanência na cavidade oral, com controlo mais eficaz da dor. 16 OBJECTIVOS: Desenvolvimento e estudo de estabilidade de uma formulação inovadora de pastilhas moles contendo nistatina e lidocaína para o tratamento da mucosite oral. RESULTADOS: Foram produzidas pastilhas moles, de aspecto e palatabilidade agradável, pH (5,75) e tempo de desagregação (17±2 min) adequados à administração bucal (Fig. 1). A lidocaína apresentou uma velocidade de libertação superior à da nistatina o que permite um controlo mais célere da dor. CONCLUSÕES: A formulação de pastilhas moles para veiculação de nistatina e lidocaína, pode constituir uma alternativa viável aos colutórios atualmente utilizados. A sua principal vantagem consiste na versatilidade de administração, podendo o doente controlar o tempo de retenção do medicamento na cavidade oral. O processo de aplicação clínica permitirá validar a sua eficácia. Palavras-chave: Mucosite oral, pastilhas moles, nistatina, lidocaína Autores: Marta Matos, Sónia F. Bernardes, Liesbet Goubert Instituição: ISCTE/CIS-IUL Palavras Chave: Dor, Autonomia, Suporte Social Objectivos: Este estudo visa explorar o papel mediador da funcionalidade física na relação entre as Percepções de Promoção de Autonomia/Dependência e a dor em idosos com Dor Crónica (DC). Introdução: A dor crónica nas pessoas idosas está geralmente associada a elevados níveis de incapacidade funcional, agravando a dor e a dependência. Sabe-se que a intensidade e grau de interferência da dor são influenciadas pelas percepções de suporte social, na medida em que são promotoras de autonomia (PPA) ou de dependência (PPD) funcional (Matos & Bernardes, 2013). Contudo pouco se sabe sobre processos subjacentes a esta relação. 17 Hipóteses: Espera-se que (1) as PPA prevejam uma maior Funcionalidade Física (FF) e, consequentemente, uma menor intensidade/interferência da dor; e (2) as PPD prevejam uma menor FF resultando em maior intensidade/interferência da dor. Amostra: Participaram 118 idosos (Midade=81,63) com DC. Materiais: (1) Escala de Suporte Formal para a Autonomia e Dependência na Dor (Matos & Bernardes, 2013); (2) o Inventário Resumido da Dor (Azevedo et al., 2007) e (3) o Questionário de Estado de Saúde (Ferreira, 2000). Resultados: Testaram-se dois modelos de mediação usando as PPA/PPD como variáveis preditoras, a intensidade/interferência da dor como variável critério e a FF como mediadora. Constatou-se uma mediação parcial da FF na relação entre as PPA/PPD e intensidade/ interferência da dor. Elevadas PPA estavam associadas a baixa intensidade/interferência da dor, sendo que parte do efeito se deve ao aumento da FF (de B=-.767, p<.001 para B’=.485, p<.01); elevadas PPD relacionaram-se com elevada intensidade/interferência da dor, explicando parcialmente este efeito a redução de FF (B=.889, p<.01 para to B’=.597, p<.05). Conclusão: A elevada FF explica parcialmente o impacto da PPA na redução da intensidade da dor e da sua interferência com a vida; baixa FF contribuiu para o impacto negativo que a PPD tem no aumento da intensidade da dor e da sua vida. COMUNICAÇÕES ORAIS COMUNICAÇÕES ORAIS MÉTODOS: Os estudos de formulação de pastilhas moles contendo lidocaína (0,25% m/m) e nistatina (0,25% m/m) incluíram a optimização das propriedades físico-químicas e farmacotécnicas, através da utilização de diversos excipientes apropriados. Foram realizados ensaios de desagregação e dissolução em saliva artificial e um estudo de estabilidade físico-química e microbiológica. O impacto do suporte social promotor de autonomia/ dependência nas experiências de dor de pessoas idosas com dor crónica: o papel mediador da funcionalidade física CO03 CO03 CONTROLO DA DOR NOS DOENTES COM ÚLCERA DE PERNA SEM PATOLOGIA ARTERIAL PERIFÉRICA SIGNIFICATIVA COM RECURSO A TERAPIA COMPRESSIVA COMO TÉCNICA ADJUVANTE Autores: Elsa F. Santos, Juliana M. Paciência Instituição: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) – Polo Hospital da Universidade de Coimbra (HUC) Serviço/departamento: Unidade de Dor Crónica do Serviço de Anestesiologia PALAVRAS CHAVE: Dor, Úlcera de Perna, Patologia Arterial Periférica, Terapia compressiva 18 OBJETIVOS: Dar conhecimento do projeto de melhoria contínua implementado: Controlo da dor nos doentes com úlcera de perna sem patologia arterial periférica significativa com recurso a Terapia Compressiva como técnica adjuvante; Apresentar os resultados obtidos com a implementação da terapia compressiva como técnica adjuvante para o controlo da dor. No sentido de efetivar o controlo da dor e elevar a taxa de cicatrização das úlceras, contribuindo para o aumento da qualidade de vida do doente, implementou-se, desde Maio de 2011, um projeto de melhoria contínua que visava o controlo da dor nos doentes com úlcera de perna sem patologia arterial periférica significativa com recurso a Terapia Compressiva como técnica adjuvante. METODOLOGIA: A metodologia utilizada foi a prática baseada na evidência, que segundo Kwansa e Morison, in Morison et al (2010), se baseia na filosofia de que RESULTADOS: Desde maio de 2011 foram referenciados para a Unidade 76 doentes com Uperna. Deste total, temos até ao momento trabalhados os dados relativos a 24 doentes, estando a trabalhar os restantes para apresentar em Janeiro no Vosso Convénio. Julgámos no entanto pertinente enviar o resumo com os dados já trabalhados, pelo sucesso conseguido com o projecto de melhoria continua instituído na nossa unidade e com a certeza que os dados a trabalhar virão reforçar as conclusões até agora obtidas. Dos 24 doentes com dados trabalhados, 46% tinham úlcera de perna com Patologia Arterial Periférica Significativa (PAPS) e 54% não tinham PAPS. Dos doentes sem PAPS, 85% foram submetidos a terapia compressiva e 15% não iniciaram tratamento na UDC porque um já fazia terapia compressiva noutro serviço e outro apresentava períodos de desorientação que o impediam de compreender os riscos/benefícios da técnica. Sabendo que na Unidade a abordagem terapêutica ao doente com dor por presença de UPerna s/ PAPS passa por analgésicos mais terapia compressiva, verificámos que 90% dos doentes apresentavam redução da dor em 50% às 4 semanas, 10% apresentavam esta redução às 8 semanas e que, 80% dos doentes apresentavam ausência de dor às 8 semanas. Verificámos ainda que a redução do nível de dor permitiu uma diminuição do consumo de analgésicos em 70% dos doentes às 8 semanas. Relativamente às taxas de cicatrização apurámos que 45% dos doentes apresentaram uma taxa de cicatrização da UPerna às 12 semanas, 27% às 24 semanas e os restantes 28% após as 24 semanas de tratamento com terapia compressiva. A taxa de efetividade na prevenção de recidiva da UPerna sem PAPS foi de 54,5%. CONCLUSÃO: Concluímos que com a implementação da terapia compressiva como técnica adjuvante foi possível controlar a dor, reduzir o consumo de analgésicos, 19 COMUNICAÇÕES ORAIS COMUNICAÇÕES ORAIS INTRODUÇÃO: A referenciação para a nossa Unidade, de doentes com dor crónica não controlada relacionada com presença de úlcera de perna é frequente. A maior parte das vezes o controlo dessa dor exige elevado número de consultas, bem como ajustes constantes de terapêutica analgésica nem sempre eficazes. é necessário um conhecimento teórico sólido para a prática clínica eficaz e efetiva em termos de custos. Tem como finalidade garantir que a prestação de cuidados reflita os novos conhecimentos emergentes e os avanços tecnológicos que resistam á validação na investigação científica. A resolução eficaz de problemas é o objetivo principal. CO03 O “estado da arte” na avaliação da dor: diagnóstico de situação numa unidade de internamento de doentes do foro neurológico, neurocirúrgico e de ortotraumatologia BIBLIOGRAFIA: AlIAGA, Luis; CATALÀ; Elena, ed. Lit. – Manual de tratamento da dor. Lisboa: Permanyer Portugal, 2003. 382p. ISBN 972-733-215-3. ICN. Classificação internacional para a prática de enfermagem Versão 2. Lisboa: Ordem dos Enfermeiros, 2011 Kwansa, Theo D.; Morison, Moya, J. - Fontes de conhecimento, prática baseada na evidência e o desenvolvimento e uso eficaz de porfólios reflexivos para melhorar a prática profissional. In Morison, Moya J. et al – úlceras de perna, uma abordagem de aprendizagem na resolução de problemas. Lusodidacta, Camarate, 2010. ISBN – 978-989-8075-25-3. MEDICAL EDUCATION PARTNERSHIP Ltd in MORISON, Moya J.; MOFFAT, Christine J.; FRANKS, Peter J. – Úlceras de perna: Uma abordagem de aprendizagem baseada na resolução de problemas. Loures: Lusodidata, 2010. P. 489-499. ISBN 978-989-8075-25-3. METZGER, Christiane (et al.) – Cuidados de enfermagem e dor: avaliação da dor, modalidades de tratamento, psicologia do doente. Loures: Lusociência, 2002. 281p. ISBN 972-8383-32-0. MOFFATT C.J., PARTSCH H., CLARK M. in MORISON, Moya J.; MOFFAT, Christine J.; FRANKS, Peter J. – Terapia Compressiva no tratamento da úlceras de perna. Loures: Lusodidata, 2010. p. 169-199. ISBN 978-989-8075-25-3. ORDEM DOS ENFERMEIROS. Mesa do Colégio de Especialidade de Enfermagem Médico-Cirúrgica - Avaliação do IPTB e realização de Terapia Compressiva. Parecer nº 1 de 2012. 3p. ORDEM DOS ENFERMEIROS. Conselho de enfermagem – Guia orientador de boa prática – dor. Cadernos ordem dos enfermeiros. Serie 1, nº 1. 2008. 55p. ISBN 978-972-99646-9-5. PINA, Elaine; FURTADO, Fátima; ALBINO, António Pereira – Boas práticas no tratamento e prevenção das úlceras de perna de origem venosa. GAIF 2007, Tipografia lousanense, lda. ISBN 978-989-20-0650-5 Autores: Enfermeira Clara Filipa Assis, Enfermeira Ana Sofia Costa, Enfermeira Inês Marques Spínola e Enfermeiro Fernando Miguel Martins. Instituição: Hospital Garcia Orta - Almada Serviço/departamento: Serviço de Neurologia/UCP Palavras-Chave: Avaliação da Dor, Escalas de auto-avaliação; Escalas de heteroavaliação; Escala Numérica, EO (Escala de Observador); Registo Introdução: Conhecer a realidade da avaliação da dor nos doentes internados numa unidade de internamento é um princípio fundamental para melhorarmos a nossa intervenção de enfermagem e actuação na área da dor. Esta comunicação incentivounos à realização de um diagnóstico de situação e possibilitou-nos a reflexão sobre a nossa prática de cuidados no doente com dor, no sentido de identificar dificuldades e encontrar em equipa estratégias para avaliação da dor, com o objectivo de controlar a dor do doente internado e minimizar o sofrimento do doente/família. Permite-nos também, verificar “o estado da arte” numa unidade de internamento, 11 anos após a implementação, em Portugal, da Dor como 5º sinal vital. Objectivos: Caracterizar os doentes internados na nossa unidade de internamento no período de 17 a 20 de Novembro de 2014. Compreender como é realizada a avaliação da dor dos doentes e o seu registo. Identificar dificuldades e perspectivas na melhoria de cuidados prestados ao doente com dor. Material e Métodos: O diagnóstico de situação realizou-se através da colheita 21 COMUNICAÇÕES ORAIS COMUNICAÇÕES ORAIS 20 aumentar a taxa de cicatrização das UPerna sem PAPS e prevenir a recidiva das mesmas. Futuramente pretendemos manter a aplicação da terapia compressiva na Unidade e realizar um projeto de investigação que avalie o impacto do controlo da dor/cicatrização na qualidade de vida dos doentes com Uperna sem PAPS. CO04 CO04 CO04 de dados de registos do doente pelo sistema SAPE. O instrumento de colheita de dados contemplou as seguintes variáveis: idade, sexo, área médica (neurologia, neurocirurgia e ortotraumatologia), avaliação de dor na avaliação inicial do doente (escala de auto-avaliação – numérica ou hetero-avaliação – escala de observador e intensidade), diagnóstico de dor no processo de enfermagem, intervenções associadas a este diagnóstico, monitorização de dor no plano de cuidados (escala utilizada e intensidade) e prescrição terapêutica de analgésicos. A colheita de dados realizou-se no período de 17 a 20 Novembro 2014, a uma amostra intencional a todos os doentes internados na unidade internamento, nos turnos da manhã, tarde e noite. Procedeu-se à análise de dados através do software Microsoft Excel. Os princípios éticos do anonimato e da confidencialidade foram respeitados. 22 Resultados/Conclusões: A amostra totaliza 50 doentes, 28 homens e 22 mulheres, com idades compreendidas entre 32 e 93 anos, sendo que a maioria se encontra na faixa etária dos 71 a 80 anos, com uma média de idades de 70.9 anos. Predominantemente doentes da área de neurologia (55.1%) com um número idêntico de doentes de neurocirugia (24.5%) e ortotraumatologia estudados (20.4%). O diagnóstico de dor está mais presente nos doentes do foro cirúrgico (neurocirurgia e ortotraumatologia). Concluiu-se que os enfermeiros consideram a dor como 5º sinal vital, pois encontrase registada a sua intensidade no plano de cuidados praticamente em todos os turnos analisados. Pela prática profissional dos autores, é possível deduzir-se que, em alguns doentes aparentemente capazes de definir a intensidade da dor, o enfermeiro quer pela Existem, embora raramente, situações onde é notória a má utilização das escalas de dor no que se refere à intensidade. Ou seja, verificou-se a atribuição de “zero” como graduação na escala de observador, quando o “zero” só existe na escala numérica. É importante que se caracterize a dor no que respeita à localização anatómica, ao tipo de dor (moinha, facada, pontada, aperto, queimadura, cólica), tempo, estratégias de alívio e agravamento, aspectos que raramente estão registados. Esta caracterização ajuda a perceber a dor e pode facilitar o diagnóstico clínico, no sentido de uma actuação mais direccionada por parte da equipe multidisciplinar. Pela experiência dos autores, muitos são os doentes que têm dificuldade em caracterizar a sua dor. Verificou-se que mais de 90% dos doentes tem prescrita analgesia. Destes cerca de 1/3 tem mais do que um tipo de analgésico prescrito. A analgesia prescrita em “sos” ocupa a maior fatia (>50%), seguida pela prescrição de analgesia com horário e em “sos” (>25%) e só depois surge a prescrição de horário (<20%). Futuramente pretende-se melhorar o registo acerca do efeito das medidas farmacológicas aplicadas; especificar se foram aplicadas medidas não farmacológicas (posicionamento do doente, massagem, uso do trapézio) e seu efeito, pois pela experiência diária dos autores, as medidas não farmacológicas são colocadas em prática mais vezes do que as mencionadas nos registos de enfermagem. Concluiu-se que existe preocupação por parte da equipa de enfermagem relativamente à dor do doente. No entanto identificou-se a necessidade de reforçar a formação nas referidas áreas e de repensar o padrão de registo da dor no processo informático do doente. Considerou-se portanto que, a realização deste trabalho foi um contributo essencial para reiniciar projectos de melhoria dos cuidados prestados aos doentes com dor internados na unidade em causa. Referências bibliográficas: Circular Normativa Nº 9/DGCC. A dor como 5º sinal vital. Registo sistemático da intensidade da dor. Direcção-Geral da Saúde. Lisboa: 2003. Circular Normativa Nº 11/DGCS/DPCD. Programa Nacional de Controlo da Dor. Direcção-Geral da Saúde. Lisboa: 2008. Dor: guia orientador de boa prática. Ordem dos Enfermeiros. Conselho de Enfermagem Lisboa: 2008. 23 COMUNICAÇÕES ORAIS COMUNICAÇÕES ORAIS Verificou-se que há o cuidado de avaliar a dor na avaliação inicial, ou seja, à chegada do doente ao serviço. No entanto, também por defeito do instrumento de colheita de dados que não contempla espaço directo e definido para o efeito, os enfermeiros não referem qual das escalas, em vigor no serviço, utilizam (numérica ou de observador), o que compromete os dados. pouca colaboração do mesmo, quer pela sobrecarga de trabalho, avalia ele a dor pelo doente, considerando a escala numérica que é uma escala de auto-avaliação. CO05 CO06 Uso de antidepressivos nos doentes com Dor Crónica Autores: Pedro Mondim , Catarina Gonçalves , Sandra Mendes , Vera Ferreira , Carina Pereira , Sara Moreira(2), Margarida Branco(2), José Romão(2) Avaliação da qualidade de vida em doentes com dor fantasma após amputação do membro inferior – estudo preliminar Instituição: (1) Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, (2) Centro Hospitalar do Porto - Hospital de Santo António Autores: Joana Marques, Ana Pinto Carneiro, Fátima Pinhal, Salomé Cruz, Lurdes Castro Serviço/departamento: Unidade de Dor Crónica Instituição: Centro Hospitalar Lisboa Central OBJETIVOS: Neste trabalho pretendeu-se: caraterizar a população de doentes numa Unidade de Dor Crónica (DC) relativamente à presença de antecedentes psiquiátricos e ao uso de antidepressivos (AD); aferir diferenças socioeconómicas e familiares entre os doentes, conhecer o motivo da prescrição de AD e avaliar quais os mais utilizados neste contexto. Serviço/departamento: Anestesiologia (1) 24 (1) (1) (1) (1) INTRODUÇÃO: Alguns AD são eficazes no tratamento de certos tipos de DC. A associação entre DC e depressão está fortemente documentada tal como a prevalência de depressão e, muitos destes doentes, são medicados com AD. RESULTADOS: A amostra final foi constituída por 131 mulheres e 42 homens, com idade média de 60.3 anos. 40% tinham antecedentes psiquiátricos à data da 1ª consulta, maioritariamente depressivos, e 2/3 foram medicados com AD ao longo do seguimento nesta unidade. CONCLUSÕES: Para além do controlo sintomático da dor através da analgesia, é fundamental uma abordagem multidisciplinar dos doentes com DC que contemple todas as circunstâncias da pessoa com dor, incluindo os aspetos psiquiátricos. A organização de cada Unidade de Dor deverá, assim, ser adaptada a esta realidade. PALAVRAS-CHAVE: Dor crónica, antidepressivos, depressão, comorbilidades psiquiátricas O objectivo do estudo foi avaliar a incidência de dor fantasma em doentes amputados, após implementação de protocolo analgésico, e o seu impacto na qualidade de vida. 25 Foi realizado um estudo observacional, longitudinal, prospectivo. Foram avaliados os doentes submetidos a cirurgia de amputação do MI. A presença de dor fantasma foi questionada às 24 horas e aos 3 meses do pós-operatório. O score de qualidade de vida foi avaliado pelo questionário SF-36V2 no pré-operatório e aos 3 meses após a cirurgia, através de contacto telefónico. A incidência de dor fantasma às 24 horas e aos 3 meses do pós-operatório foi de 55,5% e de 37,5%, respectivamente. Aos 3 meses, as pontuações médias das diferentes dimensões do questionário de vida SF-36 foram: função física 18,7; desempenho físico 34,3; dor 85,6; saúde geral 57,5; vitalidade 73,4; função social 65,6; desempenho emocional 68,7; saúde mental 70. COMUNICAÇÕES ORAIS COMUNICAÇÕES ORAIS MÉTODOS: Foram usados 2 questionários: um dirigido aos doentes, para análise de variáveis sociodemográficas e outro, utilizado pelos autores na recolha de informação no processo clínico electrónico, sobre antecedentes psiquiátricos, diagnóstico recebido na Unidade de Dor e prescrição de AD. Foram selecionados todos os doentes com consulta nesta Unidade no período compreendido entre 17 de Março e 17 de Abril de 2014. A dor fantasma em doentes submetidos a amputação do membro inferior (MI) tem uma incidência que varia amplamente (41-85%) nos diferentes estudos. O controlo da dor no peri operatório parece estar associado a uma diminuição da incidência de dor fantasma. A existência de dor fantasma interfere com o trabalho, o sono e as actividades da vida diária, existindo uma diminuição da qualidade de vida. CO06 CO07 Quando comparados os doentes com e sem dor fantasma, verifica-se que os doentes com dor fantasma apresentam médias inferiores nas dimensões de função física (24 vs10), dor (95 vs69.1), função social (80 vs41.6). A implementação de protocolos de analgesia e seguimento de doentes submetidos a amputação do MI pode ter importância no controlo da dor e, consequentemente, na melhoria da qualidade de vida dos doentes. Autores: Abílio José Almeida Costa Instituição: Hospital Garcia de Orta Serviço/departamento: Serviço de Neurocirurgia Palavras-chave: Fascite Plantar; Dor; Bandas Neuromusculares (BNM); Massagem Terapêutica (MT) Objetivos: Demonstrar os benefícios terapêuticos da integração destes métodos não invasivos na pessoa com dor por fascite plantar. Apresentar a documentação dos estudos de caso desenvolvidos no contexto da prática clínica. Introdução: A fascite plantar é um processo inflamatório da fáscia plantar (Castro) que desencadeia uma dor aguda e uma limitação para a realização das Atividades da Vida Diária. De acordo com Andrade (2007) esta dor manifesta-se com maior intensidade nos primeiros passos do dia ou após um período de repouso. A aplicação de BNM propicia melhores resultados do que o tratamento convencional (Frade). Métodos: Avaliação funcional motora da pessoa com Fascite Plantar. Intervenção das técnicas de MT e aplicação de BNM. Resultados: Após o registo sistemático de intensidade da dor através da Escala Numérica de Dor de 4 estudos de caso obteve-se o valor máximo inicial de 8. Após as primeira e segunda intervenções, verificaram-se os valores máximos de 4 e 1, respetivamente. Conclusões: Os estudos de caso realizados compreenderam a implementação integrada das técnicas de MT e de aplicação de BNM. Através da sua análise foi possível constatar a eliminação da dor na pessoa com Fascite Plantar sem necessidade de recorrer à terapêutica analgésica. Bibliografia: Andrade, Andressa; Rabello, Bruna; Bastos, Daniele (2007) Tratamento da Fascite Plantar: Estudo Comparativo entre o Protocolo de Alongamento e Alongamento Associado às Ondas Centimétricas (Microondas), Centro de ciências Biológicas e da Saúde, Universidade da Amazónia Castro, A. Pereira de (2010), Fasceíte Plantar, Rev Medic Desp in forma, 1 (3), pp. 7-8 Frade, Sérgio (2013) Bandas Neuromusculares: Qual a Evidência Científica Que Suporta a Sua Utilização?, Rev Medicina Desportiva informa, 4(6), pp. 19-22 27 COMUNICAÇÕES ORAIS COMUNICAÇÕES ORAIS 26 Tratamento da dor na pessoa com Fascite Plantar CO08 A pessoa com dor crónica: crenças da autoeficácia. Autores: Ribeiro, Ana Leonor; Sousa, Paulino Instituição: Escola Superior de Enfermagem Porto (ESEP) Serviço/departamento: ESEP – Unidade Científico-Pedagógica: Gestão Sinais e Sintomas Palavras-chave: Dor crónica; Autoeficácia; Escala de Auto-eficácia para a Dor Crónica [EAEDC(pt)] Introdução: São múltiplos os aspetos que influenciam a vivência da dor crónica. Das crenças importantes para a vivência e controlo da dor crónica, a autoeficácia, que se refere à crença na sua própria capacidade para realizar determinadas atividades, nomeadamente no uso eficaz de estratégias para fazer face à dor, tem merecido destaque por parte de diferentes autores. 28 Objetivos: Nesta apresentação reportamo-nos a uma fase de um estudo de investigação mais amplo. Nesta fase pretendeu-se caracterizar as pessoas com dor crónica quanto à perceção de autoeficácia sobre a capacidade para lidar com as consequências da dor crónica. CO08 Resultados: Quanto maior a severidade da dor, menos autoeficácia face ao controlo da dor; menos autoeficácia para a função física e menos autoeficácia para lidar com outros sintomas, que habitualmente coexistem com a dor crónica. Quanto maior a interferência da dor na vida das pessoas, menos capazes se sentem para controlar a sua dor, para desempenhar atividades físicas e para lidar com outros sintomas relacionados com a dor crónica. É possível verificar a existência de níveis de autoeficácia mais reduzida ao nível do controlo da dor (AED), com uma média de 51,78 e DP = 18,21, onde pelo menos metade dos participantes apresenta níveis de confiança inferiores a 48. As restantes dimensões apresentam valores de mediana entre 56 – 60 pontos, o que permite obter uma autoeficácia global face à dor crónica com uma média de 56,47 e um DP = 17,13, com uma mediana sobreponível à média. Conclusões: A utilização da EAEDC(pt) representa um contributo para um maior conhecimento das características individuais de cada uma das pessoas com dor crónica e a influencia das crenças de autoeficácia, permitindo assim, definir terapêuticas de enfermagem mais ajustadas às crenças das pessoas com dor crónica. 29 Para a caracterização da amostra foi utlizado o Questionário sociodemográfico e clínico. Para medir a perceção de autoeficácia sobre a capacidade para lidar com as consequências da dor crónica foi utilizada a EAEDC que é a versão portuguesa (do Brasil) da Chronic Pain Self-Efficacy Scale (CPSS) de Anderson e colaboradores. Por não termos conhecimento do seu uso na população portuguesa (em Portugal), realizamos um estudo de validação do instrumento. A análise conceptual da Escala de Autoeficácia face à Dor Crónica – versão portuguesa, fica composta por 22 itens tal como nos estudos de Anderson e colaboradores e Salvetti e Pimenta. No entanto, alguns itens agrupam-se de forma diferente relativamente ao trabalho original. COMUNICAÇÕES ORAIS COMUNICAÇÕES ORAIS Material e métodos: Nesta fase do estudo foi estabelecida uma amostra não probabilística, sequencial, constituída por 117 pessoas com dor crónica seguidas numa UDC do norte do país. CO09 CO09 Dor aguda pós-operatória: Avaliação da importância conferida à Unidade funcional de Dor aguda na abordagem multidisciplinar. Autores: Cláudia Mesquita, Ana Pedro, Cristina Carmona Instituição: Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca Serviço/departamento: Anestesiologia a maioria avalia o apoio prestado pela Unidade muito bom ou bom (46%) e está muito satisfeito ou satisfeito (58%) com o trabalho em equipa. O impacto positivo na qualidade analgésica e diminuição na incidência de complicações é ressaltado. Os internos assumem predomínio estatístico (48,5%) no espectro que desconhece a existência da Unidade. Conclusões: É essencial a realização de ações de formação periódicas da UFDA nos serviços cirúrgicos, no sentido de envolver todos os médicos e promover a abordagem multidisciplinar da DAPO. As complicações associadas à analgesia ineficaz deverão ser reportadas. Palavras chave: Dor aguda pós-operatória (DAPO), Unidade funcional de Dor aguda (UFDA), Protocolos clínicos de analgesia 30 Introdução: A Dor pós-operatória é a causa mais frequente de Dor aguda intrahospitalar, sendo o seu controlo um dever de todos os profissionais de saúde, especialmente da classe médica. Objectivos: Os objetivos primários deste estudo consistiram na analise da pratica clínica na abordagem da DAPO e na avaliação da prestação de cuidados da UFDA. O objectivo secundário propunha o reforço do controlo da DAPO numa perspetiva multidisciplinar. 31 Resultados: Obtidos 100 inquéritos. A maioria dos médicos considera prioritário o controlo efetivo da DAPO (55%). O tratamento da Dor pós-operatória é primariamente optimizado com recurso a analgésicos isolados ou a protocolos clínicos introduzidos na prescrição electrónica. O contacto precoce com a UFDA é estabelecido por apenas 9% dos médicos, com destacada preponderância dos especialistas. É evidente a correlação do deficiente controlo analgésico com complicações major (69%), principalmente nas especialidades de Cirurgia Geral, Ortopedia e Urologia. A UFDA é conhecida por 67% dos médicos incluídos no estudo. Qualitativamente COMUNICAÇÕES ORAIS COMUNICAÇÕES ORAIS Material e Métodos: Estudo transversal realizado numa amostra significativa dos médicos dos serviços cirúrgicos, através da aplicação de um questionário (redação original). Estudo estatístico descritivo realizado em Excel®. CO10 Neuropatia de pequenas fibras: quando nem tudo é culpa da glucose Avaliação da hiperalgesia (Hyp) em relação com a administração peri-operatória de opióides Autores: Tiago Geraldes1, João Coimbra1, Teresa Coelho2 Autores: Dra Susana Alves*, Dr Pedro Amorim*, Ana Brás**, Ana Carvalho**, Constança Carvalho**, Mariana Carvalho**, Joana Dias**, Ana Duarte**, Daniel Mendes**, Tiago Mendes**, Mónica Mesquita**, Ana Pinto**, André Santos** Instituição: * CHP-Hospital Santo António, ** ICBAS/CHP (estudantes) Serviço/departamento: Anestesiologia/Neurocirurgia Instituição: Hospital Garcia de Orta1, Hospital de Santo António2 Serviço/departamento: Neurologia1, Unidade Clinica de Paramiloidose2 32 A neuropatia de pequenas fibras é definida pela alteração estrutural das pequenas fibras caracterizada, patologicamente, pela degeneração selectiva das terminações distais de axónios sensitivos e/ou autonómicos de pequeno diâmetro. Estas neuropatias podem ser primárias ou secundárias a algumas doenças comuns, tais como a diabetes Mellitus (DM) ou a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana adquirida (VIH). A dor é a principal queixa clínica e domina a apresentação da maioria dos quadros clínicos. O diagnóstico de neuropatia de pequenas fibras é desafiante, já que a apresentação clínica pode ser indistinta e a investigação diagnóstica normal. A presente comunicação pretende alertar para a existência de várias potenciais causas de neuropatia de pequenas fibras e relembrar que nem todos os diagnósticos são estáticos. Com o aumento da prevalência e da vigilância clínica e com o entendimento crescente da fisiopatologia destes distúrbios, poderá haver uma melhoria no seu diagnóstico. É importante referir que o estudo destas neuropatias contribui para melhorar o conhecimento sobre o sistema nociceptivo e potenciais alvos terapêuticos. Introdução: Foi realizado um estudo observacional em doentes submetidos a cirurgia da ráquis, com o intuito de avaliar a Hyp associada a opióides: remifentanil (REM) e fentanil (FENT). Métodos: Foi avaliada a Hyp em doentes anestesiados com TIVA com propofol e REM (com suspensão abrupta antes da extubação, ou suspensão gradual no recobro nos 90 minutos após extubação) e anestesia geral com FENT. A morfina foi administrada 30 minutos antes da suspensão abrupta de REM e como bólus durante a estadia no recobro, de acordo com a dor referenciada pelo doente. 33 A hiperalgesia estática (HypS), foi avaliada através da utilização de filamentos de von Frey (FvF) calibrados (0,008-300 g), iniciados a uma distância de 2 cm do local provável da incisão a três níveis (extremidades e ponto médio). O limiar tátil da dor foi definido como a força mínima percecionada como dor. A hiperalgesia dinâmica (HypD), foi avaliada com o FvF de 100 g por estimulação da região da ferida cirúrgica ao longo de três trajetos lineares separados, perpendiculares à incisão, situados nas extremidades e no ponto médio. A estimulação foi realizada a distâncias de 1 cm com 1 segundo de intervalo, iniciando-se a 10 cm da incisão, sendo registada a distância a que ocorria a mudança da sensibilidade. Resultados: 47 doentes foram avaliados, ASA 1-3, 54,8±12 anos. Na suspensão abrupta do REM a HypS ocorreu nos pontos superior e médio da avaliação enquanto que a HypD só foi verificada no ponto médio. Na suspensão gradual, foi constatada HypS nos três pontos de avaliação, não se verificando HypD. O FENT nunca esteve associado a Hyp. Não se verificou diferenças no score de dor entre os grupos. Conclusões: O REM quer sob a forma de suspensão gradual, quer sob a forma de suspensão abrupta esteve associado com Hyp ao contrário do FENT. Este estudo necessita de um maior número de doentes para se detetar possíveis diferenças significativas entre os grupos. COMUNICAÇÕES ORAIS COMUNICAÇÕES ORAIS Apresentam-se os casos clínicos de dois doentes com polineuropatias sensitivas de longa duração. Dos antecedentes pessoais relevantes de ambos destaca-se uma DM de difícil controlo com atingimento multiorgânico e uma história familiar negativa para doenças neurológicas. No entanto, apesar de seguidos em consulta durante vários anos e da relativa estabilidade das queixas clínicas neurológicas, a evolução de forma não expectável das queixas e sintomatologia levantou dúvidas sobre o diagnóstico previamente estabelecido. CO11 CO12 CO12 Influência do género, ansiedade e depressão na hiperalgesia (Hyp) do pós- operatório em doentes submetidos a cirurgia do ráquis (Neurocirurgia) sob anestesia geral com remifentanil (TCI-target controlled infusion) e fentanil Autores: Dra Susana Alves*, Dr Pedro Amorim*, Ana Brás**, Ana Carvalho**, Constança Carvalho**, Mariana Carvalho**, Joana Dias**, Ana Duarte**, Daniel Mendes**, Tiago Mendes**, Mónica Mesquita**, Ana Pinto**, André Santos** Instituição: * CHP-Hospital Santo António, ** ICBAS/CHP (estudantes) Serviço/departamento: Anestesiologia/Neurocirurgia 34 Introdução: Foi realizado um estudo observacional em doentes submetidos a cirurgia do ráquis com o intuito de avaliar a Hyp associada a opioides. A Hyp dinâmica foi avaliada com o FvF de 100 g por estimulação da região da ferida cirúrgica ao longo de três trajetos lineares separados, perpendiculares à incisão, situados nas extremidades e no ponto médio. A estimulação foi realizada a distâncias de 1 cm com 1 segundo de intervalo, iniciando-se a 10 cm da incisão. A distância, em centímetros, desde a incisão até ao local onde ocorria a mudança da sensibilidade era registada. Resultados: 47 Doentes foram avaliados, ASA 1-3, 54,8±12 anos. Nos homens, a Hyper ocorreu nos pontos superior, médio e inferior da avalição estática e no ponto inferior da avaliação dinâmica, enquanto que nas mulheres só estava presente no ponto inferior da avaliação dinâmica. Conclusões: Verificou-se que os doentes do sexo masculino evidenciaram mais Hyper no pós- operatório do que as doentes do sexo feminino. A Hyper nos homens estava associada à ansiedade enquanto que nas mulheres se verificou ser a depressão. 35 Após aprovação institucional, doentes admitidos no serviço de Neurocirurgia, com Os resultados foram analisados com o teste de Kruskall-Wallis, Wilcoxon tests e regressão linear. Métodos: A Hyp pré e pós-operatória foi avaliada com o recurso a filamentos de von Frey (FvF). A Hyp estática, foi avaliada através da utilização de FvF calibrados (0,008-300 g, por ordem crescente de espessura), iniciados a uma distância de 2 cm do local provável da incisão a três níveis (extremidades e ponto médio). O limiar tátil da dor foi definido como a força mínima percecionada como dor. COMUNICAÇÕES ORAIS COMUNICAÇÕES ORAIS critérios de elegibilidade, foram abordados de modo a obter o consentimento informado, MMSE, EDAH e apresentação da Escala de Dor Analógica Visual.