ESTA TERRA
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INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO E SERVIÇO
NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - ANO XIV - Nº 255 - JULHO/2013
Páginas 06 e 07
ACCOES promove
ovinocaprinocultura
no Espírito Santo
Alerta para prejuízo
com expansão de
Terras Indígenas
Faes e Senar/ES
participam da
GranExpoES 2013
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Associativismo
impulsiona o
agronegócio
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Editorial
TRABALHO ESCRAVO
Como signatário da convenção 29ª da
Organização Internacional do Trabalho
(OIT), o Brasil tem compromisso inarredável com os pontos internacionalmente consensados e acatados: a submissão
do empregado ao trabalho forçado e a
restrição de locomoção, decorrente de
dívidas contraídas com o empregador
caracterizam trabalho escravo.
Ocorre que mediante legislação
aprovada no Congresso Nacional foram incluídos, sem a necessária e indispensável conceituação, os termos
JORNADA EXAUSTIVA e CONDIÇÕES
DEGRADANTES DE TRABALHO, sem o
que não existe argumentação que sustente a condenação de proprietários
de imóveis rurais ou urbanos, como
praticantes de trabalho escravo.
Auditores do Ministério do Trabalho
e Emprego (MTE) e respectivos grupos
móveis, ao condenarem, deixam de respeitar o DEVIDO PROCESSO LEGAL previsto no artigo 5º, LIV da Constituição
Federal de 1988: “Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal”, ainda assim vê-se em um mesmo processo que o MTE
protagoniza as prerrogativas de todos
os PODERES CONSTITUÍDOS: DO EXECUTIVO, fiscalizando; DO LEGISLATIVO,
editando e do JUDICIÁRIO, julgando os
autos de infração.
O mesmo Artigo 5º, XXII da Constituição Federal 1988, sobre o DIREITO DE
PROPRIEDADE, é claro: “É garantido o
Direito de Propriedade”, o que deveria
impedir que os processos usuais, sem
aprovação de lei específica que defina
trabalho exaustivo e degradante, ultrapassem a esfera administrativa e propiciem condenação final pelos mesmos
autores da notificação, que se valem de
critérios subjetivos, em função da fragilidade da lei emitindo sanções e multas
que não permitem a Polícia Federal coletar evidências criminais, como constatado em relatório do ALTO COMISSARIADO
da ONU para os DIREITOS HUMANOS,
sobre formas contemporâneas de escravidão, feito pela relatora especial Guinara Shahinian, em visita ao Brasil.
No mês passado, por ocasião da 29ª
Convenção da Organização Internacional do Trabalho da OIT, que registrou o
maior número de adesão de países, o
Ministério Público do Trabalho do Brasil, quis alterar o conceito existente na
Convenção 29ª, e a proposta foi recusada com veemência pelos participantes da reunião.
A criação de Lei Específica é indispensável não só para que o proprietário
tenha direito ao contraditório e a ampla defesa, mas sobretudo para que os
auditores fiscais tenham discernimento
e segurança para responsabilizar os infratores de fato, distinguir e inocentar
aqueles que são apontados, humilhados
e incriminados injustamente.
O primeiro e decisivo passo para se
contemplar as diferentes situações com
a seriedade e a justiça necessária foi
dado pelo encaminhamento da Proposta de Emenda da Comissão de Constituição e Justiça, para constituir-se Comissão Especial na elaboração de projeto
que defina o que é trabalho exaustivo
e trabalho degradante no meio rural,
oportunizando a que se aprovem normas transparentes, com argumentação
sólida, que tragam confiança e segurança nas decisões de tema tão relevante.
Bartels, Luciano de Campos Ferraz, Francisco
Valani da Cruz. Suplentes: Gilda Domingues,
Eliomar Maretto, Acacio Franco. SENAR/ES
– CONSELHO ADMINISTRATIVO – Efetivos:
Júlio da Silva Rocha Júnior, Eliana Almeida
Lima, Andrea Barbosa Alves, Argeo João
Uliana, Paulo de Tarso Caralo. Suplentes:
Wesley Mendes, Kleilson Martins Rezende,
José Umbelino L Monteiro De Castro, Antonio
Sérgio Mareto, Jeane Albani Tres Trevizani.
CONSELHO FISCAL – Efetivos: Paulo Renato
Miranda Bezerra, Creuzimar Ribeiro Da Silva,
Carlos Roberto Abouramd. Suplentes: Antônio
José Baratela, Maria Augusta Buffólo, José
Lívio Carrari. CONSELHO REPRESENTATIVO
DA CNA: Júlio da Silva Rocha Júnior e João
Calmon Soeiro. Endereço: Av. Nossa Senhora
da Penha, nº 1495 – torre
A – 10º e 11º andares – Bairro Santa Lúcia –
Vitória/ES – CEP: 29056-243 – Tel: (27) 31859200 – Fax: (27) 3185-9201 – E-mail: faes@
faes.org.br / [email protected]. Produzido
por: Iá! Comunicação (27) 3314-5909 –
([email protected]) - Jornalista
responsável: Eustáquio Palhares – Edição:
Caroline Csaszar (caroline@iacomunicacao.
com.br) – Textos: Caroline Csaszar e
Camilla Caldeira – Colaboradores: Ivanete
Freitas, Tereza Zaggo, Mayra Camilo. Fotos:
Comunicação Faes e Senar/ES – Editoração:
Iá! Comunicação (27) 3314-5909.
Júlio da Silva Rocha Júnior
Presidente da Faes
Expediente
FAES – DIRETORES: Júlio da Silva Rocha
Júnior (Presidente), João Calmon Soeiro (1º
Vice-Presidente), Rodrigo José Gonçalves
Monteiro (2º Vice-Presidente), Abdo
Gomes (3º Vice-Presidente), José Garcia (4º
Vice-Presidente), Wilson Tótola (5º VicePresidente), Tolentino Ferreira de Freitas
(6º Vice-Presidente), Altanôr Lôbo Diniz
(1º Secretário), José Manoel Monteiro de
Castro (2º Secretário), Neuzedino Alves
Victor de Assis (1º Tesoureiro), Arízio Varejão
Passos Costa (2º Tesoureiro). SUPLENTES
DA DIRETORIA: José Pedro da Silva, Antonio
Roberte Bourguignon, Nilton Falcão, Judas
Tadeu Colombi, Valdeir Borges da Hora, Luiz
Malavasi, Edivaldo Permanhane, Renilton
Scardua Junior, Elder Sossai de Lima, Rodrigo
Melo Mota, Marcos Corteletti.
CONSELHO FISCAL – Efetivos: Leomar
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ACCOES promove ovinocaprinocultura
no Espírito Santo
do leite e queijos de origem caprina. Já
para a avaliação de resultados, troca de
experiências e capacitação de criadores,
grandes reuniões como o Encontro de
Verão, realizado em janeiro de 2012,
tem somado esforços rumo ao avanço
desse segmento.
A consultoria técnica tem sido outro
ponto de destaque. Formatada em parceria com o programa Sebraetec, a assessoria tecnológica é realizada a partir
de um diagnóstico elaborado em cada
propriedade, que se desdobra em visitas individuais ao criador participante.
Dessa forma, o criador tem em mãos
não apenas um diagnóstico, mas um
planejamento técnico para que possa
otimizar sua produção e sanear possíveis problemas.
Com essas ações, a ACCOES tem apresentado um crescimento anual de 15%
em sua base de associados, número que
representa também o aumento de criadores em todo o estado.
Programa Cordeiro Capixaba
O governo do Espírito Santo também
tem investido no fomento à produção,
para que o rebanho cresça e sustente o
aumento da demanda. Em novembro
2010, lançou em parceria com o SEBRAE
e a ACCOES o Programa Cordeiro Capixaba, com o objetivo de ampliar o plantel
do estado de 40 mil para 400 mil animais
em seis anos e organizar a produção de
ovinocultura no Espírito Santo, desde a
criação até o consumidor final.
Além da meta numérica, um grande
passo em direção crescimento do setor já está em análise junto à Seag e ao
Governo do Estado: a construção e estruturação de um entreposto que faça o
beneficiamento da carne já abatida e o
direcionamento para o mercado consumidor. De acordo com os criadores, esta
é a principal demanda dos criadores atualmente, que quando resolvida atrairá
novos investidores para esse segmento.
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E
mpreendedorismo,
consultoria
técnica e divulgação tem sido a base
do trabalho realizado pela Associação
de Criadores de Caprinos e Ovinos no
Espírito Santo em prol do desenvolvimento
do setor. “A ovinocaprinocultura é uma
atividade que tem crescido no Brasil e para
incentivá-la também no Espírito Santo é
de fundamental importância promover o
conhecimento sobre essas culturas, seja
para o criador seja para o consumidor”,
avalia Zezinho Boechat, presidente da
ACCOES.
Com essa diretriz, somente no último
ano os criadores capixabas tiveram a
oportunidade de participar de grandes
eventos como a GranExpoES e a GranExpoNorte, e divulgar o seu trabalho
em pavilhões dedicados à exposição
dos animais, restaurantes com pratos
de carne ovina, além disso o grande público conheceu as vantagens e o sabor
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CNA alerta para prejuízo econômico
com expansão das Unidades de
Conservação e Terras Indígenas
Atualmente, 110 milhões de hectares são ocupados por terras
indígenas, o equivalente a 13% do território nacional
PIB pode sofrer uma redução de R$204,4 bilhões até 2018
A
presidente da CNA, senadora
Kátia Abreu, elaborou um
documento chamando a atenção
para o prejuízo econômico que pode
ser imposto ao país se forem mantidas
as atuais taxas médias de Unidades de
Conservação (UC’s) e terras indígenas
registradas nos governos Fernando
Henrique Cardoso e Lula. Segundo a
Confederação, além de uma redução
de R$ 204,4 bilhões no Produto Interno
Bruto (PIB) até 2018, se o ritmo de
expansão dessas áreas continuar
crescendo, em 2043, o Brasil voltaria
a ser como era quando foi descoberto
pelos portugueses.
Atualmente, 110 milhões de hectares
são ocupados por terras indígenas, equivalente a 13% do território nacional. A
CNA propôs que o assunto não se limite
ao poder Executivo e que o debate se
estenda ao Congresso Nacional. Além
disso, a Confederação defende que haja
uma legislação que garanta ao produtor
envolvido uma indenização mais realista, levando em consideração não só as
benfeitorias, como acontece hoje, mas
também o valor da terra nua.
Apesar da cobrança de movimentos
sociais à ampliações de terras indígenas
e UC’s, a senadora Kátia Abreu acredita
que haja uma ‘gincana’ na criação dessas áreas que podem levar a uma redução de 49 milhões de hectares de área
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de produção, comprometendo economicamente o setor primário. “É preciso
refletir sobre economia e inflação para
que possa ser elaborada uma política de
planejamento e gestão de terras. Temos
que considerar a importância das áreas
de produção, além de discutir o papel
do Brasil como fornecedor mundial de
alimentos”, aponta Kátia Abreu.
A criação de UC’s e terras indígenas
sobre propriedades privadas aumentam os gastos públicos em indenizações.
Dados do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade),
responsável pelo processo de criação
de UC’s no país, revelam uma dívida de
R$ 26,8 bilhões (INCRA) relativos à 19,5
milhões de hectares desapropriados e
não indenizados. Se adicionado o valor
de mercado, o débito aumenta para R$
107 bilhões.
A questão indígena no ES
Em agosto de 2012, nove produtores rurais de Aracruz foram notificados
para desocupar suas terras. O pedido
se refere a um estudo antropológico
realizado pela Funai, que identificou
que cerca de 165 hectares de terra
seria de propriedade da tribo indígena Tupiniquim. Porém, os produtores
adquiriram as terras de forma legal
com registro em cartório
espe-
cífico. Apesar de algumas propriedades serem quase centenárias, a Funai
mesmo assim teria respaldo legal para
anular os títulos.
Os proprietários decidiram que não
vão desocupar as terras e, junto com
o Sindicato Rural de Aracruz, entraram
com um mandado de segurança contra
o ato da Funai para garantir que não
sejam expulsos. Produtores e índios
afirmam que nunca foram notificados
quanto a essa questão. “Em quase 100
anos de propriedade registrada legalmente nunca recebemos uma notificação ou fomos informados de que poderíamos perder nossas terras. Se sairmos
daqui perderemos uma vida inteira de
dedicação ao agronegócio. É daqui que
tiramos nosso sustento”, lamenta o produtor Valdeci Manoel da Rocha, que há
63 anos mantém uma propriedade herdada da família e registrada em 1928.
O pedido de liminar para impedir a ilegalidade e arbitrariedade quanto às demarcações de terra e a retirada coercitiva dos produtores foi negado. A Justiça
alega que o procedimento de demarcação de terras em questão foi procedido
de requisitos legais e que a Funai gozaria de presunção de legitimidade.
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Durante o evento, haverá mais de 150 atividades voltadas
para as principais cadeias produtivas do agronegócio
E
GranExpoES 2013 será realizada de 07 a 11 de agosto, no Pavilhão de Carapina, na Serra
ntre os dias 07 e 11 de agosto,
a Faes e o Senar/ES participam
da maior feira agropecuária do
Espírito Santo – a GranExpoES 2013, que
acontece no Pavilhão de Carapina, na
Serra. A Faes o Senar/ES e os Sindicatos
dos Produtores Rurais estarão presentes
em dois espaços.
No pavilhão haverá um estande com
informações do setor para o público
em geral e realização de minicursos
de culinária e artesanato. Já no espaço
no leite haverá outro estande onde os
produtores e os trabalhadores rurais
terão acesso a informações técnicas e
minicursos na área de pecuária.
Além disso, a reunião mensal da Faes
será realizada durante o evento, no
dia 09 de agosto, às 14h. O presidente da Faes, Julio da Silva Rocha Junior,
destaca a importância da iniciativa. “A
GranExpoES está consolidada como o
mais importante evento do setor rural
no Estado. A feira reúne todos os segmentos da cadeia produtiva, agregando valor aos produtos e gerando novas
oportunidades para o desenvolvimento do setor primário”, destaca.
Serão oferecidos 33 minicursos com
o objetivo de fomentar o agronegócio e
agregar conhecimento aos participantes.
No espaço do leite, serão oferecidas
as capacitações de nutrição de ovinos
e caprinos, casqueamento e manejo de ovinos, primeiros socorros em
equinos, alimentação de gado de leite,
qualidade do leite, primeiros socorros
em bovinos.
Dentro do pavilhão, os visitantes
poderão participar dos minicursos de
pães e pizzas artesanais, culinária da
tilápia, do cordeiro e do café, artesanato em tecidos – patch work e produção de sabonetes artesanais à base
de mel e artesanato café com leite. Os
minicursos são gratuitos.
“Montamos um calendário de minicursos que, além de contemplar as
diversas áreas do agronegócio, oferece
novidades e permite e estimula a participação de visitantes do evento. A feira
deste ano promete manter a tradição
como uma das mais completas do setor primário”, afirma o superintendente do Senar/ES, Neuzedino Alves de
Assis.
Durante a GranExpoES 2013 haverá
mais de 150 atividades, entre exposições, congressos, concursos e outras
ações voltadas para as principais cadeias produtivas do agronegócio do Espírito Santo. A feira mantém o foco na
constante melhoria no setor primário
capixaba, articulando e fomentando a
realização de negócios sob a ótica de
um desenvolvimento sustentável.
Para mais informações acerca dos minicursos oferecidos acesse www.granexpoes.com.br e confira a programação.
5
Produtores rurais pedem revisão
no preço mínimo do café
A safra de café no Espírito Santo,
que era estimada em 12.850 mil sacas,
segundo a Conab (Companhia Nacional
de Desenvolvimento e Abastecimento),
sofreu queda de cerca de 30%, em
relação ao mesmo período do ano
passado. Além da perda da produção,
os cafeicultores ainda amargam com o
preço pago pela saca, que é insatisfatório
para cobrir os custos.
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Safra do café sofreu queda de cerca de 30% e preços pagos pela saca
não são suficientes para cobrir os custos de produção
Preço do café pago ao cafeicultor é insuficiente
para cobrir custos de produção
Mobilização
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A Faes solicitou a revisão do preço pago
ao produtor, defendendo a fixação de
um preço mínimo de R$ 340 reais/saca
de 60kg para o arábica e R$ 220 reais/
saca de 60kg para o conilon. Em julho, a
Faes realizou uma reunião junto à Seag,
Incaper, Conab e Sindicato Rural de
Jaguaré para discutir o preço pago pelo
produto e a realidade do produtor rural
capixaba diante do cenário cafeeiro.
Segundo o presidente da Faes, Júlio
da Silva Rocha Júnior, há necessidade
de uma reavaliação da Conab quanto
à segunda estimativa de safra do café,
publicada em maio deste ano. “O
6
quantitativo aponta um acréscimo de
0,6% na produção geral, mas a realidade
nos faz esperar um decréscimo na
produção. Além disso, o preço pago pela
mercadoria não é suficiente para arcar
com os custos de produção, o que leva o
homem do campo a se endividar com os
bancos”, alerta o presidente.
Realidade
Segundo o presidente do Sindicato
Rural de Jaguaré, Elder Sossai, a
estiagem prolongada entre outubro de
2012 e janeiro de 2013, aliada às fortes
chuvas ocorridas nos meses seguintes
contribuíram para agravar ainda mais a
situação do produtor rural do município.
“Nosso município tem o maior
parque cafeeiro de conilon do Estado,
mas estamos com produtores que
tiveram uma queda de mais de 40% na
última colheita. Além disso, já faz cerca
de oito meses que o produtor vem
sofrendo com os baixos preços pagos
e não consegue cobrir os custos”,
ressalta Sossai.
A Faes propôs a elaboração de um
documento formal a ser encaminhado
para o Mapa (Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento), chamando
a atenção para a necessidade da
declaração de estado de calamidade
para o setor para que os órgãos
financeiros possam avaliar a negociação
de dívidas do produtor rural.
Na reunião, a Conab, por meio de seu
superintendente, Brício Alves Junior,
informou que a entidade concorda em
reavaliar a estimativa, porém aguardará
a conclusão da terceira estimativa, que
capixaba é preocupante e para haver
um retorno positivo nas lavouras é
preciso uma produção de 65 sacas/
ha, mas atualmente cerca de 40% dos
cafeicultores capixabas estão com
uma produção de conilon abaixo de 40
sacas/ha e menos de 25 sacas/ha de
arábica. De acordo com o secretário,
com a baixa produtividade, o produtor
terá dificuldades para honrar os
compromissos.
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sai em agosto, para que possa ter em
mãos o cenário completo do setor e,
assim, elaborar uma nova avaliação.
Na mesma reunião, o Secretário de
Estado da Agricultura, Ênio Bérgoli,
afirmou que o quadro cafeeiro
Incertezas do cenário econômico internacional também
influenciam na baixa do mercado cafeeiro
Confederação
Segundo a CNA, os atuais preços
pagos desmoralizam os cálculos
feitos pela Conab que apontam um
custo de produção de R$ 336,16/
saca. A Confederação defende
ainda a adoção de mecanismos
de intervenção no mercado pelo
Governo como a única maneira de
a medida surtir algum efeito prático
para o homem do campo, caso do
Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao
Produtor) e do Programa de Opções
Públicas de Venda.
A senadora e presidente da CNA,
Kátia Abreu, elaborou um documento
em questionamento ao preço mínimo
do café pago ao produtor rural. O
anúncio do novo preço mínimo está
previsto, inicialmente, para abril do
ano que vem. Porém, a senadora já
apresentou aos Ministérios da Fazenda
e da Agricultura o cenário de perda
de renda do setor cafeeiro diante do
aumento nos custos de produção e
queda nos preços de mercado.
Segundo a CNA, a baixa no mercado
cafeeiro é uma tendência constante.
As incertezas relacionadas ao
cenário econonômico internacional
têm diminuído a demanda externa
pelos principais países compradores
do produto.
Na segunda semana de junho, dados
do Cepea/Esalq apontaram uma
comercialização do café arábica no
mercado físco a R$ 285 reais/saca de 60kg.
Enquanto que, segundo dados do Instituto
Campo Futuro, os Custos Operacionais
Efetivos estão acima de R$ 307 reais/
saca para regiões como Brejetuba/ES,
Guaxapé/MG, Manhumirim/MG e Santa
Rita do Sapucaí/MG.
7
Pedro Canário aposta na
união do produtor rural
Sindicato investe em capacitações e busca novas parcerias
para fortalecer as atividades agropecuárias
F
do agronegócio e promover intercâmbio de informações entre os produtores.
Um dos principais trabalhos em prol
dos associados é a realização do programa Compra Direta de Milho em Balcão.
A ação visa auxiliar o produtor na aquisição do produto, fazendo mediação
na hora da compra e do transporte da
mercadoria. O programa é uma parceria
entre o sindicato, a Conab e o Incaper.
As próximas metas e objetivos da
entidade já foram traçados. Na atual
gestão, o sindicato pretende aumentar o número de parcerias e convênios,
bem como oferecer um quadro maior
de prestação de serviços ao homem
do campo. A entidade busca parcerias
para oferecer assessoria contábil e jurídica, além de convênio com hospitais e
clínicas locais.
Para o presidente Gilberto Carlos Coelho, a principal ferramenta para que
todas as engrenagens no trabalho da
entidade funcionem é o trabalho integrado entre sindicato e produtor rural.
“Acredito que podemos fazer muito
mais pelos nossos associados. Dependemos da participação ativa dos nossos produtores para que nossas metas
se tornem possíveis. Já conseguimos
grandes conquistas desde a nossa fundação, mas podemos ir muito mais longe”, garante Coelho.
SR Pedro Canário
undado em 1997, o Sindicato Rural
de Pedro Canário se destaca por
promover a valorização do produtor
rural e ser o braço direito dos associados. À
frente do sindicato, o presidente Gilberto
Carlos Coelho busca mobilizar sua equipe
para formar uma força coletiva e atender
às necessidades do homem do campo
com orientações, desenvolvimento
sustentável, capacitações e união.
Hoje, além dos treinamentos promovidos em parceria com o Senar/ES, o
sindicato mantém parceria com farmácias e promove programas para facilitar
e viabilizar o trabalho do produtor. O
sindicato participa de eventos, leilões e
exposições para apresentar os produtos
Com o apoio de toda a equipe, o sindicato busca atender
às necessidades do homem do campo com orientações,
desenvolvimento sustentável e capacitações
Sindicato Rural de Pedro Canário
Endereço: Avenida Alberto dos Reis Castro, 139 – Centro - Pedro Canário – ES - CEP. 29.970-000
Telefone: (27) 3764-1749//3764-2229
Gilberto Carlos Coelho,
Presidente do Sindicato Rural
de Pedro Canário
8
E-mail: [email protected]
Associativismo: trabalho em equipe
impulsiona o agronegócio
Senar/ES oferece treinamento que ensina a administrar o negócio rural e criar associações
Q
ue tal aumentar a produtividade
da atividade rural, administrar
e
criar
associações
e
cooperativas rurais? Essas e outras ideias
empreendedoras são possíveis por meio
do Treinamento de Associativismo.
A capacitação, oferecida pelo Senar/
ES, em parceria com a Faes e com os
Sindicatos Rurais, utiliza técnicas de
gestão compartilhada, gerenciamento
de pessoas e tomadas de decisão para
desenvolver as competências necessárias
para administrar um empreendimento
coletivo, ou até oferecer condições
para impulsionar a competitividade dos
negócios que o produtor já possui.
O treinamento possui duração de 24
horas, distribuídas em três dias, e aposta
principalmente nas atividades práticas
para dar consistência ao conhecimento
adquirido. Os produtores têm a oportunidade de desenvolver o trabalho coletivo
e refletir sobre técnicas de liderança na
hora de gerenciar uma equipe e garantir
o sucesso do empreendimento. O treinamento é direcionado para a realidade de
cada comunidade onde é ministrado.
A instrutora do Senar/ES, Luciana
Schaeffer Abranches, destaca a importância do associativismo e os benefícios para os produtores. “O treinamento
fortalece o espírito associativista e contribui para que unidos os produtores
busquem melhorias para o trabalho no
campo, como a diminuição de custos de
produção. Com as ferramentas certas
eles podem realizar compras coletivas,
formar uma associação ou cooperativa,
e até promover discussões sobre assuntos voltados para a comunidade”, aponta a instrutora.
As turmas possuem em média 15 vagas e podem participar produtores alfabetizados com idade acima de 16 anos.
São utilizadas apostilas de apoio para
a parte teórica e na prática os alunos
realizam atividades lúdicas e técnicas,
visando a elaboração do planejamento
coletivo de uma associação já existente
ou em formação.
Relação de treinamentos - Agosto
TREINAMENTO
DATA
LOCAL
Primeiros Socorros
12/08
Conceição do Castelo
Associativismo
14/08
São Mateus
Qualidade do Leite
16/08
Domingos Martins
17/08
Guaçui
Inseminação Artificial de Bovinos
19/08
Rio Novo do Sul
Pães e Biscoitos
20/08
Ibiraçu
Cultivo de Fruteiras
Semiperenes – Banana
22/08
Itaguaçu
Primeiros Socorros em Bovinos
23/08
Itapemirim
Eletricista Rural
24/08
Jaguaré
Inclusão Digital
31/08
Muqui
Operação e Manutenção
de Roçadora, Derriçadora e
Podadora de Café
Acesse a lista completa de treinamentos no site www.faes.org.br
A agenda de treinamentos pode sofrer alterações durante o mês
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ESPAÇO DOS SI
SOORETAMA
Presidente Sindicato Rural de
Sooretama toma posse
LINHARES
1º Debate Agro reúne produtores, técnicos e
lideranças rurais em Linhares
Produtores rurais, técnicos do setor agropecuário e lideranças participaram, no dia 10 de julho, da primeira edição
do Debate Agro, realizado no auditório do Hotel Arezzu, no
centro de Linhares, pelo Sindicato Rural de Linhares e pela
Campo Vivo Comunicações. 85 pessoas compareceram ao
encontro que abordou o Novo Código Florestal e pagamento por serviços ambientais. A primeira edição do Debate
Agro teve patrocínio da Lipetral e Laticínios Colatina/Produtos Quero Quero, e apoio da Rádio Globo Linhares, Ceplac,
Acal, APL, Brapex, Coopbores, Aqualin e VW Treinamentos.
Foto: 01
SANTA LEOPOLDINA
Sindicato de Santa Leopoldina há mais de 60
anos defendendo o produtor
Desde 1951, o Sindicato Rural de Santa Leopoldina representa o homem do campo na região. A entidade, juntos aos
sindicatos de São José do Calçado, Anchieta, Colatina, Muqui,
Alfredo Chaves, Guaçui, Domingos Martins e do Sul do Estado, ajudou a fundar o que hoje é a Federação da Agricultura
e Pecuária do Espírito Santo. O município é o maior produtor
de gengibre do Brasil, além de ser o maior produtor de hortigranjeiros do Estado.
Foto: 02
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O presidente Angelo Jubine assumiu as reivindicações dos produtores rurais de Sooretama. No dia 18
de junho, cerca de 20 pessoas se reuniram para a
solenidade de posse de Jubine como novo presidente
do Sindicato Rural do município já com propostas e
novas ideias para impulsionar o agronegócio de Sooretama. “Vamos arregaçar as mangas para a captação de novos recursos e junto aos nossos associados
defender os nossos interesses”, afirma o presidente.
Foto: 04
VENDA NOVA DO IMIGRANTE
Novo presidente à frente do Sindicato
Rural de Venda Nova
O Sindicato Rural de Venda Nova do Imigrante está
com uma nova liderança à frente dos interesses dos
produtores. No dia 15 de maio, a entidade realizou
uma cerimônia de posse ao novo presidente Vanderlei
Cesconetti. “Estou muito satisfeito com a conquista.
Estou disposto a, junto com a Diretoria, fazer o máximo pela nossa casa e conseguir novas parcerias que
tragam desenvolvimento para o trabalho dos nossos
associados”, declara Cesconetti.
Foto: 03
NDICATOS
SANTA TERESA
Santa Teresa sedia Semana Café com Leite
Entre os dias 29 de agosto e 01 de setembro, será realizada a segunda edição da Semana Café com Leite, no Parque de Exposições e Eventos Frei Estevão Eugênio Corteletti, em Santa Teresa. O evento vai oferecer aos visitantes palestras, workshops, exposições, apresentações culturais dentre outras atrações que visam valorizar o agronegócio
do município, com foco para a pecuária de leite e cafeicultura, atividades de destaque
no município. A Semana do Café com Leite é uma realização do Sindicato Rural de
Santa Teresa, em parceria com a Associação de Criadores de Gado de Leite do Espírito
Santo, a Faes, o Senar/ES, a Seag (Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento,
Aquicultura e Pesca), Incaper, Idaf e Prefeitura Municipal de Santa Teresa.
Foto: 05
SÃO MATEUS
Programa Com Licença Vou à Luta leva mulheres a comercializarem produtos em São Mateus
As mulheres rurais de Santa Maria, em São Mateus se
uniram para mostrar ao município seu potencial empreendedor. Após participarem do programa Com Licença
Vou à Luta, promovido pelo Sindicato Rural de São Mateus,
14 mulheres montaram uma feirinha para comercializar
artesanatos e outros produtos de confecção própria para
colocarem em prática o que aprenderam durante o programa. “O treinamento teve um ótimo resultado, pois já
conseguimos despertar a visão do grupo de mulheres para
os negócios. O sindicato já estuda a criação de uma associação, onde elas podem utilizar o espaço para trabalhar
melhor e futuramente montar seu próprio negócio”, aponta a mobilizadora do sindicato, Márcia Capucho.
GUARAPARI
Criadores de Mangalarga efetuam negócios em Guarapari
No dia 22 de junho, o Sindicato Rural de Guarapari reuniu na Fazenda Meaípe, no município, 320 pessoas a para
a Feira de Animais e Embriões – Mangalarga Marchador.
O evento busca congregar os criadores desta raça equina
para gerar uma oportunidade para bons negócios. Foram
ofertados lotes de animais e embriões que parte do trabalho de seleção feito pela Fazenda Meaípe há quase 30
anos. Guarapari mantém o maior número de criadores de
Mangalarga do Estado e tem a raça como um expressivo
representante econômico para a região de Guarapari.
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Produtores enfrentam dificuldades
para adquirir veículos de cabine dupla
P
rodutores rurais capixabas têm
apresentado queixas quanto à
limitação no atendimento por
parte dos bancos, que por orientação
do Ministério de Desenvolvimento
Agrário (MDA), alegam a possibilidade
de financiamento apenas para modelos
de cabine simples.
Com o objetivo de facilitar o transporte
no campo, a Faes busca articular maior
flexibilização por parte do Ministério de
Desenvolvimento Agrário na hora de
financiar veículos pick-up com cabine
dupla para o homem do campo.
“Com a limitação, o produtor
muitas vezes é obrigado a comprar
um segundo veículo para realizar o
transporte de terceiros, investimento
que nem sempre está ao alcance. Além
disso, ele precisa realizar o transporte
de trabalhadores, pois sabe-se que é
proibido o trânsito em carrocerias”,
aponta o presidente da Faes, Júlio da
Silva Rocha Júnior.
NOTA DE FALECIMENTO
É
com imenso pesar que a Faes comunica o
falecimento do seu diretor nato, Guilherme
Pimentel Filho, ocorrido no dia 22 de julho, e do
ex-diretor, Jonas Sossai, ocorrido no dia 29 julho.
Guilherme Pimentel Filho
Jonas Sossai
ANIVERSARIANTES DE AGOSTO
03/08
06/08
08/08
11/08
14/08
18/08
20/08
23/08
24/08
27/08
28/08
29/08
Rodrigo Melo Mota
Ester Covre
Queila Cristina Dutra
Lídia Toniato Colombi
Welingtonglei Alexandre de Carvalho
Elciane Catharina Bianchi Nicolini
Maria do Carmo Vaz de Mello Demian Gilda Domingues
Francisco Valani da Cruz
Arlene Moutinho Mota
Altanor Lôbo Diniz
Edivaldo Permanhane
Presidente SR Apiacá
Esposa do Presidente SR de Pinheiros
Esposa Presidente SR Mantenópolis
Esposa presidente Nova Venécia
Funcionário do SENAR
Esposa Presidente SR Iconha
Funcionária da FAES
Presidente SR de Anchieta
Presidente SR de Castelo
Esposa Presidente SR Apiacá
Presidente SR de São José do Calçado
Presidente SR de São Mateus
Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 torre
A
10º e 11º andares - Bairro Santa Lúcia -Vitória/ES
CEP: 29056-243
12
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