@ @ @ EXEMPLAR DE ASSINANTE O ESTADO DO MARANHAO FUNDADORES: BANDEIRA TRIBUZI E JOSÉ SARNEY DIRETOR DE REDAÇÃO: RIBAMAR CORRÊA SÃO LUÍS, DOMINGO, 10 DE JUNHO DE 2007 Nº 16.371 DIVULGAÇÃO T Classificadão IRREGULAR 1.558 1.041 ANÚNCIOS IMÓVEIS 240 277 VEÍCULOS DIVERSOS Helicópteros do GTA são ultrapassados e custam caro Helicóptero do GTA sem portas, inclusive a que fica próximo à hélice; aeronave é ultrapassada Revista da 15 assaltos a banco só este ano no Maranhão Violência aumentou em relação a 2006; quadrilhas aterrorizam o interior do estado esportes<< A microssérie a da A pedra do reino estreará terçafeira, com nova linguagem em teledramartugia. Revist Os helicópteros utilizados pelo Grupo Tático Aéreo (GTA) para o combate à criminalidade custam caro ao Estado e são aeronaves ultrapassadas, fabricadas há pelo menos 17 anos. Se o Governo do Estado quisesse, poderia pagar a metade por equipamentos mais modernos. POLÍTICA 3 Hamilton é pole e Massa larga em 5º amília Lews Hamilton larga na pole position no GP do Canadá, hoje a partir das 14h. O brasileiro Felipe Massa não foi muito bem na última parcial e acabou ficando com a quinta posição no grid de largada. Até antes do treino, a Ferrari acreditava que seus pilotos tinham chance de vencer a prova. PÁGINA 6 A trajetória de Paulo César de Araújo, autor da biografia não autorizada de Roberto Carlos. PH Massa não foi bem na última parte do treino e larga em 5º REVISTA Na semana do Dia dos Namorados, o clima romântico está no ar. Ocupação de espaços é desordenada em São Luís Ruas, avenidas, calçadas e canteiros são espaços públicos ocupados irregularmente em São Luís. Os ocupantes são vendedores ambulantes que, em alguns casos, deixam os pedestres sem opção. É o que acontece em trechos da rua da Paz, no Centro. CIDADE 1 E 2 Estado Maio r Nepotismo incômodo A condição de campeão nacional de nepotismo mantida pelo governador Jackson Lago já começa a incomodar seriamente até mesmo seus principais aliados, conforme revelou uma reunião realizada recentemente em Brasília. Maré 02h13 5,4m /14h39 5,5m 08h34 0,8m /20h51 0,9m Dois jogos abrem hoje o Estadual Tempo PÁGINA 8 QUEDA TRANSTORNO Bancos reduzem os juros para operações Interditada saída de Barra do Corda ECONOMIA 14 GERAL 10 Sarney Esplendor e queda do vitorinismo (XXIII) Coluna do N ão houve, na história política do Maranhão, nenhuma liderança que encarnasse o Chefe como Victorino Freire. Ele não liderava, chefiava, com mão forte, e não admitia qualquer contestação ao seu comando. Tinha um estilo diferente do político tradicional do Maranhão, sempre amineirado. Ele vinha de Pernambuco, onde a prática da democracia e o exercício da autoridade comportavam uma dose substancial de violência. Lembro-me de um diálogo que uma vez tive com meu avô, que era da Paraíba, mas morara muito tempo em Pernambuco. Contou-me a história de um governador de lá, que passou um telegrama a todos os prefeitos do interior: “Quem tiver o que perder não vote contra a chapa do governo. Manuel Borba, Governador de Pernambuco.” Era o estilo pernambucano. Victorino Freire tinha um temperamento forte e facilmente descambava para considerar o adversário como inimigo e, então, não havia trégua. Sua palavra era uma ordem incontestável. Ninguém teve tanto prestígio com um presidente da República como ele, junto ao general Dutra. Suas amizades militares, que remontavam ao tempo da Revolução de 30, eram muitas, dentre elas Juarez Távora, Cordeiro de Farias, Eduardo Gomes, Juracy Magalhães, Orlando e Ernesto Geisel. Casou-se numa família do Maranhão, com dona Maria Helena, senhora muito inteligente, estimada por todos. O período de domínio absoluto de Victorino no Maranhão vem desde a Interventoria de Satu Belo, em 1946, até o fim do governo Newton Belo, em 1965. Depois, por um lapso de quatro anos, voltou a ter influência, no governo de Nunes Freire (1975-1979). Sua linguagem era muito própria de seu temperamento. Ficaram célebres suas frases: “Vim colocar as cangalhas e apertar os cintos.” “Quando meto o peito n’água, ou racha o peito ou quebra a onda.” Na eleição de Carvalho Guimarães, apelidado pela Oposição de “Chapéu de Couro”, porque vivia sempre com um amplo chapéu de abas largas, Victorino, ao anunciar a vitória do seu candidato, disparou: “Chapéu de couro nas mãos, aparou a correria das éguas da Oposição.” Deixou, também, alguns brocardos de sabedoria política, um deles até hoje repetido: “Quando jaboti está trepado num galho, alguém o colocou lá.” Seu método se baseava na mais rigorosa obediência e disciplina. Ele entregava ao governador do Estado a política estadual e reservava para si o comando nacional, onde não admitia a Quinze assaltos a agências bancárias já foram registrados este ano no Maranhão, 14 no interior e um na capital. Os bandidos levaram R$ 1,16 milhão. Durante todo o ano passado, foram 16 assaltos e os ladrões roubaram R$ 1,5 milhão. O clima é de tensão no interior, principalmente a cada início de mês, devido ao aumento do volume de dinheiro nas agências para pagamentos. P 10 OLÍCIA Procurador vai decidir o futuro de Jackson O governador Jackson Lago, indiciado por envolvimento com o esquema de fraudes da Construtora Gautama, poderá ser denunciado pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando de Sousa, por corrupção. POLÍTICA 2 alternativo<< Acontecerá de interferência de ninguém. Deputados, senadores e o próprio governador obedeciam à regra. Nenhum de seus chefiados ia a um Ministério sem seu consentimento. Esse sistema funcionou. O primeiro governador a compor essa orientação foi Sebastião Archer da Silva. No Maranhão, contudo, existia um grupo que se dizia mais chegado a Victorino, tendo à frente Ivar Saldanha, Afonso e José Matos, Miguel Bahury. Por outro lado, Renato Archer, jovem deputado e vice-governador, arregimentou em torno do seu nome Newton Bello, Matos Carvalho e outros para manter a hegemonia da família Archer no comando do Estado. Victorino reagiu com a candidatura Eugênio Barros, com quem se ligou estreitamente. Com o tempo, foram se criando atritos que culminaram na divisão ocorrida em 1965, quando Newton Belo teve um candidato, Costa Rodrigues, e Victorino outro, Renato Archer. Foi então que, combatendo esse sistema, venci as eleições, por maioria absoluta, derrotando os dois candidatos juntos. Durante o período vitorinista, a economia maranhense não se alterou, a não ser a abertura da frente pioneira dos nordestinos que vieram em massa na seca de 1958 e restauraram o Maranhão como grande produtor de arroz. amanhã a quintafeira o II Foro de Ciências Sociais e Humanas, na UFMA. perfil<< O empresário José Iran Gomes Wanderley considera-se um personagem da boemia de São Luís. PÁGINA 8 JOSÉ SARNEY Nublado a parcialmente nublado Temperatura: Estável Max.: 35°C Min.: 19°C Dólar Compra/Venda Paralelo C2,0200 V2,1200 Comercial C1,9630 V1,9638 Turismo C1,8800 V2,0500 Euro Compra/Venda Turismo C2,6228 V2,6240 Preço CAPITAL E INTERIOR R$ 3,00 OUTROS ESTADOS R$ 3,50 Fale conosco Redação 3215-5162 Leitor 3215-5055 www.oestadoma.com.br