P lanos
de saúde
Assembleias
numerosas e
participativas
tem sido a
marca da
mobilização dos
radiologistas
e médicos de
diagnóstico por
imagem
Paralisações voltam a ocorrer este ano
Atendimento de
radiologistas
e médicos de
diagnóstico por
imagem pode
ser paralisado
novamente. Os
profissionais
prosseguem com
a mobilização,
retomando as
negociações com
as operadoras
O enfrentamento à exploração dos
planos de saúde tem sido uma árdua
luta. Uma nova notificação foi enviada aos planos, no mês de abril, cobrando resposta ao que vem sendo pleiteado desde o ano passado. Este ano, os
médicos radiologistas e de diagnóstico
por imagem já fizeram uma paralisação, em janeiro, quando conseguiram
avanços frente à SulAmérica.
Em abril, todos os planos foram
chamados novamente para negociar,
exceto a SulAmérica. Ficou definido
um prazo de 15 dias para os planos
apresentarem uma proposta que contemplasse as reivindicações dos médicos e os direitos dos usuários.Já há indicativo de paralisação, caso não ocorra avanço
nas negociações. Dessa vez, a suspensão do
atendimento atingirá o Bradesco Saúde. Os
médicos farão assembleias para manter a mobilização e definir os encaminhamentos das
negociações.
Uma reunião, convocada para o dia 6 de
maio, pela Comissão Estadual de Honorários
Médicos e pelo Sindimed, foi frustrada. O representante do Bradesco Saúde S/A não compareceu. Isso é sinal da postura de descaso
com os médicos e denota que o plano parece não estar interessado numa negociação séria e produtiva.
As principais reivindicações dos radiologistas, médicos de diagnósticos por imagem e
demais especialidades são colocar em prática
a contratualização com os planos e a implantação da CBHPM vigente e plena.
Mobilização decisiva na negociação com a SulAmérica
Os radiologistas e médicos de diagnóstico por imagem só conseguiram respostas consistentes nas negociações com a SulAmérica após a paralisação dos atendimentos, entre os dias 13 e 21 de janeiro. A mobilização,
os anúncios em rádios, os cartazes e a carta aberta aos
usuários surtiram efeito.
Depois de exaustivas negociações e constantes assembleias que mobilizaram 80% da categoria, os médicos aceitaram a proposta de um reajuste dos honorários, em media, de 60%, sendo 50% pagos a partir do dia
1º de fevereiro e 50% a partir de 1º de janeiro de 2015.
Para o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães,
o mais importante foi a conquista dos médicos, que veio
depois de mais de 10 anos de luta por um reajuste digno,
e que, realmente, valorizasse o trabalho dos profissionais.
O avanço das negociações também se deveu às importantes participações do superintendente do Procon,
Ricardo Mauricio, do coordenador do Centro de Apoio
às Promotorias de Defesa do Consumidor (Ceacon), Roberto Gomes, e da Defensoria Pública.
Luta Médica • Abril/Junho 2014 | 39
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