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Empresas
le 21 mai 2015
Provas de vinhos juntam sempre muita gente
Casa Nogueira:
embaixador na promoção do vinho português na Bélgica
Por Paulo Carvalho
Está quase a fazer um século de presença na Bélgica aquela que é uma
das empresas portuguesas mais antigas neste país: a Casa Nogueira.
Desde 1917 a Casa Nogueira prima
pela promoção de vinhos das melhores
marcas de Portugal. A julgar pela
grande afluência do público, que aumenta a cada ano que passa: as duas
provas de vinhos anuais que a empresa realiza no seu espaço, são sempre um sucesso.
Este evento é organizado duas vezes
por ano num total de 4 dias e conta
sempre com a presença de vários produtores vindos de Portugal. Este ano,
o espaço foi pequeno para acolher os
inúmeros apreciadores do vinho português. Um público maioritariamente
belga, mais da zona flamenga. São
sem dúvida grandes apreciadores do
nosso vinho na gama média-alta. Para
os responsáveis da Casa Nogueira a
parte positiva desta iniciativa é o facto
de poderem receber um número elevado de visitantes. Os apreciadores de
vinhos portugueses têm assim neste
espaço a possibilidade de provar, apreciar e comprar.
Augusto Santiago, funcionário mais
antigo da Casa Nogueira, diz ao LusoJornal que “estas degustações existem
há 14 anos. Cada ano que passa
temos mais gente, 80% são Belgas.
Os produtores são sempre de grandes
marcas - Esporão, Crasto, Aveleda e
Portugalnet
Portugalnet
José Maria da Fonseca empresa com
quem já trabalhamos há 48 anos, Bacalhoa há 36 e Esporão desde a fundação da marca. Os Flamengos
adoram o nosso vinho principalmente
os vinhos de qualidade, optam sempre
pelas garrafas a preços superiores a
15,00 euros”.
Augusto Santiago garantiu ao LusoJornal que só no primeiro dia desta degustação a Casa Nogueira vendeu
4.292 garrafas de vinho entre as
13h00 e as 20h00, às 19h30 tiveram
mesmo que fechar a porta. “Tenho
pena que venham menos Portugueses... gostava muito que eles viessem
em maior número, principalmente especialistas da hotelaria, seria aqui o
bom local para poderem apreciar a
qualidade destes produtos e assim poderem ter mais marcas de vinhos de
qualidade nos seus comércios, e não
trabalharem apenas à base do Casal
Garcia e Monte Velho, como faz a
maioria... O nosso país tem vinhos
muitíssimo bons”.
Pedro Almeida é responsável comercial de grande parte da exportação, representava nesta degustação a marca
Quinta do Crasto. Este produto é proveniente do Douro, da margem direita
entre a Régua e o Pinhão, uma zona
com muito boa exposição e de onde se
retira este produto de excelência. “Trabalhamos com a Casa Nogueira desde
2007 e estamos sempre presentes
nas iniciativas da empresa no mínimo
duas vezes por ano. Nota-se que esta
empresa está muito bem implementada no mercado português, mas nestes últimos anos tenho notado uma
grande diferença na grande afluência
de pessoas de outras nacionalidades o
que é muito bom para a promoção do
nosso país além fronteiras. É muito
importante explorar estes novos mercados”.
José Salvação Barreto, representante
da marca Esporão, trabalha na área de
vendas e marketing e é o responsável
pela área de vendas em alguns países
da Europa central e de África. Também ele sai desta iniciativa com uma
opinião “muito positiva”, adiantando
que os vinhos portugueses estão de
parabéns. “O esforço conjunto que
tem havido entre os produtores, as associações de produtores e o Estado em
promover este produto tem produzido
efeitos, este é um produto que sabemos trabalhar e em que temos muita
qualidade”, disse ao LusoJornal.
Tiago Cardoso vem representar o projeto Tiago Cabaço, empresa com 10
anos. A empresa começou com a
marca .COM, depois veio o .BEB e
BLOG, o topo de gama da empresa,
produto da região de Estremoz, no
Alentejo. Confessa que em conversas
com o proprietário da empresa chegou
à conclusão que “dar este nome ao
produto era um projeto arrojado, mas
na verdade as expectativas foram superadas e a marca sobe de ano para
ano”. A marca começou a trabalhar
com a Casa Nogueira em 2014, um
dos objetivos da empresa, “pois sabíamos que era uma casa de referência
na Bélgica. Era uma mais valia para o
projeto da empresa e a parceria concretizou-se”. As últimas novidades
deste projeto é o Tiago Cabaço Vinhas
Velhas, branco e tinto, e o Tiago Cabaço Alicante Bouchet.
Os amantes deste néctar ficam desde
já convidados para a próxima prova
de vinhas da Casa Nogueira, lá para
outubro...
Novo Banco:
Devolução das poupanças dos emigrantes “tem solução”
O Novo Banco reitera que está a trabalhar para devolver as aplicações dos
clientes emigrantes que investiram em
ações preferenciais, através dos produtos Poupança Plus, Top Renda e EuroAforro, disse à Lusa fonte oficial.
Em esclarecimento enviado à Lusa, o
Novo Banco refere que “já possui uma
solução, aprovada pelo Banco de Portugal, para as aplicações dos clientes
emigrantes que investiram em ações
preferenciais, através dos produtos
Poupança Plus, Top Renda e EuroAforro”, acrescentando que a instituição
financeira está a realizar “formalidades
prévias” em conjunto com as entidades envolvidas, nomeadamente o Credit Suisse e outros custodiantes de
títulos.
O Novo Banco vem assim esclarecer
que a questão está resolvida, numa altura em que um grupo de emigrantes,
vítimas do colapso do Banco Espírito
Santo, marcou uma manifestação para
30 de maio, em frente a uma dependência bancária em Paris, para reclamar o reembolso das poupanças que
investiram, conforme noticiou o LusoJornal na última edição.
A instituição financeira liderada por
Stock da Cunha, através do seu portavoz oficial, explica que existe um
“tempo que decorre para a apresentação da solução aos clientes”, tendo em
conta que são detentores de ações preferenciais e não das obrigações propriamente ditas.
A solução comercial, segundo o banco,
“passa pelo crédito das obrigações nas
contas dos clientes, o que apenas pode
ser alcançado com a prática de formalidades prévias de liquidação das ações
preferenciais”.
Assim sendo, o Novo Banco “está a
trabalhar em conjunto com as entidades envolvidas (Credit Suisse, custodiante dos títulos, entre outras) para
definir os procedimentos que permitam alcançar o efeito desejado, respeitando a regulamentação de jurisdições
diversas”, pelo que, “quando estiverem
reunidas todas as condições necessárias para a concretização dessa operação de liquidação, será possível
comunicar aos clientes a solução e respetivas condições”.
O porta-voz adianta, no entanto, que
esta solução “permitirá, a prazo, uma
recuperação importante do capital investido” e não a totalidade.
No início de março, na apresentação
de resultados, o Presidente do Novo
Banco anunciou que a instituição financeira teria “praticamente resolvida”
a solução que permitiria aos emigrantes receber cerca de 800 milhões de
euros aplicados em dívida do Banco
Espírito Santo (BES). Stock da Cunha
afirmou na altura que “a solução está
encontrada” para os cerca de 8.000
clientes, mas “tem que se desmontar
os veículos para conseguir os ativos
subjacentes”, acrescentando que “é
um puzzle difícil de desmontar”.
Estas ações preferenciais são maioritariamente detidas por Emigrantes por-
tugueses de primeira geração residentes em França e na Suíça. Em termos
geográficos, estes são clientes oriundos
das tradicionais zonas de emigração,
nomeadamente Trás-os-Montes, Beira
e Alto Minho, sendo que, em média,
estes tinham no BES 100 mil euros,
dos quais 80% investidos nestes produtos.
Relativamente aos 3.000 clientes lesados pelo papel comercial das empresas não financeiras do Grupo Espírito
Santo, o Presidente do Novo Banco fez
questão de sublinhar que não é uma
dívida da instituição financeira mas
sim de entidades externas, sendo que
só o Banco de Portugal pode resolver a
questão.
Processo do pai da menina retida na Bélgica continua conturbado
A defesa do pai de Alice - a menina
que esteve retida na Bélgica - solicitou
ao Tribunal de Faro que peça à Proteção de Crianças a entrega urgente do
processo da menina, após a comissão
alegar estar impedida de o fazer.
Segundo o requerimento, a que a Lusa
teve acesso, o arguido e pai da menina
- acusado de tê-la sequestrado e retido
na Bélgica durante dois anos -, foi notificado de que a Comissão de Proteção
lusojornal.com
de Crianças e Jovens (CPCJ) está impedida de enviar certidões integrais ou
parte de processos de promoção e proteção, devido ao caráter reservado do
processo, ao abrigo da Lei de Proteção
de Crianças e Jovens em Perigo.
No mesmo documento, a defesa de
Paulo Guiomar contesta a legalidade
da posição assumida pela CPCJ de Tavira, argumentando que “só pode ser
interpretada (...) como uma tentativa
de sonegar a informação do processo”
que, no entendimento do arguido, “poderá ser vital para a descoberta da verdade material e para a boa decisão da
causa”.
O advogado do pai da menina considera que o “alegado” impedimento
“contraria o próprio espírito da lei”,
quando permite ao pai, representante
legal, pessoas que detenham a guarda
de facto ou ao advogado a sua con-
sulta.
Em fevereiro, a defesa do pai de Alice,
que está preso preventivamente, requereu a abertura de instrução do processo em que o arguido é acusado de
sequestro, alegando que se tratou de
um crime de subtração de menor.
A avó da menina, Maria Dolores Guiomar, foi também formalmente acusada, pelo Ministério Público de Tavira,
do crime de sequestro, mas está em
prisão domiciliária.
Alice esteve dois anos na Bélgica com
o pai e a avó, depois de ter sido alegadamente sequestrada por ambos, em
setembro de 2012, após as férias escolares, altura em que a menina deveria ter sido entregue à mãe.
O ex-agente da Polícia Marítima foi
ainda acusado de abandono de funções e de detenção ilegal de arma de
fogo.
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