1 Nota de apresentação SEAF Despacho n.º 1211/2008 – XVII “Visto com muito interesse, sendo de realçar o empenhamento dos funcionários da Administração Fiscal, os resultados atingidos e o próprio esforço de mensuração destes. Aprovo o presente relatório de actividades, que deverá ser publicado, como habitualmente, na Internet. Dê-se conhecimento ao Gabinete do Senhor MEF. Lx.16.10.2008 a) Carlos Baptista Lobo” Índice Nota Introdutória ......................................................................................................................... 3 I. Sumário I.1 - Principais Acontecimentos ................................................................................................ 7 I.2 - Principais Resultados ...................................................................................................... 10 II. A Organização Missão, Atribuições e Estrutura Orgânica ............................................................................. 15 As Pessoas............................................................................................................................ 18 III. Avaliação Global – Actividades e Resultados III.1. Objectivos Estratégicos 1. Realizar a Receita Fiscal Prevista...................................................................................... 2. Reduzir os Custos de Contexto.......................................................................................... 3. Reduzir os níveis de evasão e fraude fiscais/combater a economia paralela .................... 4. Consolidar o processo de modernização da Justiça Tributária e cumprir o objectivo da 25 35 45 cobrança executiva ............................................................................................................ 53 5. Melhorar a eficiência e a eficácia da administração fiscal/aumentar a produtividade ........ 63 III.2. Objectivos Operacionais Quadro resumo dos resultados da DGCI ......................................................................... 72 74 75 76 76 77 78 78 81 procedimentos e da maior racionalização na afectação e utilização dos recursos ............ 83 Índice 1. Atingir uma produção média individual nos serviços de finanças de 3 100 pontos............ 2. Realizar a receita líquida do estado ................................................................................... 3. Realizar a receita líquida das autarquias ........................................................................... 4. Realizar a receita coerciva prevista ................................................................................... 5. Reduzir o valor da instauração anual de dívida fiscal ........................................................ 6. Diminuir o saldo da dívida pendente .................................................................................. 7. Melhorar a performance ao nível dos ilícitos fiscais e do contencioso............................... 8. Realizar as acções de formação previstas no plano de formação...................................... 9. Melhorar o desempenho da organização através da reestruturação de processos e de 1 10. Incrementar a cooperação internacional .......................................................................... 83 11. Manter o nível de absentismo dentro de um limite máximo de 5% .................................. 84 12. Realizar as acções de inspecção externas e internas e o acompanhamento permanente de sujeitos passivos previstos no PNAIT ..................................................... 86 III.3. Unidades Orgânicas Projectos e síntese dos resultados mais significativos da actividade dos serviços centrais e regionais ...................................................................................................................................... 90 IV. Meios IV.1. Recursos Financeiros ................................................................................................... 141 IV.2. Instalações ..................................................................................................................... 151 Anexos ...................................................................................................................................... 159 Índice Siglas ........................................................................................................................................ 165 2 Nota Introdutória O presente relatório descreve as actividades desenvolvidas e os resultados alcançados pela DGCI no ano de 2007, em obediência às directrizes do Plano de Actividades para o ano transacto, o qual constituiu o quadro referencial de gestão para toda a organização ao definir os seus objectivos, nomeadamente, Cinco objectivos estratégicos: • Realizar a receita fiscal prevista no Orçamento de Estado; • Reduzir os custos de contexto – melhorar a relação com o contribuinte e a qualidade do serviço prestado; • Reduzir os níveis de evasão e fraude fiscais / combater a economia paralela; • Consolidar o processo de modernização da justiça tributária e cumprir o objectivo da cobrança executiva; • Melhorar a eficiência e a eficácia da administração fiscal / aumentar a produtividade. Doze objectivos operacionais: • Atingir uma produção média individual nos Serviços de Finanças de 3.100 pontos; • Cobrar a receita líquida do Estado; • Arrecadar a receita líquida das autarquias; • Cobrar a receita coerciva prevista; • Reduzir o valor da instauração anual da dívida fiscal; • Diminuir o saldo da dívida pendente; • Melhorar a performance ao nível dos ilícitos fiscais e do contencioso; • Realizar as acções de formação previstas no plano de formação; • Melhorar o desempenho da organização através da reestruturação de processos e de • Incrementar a cooperação internacional; • Manter o nível de absentismo dentro de um limite máximo de 5%; • Realizar as acções de inspecção externas e internas e o acompanhamento permanente de sujeitos passivos previstos no PNAIT. Nota Introdutória procedimentos e da maior racionalização na afectação e utilização dos recursos disponíveis; 3 Tendo por referência os objectivos enunciados, entre os quais se destaca o da receita fiscal, e as medidas estruturais implementadas nos últimos anos centradas nas diversas áreas operacionais da DGCI, foi estabelecido que, no ano de 2007, a “redução dos custos de contexto” seria a área prioritária de intervenção, tendo em vista a melhoria do relacionamento com o contribuinte e da qualidade do serviço que lhe é prestado e, bem assim, a competitividade do sistema fiscal português. Este tema encontra-se desenvolvido mais adiante, no âmbito do objectivo estratégico n.º 2. É neste contexto que se insere o presente documento, o qual se encontra estruturado em quatro partes, a saber: Parte I apresentação dos principais acontecimentos e resultados do ano 2007; Parte II identificação da organização, em termos de missão, atribuições, estrutura orgânica e pessoas; Parte III avaliação global da execução do Plano de Actividades para 2007, em função dos objectivos estratégicos e operacionais, e síntese das actividades/resultados mais significativos alcançados por cada unidade orgânica (serviços centrais e regionais); Parte IV apresentação dos meios/recursos disponíveis, em termos materiais e financeiros. Na elaboração do presente relatório foram tidos em consideração os contributos apresentados pelas diferentes unidades orgânicas, designadamente as 21 Direcções de Finanças e as 25 Direcções de Serviços, como serviços co-responsáveis pela concretização dos resultados Nota Introdutória alcançados. 4 I Sumário Principais Acontecimentos Primeiro Trimestre NOVA IMAGEM, baseada numa marca – FINANÇAS - , que sempre esteve associada pelos cidadãos à DGCI. Seminário para dirigentes e chefias tributárias, com a presença dos Senhores Primeiro-Ministro, Ministro de Estado e das Finanças e Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Exposição itinerante subordinada ao tema da “Educação Fiscal”, com a presença do Senhor Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e de dirigentes da DGCI e da DGITA Segundo Trimestre Campanha “Peça a Factura”, lançada nos meios de comunicação social com o intuito de sensibilizar a população em geral para a Seminário necessidade de ser pedida a factura ao se com a presença dos Senhores Secretário de adquirir bens ou serviços. Estado dos Assuntos Fiscais, Secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Procurador Geral da República, Directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, Director Nacional da Polícia Judiciária, com o objectivo, entre outros, de Com a reinstalação do Serviço de Finanças dotar de Lisboa 3, A Direcção-Geral dos Impostos conhecimentos (DGCI) passa a apresentar e a utilizar uma necessários ao bom desempenho da função. a inspecção jurídicos tributária e dos policiais Principais acontecimentos sobre a criminalidade tributária, 7 Exposição e apre- SERVIÇO PÚBLICO” no âmbito do concurso sentação pública “Prémios Leitor PCGuia 2007” organizado da brochura “Con- pela Revista de Informática PCGuia. Este tra a Corrupção: prémio constitui mais um estímulo para as Integridade e equipas envolvidas (DGCI e DGITA) e revela Transparência”, no o reconhecimento do investimento diário da átrio principal da Administração Tributária na melhoria da Directoria Nacional qualidade da Polícia Judiciária, em Lisboa, com a cidadãos. dos serviços prestados aos presença dos Senhores Ministro da Justiça e Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Esta exposição teve carácter itinerante, passando pelas cidades do Porto, Braga, Faro, Évora, Setúbal e Coimbra. Protocolo de “Certificação Electrónica”, com o Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (CEGER), com o objectivo de permitir a disponibilização de certificados de assinatura electrónica qualificada, de certificados de confidencialidade, bem como de validação cronológica, a emitir pelo CEGER aos utilizadores a indicar nominalmente pela DGCI. A DGCI foi, mais uma vez, distinguida na quinta edição PRÁTICAS dos DO prémios de SECTOR “BOAS PÚBLICO”, concurso este que é já uma referência na avaliação de projectos de toda a administração pública e se destina a premiar a inovação, a eficácia nos resultados, a melhoria da gestão dos recursos e a qualidade do serviço. Os dois “Sistema projectos premiados Electrónico de foram Controlo o e Principais acontecimentos Prevenção da Evasão Fiscal”, que obteve o 8 1º Prémio em parceria com a DGITA, e o projecto “Cultura e-service em avaliação de imóveis”, que obteve o 3º Prémio isoladamente. O Site da DGCI foi distinguido com o 1º Prémio na categoria “MELHOR SITE DE Terceiro Trimestre Visita às novas instalações do Serviço de Conferência Informações Fiscais e do Centro de Atendi- Estratégia de Lisboa e a Luta contra a Frau- mento Telefónico na Av. João XXI em Lisboa de Fiscal na União Europeia” Internacional de Lisboa “A pelo Senhor Ministro de Estado e das Finanças. Inauguração das novas instalações do Quarto Trimestre Serviço de Finanças de Tábua, pelo Senhor Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Seminário de Dirigentes no Auditório da Direcção de Finanças de Lisboa. dos Impostos, Prof. Doutor José Azevedo SIAC Pereira. resultados dos inquéritos ao funcionamento – disponibilizados na Internet os da DGCI (2006/2007). Principais acontecimentos Tomada de posse do novo Director Geral 9 Principais Resultados Receita Fiscal Receita fiscal líquida do Estado M€ A receita fiscal líquida do Estado cobrada 30.000 pela DGCI cresceu 10,8% e 20,5% em rela- 24.238 26.352 29.196 20.000 ção a 2006 e a 2005, respectivamente. 10.000 0 2005 2006 2007 Inspecção Tributária Correcções à matéria colectável Imposto detectado em falta M€ M€ 1.200 6.000 4.671 4.000 2.440 1.000 800 3.004 716 842 975 600 400 2.000 200 0 0 2005 Foram feitas 2006 correcções 2005 2007 à 2006 2007 matéria O valor do imposto directamente encon- colectável no valor de 4.671 mil milhões de trado em falta foi de 975 milhões de euros, euros, representando um acréscimo de 56% representando um acréscimo de 16% face a face a 2006, sendo o IRC o principal 2006. responsável por tal crescimento. M€ Regularizações voluntárias à matéria colectável 1.200 1.060 Principais acontecimentos 10 271 300 211 823 800 M€ Regularizações voluntárias ao imposto 200 633 400 176 100 0 2005 2006 2007 0 2005 2006 2007 As Regularizações Voluntárias das Cor- directamente encontrado em falta aumenta- recções à Matéria Colectável e do Imposto ram em 29% e 28% respectivamente. Justiça Tributária Cobrança Total 1.546,0 1.632,9 1.055,6 828,4 1.518,0 1.610,7 600.000 1.387,8 1.013,4 568,8 2001 A 571,3 2002 cobrança M€ 661,7 2003 814.991 800.000 1.419,6 1.282,6 757,5 Nº de penhoras automáticas Cob. s/Perdão Fiscal 387.722 400.000 200.000 2004 executiva 2005 2006 ultrapassou 0 2007 o objectivo fixado: cobrar 1600 milhões de 59.034 2005 2006 2007 Foram marcadas cerca de 815 mil penhoras, mais 110% do que em 2006. euros. Cobrança de coimas Reclamações Graciosas 11,21 9,91 10,12 9,69 226,88 184,63 M€ 6,17 5,66 2006 2007 132,18 26,47 5,76 6,33 7,97 62,50 38,34 76,66 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Meses 2002 2003 2004 2005 A cobrança de coimas aumentou 23% em A nível nacional o tempo médio de conclu- relação a 2006, tendo ultrapassado em 26 são das reclamações graciosas caiu de 6,1 milhões de euros o objectivo estabelecido. meses para 5,6 meses. Fonte: DSJT-NMJT Cumprimento Voluntário 9 Mais 20.066 declarações de IVA (acréscimo de 0.6% face ao ano anterior). 9 Mais 112.465 declarações de IRS entregues dentro do prazo. 9 Mais 21.669 declarações Modelo 10 entregues via Internet. Principais resultados 9 Mais 84.285 declarações de retenções de IRS, IRC e Selo (acréscimo de 2.3%). 11 3.000.000 Declarações de IRS entregues em suporte papel e via internet (1ª fase) 1.400.000 Declarações de IRS entregues em suporte papel e via internet (2ª fase) 1.200.000 2.500.000 1.000.000 2.000.000 800.000 1.500.000 600.000 1.000.000 400.000 500.000 200.000 0 0 2004 2005 Papel 2006 2007 2004 Internet 2005 Papel 2006 Internet Pela primeira vez o número de declarações de IRS da 1ª fase, entregues pela Internet ultrapassou a entrega em suporte de papel. Fonte: DSIRS Acções de Controlo Automático: 9 Detecção de 30 mil contribuintes faltosos de pagamentos especiais por conta (IRC) no ano de 2006 e de 27 mil contribuintes no ano de 2007. 9 Detecção de 42 mil contribuintes faltosos de pagamentos por conta (IRS) no ano de 2006 e de 26 mil contribuintes no ano de 2007. 9 50 mil declarações de IRS substituídas por detecção de divergências. Principais resultados Fonte: DSIRS 12 2007 II a organização Missão A Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) tem por missão administrar os impostos sobre o rendimento, sobre o património e sobre a despesa, bem como administrar outros tributos que lhe sejam atribuídos por lei, de acordo com as políticas definidas pelo Governo em matéria tributária, nos termos dos artigos 1.º e 2.º do Decreto-Lei nº 81/2007, de 29 de Março. Atribuições No âmbito da missão que lhe está cometida, a DGCI prossegue as seguintes atribuições: • Assegurar a liquidação e cobrança dos impostos e outros tributos que lhe incumbe administrar; • Exercer a acção de inspecção tributária, prevenindo e combatendo a fraude e evasão fiscais; • Exercer a acção de justiça tributária e assegurar a representação da Fazenda Pública junto dos órgãos judiciais; • Executar os acordos e convenções internacionais em matéria tributária, nomeadamente os destinados a evitar a dupla tributação, bem como cooperar com as administrações tributárias de outros Estados e participar nos trabalhos de organismos internacionais especializados no domínio da fiscalidade; • Informar os particulares sobre as respectivas obrigações fiscais e apoiá-los no cumprimento das mesmas; • Promover a correcta aplicação da legislação e das decisões administrativas relacionadas com as atribuições que prossegue e contribuir para a melhoria da eficácia do sistema fiscal, propondo as medidas de carácter normativo, técnico e organizacional que se revelem adequadas; • Arrecadar e cobrar outras receitas do Estado ou de outras pessoas colectivas de direito público que lhe sejam atribuídas por lei. Constitui visão da DGCI maximizar a receita fiscal no estrito cumprimento das disposições legais em vigor, promovendo e facilitando o cumprimento voluntário, apoiando os agentes económicos e demais contribuintes e contribuindo para uma maior equidade fiscal. A organização Visão 15 Estrutura Orgânica A estrutura orgânica da DGCI assenta nas disposições constantes do Decreto Lei nº 81/2007, de 29 de Março e da Portaria nº 348/2007, de 30 de Março e no enquadramento determinado pelas orientações definidas no Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE). É composta por um Director-Geral, 8 Subdirectores-Gerais e equiparados (os quais formam o Conselho de Administração Fiscal), 25 Serviços Centrais (Direcções de Serviços), 21 Serviços Regionais (Direcções de Finanças) e 357 Serviços Locais (Serviços de Finanças). A actuação da DGCI desenvolve-se em quatro áreas operacionais e diversas áreas de apoio: • Gestão tributária (concepção do quadro normativo e procedimentos técnicos relativos aos diferentes impostos); • Cobrança (controlo e arrecadação dos impostos); • Inspecção tributária (investigação das irregularidades fiscais e combate à fraude e evasão fiscais); • Justiça tributária (contencioso fiscal); • Relações internacionais; • Áreas de apoio (execução de actividades de planeamento, auditoria interna, relações públicas, consultadoria e contencioso, gestão dos recursos humanos, gestão dos recursos financeiros, gestão das instalações e equipamentos, e formação dos recursos humanos). as quais se encontram suportadas pelas áreas de planeamento e sistemas de informação, auditoria interna, relações públicas, consultadoria e contencioso, gestão dos recursos financeiros e das instalações e dos equipamentos e qualificação dos recursos humanos. As Direcções de Finanças são unidades orgânicas desconcentradas da DGCI de âmbito regional. Dispõem de uma estrutura ajustada ao perfil económico e demográfico da área territorial respectiva, a qual tem em consideração o volume de serviço realizado, o número de contribuintes abrangidos e o volume da receita cobrada. Os Serviços de Finanças são unidades orgânicas desconcentradas da DGCI de âmbito local que têm como missão implementar e gerir uma relação de interesse público com o contribuinte, orien- A organização tada para uma aproximação cada vez maior da Administração Fiscal ao cidadão. 16 Director Geral Conselho de Administração Fiscal (Director-Geral, Subdirectores-Gerais) Serviços centrais Unidades orgânicas desconcentradas DS IRS DF Angra do Heroísmo DS IRC DF Aveiro DS IVA DF Beja DS IMI DF Braga DS IMT DF Bragança DS Avaliações DF Castelo Branco DS Cobrança DF Coimbra DS Reembolsos DF Évora DS Contabilidade e Controlo DF Faro DS Registo de Contribuintes DF Guarda DS Plan. e Coord. Inspecção Tribut. DF Horta DS Inspecção Tributária DF Leiria DS Invest. Fraude e Acções Especiais DF Lisboa DS Justiça Tributária DF Ponta Delgada DS Gestão dos Créditos Tributários DF Portalegre Centro de Estudos Fiscais DF Porto DS Consultad. Jurídica e Contencioso DF Santarém DS Auditoria Interna DF Setúbal DS Gestão dos Recursos Humanos DF Viana do Castelo Centro de Formação DF Vila Real DS Planeamento e Sist. Informação DF Viseu DS Gestão dos Recursos Financeiros DS Instalações e Equipamentos 357 Unidades orgânicas desconcentradas de âmbito local (SF) DS Relações Internacionais DS Inf. Trib. Apoio Contrib. Rel. Púb. Os Serviços da DGCI (centrais e periféricos) encontram-se instalados em 629 edifícios, dos quais perfazem uma área total de 308.959 m2. A organização 56% pertencem ao Estado, 41% são arrendados e 3% cedidos a título gratuito. No seu conjunto 17 As Pessoas As exigências crescentes em matéria de qualificações profissionais, a aposentação de grande número de funcionários aliada à dificuldade em recrutar novos colaboradores devido ao congelamento das admissões na Administração Pública e o concomitante envelhecimento do quadro de pessoal verificados nos últimos anos, criaram um contexto que tem condicionado fortemente a gestão dos recursos humanos no seio da DGCI. Deste modo, e dada a necessidade de incrementar a produtividade individual e o desempenho da organização como um todo, a política de recursos humanos da DGCI tem seguido uma lógica de continuidade assente nos quatro pilares seguintes: ¾ Recrutamento de pessoal mais jovem e mais qualificado; ¾ Racionalização na afectação dos funcionários, direccionando-os, preferencialmente, para o exercício de funções técnicas; ¾ Criação de oportunidades de promoção, através da abertura de concursos; ¾ Investimento na formação, com o duplo objectivo de desenvolver as competências dos colaboradores, qualificando-os para o exercício de tarefas tecnicamente mais exigentes, e de aumentar a sua motivação. 1. Reforço do número de efectivos Após um período de vários anos em que se assistiu à redução contínua do número de colaboradores da DGCI, fruto dos condicionalismos já apontados, eis que 2007 ficou marcado pela inversão da referida tendência de contracção dos efectivos. Disso mesmo dá conta o gráfico infra: Distribuição dos efectivos 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 A organização 2003 18 2004 2005 2006 2007 S.Locais 6.388 6.155 6.358 5.887 6.216 S.Regionais 4.271 3.947 3.634 3.833 3.768 S.Centrais 1.739 1.458 1.379 1.467 1.479 12.398 11.560 11.371 11.187 11.463 Total Fonte: Direcção de Serviços de Gestão de Recursos Humanos Como se pode constatar, o número de colaboradores, no fim de 2007, ascendia a 11 463, invertendo-se assim a tendência de diminuição dos efectivos que vinha de 2003. O crescimento dos efectivos face a 2006 resultou da admissão de 700 TATA estagiários no início do ano transacto, mais do que compensando as 366 saídas definitivas de funcionários ocorridas durante o mesmo. Estes novos elementos foram, na sua maioria, reforçar os quadros dos Serviços de Finanças, juntando-se aos 438 funcionários oriundos da própria DGCI que já tinham sido objecto de reclassificação na categoria da TATA. Todavia, este conjunto de admissões revelou-se insuficiente para fazer baixar a média etária dos funcionários da DGCI, como se desejava, visto que mais de 600 destes novos técnicos vieram de outros organismos da administração pública, e possuíam já uma média etária relativamente elevada. Idade dos Efectivos Até 34 anos Entre 35 - 54 anos Acima de 55 anos Assim, a idade média dos efectivos da DGCI em 2007 foi de 45,8 anos, tendo registado uma ligeira subida face a 2006, em que se fixou nos 45,6 anos. Refira-se, ainda, que estes novos elementos foram, na maioria dos casos, reforçar os quadros dos Serviços de Finanças, juntando-se aos 438 funcionários oriundos da própria DGCI que já tinham sido objecto de reclassificação na categoria de TATA. Também a Inspecção Tributária conheceu um reforço dos seus efectivos que passaram de 1826, em 2006, para 1977 em 2007, o que representa um crescimento de 8,3 %. Foram ainda concluídos, durante o ano transacto, 374 estágios profissionais realizados no âmbito do Programa de Estágios Profissionais na Administração Pública (PEPAP). O recrutamento de pessoas com níveis superiores de habilitações literárias com vista a melhorar o que, neste âmbito, se tem assistido ao aumento do nível médio das habilitações escolares do pessoal desta Direcção-Geral, na sequência dos vários processos de recrutamento que têm vindo a ser realizados. Assim, em 2007, 67,2% dos funcionários possuía até 12 anos de escolaridade, tendo os outros 32,8% escolaridade de nível superior. A organização desempenho dos Serviços tem sido outra das preocupações da DGCI desde há vários anos, sendo 19 2. Racionalização na afectação das pessoas Ao nível deste pilar, procurou-se canalizar os recursos humanos disponíveis para as áreas mais críticas, isto é, aquelas mais carenciadas de reforço de efectivos que, habitualmente, são: os Serviços de Finanças e a Inspecção/Justiça tributárias. Nesse sentido, foram tomadas as seguintes medidas durante o ano transacto: Nesse sentido, foram tomadas as seguintes medidas durante o ano transacto: ¾ Procedeu-se à nomeação definitiva, após a conclusão dos respectivos estágios, de 438 TATA, reclassificados das carreiras do regime geral – administrativa e técnica profissional – em que anteriormente se encontravam; ¾ Admitiram-se 71 trabalhadores com recurso ao regime de mobilidade na função pública para reforço das áreas da Inspecção e Justiça Tributárias; ¾ Foram, ainda, reafectados a diversos serviços mais 20 funcionários, parte dos quais para reforço do Centro de Atendimento Telefónico (CAT). Deste conjunto de medidas espera-se a obtenção de importantes ganhos de eficiência e eficácia nas áreas organizacionais já referidas, devido ao afluxo de colaboradores mais capacitados e motivados. 3. Desenvolvimento profissional O ano de 2007 foi também caracterizado pela continuação da política de criação de oportunidades de promoção e desenvolvimento profissional para os colaboradores da DGCI, como forma de efectivar o direito à carreira, reconhecer os desempenhos de qualidade e manter em níveis elevados a motivação do pessoal. Na sequência da referida política, e após a efectivação dos procedimentos necessários, mudaram de situação profissional, durante o ano passado, 2582 funcionários desta Direcção-Geral, assim A organização distribuídos: 20 • 454, reclassificados em carreiras de diferentes grupos profissionais; • 339, promovidos para a categoria seguinte à que detinham; • 167, nomeados para cargos de direcção/chefia tributária; • 1 622, que sofreram mudanças de nível nas categorias de TAT, IT e TATA. 4. Formação profissional Nos últimos anos, a DGCI tem vindo a efectuar um forte investimento em formação profissional, com vista a desenvolver permanentemente as competências dos seus quadros, tarefa essencial no ambiente actual, caracterizado por crescentes exigências técnicas e relacionais. A unidade orgânica que possui competência para ministrar formação profissional no seio da DGCI é o Centro de Formação, o qual definiu as seguintes cinco áreas prioritárias de intervenção para 2007, no que respeita a actividade formativa: ¾ Qualificação e actualização permanente de Dirigentes e Chefias; ¾ Capacitação e qualificação para o posto de trabalho das áreas estratégicas de intervenção da DGCI: Inspecção e Justiça Tributárias; ¾ Gestão, acompanhamento e apoio logístico na qualificação e formação para os concursos de acesso aos cargos de chefia tributária dos Serviços de Finanças; ¾ Formação inicial, de cariz genérico, para estagiários nas carreiras do GAT (Técnicos de Administração Tributária Adjuntos e Inspecção Tributária – Economistas e Juristas); e ¾ Reorientação do formato de oferta formativa para os grupos profissionais envolvidos nos concursos da avaliação permanente. O quadro seguinte resume a execução do Plano de Formação para 2007 tendo em conta os três indicadores enunciados – n.º de acções de formação, n.º de participantes e volume de formação: Execução do plano de formação para 2007 Formação interna Nº de acções de formação Previsto Realizado Formação Presencial Formação eme-learning Total Taxa Nº de participantes Previsto Realizado Volume de formação Taxa 805 1.476 183% 30.997 42.051 136% 49 45 92% 11.230 5.924 53% 854 1.521 178% 42.227 47.975 114% Previsto 532.596 Realizado 554.795 Taxa 104% 80.195 532.596 634.990 119% Os resultados obtidos na actividade formativa serão objecto de análise, mais adiante, no âmbito do A organização objectivo operacional número oito. 21 III avaliação global - actividades e resultados – III.1 – Objectivos Estratégicos 1. Realizar a receita fiscal prevista Realizar a receita fiscal prevista é um dos objectivos estratégicos da DGCI, que pela importância que representa ao nível dos recursos financeiros do Estado e no equilíbrio das contas públicas, acaba por envolver directa ou indirectamente toda esta Direcção Geral. Com efeito, a receita fiscal do Estado administrada pela DGCI representou 74% da receita efectiva do subsector Estado e cerca de 82% da totalidade da receita fiscal, o que justifica por si só a importância que tem dentro do contexto da Administração Pública1. Para além da receita fiscal do Estado, compete à DGCI liquidar e cobrar outros Impostos e Taxas que constituem receita das autarquias e de outras entidades, como sejam a Derrama, o Imposto Municipal sobre Imóveis, o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto Único de Circulação e outras Taxas que posteriormente são transferidos para os Municípios. Em relação à receita fiscal os objectivos inscritos no orçamento foram largamente superados, tendo em conta que se previa um crescimento relativamente à execução de 2006 na ordem dos 7% e, obteve-se um diferencial positivo de 10,8%. As transferências dos impostos municipais também apresentaram um crescimento de 18% relativamente ao ano anterior. Para os níveis de execução apresentados contribuiu o excelente comportamento da cobrança coerciva que superou o objectivo fixado de 1 600 milhões de euros, bem como as medidas de natureza operacional, que visaram a melhoria do desempenho da Inspecção Tributária, e as 1 Boletim da Execução Orçamental de Dezembro publicado pela Direcção-Geral do Orçamento Objectivos Estratégicos normas anti-abuso, introduzidas no códigos do IRS, IRC, IVA e RGIT. 25 1.1. Receitas totais cobradas pela DGCI A receita total (receita do Estado e receita dos municípios) ascendeu, em termos brutos, a 39 952 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 9,7% relativamente a 2006, ou seja, cerca de 5 pontos percentuais acima do crescimento nominal da economia estimado para 2007. No quadro seguinte, apresenta-se a evolução das receitas totais cobradas pela DGCI e do peso no PIB nominal, no triénio 2005-2007. Receitas totais cobradas pela DGCI Milhões de euros 2005 Receita Total Em % PIB nominal (a) 2006 2007(a) 33.747.0 36.424 39.952 22,6% 23.5% 24.5% Valores provisórios Verifica-se, assim, que a receita total em percentagem do PIB aumentou 1 ponto percentual, atingindo o valor mais elevado dos últimos cinco anos. Ao analisar-se separadamente o peso da receita do Estado e o da receita dos municípios constatase que ambas apresentam uma evolução positiva, superior ao PIB nominal: Evolução das Receitas Cobradas pela DGCI e PIB 20,0% 16,0% 12,0% 8,0% 4,0% Objectivos Estratégicos 0,0% 26 2006/2005 2007/2006 Rec. Municipais 6,9% 18,0% Rec. Estado 8,0% 9,2% PIB 4,2% 4,8% Para este bom desempenho contribuíram, designadamente, as medidas adoptadas em 2006 e que se traduziram no aumento dos níveis de cumprimento voluntário, na redução da fraude e evasão fiscal e na melhoria da eficácia e eficiência da organização, às quais será feita referência nos pontos seguintes relativos aos restantes objectivos estratégicos de 2007. 1.2. Receita do Estado Receita líquida Relativamente à receita orçamental do Estado administrada pela DGCI, foram arrecadados 29 196 milhões de euros, registando-se assim um crescimento de 10,8%, face a 2006, tendo a receita efectiva superado a previsão orçamental em 4,2%. No quadro seguinte apresentam-se os valores da execução dos diferentes impostos e respectiva comparação com as execuções de 2006 e 2005 e com a previsão constante no Orçamento do Estado para 2007. Receita Líquida do Estado administrada pela DGCI Milhões de euros Impostos 2007 2007 a) Δ% Previsto/OE Executado 2007/2006 Taxa de Realização 2005 2006 IRS 7.753 8.233 8.600 9.050 9.9% 105,2% IRC 3.721 4.333 4.805 5.689 31.3% 118,4% 45 44 15 23 -48% 153,3% Total Impostos Directos 11.519 12.610 13.420 14.762 17.1% 110,0% IVA 10.635 11.196 12.065 11.805 5.4% 97,8% Outros Cap. I SELO Outros Cap. II Total Impostos Indirectos Cap. III (ADSE) Cap. IV (TAXAS E MULTAS) Total 1.456 1.633 1.665 1.733 6.1% 104,1% 119 161 140 163 1.4% 116,4% 12.210 12.990 13.870 13.701 5.5% 98,8% 215 195 89.8% 90,7% 99 103 409 649 571 538 -17.1% 94,2% 24.238 26.352 28.076 29.196 10,80% 104,2% Fonte: DSCC a) Valores provisórios Constata-se que o IVA é o imposto com maior peso na receita fiscal, 40%, seguido dos impostos sobre o rendimento, os quais, em conjunto, representam cerca de 51% do total da receita (31% para o IRS e 19,5% para o IRC). Os Impostos directos, com uma cobrança líquida de 14 762 milhões euros, contribuíram, no ano económico de 2007, com 50,6% para o total da receita líquida, tendo registado uma taxa de crescimento de 17,1%. A receita líquida de IRS registou um aumento nominal de 817 milhões de euros, o que se traduziu num crescimento de aproximadamente 10% face a 2006. O referido aumento deveu-se essencialmente às alterações legislativas ocorridas neste imposto, das quais se destacam: Objectivos Estratégicos Impostos directos 27 • A actualização do valor das deduções à taxa de inflação prevista; • A continuação da convergência da dedução específica da categoria H para a categoria A; • A aceleração dos procedimentos de liquidação de IRS relativamente a contribuintes que não entregaram a declaração de rendimentos; • A instituição de um regime de responsabilização solidária do substituto tributário pelo imposto não retido em situações qualificadas como práticas fraudulentas. O gráfico infra permite-nos visualizar a transferência operada na arrecadação da receita, das Secções de Cobrança para os outros Cofres exteriores à DGCI, como sejam, CTT, SIBS e Bancos, mudança esta que necessariamente está associada às novas funcionalidades, incluindo as de pagamento, que são disponibilizadas na Internet. Cobrança Bruta de IRS+IRS+IVA+Selo 51% 49% 44% 43% 7% 39% 7% 2005 SC IGCP 56% 2006 SIBS+Bancos+CTT 6% 2007 No conjunto dos impostos directos, o IRC obteve excelente execução em relação ao previsto no OE (+118,4%) e foi o imposto que apresentou a maior taxa de variação nominal em relação ao ano de 2006 (+ 1 356 milhões de euros). Os resultados do IRC podem ser explicados por vários factores: maior número de declarações com imposto a pagar, elevado crescimento do imposto pago por algumas das maiores empresas e, directa ou indirectamente, pelas medidas anti-abuso implementadas – com destaque para a cláusula inserida no artigo 46º do Código do IRC e as que se prendem com o cruzamento de dados no sentido de evitar a utilização fraudulenta dos benefícios fiscais concedidos ao mecenato 28 Evolução da Receita Liquida do IRC 5.689 Milhões de Euros Objectivos Estratégicos – que acabaram por se repercutir num maior cumprimento voluntário por parte dos contribuintes. 4.333 3.721 2005 2006 2007 Ainda no Capítulo dos Impostos directos estão incluídos um conjunto de impostos que fazem parte do Grupo 02 – Outros, e, que no seu conjunto quase não têm expressão numérica na receita. Este grupo inclui os impostos extintos pelos diplomas que aprovaram os Códigos do IRS e IRC, o também extinto imposto sobre as Sucessões e Doações, o Imposto do Uso, Porte e Detenção de Armas e ainda os Impostos Directos Diversos, cujas únicas verbas com algum significado são as recebidas pela aplicação do DL nº 51/95, de 20 de Março - Nova Ponte sobre o Tejo e DL nº 54/95, de 20/3 – EXPO’98. Impostos indirectos Os impostos indirectos, constituídos essencialmente pelo IVA e Imposto de Selo apresentaram, relativamente ao ano anterior, variações percentuais positivas de 5,4% e 6,1%, respectivamente. De salientar que no conjunto dos impostos que constituem a receita do Estado, o IVA ter sido sempre o imposto com maior peso, situação que se mantém no presente ano, em que representa 40,4% da receita arrecadada; contudo, em 2007, situou-se ligeiramente abaixo do valor orçamentado, em particular, por terem sido pagos mais reembolsos que os inicialmente previstos. O crescimento da actividade económica e a diminuição das transferências para as regiões autónomas, operada por via legislativa na Lei do Orçamento, quase que justificam a variação positiva ocorrida no IVA. Para além das oscilações da actividade económica, a receita líquida do IVA é fortemente influenciada pelo peso dos abatimentos e deduções que são efectuados neste imposto., que já representam mais de 30% da receita bruta. Com efeito, para apuramento da receita líquida de IVA, são deduzidos à receita bruta - resultante das autoliquidações do regime normal e trimestral, das liquidações prévias e das execuções fiscais - os reembolsos e as transferências, para as regiões autónomas, para a Segurança Social e para as regiões e juntas de turismo, sendo que o conjunto destas deduções tem apresentado montantes cada vez mais elevados. reembolsos pagos, cujo montante foi muito superior ao valor dos pedidos entrados, o que reflecte uma significativa recuperação das situações pendentes. O aumento do número de reembolsos despachados tem a ver com o seu tratamento mais célere decorrente quer da nova aplicação informática dos reembolsos quer da simplificação dos procedimentos trazida pelo Despacho Normativo nº 53/2005. Objectivos Estratégicos Em 2007, a componente que mais influenciou negativamente a receita líquida do IVA foram os 29 Ao invés, as transferências para as Regiões Autónomas diminuíram, tal como estava previsto na lei do orçamento, o que influenciou positivamente a receita líquida deste imposto. IVA - Abatimento à Receita Bruta 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% -5,0% -10,0% -15,0% -20,0% -25,0% -30,0% -35,0% 2005/2006 Reembolsos 2006/2007 Reg. Aut Turismo S. Social A receita do Imposto do Selo registou um aumento de 6,1% em relação a 2006 e de 4,1% em relação ao valor orçamentado. Para este desempenho contribuíram essencialmente o crescimento do imposto incidente sobre as rubricas de operações financeiras e de transmissões gratuitas, que apresentam variações positivas em relação ao ano anterior de 14% e 26%, respectivamente. Impostos do Cap. III e IV Os Cap. III e IV são quase residuais na receita administrada pela DGCI, representando em conjunto 2,5% da totalidade da receita. O Cap. III abrange as receitas provenientes do desconto obrigatório nos vencimentos dos funcionários e agentes dos serviços do Estado beneficiários da assistência na doença. Apresentou resultados bastante favoráveis quer em termos de execução orçamental, quer em termos da taxa de crescimento que ocorreu de 2006 para 2007 (89,8%), fruto das alterações legislativas que aumentaram os descontos dos funcionários no activo de 1 para 1,5 por cento e da aplicação de uma taxa de 1 por cento às pensões de aposentação e reforma dos beneficiários titulares, ficando Objectivos Estratégicos apenas isentos os pensionistas com pensões inferiores a uma vez e meia a retribuição mínima 30 mensal garantida. O Cap. IV subdivide-se em dois grupos, “Taxas” e “Multas e outras penalidades”, incluindo-se no primeiro, os pagamentos em contrapartida da emissão de licenças e da prestação de serviços, nos termos da lei e, no segundo, as receitas provenientes da aplicação de multas pela transgressão da lei, posturas e outros regulamentos. Grande parte desta receita encontra-se consignada, excepcionando-se os juros de mora e juros compensatórios, que constituem quase na íntegra receitas orçamentais gerais. A execução situou-se aquém do valor orçamentado. Os valores apresentados estão relacionados com os reembolsos e operações específicas do Tesouro. Reembolsos e operações específicas do Tesouro Impostos Administrados pela DGCI Impostos IRS IRC IVA SELO Rest. Cap. I/II TAXAS E MULTAS Total Fonte: DSCC a) Valores provisórios 2005 2006 Reembolsos OET 2.033,4 273,2 660,7 409,5 3.258,6 1.145,7 1,2 48,2 31,5 0,0 72,7 0,0 6.058,2 1.876,6 Reembolsos OET 1.876,5 298,8 676,7 427,2 3.711,7 1.219,7 2,1 56,2 6,0 1,5 86,9 0,0 6.360,0 2.003,3 Milhões de euros 2007a) Reembolsos OET 1.912,6 296,1 639,7 477,4 4.183,9 1.078,3 1,1 62,7 6,1 1,6 49,9 0,0 6.793,3 1.916,0 O montante dos reembolsos e restituições no conjunto da receita ilíquida continua a ter um peso muito importante, sendo que em 2007 ascendeu a 6 793,3 milhões de euros, mais 6,8% que o que o valor pago em 2006. Na total dos reembolsos pagos, o IVA é a rubrica que apresenta maior valor a reembolsar – 61,5%, e também o que oferece maior risco, tendo em conta não só as situações de crédito resultantes das actividades normais e exportações, mas também as que estão relacionadas com a diversidade de situações especiais previstas no Estatuto dos Benefícios Fiscais e diplomas avulsos que na maior parte das situações obrigam a uma análise bastante cuidada dos respectivos pedidos, como sejam os oriundos de não residentes, igrejas, instituições de particulares de solidariedade social, forças armadas, missões diplomáticas e bombeiros. Não obstante estas particularidades, os valores apresentados, são já o resultado das medidas tramitação, através de um sistema de análise de risco, baseado no cruzamento de informação declarativa e de controlo existente, o que tornou mais célere o pagamento dos reembolsos a partir de 2006. A diminuição dos reembolsos pagos de IRC deve-se às medidas de carácter legislativo e inspectivo entretanto implementadas e referidas atrás. Objectivos Estratégicos implementadas pelo Despacho Normativo 53/2005, de 15 de Dezembro, que agilizou a respectiva 31 No gráfico seguinte pode observar-se a evolução dos reembolsos por imposto que compõem a receita de 2005 a 2007. Evolução do Reembolsos IRS IRC IVA Outros 2005 2.033 661 3.259 105 2006 1.963 677 3.712 95 2007 1.911 640 4.184 57 milhoes euros As operações específicas do tesouro, referem-se às transferências para as Regiões Autónomas, Segurança Social, Juntas de Turismo e Autarquias Locais (Derramas) e ainda às verbas consignadas à Lei da Liberdade Religiosa. Em 2007, o valor das transferências ascendeu a 1 916 milhões de euros, -4,3% que o valor transferido no ano anterior. Mais de 48% do valor global faz parte das transferências para as Regiões Autónomas e cerca de 56% da totalidade das operações específicas do tesouro dizem respeito ao IVA. Operações específicas do tesouro - 2007 700 600 500 400 300 200 Objectivos Estratégicos 100 32 0 IRS IRC Trans. RA IVA Derrama Selo S. Social Turismo Rest. Cap I/II 1.3 Transferências para as Autarquias A DGCI liquida e cobra um conjunto de impostos que transfere para os respectivos municípios. Incluem-se neste conjunto o IMI, o IMT, o IUC e a Derrama que recai sobre o IRC. No conjunto das receitas arrecadadas pela DGCI, as transferências municipais foram as que mais cresceram, situação que está associada à reforma fiscal destes impostos iniciada em finais de 2003. Evolução dos Impostos Tranferidos para os Municípios 2.348 1.990 1.861 2005 2006 2007 Para além dos impostos referidos no parágrafo anterior, continuam a ser arrecadados alguns impostos extintos, mas cuja cobrança ainda não se esgotou, onde se incluem a CA, SISA, IMV e ainda um conjunto residual de impostos já abolidos pela reforma de 1989. O processamento dos impostos municipais é em tudo idêntico aos que concorrem para a receita do Estado, incluindo toda a tramitação de contencioso quando o pagamento não é efectuado dentro dos prazos fixados na lei. Os valores globais revelam que desde 2005, a transferência da receita destes impostos tem vindo a aumentar, tendo apresentando nos anos de 2006 e 2007 taxas de crescimento anuais de 7% e 18%, respectivamente, destacando-se com maior peso o IMI e o IMT, conforme quadro demonstrativo. Transferência para os Municípios Milhões de euros 2005 2006 Δ% (Realizado) CA 2007/2006 96,7 49,8 29,5 -40,8% IMI 693,6 825,6 948,1 14,8% CA + IMI 790,3 875,4 977,6 11,7% IMT 562,6 613,1 852 39,0% SISA 103,5 93,1 68,9 -26,0% IMT + SISA 666,1 706,2 920,9 30,4% IMV + IUC 117,8 127,7 134,4 5,2% DERRAMA 287,3 280,8 315,4 12,3% 1.861,50 1.990,10 2.348,30 18,0% TOTAL a) Valores provisórios Fonte: DSCC Objectivos Estratégicos Impostos 2007a) 33 Em 2007 o IMI e o IMT em conjunto representaram 77% da receita, contribuindo o primeiro com 948,1 milhões de euros - mais 122,5 milhões de euros do que o valor transferido no ano anterior enquanto o IMT foi responsável pela transferência de 852 milhões de euros, o que representa um crescimento de cerca de 39% em relação ao período homólogo A derrama, associada directamente à liquidação do IRC, mas cuja taxa é fixada pelos respectivos municípios, podendo variar entre 2,5% e 10%, também obteve uma receita de 315,4 milhões de euros, traduzindo-se numa variação positiva de 2006 para 2007 de 12,3%. O aumento da receita cobrada e transferida para as autarquias é fruto ainda da reforma da tributação do património que, apesar de ocorrida no final de 2003 e início de 2004, continua a ter impacto nos anos subsequentes. Deste modo, a subida progressiva dos valores patrimoniais por efeito das reavaliações traduziu-se Objectivos Estratégicos num crescimento sustentado da receita das autarquias. 34 2. Reduzir os custos de contexto A redução dos custos de contexto2 que os contribuintes enfrentam no seu relacionamento com a DGCI foi escolhida como área prioritária de intervenção para 2007. Pretendeu-se, assim, que o trabalho no ano transacto se traduzisse em ganhos significativos na qualidade e celeridade do serviço prestado aos contribuintes nas diferentes situações em que estes interagem com a Administração Fiscal, sendo que a estratégia a adoptar nesta área assentou nas seguintes vertentes: • Simplificação do cumprimento das obrigações fiscais; • Melhoria da qualidade de atendimento; • Optimização da disponibilização de serviços na Internet; • Avaliação da qualidade do serviço prestado 2.1 Simplificação do cumprimento das obrigações fiscais Entre as medidas adoptadas no âmbito desta vertente de actuação destacam-se: • A implementação do pré – preenchimento das declarações modelo 3 de IRS, que abrangeu os rendimentos de trabalho dependente e de pensões, bem como as retenções na fonte relativas a estes rendimentos, tendo sido pré – preenchidas mais de 1,8 milhões de declarações. O pré-preenchimento garante uma maior fiabilidade da informação entrada no sistema e, consequentemente, das liquidações daí resultantes; • A expansão do sistema de alertas, implementado pela primeira vez em 2006, que permite aos contribuintes a correcção imediata de erros de preenchimento, evitando deslocações aos Serviços de Finanças para esclarecer as divergências detectadas. A utilização massiva de alertas funciona como factor atenuante de conflitos e contribui para • A criação de 127 postos públicos de Internet em igual número de Serviços de Finanças, dirigidos particularmente a segmentos de contribuintes menos aptos ao uso das tecnologias de informação, o que resultou em mais de 31 mil declarações electrónicas preenchidas nos postos disponibilizados; 2 Os custos de contexto consistem em obstáculos estruturais, práticas, regulamentos (ou ausência destes) contrários a uma atmosfera propícia ao investimento, o que reduz a competitividade da economia; os principais custos deste tipo estão ligados ao funcionamento da Administração Pública, à legislação e à falta de formação profissional. Objectivos Estratégicos aumentar a fiabilidade dos elementos declarados; 35 • A instituição de um novo modelo de prestação de contas, a Informação Empresarial Simplificada (IES) que agregou, numa única declaração, a informação prestada a quatro entidades: Ministério das Finanças, Ministério da Justiça, Banco de Portugal e Instituto Nacional de Estatística; • A eliminação das certidões comprovativas de inexistência de dívidas fiscais através da disponibilização da informação sobre dívidas para efeitos de aplicação de benefícios e determinação da situação tributária do contribuinte; • A simplificação das obrigações fiscais de não residentes através de: (i) redução a metade dos doze formulários existentes para a aplicação das convenções sobre eliminação da dupla tributação; (ii) introdução da emissão on-line de certificados de residência fiscal; (iii) alteração de representante legal via Internet, permitindo aos contribuintes não residentes nomear ou alterar por esta via, os representantes que possuam no território nacional. • A informatização de 75% de matrizes prediais rústicas, equivalente à recolha de cerca de 8,7 milhões de matrizes dos 11,6 milhões existentes, permitiu, no final do ano de 2007, a disponibilização via Internet duma nova funcionalidade que permite aos contribuintes consultar e obter, de forma gratuita, Cadernetas Prediais dos Prédios Rústicos e as respectivas Certidões de Teor Matricial, evitando deslocações aos serviços de Finanças; • A simplificação do processo de pagamento em execução fiscal, disponibilizando na Internet a emissão do documento único de cobrança (DUC) para pagamento em prestações de dívidas executivas. 2.2 Melhoria contribuinte da qualidade do atendimento prestado ao Tendo em vista a melhoria da qualidade do serviço prestado, realça-se o desenvolvimento das Objectivos Estratégicos interacções entre o Contribuinte e a Administração Fiscal, designadamente através da Internet, 36 telefone e presencial, em resultado da actuação, entre outras, nas condições de acesso a estes canais de comunicação e na capacidade de resposta dos serviços às diferentes solicitações dos contribuintes. De referir, que a condução deste objectivo é sustentada, em parte, pelas sugestões de melhoria obtidas através dos inquéritos que a DGCI promove anualmente com a finalidade de aferir o grau de satisfação do contribuinte face ao tipo de serviço que utiliza. Também as reclamações deduzidas nos serviços ao abrigo da Resolução do Conselho de Ministros (Livro amarelo) têm constituído matéria pertinente para a tomada de decisão no que respeita à melhoria da relação com o contribuinte e da qualidade do serviço prestado. Canal telefónico Salienta-se a implementação de melhorias no Centro de Atendimento Telefónico (CAT) com o reforço dos serviços disponíveis via IVR (Interactive Voice Response), cuja linha telefónica é directa e com um único número de contacto, como meio de minimizar o tempo de espera dos Utentes na obtenção de informações. Tendo em vista o incentivo a entrega pela Internet, concretizou-se a atribuição imediata, on-line, de senhas de acesso às declarações electrónicas (DE), eliminando a espera anterior de mais de cinco dias, e garantiu-se a informação e apoio à entrega das DE, via telefone, transitada da DGITA, bem como à entrega da Informação Empresarial Simplificada (IES). Em resultado das inovações introduzidas, a actividade desenvolvida pelo CAT caracterizou-se por uma forte procura, cifrada em mais de 1 milhão de chamadas a que corresponde um aumento de 108% relativamente a 2006, o que se explica no facto deste canal constituir um meio cómodo, simples e seguro para os cidadãos, reduzindo os custos de contexto associados à satisfação dos seus deveres tributários. Atendimento presencial Esta forma de comunicação continua a ser o canal preferido pelos contribuintes menos aptos ao uso das tecnologias de informação ou pelos que pretendem esclarecimentos mais complexos sobre a sua situação tributária. O atendimento presencial desenvolve-se, essencialmente, nos Serviços de Finanças, no Serviço de Informações Fiscais e nos locais partilhados como as Lojas do Cidadão e Centro de No intuito de dotar AF de melhor imagem para receber os contribuintes que ali se deslocam para cumprir as suas obrigações fiscais, remodelaram-se instalações no sentido de beneficiar o atendimento personalizado e apostou-se, à semelhança de anos anteriores, na qualificação dos colaboradores, ministrando-se mais horas de formação com especial incidência nas áreas de “Gestão Tributária”, e “Sistemas e Tecnologias de Informação”. Para melhorar o atendimento (filas de espera), deu-se ainda continuidade à implementação do sistema de gestão do atendimento (SGA) que consiste numa solução informática destinada a gerir Objectivos Estratégicos Formalidades de Empresas. 37 o atendimento ao contribuinte e a proporcionar uma melhor organização do trabalho nos Serviços de Finanças. Este processo de instalação do SGA teve início em 2006 com a sua implementação em 40 3 Serviços de Finanças, a que acresceram outros 30 serviços em 2007 , seleccionados com base na afluência de contribuintes e na carga de serviço. O SGA constitui um importante instrumento de gestão na medida em que regista numa base de dados central todos os movimentos do atendimento aos contribuintes, verificados num Serviço de Finanças, por balcão de atendimento e em função dos assuntos e subassuntos e respectivos tempos de atendimento e de espera. Com base na informação disponibilizada pela aplicação, o responsável do Serviço pode, em qualquer momento, reafectar os recursos de forma a garantir a obtenção de tempos médios de espera no atendimento, compatíveis com as expectativas dos contribuintes. 2.3 Optimização da utilização da Internet Face aos elevados níveis de adesão à Internet que se têm registado nos últimos anos, a DGCI continua a apostar neste canal como a forma privilegiada de interacção com o contribuinte. Esta opção para além da minimização dos custos para os contribuintes potencia largamente a eficiência da organização. Em 2007, e para além do reforço do universo de serviços disponibilizados, deu-se continuação ao esforço de enriquecimento da ajuda disponível, com especial destaque na criação de ajuda on-line ao preenchimento de declarações. Em paralelo, procedeu-se à reorganização da legislação de suporte com o objectivo de facilitar ao utente a procura de informação relevante e garantir que a mesma se encontra actualizada. A Consulta da Situação Fiscal foi alargada a outros impostos e a informações ainda não Objectivos Estratégicos disponíveis on-line, tendo-se investido no aumento do detalhe da informação e na garantia da 38 actualidade da informação disponibilizada. Nesse âmbito são de relevar os seguintes trabalhos: • Consulta da Situação Financeira Tributária, que inclui, também, a consulta das dívidas e infracções fiscais, indo de encontro ao solicitado no que respeita à disponibilização de uma “posição integrada” do contribuinte face à Administração Fiscal; 3 Ver no capítulo “V - Anexos” os serviços contemplados. • Consulta da fase em que se encontram os processos de IRS suspensos para análise ou fiscalização, assim como a consulta ao estado dos processos de reclamação. Procedeu-se à disponibilização de um conjunto de novos serviços dos quais se podem destacar: • Entrega, consulta e obtenção de comprovativos de declarações de início, alteração e cessação de actividade para contribuintes singulares e colectivos; • Possibilidade de efectuar Pagamentos por Conta, Pagamentos Especial por Conta e Autoliquidação de IRC via Internet; • Realização do pré-preenchimento de declarações de IRS para valores de rendimento e retenções na fonte de trabalho dependente e pensões; • Entrega e consulta de reclamações de IRS, IRC, IVA, Retenções na Fonte e IMI; • Obtenção de certidões de não dívida, tendo-se posteriormente simplificado o processo com a substituição da certidão por uma consulta da entidade interessada (se previamente autorizada pelo próprio contribuinte); • Consulta às Matrizes Prediais Urbanas pelos Notários e Peritos e consulta de Cadernetas Prediais Rústicas; • Disponibilização da possibilidade de nomear representantes por parte dos Sujeitos Passivos Singulares e Colectivos e Não Residentes; • Emissão, consulta e verificação de Certificados de Residência Fiscal; • Entrega e actualização do Número de Identificação Bancária (NIBAN) para Sujeitos Passivos Singulares; • Consulta e resposta de pedidos de penhoras de Rendas, Certificados de Aforro, Pensões. Entrega e emissão de DUC para penhoras de retenções a fornecedores. Entrega e pesquisa de pedidos de penhora por Entidades Terceiras para penhoras de Créditos; • Entrega da Retenção de Pagamentos de entidades públicas a fornecedores com dívidas; • Entrega de pedidos de restituição de IVA pelas Entidades Religiosas, IPSS, Cooperativas de Diplomáticas e Organismos Internacionais, abrangidos pelo D.L. 20/90 de 13 de Janeiro e 143/86 de 16 de Junho; • A emissão do documento único de cobrança (DUC) na Internet para pagamento em prestações de dívidas em execução fiscal. Objectivos Estratégicos Solidariedade Social, Representações Diplomáticas e Consulares, Funcionários de Missões 39 O sítio Declarações Electrónicas registou em 2007, um crescimento superior a 20% dos novos utilizadores, contando, actualmente, com mais de 6 milhões de utilizadores registados o que traduz num crescimento significativo da utilização dos serviços disponibilizados. A entrega das declarações de IRS via Internet atinge em 2007 o máximo histórico de cerca de 2,7 milhões de declarações, ultrapassando em 38% as declarações em papel. Pela primeira vez, a entrega da 1ª Fase pela Internet superou a entrega em papel. Adesão à internet na entrega da declaração Mod.3 de IRS Papel Internet 2.721.631 3.359.244 2.808.166 1.733.372 2.277.254 2.342.365 1.968.648 949.758 2004 2005 2006 2007 As certidões fiscais emitidas on-line aumentaram 193% relativamente ao ano anterior tendo-se emitido, por esta via, mais de 130 mil certidões desde o início de 2007; • A actualização do Número de Identificação Bancária on-line (serviço disponível desde Junho de 2007) atingiu 138 mil actualizações face às 80 mil registadas no canal presencial, o que veio proporcionar maior celeridade e antecipação dos reembolsos pagos por transferência bancária; • O número de documentos únicos de cobrança (DUC´S) emitidos pelos contribuintes e pagos em sede de contra-ordenação aumentou de 16 mil para cerca de 27 mil em 2007, Objectivos Estratégicos representando um crescimento de 67%. 40 2.4 Avaliação da qualidade do serviço prestado A qualidade do serviço prestado pela DGCI pode ser avaliada por iniciativa da própria organização, através de inquéritos construídos para essa finalidade, quer por iniciativa do utente com o recurso aos instrumentos próprios, reclamações, elogios e sugestões. Diagnóstico à qualidade dos serviços Com o objectivo de conhecer o grau de satisfação dos principais grupos de utentes relativamente à qualidade dos serviços prestados nos diferentes canais de comunicação (Internet, presencial, telefónico, e-mail, fax e correio), a DGCI tem vindo, desde 2005, a realizar estudos qualitativos de periodicidade anual, mediante a disponibilização nos seus sítios (DGCI e Declarações Electrónicas) de questionários dirigidos aos Utentes Internet, Técnicos Oficiais de Contas (TOC´ s) e Notários. Este diagnóstico é elaborado no contexto do projecto Sistema Integrado de Apoio ao Contribuinte (SIAC) e constitui um instrumento que permite à DGCI melhorar continuamente os serviços que presta aos seus “clientes”, privilegiando o atendimento self-service e promovendo a qualidade dos serviços nos diferentes canais de comunicação. Em 2007 foram obtidas 4 017 respostas ao questionário dirigido aos utentes da Internet, 1 889 respostas dos TOC’s e 75 dos Notários. De salientar que o número de respostas obtidas registou um aumento relativamente ao ano anterior o que indicia a confiança dos utentes na utilidade deste tipo de instrumento. Os resultados obtidos são, globalmente, positivos, quer no que se refere à avaliação da qualidade dos serviços prestados, quer no que respeita à evolução percepcionada pelos utentes relativamente ao ano anterior, e permitem ainda constatar que o canal Internet tem vindo a assumir um papel cada vez mais relevante nas interacções que os diferentes grupos de utentes mantêm com a Administração Fiscal, registando elevados níveis de satisfação que validam a aposta que tem vindo a ser feita, visando incentivar o uso deste canal electrónico. de forma frequente ou muito frequente, conforme é evidenciado pelo gráfico infra. Os Serviços/Direcções de Finanças (atendimento presencial) aparecem em segundo lugar nos índices de utilização, seguidos dos canais e-mail e telefónico, sendo de destacar que, para os TOC’s estes canais, nomeadamente os Serviços/Direcções de Finanças, assumem ainda alguma relevância, tendo cerca de 43% dos TOC’s afirmado que a eles recorrem de forma frequente ou muito frequente. Objectivos Estratégicos Mais de 80% dos utentes do canal Internet e mais de 92% dos TOC’s indicaram utilizar este canal 41 Formas de Contacto com Administração Fiscal Respostas "Muito Frequente" e/ou "Frequente" 92,9% 80,5% 100,0% TOC's 43,3% 50,0% 31,6% 21,3% 24,5% Utentes 28,0% 12,5% 9,2% 4,0% 0,0% t rne Inte S nan . Fi Dir / . r e ail Em ças e Tel e fon io rre Co x /Fa No que se refere à apreciação global dos serviços prestados, o canal Internet é – conforme já antes referido – aquele que regista a melhor apreciação global, tendo mais de 91% dos TOCs, 89% dos Notários e 84% dos Utentes Internet considerado como muito bons ou bons os serviços prestados por este canal, situação que se encontra evidenciada no gráfico seguinte. O canal e-mail evidencia a segunda melhor apreciação com 54,5% dos TOCs, 56,5% dos Notários e 57,8% dos Utentes Internet a considerarem que os respectivos serviços são muito bons ou bons. Seguem-se os Serviços de Finanças com, respectivamente, 42%, 42,2% e 31,5% e, finalmente, o canal telefónico é o que regista menores percentagens de apreciação “Muito Bom” ou “Bom”, com, respectivamente, 31,5%, 40,5% e 26,5%. Apreciação Global dos Serviços Prestados pela Administração Fiscal 49,0% Internet - Utentes Internet - TOC's 41,6% Internet - Notários 40,5% 7,1% SF - TOC's 7,4% 34,6% SF - Notários 7,0% 35,2% Telefone - TOC's 4,2% 7,2% Telefone - Notários 0% 22,5% 46,1% 11,9% 49,3% 8,5% 37,9% 27,3% 35,6% 44,1% 33,3% 24,4% 44,9% 25% 50% Muito bom Bom 0,0% 10,9% 46,0% 21,3% 0,3% 9,5% 15,8% 32,6% 24,4% 2,5% 8,5% 17,4% 29,7% 47,8% SF - Utentes Telefone - Utentes 5,2% 24,8% 40,1% 8,7% Email - Notários Objectivos Estratégicos 38,3% 14,4% Email - TOC's 10,0% 50,0% 19,5% Email - Utentes 42 38,5% 49,5% Razoável 14,5% 75% Mau 100% É ainda de destacar que a percentagem de apreciação positiva (isto é, com respostas “Muito Bom”, “Bom” e “Razoável”) é superior a 75% para quase todos os canais e para os diferentes grupos de utentes, e de 64,4% para o canal telefónico. É ainda de realçar o elevado número de sugestões apresentadas pelos inquiridos, especialmente pelos TOC’s, no sentido de serem disponibilizados cada vez mais e melhores serviços on-line, o que tem estimulado a actuação da DGCI no sentido de privilegiar o canal Internet no relacionamento com os utentes. Este tipo de diagnóstico constitui, assim, um importante instrumento para a melhoria no relacionamento entre a Administração Fiscal e os contribuintes, na medida em que permite identificar as necessidades e as dificuldades por estes sentidas e, subsequentemente, aumentar a diversidade e a qualidade dos serviços que lhes são prestados. Reclamações do “Livro Amarelo” A qualidade do serviço prestado mede-se também pelas reclamações deduzidas nos Serviços, ao abrigo da Resolução de Conselho de Ministros -RCM n.º 189/96, de 28 de Novembro – v.g. Livro Amarelo. Em 2007 foram registadas nos serviços da DGCI, 1 472 reclamações deste tipo. Neste total encontram-se incluídas 106 reclamações provenientes das Lojas do Cidadão, 6 lavradas nas Direcções de Finanças e 23 reclamações, classificadas como apreciação positiva dos Serviços/Funcionários. O exercício deste direito por parte do contribuinte traduz normalmente o seu descontentamento face aos serviços que lhe são prestados e podem ter origem em motivos diversos, dos quais se destacam as questões relacionadas com a organização, funcionamento e qualidade dos serviços. A “Mora no Atendimento” é o aspecto mais reclamado com 21% das reclamações, seguido da “Qualidade Atendimento/Relações Humanas” e da “Qualidade/Conhecimentos Técnicos” com O teor da reclamações constitui, desde sempre, matéria pertinente para a AF, porquanto é um indicador de qualidade dos serviços prestados e instrumento de gestão que permite detectar os pontos fracos e tomar em tempo oportuno as medidas destinadas a dotar os serviços com os recursos necessários e suficientes à satisfação das necessidades e anseios dos cidadãos e à avaliação da melhoria da eficiência e eficácia dessas na execução dos objectivos organizacionais. Objectivos Estratégicos 13,7% e 13,2%, respectivamente. 43 Área de Organização, Funcionamento e Qualidade Sugestões de Procedimentos 2,1% Sistemas de Marcação de Vez 7,9% Sistema Informático 8,7% Sinalização para auto-encaminhamento Reclamação Ininteligível 1,4% 0,5% Qualidade Atendimento / Relações Humanas 13,7% Qualidade Atendimento / Conhecimentos Técnicos 13,2% Mora na Resolução / Satisfação do Pedido 6,8% Mora Atendimento Identificação dos Funcionários 21,0% 0,3% Horário de Atendimento 4,6% 6,6% Funcionamento Deficiente dos Serviços Escassez Recursos Humanos Equipamentos / Inexistência / Deficiencia 1,6% 2,1% 4,6% Direito de Preferencia / Prioridade Apreciação Positiva Serviços / Funcionários Objectivos Estratégicos Acessibilidades / Condições de Acolhimento 44 2,2% 2,8% 3. Reduzir os níveis de evasão e fraude fiscais/combater a economia paralela As actividades desenvolvidas pela DGCI no âmbito do combate à fraude e evasão fiscais materializam-se em: (i) controlos automatizados relativamente a um largo espectro de contribuintes; (ii) procedimentos de auditoria efectuados pela Inspecção Tributária para um número mais reduzido de contribuintes visando avaliar a sua situação tributária; (iii) acções de investigação quando se está perante violações graves das normas tributárias. Em 2007, a estratégia da DGCI neste domínio foi caracterizada pela prioridade dada às formas complexas de fraude fiscal e pela focagem nos contribuintes que operam fora do sistema, designadamente através do reforço da actuação da DSIFAE e da colaboração com outras instituições com funções inspectivas. A Inspecção Tributária deu ainda continuidade às acções que vêm sendo adoptadas no sentido de desenvolver uma maior percepção do risco de incumprimento junto do público, de forma a induzir o aumento dos níveis de cumprimento voluntário. 3.1 Controlo automático de contribuintes Alertas no preenchimento e recepção da declaração Modelo 3 de IRS Foi intensificado o sistema de alertas4 implementado em 2006, visando evitar erros/omissões no preenchimento das declarações Modelo 3 entregues pela Internet. Deste modo, foram exibidos alertas em cerca de 40% das 2 786 253 declarações de IRS recepcionadas em 2007 por via electrónica, sendo que 30% das declarações em que o sistema detectou divergências na validação foram corrigidas antes da submissão. Nos casos em que se mantiveram as situações de divergência, os contribuintes foram notificados para prestar esclarecimentos. Estas situações ocorreram em número substancialmente inferior ao registado no ano passado, tendo sido permitido aos contribuintes prestar esses esclarecimentos Controlo de divergências na recepção da declaração modelo 3 do IRS No que respeita ao tratamento das declarações Modelo 3 relativas a rendimentos do ano de 2006, voltou-se a aplicar o sistema de controlo automático de divergências, designadamente a rendimentos e retenções na fonte acima de determinados valores previamente estabelecidos. 4 Este sistema assenta no cruzamento da informação constante das bases de dados da DGCI, nomeadamente das declarações Modelo 10, com os valores inscritos pelos contribuintes nas declarações submetidas pela Internet. Objectivos Estratégicos electronicamente, em alternativa à deslocação aos Serviços de Finanças. 45 Do universo de declarações 2006 submetidas ao referido controlo (cerca de 4,3 milhões), resultou a detecção de cerca de 138 548 divergências. Do conjunto de declarações assinaladas como divergentes, 66 921 evoluíram sem qualquer alteração e 51 076 foram corrigidas por ter sido identificado um erro imputável ao contribuinte. Controlo das retenções na fonte de IRS A receita do IRS é fundamentalmente arrecadada através do mecanismo de retenção na fonte, pelo que, sendo uma área de risco, carece de adequado acompanhamento. Neste âmbito, foram identificadas 179 500 declarações sem meio de pagamento, tendo sido emitidas as correspondentes certidões de dívida. Do montante emitido, cerca de 36% já foi pago em sede de execução fiscal. Em 2007 procedeu-se igualmente ao controlo dos sujeitos passivos que em 2006 apresentaram divergências entre o montante das retenções constantes da declaração Modelo 10 e o montante dos pagamentos constante das declarações de retenção. Controlo do pagamento especial por conta No âmbito do controlo automático do cumprimento das obrigações fiscais, com a consequente instauração de processos de contra-ordenação, a entrega do pagamento especial por conta tem vindo a ser objecto de controlo, o que se reflectiu na diminuição dos casos de incumprimento. Assim, em 2007, apenas foram detectados cerca de 27 000 faltosos. 3.2 Avaliação da situação tributária de contribuintes Extinção de benefícios fiscais por existência de dívidas (artigo 12º EBF) Em 2007, foram reliquidadas 2 514 declarações do ano de 2005 respeitantes a contribuintes cujo Objectivos Estratégicos direito a benefícios fiscais cessou em virtude da existência de dividas de impostos. Destas liquida- 46 ções apurou-se cerca de 933 000 euros de imposto. Foram ainda reliquidadas 1 264 declarações do ano de 2006 nas mesmas condições. Controlo do não reinvestimento ou do reinvestimento parcial relativo às mais valias de imóveis Foram efectuadas cerca de 5 900 reliquidações de declarações do ano de 2004, em que foi declarada intenção de reinvestimento sem que o mesmo se tenha verificado nas declarações de 2005 ou de 2006. Controlo do cumprimento dos artigos 31º-A do CIRS e 58º-A do CIRC Através do cruzamento entre a informação fornecida pela declaração modelo 11 (apresentada pelos Notários) e a base de dados do IMT, foram controladas as divergências entre os valores de transmissão de imóveis declarados pelos sujeitos passivos e os valores resultantes da avaliação para efeitos daquele imposto, nos termos dos artigos 31º-A do CIRS e 58º-A do CIRC, tendo sido detectados os seguintes contribuintes com divergências: Controlo de divergências Art.º 31.º A do CIRS Art.º 58.º A do CIRC Nº. Contribuintes 6.646 3.869 4.172 2.655 2004 3.625 2.410 2005 2006 Liquidações Oficiosas Como forma de reacção ao incumprimento declarativo, os Códigos do IRC e do IVA permitem a obrigado. Assim, foram efectuadas as seguintes liquidações oficiosas, relativamente aos exercícios indicados: Objectivos Estratégicos emissão de liquidações oficiosas quando o contribuinte não efectue a autoliquidação a que está 47 Número de Liquidações Número de Liquidações Oficiosas (IRC e IVA), por ano de emissão 160.000 140.000 120.000 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 68.200 11.414 2005 137.829 8.676 95.359 8.602 2005 2007 Anos Liquidação de IVA Liquidação de IRC Fonte: DGCI No âmbito do IVA, o número de liquidações, em 2007, é significativamente inferior ao registado no ano anterior já que, em 2006, foi efectuado o fecho de dois anos, recuperando-se o atraso nos fechos de período até então existente.Os montantes das liquidações efectuadas constam do gráfico seguinte: Valores das Liquidações Oficiosas (IRC e IVA) Milhões de euros 250 200 150 100 98 50 0 111 2005 218 55 2005 Anos IVA IRC 158 59 2007 Fonte: DGCI Objectivos Estratégicos No âmbito do IRC, o número de liquidações decresceu em 2007, mas o seu valor global registou 48 um ligeiro crescimento relativamente a 2006. Controlo automático da dedução de prejuízos fiscais No que toca ao controlo das autoliquidações, a funcionalidade informática que efectua a validação dos prejuízos fiscais deduzidos e declarados pelos sujeitos passivos foi também utilizada relativamente a declarações correspondentes a 2006. Face ao elevado peso de prejuízos fiscais dedutíveis, que são reportados para os exercícios seguintes, reduzindo a matéria colectável sujeita a imposto, a funcionalidade em causa reveste-se da maior importância, porque previne e corrige erros declarativos que, doutro modo, dificilmente seriam detectados e exigiriam, em particular, a intervenção da Inspecção Tributária. Foram identificadas divergências em 2 139 declarações Modelo 22 cujas correspondentes correcções à matéria colectável ascenderam a € 113 milhões. Saneamento do cadastro Na sequência das alterações legislativas introduzidas no Código do IRC, procedeu-se, em 2006, ao saneamento do cadastro do IRC, tendo em vista a declaração de cessação oficiosa dos sujeitos passivos não declarantes em IRC desde 2001 e sem evidência do exercício de qualquer actividade. Em 2007, após o saneamento do cadastro de sujeitos passivos de IRC, efectuou-se o controlo em sede deste imposto dos sujeitos passivos não declarantes, mas com manifestações de actividade, identificadas nas bases de dados da DGCI em resultado do cumprimento de obrigações acessórias. Outras acções de controlo Em 2007, foram ainda executadas acções de controlo nas seguintes áreas: • Sujeitos passivos colectivos com reembolso de IRC, em 3 anos consecutivos, não provocado por pagamentos por conta ou pagamento especial por conta; • Sujeitos passivos colectivos com diferença entre o volume de negócios declarado na Declaração Anual, Anexo A, e o total das operações que deram lugar ao apuramento de IMT; • Sujeitos passivos de IRC e IRS com subsídios pagos por institutos públicos mas que não entregaram a Declaração de Rendimentos ou apresentam desvios face aos valores declarados na Declaração Anual; • Sujeitos passivos que, em 2004 e 2005, não entregaram a Declaração Modelo 3 de IRS, mas • Sujeitos passivos de IRS que efectuaram alienações de acções e não entregaram o Anexo G e ou G1 da Declaração Modelo3; • Sujeitos passivos de IRC que manifestaram o exercício de actividade em 2004 ou 2005 e não entregaram a Declaração Modelo 22 dos respectivos anos; • Sujeitos passivos de IVA em situação de reporte de crédito de IVA em períodos sucessivos; Objectivos Estratégicos são indicados no Modelo 10 da Declaração Anual como tendo recebido rendimentos; 49 • Sujeitos passivos que em 2006 apresentam divergências entre o montante das retenções constantes da declaração Modelo 10 e o montante dos pagamentos constante das declarações de retenção; • Sujeitos passivos que em 2005 apresentam um valor de endividamento perante os sócios não compatível com o rendimento declarado por estes. 3.3 Acções de Investigação Acções conjuntas com outras entidades inspectivas Assistiu-se a uma potenciação dos efeitos deste tipo de acções com a sistematização da recolha de elementos em suporte digital, os cruzamentos de bases de dados e a análise de equipamentos e sistemas (auditoria informática). Assim, em 2007, incrementou-se a cooperação inspectiva, realizando-se acções conjuntas com outras entidades, designadamente a Inspecção dos Centros Regionais de Segurança Social (SS), a Brigada Fiscal da Guarda Nacional Republicana (BF-GNR), a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), e a Polícia de Segurança Pública (PSP), com vista criar sinergias de actuação e salvaguardando-se as especificidades de cada uma em termos de actuação no terreno, bem como as limitações impostas pelo dever de sigilo fiscal. Foi também reforçada a cooperação com a Polícia Judiciária, incrementando-se o número de brigadas mistas, com o objectivo de combater a criminalidade organizada. Quadro - Acções Conjuntas - 2007 Comércio Construção Civil Diversão e Lazer Veículos Total Acções Conjuntas Controlo Bens Circulação Aveiro 10 2 0 4 16 11 27 Beja 15 3 4 1 23 6 29 Braga 20 2 2 3 27 23 50 Bragança 4 2 0 3 9 15 24 Castelo Branco 2 1 1 2 6 16 22 Coimbra 8 4 4 3 19 48 67 Évora 10 3 3 2 18 9 27 Faro 10 0 4 7 21 16 37 Objectivos Estratégicos Distritos 50 TOTAIS Guarda 6 2 1 1 10 11 21 Leiria 13 6 6 5 30 11 41 Lisboa 258 31 161 2 452 54 506 3 2 6 0 11 12 23 Portalegre Comércio Construção Civil Diversão e Lazer Veículos Total Acções Conjuntas Controlo Bens Circulação TOTAIS Porto 17 17 22 15 71 109 180 Santarém 21 2 5 2 30 13 43 Setúbal 3 1 4 2 10 16 26 Viana do Castelo 6 3 2 2 13 18 31 Vila Real 4 4 1 1 10 23 33 Viseu 11 1 1 2 15 15 30 TOTAL 421 86 227 57 791 426 1217 Distritos Fonte: DGCI Foram ainda definidas, centralmente, metodologias de actuação aplicáveis a cada um dos sectores recomendados, visando harmonizar a actuação no terreno, designadamente, quanto a procedimentos de controlo e recolha de elementos relevantes. Troca de informações com outras administrações fiscais Procedeu-se à troca de informação em matéria de IVA, no âmbito do Regulamento (CE) nº 1798/2003 do Conselho, de 7 de Outubro de 2003, tendo-se remetido aos outros Estados Membros 622 pedidos de informação e recebidos 446. Foram ainda concluídos 979 procedimentos de pedidos de troca de informação em 2007, dos quais 548 foram iniciados em anos anteriores. No que respeita à troca de informação prevista nos artigos 17º a 19º do referido Regulamento (troca de informação a título espontâneo), foram recebidas 135 informações espontâneas e enviadas 97. Divergências nas aquisições intracomunitárias Realizaram-se acções de controlo, dirigidas a sujeitos passivos que apresentavam fortes indícios da prática de evasão, no domínio do comércio intracomunitário, procurando identificar redes de fraude carrossel. O controlo do IVA das aquisições intracomunitárias dirigiu-se, preferencialmente, a sujeiExchange System (VIES), e, em particular, aos que não entregaram declarações periódicas ou apresentavam divergências entre a informação constante do VIES e a informação existente na base de dados da DGCI. As acções de controlo tiveram como objectivo verificar as razões da não entrega da declaração periódica do IVA e/ou o não preenchimento do campo 10 da mesma, nos Objectivos Estratégicos tos passivos que apresentavam graves anomalias no âmbito do sistema VAT Information 51 casos em que foi comunicada por outros Estados Membros a realização de aquisições intracomunitárias. Controlo dos sujeitos passivos com sistemas de facturação automatizada A Inspecção Tributária tem vindo a prestar particular atenção à crescente utilização de programas de facturação, nomeadamente no sector do retalho, e aos riscos de fraude que lhe podem estar associados. Em 2007, face à constatação da existência de programas de larga implantação no sector de retalho, foi dada continuidade à estratégia, iniciada no ano anterior com a operação self-service, visando a penalização dos utilizadores e, igualmente, dos revendedores e produtores desse software, como elementos “facilitadores” da fraude fiscal. Actividades artísticas e de espectáculo Foi realizado um estudo sobre o mundo dos espectáculos de música ao vivo, visando habilitar a IT com conhecimentos do sector que lhe permitam desenvolver acções inspectivas com metodologias homogéneas, privilegiando a troca de informações entre os serviços inspectivos das DF, dada a mobilidade dos operadores deste sector no todo nacional e as dificuldades muitas vezes observadas na sua identificação. Em 2007 procedeu-se à identificação de um conjunto de sujeitos passivos que, pela análise do respectivo comportamento fiscal foram considerados de risco, tendo sido delineado um plano de actuação a nível nacional, coordenado a nível central. As acções inspectivas iniciaram-se no último trimestre de 2007. Levantamento do sigilo bancário Foram instaurados 1 067 procedimentos para efeitos de levantamento do sigilo bancário, sendo que 978 foram resolvidos por autorização voluntária ou notificação do projecto de Objectivos Estratégicos decisão de levantamento do sigilo. 52 4. Consolidar o processo de modernização da justiça tributária e cumprir o objectivo da cobrança executiva A modernização da justiça tributária, assente na simplificação, informatização e automatização de procedimentos, tem sido uma das prioridades da DGCI nos últimos anos. Esta estratégia, iniciada em 2005, na sequência da elaboração e aprovação do Plano Estratégico para a Justiça e Eficácia Fiscal (PEJEF) e complementada anualmente pelo Plano de Actividades da Justiça Tributária (PAJUT), tem conduzido à obtenção de resultados muito positivos, a seguir explicitados. É de salientar que o bom desempenho nesta área tem reflexos directos quer ao nível da receita, quer ao nível do cumprimento voluntário, pois aumenta a percepção que o público tem do risco associado ao incumprimento das obrigações fiscais e dos respectivos custos. 4.1 Modernização e desenvolvimento de sistemas O PEJEF atingiu a sua maturidade em 2007, com a entrada em produção de um vasto conjunto de aplicações informáticas que desmaterializam o processo executivo e simplificam inúmeros procedimentos até agora manuais, a saber: • O Sistema de Compensações (SISCO) de dividas com reembolsos, que aplica os reembolsos dos devedores, no pagamento das dividas; • O Sistema de Controlo de Benefícios Fiscais (SICBEF) que cancela os benefícios dos devedores; • O Sistema de Publicitação dos devedores (SIPDEV), que efectua a gestão do procedimento da publicitação; • O Sistema Informático de Penhoras Automáticas (SIPA), que automatizou a detecção de bens penhoráveis e as operações de penhora; • O Sistema de Gestão de Vendas Coercivas (SIGVEC) que automatizou todo o procedimento • O Sistema de Gestão de Procedimentos de Revisão Administrativa (SIGEPRA), que informatizou os procedimentos de reclamação graciosa; • O Sistema de Contra – Ordenações (SCO), que permitiu a detecção de todas as infracções fiscais e a tramitação dos processos de contra - ordenação. Foi ainda disponibilizada na Internet informação das dívidas e infracções e funcionalidades de pagamento e das interacções relativas a penhoras e vendas e ainda de reclamações graciosas. Objectivos Estratégicos de venda e disponibilizou na Internet os anúncios de bens em venda; 53 4.2 Resultados obtidos A eficácia das medidas que têm vindo a ser adoptadas, em matéria de execução fiscal, é claramente demonstrada pelos resultados obtidos, designadamente no que se refere a: • Receita coerciva; • Evolução da instauração da dívida • Evolução do saldo da dívida • Evolução da cobrança de coimas • Evolução do tempo médio de pendência dos inquéritos criminais e do tempo médio de conclusão de reclamações graciosas Receita coerciva Em 2007, foi ultrapassado o objectivo de cobrar 1 600 milhões de euros, já que a receita coerciva registou um crescimento de, aproximadamente, 6% relativamente ao ano anterior, o que se traduziu na superação do objectivo fixado em cerca de 33 milhões de euros. O gráfico infra ilustra a evolução anual da cobrança coerciva no período 2004-2007, com e sem o regime excepcional de regularização excepcional de dívidas aprovado pelo DL n.º 248-A/2002, de 14/115. Evolução anual da cobrança coerciva (milhões de euros) 1.419,51.387,8 1.545,51.518,0 1.632,91.610,7 1.055,61.013,4 Objectivos Estratégicos 2004 54 2005 Cobrança Total 2006 2007 Cobrança s/Perdão Fiscal Fonte: NMJT 5 O DL 248-A/2002, permitiu a regularização das dívidas fiscais com a redução das custas, coimas e juros. O comportamento da cobrança coerciva tem sido pautado pelo crescimento nos últimos anos, apresentando nos períodos 2005/2004 e 2006/2005 acréscimos de +35% e +9%, respectivamente. Em 2005 a DGCI havia ultrapassado o recorde de cobrança coerciva alcançado em 2002 com o já referido DL n.º 248-A/2002, de 14 de Novembro. Este pico de cobrança foi consolidado e ultrapassado sucessivamente em 2006 e 2007 com novos máximos históricos, agora sem o efeito das facilidades concedidas pelo regime excepcional de 2002. Verifica-se, assim, que a introdução das novas tecnologias e as metodologias adoptadas na gestão da dívida executiva substituíram, com ganhos de eficácia, os efeitos daquele perdão fiscal. Durante o ano de 2007 continuou a ser dada especial ênfase à efectivação de penhoras de bens e à realização de vendas, já que o objectivo de forte incremento na cobrança coerciva passava pela realização massiva destas diligências. O número de penhoras automáticas marcadas acelerou a partir do final de 2005, em consequência da implementação do Sistema Informático de Penhoras Automáticas (SIPA), tendo registado taxas de crescimento de 556% e 110% nos anos 2006/2005 e 2007/2006, respectivamente. Penhoras automáticas marcadas 800.000 600.000 400.000 200.000 2005 2006 2007 Nº Penhoras automáticas marcadas Fonte: NMJT A penhora, de forma sistematizada, de bens e direitos de elevada liquidez tais como as acções e outros valores mobiliários, produtos financeiros, contas bancárias, créditos de empresa sobre clien- também de forma indirecta, para o aumento do cumprimento voluntário das obrigações fiscais por parte dos contribuintes. Também a publicitação da “Lista de devedores”, implementada pela primeira vez em 2006, constitui um importante instrumento persuasivo de regularização de dívidas fiscais e de indução do cumprimento voluntário. A eficácia desta medida encontra-se espelhada no gráfico seguinte, que contém, numa perspectiva evolutiva, os valores mensais e acumulados da cobrança de dívidas. Objectivos Estratégicos tes, veículos automóveis e bens imóveis, tem contribuído para a eficácia da cobrança coerciva e, 55 Eficácia na publicitação da lista de devedores Valor Cobrado Valor Acumulado 242 € 199 € 170 € 143 € 91 € Abr 15 21 26 29 43 Dez Mar 16 Nov Fev 22 Out Jan 18 Set 13 Ago 26 Jul 12 Jun 11 122 € 69 € Mai 38 € 23 € 51 € 107 € Fonte: NMJT Em resultado do procedimento anterior à publicitação dos devedores (definição dos limites das dividas e audição prévia dos contribuintes com o envio do projecto de decisão de publicitação), foram efectuadas regularizações voluntárias no montante de 300 milhões de euros. Refira-se ainda que, com a entrada em produção do SIGVEC em 2006, as vendas coercivas, cresceram um crescimento significativo, como se pode verificar no gráfico infra: Vendas Coercivas SEF SIGVEC Taxa de Crescimento 25000 3,79 20000 15000 10000 0 0,57 0,93 5000 0 Objectivos Estratégicos 2004 56 2005 2006 2007 Fonte: NMJT Tal sucedeu porque o SIGVEC simplificou o procedimento de marcação de vendas, tendo também automatizado um conjunto de tarefas até então manuais. Evolução da instauração da dívida A instauração de dívida tem vindo a decrescer pelo facto da arrecadação da receita ocorrer cada vez mais na fase de cobrança voluntária. Com efeito, o tempo médio que decorre entre o vencimento do prazo para pagamento voluntário e o momento de instauração dos processos executivos tem vindo a diminuir, o que representa uma pressão adicional para os contribuintes liquidarem atempadamente os seus impostos. Como se pode ver no gráfico abaixo, a instauração de dívida executiva está em queda desde 2005: 4.233 4.048 3.942 Instauração 3.601 3.362 3.128 3.116 2.921 2.179 2.244 2.490 2.426 1.733 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: NMJT Como se pode constatar, o incumprimento do dever de pagamento dos impostos pelos contribuintes tem vindo a diminuir substancialmente nos últimos 3 anos. O gráfico seguinte compara a evolução do volume de dívida vencida (impostos não pagos nos prazos legais de pagamento voluntário) com a evolução das receitas fiscais totais, obtendo-se, deste modo, o grau de incumprimento do dever de pagamento voluntário: 14,8% 13,9% 13,3% 13,1% 12,6% 11,9% 11,2% 11,0% 10,3% 9,7% 8,7% 1995 1996 Fonte: NMJT 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Objectivos Estratégicos 11,2% 10,2% 57 Constata-se que apenas 8.7% dos impostos liquidados aos contribuintes não são voluntariamente pagos, o que revela um grau de cumprimento do dever de pagamento voluntário de 91.3%, o mais elevado em todo o período analisado. Os ganhos obtidos com a implementação deste Plano de Modernização da Justiça Tributária medem-se somando o aumento da cobrança coerciva com o aumento da cobrança voluntária (a diminuição da dívida vencida) e comparando o desempenho verificado com o que teria ocorrido caso se mantivessem os anteriores pressupostos. O gráfico seguinte revela a receita fiscal adicional (em milhões de euros), que o projecto proporcionou ao Estado: 2.373 1.841 829 372 2004 2005 2006 2007 Fonte: NMJT Comparando o acréscimo de receita obtido com o PIB, obtém-se o peso da receita fiscal no PIB o qual se evidencia no gráfico seguinte: 1,49% 1,20% 0,56% 0,26% Objectivos Estratégicos 2004 58 2005 2006 2007 Fonte: NMJT Pode, por isso, concluir-se que a diminuição do défice orçamental português passou, também, pela excepcional performance da cobrança coerciva (com efeitos, inequívocos, na cobrança voluntária), principalmente nos últimos dois anos. Evolução do saldo da dívida Em 2007, o saldo da dívida reduziu-se de 5% relativamente ao valor registado em 2006, conforme é evidenciado no gráfico seguinte. 9% Saldo final da dívida 4% 2004 2005 -5% -5% 2006 2007 Fonte: NMJT A evolução registada deve-se, em grande medida, à actuação da justiça tributária, nas seguintes vertentes: • Saneamento do stock da divida, através da identificação e arquivamento dos processos em que esta já estava prescrita (81 462 processos de execução fiscal) ou anulada e declarando em falhas os processos dos contribuintes que não possuíam quaisquer bens penhoráveis no sistema (através da qualificação dos dados do SEF); • Controlo da cobrança e instauração da dívida; • Acompanhamento permanente dos devedores estratégicos, os quais concentram um maior volume de dívidas fiscais (através do SIGIDE); • Identificação de todos os contribuintes que possuem dívidas com bens penhoráveis (através do SIPA); • Gestão automática da penhora de valores mobiliários (contas bancárias, PPA, CPH, PPR e PPE), através de instituições de crédito, dos salários e pensões através das entidades patronais, dos veículos e imóveis por interface com as respectivas conservatórias, e dos certifica- • Rentabilização e exploração dos recursos tecnológicos nomeadamente dos sistemas operativos de penhoras automáticas (SIPA), vendas coercivas (SIGVEC), publicitação da lista de devedores na Internet (SIPDEV), devedores estratégicos (SIGIDE) e da aplicação informática “Aplicação de Fundos” destinada aos fundos depositados ou penhorados com vista à afectação desses valores às diversas origens. Objectivos Estratégicos dos de aforro via IGCP; 59 Processos de contra-ordenação/cobrança de coimas O gráfico seguinte demonstra o crescimento galopante da cobrança de coimas nos últimos quatro anos, resultando num aumento de 492%, no período 2003-2007. Este desempenho é muito importante porque reflecte a capacidade efectiva da DGCI em sancionar a fraude, a evasão e o incumprimento fiscais e em cumprir a sua missão. Em 2007, cobrou-se cerca de 226,8 milhões de euros de coimas, i.e., +26,8 milhões que o previsto, o que se traduziu num crescimento de 23%, relativamente ao ano de 2006, e de 13%, relativamente à meta fixada. 226,88 184,63 132,18 76,66 62,50 38,34 26,47 5,76 6,33 7,97 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: NMJT O sucesso do desempenho nesta vertente ficou a dever-se ao aumento da eficiência e à celeridade na penalização das situações de incumprimento, resultantes da implementação do Sistema de Contra-Ordenação (SCO) que permitiu a automatização de todo o procedimento contra-ordenacional. Associado a este facto, realça-se o aumento em 67%, verificado em 2007, dos documentos únicos de cobrança (DUC´ s) emitidos na Internet pelo próprio contribuinte para pagamento das coimas o que se traduz numa arrecadação mais célere das receitas e na diminuição dos custos de cumpri- Objectivos Estratégicos mento. 60 Inquéritos criminais Em 2007 registou-se um aumento de 15% nos inquéritos criminais instaurados, em resultado, por um lado, da instauração de processos de contra-ordenação pela falta de entrega das prestações tributárias e, por outro, da entrada em produção, em Abril de 2007, do Sistema de Inquéritos Criminais Fiscais (SINQUER), que veio permitir o controlo sistematizado da conversão de processos de contra-ordenação em processos de inquérito. Evolução do n.º de Processos de Inquérito 6.000 5.277 4.060 4.000 3.866 5.274 5.015 4.735 5.000 4.335 4.225 4.791 4.597 4.295 3.683 3.000 2.000 1.000 0 2004 2005 2006 Instaurados Findos 2007 Saldo Fonte: NMJT O gráfico acima mostra os resultados obtidos com a nova aplicação que gere a tramitação dos processos e dispõe de interfaces automáticos (com os sistemas de reclamações e contraordenações) e manuais (com o Ministério Público), para efeitos de decisão. Analisadas as instaurações efectivadas quanto ao tipo de crime, verifica-se que o abuso de confiança fiscal é o crime predominante, representando as situações de fraude fiscal apenas um quinto das de abuso. Apesar do volume de serviço entrado foi possível atingir a meta fixada e reduzir o tempo médio de pendência (TMP)6 concretamente de 12,7 meses para 10,4 meses, o que representa uma descida de 18%, superando a meta de 10% estabelecida no Plano de Actividades. 2004 2005 2006 2007 14,0 14,9 12,7 10,4 Tempo médio de pendência (em meses) Fonte: NMJT Através do gráfico infra, observa-se a evolução dos processos por tipo de ilícitos cometidos, constatando-se que ao longo do tempo se deu um aumento dos “Outros”7 tipos de crime, seguido da 6 7 TMP = Saldo final / (n.º de processos instaurados no período/n.º de meses do período) Incluem crimes de frustração de créditos fiscais, violação do segredo fiscal, burla tributária e outros. Objectivos Estratégicos redução do “Abuso de confiança” e por último da “Fraude fiscal”. 61 Distribuição de processos por tipo de crime Abuso Confiança Fraude fiscal Outros 94% 4% 2% -9% -6% 13% 1% -4% 2006 2007 -62% 2005 Fonte: Relatório do Combate à Fraude e Evasão Fiscais/DGCI No que respeita aos processos julgados, verifica-se que em 2007 ocorreu um aumento do número dos processos criminais fiscais julgados, assim como dos números de arguidos condenados. N.º de processos, arguidos e condenados nos processos criminais N.º proc.º Arguidos 15% Condenados 18% 16% 18% 15% 5% 7% 4% 2005 2006 2007 Fonte: Relatório do Combate à Fraude e Evasão Fiscais/DGCI Globalmente, ocorreu uma melhoria no andamento dos processos julgados, tendo em conta que os níveis de processos instaurados e de arguidos aumentaram de forma considerável. Objectivos Estratégicos Processos de reclamação graciosa 62 A redução do tempo médio de conclusão dos processos de reclamação graciosa (TMC) é um objectivo de grande relevância, designadamente pelo respectivo impacto que tem na redução dos custos de contexto para os contribuintes. O gráfico infra evidencia a evolução, em termos nacionais, do TMC deste tipo de processos, desde 2003. Evolução do tempo médio de conclusão (em meses) Serviços de Finanças + Direcções de Finanças 9,9 10,1 9,7 6,2 2003 2004 2005 2006 5,7 2007 Fonte: NMJT/ mapas 15G1/DSPSI É notória a forte redução do TMC a partir de 2005, tendo-se atingido um tempo médio de 5,7 meses, valor vai de encontro ao prazo de seis meses de que a administração dispõe para concluir o procedimento tributário de acordo com o estipulado no artigo 57.º da LGT. 5. Melhorar a eficiência e a eficácia da administração fiscal/aumentar a produtividade Em 2007, a estratégia para este objectivo assentou nas acções previstas no PRACE8, consubstanciadas na extinção, fusão e reestruturação dos serviços, e na concretização das medidas preconizadas no SIMPLEX9 em que relevam a desburocratização, a simplificação de procedimentos e o desenvolvimento da administração electrónica (E-Gov), que, em conjunto, contribuíram para que a AF operasse de forma mais eficiente e eficaz, com menos burocracia e serviços de melhor qualidade. de informação e comunicação que, directa e indirectamente, promoveram a imagem dos serviços, ao aproximarem os cidadãos da Administração Fiscal, potenciando, assim, a redução dos custos de contexto anteriormente apreciados. 8 9 Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado Programa de Simplificação Administrativa e Legislativa Objectivos Estratégicos A referida melhoria da eficiência e da eficácia resultou do crescente recurso às novas tecnologias 63 Neste âmbito e sem prejuízo da relevância que foi dada em sede própria aos resultados obtidos, enunciam-se as principais acções e mecanismos utilizados na prossecução do presente objectivo. 5.1 Racionalização dos serviços A DGCI, em particular nos últimos anos, tem vindo a desenvolver esforços de racionalização na utilização e afectação das suas instalações. Daqui resultou uma redução, relativamente ao período 2003-2007, do número de instalações em 33,5% e de área ocupada em 13,7%. Efectivamente, entre 2005 a 2007, foi concretizada a libertação de 96 instalações, que ocupavam uma área total de 26 244 m², o que levou a uma redução de aproximadamente 530 mil euros nos custos fixos suportados pela DGCI. Número de edifícios 370 360 350 340 364 2003 2004 310 317 300 290 309 344 358 320 629 760 833 330 907 946 1.000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Área ocupada (em milhares de m2) 280 2003 2004 2005 2006 2007 2005 2006 2007 Fonte: DSIE Esta política de racionalização de infra-estruturas e de redução de custos fixos permitiu reforçar o investimento na qualidade das instalações, através da realização de obras de beneficiação, com impacto directo na melhoria das condições de trabalho dos funcionários e de atendimento dos contribuintes. Paralelamente, tem sido levada a cabo a integração das antigas tesourarias de finanças – actuais secções de cobrança – nos Serviços de Finanças, processo que será continuado nos próximos Objectivos Estratégicos anos, até à sua integral conclusão, e de que já resultou a integração de 215 tesourarias, o que se 64 traduz numa taxa de execução de 60%. 5.2 Simplificação dos processos e dos procedimentos Ao nível da desmaterialização e racionalização de processos e procedimentos, assumiu especial relevo no ano transacto a disponibilização on-line de um conjunto de novos serviços/produtos, já mencionados no âmbito do objectivo estratégico nº 2. De referir ainda, no quadro da racionalização de processos, as alterações introduzidas visando uma maior rapidez e segurança, tais como: • A restituição de créditos através de Transferência Bancária em detrimento do cheque; • O tratamento de pagamentos em tempo real; • A disponibilização de emissão e confirmação de pagamentos em self-service; e • A redução no tempo de tramitação dos processos de contra-ordenação. No que respeita aos processos de contra-ordenação, o respectivo sistema informático (SCO) permitiu, nos últimos dois anos, reduzir o tempo médio de conclusão dos processos de 18 meses para 75 dias, tendo como principal resultado a redução de custos administrativos, estimada em cerca de 25,8 milhões de euros. Relativamente aos reembolsos, é de realçar que, em 2007, 81% dos mesmos foram pagos por transferência bancária quando, em 2006, apenas 37% tinham sido pagos por este meio. Também no que toca aos reembolsos ao abrigo de Convenção sobre a Dupla Tributação, foi criada uma funcionalidade que veio permitir a restituição directa do substituto tributário para o beneficiário, o que permitiu ganhos de eficiência relevantes. Outras medidas simplificadoras foram implementadas, das quais se destaca a iniciativa de notificar e-mail de 60 000 empresas que não entregaram as retenções na fonte de IR ou o IVA recebido dos clientes, e ainda não tinham processo de contra-ordenação. Dos contribuintes contactados, 8 300 regularizaram a sua situação tributária, arrecadando-se 48 milhões de euros. 5.3 Informatização e automatização A consolidação dos sistemas informáticos e a optimização das aplicações já existentes, conjuntamente com a automatização dos actos e procedimentos, têm vindo a libertar os colaboradores para tarefas com maior valor acrescentado para a organização, traduzindo-se em aumentos de eficiên- Neste sentido, assinalam-se de seguida as aplicações que tiveram maior impacto na organização interna da AF, no relacionamento desta com outras entidades e na qualidade do serviço prestado aos cidadãos, que acrescem às já mencionadas no âmbito do objectivo estratégico nº 4: • A implementação da aplicação para a recolha da matriz predial rústica e o aperfeiçoamento das novas funcionalidades no interface com os municípios, com o objectivo de facilitar e Objectivos Estratégicos cia e eficácia. 65 agilizar a transmissão de informação e coadunar as adaptações decorrentes das alterações ao normativo legal; • A optimização da aplicação de gestão de avaliações e sua adaptação às novas regras do Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU); • A criação do sistema de liquidação adicional de Imposto Selo (transmissões gratuitas); • O Cadastro Electrónico de Activos Penhoráveis (CEAP); • A implementação da aplicação informática que permite a solicitação de reembolsos do IVA por via electrónica, pelas entidades abrangidas pelos DL 143/86, de 16 de Junho, e 20/90, de 13 de Janeiro, anteriormente referidas, com a dispensa de remessa em papel dos documentos de suporte; • A criação da aplicação informática para a liquidação do Imposto Único de Circulação (IUC); • Automatização do tratamento dos pedidos de penhora de créditos efectuados por entidades terceiras (tribunais, solicitadores, etc.). De salientar que a informatização e a automatização optimizaram, por sua vez, as acções de controlo automático, através de cruzamentos de informação, facilitando a detecção atempada de situações de incumprimento e a respectiva penalização. No quadro do objectivo estratégico em referência, é de referir ainda a participação da DGCI nos projectos “Balcão de Heranças e Sucessões”, “Cartão do Cidadão”, “Nascer Cidadão”, “Casa Pronta”, “Balcão Perdi a Carteira” e “Empresa na Hora” nos Centros de Formalidades de Empresas, inseridos na cooperação interinstitucional para o desenvolvimento de processos que permitem integrar electronicamente todas os organismos públicos, com vista à interoperabilidade e reutilização de informação. 5.4 Controlo interno A Direcção de Serviços de Auditoria Interna (DSAI) desenvolve acções de auditoria de gestão com Objectivos Estratégicos vista à detecção dos factos e situações condicionantes ou impeditivas da realização dos objectivos 66 das diferentes unidades orgânicas da DGCI, verificando, também, o cumprimento das disposições legais e regulamentares por parte das mesmas. Nestes termos, e com base no Plano de Actividades ou por solicitação superior, a actividade desenvolvida no ano de 2007 assentou numa óptica de consolidação do processo iniciado no ano anterior, que se traduziu fundamentalmente: • No aumento da visibilidade do Serviço de Auditoria junto das diversas unidades orgânicas; • Na melhoria da capacidade de mobilização de técnicos para acções urgentes, quando solicitadas superiormente; • Na procura de maiores níveis de eficiência e eficácia na execução de auditorias de gestão; • Na continuidade do controlo financeiro das secções de cobrança dos Serviços de Finanças; • No acompanhamento das recomendações dos relatórios da Inspecção-Geral de Finanças, do Tribunal de Contas e dos produzidos pela DSAI; • Na sensibilização dos Serviços no sentido da implementação de uma cultura de controlo interno como forma privilegiada de melhorar a gestão; • No exercício do controlo estratégico, incluindo a avaliação do desempenho. São, ainda, de salientar as acções urgentes de carácter extraordinário, designadamente as dirigidas à substituição de créditos no âmbito do processo de titularização de dívidas, que decorreu no mês de Agosto, e à maximização da cobrança coerciva, que teve lugar durante o 4º trimestre. Paralelamente, foi efectuado o acompanhamento de diversas propostas e recomendações: • Acompanhamento das recomendações do Tribunal de Contas relativas à auditoria aos Benefícios Fiscais ao Investimento de natureza contratual (Artigo 39.º do EBF); • Avaliação de resultados do controlo da Administração das receitas tributárias/2005 – Relatório IGF n.º 31/2006; • Acompanhamento das recomendações resultantes dos relatórios de auditoria do GAI, Inspecção-Geral de Finanças e Tribunal de Contas. 5.5 Saneamento do Cadastro e o Sistema VIES Procedeu-se ao saneamento do cadastro de 135.578 contribuintes singulares e colectivos no Sistema de Registo de Contribuintes (SGRC); Implementou-se um processo automático, em parceria com o Ministério da Justiça (Web-service), que permite sanear atempadamente o SGRC, mediante o averbamento em sede de IRC da cessação de actividade, na sequência do registo do encerramento da liquidação nas conservatórias do registo comercial. Objectivos Estratégicos Ao nível do saneamento do cadastro 67 No âmbito de resolução de anomalias de cadastro, na vertente da identificação de Pessoas Singulares, foram detectadas 852 homonímias e 2.161 duplos cadastros, tendo sido resolvidos e 634 e 1 718, respectivamente. Ao nível do VIES No intuito de combater a fraude e a evasão fiscal, procedeu-se à recolha de elementos de relevância fiscal – declarações periódicas de IVA entregues – efectuando-se o cruzamento das trocas intracomunitárias no sistema VIES e consulta à informação disponibilizada nos dados do RNPC, através do site “Portal do Ministério da Justiça”, com vista a detectar incongruências e possíveis esquemas de fraude. 5.6 Simplificação de processos e circuitos na Administração Tributária e Aduaneira A DGCI, através da Direcção de Serviços de Planeamento Sistemas de Informação, concluiu a 1ª fase deste projecto, relativa ao plano de classificação de documentos e revisão da tabela de selecção do regulamento arquivístico da DGCI, procedendo às seguintes actividades: Relativamente à Organização e Gestão do Património Arquivístico da DGCI • Prestou apoio técnico aos arquivos dos serviços da DGCI, dando continuidade às acções de acompanhamento, supervisão e apoio técnico já iniciadas, ao mesmo tempo que desencadeou novas acções, umas originadas por pedidos formulados pelos Serviços e outras no âmbito de relatórios da Auditoria Interna; • Procedeu ao levantamento de acervos documentais, designadamente dos processos de Imposto Sucessório, com recurso ao tratamento e eventual microfilmagem no Arquivo Contemporâneo do Ministério das Finanças, ao abrigo do protocolo existente. Objectivos Estratégicos Relativamente à Gestão Documental 68 • Colaborou na concepção dos Planos de Comunicação e de Formação, tendo em vista a divulgação e a formação dos responsáveis e utilizadores dos instrumentos de gestão documental (Plano de Classificação, Regulamento Arquivístico e Tabela de Selecção), bem como na elaboração do material a utilizar nas acções. • Participou em diversas reuniões de trabalho, com outros organismos do Ministério das Finanças e da Administração Pública, com vista à revisão / alteração da macroestrutura temática / funcional em vigor no Ministério, de modo a que esta possa servir de base à construção e actualização dos Planos de Classificação dos diversos organismos, tendo subjacente a necessária interoperabilidade entre eles e a adopção de procedimentos uniformes em termos de classificação documental. 5.7 Pessoas Em 2007, a prioridade continuou a ser a qualificação dos colaboradores da AF. Neste domínio releva-se: Ao nível da formação10 Verifica-se que o valor médio de horas de formação por funcionário ascendeu a 55 horas, a que corresponderam 48 horas de formação presencial e 7 horas de formação em e-learning, considerando o volume de formação realizado em 2007 (presencial e em e-learning) no valor de 634.990 11 horas de formação e o número de funcionários da DGCI . Estes valores são bastantes significativos, uma vez que se encontram acima dos normalmente obtidos noutras organizações e dos parâmetros definidos pela Regulamentação Geral do Trabalho. Por outro lado, revelam o investimento da DGCI na formação profissional e a preocupação com o reforço de competências e oportunidades dos seus quadros. Em termos evolutivos, podemos verificar pelo gráfico seguinte o acréscimo das horas de formação por funcionário, de 2002 a 2007, ano em que se assiste a uma fase de estabilização: Horas de Formação por Funcionário (Evolução 2002-2007) 60 50 40 30 20 10 0 2003 2004 2005 2006 2007 Ao nível de concursos Em 2007 foram abertos 32 concursos de recrutamento para cargos de direcção intermédia, dos quais 29 ficaram concluídos, transitando 3 para 2008, e tendo sido ainda abertos 13 concursos para as diversas áreas funcionais da DGCI, envolvendo 305 candidatos. 10 11 Ver Objectivo Operacional n.º 8; Considerando o universo dos 11.463 funcionários que a integram; Objectivos Estratégicos 2002 69 No âmbito do projecto de estágios profissionais, regulamentado pela Portaria n.º 1256/2005, de 12 02.12, financiado pelo POAP , participaram 374 formandos, maioritariamente licenciados em Direito. 5.8 Registos e contabilização Deu-se continuidade à simplificação de procedimentos, desburocratizando e tornando mais célere o contacto com os contribuintes e entidades externas, de forma a melhorar as ligações com os serviços da Administração Central, Local e Regional, contribuindo para uma maior eficácia e qualidade na resposta dos serviços. Neste sentido, desenvolveram-se as seguintes diligências: • Conclusão do processo de centralização de todas as aquisições de bens e serviços a nível nacional, bem como das compras electrónicas; • Implementação, a nível nacional, de procedimentos tendentes ao abate de bens do Estado não reutilizáveis; • Implementação, em conjunto com a DGITA, da aplicação informática compatível com o SRH, que permite o registo e controlo da assiduidade dos funcionários. 5.9 Eficiência Fiscal Em resultado do conjunto de medidas implementadas, verificou-se um impulso determinante no reforço da eficiência fiscal; esta, é medida pela diferença entre a taxa de crescimento da receita cobrada pela Administração Fiscal e a taxa de crescimento nominal do PIB, tendo atingido em 2007 os 3,8%, conforme quadro infra: Quadro 1. Eficiência fiscal Objectivos Estratégicos (Unidade: pontos percentuais) 70 2003(*) 2004 2005 2006 2007(**) Sem DL 248-A/2002(1) -2,9 1,9 3 2,8 3,8 Com DL 248-A/2002(1) -6,1 1,9 3 2,8 3,8 O DL 248-A2002, de 14 de Novembro, permitiu a regularização das dívidas fiscais com a redução das custas, coimas e juros A receita de 2003, não incluí os montantes arrecadados pelo processo de titularização de créditos fiscais. (**)Provisório Fonte: MFAP/DGCI/DGAIEC (1) (*) 12 Programa Operacional da Administração Pública; III.2 objectivos operacionais No Plano de Actividades para 2007, foram estabelecidos doze objectivos operacionais, alinhados com os cinco objectivos estratégicos e com as opções estratégicas da DGCI. No presente ponto, analisam-se os resultados alcançados no ano transacto relativamente a esses doze objectivos operacionais, começando por uma avaliação global dos mesmos e passando depois à análise por objectivo. 2.1.Avaliação global Numa avaliação global constata-se que a maioria dos objectivos operacionais que a DGCI se tinha proposto alcançar foi atingida e, em vários casos, essas metas foram até superadas, confirmandose, deste modo, a eficácia da generalidade das acções realizadas e das medidas adoptadas em 2007, bem como o empenho da maioria dos colaboradores na concretização dos objectivos. Esta realidade é ilustrada no quadro infra, onde é feita a discriminação dos objectivos operacionais para 2007 e respectivas metas, dos resultados alcançados e dos desvios entre o realizado e o previsto. Objectivos estratégicos (OE) OE1 Realizar a receita fiscal prevista cuja cobrança é da responsabilidade da DGCI OE2 Reduzir os custos de contexto – melhorar a relação com o contribuinte e a qualidade do serviço prestado OE3 Reduzir os níveis de evasão e fraude fiscais/Combater a economia paralela OE4 Consolidar o processo de modernização da justiça tributária e cumprir o objectivo da OE5 Melhorar a eficiência da AF/Aumentar a produtividade Objectivos operacionais cobrança executiva 71 Quadro resumo dos resultados da DGCI – 2007 Objectivos operacionais Objectivos operacionais Taxa de Realização Avaliação 1 Atingir uma produtividade média Individual nos Serviços de Finanças 3100 3250 105% Superou 2 Cobrar a receita líquida do Estado 27,3 29,1 107% Superou 3 Arrecadar a receita líquida das Autarquias 2,2 2,3 105% Superou 4 Cobrar a receita coerciva prevista 1,6 1,63 102% Superou 5 Reduzir o valor da instauração anual da dívida fiscal -10% -7% 70% Não atingiu 6 Diminuir o saldo da dívida pendente -10% -5.4% 54% Não atingiu 7 Melhorar a performance ao nível dos ilícitos fiscais e do contencioso -- Valor da cobrança de coimas (milhões de euros) − Tempo médio de pendência dos inquéritos criminais (%) − Tempo médio de conclusão das reclamações graciosas nos SF (meses) − Tempo médio de conclusão das reclamações graciosas nas DF (meses) 72 Previsto Realizado 8 9 Realizar as acções de formação previstas no plano de formação − N.º de acções 102% (406%/4) 200 226,8 113% -10% -18% 180% 3 4,2 71% 6 14,4 42% 854 1.521 136% (408%/3) 178% − N.º de participantes 42.227 47.975 114% − Volume de formação 548.376 634.990 116% Melhorar o desempenho da organização através da reestruturação de processos e de procedimentos e da maior racionalização na 95% (284%/3) Superou Superou Não atingiu Objectivos operacionais Previsto Realizado afectação e utilização dos recursos disponíveis − Projectos não informáticos dos SC − Projectos não informáticos das DF − Projectos informáticos dos SC 10 Representação internacional ao nível da UE e OCDE (n.º de reuniões) − Negociação de acordos internacionais sobre matérias fiscais (n.º de países com CDT’s*) 12 164 147 90% 88 88 100% 142 133 94% Incrementar a cooperação internacional − 11 Taxa de Realização 100% Acções diversas Acções diversas 76 100% 48 100% Manter o nível de absentismo dentro de um limite máximo de 5% − Taxa de absentismo nos SC 5% 4,30% 108% (433%/4) 116% − Taxa de absentismo nos SF 5% 5,30% 94% − Taxa de absentismo nas DF 5% 4,20% 119% − Taxa de absentismo Nacional 5% 4,80% 104% Realizar as acções de inspecção externas e internas e o acompanhamento permanente de sujeitos passivos previstos no PNAIT − N.º de acções − 114% (228%/2) 99.542 127.841 128% 6.960 6.960 100% Acompanhamento de sujeitos passivos Avaliação Atingiu Superou Superou * SF – Serviços de Finanças; DF – Direcções de Finanças; SC – serviços Centrais ** Convenções para evitar a dupla tributação O Quadro resumo dos resultados destina-se a fornecer uma referência dos resultados alcança- Plano de Actividades, por forma a permitir a tomada das medidas necessárias à sua correcção, incluindo eventuais reafectações dos recursos disponíveis ou de prioridades. A análise do quadro supra permite constatar que os resultados alcançados em relação aos 12 objectivos definidos e respectivas metas foram amplamente conseguidos, tendo oito sido superados, um atingido e apenas três não foram atingidos. Objectivos operacionais dos por toda a organização em 2007 e a evidenciar os desvios em relação às metas previstas no 73 2.2. Análise por objectivo operacional 1. Atingir uma produção média individual nos serviços de finanças de 3 100 pontos A metodologia utilizada para o cálculo da produtividade média individual baseia-se no serviço realizado pelos Serviços de Finanças, estando identificados diversos processos de trabalho, aos quais são aplicados coeficientes de ponderação – atribuídos em função do tempo de execução dos mesmos – para efeitos de determinação do Volume de Serviço Realizado (VSR). A produtividade média individual corresponde ao resultado da divisão do VSR pelo número de funcionários que contribuiu para a produção do serviço, corrigido da taxa de ausência. O facto de este controlo ter como principal alvo os Serviços de Finanças deve-se, fundamentalmente, à circunstância de estes serviços, não obstante estarem dispersos por todo o país (existe pelo menos um Serviço de Finanças por município), possuírem competências e áreas de actuação idênticas, permitindo o estabelecimento de critérios de avaliação comuns e, consequentemente, efectuar análises comparativas da respectiva performance. Em 2006, na sequência da integração das tesourarias nos Serviços de Finanças e ainda da crescente informatização e automatização de processos de trabalho, procedeu-se à reformulação do modelo, designadamente no que se refere aos processos de trabalho considerados e, bem assim, à ponderação atribuída a cada um deles. Foi neste novo contexto que, para 2007, este objectivo foi fixado em 3100 pontos, em vez dos 3600 do ano anterior. A média nacional deste indicador, ao situar-se nos 3 250 pontos, excedeu o previsto, traduzindo- Objectivos operacionais se numa taxa de execução de 105%. 74 Distrito Produção individual Aveiro 2915 Beja 2659 Braga 3690 Bragança 2394 Castelo Branco 2297 Coimbra 2831 Évora 2577 Faro 3477 Guarda 2526 Leiria 3296 Lisboa 3604 Portalegre 1915 Distrito Produção individual Porto 3350 Santarém 2876 Setúbal 4479 Viana do Castelo 3086 Vila Real 2595 Viseu 2738 Angra do Heroísmo 2260 Horta 1837 Ponta Delgada 3383 Com melhor desempenho a nível deste indicador encontramos, respectivamente, os distritos de Setúbal, Braga, Lisboa, Faro, Porto, Leiria, Viana do Castelo e Ponta Delgada. 2. Realizar a receita líquida do estado (27,3 mil milhões de euros) Em 2007, a receita fiscal registou um crescimento de 11,3% face ao ano anterior, tendo a receita líquida do Estado superado o objectivo fixado para a cobrança, já que se conseguiu arrecadar 29,1 mil milhões de euros, o que corresponde a uma taxa de execução de 104% face ao orçamentado. • Para o valor de cobrança atingido, foi decisiva a contribuição dos impostos directos, que registaram um crescimento de 10,1%, o qual compensou o decréscimo de 1,5% nos impostos indirectos. • Registe-se que, relativamente a estes últimos, apenas a receita do Imposto de Selo cresceu 4%, o que se deveu à evolução favorável da receita proveniente da tributação de operações financeiras e transmissões gratuitas. • Quanto ao IVA, tradicionalmente o imposto com maior peso na receita de Estado, a sua receita conheceu uma redução face a 2006; tal deveu-se à agilização dos reembolsos deste impos- A análise da receita fiscal cobrada pela DGCI foi já objecto de maior desenvolvimento no âmbito do objectivo estratégico nº 1. Objectivos operacionais to, decorrente da aplicação do Despacho Normativo nº 53/2005, de 15 de Dezembro. 75 3. Realizar a receita líquida das autarquias (2,15 mil milhões de euros) Receitas Impostos Municipais Impostos 2005 Previsto OE2007 2006 2007 (Realizado) D% 2007/OE2007 % 2007/2006 CA 91,2 48,9 26,1 IMI 704,7 824,9 950,8 CA + IMI 795,9 873,8 IMT 559,1 620,6 861,0 38,74% SISA 100,1 96,1 61,6 -35,90% IMT + SISA 659,2 716,7 688,5 922,6 134,00% 1.027,1 976,9 -46,63% 15,26% 95,11% 11,80% 28,73% IMV + IUC 117,9 127,8 124,5 135,9 109,16% 6,34% DERRAMA 287,3 280,8 310,0 315,4 101,74% 12,32% IMV + IUC + DERRAMA 405,2 408,6 1.860,3 1.999,1 TOTAL 451,3 2.150,1 2.350,8 10,45% 109,33% 17,59% Nos impostos municipais foram também ultrapassados os objectivos fixados, com a receita global destes impostos a registar um crescimento de cerca de 17,6% em relação a 2006, tendo o respectivo montante ascendido a 2 350,8 milhões de euros, mais 200,7 milhões de euros do que o objectivo fixado. Tal como referido para o objectivo anterior os resultados obtidos no âmbito dos impostos municipais foram já objecto de análise mais detalhada no âmbito do objectivo estratégico nº 1. 4. Realizar 1,6 mil milhões de euros de receita coerciva Em 2007, a receita coerciva realizada superou o objectivo estabelecido de cobrar 1 600 milhões de euros, ao arrecadar 1 633 milhões, o que representou uma taxa de realização de 102%. Face a 2006, o crescimento da receita coerciva foi de 6%. Objectivos operacionais O gráfico seguinte ilustra a evolução anual da cobrança coerciva desde 1995, evidenciando o 76 marco histórico atingido no último ano: 1.633 1.546 1.420 Cobr ança coerciva 1.238 1.056 784 828 758 516 441 261 220 1995 388 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 A análise deste resultado foi já desenvolvida no âmbito do objectivo estratégico nº 4. 5. Reduzir o valor da instauração anual de dívida fiscal em 10% Em 2007, foi instaurada dívida no valor global de 3 116 milhões de euros. Deste modo, a redução obtida, face ao valor instaurado em 2006 (3 362 milhões de euros), foi de cerca de 7%, ou seja abaixo da ambiciosa meta de 10%. Não obstante, verificou-se que em 2007, pela primeira vez o valor da cobrança coerciva atingiu mais de metade do valor da instauração, o que se evidencia no gráfico seguinte que compara a evolução da cobrança coerciva com a da instauração de dívida. Com efeito, atingiu-se no rácio cobrança/instauração o valor de 52%, superior em 6 pontos percentuais relativamente a 2006. Evolução da Cobrança sobre a Instauração 52% 4.000 60% 46% 35% 3.000 40% 27% 4.048 3.942 3.362 1.000 1.546 1.420 1.053 3.116 20% 1.633 0 0% 2004 2005 Cobrança 2006 Instauração Cobrança/Instauração Fonte: NMJT 2007 Objectivos operacionais 2.000 77 Este decréscimo sucessivo de instauração desde 2004, traduzido em menos 826 milhões de euros (-21%), decorre do facto de a arrecadação de receitas ocorrer cada vez mais na fase voluntária em consequência de o contribuinte se sentir cada vez mais coagido a proceder ao pagamento atempado de forma a evitar a fase coerciva, comprovando-se deste modo a eficácia do sistema. 6. Diminuir o saldo da dívida pendente em 10% O saldo da dívida pendente tende a diminuir por efeito conjugado do aumento da cobrança coerciva e da diminuição da instauração, evidenciado no gráfico infra, em resultado da estratégia adoptada e das acções e medidas implementadas na área da justiça tributária, analisadas com maior detalhe no âmbito do objectivo estratégico nº4. O resultado alcançado em 2007 foi muito positivo ao registar uma diminuição do saldo da dívida em -5,4%, ou seja, menos 842 milhões de euros, embora não o suficiente para atingir a ambiciosa meta de 10%. Evolução anual do saldo da dívida Milhoes de euros 17.000 16.380 16.000 15.703 15.500 15.000 14.658 14.341 14.000 Fonte: SEF/MAPAS EF/DSJT 13.000 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: NMJT 7. Objectivos operacionais Melhorar a performance ao nível dos ilícitos fiscais e do contencioso 78 Realizar € 200 milhões de cobrança de coimas O PA para 2007 estabelecia como objectivo para esta área, a cobrança de coimas no valor global de 200 milhões de euros; tal objectivo foi superado, tendo-se atingido um valor de 226,6 milhões de euros, o que representa mais 13% que o previsto. O gráfico seguinte ilustra a evolução anual da cobrança de coimas nos últimos cinco anos, evidenciando o marco histórico atingido no último ano. Evolução da cobrança de coimas (milhões de euros) 226,8 184,6 132,1 76,6 38,3 2003 2004 2005 2006 2007 Reduzir o Tempo Médio de Pendência dos inquéritos criminais em 10% Conseguiu-se superar o objectivo fixado, pois o tempo médio de pendência dos inquéritos criminais baixou de 12,7 para 10,4 meses, o que se traduziu numa redução de 18%. Tal sucedeu apesar do crescimento do número de inquéritos instaurados, em resultado dos seguintes factores: • Instauração de processos de contra-ordenação pela falta de entrega de prestações tributárias; • Entrada em produção, em Abril de 2007, do Sistema de Inquéritos Criminais Fiscais (SINQUER), que veio permitir o controlo sistematizado da conversão de processos de contra- Tempo médio de pendência (em meses) 2004 2005 2006 2007 14,0 14,9 12,7 10,4 Objectivos operacionais ordenação em processos de inquérito. 79 Reduzir o Tempo Médio de Conclusão das reclamações graciosas nos SF No ano transacto, o tempo médio de conclusão (TMC) 13 dos processos de reclamação graciosa nos Serviços de Finanças baixou para 4,2 meses, o que representou uma redução de 12,5% relativamente aos 4,8 meses registados em 2006. Contudo, quando nos referimos à ambiciosa meta fixada para 2007, em que se pretendia que os Serviços de Finanças demorassem, em média, 3 meses a concluir os respectivos processos de reclamação graciosa, constata-se que o objectivo não foi plenamente atingido. No entanto, pode-se afirmar que o desempenho tem sido muito positivo na medida em que o tempo de resposta às petições encontra-se em linha descendente desde 2004 a esta parte, sucessivamente na ordem de -10,8%, -42,2% e -12,5%, o que expressa de certa forma o êxito das medidas de simplificação dos procedimentos, da informatização e da afectação dos meios humanos a esta matéria. O gráfico seguinte evidencia evolução, separadamente nos SF e nas DF, do TMC deste tipo de processos desde 2003. Evolução do tempo médio de conclusão (em meses) 17,6 14,9 8,9 14,3 9,3 8,3 4,8 2003 2004 2005 SF's 2006 DF's Objectivos operacionais Fonte: NMJT/ mapas 15G1/DSPSI 80 13 14,4 13,4 TMC = Saldo final / (n.º de processos findos no período/n.º de meses do período) 4,2 2007 Reduzir o Tempo Médio de Conclusão das reclamações graciosas nas DF Face ao objectivo fixado para 2007, que consistia na redução do tempo médio de conclusão dos processos de reclamação graciosa existentes nas Direcções de Finanças para 6 meses, constatou-se que o valor obtido para este indicador ficou aquém do esperado, ao situar-se nos 14,3 meses. Com efeito, o TMC registado no ano passado sofreu um acréscimo de 7,5%, face ao verificado em 2006. Esta situação explica-se, em parte, pelo facto de os processos de maior valor e de maior complexidade técnico-jurídica serem remetidos às DF. Ainda assim, o desempenho conjunto dos Serviços de Finanças e das Direcções de Finanças melhorou, visto que o TMC agregado caiu de 6,2 meses em 2006 para 5,7 meses em 2007, tal como já referido no âmbito da análise do objectivo estratégico nº 4. A DGCI vai continuar a desenvolver todos os esforços para diminuir os tempos médios dos processos em saldo, quer na Direcção de Finanças quer nos Serviços de Finanças, não só porque desse modo poderá cobrar mais rapidamente as dívidas suspensas em execução fiscal mas também pelo impacto ao nível da redução dos custos de contexto para os contribuintes. 8. Realizar as 854 acções de formação previstas no plano de formação para 42.227 participantes Os resultados da actividade formativa foram bastante positivos já que se conseguiu ultrapassar as metas previstas. Realizaram-se 1 521 acções de formação (presencial e em e-learning) para 47 975 participantes, a que correspondeu um volume de 634 990 horas de formação, sendo que em qualquer destes indicadores se atingiram taxas de realização superiores ao fixado de, respectivamente, 178% (+ 667 acções que as previstas), 114% (+ 5 748 participantes que os previstos) e 119% (+ 102394 horas de formação que as previstas). 2007, por área formativa, tendo em conta os três indicadores enunciados: número de acções de formação, número de participantes e volume de formação: Objectivos operacionais O quadro que a seguir se apresenta contém o resumo da execução do Plano de Formação para 81 Objectivo Nacional 8 - Formação Profissional resultados globais - formação presencial e à distância Codigo/ Objectivo Sectorial Área Formativa N.º Acções de Formação Previsto Realizado Taxa 8.1 Gestão Tributária 8.2 Investigação e Inspecção Tributária 8.3 Justiça Tributária 8.4 Cobrança 8.5 Sistemas e Tec.de Informação - (Justiça, Inspecção) 8.6 Gestão e Liderança 57 46 8.7 Sócio-Comportamental 8.8 8.9 202 N.º Participantes Previsto Realizado Volume de Formação Taxa Previsto Realizado 690 342% 12.340 21.377 173% 93.840 84 60 71% 3.148 2.668 85% 39.450 109 93 85% 6.310 3.252 52% 73.740 27 42 155% 922 1.017 110% 6.444 151 319 211% 2.114 6.934 328% 24.024 81% 1.118 3.294 295% 13.968 13 18 138% 390 63% 4.680 Línguas estrangeiras 11 10 412% 5.400 Área Administrativa 32 64 200% 17% 16.920 1 7 700% 297% 2.700 3 2 44% 1.080 8.10 Formação de Formadores 8.11 8.12 Qualidade, Higiene e Segurança Formação Inicial e de Acesso 8.13 Formação em e-Learning Total da formação (Presencial +e-Learning) 115 49 854 91% 60 990 244 247 170 154.779 23.048 38.454 7.302 56.208 27.414 3.414 10.770 31.680 165% 58% 52% 113% 234% 196% 73% 199% 391% 131% 30 89 90 40 3.485 2.719 78% 266.130 92% 11.230 5.924 53% 0 80.195 ---- 1.521 178% 42.227 47.975 114% 548.376 634.990 116% 67% 125 109% 45 3.546 Taxa 480 197.700 44% 74% * Volume de Formação = N.º de horas de formação x N.º de participantes Os valores globais relativos à previsão correspondem aos valores que foram assumidos pelo Centro de Formação na sua actividade de 2007, e, embora ligeiramente diferentes dos constantes no PA /2007 da DGCI, estão em conformidade com o Plano de Formação/ 2007. A aposta na formação à distância, através da modalidade e-learning, continuou a ser uma opção estratégica para desenvolver a formação dada a diversidade e o volume de formação a ministrar bem como a dispersão geográfica e o elevado número de participantes/formandos sujeitos a for- Objectivos operacionais mação. 82 Relativamente ao volume total de formação realizado no ano transacto, 31% respeitou a formação inicial e de acesso, tendo envolvido 2 719 funcionários. São de destacar, neste domínio, os estágios para TATA, inspectores tributários – licenciados em Direito e em Economia, o curso de fiscalidade para técnicos superiores e o curso de chefia tributária. 9. Melhorar o desempenho da organização através da reestruturação de processos e de procedimentos e da maior racionalização na afectação e utilização dos recursos disponíveis No âmbito deste objectivo, foi inventariado e previsto no Plano de Actividades para 2007 um vasto conjunto de projectos visando a melhoria da eficiência e da eficácia da Administração Fiscal, direccionada para a prestação de um serviço cada vez melhor e que corresponda às necessidades e expectativas dos contribuintes. O quadro que se apresenta a seguir resume o grau de execução das iniciativas previstas para 2007: Indicadores Projectos não informáticos – Serviços Centrais Projectos Informáticos – Serviços Centrais Projectos não informáticos – Direcções de Finanças Previsto Realizado/Total Realizados/Parcial Não realizado 164 95 52 17 142 52 81 31 91 53 25 13 A análise do quadro permite constatar que os resultados ficaram aquém do previsto, facto que se ficou a dever, por um lado ao elevado nível de ambição deste objectivo, como se pode aferir pelo número de projectos e, por outro lado, e no que se refere aos do tipo informático, ao facto de a concretização destes projectos depender da capacidade de resposta da DGITA, particularmente em matéria de recursos financeiros disponíveis. No ponto III.3 do presente relatório encontram-se discriminados os diferentes projectos das diversas unidades orgânicas e respectiva taxa de realização. No actual contexto de globalização da economia, em que os mercados funcionam de forma mais integrada, assiste-se também à cada vez maior internacionalização da tributação, pelo que a cooperação fiscal internacional e a transmissão de boas práticas assumem um papel cada vez mais relevante em todas as administrações fiscais. Objectivos operacionais 10. Incrementar a cooperação internacional 83 O Centro de Estudos Fiscais (CEF) é a unidade orgânica da DGCI com maior intervenção ao nível da cooperação internacional, tendo desenvolvido diversas acções neste domínio em 2007, ao nível da representação internacional ao nível da União Europeia e da OCDE e da negociação de acordos internacionais sobre matérias fiscais. Representação internacional ao nível da União Europeia e da OCDE Em 2007, o número de reuniões da UE, a nível do Conselho e da Comissão Europeia, incluindo a participação em Conferências e a audiência do TJCE, fixou-se em 76 – mais 16 que em 2006 – o que representa um acréscimo de 27%. O acompanhamento dos trabalhos desenvolvidos, tanto no quadro da EU, como da OCDE, não se esgotou na participação em reuniões, tendo abrangido igualmente a realização de trabalhos diversificados. Ainda neste âmbito, o CEF participou em reuniões com dirigentes dos PALOP, nomeadamente com técnicos das Direcções Gerais de Impostos de Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde. Negociação de acordos internacionais sobre matérias fiscais Em resultado das diligências desenvolvidas pelo CEF, a rede de Convenções para evitar a Dupla Tributação, celebradas por Portugal, passou, no ano transacto, a cobrir 48 países, mais um que em 2006. Saliente-se, ainda, que foram iniciados trabalhos preparatórios para evitar a dupla tributação com a Líbia e com o Irão. 11. Manter o nível de absentismo dentro de um limite máximo de 5% Constituindo o absentismo um factor inibidor do aumento dos níveis de eficiência e de produtividade, o respectivo controlo e manutenção dentro de limites considerados normais e aceitáveis, cons- Objectivos operacionais titui um objectivo de grande relevância para a organização. 84 Assim, tendo presente esta necessidade de controlar e reduzir o nível de absentismo, estabeleceuse como um dos objectivos operacionais de 2007 a manutenção deste nível dentro do limite máximo de 5%. Os resultados obtidos foram os seguintes: • Nos Serviços Centrais, a referida taxa quedou-se nos 4,3%; • Nas Direcções de Finanças, a taxa foi ainda menor, ficando-se pelos 4,2%; • Nos Serviços de Finanças, o objectivo não foi atingido, pois a taxa de absentismo elevou-se a 5,3%. Em termos globais o objectivo foi cumprido, assumindo a taxa de absentismo em 2007 o valor de 4,8%, ligeiramente abaixo, portanto, do limite máximo fixado e do atingido no ano anterior (4,9%). Quanto à taxa de absentismo nos Serviços de Finanças, embora tenha alcançado os 5,3% no ano transacto, ainda assim baixou relativamente a 2006, ano em que o referido indicador se fixou nos 5,6%. O gráfico seguinte ilustra os resultados obtidos, em 2007, neste objectivo, quer em termos globais, quer ao nível dos Serviços Centrais, das Direcções de Finanças e dos Serviços de Finanças. Taxa de Absentismo 6,0 5,6 5,3 5,0 4,9 5,0 4,1 4,8 4,3 4,2 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 Direcções de Finanças Serviços de Finanças Serviços Centrais 2006 Nacional 2007 Fonte: DSPSI Trata-se, assim, de uma área que, particularmente ao nível dos Serviços de Finanças, deve continuar a ser objecto de constante atenção, no sentido de identificar as causas do absentismo e, bém importante que se continuem a adoptar medidas que promovam o desenvolvimento das competências dos colaboradores e o aumento da respectiva motivação. Objectivos operacionais sempre que necessário, adoptar as necessárias medidas para as combater. Neste âmbito, é tam- 85 12. Realizar 99.542 acções de inspecção externas e internas e o acompanhamento permanente de 6.980 sujeitos passivos previstos no PNAIT A Inspecção Tributária (IT) é, em termos funcionais e no âmbito da DGCI, a área por excelência de combate à evasão fiscal, apresentando como “missão” fundamental, promover o cumprimento das obrigações fiscais, procurando prestar um serviço eficiente no domínio da prevenção, análise e correcção, de modo a contribuir para a justiça e equidade fiscal. A luta contra a fraude e evasão fiscal tem envolvido estrategicamente toda a organização, e em especial a área da IT, que em 2006 foi alargada com a criação de uma nova Unidade Orgânica (UO), Direcção de Serviços da Investigação da Fraude e Acções Especiais (DSIFAE), dedicada fundamentalmente à investigação de fraude e evasão fiscal, cujos resultados já começam a ser visíveis. Aquela nova U.O. conta actualmente com 36 inspectores na área de investigação, sendo que 14 integram já equipas mistas com a Polícia Judiciária para investigação de processos de crime fiscal. Resultados das Acções Inspectivas São os resultados decorrentes das acções realizadas quer a nível preventivo, quer no âmbito correctivo que se apresentam a seguir, que demonstram e expressam a melhoria que se tem verificado nesta área. Para tal, contribuíram, a implementação de novos projectos informáticos, em especial os relativos à selecção de contribuintes e ao cruzamento de informação, e o aumento do quadro de inspectores que se tem verificado nos últimos anos. Estes dois factores têm conduzido a critérios mais objectivos de selecção de contribuintes de acordo com áreas ou sectores de risco, ou dirigidas a sectores económicos ou sócio-profissionais, relativamente aos quais as bases de dados da DGCI ou a informação prestada por terceiros evi- Objectivos operacionais denciam a existência de indícios de comportamentos irregulares. 86 Número de efectivos e acções realizadas Os resultados alcançados pela inspecção tributária são o produto de 127 841 acções levadas a cabo por 1 676 operacionais que se encontram colocados nas diversas U.O que cobrem todo o território nacional. Regularizações Voluntárias à Matéria Colectável Evolução do número de operacionais 1.676 1.060 Milhões de euros 823 633 1.504 1.465 2005 2006 2007 2005 2006 2007 Fonte: DSPCIT O número de acções realizadas em 2007 representou um acréscimo de 28 299 acções em relação à meta estabelecida, ou seja, mais 28% em relação ao previsto. Todavia, em 2006, tinham sido efectuadas 132 486 acções de inspecção, pelo que assistimos a uma variação negativa de 3,5% neste indicador em 2007. Esta descida no número de acções, que se verificou a nível das unidades orgânica mais significativas, explica-se pelo facto de a selecção dos contribuintes a inspeccionar ter sido mais criteriosa e orientada para pessoas colectivas. Também o objectivo referente ao acompanhamento de sujeitos passivos foi cumprido, tendo sido efectuado o acompanhamento do número de sujeitos passivos previsto. Correcções à matéria/rendimento colectável e Imposto encontrado em falta Através das acções de controlo realizadas nestes últimos 3 anos, em média, corrigiu-se por ano, 3 372 milhões de euros à Matéria/Rendimento Colectável e o imposto directamente encontrado em falta foi de 844 milhões de euros. Em 2007, os respectivos crescimentos foram de 56% e 16 % relativamente a 2006. Rentabilidade das acções Analisando os três últimos anos, constata-se uma redução no número de acções por técnico de 2006 para 2007, que se justifica, por um lado, na selecção mais rigorosa dos contribuintes faltosos pessoas colectivas, que, pelas suas características especificas têm uma durabilidade e complexidade muito superior à das Pessoas Singulares. Objectivos operacionais e, por outro, no facto de se ter eleito preferencialmente acções inspectivas externas dirigidas a 87 Regularizações voluntárias Os resultados mais importantes, ainda que de difícil mensuração, são os indirectos, isto é, os que correspondem ao crescimento do cumprimento tributário de forma correcta e voluntária por parte dos contribuintes, induzido pela actuação da Inspecção Tributária, quer nas acções de prevenção, quer nas de repressão da fraude e evasão fiscais. Todavia, são directamente mensuráveis as correcções efectuadas pela Inspecção Tributária relativamente às quais o contribuinte manifesta o seu acordo, regularizando voluntariamente a sua situação. No período de 2005 a 2007, as regularizações voluntárias à Matéria/Rendimento Colectável têm vindo a aumentar, atingindo em 2007 o montante de 1 060 milhões de euros, mais 29% do que no período anterior, conforme se demonstra no gráfico abaixo. Regularizações Voluntárias à Matéria Colectável 1.060 Milhões de euros 271 Milhões de eur os 823 211 176 633 2005 Regularizações Voluntárias ao Imposto 2006 2007 2005 2006 2007 Fonte: DSPCIT Quanto às regularizações voluntárias de Imposto directamente encontrado em falta, a tendência é a mesma, atingindo-se em 2007 o valor de 271 milhões de euros, correspondendo relativamente a 2006 a um crescimento de 28% Objectivos operacionais Controlo Inspectivo por Unidade Orgânica 88 Os resultados globais atrás referidos foram alcançados pelas UO’s da IT de acordo com os valores constantes no mapa abaixo: Análise dos Resultados da Inspecção Tributária por Unidade Orgânica Janeiro / Dezembro UNIDADES ORGÂNICAS 2006 / 2007 Nº ACÇÕES EFECTUADAS 2007 CORRECÇÕES IMPOSTO EM FALTA 2007 VAR.% AVEIRO 8.560 7.431 -13,2% 108.608 243.437 124,1% 62.755 51.996 -17,1% BEJA 1.467 1.496 2,0% 10.888 13.967 28,3% 3.267 4.043 23,8% BRAGA 2006 VAR.% 2006 2007 VAR.% 2006 10.598 10.757 1,5% 85.891 97.510 13,5% 40.022 41.386 3,4% BRAGANÇA 1.405 1.112 -20,9% 10.505 11.622 10,6% 4.381 3.060 -30,2% CASTELO BRANCO 2.164 2.239 3,5% 10.182 14.129 38,8% 2.727 2.830 3,8% COIMBRA 7.921 6.454 -18,5% 63.349 58.634 -7,4% 11.253 20.694 83,9% ÉVORA 3.021 2.431 -19,5% 26.449 23.903 -9,6% 4.654 5.760 23,8% FARO 6.852 7.721 12,7% 197.039 166.361 -15,6% 26.780 18.926 -29,3% GUARDA 1.426 1.592 11,6% 6.912 17.117 147,6% 2.293 3.469 51,3% LEIRIA 9.729 9.676 -0,5% 89.505 115.304 28,8% 32.890 31.984 -2,8% LISBOA 21.967 21.528 -2,0% 807.374 1.012.430 25,4% 185.858 284.123 52,9% 1.508 1.598 6,0% 18.453 17.804 -3,5% 4.387 4.258 -2,9% PORTALEGRE PORTO 29.032 24.865 -14,4% 356.849 500.837 40,3% 177.256 142.565 -19,6% SANTARÉM 6.698 7.477 11,6% 103.708 128.104 23,5% 22.941 19.147 -16,5% SETÚBAL 4.237 4.809 13,5% 79.714 68.312 -14,3% 35.322 61.990 75,5% VIANA DO CASTELO 2.069 1.908 -7,8% 23.397 22.752 -2,8% 6.681 8.175 22,4% VILA REAL 2.998 3.440 14,7% 20.183 53.653 165,8% 8.444 10.282 21,8% VISEU 4.536 5.014 10,5% 40.913 43.310 5,9% 11.484 9.062 -21,1% ANGRA 548 465 -15,1% 3.015 3.777 25,3% 235 1.449 516,6% HORTA 1.643 650 -60,4% 6.418 11.178 74,2% 447 2.198 391,7% 765 910 19,0% 8.103 12.865 58,8% 1.358 2.579 89,9% FUNCHAL 1.855 2.176 17,3% 31.417 62.755 99,7% 4.128 16.455 298,6% DSPIT 1.487 1.636 10,0% 894.907 1.967.499 119,9% 192.289 226.545 17,8% 132.486 127.841 -3,5% 3.003.773 4.671.411 55,5% 841.852 974.498 P.DELGADA DSIFAE 4.151 TOTAL 1.522 15,8% Os indicadores constantes no mapa supra são demonstrativos de uma clara melhoria do desempenho da produtividade da Inspecção Tributária, já que com menos acções se obtiveram cresci- Objectivos operacionais mentos de 67% nas Correcções e 17% no Imposto em Falta. 89 III.3 – unidades orgânicas Projectos e síntese dos resultados mais significativos da actividade dos serviços centrais e regionais Objectivo anual: implementar 142 projectos informáticos e concretizar 252 projectos não informáticos Visando a melhoria da eficácia e eficiência dos serviços prestados pela Administração Fiscal, foram apresentados no Plano de Actividades para 2007 252 projectos não informáticos e 142 projectos informáticos. Numa análise global da realização dos projectos não informáticos, constata-se que os Serviços Centrais realizaram 85,5% do total deste tipo de projectos e as Direcções de Finanças 82,6%. A maioria dos serviços apontaram como principal causa para os resultados terem ficado aquém do previsto a falta de recursos humanos para a realização de todas as iniciativas previstas. A concretização dos projectos informáticos depende da capacidade de resposta da DGITA, particularmente em matéria de recursos financeiros disponíveis, tendo a taxa realização deste tipo de projectos sido de 64,4%, nos Serviços Centrais. Projectos Informáticos 56 14 20 21 4 27 Projectos (nº) Projectos não informáticos 51 8 5 10 35 55 Total Serviços Centrais 142 164 306 64,40% 85,50% 71,20% Direcções de Finanças Total Nacional 0 142 91 255 91 397 0,00% 64,40% 82,60% 84,10% 82,60% 76,90% Áreas Unidades orgânicas Gestão Cobrança Inspecção Justiça Investigação Outras Áreas 90 Total 107 22 25 31 39 82 Taxa de realização (%) Projectos Projectos não Informáticos informáticos 62,00% 81,70% 60,80% 97,50% 74,70% 90,00% 37,70% 72,00% 95,00% 83,00% 50,90% 81,30% Total 71,50% 68,20% 76,20% 47,40% 84,20% 74,00% D. S. do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Singulares N.º Descrição do Projecto 1 Campanha do irs 2006 Proj. Proj. Não Informátic Informáticos os 100,0% Tx. Real. 100,0% 2 Declaração fiscal de rendimentos pré-preenchida 100,0% 100,0% 3 Recepção das declarações modelo 3 e modelo 10 (manutenção) 100,0% 100,0% 4 Gestão de divergências 100,0% 100,0% 5 Manutenção da declaração modelo 3 - anos anteriores 100,0% 100,0% 6 Mais-valias p/ não reinvestimento 100,0% 100,0% 7 Caducidade 100,0% 100,0% 8 Modelo 10 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 10 Modelo 32 - planos poupança-reforma, fundos pensões e equiparáveis 9 Manutenção modelo 14 – resgates e adiantamentos de seguros de vida 100,0% 100,0% 11 Cruzamento da mod 3/ mod 10 e anexo g, i, l, m, n, o, p da declaração anual, modelo 14 e 32 12 Modelo 3 versus mod. 11 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 13 Estatísticas 0,0% 0,0% 14 Declaração conjunta mod. 10/segurança social 0,0% 0,0% 100,0% 100,0% 0,0% 0,0% 15 Comprovação de rendimentos 16 Declarações de terceiros - fundos de investimento 17 Elaboração do dossier estatístico da liquidação da modelo 3 de 2005 100,0% 100,0% 18 Elaboração do dossier estatístico da categoria b de 2003 a 2005 100,0% 100,0% 19 Reduzir o saldo dos processos em 5% 100,0% 100,0% 20 Reduzir o saldo dos recursos hierárquicos em 5% 100,0% 100,0% 21 Análise de 4.500.000 de liquidações de irs - modelo 3 100,0% 100,0% 22 Elaborar as tabelas de retenção na fonte das categorias a e h 100,0% 100,0% 23 Análise de listagens 100,0% 100,0% 24 Elaborar propostas de racionalização e simplificação de procedimentos administrativos 25 Participar na elaboração e apreciação dos projectos legislativos 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 26 Propor alterações legislativas julgadas convenientes 100,0% 100,0% 27 Elaborar e propor instruções administrativas – circulares, ofícios- circulares e ofícios- circulados 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 82,1% 28 Prestação de informações de natureza tributária via e-mail Total 68,8% Apesar dos diversos constrangimentos, quer a nível dos condicionalismos informáticos existentes, quer a nível de recursos humanos, onde se verifica uma carência de funcionários com as objectivos fundamentais propostos no Plano de Actividades, designadamente: Concebeu-se e ajustaram-se os modelos declarativos às alterações legislativas verificadas, garantindo a disponibilidade em tempo útil, dos programas informáticos destinados à recolha e liquidação das declarações Modelo 3 do ano de 2007; Foi dada resposta aos pedidos de informação vinculativa e de esclarecimento dos contribuintes e foram analisados os recursos hierárquicos remetidos pelas DF (s) a esta Direcção de Serviços. Unidades orgânicas qualificações adequadas às diversas funções nesta DS, pode dizer-se que se cumpriram os 91 Foi prestada a colaboração solicitada nos estudos e preparação do OE em matéria de IRS. Foram analisadas as listagens emitidas por cada liquidação. Foi dada resposta a 7 647 pedidos de informação a diversas entidades, bem como via correio electrónico se respondeu a 15 178 consultas de sujeitos passivos e elaboraram-se 5 circulares e dois ofícios-circulados. Obteve-se uma realização de 68,8% nos projectos informáticos inscritos no PA2007, sendo que na sua maioria a realização foi a 100%, e nos programas de acção a taxa de realização cifrou-se em 100%. D.S. do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas N.º Descrição do Projecto Proj. Informáticos Proj. Não Informátic os Tx. Real. 1 Adaptar e introduzir melhorias na aplicação de entrega de modelo 22 via internet 100,0% 100,0% 2 Adaptar as aplicações de liquidação modelo 22 e DCU às alterações legislativas 100,0% 100,0% 75,0% 75,0% 4 Cruzamentos de informação necessários ao controlo da autoliquidação 100,0% 100,0% 5 Caducidade - assegurar a liquidação de DCU – exercício 2003 100,0% 100,0% 6 Manutenção de subsistemas de informação de IRC 100,0% 100,0% 7 Controlo do reporte de prejuízos fiscais 100,0% 100,0% 8 Extinção dos benefícios fiscais 0,0% 0,0% 9 Sistema de consultas e estatísticas 0,0% 0,0% 75,0% 75,0% 3 Controlo da faltosos modelo 22 exercício 2006 Total Dos objectivos propostos por esta Direcção de Serviços verificou-se que foram plenamente cumpridos, tendo superado o proposto nomeadamente, no aumento da produtividade, na diminuição do tempo médio de resposta aos novos pedidos para nove meses e na produtividade média de 3 processos/mês. Na área da liquidação, propôs-se em 2007, levar a cabo um conjunto de 9 projectos informáticos, dos quais apenas dois, já de anos anteriores, não foi possível concretizar, (extinção dos benefícios fiscais e sistema de consultas estatísticas) por dependerem da colaboração de outros serviços. Os demais tiveram realização na sua totalidade. Unidades orgânicas Na prossecução da melhoria da eficiência e eficácia, contribuiu esta DS com: 92 • Propostas de alterações legislativas • Manutenção de sub-sistemas de informação de IRC • Cruzamentos de informação de controlo de autoliquidação • Controlo de faltosos do mod.22 de 2006 No âmbito dos processos da competência desta DS verificou-se uma redução do número de processos pendentes de 4 705 para 3 887 no ano de 2007. Foram instaurados 3 212 processos de natureza tributária e findos 4 030. Relativamente às declarações mod.22 foram liquidadas 399 028, documentos de correcção DCÚnico 9 960 e Liquidações-Oficiosas de faltosos da mod.22, 9 898. D.S. do Imposto Sobre o Valor Acrescentado Descrição do Projecto 1 Criação de um sistema de cadastro de gestão das tipografias autorizadas para impressão dos documentos a que se refere o art.º 35.º do CIVA e o D.L. N.º 147/2003, de 11 de Julho 2 Elaborar proposta de Decreto-Lei para aplicação das alterações ao CIVA constantes do OE/2007 3 Detectar sectores de evasão fiscal, designadamente face a errados enquadramentos 4 Detectar áreas de incidência do imposto que necessitem de alterações legislativas 5 Elaborar proposta legislativa para OE/2008 Proj. Informáticos 50,0% 6 Acompanhamento das reuniões do Comité IVA e grupos de trabalho em matéria de IVA 7 Propor a reformulação das tabelas de taxas anexas ao CIVA 8 Dialogar com Associações e entidades representativas de interesses económicos e sociais 9 Recolha e selecção de elementos de IVA e RITI para inserção no sítio da DGCI 10 Reforçar os quadros da DSIVA 11 Criar mecanismos que melhorem a consulta de processos concluídos e das decisões tomadas 12 Criar condições para permitir aos serviços periféricos um correcto esclarecimento das questões colocadas pelos SP 13 Colaborar com o Centro de Formação em matéria de IVA 14 Resolver os processos de consulta e exposições sobre a aplicação do IVA, entrados até 2005 15 Proj. Não Informáticos Resolver 70% dos processos de consulta e exposições sobre a aplicação do IVA, entrados em 2006 Tx. Real. 50,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 75,0% 75,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 0,0% 0,0% 41,0% 41,0% 100,0% 100,0% 16 Elaboração e envio do Relatório de Actividades de 2006 100,0% 100,0% 17 Elaboração e envio do Plano de Actividades de 2007 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 0,0% 0,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 50,0% 50,0% 100,0% 100,0% 50,0% 50,0% 83,3% 81,9% 18 Criação da biblioteca virtual para uso da DSIVA e posterior divulgação aos restantes Serviços 19 Criação no sítio da DGCI de um espaço próprio em termos de IVA 20 Apoio aos SP nacionais que realizem operações localizadas noutros EM 21 Apoio aos SP não registados em Portugal, mas que aqui pretendam realizar operações 22 Desmaterializar o procedimento de autorização de tipografias permitindo que os pedidos sejam submetidos através da Internet 23 Colaboração com o CEF na reformulação do D. L. 241/86, de 20 de Agosto 24 Alterações à Declaração Periódica e respectivos anexos Total 50,0 Unidades orgânicas N.º 93 Esta Direcção de Serviços propôs-se realizar um sistema de cadastro de gestão das tipografias autorizadas para impressão de documentos, que foi iniciado e apresentado à DGITA para desenvolvimento, tendo transitado para o ano seguinte (projecto informático). Os restantes projectos (não informáticos) foram na sua maioria concretizados e apresentaram uma realização média de 83,3%. Destes apenas dois não foram iniciados (12 e 18). Em síntese, destacaram-se as seguintes actividades: • Foram scanarizadas todas as informações. • Foram resolvidos 14 776 dos 18 313 processos entrados e transitados. • Deu-se início ao processo de alterações da declaração periódica. • Realizaram-se sessões de esclarecimento, no âmbito da aplicação do Dec-Lei 21/2007. • Realizaram-se 23 reuniões do Comité IVA . • Foi prestado apoio técnico em matéria legislativa do IVA. D. S. de Imposto Municipal Sobre Imóveis N.º Descrição do Projecto Proj. Informáticos 100,0% 100,0% 2 Melhoria do sistema de liquidação do imi 100,0% 100,0% 3 Disponibilização na internet e na intranet de todos os pedidos de isenção 50,0% 50,0% 4 Aplicação para acesso directo à obtenção de dados estatísticos de gestão 50,0% 50,0% 5 Interface com os notários – aperfeiçoamento 20,0% 20,0% 6 Aperfeiçoar e desenvolver interface com os municípios 90,0% 90,0% 100,0% 100,0% 20,0% 20,0% 10,0% 10,0% 8 Regularização de regimes excepcionais de cobrança 9 Alteração às matrizes urbanas com avaliação imi – com reclamação nos termos doartº 130 do cimi 10 Alteração à matriz e liquidação / cobrança por alteração de titular e com liquidações já pagas 11 Actualização do valor patrimonial tributário nos termos do artº 138º do cimi 25,0% 25,0% 100,0% 100,0% 12 Concepção de modelo de declaração de reclamação à matriz – sem avaliação 20,0% 13 Actualização do manual de imi Unidades orgânicas Tx. Real. 1 Alteração da modelo 1 7 Implementação e recolha da matriz predial rústica 94 Proj. Não Informátic os 20,0% 50,0% 50,0% 14 Continuação da informatização dos processos com doutrina 100,0% 100,0% 15 Continuação da disponibilização de faq’s sobre imi 100,0% 100,0% 83,3% 62,3% Total 57,1% O plano de actividades comportou no âmbito da melhoria da eficiência e da eficácia a inclusão de vários projectos com especial incidência para os que envolviam o desenvolvimento de novas funcionalidades e reformulação de alguns procedimentos informáticos que, por questões de calendarização alheias à DSIMI, foram preteridos em relação a outros projectos tidos como mais prioritários de outros âmbitos. Assim, e embora se tenham conseguido formalizar alguns documentos, nomeadamente os que se prendem com a melhoria do sistema de liquidação, de tratamento de suspensão de liquidação e gestão de isenções, a articulação destas propostas ainda não foi consubstanciada no sistema informático. Apesar dos constrangimentos referidos, foi possível: • Proceder à alteração da declaração modelo 1 do IMI, de forma a adequa-la às alterações legislativas entretanto ocorridas, e que entraram em vigor no segundo semestre do ano; • Melhorar a aplicação informática da inserção das taxas normais, bem como das majorações e minorações disponibilizada aos Municípios; • Aperfeiçoar o modelo de comunicação dos dados da liquidação aos Municípios. No âmbito da melhoria da produtividade e dos níveis de desempenho, • Procedeu-se à manutenção das FAQ’s de IMI, ao aperfeiçoamento do tratamento da informação provinda dos Notários, ao desenvolvimento do sistema de apoio à decisão, com vista a uma maior facilidade no controle dos intervenientes no processo, através da aplicação para acesso directo à obtenção de dados estatísticos; • Programaram-se acções de formação em colaboração com o Centro de Formação e a DGITA, no âmbito da implementação da informatização das matrizes prediais rústicas, tendo em vista não só a formação dos utilizadores locais, como também dos funcionários da Direcção de Serviços; • Colaborou-se com o Centro de Formação, disponibilizando-se formadores, para uma multiplicidade de acções de formação sobre IMI; • As questões colocadas por escrito e por e-mail, quer sob a forma de petições, consultas, exposições, bem como os recursos hierárquicos e pedidos de isenção, evidenciaram um • Movimentaram-se e concluíram-se 469 processos de cadastro; • Foram remetidos a diversas entidades 4 809 ofícios; • Elaboraram-se 3 493, informações e pareceres diversos; • Foram prestadas, presencialmente e por telefone 2 352 informações a diversos contribuintes; • Apesar da alteração legislativa, foram, ainda, emitidas 1 616 certidões sobre a existência de bens imóveis. Unidades orgânicas acréscimo de realização, tendo-se instaurado 2 354 processos e findado 2 438; 95 No âmbito da redução dos custos de contexto: • Aperfeiçoaram-se e desenvolveram-se novas funcionalidades na interface com os municípios, com o objectivo de facilitar e agilizar a transmissão de informação e coadunar as adaptações decorrentes das alterações ao normativo legal; • Encetaram-se os estudos com vista a concepção de modelos que permitam a automatização de alterações a levar à matriz urbana, por força de reclamações, em prédios com avaliação já efectuada nos termos do CIMI; • Em termos de matriz predial rústica, concluiu-se o projecto e iniciou-se a sua implementação e recolha informática; dada a sua dimensão, houve necessidade de alocar a este projecto mais meios face à complexidade e diversidade de informação a tratar e a temporalidade de execução prevista, final de 2008; • Atendendo ao bom andamento dos trabalhos de recolha, é expectável a sua conclusão antecipada, Junho de 2008, uma vez que no final do ano se verificava encontrarem-se já informatizadas 8.720.000 matrizes das 11.633.226 matrizes rústicas existentes; ou seja 75% da informatização, foi conseguida no decurso de segundo semestre. Em conclusão, refere-se o seguinte: • Face aos objectivos e linhas gerais de actuação, visando garantir a arrecadação do Imposto Municipal sobre Imóveis, o conjunto de acções desenvolvidas permitiu um aumento do valor de liquidação o qual se traduziu num crescimento da receita de 13,35%. • Dada a amplitude da actividade da DSIMI, agravada pela entrada em vigor do NRAU, a DSIMI refere ser necessário o reforço de recursos humanos. • As questões colocadas por escrito, quer sob a forma de petições, consultas, exposições, etc., são em elevado número, o que não facilita a recuperação do número de pendências. • Uma grande parte destas questões é colocada pelos Serviços de Finanças e pelos Monitores Distritais de IMI, denotando ainda uma deficiente interpretação e familiarização com as normas e com a aplicação informática do IMI. A actividade da DSIMI tem-se concentrado mais na gestão de um volume considerável de Unidades orgânicas processos, em detrimento das competências próprias de um serviço central, coordenador, 96 orientador das decisões administrativas, impulsionador de inovações e mudanças. D.S. do Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis do Imposto do Selo, dos Impostos Rodoviários e das Contribuições Especiais N.º Descrição do Projecto Proj. Informátic os Proj. Não Informáticos Tx. Real. 1 Sistema de reclamação das liquidação de IMT 80,0% 80,0% 2 Criação de um sistema de gestão de processos 80,0% 80,0% 100,0% 100,0% 0,0% 0,0% 100,0% 100,0% 6 Sistema de liquidação adicional e de reclamação das liquidações de IS- tg 0,0% 0,0% 7 Criação de um sistema de determinação do Valor Tributável das Participações Sociais para efeitos de IS-tg 8 Informatização da liquidação adicional dos restantes factos sujeitos a IMT 0,0% 0,0% 100,0% 100,0% 0,0% 0,0% 10 Informatização dos restantes factos sujeitos a IMT e a IS-tg 0,0% 0,0% 11 Criação de um sistema de indicadores estatísticos 0,0% 0,0% 100,0% 100,0% 3 Sistema de liquidação do novo imposto sobre veículos - IUC 4 Criação de um sistema de Revisão e Reclamações (SIGEPRA) dos Impostos Rodoviários 5 Sistema de controlo das isenções de IMT/IS 9 Reformulação da declaração mod. 11 12 Sistema de detecção de infracções supra referenciadas e sua remessa para o SCO 13 Difundir, pelas vias tradicionais ou via página da intranet da DGCI, a doutrina considerada fundamental. 14 Emitir instruções sobre o funcionamento das aplicações informáticas existentes e esclarecimentos sobre as normas que regem estes impostos 15 Alteração à forma de reconhecimento das isenções de IMT, alargando o leque das isenções de reconhecimento automático 16 Propor que todas as transmissões de imóveis sejam objecto de liquidação de IMT independentemente da existência ou não de imposto a pagar 17 Detecção do cumprimento declarativo dos contribuintes 18 Criar novos mecanismos de articulação entre a DGCI e os meios policiais na fiscalização dos impostos rodoviários Total 46,7% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 0,0% 0,0% 100,0% 100,0% 0,0% 0,0% 66,7% 53,3% No âmbito das suas atribuições, a DSIMT propôs-se prosseguir três objectivos, designadamente “Melhorar a qualidade do serviço prestado e aumentar o valor acrescentado da sua actividade”, “Implementar mecanismos de controle inspectivo das obrigações dos contribuintes” e “Implementar as medidas necessárias à reforma dos impostos rodoviários”. No contexto do 1º objectivo, foi criada uma aplicação informática de liquidação oficiosa de IMT • Efectuaram-se 60.490 liquidações de IMT, no valor total de 5.861.481€. • Foram analisadas 463.234 declarações mod. 1/IMT e pagas 70.457 liquidações adicionais, no valor total de 88.558.975€. • Em sede do Imposto do Selo, obteve-se um nível de liquidação excelente, tendo em consideração o que sucedia em sede dos impostos abolidos. • Em 31/12/2007, 83% das participações encontravam-se liquidadas, Unidades orgânicas que conduziu aos seguintes resultados: 97 • Foram emitidas, com imposto, 56.870 liquidações, no valor global de 71.9879.438€. Foram ainda desenvolvidas em 2007 duas aplicações, designadamente de liquidação adicional de IS- tg (Transmissões Gratuitas) e de Revisão e Reclamações (SIGEPRA) do IMT e do IS (Transmissões Gratuitas) que se encontram em fase de conclusão. Prestou-se apoio aos Serviços de Finanças mediante: • A criação de um sistema de indicadores estatísticos e de gestão, quantitativos e qualitativos, englobando os diferentes níveis de organização (Local/Regional/Nacional), • A difusão, pelas vias tradicionais ou via página da intranet da DGCI, de doutrina considerada fundamental, • Emissão de instruções sobre o funcionamento das aplicações informáticas existentes e esclarecimentos sobre as normas que regem estes impostos. Apresentaram-se propostas de simplificação de algumas normas existentes. No contexto do 2º objectivo, foram promovidas as seguintes acções de controlo: Em relação ao Imposto do selo, Por falta de entrega da participação mod.1: • Em virtude dos óbitos ocorridos em 2004 – 8.163 contribuintes; • Por factos constantes da mod. 11, nomeadamente doações – 9.759 contribuintes Por falta de liquidação das participações – 48.675 declarações; Unidades orgânicas Em relação ao IMT, 98 • Por falta de liquidação de IMT em transmissões gratuitas – 156 contribuintes; • Por falta de liquidação de IMT em procurações irrevogáveis – 475 contribuintes; • Aplicação de taxa incorrecta – 1.809 transmissões; • Para controle de benefícios atribuídos – 3.150 contribuintes; • Por factos constantes da mod. 11 – 14.511 transmissões; • Por falta da entrega da mod. 1 do IMI – 27.657 prédios • Benefícios fiscais prédios para revenda – 1.350 prédios; Em relação à SISA, • Benefícios fiscais prédios para revenda – 4.223 prédios; • Autos de notícia comunicados ao SCO – 27.657 contribuintes. No contexto do 3º objectivo, foi criada uma aplicação informática para a liquidação do Imposto Único de Circulação. Como resultados expressivos, destacam-se ainda: • A cobrança record de IMT de 900 milhões de euros, quase o dobro do que se cobrou em 2004 (primeiro ano da reforma do património) e + 35% do que em 2006. • A cobrança de 1.732 milhões de euros em Imposto do Selo, + 5,5% do que em 2006. Este crescimento superou em 61 milhões € o valor orçamentado e sustentou-se nas rubricas Operações financeiras (+14%) e Transmissões Gratuitas (+26%). • Foi dada resposta a mais de 3.200 e-mail. Por último, salienta-se que o campo do saneamento de processos constitui a área crítica da DSIMI só passível de ter melhores resultados quando houver lugar a reforço, em termos quantitativos e qualitativos, dos recursos humanos afectos à unidade orgânica. A evolução dos processos foi a seguinte: Ano Divisão do IMT 2006 2007 Divisão do Imposto do Selo 2006 2007 Total em 2006 Total em 2007 Saldo do ano anterior 1865 3142 1178 1407 3043 4549 Instaurados 2413 2527 1240 1354 3653 3881 Soma 4278 5669 2418 2761 6696 8430 Findos 1136 1426 1011 634 2147 2060 Saldo para o ano seguinte 3142 4243 1407 2127 4549 6370 Implementação do sistema informático do NRAU e da Porta 65; Colaboração no Balcão das Sucessões e na Casa Pronta Unidades orgânicas No âmbito do SIMPLEX esta Direcção de Serviços colaborou ainda nos seguintes projectos: 99 D.S. de Avaliações N.º Descrição do Projecto 1 Participação no desenvolvimento de Data Warehouse para a monitorização das avaliações de prédios urbanos 2 Participação no desenvolvimento e implementação de aplicação informática que possibilite o cálculo dos salários dos peritos. 3 Dotar a DAS e os SFs de requisitos técnicos (Hardware e Software) que permitam a leitura, medição e impressão de plantas ou cartografia enviadas pelos municípios e pelos contribuintes. Capacidade de validação das áreas declaradas pelo contribuinte em sed 4 Optimização da aplicação de gestão de avaliações e sua adaptação às novas regras do Novo Regime do Arrendamento Urbano 5 Implementação de metodologias que permitam a avaliação correcta de todo o tipo de prédios 6 Colaborar com a DGITA na actualização da cartografia que serve de base ao SIGIMI 7 Estudos conducentes à tomada de decisões por parte da CNAPU 8 Relatórios mensais sobre o estado das avaliações nos diferentes serviços e direcções de finanças 9 Envio aos peritos de informação e aconselhamento técnico necessário ao correcto desempenho nas acções de avaliação. 10 Acções de formação dos novos peritos locais e regionais 11 Elaboração do manual de avaliação, 3ª versão 12 Colaborar na comissão técnica para aplicação e gestão do protocolo celebrado entre a DGCI e o INE, designadamente, entre o Sistema de Informação das Operações Urbanísticas (SIOU) e o Sistema de Informação Geográfico do IMI (SIGIMI) 13 Colaborar no grupo técnico da aplicação do Sistema Nacional de Exploração e Gestão de Informação Cadastral (Sinergic) Total Proj. Informáti cos Proj. Não Informátic os Tx. Real. 70,0% 70,0% 75,0% 75,0% 0,0% 0,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 74,2% 100,0% 100,0% 50,0% 50,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 50,0% 50,0% 25,0% 25,0% 75,0% 74,6% No âmbito da análise de cada um dos programas/projectos inscritos, verifica-se o seguinte: • Em relação aos projectos informáticos, apenas estão concluídos os indicados em 4,5 e 6, enquanto que os referidos em 1 e 2 estão parcialmente cumpridos, com uma realização igual e superior a 70%, estando a sua conclusão dependente de intervenção da DGITA e o referido em 3 falta portaria regulamentar e desenvolvimento por parte da DGITA; a taxa de realização global deste tipo de projectos situou-se nos 74%. • Em relação aos projectos não informáticos, estão concluídos os indicados em 7, 9, 10 e 11; os nºs 8 e 12 situaram-se nos 50% pelo facto de, no primeiro caso, se ter optado por relatórios trimestrais e no segundo por se encontrar dependente de outras entidades que lideram essa Unidades orgânicas iniciativa. O projecto nº 13 apresentou uma taxa de realização de 25% por se encontrar em 100 fase experimental numa zona piloto; a taxa de realização global deste tipo de projectos situouse nos 75%. Taxa de execução O ano de 2007 termina com a taxa de realização média (por SF) de 95%, num intervalo que varia entre o máximo de 100% e um mínimo de 76%. A taxa de execução média para o ano de 2006 foi de 94%. As avaliações que decorreram em 2007 distribuíram-se pelos seguintes âmbitos: • De modelos 1 entregues durante o ano de 2007 realizaram-se 384.713 avaliações; • De modelos 1 referentes a anos anteriores a 2007 realizaram-se 117.756 avaliações; • De pedidos de avaliação no âmbito NRAU realizaram-se 1.344 avaliações. • (O nº inferior de avaliações em relação ao expectante deve-se à falta de pedidos de avaliação neste âmbito por parte dos sujeitos passivos); • De pedidos de avaliação a prédios penhorados realizaram-se 11.656 avaliações; • (O nº inferior de avaliações em relação ao expectante deve-se à falta de pedidos de avaliação neste âmbito); • De pedidos de segunda avaliação realizaram-se 11.724 avaliações. Foi esta a distribuição distrital das avaliações: Fichas Avaliadas Nº de Fichas 350.000 175.000 Horta P.Delgada Funchal Viseu A.Heroismo Vila Real Setúbal V.Castelo Porto Santarém Portalegre Leiria Lisboa Faro Guarda Évora Coimbra Bragança C. Branco Beja Braga Aveiro 0 Número total de processos instaurados Foram instaurados durante o ano 366 processos (internos e externos), tendo sido findos 122 do ano. Unidades orgânicas ano (e 237 no total), o que corresponde a uma taxa de realização de 33% para os processos do 101 Nomeação e formação dos peritos Realizaram-se 2 acções de formação aos novos peritos locais e regionais. Em Maio e Junho de 2007 os técnicos da DSA realizaram acções de formação a todos os peritos locais responsáveis pelo novo zonamento. No segundo semestre deram-se início aos trabalhos de supervisão do zonamento-2008 a realizar por todos os peritos locais nos respectivos municípios e que estará concluído no primeiro semestre de 2008. D.S. de Cobrança N.º Descrição do Projecto Proj. Informáticos 1 Emissão de notas de cobrança de PEC e PPC (IRC) 2 Integração do IVA no SGFF 3 Módulo de infracções – Sistema do IVA Proj. Não Informáticos 100,0% Tx. Real. 100,0% 0,0% 0,0% 30,0% 30,0% 4 Orçamento do Estado para 2007 100,0% 100,0% 80,0% 80,0% 6 Melhoria do nível de actuação dos serviços 100,0% 100,0% 7 Contribuição para o aprofundamento da missão da DGCI 100,0% 100,0% 95,0% 72,9% 5 Simplificação dos procedimentos de cobrança Total 43,3% A DSC tem atribuições directas em matéria de arrecadação das receitas dos impostos, nas mais diversas áreas – rendimento, património, consumo e despesa - sendo responsável pela cobrança de uma parte determinante da receita do Estado e das receitas municipais. A sua actividade focou-se ainda no tratamento de: • 44.835 Processos de IR findos de um universo de 50.118; • 2.124 Processos de CA/IMI findos dos 2.187 existentes; • 30.492 Processos de IVA concluídos de um universo de 32.812; • 91.057 Liquidações oficiosas de IVA no valor de 154.115 milhões de euros foram objecto de Unidades orgânicas “fecho anual”; 102 • 400 Liquidações adicionais no valor de 863 milhões de euros foram objecto de “fecho anual”; • 187 Liquidações oficiosas no valor de 22 milhões de euros foram objecto de “fecho anual”; Salientam-se os constrangimentos ao nível dos recursos humanos afectos, nomeadamente a falta de técnicos da carreira de administração tributária. D. S. de Reembolsos N.º Descrição do Projecto Proj. Informáticos Proj. Não Informáticos Tx. Real. 1 Automatização e tratamento dos pedidos de penhoras de créditos de ent. Terceiras (Tribunais, solicitadores, etc) 2 Pedido electrónico da restituição do IVA - DL 20/90 de 13 de Janeiro 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 3 Pedido electrónico da restituição do IVA - DL 143/86 de 16 de Junho 100,0% 100,0% 4 Revisão dos documentos de comunicação com o exterior 100,0% 100,0% 5 Controle dos enefícios fiscais dos contribuintes com dividas 100,0% 100,0% 6 Incentivar e motivar a colaboração dos funcionários 100,0% 100,0% 7 Controle interno e análise dos pedidos de reembolso solicitados por contribuintes considerados de risco Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% No âmbito das competências atribuídas a esta Direcção de Serviços, os projectos e as acções planeadas no plano de actividades foram na íntegra cumpridos sendo de realçar: • Foram alterados os diplomas: Decreto-Lei n.º 143/86, de 16 de Junho – Restituição do IVA às Representações Diplomáticas e Consultares e ao seu pessoal não nacional, bem como a certas Organizações Internacionais e Decreto-Lei n.º 20/90, de 13 de Janeiro - Restituição do IVA à Igreja Católica, Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e Cooperativas de Solidariedade Social. • Foi implementada uma nova aplicação informática e alterados procedimentos internos para a dispensa de remessa de documentos de suporte ao IVA passando a efectuar-se através de transmissão electrónica às entidades abrangidas por aqueles diplomas. • No âmbito das penhoras de créditos, foi criada uma aplicação online na Internet e na Intranet, que permite a recolha das ordens de penhora submetidas por entidades terceiras, e alterado o processo de compensação automática para integrar o tratamento das ordens de penhora de entidades terceiras. • Foram reduzidos de 11 000 para 4 000 o saldo dos processos de restituição de IVA solicitados ao abrigo do DL nº 20/90 e 143/86. • No ano de 2007 os pedidos informados e decididos na DSR ao nível de juros indemnizatórios • Foi disponibilizada aos solicitadores uma aplicação via electrónica para submeterem os pedidos de penhora de créditos de IR. • No âmbito dos reembolsos ao abrigo da Convenção sobre a Dupla Tributação foi criada uma funcionalidade que veio permitir a restituição do substituto tributário para o beneficiário. Unidades orgânicas foi de € 935 255,66. 103 • No contexto da aplicação informática “ Sistema de Cobrança de CA”, no ano de 2007 foram tratados 37 323 reembolsos distribuídos pelos diversos anos fiscais, em que a CA esteve em vigor. • No âmbito da aplicação informática “Gestão de Fluxos Financeiros - IMT” foram instaurados 503 processos administrativos. • Participação em Grupos de Trabalho no processo de implementação do Despacho Normativo nº 53/2205, no Regime de Renúncia à Isenção do Iva nas operações relativas a Bens Imóveis, Modelo de controlo dos sujeitos passivos que renunciam a isenção de IVA e parâmetros de matriz de risco a que estão sujeitos os reembolsos de IVA. D.S. de Contabilidade e Controlo N.º Descrição do Projecto 1 Sistema de Contabilidade Integrada da DGCI 2 Digitalização dos cheques (compensação directa) nas Secções de Cobrança Total Proj. Informáticos Proj. Não Informáticos Tx. Real. 50,0% 50,0% 0,0% 0,0% 25,0% 25,0% Fazendo uma síntese do que mais relevante se realizou nesta DS, destaca-se o seguinte: Na área da Contabilidade • Foram elaboradas as tabelas modelos 5, 28 e 30 dos Impostos sobre o Rendimento, Imposto do Selo, Impostos Rodoviários, Imposto Único de Circulação, Directiva da Poupança e Execuções Fiscais do Continente, da Região Autónoma da Madeira e Região Autónoma dos Açores, além das tabelas consolidadas (Nacional); • Carregamento no Sistema Central de Receitas (SGR) dos saldos transitados e importâncias orçamentadas para cada um dos impostos acima referidos, bem como do lançamento dos registos contabilísticos mensais; • Elaboração, em conjunto com a DGITA, do ficheiro de cobrança dos pagamentos efectuados no estrangeiro e posterior remessa ao Instituto de Gestão de Tesouraria e do Crédito Público Unidades orgânicas (IGCP) para processamento na contabilidade; 104 • Elaboração da Conta de Responsabilidade do IVA. Na área do controlo • Controlo das Contas de Gerência dos 378 Serviços da DGCI com funções de Cobrança e acompanhamento mensal das contas bancárias da DGCI. • Acompanhamento da receita fiscal com apuramento diário dos valores dos impostos (IRS IRC, IS, IVA, IR e IUC) cobrados pelas entidades IGCP, SC, CTT, SIBS e instituições de Crédito – Cobrança voluntária e da cobrança coerciva. • Análise comparativa dos montantes da receita, respectivos encargos e transferências, elaboração de mapas estatísticos e apuramento dos valores transferidos para outros orçamentos e entidades externas. Nas competências que estão atribuídas a esta DS, colaborou com outras entidades em reuniões de trabalho no âmbito da Contabilidade Pública, com a Inspecção Geral de Finanças, com a DGITA na implementação de novas aplicações informáticas, com a DGAIEC, Ministério do Ambiente, Instituto de Mobilidade dos Transportes Terrestres (IMTT), Instituto dos Portos e Instituto dos Registos e Notariado (IRN) no âmbito da reestruturação do novo Imposto Automóvel, tendo também colaborado nas propostas de legislação de carácter administrativo e fiscal. D. S. de Registo de Contribuintes N.º Descrição do Projecto Proj. Informáticos Proj. Não Informáticos Tx. Real. 1 Alteração de Representante via Internet 50,0% 50,0% 2 Visão Integrada do Contribuinte 10,0% 10,0% 3 Indicação do grau de deficiência como dado cadastral 90,0% 90,0% 4 Submissão das declarações de cadastro via Internet – Fase II 100,0% 100,0% 5 Integração do IBAN / NIB como dado cadastral 100,0% 100,0% 6 Saneamento de cadastro 100,0% 100,0% 75,0% 75,0% Total A DSRC tem por missão assegurar a realização de tarefas tendentes à manutenção e actualização da base de dados do Sistema de Registo de Contribuintes, actualização das tabelas gerais de colectivas. Devido à descentralização da recolha dos documentos de cadastro pelos serviços locais de finanças bem como à desmaterialização de vários serviços através da Internet, o trabalho desenvolvido nesta Direcção de Serviços, centra-se mais no tratamento dos procedimentos de origem oficiosa. Unidades orgânicas suporte aplicacional e atribuição do número de identificação fiscal a pessoas singulares e 105 Assim, resumindo, a sua actividade centrou-se: • Foram recolhidas 956 218 declarações de actividade a nível nacional, emitidos 56 244 cartões de contribuinte pessoa colectiva, inscritos 354 858 novos contribuintes singulares e alterados 1 277 392. Foram ainda efectuados 186 456 pedidos de 2ª via de cartão de identificação fiscal para pessoa singular. • Disponibilização de novas funcionalidades na Internet, nomeadamente: Submissão de todas as declarações de actividade Indicação do IBAN Gestão de representantes • Foram efectuados os reenquadramentos automáticos a; 9 932 Contribuintes em sede de IVA 111 734 Contribuintes em sede de IRC 665 863 Contribuintes em sede de IRS • Implementação do WEB-Service com o Ministério da Justiça para averbamento das datas de dissolução / encerramento da liquidação efectuadas nas Conservatórias. • Participação em vários grupos de trabalho com outros Ministérios no desenvolvimento e implementação dos projectos, SICAE, cartão do Cidadão, Nascer Cidadão, Balcão Perdi a Carteira e Balcão de Heranças e Sucessões e Dissolução na Hora. D. S. de Planeamento e Coordenação da Inspecção Tributária N.º Descrição do Projecto 1 Levantamento do auto de notícia Tx. Real. 100,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 4 Dc – único na web 80,0% 80,0% 5 Estatísticas de liquidação e cobrança – projecto associado: dc-único na web 80,0% 80,0% 6 Controlo de faltosos da declaração anual 100,0% 100,0% 7 Manutenção dos projectos informáticos da inspecção tributária 100,0% 100,0% 8 Declaração anual de informação contabilística e fiscal 100,0% 100,0% 80,0% 80,0% 9 Dossier do contribuinte – projecto associado: dc-único na web 10 Disponibilização do i2 Unidades orgânicas Proj. Não Informático s 100,0% 2 Emissão de avisos após detecção de faltas ou divergências. Nas entregas das retenções 3 Constituição de um cadastro de operadores intracomunitários 106 Proj. Informáticos 11 Criação de novos modelos no datawarehouse 12 Obrigações de terceiros 80,0% 80,0% 100,0% 100,0% 80,0% 80,0% 13 Reformulação da aplicação do acompanhamento permanente 0,0% 0,0% 14 Relatórios estatísticos – projecto associado: dc-único na web 80,0% 80,0% 15 Selecção de contribuintes – projecto associado: dc-único na weber Total 0,0% 0,0% 65,3% 65,3% As actividades desenvolvidas com vista a cumprir o previsto no Plano de Actividades, na sua maioria foram integralmente cumpridas. Verificou-se a implementação de novos projectos informáticos, além do desenvolvimento de alguns iniciados no ano anterior, ambos conducentes ao aperfeiçoamento e melhoria da Inspecção Tributária. O nível de realização final foi de 65,3%, sendo que esta DS está em permanente colaboração nas actividades operacionais com a DSIT, DSIFAE e DFs, contribuindo indirectamente para execução final dos seus resultados. Na área de Estudos e Coordenação cumpriram-se as actividades previstas nomeadamente; a análise de procedimentos em uso nas acções Inspectivas tendo em vista a sua uniformização, a divulgação pelos Serviços de Inspecção Regionais, de estudos sectoriais desenvolvidos a nível central e regional, o desenvolvimento e actualização de manuais de apoio à IT e o desenvolvimento de metodologias de apoio à implementação de acções especiais. Na área do Planeamento e Apoio Técnico todas actividades foram integralmente cumpridas nomeadamente; a elaboração do Relatório de Actividades de 2006, a avaliação mensal de Resultados da IT, a elaboração do PNA IT 2008 e a selecção de contribuintes para inspecção. Verificou-se também a implementação de novos projectos informáticos, além do desenvolvimento de alguns iniciados no ano anterior, ambos conducentes ao aperfeiçoamento e melhoria da actividade da Inspecção Tributária, nomeadamente os relativos à selecção de contribuintes e ao cruzamento de informação, tendo em vista o combate à fraude e evasão fiscal. D.S. de Investigação da Fraude e Acções Especiais Descrição do Projecto Proj. Informáticos Proj. Não Informáticos Tx. Real. 1 Controlo de novos contribuintes 80,0% 80,0% 2 Repositório anti-fraude de contribuintes em vigilância 80,0% 80,0% 3 Repositório anti-fraude de contribuintes em investigação 80,0% 80,0% 4 Repositório anti-fraude de entidades suspeitas 80,0% 80,0% 100,0% 100,0% 5 Cruzamento de informação de SP de risco, com utilização do “Data Warehouse” 6 Anomalias VIES 50,0% 50,0% 7 Análise e acompanhamento de denúncias 100,0% 100,0% 8 Cruzamento de informação relativa a clientes e fornecedores (anexos O e P da Declaração Anual) 9 Cooperação Técnica e Administrativa e Assistência Mútua 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 90,0% 87,0% 10 Gestão do Programa Fiscalis Total 84,0% A DSIFAE é uma unidade orgânica que tem como missão a luta contra a evasão e fraude fiscais. No âmbito das suas competências, actuou sobre sectores considerados de risco, tendo realizado diversas acções com vista à consecução dos seus objectivos, que a seguir se sintetizam. Unidades orgânicas N.º 107 Fraude intracomunitária ao IVA: • No âmbito das investigações efectuadas a esquemas de fraude carrossel foram cessadas oficiosamente sociedades identificadas como missing traders14. Além destas foram ainda cessadas sociedades que actuavam fora do sistema, ou seja na economia informal, que em conjunto causaram ao Estado um prejuízo estimado no montante de 70 M€; • A DSIFAE participou em 4 controlos multilaterais, 3 com a administração fiscal alemã e 1 com a administração fiscal holandesa; • Criou repositórios mensais dos novos operadores que se registam em cadastro e monitorizou o comportamento fiscal dos operadores seleccionados; Fraude associada às facturas falsas na construção civil: • No sector da construção civil, as acções efectuadas pela DSIFAE, a partir de inspecções efectuadas a algumas grandes obras, tiveram como objectivo a identificação de cadeias de prestadores de serviços (subempreiteiros) que permitem o branqueamento de facturas falsas, bem como a detecção de emitentes e utilizadores dessas facturas. Na sequência dessas investigações foram instaurados 3 inquéritos, cuja investigação está a cargo de equipas mistas DGCI / PJ. Fraude associada aos cartões virtuais de chamadas telefónicas: • Durante o ano de 2007 prosseguiu-se a investigação de esquemas de fraude associados ao negócio dos cartões virtuais de chamadas telefónicas, tendo-se identificado os principais operadores no mercado nacional e respectiva facturação de tráfego de telecomunicações para prestadores de serviços, nacionais e estrangeiros. Esta investigação permitiu identificar distribuidores nacionais de cartões e detectar que parte do negócio dos cartões entra em circuitos da economia paralela. Fraude ao IVA no sector das sucatas: • No âmbito do acompanhamento dos operadores envolvidas no negócio da sucata, foram Unidades orgânicas identificados alguns esquemas de fraude com o envolvimento de diversos operadores 108 nacionais e espanhóis, em que os primeiros facturaram aos segundos operações fictícias, tendo também sido identificado um elevado número de operadores não registados, a montante dos circuitos económicos. 14 Empresas utilizadas em esquemas de fraude carrossel; Fraude associada à economia paralela e ao branqueamento de capitais: • As acções desenvolvidas neste âmbito tiveram como objectivos principais a investigação de operações financeiras suspeitas, associadas ao branqueamento de capitais e a pagamentos a não residentes, tendo-se traduzido em acréscimos à matéria colectável de IRC de € 7 milhões, ao rendimento tributável de IRS de € 1,7 milhões, correcções ao cálculo de impostos no valor de € 2,2 milhões e entregas adicionais de IVA no montante de € 0,55 milhões. Investigação conjunta DSIFAE/PJ • Em 2007 a DSIFAE participou com competências delegadas pelo MP em equipas mistas com a Polícia Judiciária, intervindo na investigação de 20 inquéritos, 18 dos quais ainda em curso, sendo a fraude estimada no montante de 17 M€. Investigação de inquéritos pela DSIFAE • Investigação de dois processos de inquérito, instaurados pelo Ministério Público (MP), que delegou competências na DSIFAE para investigação. Cooperação com outras entidades • Em 2007 a DSIFAE, no âmbito das suas competências, cooperou com diferentes entidades, nomeadamente com a DCICCEF / PJ, o DCIAP, a DGAIEC, o SEF e a Brigada Fiscal da GNR. Eurocanet • Recebeu-se informação relativamente a 120 empresas portuguesas, clientes de operadores fraudulentos localizados nos outros Estados Membros. Acompanhou-se e forneceu-se dados relativamente a 26 empresas portuguesas e foi possível constatar que várias dezenas de sujeitos passivos actuavam em Portugal como participantes activos em esquemas de fraude. Denúncias Foram analisados 2299 processos relativos a denúncias efectuadas quer por particulares quer por outras entidades Unidades orgânicas • 109 Troca de Informação • Foram formulados aos Estados membros 622 pedidos de informação, tendo sido recebidos dos Estados Membros 446 pedidos e foram enviadas 97 informações e recebidas 135 de natureza espontânea. Fiscalis • Organizou o acolhimento de 33 funcionários de Administrações Fiscais dos outros Estados membros e foi promovida a participação de 31 funcionários da DGCI em programas de Intercâmbio, organizados pelas Administrações Fiscais de outros Estados membros. Para além dos seus objectivos, a DSIFAE propôs-se também desenvolver dez projectos em 2007, tendo atingido um nível de eficácia elevado na sua implementação (87%), como se pode verificar na tabela supra. D.S. Justiça Tributária Unidades orgânicas N.º 110 Descrição do Projecto Proj. Informáticos Proj. Não Informáticos Tx. Real. 1 Consolidar os sistemas de informação por forma a tornar mais célere e eficaz a tramitação processual 2 Consolidar a reforma do Processo Tributário de forma a estabilizar o quadro legislativo nesta área de actuação 3 Apresentar contributos para uma adequada reestruturação dos Serviços de Justiça Tributária 4 Diagnosticar e controlar o serviço em atraso, privilegiando o recurso a sistemas automatizados de informação 5 Recuperar os atrasos processuais no âmbito do IVA e dos outros impostos 6 Promover a recuperação de processos em saldo nos Serviços Finanças (PAJUT) 7 Harmonizar as normas processuais do CPPT com os restantes códigos fiscais e com o RGIT. 8 Controlar e avaliar a evolução da actividade processual 70,0% 70,0% 65,0% 65,0% 45,0% 45,0% 80,0% 80,0% 70,0% 70,0% 75,0% 75,0% 65,0% 65,0% 75,0% 75,0% 9 Promover a formação técnica e processual 85,0% 85,0% 90,0% 90,0% 10 Coordenar estudos sobre a avaliação de fenómenos de fraude e evasão fiscal 11 Sistema de Controlo de Benefícios Fiscais – SICBEF 60,0% 60,0% 12 Sistema de Gestão das execuções Fiscais – SEF 65,0% 65,0% 13 Sistema electrónico de Citações e Notificações – SECIN 20,0% 20,0% 14 Sistema de Gestão das Contra – Ordenações – SCO 75,0% 75,0% 15 Sistema de Averiguações Criminais – SAVER 40,0% 40,0% 16 Rede de Transmissão de dados de entidades Terceiras – REDET 10,0% 10,0% 17 Sistema Informático de Compensação de dívidas em execução Fiscal com reembolsos 18 Cadastro Electrónico de Activos Penhoráveis – CEAP 85,0% 85,0% 90,0% 90,0% 19 Eficiência na Revisão de Actos Tributários. Sistema de Gestão de Processos de Revisão Administração (SIGEPRA) 20 Sistema de Gestão de Reversões – SIGER 40,0% 40,0% 25,0% 25,0% N.º Descrição do Projecto Proj. Informáticos 21 Sistema Informático de Gestão da representação da fazenda pública – SIGERFAP 22 Sistema de Gestão dos Serviços de Finanças – SIGESF 23 Sistema de Informação de Gestão Operacional – SIGEST Proj. Não Informáticos Tx. Real. 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 40,0% 40,0% 10,0% 10,0% 26 Sistema Informático de Gestão da Justiça Tributária – SIGJUT 0,0% 0,0% 27 Sistema Informático de Gestão de Procedimentos de Acção Cautelar – SIGPAC 28 Sistema de Gestão de Vendas Coercivas – SIGVEC 0,0% 0,0% 25,0% 25,0% 29 Sistema de Penhoras Automáticas – SIPA 70,0% 70,0% 30 Sistema Informático de Publicitação de Devedores – SIPDEV 95,0% 95,0% 0,0% 0,0% 24 Sistema Informático de Gestão Integrada de Devedores Estratégicos – SIGIDE 25 Sistema de Gestão de incidentes processuais – SIGIP 31 Sistema de Penhoras Electrónicas – SIPE Total 35,7% 72,0% 47,4% Durante o ano transacto, a Direcção de Serviços de Justiça Tributária desenvolveu um conjunto de acções tendentes a garantir a prossecução da recuperação das receitas tributárias, quer através da aplicação, gestão e controlo das medidas relativas ao Plano de Recuperação de Dívidas implementado ao abrigo do Decreto-Lei n.º 124/96, de 10 de Agosto, quer através do exercício das actividades decorrentes da normal tramitação dos processos de execução fiscal. As referidas diligências permitiram a esta unidade orgânica alcançar a maioria dos seus objectivos para 2007, sendo de destacar os seguintes resultados: • O forte incremento na efectivação de penhoras (+ 98%) e na realização de vendas (+ 41%), em consequência da nova dinâmica na tramitação dos processos de execução fiscal; • A superação da meta estabelecida para a cobrança coerciva – 1.600 milhões de euros; com efeito, a receita coerciva alcançou o valor de 1.633 milhões de euros, o que representa uma taxa de realização de 102% em relação ao objectivo fixado; • A redução significativa dos saldos dos processos de contencioso e de infracções tributárias, por força dos mecanismos implementados (automatizações e controlo), especialmente nas oposições à execução fiscal (- 21%) e nas contra-ordenações fiscais (- 64%); • O decréscimo do saldo da dívida exequenda, que baixou de € 15.550 milhões em 2006 para € • A instauração de cerca de 4.176 processos novos de inquéritos por crime fiscal, o que se traduz num total acumulado, em 31.12.2007, de 37.114 processos; • Foram efectuados diversos levantamentos das causas predominantes dos fenómenos de incumprimento das obrigações fiscais; Unidades orgânicas 14.658 milhões em 2007, o que corresponde a uma redução de 6%; 111 • No plano legislativo, foram apresentadas as alterações a introduzir no Código das Custas Judiciais para que o Estado passe a estar dispensado da taxa de justiça inicial nos Tribunais Comuns, foram introduzidas alterações pontuais à LGT, ao CPPT e ao RGIT, e avançou-se com a elaboração do projecto legislativo para adaptação do contencioso administrativo em sede tributária; • No âmbito da cooperação com outras entidades, foram encaminhados para a Policia Judiciária os processos relativos a crimes fiscais em que esta entidade detém competência exclusiva mercê das suas características, e foram desenvolvidos trabalhos visando assegurar o cruzamento de dados entre a DGCI, a Segurança Social, a Policia Judiciária, as Conservatórias, a DGAIEC e outras entidades públicas. Relativamente aos projectos desenvolvidos por esta DS, importa referir que, se os de natureza não informática tiveram uma taxa de realização elevada, já os projectos propriamente informáticos apresentam uma implementação substancialmente menor, por motivos alheios à unidade orgânica, designadamente, o facto de dependerem do impulso de outros serviços para a sua cabal execução. Centro de Estudos Fiscais N.º Descrição do Projecto 1 Na área dos estudos: Realizar estudos, por solicitação superior, com vista a possibilitar a tomada de decisões legislativas 2 (a) Elaborar estudos preparatórios e propostas a integrar na proposta de lei orçamental para 2008 3 (b) Centralizar os trabalhos preparatórios da proposta de lei OE 4 (a) Dar pareceres sobre propostas de alterações legislativas superiormente remetidas 5 (b) Elaborar observações e contestações nos processos de contencioso comunitário 6 eu Preparar projectos de respostas às Notificações para Cumprir e Pareceres Fundamentados da Comissão Europeia (fase précontenciosa) 7 Negociação de CDTs: Terminar processo negocial CDT’s já iniciado 8 Publicações: 2 números do Boletim CTF e 2 Cadernos CTF Unidades orgânicas 9 Comité dos Assuntos Fiscais (OCDE) – 2 reuniões 112 Proj. Informáticos Proj. Não Informáticos Tx. Real. 50,0% 50,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 50,0% 50,0% 80,0% 80,0% 100,0% 100,0% 10 Grupo Trabalho N.º 1 (OCDE) – 2 reuniões 100,0% 100,0% 11 Grupo Trabalho N.º 21 (OCDE) – 2 reuniões 100,0% 100,0% 12 Grupo Trabalho N.º 6 (OCDE) – 2 reuniões 50,0% 50,0% 13 Grupo de Trabalho N.º 8 (OCDE) -2 reuniões 75,0% 75,0% 14 Grupo de Trabalho N.º 9 (OCDE) -2 reuniões 50,0% 50,0% 15 100,0% 100,0% 16 Reunião Conjunta Peritos Fiscias e do Ambiente (OCDE) – 1 reunião 100,0% 100,0% 17 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 18 euni Praticas Fiscais Prejudiciais (OCDE) – 2 reuniões euni Federalismo Fiscal (OCDE) – 2 reuniões euni Global Tratados Fiscais e Preços Transferência (OCDE) 1 reunião 19 EU-Grupo das Questões Fiscais-IVA e Tributação Directa: 30 reuniões N.º Descrição do Projecto Proj. Informáticos Proj. Não Informáticos Tx. Real. 20 EU – Grupo Código Conduta tributação empresas -4 reuniões 100,0% 100,0% 21 EU- GT N.º 1 (IVA) e Comité IVA: 8 reuniões 100,0% 100,0% 22 EU-GT N.º 4 (Impostos Directos): 3 reuniões 75,0% 75,0% 23 EU- GT CCCTB: 6 reuniões 100,0% 100,0% 24 EU- Estruturas Sistemas Tributação: 2 reuniões 100,0% 100,0% 25 EU- euni Conjunto Preços Transferência: 4 reuniões 100,0% 100,0% 26 Estudar/rever os documentos de trabalho para as reuniões nos GT, comissões e fóruns da EU e OCDE 27 Elaborar e apresentar os relatórios relativos às reuniões dos GT, comissões e fóruns 28 Recolher e preparar os dados a fornecer para as Estatísticas da OCDE 29 (a) Participar, no âmbito do Ministério das Finanças, em grupos de trabalho visando a preparação de instrumentos legislativos 30 (b) Participar no grupo interministerial de acompanhamento de medidas fiscais no âmbito do Plano Nacional de Emprego 31 Assegurar o tratamento da informação científica e técnica nas áreas da fiscalidade e jurídico-económica 33 Relançar, numa edição policopiada restrita, o “Boletim bibliográfico” 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 0,0% 0,0% 100,0% 100,0% 50,0% 50,0% 0,0% 0,0% 100,0% 100,0% 34 Publicar os Índices em falta do boletim “Ciência e Técnica Fiscal” 35 Assegurar a tradução e retroversão de documentos, a solicitação dos Serviços e de terceiros 36 Agilização das aquisições com maior racionalização financeira 25,0% 25,0% 32 Desenvolvimento das bases de dados (bibliográfica – monografias e artigos de revistas/controle de periódicos/empréstimo domiciliário) 37 Desenvolver o acesso a bases de dados externas 100,0% 80,0% 80,0% 38 Concluir o processo de reorganização dos espaços e da armazenagem resultante das novas salas, activando a nova Sala de Leitura, especialmente destinada aos periódicos, acção que exige novos computadores para consulta dos utilizadores 39 Dar apoio linguístico a reuniões internacionais, quando solicitado 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Total 95,0% 100,0% 83,0% 84,2% Do conjunto de realizações desta unidade orgânica, destacam-se as seguintes: Na área da Investigação Tributária Elaboração de propostas de medidas legislativas a integrar na Lei do OE para 2008 e apreciação das alterações legislativas oriundas dos demais serviços, remetidas pelo Gabinete do DirectorGeral e Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais; pareceres sobre projectos legislativos, nomeadamente: • Revisão do Estatuto dos Benefícios Fiscais; • Revisão do regime fiscal das indemnizações em sede de IRS; • Estudo da compatibilização das retenções na fonte sobre juros, dividendos e prestações de serviços com o Tratado CE; Unidades orgânicas Participação, no âmbito do Ministério das Finanças, em grupos de trabalho, bem como emissão de 113 • Estudo e elaboração das propostas de adaptação das regras de determinação do lucro tributável em IRC às Normas Internacionais de Contabilidade (NIC); • Elaboração dos modelos de formulários para a aplicação das Convenções sobre Dupla Tributação; • Enquadramento fiscal de operações realizadas por entidades ligadas ao sector do futebol profissional. Na área da Cooperação Internacional O CEF assegurou a representação nos grupos de trabalho e comités da UE e da OCDE que têm por objecto o estudo e discussão de matérias fiscais; houve 76 reuniões no âmbito da UE (ao nível do Conselho e da Comissão Europeia), incluindo a participação em conferências e audiências do TJCE; Recolha e preparação da informação estatística sobre as receitas fiscais a fornecer à OCDE sobre 2004 (valores definitivos), 2005 e 2006 (estimativas) e colaboração com os serviços da União Europeia no âmbito do grupo de trabalho “estruturas dos sistemas fiscais” com vista ao cálculo das taxas efectivas de tributação; Apoio ao CPEARI, nas matérias fiscais, em particular na preparação das reuniões do ECOFIN; Na cooperação entre as Direcções-Gerais dos Impostos de Portugal e dos PALOP, foi disponibilizado diverso apoio técnico-documental, nomeadamente a Moçambique, Guiné Bissau e Cabo Verde. Na área da documentação científica e técnica Foi assegurado o tratamento da informação científica e técnica nas áreas da fiscalidade e júridicoeconómica, foi relançado o boletim bibliográfico em edição poli copiada. Concluiu-se a base de dados “ bibliográfica-monografias “ e concluiu-se o processo de reorganização de espaços de armazenagem; Complementarmente, o grupo de trabalho de educação fiscal promoveu a realização de um jogo e Unidades orgânicas a publicação de três livros destinados directamente às bibliotecas públicas e escolares. 114 D.S. Consultadoria Jurídica e Contencioso N.º Descrição do Projecto 1 Providenciar a obtenção da assinatura electrónica qualificada, cada vez mais necessária dada a crescente digitalização dos processos judiciais nos Tribunais 2 Implementar a substituição do programa “Elenix” pelo programa de “Gestão de Processos” 3 Persistir na melhoria do tempo de resposta nas áreas de Pareceres e Processos disciplinares 4 Frequentar acções de formação propiciadoras de acréscimo de competência dos funcionários, com especial urgência para a área do processo civil 5 Dar continuidade ao desenvolvimento do Centro de Documentação e Informação, actualizando a informação especializada e ligação à base de dados de legislação, doutrina e jurisprudência 6 Recrutar 3 juristas para a área de consultadoria e contencioso Total Proj. Informáticos Proj. Não Informáticos Tx. Real. 2,0% 2,0% 70,0% 70,0% 36,0% 0,0% 0,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 33,3% 33,3% 58,3% 50,9% No âmbito da concretização dos projectos desta unidade orgânica, destaca-se o seguinte: • Assinatura electrónica qualificada • Substituição do programa “Gestão Documental Elenix” pelo “GestProc” • Na área da consultadoria jurídica foram solicitados 277 pareceres. • Na área do contencioso, deram entrada 608 processos, dos quais 182 urgentes, que desencadearam 2432 intervenções. • Na área da representação da Fazenda Pública, junto do STA, foram notificados 314 acórdãos proferidos por este Tribunal e 22 do Tribunal Constitucional proferidos em recursos interpostos de decisões do STA • Na área da disciplina, instauraram-se 63 processos, 18de averiguações, 3 de inquérito, 1 de revisão e 41 disciplinares. Em relação à documentação e informação, continuou a ser assegurada a pesquisa bibliográfica, legislativa e jurisprudencial nas bases de dados internas. Unidades orgânicas • 115 D.S. de Auditoria Interna N.º Descrição do Projecto Proj. Informáti cos Proj. Não Informáticos 1 Controlo do cumprimento das obrigações declarativas - DSIRS 0,0% 2 Controlo das declarações de rendimentos recepcionadas e liquidadas - DSIRS 3 Gestão dos pedidos de vinculação administrativa, de revisão e outras petições DSIRS, DSIRC, DSIVA, DSIMI e DSIMT 4 Análise dos procedimentos conducentes ao controlo e liquidação dos faltosos declarativos - DSIRC 5 Detecção e quantificação de erros ocorridos nas liquidações de IRC, dos anos de 2004 e 2005 - DSIRC 6 Avaliação das medidas adoptadas para o controlo dos benefícios em sede de IMI/IMT - DSIMI e DSIMT 7 Implementação do Despacho Normativo de Reembolsos de IVA (n.º 53/2005, de 15 de Dezembro) - DSR 8 Mecanismos e condições de funcionamento do sistema de fluxos financeiros (cobrança), designadamente no que respeita à sua associação ao sistema de Restituições/Compensações 9 Medidas tomadas com vista à recuperação dos saldos dos processos executivos DSJT 10 Aval. dos projectos informáticos implementados na área da Justiça Tributária - DSJT Tx. Real. 0,0% 0,0% 0,0% 75,0% 75,0% 95,0% 95,0% 65,0% 65,0% 0,0% 0,0% 15,0% 15,0% 95,0% 95,0% 50,0% 50,0% 30,0% 30,0% 11 Avaliação do funcionamento da aplicação informática do DC-ÚNICO - DSPCIT 0,0% 0,0% 12 Quantificar e avaliar os resultados das acções de inspecção seleccionadas a nível central - DSPCIT 13 Verificação dos procedimentos adoptados quanto à aquisição de bens e serviços pela DGCI - DSGRF 14 Avaliação quantitativa e qualitativa dos benefícios fiscais em sede de IRS e IRC 95,0% 95,0% 80,0% 80,0% 0,0% 0,0% 15 Avaliação do estado geral dos Serviços Locais de Finanças. 70,0% 70,0% 16 Auditoria ao desempenho das Secções de Cobrança dos Serviços de Finanças 85,0% 85,0% 17 Auditoria ao desempenho da Inspecção Tributária nas Direcções de Finanças - DF 50,0% 50,0% 1824,0% 1824,0% 18 Auditorias solicitadas superiormente com vista à análise de situações pontuais (denúncias e outros factos) 19 Afectação de Verbas ao Fundo de Estabilização Tributária 20 Securitização da dívida executiva em termos de substituição para efeitos do contrato com a "SAGRES" 21 Acompanhamento das recomendações do Tribunal de Contas sobre auditoria aos Benefícios Fiscais ao Investimento de natureza contratual (Artigo 39.º do EBF) 22 Avaliação de resultados do controlo da Administração das receitas tributárias - 2005 - Relatório IGF n.º 31/2006 23 Acompanhamento das recomendações resultantes dos relatórios de auditoria do GAI, IGF e TC 24 Planeamento das auditorias Total 10,0% 10,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 130,8% 130,8% Em cumprimento da estratégia de actuação da DSAI definida no PA para 2007, foram executadas variadas acções de auditoria em diversas unidades orgânicas da DGCI, com a finalidade de Unidades orgânicas verificar a eficácia e a eficiência dos sistemas de gestão e controlo interno. 116 A DSAI propôs-se levar a cabo um conjunto de 24 auditorias, correspondentes a 130 acções, durante o ano de 2007, que consistiram no seguinte: • Avaliação do estado geral dos Serviços Locais de Finanças; • Auditoria ao desempenho das secções de cobrança dos Serviços de Finanças; • Auditoria ao desempenho da Inspecção Tributária nas Direcções de Finanças. Por terem sido superiormente solicitadas, foram acrescentadas 11 auditorias às que já estavam previstas e que consistiram no seguinte: • Instauração dos processos de contra-ordenação/crime fiscal com origem nos autos de notícia levantados pela inspecção tributária; decisões de aplicação de coimas/penas; tempos de aplicação/envio das contra-ordenações/crimes fiscais; • Graduação de créditos; • Controlo da eficácia jurídica das notificações, com aviso de recepção, de liquidações de IVA, IRS, IRC, e CA/IMI a efectuar pelos Serviços Locais, decorrentes da não concretização da 1.ª notificação directamente efectuada pelos Serviços Centrais aos contribuintes; • Pagamento de subsídios de residência, de despesas de deslocação, de verbas nas secções de cobrança e outros abonos; • Auditoria à securitização da dívida executiva para efeitos do contrato com a “SAGRES”; • Acompanhamento da cobrança coerciva para 2007. Deste modo, a DSAI registou um total de 35 auditorias correspondentes a 170 acções distribuídas como a seguir se indica e com os seguintes resultados: • Serviços Centrais – 14 auditorias, 23 acções programadas e nenhuma concluída; • Serviços Regionais e Locais – 3 auditorias, 52 acções programadas e 22 concluídas; • Solicitadas superiormente – 14 auditorias, 27 acções programadas e 120 concluídas. • Acompanhamento de propostas e recomendações – 4 auditorias, 28 acções programadas e 28 concluídas. D.S. Gestão dos Recursos Humanos Descrição do Projecto 1 Proceder à simplificação, informatização e automatização de processos e procedimentos inseridos na actividade da DSGRH. 2 Desenvolver uma nova aplicação informática de apoio à gestão do pessoal. Total Proj. Informáticos Proj. Não Informáticos Tx. Real. 100,0% 100,0% 10,0% 10,0% 55,0% 55,0% No âmbito da actividade da DSGRH e do projecto de simplificação, informatização e automatização de processos e procedimentos, foram concretizados os procedimentos on-line relativos a estágios, colocações e transferências, podendo o objectivo ser considerado como atingido. Unidades orgânicas N.º 117 Foram ainda conseguidos os seguintes resultados, decorrentes daqueles projectos: • Melhoria significativa do “histórico” da base de dados do pessoal; • Obtenção de indicadores para a gestão em espaço de tempo mais curto; • Tratamento de um maior número de indicadores de informação para a gestão; • Aperfeiçoamento do sistema de recolha dos elementos de greve; • Envio de cópias de actas, provas e grelhas de alguns processos selectivos via correio electrónico; • Tratamento automático, via Internet e intranet dos pedidos de colocação para efeitos de estágios, nomeações e transferências; • Aperfeiçoamento do sistema de elaboração de listagens e de leitura óptica relativos a diversos procedimentos de selecção. O objectivo de implementação de uma nova aplicação informática para tratamento da base de dados de pessoal existente na DGCI, não se mostrou possível, durante o ano de 2007, obter resultados satisfatórios, pelo facto de se considerar necessário conhecer em pormenor os princípios e regime subjacente ao novo diploma sobre vínculos, carreiras e remunerações. Daí que a nova aplicação deva reflectir essa realidade. Centro de Formação Unidades orgânicas N.º 118 Descrição do Projecto Proj. Informáticos Proj. Não Informáticos Tx. Real. 1 Centro de Recursos em Conhecimento Virtual 100,0% 100,0% 3 Representação Internacional/Comunidade Europeia (Fiscalis e QCA III) 4 Apoio Audiovisual 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 2 Gestão da Formação 100,0% 100,0% 5 Sites da DGCI - Internet e Intranet 100,0% 100,0% 6 E-Learning - Actualização do curso de IMI 100,0% 100,0% 7 E-Learning - Actualização do curso de IMT 100,0% 100,0% 8 E-Learning - Actualização do curso de I Selo 100,0% 100,0% 9 E-Learning - Justiça Tributária - Graduação de Créditos e Aplicação Fundos Penhorados 10 E-Learning – SCO 90,0% 90,0% 50,0% 50,0% 11 E-Learning - SIPA Procedimento Automático das Penhoras 50,0% 50,0% 12 E-Learning - Justiça Tributária - Vendas Coercivas Total 50,0% 82,2% 50,0% 100,0% 86,7% No âmbito desta unidade orgânica dedicada à formação profissional foram realizadas 1 521 acções de formação (presencial e em e-learning) para 47.975 participantes a que correspondeu um volume de 634.990 horas de formação. D. S. de Planeamento e Sistemas de Informação N.º Descrição do Projecto Proj. Informáticos 1 Implementação do sistema de Atendimento nos SFs. 2 Informatização dos circuitos documentais com desenvolvimento de, pelo menos, um projecto-piloto 3 Criação de um Painel de Bordo com os principais indicadores de desempenho 4 Desenvolvimento de um sistema de informação do PA com recurso a ferramentas de tratamento de dados como o Data warehouse e Datamining 5 Sistemas de Custos da DGCI ( SEM EFEITO – ABANDONADO) 6 Sistema de Reclamações (SIREC) 7 Tx. Real. 100,0% 100,0% 14,0% 14,0% 90,0% 90,0% 100,0% 100,0% 0,0% 0,0% 50,0% Criação de uma “Comissão de Acompanhamento da Receita” 8 Criação de um Grupo de Trabalho visando a definição de indicadores de desempenho para as diferentes unidades orgânicas da DGCI 9 Acompanhamento das empresas que colaborem no projecto do plano de classificação e gestão documental 10 Recrutamento de funcionários com habilitações superiores nas áreas de Economia, Matemática e Estatística Total Proj. Não Informáticos 70,8% 50,0% 0,0% 0,0% 40,0% 40,0% 90,0% 90,0% 75,0% 75,0% 51,3% 62,1% A actuação desta DS pautou-se pelas seguintes acções: Na área do Planeamento • Elaboração do Plano de Actividades da DGCI para 2007; • Elaboração do Relatório de Actividades da DGCI de 2006; • Elaboração de Relatório Semestral da DGCI, avaliando a execução do Plano e identificando os desvios; • Elaboração do Plano Estratégico 2008-2010; • Acompanhamento da implementação do Sistema de Gestão de Atendimento (SGA) nos Serviços de Finanças; Ainda no âmbito do SGA, avaliação e selecção de relatórios estatísticos com vista à criação de novos relatórios de informação para gestão a nível local, distrital e central; • Actualização do painel dos indicadores de desempenho nos Serviços de Finanças; • Acompanhamento e controlo do movimento de processos das Direcções de Finanças através dos mapas: 15G1 (processos do CPPT e RGIT), 15G2 (processos administrativos), e EF1/EF2/EF3 (processos de execução fiscal); Unidades orgânicas • 119 • Acompanhamento e controlo mensal dos mapas PA 10 “Desempenho dos Serviços de Finanças” e mapa PA 11 “Controlo mensal de quadros de pessoal e faltas”; • Apuramento mensal da produtividade individual dos Serviços de Finanças; • Controlo trimestral dos projectos informáticos e não informáticos das unidades orgânicas, bem como o apuramento do grau de realização; • Elaboração e análise de um questionário dirigido aos Serviços de Finanças com Sistema de Gestão de Atendimento visando avaliar a adequação do sistema nas suas diferentes vertentes; • Estudo e avaliação dos indicadores de desempenho dos Serviços de Finanças que integram o Mapa Anual da IGF e que no âmbito do Protocolo de Cooperação entre a IGF e a DGCI, a DSPSI deve fornecer os respectivos dados; • Apoio técnico aos serviços da DGCI em matérias relacionadas com o planeamento, controlo de gestão e utilização das aplicações disponibilizadas pela divisão. Na área dos Sistemas de Informação • Acompanhamento dos projectos informáticos em desenvolvimento pela DGITA, através da criação de uma base de dados actualizada mensalmente com a informação recebida dessa entidade; • Elaboração de Relatórios periódicos de acompanhamento dos projectos informáticos; • Elaboração do Relatório “Minimização de Erros” elaborado com base na compilação das sugestões apresentadas pelos diversos serviços da DGCI; • Elaboração dos questionários, no âmbito do SIAC, dirigidos aos Utentes Internet, TOCs, e Notários, para avaliação da satisfação relativamente à qualidade dos serviços prestados; • Definição e implementação do circuito de comunicação com a DGAIEC visando a satisfação dos pedidos de acesso às aplicações da DGCI para efeitos de consulta; • Participação na concepção do Sistema de Reclamações ao atendimento público, projecto desenvolvido no âmbito do protocolo com a SEMA e a DGITA; Unidades orgânicas • 120 Participação no projecto “Portal das Finanças” visando a integração dos actuais sites da DGCI e Declarações Electrónicas. Neste âmbito foi ainda elaborada uma proposta de Modelo de Governação do site; • Acompanhamento especifico e reporte periódico ao gabinete do SEAF dos projectos propostos no âmbito do SIMPLEX 2007; • Participação no Grupo de Trabalho de “Melhoria das Comunicações para o Exterior” e elaboração do Procedimento de “Criação/alteração de documentos de emissão central”; • Elaboração em conjunto com a DGITA, DGAIEC e IGF da “Carta de princípios” e “Politica de segurança da informação da administração fiscal e aduaneira” em conformidade com os standards internacionais e em especial a norma ISSO/IEC 27002:2005 Na área da Gestão de Documentação e Arquivos • Colaboração na concepção dos planos de Comunicação e de Formação, com vista à divulgação e formação dos utilizadores dos instrumentos de gestão documental; • Apoio técnico aos arquivos dos Serviços da DGCI, envolvendo 8 unidades orgânicas e 18 Serviços de Finanças. Na área das Reclamações • Foram instaurados 1 191 processos em 2007 e concluídos 1 401, dos quais 1 303 de anos anteriores. D.S. Gestão dos Recursos Financeiros N.º Descrição do Projecto 1 Facturação Electrónica Implementação, no âmbito da UMIC, dos procedimentos para a recepção da facturação electrónica 2 POCP Racionalização de procedimentos tendentes à implementação do POCP, após decisão da DGO 3 Aquisição de Bens e Serviços Conclusão da centralização das aquisições de bens e serviços, a nível nacional, e compras electrónicas. 4 Bens do Estado não Reutilizáveis Implementação, a nível nacional, de procedimentos tendentes ao abate de bens não reutilizáveis. 5 Assiduidade Implementação, em conjugação com a DGITA, de um sistema informático, compatível com o SRH, para o registo e controle de assiduidade. 6 Recibos de Vencimentos Disponibilização dos recibos de vencimentos e do FET através da INTRANET Total Proj. Informátic os Proj. Não Informáticos Tx. Real. 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 0,0% 0,0% 50,0% 50,0% 50,0% Esta Direcção de Serviços tem atribuições em matéria de gestão de recursos financeiros da DGCI, Unidades orgânicas actividade esta que será objecto de análise mais adiante na parte IV.1 do presente relatório. 121 D.S. Instalações e Equipamentos N.º Descrição do Projecto Proj. Informáticos Proj. Não Informáticos 1 Racionalização e Remodelação das Instalações e Equipamentos 80,0% 2 Conservação e Manutenção das Instalações e Equipamentos 3 Acompanhamento do Projecto POAP 4 Reorganização do Arquivo Documental 5 Constituição de uma Base de Dados para Gestão das Instalações e Equipamentos Total Tx. Real. 80,0% 90,0% 90,0% 100,0% 100,0% 75,0% 75,0% 95,0% 95,0% 95,0% 86,3% 88,0% Esta Direcção de Serviços tem atribuições em matéria de gestão dos 629 edifícios em que a DGCI se encontra instalada., actividade esta que será objecto de análise mais adiante na parte IV.2 do presente relatório. D. S. Informação Tributária, Apoio ao Contribuinte e Relações Públicas N.º Descrição do Projecto Proj. Informáticos Proj. Não Informáticos Tx. Real. 1 Dinamizar a eficácia do atendimento, a nível global 100,0% 100,0% 2 Adaptar o serviço a novas funcionalidades, a nível presencial 100,0% 100,0% 3 Aumentar a eficiência das equipas, a nível presencial 100,0% 100,0% 4 Consolidar no CAT o atendimento das declarações electrónicas 100,0% 100,0% 5 Renovar/aumentar os recursos disponíveis do CAT 65,0% 65,0% 6 Maximizar a utilização de canais automáticos de informação 75,0% 75,0% 7 Manter a representação institucional na Equipa Interministerial da RNCFE 8 Apoiar a orientação das equipas das Extensões da DGCI, nos CFE 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 9 Garantir a representação no Órgão responsável pela gestão das parcerias nas Lojas do Cidadão 10 Incentivar e apoiar a orientação das equipas das Extensões da DGCI, nas Lojas do Cidadão 11 Integrar a plataforma tecnológica de suporte do CAT 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 12 Construir “base de conhecimento” para suporte do sistema de informações, no CAT Total 0,0% 0,0% 65,0% 65,0% 32,5% 94,0% 83,8% A base de actuação da DSITARP concentrou-se nos aspectos ligados à modernização e à Unidades orgânicas melhoria de processos, na vertente da função de informação tributária, contribuindo para um 122 melhor cumprimento das obrigações tributárias pelos contribuintes. O ano de 2007 foi o ano da explosão da procura de Informações Tributárias, por telefone. A criação de duas novas funcionalidades, “Declarações Electrónicas” e “Informação Empresarial Simplificada”, a satisfazer no Centro de Atendimento Telefónico (CAT), potenciou a procura que, sem publicitação, mais do que duplicou, em relação ao ano anterior. Ao nível da concretização, destacam-se os seguintes resultados: • Foram prestadas aos utentes mais de 400 MIL informações tributárias (acréscimo de 30,7%), conforme detalhe que se segue; • A efectiva centralização do funcionamento do CAT, através do nº único 707 206 707, proporcionou a prestação de mais de 255 MIL informações tributárias registadas, por telefone (IES e DE incluídas), e mais de 51 MIL automáticas de IRS, por gravação; • Mais de 100 MIL informações tributárias, ao nível presencial; A par destas realizações, importa realçar o facto de a forte procura (recebidas), ao nível do telefone no CAT, ter atingido parâmetros inalcançáveis com os recursos humanos actuais. Com efeito, a procura cifrou-se em mais de 1 MILHÃO de chamadas, o que correspondeu a um acréscimo, em relação a 2006, de mais de 108%, conduzindo a um desfasamento entre a procura e a oferta. A oferta de serviço informativo satisfez pouco mais de ¼ da procura face aos recursos disponíveis. D.S. de Relações Internacionais N.º Descrição do Projecto 1 Aplicação para pedido de certificação de residência Proj. Informáticos Proj. Não Informáticos Tx. Real. 100,0% 100,0% 2 Aplicação para pedido de reembolso online 0,0% 0,0% 3 Cruzamento do anexo J da declaração modelo 3 com a base de dados dos certificados de residência fiscal 4 Cruzamento da declaração modelo 30 com a informação cadastral de residência 5 Cruzamento da declaração modelo 30 com a declaração modelo 3 0,0% 0,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 35,0% 35,0% 25,8% 25,8% 6 Cruzamento do indicado na declaração modelo 30, código do país de residência , tipo de rendimento, regime de tributação, taxas, com o determinado nas convenções Total Na área das relações internacionais, destacam-se como principais resultados/rea-lizações do ano • A entrada em produção, em 1 de Março de 2007, da aplicação informática que veio possibilitar a apresentação, por Internet, de pedidos de certificação de residência fiscal e respectiva emissão. Neste ano foram emitidos 13.409 certificados de residência – mais cerca de 22% do que no ano anterior – tendo 56% deste valor total (6955) sido solicitados por via electrónica. De referir ainda do total de certificados emitidos por esta via, 79% foram emitidos na hora e Unidades orgânicas de 2007: 123 representam 49% do total. As vantagens da implementação desta funcionalidade em termos de redução de custos de contexto para os contribuintes são evidentes e conduziram, em comparação com o ano anterior, a um redução superior a 50% do tempo médio de emissão dos certificados. • Outra área que merece algum destaque – e não obstante se tratar ainda de uma área que carece de forte intervenção e de melhoria significativa dos seus níveis de serviço – refere-se aos reembolsos a não residentes, tendo, comparativamente com o ano anterior, o número de processos de reembolsos decididos aumentado em mais de 200% (mais cerca 2,8 mil processos do que em 2006). Serviços 18 Braga 7 70,3% Bragança 1 100,0% Coimbra 5 100,0% Faro 3 100,0% 78,9% Guarda 8 76,3% Leiria 4 90,0% Lisboa 8 60,0% Porto 5 100,0% 16 93,9% Setúbal Unidades orgânicas Taxa de realização Aveiro Santarém 124 Projectos 3 36,7% Viseu 10 84,5% Total 88 82,6% DF Aveiro N.º Descrição do Projecto 1 Recolha de conteúdos dos contratos de arrendamento e cruzamento com a informação do IR Taxa. Realização Projectos 100,0% 2 Análise das c/c's de IVA relativamente às regularizações a débito que se encontram pendentes de confirmação (exercício de 2003) 3 Encurtamento do prazo de apreciação de pedidos de reactivação de reembolsos suspensos 60,0% 100,0% 4 Encurtamento do prazo de apreciação de pedidos de restituição de PEC's 100,0% 5 Encurtamento do prazo de apreciação de pedidos de revisão oficiosa resultantes de erros dos serviços 100,0% 6 Encurtamento do prazo de apreciação das reclamações da Portaria 355/97 67,6% 7 Intensificação da colaboração com outras entidades, designadamente com a DGAIEC e com a Polícia Judiciária 8 Reforço da actuação da IT com a equipa de auditoria informática da DGITA 91,7% 9 Aprofundamento das verificações no sector da restauração, com recurso à auditoria informática 21,3% 50,0% 10 Continuação das auditorias no âmbito da actividade de farmácia, baseadas em indicadores retirados do DW, complementadas com a análise dos trespasses 11 Reforço da intervenção no âmbito dos profissionais livres, em sectores de risco e em actividades novas de alto valor acrescentado. 12 Implementação de acções que concorram para a melhoria de fundamentação das correcções da IT 100,0% 13 Fortificação da articulação com as diversas áreas de trabalho a jusante da IT e criação de núcleo de estudos. 100,0% 14 Promoção de auditorias sistemáticas aos processos de execução fiscal em curso nos SF's, com especial incidência nos grandes devedores e nos processos mais antigos 15 Adopção de medidas de simplificação, por adaptação das bases documentais de comunicação da DF com o exterior aos protótipos normalizados na DGCI. 16 Promoção da recolha e sistematização das decisões proferidas no âmbito criminal para articulação com a gestão da dívida executiva 17 Implementação e desenvolvimento do programa informático da gestão de processos, a aplicar às várias áreas de intervenção 18 Continuação da organização da biblioteca na base de recolha informática da informação relativa a livros e outras publicações de interesse. Total 0,0% 75,0% 75,0% 100,0% 80,0% 100,0% 100,0% 78,9% Apesar de se verificarem desvios pontuais relativamente ao perspectivado para algumas das actividades desenvolvidas, a análise efectuada ao desempenho da DF de Aveiro permite concluir terem sido globalmente alcançados os objectivos fixados, sendo de destacar: • A redução de 20% na instauração de dívida fiscal; • O aumento de 69%, relativamente a 2006, na instauração de processos de contra-ordenação, o que se reflectiu num aumento de 18,4% na cobrança de coimas; A diminuição do TMP dos processos de execução fiscal, que caiu de 26,8 meses em 2006 para 20 meses em 2007. Unidades orgânicas • 125 DF Beja Para o ano transacto, a DF de Beja apresenta indicadores de desempenho muito positivos, sendo de realçar os seguintes: • A arrecadação de € 183,4 milhões de receita de Estado nas secções de cobrança do distrito, quando se objectivava para 2007 o valor de € 83 milhões. O aumento na receita cifrou-se em 125,8% e 46,6%, quando comparado com a cobrança prevista para 2007 e a realização do ano de 2006, respectivamente; • Na área da cobrança coerciva, a meta a atingir elevava-se a € 9,7 milhões; o valor cobrado ultrapassou os € 14 milhões. Este valor representa um acréscimo de 44,6%, relativamente ao objectivo inicial; • O tempo médio de pendência dos inquéritos caiu de 6,8 meses em 2006 para 5,6 meses em 2007. Também o tempo médio de pendência das reclamações foi reduzido de 24,7 meses em 2006 para 14,3 meses em 2007 e o seu saldo decresceu, neste período, 33%. • A inspecção tributária realizou 1496 acções – previam-se 688 acções, que produziram 13,97 M€ de correcções à MC e 4,04 M€ de correcções ao Imposto, o que representa, respectivamente, uma realização de 126% e 122% em relação à previsão. DF Braga N.º Descrição do Projecto 1 Melhorar o programa informático de recolha e tratamento dos mapas estatísticos 15-G1, 15-G2, EF 1, EF 2 e EF 3 em todos os Serviços do distrito 2 Criação de uma base de dados para controlo e tratamento dos processos do sector da formação 3 Promover acções de prospecção junto das Câmaras Municipais, com o objectivo de identificar a atribuição de projectos e licenças de construção aprovados 4 Fiscalização sobre os proprietários, locais e equipamento instalado em "parques de viaturas", sua ocupação Unidades orgânicas 5 Desencadear uma forte pressão sobre os contribuintes onde se note uma divergência significativa entre os montantes dos rendimentos declarados e o património evidenciado 6 Encurtar o prazo de apreciação dos pedidos de restituições de impostos, revisões oficiosas ou reclamações e dos reembolsos suspensos 7 Desencadear acções de sensibilização e de formação para melhoria dos relatórios de fundamentação das acções da IT, recolhendo as sugestões e críticas que provem das decisões judiciais proferidas a favor dos contribuintes Total 126 Taxa. Realização Projectos 25,0% 0,0% 85,0% 100,0% 95,0% 92,0% 95,0% 70,3% O balanço dos resultados alcançados pela DF de Braga é positivo, conquanto não tenha sido atingida a totalidade dos objectivos fixados. Todavia, e apesar de abranger zonas que têm conhecido um declínio económico acentuado, de que é exemplo o Vale do Ave, ainda assim esta unidade orgânica conseguiu superar as suas metas a nível da receita das autarquias e da cobrança coerciva. Deste modo: • A receita das autarquias arrecadada nas secções de cobrança do distrito foi de € 61,6 milhões, o que representa um desvio positivo de 8,3%, relativamente aos € 56,9 milhões fixados; • Também o objectivo de realizar € 63,5 milhões de receita executiva foi superado, visto que o valor desta ascendeu a € 70,1 milhões, o que representa um desvio positivo de 10,4%. DF Bragança N.º Descrição do Projecto Taxa. Realização Projectos 1 CIBE- Bens móveis do Estado não Reutilizáveis - Implementação da campanha de procedimentos ao abate dos bens não utilizáveis Total 100,0% 100,0% A DF de Bragança na sua maioria por Serviços de Finanças de pequena dimensão e tem-se defrontado com uma situação de escassez de recursos humanos. Não obstante, os respectivos indicadores de actividade evidenciam um elevado grau de cumprimento dos objectivos que lhe foram fixados no Plano de Actividades para 2007, com especial relevo para as seguintes áreas: • Contencioso administrativo, onde conseguiu reduzir o saldo de processos de reclamação graciosa relativamente ao saldo de 2006; • Justiça fiscal, onde atingiu a meta fixada no aludido documento para o ano de 2007; • Destaque-se, ainda, o facto de a receita das autarquias arrecadada nas secções de cobrança do distrito ter excedido o objectivo fixado, tendo o desvio positivo sido de 5%. DF Castelo Branco As principais realizações da DF de Castelo Branco durante o ano de 2007 centram-se nas áreas da justiça tributária, cobrança coerciva, planeamento e desenvolvimento de sistemas de informação. Esta última área de intervenção, em particular, revela um grande dinamismo no seio Na área da justiça tributária e no que respeita às reclamações graciosas, a redução dos saldos foi muito significativa (60%, face aos 15% previstos); Em relação à cobrança coerciva, os saldos finais de processos de execução fiscal e dívida exequenda foram reduzidos, respectivamente, em 5,5% (contra 5% previstos) e 18% (contra os 10% fixados como objectivo); Unidades orgânicas da referida unidade orgânica. Objectivando os resultados atingidos, temos que: 127 Na área do desenvolvimento de sistemas de informação criaram-se bases de dados para um melhor acompanhamento dos: • 20 Maiores devedores do distrito com dívida cobrável; • Processos de inquérito; • Processos administrativos de cadastro geométrico; e Foram continuados os seguintes projectos: • Implementação da aplicação de recolha dos mapas EF15 e 15G16 com captura automática de dados e mecanismos de validação das informações prestadas pelos Serviços de Finanças; • Construção da base de dados regional para caracterização do conjunto das relações fiscais do contribuinte, com vista a maximizar a eficiência da actuação da Inspecção Tributária. DF Coimbra N.º Descrição do Projecto Taxa. Realização Projectos 1 Analise de 750 declarações modelo 3 de IRS - Ofício 28 706, se 2000.04.07, da DSIRS 100,0% 2 Resolver 40 pedidos de revisão de IRS 100,0% 3 Resolver 350 pedidos de revisão de liquidações de IRC 100,0% 4 IRS- Mais – Valias - Efectuar os procedimentos de controlo dos Actos Notariais de 2003 - 500 Actos 100,0% 5 Analise de 250 declarações modelo 3 de IRS na situação de não liquidável 100,0% Total 100,0% A DF de Coimbra alcançou uma taxa de execução de 100% relativamente aos projectos descritos no plano de actividades da DGCI para 2007. No que respeita aos objectivos, assumem particular relevo: • O valor da cobrança executiva, que ascendeu a € 49,2 milhões, o que representa um desvio positivo de 16,6% relativamente ao objectivo (€ 42,2 milhões); • A redução do TMC dos processos administrativos e de contencioso para 5,5 meses, com destaque para a conclusão de 2.675 processos de reclamação graciosa e de 46.000 Unidades orgânicas processos de contra-ordenação, de entre os quais, 220 processos de reclamação e 836 128 processos de contra-ordenação no âmbito do apoio dispensado aos Serviços de Finanças; • A detecção, pela inspecção tributária, de desvios entre as retenções na fonte declaradas em sede de IR e as entregas nos cofres do Estado, no valor de € 596.731 e, bem assim, a 15 Mapas mensais de controlo das execuções fiscais elaborados nos Serviços de Finanças; 16 Os mapas 15-G permitem controlar os processos existentes nos Serviços (SF, DF ou Juízo), bem como os movimentos dos mesmos pelos diversos centros de decisão externos (SF, DF, Tribunais, IGF e Serviços Centrais). realização por esta de correcções à matéria colectável de IVA, no valor aproximado de € 1,3 milhões; • Desenvolvimento de 3 acções conjuntas com a Alfandega de Aveiro direccionadas ao sector automóvel e à aquisição intracomunitária de veículos usados; • Realização em conjunto com o DIAP do Seminário sobre Processo Penal com a presença do SEAF, Director Geral dos Impostos e Director Nacional da Polícia Judiciária. DF Évora Durante o ano de 2007, a DF de Évora alcançou a maior parte dos objectivos a que se tinha proposto, sobretudo a nível do controlo das obrigações declarativas e da justiça tributária, as duas áreas em que obteve os melhores resultados. Concretizando as realizações desta unidade orgânica: • Relativamente ao controlo das retenções na fonte de IRS, na sequência do cruzamento dos dados constantes das declarações Modelo 10 e Modelo 3, foram inspeccionados 701 contribuintes (mais 75% que o previsto); • No respeitante à instauração e conclusão de processos administrativos, foram findos 602 processos, contra os 500 previstos, o que representa um acréscimo de 20% face ao objectivo estabelecido; • O saldo das reclamações graciosas baixou 36%; • Finalmente, o objectivo de aumentar a cobrança de dívida executiva em 15% foi excedido: arrecadaram-se € 20,14 milhões (contra os € 14,37 milhões previstos), o que corresponde a uma taxa de execução de 40%. DF Faro Descrição do Projecto 1 Criação e implementação de uma aplicação informática para gestão do arquivo dos processos findos da Inspecção Tributária. Recolha para a aplicação de todos os processos existentes. 2 Criação e implementação de uma aplicação informática para gestão das acções inspectivas, com possibilidade de analisar de forma qualitativa e quantitativa, a produtividade individual, por equipa e por divisão. 3 Criação e implementação de uma aplicação informática para gestão dos Processos-crime. Total Taxa. Realização Projectos 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% A DF de Faro alcançou uma taxa de execução de 100% relativamente aos projectos descritos no plano de actividades da DGCI para 2007. Relativamente aos objectivos, e apesar de diversos condicionalismos, internos e externos, conseguiu atingir alguns dos seus objectivos, nomeadamente: Unidades orgânicas N.º 129 • A nível da actividade inspectiva, em que o número de acções previsto (5526) foi largamente ultrapassado (7721), o que representa um acréscimo de 37,2%; • Na área das contra-ordenações, onde, apesar do anormal crescimento do número de processos autuados (301%), que resultou num forte crescimento do saldo final dos mesmos, foram decididos três vezes mais processos que em 2006, com o concomitante aumento da receita. DF Guarda N.º Descrição do Projecto Taxa. Realização Projectos 1 Acompanhamento de evolução da actividade fiscal dos maiores devedores por concelho; 100,0% 2 Avaliação do desempenho do grupo de trabalho criado para as execuções fiscais; 100,0% 3 Controlo e avaliação da qualidade e quantidade do Serviço realizado nos Serviços Finanças; 100,0% 4 Desenvolvimento de pareceria/cooperação com a Junta de Freguesia S. Miguel da Guarda e alargar a outras Juntas; 5 Criação de grupos de trabalho por áreas: património - contencioso/administrativos 0,0% 100,0% 6 Acompanhamento permanente dos maiores entregadores de IVA/IR 100,0% 7 Acções de Inspecção de âmbito geral no sector da restauração 90,0% 8 Acções de Inspecção de âmbito parcial no sector da produção de uvas 20,0% Total 76,3% A DF da Guarda situa-se num distrito marcado pela interioridade e por uma actividade económica pouco expressiva e concentrada em sectores tradicionais. Apesar deste contexto, a DF da Guarda, no ano de 2007, alcançou resultados que se podem considerar expressivos: • A receita das autarquias cresceu 8%, atingindo-se praticamente o objectivo definido (8,2%); tal deveu-se à elevada taxa de concretização das avaliações (97,36%), com efeitos em cascata na liquidação e cobrança dos impostos municipais; • A cobrança coerciva registou um acréscimo 20% e 7%, em relação ao PAJUT e ao valor atingido em 2006, respectivamente; • No que se refere aos processos de contra-ordenação, o TMP em 2007 foi de 5 meses, registando-se uma diminuição de 3 meses em relação a 2006; No que respeita à cobrança das Unidades orgânicas coimas houve um aumento de 40% (ultrapassando-se o objectivo proposto, que era de 30%); 130 • Relativamente à instauração de processos de inquérito, registou-se uma variação negativa de 45% no ano transacto; • Quanto aos processos administrativos, o objectivo também foi conseguido, na medida em que o respectivo saldo caiu de 6048 para 3686, o que representa uma diminuição de 39%; • As acções inspectivas elevaram-se a 1591, mais 149% que em 2006; a nível das correcções à matéria colectável e ao valor dos impostos, os desvios foram de 243% e 148,3%, respectivamente. DF Leiria N.º Descrição do Projecto 1 Controlar 3 200 contribuintes no âmbito das Mais-Valias em IRS Taxa. Realização Projectos 100,0% 2 Atingir os 95% como Taxa de Realização das Avaliações de prédios urbanos 95,0% 3 Concluir os processos de IRS pendentes em análise de listagens / gestão de divergências: 2003 - 116; 2004 1027; 2005 - 1068 4 Concluir os 265 processos de Revisão de actos tributários de IRC, IRS e IS 95,8% Total 69,1% 90,0% A DF de Leiria, não obstante a escassez de recursos humanos com que se defrontou, conseguiu executar a quase totalidade dos projectos programados. São de salientar: • As acções de controlo das obrigações declarativas, designadamente das mais-valias obtidas da alienação de imóveis, de que resultaram correcções à matéria colectável no montante de € 27,4 milhões de euros, que se repercutiram positivamente na receita de Estado; • O cumprimento do objectivo relativo às avaliações de prédios urbanos, cujos impactos se fizeram sentir na receita das autarquias. DF Lisboa N.º Descrição do Projecto 1 Concluir na DGDE, ferramenta informática no âmbito dos processos de insolvência 2 Criar uma equipa especializada de auditoria informática na IT 3 Informatização dos elementos existentes no arquivo da extinta Repartição Central de Lisboa - D.PAT. 4 Criar base de dados dos processos administrativos de Cadastro Geométrico Taxa. Realização Projectos 80,0% 100,0% 0,0% 0,0% 5 Projecto "Isenção de Sisa / IMT" na área da IT 100,0% 6 Criar uma base de dados adequada à estrutura e gestão dos recursos humanos existentes na D.F. 100,0% 7 Elaborar manual de procedimentos na DGDE 0,0% 8 Projecto RG 2007 ( projecto complementar) 100,0% Total 60,0% Os resultados alcançados pela DF de Lisboa são globalmente positivos, embora não tenha sido caracterizou os objectivos traçados para esta unidade orgânica, mas também pela má conjuntura económica, com reflexos a nível da arrecadação de receita. Ainda assim, os esforços desenvolvidos por esta Direcção de Finanças traduziram-se em melhorias visíveis no seu desempenho. Assim: • Foram concluídas 21.546 acções inspectivas, contra as 20.860 previstas, o que representa uma taxa de execução de 103%; Unidades orgânicas atingida a totalidade das metas fixadas, o que se explica, em parte, pelo grau de exigência que 131 • O número de penhoras efectuadas no SIPA foi de 281.489, representando um acréscimo de 141,85% face às 116.386 realizadas no ano anterior; • O número de vendas marcadas cresceu de 879, em 2006, para 1.045, em 2007, o que representa um crescimento de 18,8%; • A instauração da dívida executiva excedeu o objectivo de redução em 10%, tendo a diminuição sido de 14,1%; • Quanto ao TMC das reclamações graciosas, foi de 3,5 meses nos processos dos Serviços locais, aproximando-se, assim, dos 3 meses fixados como meta. DF Portalegre Alguns condicionalismos – de que se destacam a insuficiência de recursos humanos e a instauração massiva de processos de contra-ordenação – impediram a DF de Portalegre de alcançar a totalidade dos seus objectivos. Ainda assim, o saldo final da actividade desta Direcção de Finanças é francamente positivo, especialmente em relação aos seguintes objectivos: • Acréscimo da receita das autarquias de 7,4% em relação a 2006, cuja taxa de concretização foi de 124,4%; • Extinção dos processos de contra ordenação pendentes fora do SCO, que foi completamente alcançado; • Diminuição do TMC dos processos de reclamação graciosa, que foi conseguido quer para os processos existentes nos Serviços locais, quer para os localizados na Direcção de Finanças; • Realização de 1731 acções inspectivas contra as 1133 previstas, o que representa uma taxa de realização de 153%. DF Porto Unidades orgânicas N.º 132 Descrição do Projecto Taxa. Realização Projectos 1 Aplicação para a inspecção tributária –“acompanhamento permanente" 100,0% 2 Biblioteca on-line 100,0% 3 Controlo do acesso/entrada de funcionários e pessoas estranhas nos edifícios da dfporto 100,0% 4 Gestão integrada de funcionários (gif) em ambiente web 100,0% 5 Aplicação do regime especial dos pequenos retalhistas (IVA) Total 100,0% 100,0% A DF do Porto destaca-se não só pela sua dimensão, mas também pelo elevado grau de desempenho atingido no ano transacto, como é evidenciado pelos respectivos indicadores de actividade. As áreas da justiça tributária e da cobrança coerciva foram aquelas em que a unidade orgânica em apreço apresentou maior dinamismo, como se pode constatar: • O TMP dos processos de reclamação graciosa foi reduzido em 2007 de 9,12 para 5,43 meses, o que corresponde em termos percentuais, a uma diminuição de 68%; • Os saldos de processos executivos e do valor em dívida foram grandemente reduzidos, pois foram abatidos 25.716 processos, no valor global de € 193,24 milhões; • O número de penhoras efectuadas em 2007 foi de 185.956, o que representa um crescimento de 97,7% face às 94.029 realizadas no ano anterior; • Também o número de vendas realizadas em 2007 conheceu um aumento substancial: 513 contra as 364 de 2006, o que se traduz num crescimento de 41%. DF Santarém Descrição do Projecto 1 Tratamento das relações de actos notariais dos anos de 2003 e 2004, para controlo das mais-valias. Taxa. Realização Projectos 100,0% 2 Controlo de novos sujeitos passivos 100,0% 3 Nova redacção do n.º 3 do art.º 8.º do RGIT (Obrigatoriedade de participação pelos TOC’s da falta de entrega de declarações) 4 Cruzamento do preenchimento do campo 422 do Quadro 4 do Anexo B da Declaração Mod. 3 de IRS e CAECadastro (Ano 2005). 5 Controlo dos SP’s de IRC com resultados tributáveis nulos ou prejuízos fiscais durante três anos consecutivos. 6 Verificação dos “mútuos duvidosos” na aquisição de imóveis – Adquirentes que contraíram empréstimos de valor superior ao declarado pela aquisição do imóvel. 7 Verificação das isenções de sisa referente a aquisição de prédios para revenda. 100,0% 8 Dissolução de sociedades inactivas no âmbito do saneamento do cadastro fiscal. 100,0% 9 Controlo dos SP’s de IRS com benefícios fiscais declarados. 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 92,0% 10 Detecção de não declarantes com eventual actividade declarada por terceiros 100,0% 11 Detecção de incongruências entre rendimentos e deduções de SP’s singulares. 30,0% 12 Análise de informação referente a decisões desfavoráveis à Administração Tributária com base em relatório elaborado pela Inspecção Tributária. 13 Inventariação/verificação e acompanhamento de todas as situações em que houve decisão judicial com “trânsito em julgado com pena suspensa” em processos de inquérito criminal. 14 Reforço dos procedimentos derrogatórios do sigilo bancário. 15 Incremento das reversões contra responsáveis subsidiários. 16 Afectação de 30% dos Recursos Humanos dos SF’s à tramitação/extinção prioritária dos PEF’s de mais elevada quantia exequenda. Total 100,0% 100,0% 100,0% 80,0% 100,0% 93,9% Durante o ano de 2007, a acção da DF de Santarém incidiu sobretudo no controlo dos contribuintes, tendo conseguido acréscimos significativos tanto na matéria colectável como no imposto corrigido: Unidades orgânicas N.º 133 • O tratamento das relações de actos notariais dos anos de 2003 e 2004, para controlo das mais-valias originou € 20,83 milhões de correcções ao rendimento tributável e € 6,7 milhões de imposto adicional. • A verificação dos “mútuos duvidosos” na aquisição de imóveis contabilizou € 4,9 milhões de omissões e € 175.361 de imposto em falta e juros compensatórios devidos e efectivamente pagos. • O controlo dos sujeitos passivos de IRS com benefícios fiscais resultou em € 1,46 milhões de aumento do rendimento tributável e € 292.951 de imposto devido. DF Setúbal N.º Descrição do Projecto Taxa. Realização Projectos 1 Criação de programa para harmonização dos Mapas 15-G1, 15-G2, EF1, EF2 e EF3 em todos os SF 50,0% 2 Criação de base de dados dinâmica dos recursos humanos existentes no distrito de Setúbal 60,0% 3 Criação de base de dados das acções de formação Total 0,0% 36,7% As várias divisões da DF de Setúbal conseguiram cumprir com a maior parte dos seus objectivos para 2007. E o grau de cumprimento foi elevado tanto na área da receita, pese embora o cenário macroeconómico recessivo, como nas áreas da inspecção e justiça tributárias, como é bem evidenciado pelos indicadores disponíveis: • A receita global dos impostos arrecadada pelas secções de cobrança dos Serviços de Finanças atingiu, no ano transacto, o valor de € 726,85 milhões, o que representa um crescimento de 18,7%, face ao exercício de 2006; • A nível da justiça tributária, são de salientar a redução do saldo dos processos de reclamação graciosa em 25%, relativamente a 2006, e, bem assim, a redução do respectivo TMC para 4,4 meses; • Quanto à inspecção tributária, a sua actividade decorreu de forma bastante positiva quer a nível das correcções efectuadas à matéria colectável (€ 68.311.854), quer no que concerne ao Unidades orgânicas valor de imposto detectado em falta (€ 61.989.697). Este último valor representa um desvio 134 positivo de 72% em relação ao objectivo estabelecido para 2007; • No que respeita à gestão tributária, é de registar a redução de 31% no saldo dos processos de natureza administrativa 17 17 existentes nesta Direcção de Serviços. De que são exemplos os processos de isenção de IMI, avaliação do valor patrimonial tributário de prédios, cadastro geométrico e contribuição especial, entre outros; DF Viana do Castelo O desempenho da DF de Viana do Castelo foi relevante relativamente à quase totalidade dos indicadores disponíveis para as diversas áreas funcionais que a compõem. Deste modo: • Os objectivos definidos para a cobrança da receita do Estado e das Autarquias foram ultrapassados. Assim, o valor da receita do Estado arrecadada nas secções de cobrança distritais atingiu os € 143.44 milhões (para um objectivo de € 125,52 milhões) e o valor da receita das autarquias atingiu os € 17,98 milhões (o objectivo era de € 17,06 milhões); • Também os objectivos definidos para a cobrança coerciva (€ 12,3 milhões), foram amplamente ultrapassados, tendo esta cobrança atingido, no decurso de 2007, o valor de € 20.09 milhões, representando um grau de cumprimento do objectivo de 163,40%; • As coimas cobradas no decurso do ano pretérito atingiram o valor de € 2.03 milhões, reflectindo, relativamente a 2006, um crescimento de 33%; • A nível da inspecção tributária e no decurso do ano anterior, foram corrigidos € 23,76 milhões de matéria colectável e detectado imposto em falta no valor de € 8,52 milhões. Estes valores traduzem, relativamente a 2006, um crescimento de 1,6% e de 27,6%, respectivamente; • No que concerne à justiça tributária, os indicadores mais relevantes dizem respeito aos processos de reclamação graciosa, em cujo saldo se verificou um decréscimo de 45% sendo o respectivo TMC igual a 2,98 meses, muito perto da média nacional, que se situou em 3 meses. DF Vila Real Os serviços distritais de Vila Real atingiram a generalidade dos objectivos programados e, nalguns casos, até os ultrapassaram largamente. Tal deveu-se à introdução de novas aplicações informáticas e ao aperfeiçoamento na comunicação com os contribuintes, factores que potenciaram a eficácia dos Serviços ao aumentarem a produtividade destes e reduzirem custos de • A receita das autarquias, que atingiu o montante de € 12,1 milhões, excedendo o objectivo (€ 11,4 milhões), o que se traduziu num grau de concretização de 107%; A cobrança coerciva; aqui, a receita concretizada foi de € 12,5 milhões contra um objectivo de € 10,3 milhões, pelo que o grau de cumprimento foi de 121%; Unidades orgânicas contexto. Entre os indicadores de desempenho desta unidade orgânica, são destacar: 135 • A cobrança das coimas aumentou cerca de 2000%, para um objectivo de 30%. Este desempenho excepcional deve-se, precisamente, ao pleno funcionamento do SCO; • O saldo dos processos de reclamação graciosa baixou 20%; • Relativamente à Inspecção Tributária, foram previstas 2567 acções e realizadas 3440, pelo que o grau de realização foi de 134%. DF Viseu N.º Descrição do Projecto Taxa. Realização Projectos 1 Controlo de actividades relacionadas com a organização de banquetes 70,0% 2 Controlo de rendimentos auferidos por profissionais de espectáculos 70,0% 3 Controlo de actividades relacionadas com a medição imobiliária 75,0% 4 Controlo de retalhistas em regimes especiais de IVA, que deveria estar no Regime Normal (feiras e mercados) 5 Conclusão do controlo de empresas e profissionais ligados à construção civil - protocolo com as Autarquias para fornecimento de elementos 6 Continuação do controlo de aquisição de imóveis / cruzamento com os transmitentes 30,0% 7 Aplicação informática para acompanhamento das 80 maiores empresas do distrito, com extracção de dados do Data Warehouse como inputs 8 Aplicação informática de gestão e controlo dos avaliadores da propriedade rústica (mód. 1) e das 2ª avaliações da urbana (mód. 2) 9 Alterações à aplicação informática de gestão de pessoal, falta e licenças 10 Extracção de dados do Data Warehouse e adaptabilidade às ferramentas de Auditoria para os serviços de inspecção Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 84,5% Os indicadores de desempenho disponíveis para a DF de Viseu são maioritariamente positivos, destacando-se os relativos à justiça tributária: • Durante o ano transacto, o objectivo distrital para a cobrança coerciva foi ultrapassado em 47%, tendo esta atingido os € 30,1 milhões; • Da dívida instaurada durante o ano de 2007 (€ 69.96 milhões), foi extinto o valor de € 49,65 milhões, o que representa 71% da mesma (o objectivo era de 20%); • A cobrança de coimas elevou-se a € 2,93 milhões, o que representa um acréscimo de 31% Unidades orgânicas relativamente ao valor total das coimas cobradas em 2006 (€ 2,24 milhões); 136 • O TMC dos processos de reclamação graciosa rondou 1 mês, bem abaixo da média nacional (3 meses). DF Angra do Heroísmo A escassez de recursos humanos afectos a esta unidade orgânica tem condicionado significativamente a actividade desta unidade orgânica, sobretudo, ao nível da inspecção tributária, cuja actividade assegurada apenas por um funcionário incidiu na realização de acções inspectivas visando fundamentalmente a regularização voluntária, estratégia que se revelou eficaz face aos resultados atingidos. A área da justiça tributária mereceu especial atenção, particularmente no que se refere à cobrança coerciva, tendo conseguido ultrapassar os valores pretendidos. DF Horta Os resultados conseguidos pela DF da Horta assumem particular relevo nos domínios da justiça e da inspecção tributárias, nomeadamente a nível da: • Redução do TMC dos processos de reclamação graciosa, que diminuiu três meses, de acordo com o objectivo proposto; e da • Actuação da Inspecção Tributária, que realizou mais 583 acções que as previstas no PNAIT. Quanto à receita arrecadada pelas secções de cobrança, os indicadores disponíveis para o ano transacto revelam um acréscimo face a 2006 quer na receita de Estado, que cresceu 4,9%, quer na receita das autarquias, que cresceu 2,3%. DF Ponta Delgada A DF de Ponta Delgada concentrou os seus esforços nas áreas da tributação e da inspecção tributária durante o ano de 2007. Deste modo, as principais actividades desenvolvidas no ano transacto foram as seguintes: • O arrendamento e alojamento de alunos e professores; • Os subsídios pagos pelas câmaras municipais, Governo Central e Regional; • O rendimento declarado por diversos tipos de profissionais liberais; • A declaração das mais-valias obtidas na transmissão de bens imóveis para efeitos de IRS; Na área da inspecção tributária, foram efectuados diversos cruzamentos de dados com o objectivo de controlar as manifestações de fortuna a que alude o n.º 4 do artigo 89.º – A da LGT, tendo-se Unidades orgânicas Na área da tributação, executou-se uma série de campanhas, com vista a controlar: 137 procedido, também, ao acompanhamento dos maiores contribuintes, designadamente no sector da construção civil, onde se procedeu ao cruzamento de 40.000 facturas. Os resultados deste conjunto de acções traduziram-se no aumento da entrega de declarações de IR via Internet e, bem assim, no acréscimo da matéria colectável e dos valores de imposto liquidados e arrecadados, com destaque para o IRC, cuja receita cresceu 48%. Na área da justiça tributária, foi alcançada uma redução do saldo dos processos de reclamação Unidades orgânicas graciosa superior a 50%, com a concomitante redução do respectivo tempo médio de conclusão. 138 IV Meios IV.1 Recursos Financeiros O orçamento global da DGCI é composto, quase exclusivamente, pelo orçamento de funcionamento, uma vez que o orçamento relativo ao Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) não tem expressão relevante nesta direcção-geral (menos de 0,5% do orçamento global). Assim, é o orçamento de funcionamento que sustenta as actividades desenvolvidas pelos 403 serviços da DGCI, provindo as respectivas receitas de quatro fontes de financiamento: Receitas Gerais, provenientes do Orçamento do Estado; Receitas Próprias; Receitas do Fundo de Estabilização Tributário (FET); Receitas do Quadro Comunitário de Apoio III (QCA III). Estas receitas foram utilizadas em despesas correntes relativas a pessoal e à aquisição de bens e serviços, incluindo os referentes a formação profissional e em despesas de capital referentes a instalações e equipamentos. Nos pontos seguintes far-se-á uma breve análise da execução orçamental do ano de 2007 e, bem assim, uma análise evolutiva. Far-se-á, também, uma referência breve a quatro projectos plurianuais objecto de comparticipação comunitária. 1.1 Execução orçamental Fontes de financiamento Os recursos financeiros utilizados pela DGCI em 2007 ascenderam a cerca de 464,3 milhões de euros – a que correspondeu uma taxa de execução de 99,9 % - constando a respectiva discriminação pelas diferentes fontes de financiamento dos quadros infra. Orçamento de funcionamento – Fontes de Financiamento (milhões de euros) Receitas gerais % 301,8 65 % 92,4 19,9% FET 61 13,1% Fundos comunitários 9,1 2% Receitas próprias TOTAL Incluindo acréscimos e abatimentos 464,3 Instalações Execução 141 Verifica-se, assim, que as receitas gerais provenientes do Orçamento do Estado suportam 65% da despesa realizada pela DGCI, sendo a parte remanescente financiada, essencialmente por receitas próprias e pelo FET. A despesa financiada por fundos comunitários teve, como se verifica, um peso diminuto (apenas 2% do total). A DGCI teve, também, ao seu dispor, no âmbito do PIDDAC, o valor de 1,7 milhões de euros para ultimar o processo relacionado com os Estágios Profissionais que será abordado mais adiante, em 1.3. Estrutura da despesa O quadro que em seguida se apresenta contém a distribuição da despesa total de 2007, pelas diferentes rubricas. Orçamento de funcionamento – Estrutura da despesa (milhões de euros) Montante % Despesas Correntes Despesas com pessoal Aquisição de bens e serviços Outras despesas correntes 368,6 79,3% 85,4 18,3% 1,8 0,3% Transferências correntes 1,1 0,2% Total despesas correntes 456,9 98,4% 7,4 1,6% 464,3 100% Despesas de capital Investimentos Total Constata-se, portanto, que em 2007 as despesas com pessoal mantiveram um elevado peso no total da despesa realizada pela DGCI, representando cerca de 79,3% do total, seguidas da aquisição de bens e serviços, com 18,3% . Relativamente às despesas de capital, as mesmas referem-se, essencialmente, a investimentos em obras e equipamentos e, embora tenham um peso pouco expressivo no total da despesa realizada (cerca de 1,6%), aumentaram em 2007, comparativamente com anos anteriores, conforme se Instalações verá no ponto seguinte relativo às instalações. 142 Despesa por fontes de financiamento O quadro seguinte relaciona o tipo de despesa realizada com a respectiva fonte de financiamento. Despesa por fontes de financiamento (milhões de euros) Receitas Gerais Receitas Próprias FET Fundos Comunitários Total Despesas Correntes 301,6 89,3 61,0 5,1 456,9 Despesas com pessoal 296,9 9,4 61,0 1,3 368,7 1,2 295,2 Remunerações certas e permanentes 294,0 Abonos variáveis ou eventuais 0,8 9,4 61,0 0,1 71,3 Segurança Social 2,1 0,001 0,03 0,0 2,2 Aquisição de bens 0,0 3,9 0,2 4,1 Aquisição de serviços 2,9 74,7 3,6 81,2 Outras despesas correntes 1,7 1,2 Aquisição de Bens de Capital 0,3 3,2 Edifícios 0,2 Outros Despesa Total 2,9 0,0 4,0 7,5 1,2 2,9 4,3 0,1 2,0 1,2 3,2 301,8 92,4 9,1 464,3 61 A análise do quadro permite concluir que as dotações provenientes em Receitas Gerais Orçamento do Estado são aplicadas, em cerca de 97,4%, em despesas com pessoal, particularmente no que se refere a remunerações certas e permanentes. Ainda ao nível das despesas com pessoal e relativamente à rubrica “Abonos variáveis ou eventuais” a mesma foi financiada em cerca de 85,5% pelo Fundo de Estabilização Tributário (FET). Por outro lado, constata-se ainda que as receitas próprias da DGCI financiaram em cerca de 92,2% as despesas em aquisições de bens e serviços e em, aproximadamente, 42,4% as despesas de investimento (em edifícios e outros bens). Tal como já antes referido, as despesas financiadas pelos Fundos Comunitários assumem pouca expressão e referem-se ao financiamento de projectos em curso, relativamente aos quais se fará Instalações uma referência mais detalhada no ponto 1.3 deste capítulo. 143 1.2. Análise evolutiva Fontes de financiamento O quadro que em seguida se apresenta espelha a evolução registada nas diferentes fontes de financiamento no período compreendido entre os anos de 2003 e 2007. Fonte de Financiamento - Execução (milhões de euros) 2003 Montante 2004 % Montante 2005 % 2006 2007 Montante % Montante % Montante % Variação 2003/2007 Receitas Gerais 323,5 77,1% 306,1 74,9% 321,5 71,0% 314,2 71,0% 301,9 65,0% - 6,7% Receitas Próprias 34,3 8,2% 47,0 10,5% 57,1 15,2% 67,1 15,2% 92,4 19,9% 169,4% FET 61,8 14,7% 59,4 14,5% 61,0 13,5% 60,3 13,6% 61,0 13,1% -1,3% Fundos Comunitários 0,0 0,0% 0,3 0,1% 1,4 0,3% 1,0 0,2% 9,1 2,0% 100% Total 419,6 100,0% 412,8 100,0% 441,0 100,0% 442,6 100,0% 464,4 100,0% 10,7% A análise do quadro demonstra que a despesa da DGCI financiada por dotações do Orçamento do Estado (receitas gerais), decresceu sucessivamente no período em análise. De facto, enquanto que em 2003 a despesa financiada por esta via representava 77,1% do total, em 2007 apenas representou 65%. É de salientar que a variação do montante de receitas gerais utilizado em 2007 foi inferior em 6,7% ao da execução de 2003. A evolução antes referida (receitas gerais) teve como contraponto a registada ao nível da despesa financiada por receitas próprias da DGCI, que passou de 8,2%, em 2003, para 19,9%, em 2007. No que se refere ao montante executado de receitas próprias, em 2007 o mesmo traduziu um crescimento relativamente ao valor registado em 2003. O aumento da importância da fonte de financiamento “receitas próprias” na execução orçamental deve-se, fundamentalmente, aos resultados que nos últimos anos têm vindo a ser obtidos ao nível da cobrança executiva e da cobrança de coimas, conforme adiante se demonstrará. Por último, e ainda no que se refere ao quadro supra, é de destacar o facto de, no período em referência, que compreende cinco anos, a despesa da DGCI ter crescido 10,7%, num contexto em que a receita fiscal arrecadada por esta direcção-geral cresceu, no mesmo período, mais de 37,7%, o que constitui um claro indicador do aumento de eficiência de gestão e organização. Instalações O crescimento do orçamento da DGCI deve-se, também, à redução significativa do número de 144 funcionários registada no mesmo período: em 2007 o número de funcionários foi inferior em cerca de 110 ao que existia em 2003. Receitas próprias Relativamente às receitas próprias, e tal como decorre do ponto anterior, as mesmas têm vindo a registar uma evolução muito positiva, particularmente nos últimos anos. O gráfico seguinte ilustra a evolução das receitas próprias geradas pela DGCI, também no período compreendido entre os anos de 2003 e 2007, esclarecendo-se previamente que os valores do mesmo constantes não coincidem com os indicados no quadro anterior, uma vez que este quadro se refere aos valores utilizados/executados, enquanto que os valores incluídos no gráfico se referem à receita obtida nos anos em questão. Receitas Próprias 120 97,2 100 85,7 68,7 80 60 40 42,9 33,5 20 0 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: DSGRF Constata-se, assim, que em 2007 as receitas próprias da DGCI cresceram cerca de 13,4% em relação ao ano anterior e 190,1% do valor registado em 2003. Para esta evolução foi determinante o comportamento registado ao nível da cobrança de coimas e da cobrança executiva em 2007. É ainda de salientar, uma vez mais, o facto de o elevado crescimento das receitas próprias ter sido obtido num contexto de redução do número de funcionários até 2006, subindo em 2007, conforme é evidenciado pelo gráfico seguinte. Receitas próprias vs evolução efectivos 350.000,00 12.300 300.000,00 12.200 12.100 250.000,00 12.000 200.000,00 11.900 150.000,00 11.800 11.700 100.000,00 11.600 50.000,00 11.500 0,00 11.400 2004 2005 Receitas Próprias 2006 Evolução efectivos 2007 Instalações 2003 145 Fundo de Estabilização Tributário (FET) Também no que se refere ao FET a evolução registada foi muito positiva pelos mesmos motivos que os enunciados no ponto anterior. O gráfico seguinte traduz a evolução, no período 2003-2007, das receitas do FET originadas em receitas próprias da DGCI. Receitas do FET M 186,4 200,0 147,5 150,0 100,0 121,3 71,9 50,0 0,0 2004 2005 2006 2007 Fonte: DSGRF Verifica-se, assim, que em 2007 as receitas do FET, com esta origem, aumentaram 26,4% relativamente ao ano anterior e mais que duplicaram (159,2%) em relação a 2004. Também neste caso, a evolução registada na cobrança de coimas e na cobrança executiva foi determinante para a evolução registada. Despesa No que se refere à despesa, a evolução registada nas diferentes rubricas encontra-se evidenciada no quadro seguinte. Evolução da Despesa Instalações (milhares de euros) 146 2003 2004 2005 2006 2007 2006/2007 2003/2007 Despesas correntes 418.281,4 411.354,2 438.185,1 436.897,7 456.927,1 4,58% 9,24% Despesas com pessoal 362.622,7 349.827,9 355.814,2 357.465,1 368.676,4 3,14% 1,67% Aquisição de bens e serviços 55.596,9 61.041,4 81.393,6 78.064,8 85.359,3 9,34% 53,53% Transferências correntes 44,8 48,4 88,0 83,5 1.096,0 1212,57% 2346,43% Outras despesas 17,0 436,5 889,3 1.284,3 1.795,4 39,80% 10461,18% Despesas de capital 1.353,4 1.497,2 2.803,0 5.681,0 7.461,8 31,35% 451,34% Total 419.634,8 412.851,4 440.988,1 442.578,7 464.388,9 4,93% 10,67% Salientam-se como principais aspectos, evidenciados pelo quadro supra, o crescimento acumulado das despesas correntes no período 2003/2007, que foi, como se verifica de apenas 9,24%. Esta evolução é, essencialmente, explicada pelas despesas com pessoal, que no período em análise representaram, em todos os anos, cerca de 79% da despesa total e cuja taxa de crescimento evolutiva do ano transacto foi de 3,14%. O reduzido crescimento registado por esta rubrica deve-se à redução ocorrida no mesmo período no número de efectivos. Salienta-se também a taxa de crescimento na aquisição de bens e serviços em 9,34%. Deve salientar-se, no entanto, que a evolução registada na mesma rubrica não significa que as remunerações médias dos funcionários não tenham registado taxas de crescimento superior, pelo contrário, verifica-se antes que a remuneração média por funcionário tem vindo sucessivamente a aumentar até 2006 tendo mantido a taxa de crescimento em 2007 conforme é evidenciado pelo gráfico seguinte. Evolução do vencimento médio por funcionário vs número de efectivos 36.000 12.300 12.200 12.100 12.000 11.900 11.800 11.700 11.600 11.500 11.400 33.000 30.000 27.000 24.000 21.000 18.000 15.000 2003 2004 2005 Vencimento médio 2006 2007 nº de efectivos De facto constata-se que num contexto de sucessiva redução do número de funcionários até 2006 registando-se uma subida em 2007 a remuneração média por funcionário tem vindo a aumentar de forma continuada, o que evidencia a estratégia que tem vindo a ser prosseguida pela DGCI de, por um lado, criar e oferecer aos seus colaboradores oportunidades de progressão nas carreiras profissionais e, por outro lado, prosseguir uma política de recrutamento de quadros mais qualificados e, logo, melhor remunerados. Finalmente, é também de salientar a evolução registada na rubrica investimento, que, em 2007, mais do que triplicou em relação a 2003, o que reflecte o esforço que tem vindo a ser realizado, no ponto 2 deste capítulo. Instalações essencialmente, ao nível da melhoria das instalações e dos equipamentos, a que fará referência 147 1.3. Projectos com comparticipação comunitária Projecto: “Maior Racionalização – Orientação para o Cidadão” Em Junho de 2006 a DGCI viu aprovado o seu projecto de candidatura, apresentado ao Programa Operacional da Administração Pública (POAP), na vertente da tipologia 1.2.1 – Projectos de Qualificação dos Serviços Públicos, sendo os seguintes os montantes envolvidos nestes projectos: Investimento total elegível: 5,5 milhões de euros; Valor a financiar pelo POAP (75%): 4,125 milhões de euros. Quanto ao período de realização aprovado, o mesmo iniciou-se em 11.11.2004 e terminou em 31.12.2007. O projecto em referência desdobrou-se em dois domínios de actuação ao nível dos Serviços de Finanças: uma vertente de realização de obras de intervenção nas instalações, potenciando a integração de serviços (designadamente no que respeita às tesourarias) e, a outra, envolvendo a realização de estudos de consultoria e a integração de equipamentos, numa óptica de racionalização de meios, de melhoria da qualidade do serviço prestado e das condições de atendimento aos contribuintes. Em termos globais e em relação ao valor total elegível 5,5 milhões de euros, no ano de 2006, a execução financeira do projecto cifrou-se em cerca de 5,5 milhões de euros – de verbas provenientes do Orçamento de Funcionamento – o que correspondeu a uma taxa de execução de 100%. A principal componente do projecto foram as “Obras de Adaptação/Remodelação das Instalações dos Serviços de Finanças”, quer ao nível da dotação absorvida (4,8 milhões de euros), quer ao nível do número de intervenções efectuadas (124 serviços). Esta componente prendeu-se com obras de fusão e de integração de instalações, numa óptica de racionalização e beneficiação das instalações dos serviços de finanças, que incluiu também infra-estruturas de rede de energia, dados e voz. Seguiu-se a componente “Instalações de novos equipamentos” com uma despesa elegível executada de cerca de 743 mil euros a qual incidiu sobre 48 serviços de finanças. Esta componente traduziu-se, essencialmente, na aquisição e montagem de mobiliário uniformizado, sinalética e sistema AVAC. Instalações A componente “Projectos Técnicos” com uma execução de cerca de 210 mil euros, envolvendo 31 148 serviços, abrangeu alguns projectos efectuados a montante das obras a que se refere a componente anterior, nomeadamente, e entre outros, os projectos de especialidades, medições e orçamento para as obras de remodelação. A componente “Estudo da Nova Imagem dos Serviços de Finanças” absorveu apenas um investimento de cerca de 23 mil euros. Do montante de investimento elegível executado, que conforme antes se referiu foi de cerca de 5,5 milhões de euros, 75% foi comparticipado pelo POAP, ou seja, a DGCI foi ressarcida em cerca de 4,125 milhões de euros. Devido à complexidade do projecto, face ao número de intervenções previstas, a sua conclusão teve lugar em 31.12.2007. Deste projecto beneficiaram, directamente, todos os serviços periféricos da DGCI intervencionados (cerca de 203) e, indirectamente, a Administração Pública, bem como uma população alvo, estimada em 3,9 milhões de pessoas, correspondente à população dos concelhos abrangidos. Projecto: “Sistema Integrado de Gestão de Instalações e Equipamentos” Em Novembro de 2006 a DGCI viu aprovado o seu projecto de candidatura apresentado ao POAP na vertente da tipologia 1.1.1 – Projectos de Simplificação de Modelos e Procedimentos, sendo os seguintes os montantes no mesmo envolvidos: Investimento total elegível: 246, 8 mil euros; Valor a financiar pelo POAP (75%): 185,1 mil euros. Quanto ao período de realização aprovado, o mesmo iniciou-se em 01.10.2006 e terminará em 31.04.2008. Este projecto, que implica o envolvimento de empresas de consultoria (a contratar para o efeito), visa a criação de um novo sistema de funcionamento em rede entre a Direcção de Serviços de Instalações e Equipamentos (a quem compete gerir o património imobiliário da DGCI) e os Serviços de Finanças, visando a melhoria do fluxo de informação e do controlo da gestão, da conservação, remodelação e renovação das instalações e dos respectivos equipamentos. Em 2006, a DGCI apenas executou 4,4 mil euros em despesas relacionadas com a fase de diagnóstico e de arranque do desenvolvimento do projecto, mas já em 2007 executou 142,85 mil euros em despesas com a aquisição do SIGEI. Os montantes remanescentes destinam-se à operaciona- Instalações lização do SIGEI em alguns serviços de finanças. 149 Projecto: “Formação Profissional” Para o desenvolvimento do plano de formação delineado e aprovado, a DGCI, por intermédio do Centro de Formação, candidatou-se, à semelhança de anos anteriores, ao POAP-Programa Operacional da Administração Pública, /Fundo Social Europeu. O co-financiamento Comunitário implica a prévia concretização dos planos de formação e suporte pela DGCI dos respectivos custos sendo o financiamento comunitário efectuado, em função da concretização e realização dos projectos apresentados e apenas após os pagamentos efectivos pela DGCI. Os custos/investimentos na formação em DGCI no ano de 2007 são os constantes do seguinte quadro: (milhares de euros) Custos Directos a) Fundo Social Europeu/POAP Custos Indirectos b) 2.080,5 2.283,2 6.631,3 a) Esta Rubrica corresponde aos custos suportados e pagos pela DGCI, relativos a: -Ajudas de Custo de Formados e Formadores; -Deslocações de Formandos e Formadores; -Horas de Formação de Formadores; -Material pedagógico de apoio, preparação e desenvolvimento das acções b) Esta rubrica representa o investimento da DGCI com o suporte e pagamento dos vencimentos relativos aos dias de ausência no posto de trabalho. Projecto: “Estágios Profissionais” Em Maio de 2006 teve início o projecto de estágios profissionais, no âmbito do POAP, na vertente da tipologia 2.1.2 – Estágios Profissionais, regulamentado pela Portaria nº 1256/2005, de 2 de Dezembro, publicada no Diário da República I Série-B, de 2 de Dezembro de 2005. São os seguintes os montantes envolvidos: Investimento total elegível: 4,2 milhões de euros; Valor a financiar pelo POAP (75%): 3,2 milhões de euros Quanto ao período de realização aprovado o mesmo iniciou-se em 15.05.2006 e terminou em 26.11.2007. Este projecto, que envolveu 374 participantes, dos quais 350 licenciados em Direito e 24 de outras licenciaturas (3 de Psicologia, 3 de Arquitectura, 1 de Engenharia Civil, 1 de Engenharia Electrotécnica, 5 de Engenharia Mecânica e 11 de Matemática), absorveu em 2007 um investimento total Instalações de 1.680,5 mil euros do Programa 28 do PIDDAC, dos quais a DGCI foi reembolsada em 75%, ou 150 seja, 1.260,4 mil euros. IV.2 Instalações Dando cumprimento à estratégia já referida no âmbito da racionalização de serviços constante no objectivo estratégico nº 5, em 2007 as medidas/acções implementadas incidiram, fundamentalmente, em quatro áreas: Integração das antigas Tesourarias da Fazenda Pública no espaço físico dos Serviços de Finanças; Libertação de instalações consideradas não necessárias (em excesso) ou inadequadas à função, através da denúncia de contratos de arrendamento ou da sua devolução, consoante se trate, respectivamente, de instalações arrendadas ou de instalações que constituem património do Estado; Melhoria das instalações e de equipamentos; Implementação da Imagem Corporativa da DGCI. 2.1 Integração das Tesourarias da Fazenda Pública O Decreto-Lei nº 237/2004, de 18 de Dezembro, veio preconizar a integração plena das extintas Tesourarias da Fazenda Pública nos Serviços de Finanças (antigas Repartições de Finanças), constituindo-se, assim, uma única entidade orgânica e funcional ao nível dos Serviços Locais de Finanças. Neste sentido, foram, desde então, encetados diversos projectos e obras, visando a total integração das antigas Tesourarias – actuais Secções de Cobrança – nos espaços físicos afectos aos Serviços de Finanças e, deste modo, criar melhores condições de gestão destes serviços, designadamente no que se refere à afectação de recursos e, bem assim, melhores condições de atendimento dos contribuintes, obviando a que, em alguns casos, estes tenham de deslocar a mais do que um local para resolverem os seus assuntos com a Administração Fiscal. Por outro lado, o processo de integração tem permitido ainda a libertação de espaços – a qual será objecto de maior detalhe no ponto seguinte – com a inerente redução de custos e, consequente, libertação de recursos financeiros que podem ser investidos noutras áreas, designadamente na Instalações realização de melhoramentos nas restantes instalações. 151 Em 2007, deu-se, assim, continuidade a este processo tendo sido concluída a integração de 40 Tesourarias/Secções de Cobrança. O gráfico seguinte traduz o estado do processo de integração das Secções de Cobrança à data de 31 de Dezembro de 2007. Integração secções de cobrança 400 350 300 250 200 150 100 50 0 356 215 92 83 40 Total Serv. 2005 2006 2007 Integrados fonte: DSIE Verifica-se, assim, que àquela data o processo de integração encontrava-se concluído relativamente a 60% dos Serviços de Finanças, pelo que o mesmo terá ainda continuidade nos próximos anos, designadamente em 2008, até à sua integral conclusão. 2.2. Libertação de instalações A estratégia de racionalização da utilização do espaço físico ocupado pelos diferentes serviços da DGCI, implica a libertação das instalações consideradas em excesso ou inadequadas aos fins/funções a que se destinam, sendo que o processo de integração das Secções de Cobrança a que se fez referência no ponto anterior, constitui uma das diversas situações que podem conduzir à libertação de espaço. Em 2007 deu-se continuidade ao processo iniciado em 2005 de redução do número de instalações ocupadas, quer através da denúncia de contratos de arrendamento, quer da devolução de instalações à Direcção-Geral do Património, envolvendo este processo 93 instalações. Na sequência das diligências efectuadas, no conjunto dos três anos (2005, 2006 e 2007), foi con- Instalações cretizada a libertação de 96 instalações, das quais 55 encontravam-se arrendadas (19 foram liber- 152 tadas em 2005, 22 em 2006 e 14 em 2007) e 41 eram detidas pela DGCI a título de cedência gratuita (6 foram devolvidas em 2005, 25 em 2006 e 10 em 2007). As instalações libertadas referem- se, designadamente a espaços ocupados pelas antigas Tesourarias, Arquivos, Salas de Formação, etc. A denúncia dos contratos de arrendamento relativos aos 14 serviços conduziu a uma redução dos encargos suportados pela DGCI com as instalações em causa, decorrente, não apenas das rendas – sendo que, neste âmbito e no conjunto dos três anos, a poupança ascendeu a mais de 530 mil euros (162 mil euros relativos às instalações libertadas em 2005 e 245 mil euros relativos às de 2006 e 123 mil euros relativos às de 2007) 18 –, mas, principalmente, ao nível dos encargos rela- cionados com a manutenção e conservação de tais instalações, que na, sua maioria, se encontravam em considerável estado de degradação, o mesmo se verificando relativamente às instalações devolvidas e que constituíam património do Estado. Em termos de área ocupada pelos serviços da DGCI, a libertação das instalações antes referidas traduziu-se numa redução global de 26.244 m2 (6.497 m2, em 2005 e 12.596 m2, em 2006 e 7.151 m² em 2007). Os gráficos seguintes traduzem a evolução registada na redução do número de instalações e da área ocupada a que anteriormente se fez referência. Redução de Áreas 120 30.000 5.000 12.596 0 0 2005 2006 2007 Total 2005 Fonte:DSIE Espaços arrendados 2.3 7.560 10.000 0 5.036 10 14 0 10 24 14 4.540 6 25 22 6.497 19 3.232 40 3.265 15.000 60 7.151 25.000 20.000 80 2.611 96 100 20 26.244 Espaços Devolvidos Espaços Património do Estado 2006 2007 Tot al Font e: DSI E Sub-Total anual Espaços arrendados Espaços Pat rimónio do Est ado Sub-Tot al anual Melhoria das instalações e dos equipamentos Outras das vertentes consideradas prioritárias na estratégica adoptada consiste, na melhoria das instalações e dos equipamentos utilizados e, em consequência, das condições de trabalho dos 18 O valor da Poupança acumulada em rendas foi calculado tendo em conta a renda em vigor à data da entrega de cada instalação e o período compreendido desde a data da entrega da instalação e o dia 31 de Dezembro de 2007. Instalações colaboradores e de atendimento dos contribuintes. 153 Neste sentido, assistiu-se a um forte impulso, quer ao nível da realização de obras de melhoramento das instalações, quer da dotação dos serviços com melhores equipamentos, mais modernos e mais funcionais. Ainda, neste âmbito, perspectivou-se o futuro serviço de finanças como um espaço ergonómico, privilegiando a funcionalidade e a modernidade, com um claro incremento da eficiência e eficácia do serviço a prestar aos contribuintes, investindo-se, também, na melhoria da imagem da DGCI. Em 2007, o investimento em equipamentos (em que a parte relativa a mobiliário uniformizado foi bastante significativa) e projectos, ascendeu a cerca de 1,5 milhões de euros e o correspondente à realização de obras a aproximadamente, 8,3 milhões de euros, num total de 9,8 milhões de euros. O gráfico que em seguida se apresenta ilustra a evolução registada no investimento em obras e equipamento no período compreendido entre 2003 e 2007. Evolução do Investimento (milhões) 15,0 10 10,0 6 0,0 4 3 3 5,0 1 2 3 4 5 ANOS 2003 2004 2005 2006 2007 VALOR 2.900.000 3.200.000 3.800.000 5.800.000 9.800.000 Fonte: DSIE Verifica-se, assim, que em 2007 o investimento cresceu cerca de 59% em relação ao ano anterior. O gráfico infra contém a distribuição, pelos diferentes distritos, do investimento total em obras realizadas em 2007. % por distrito do valor global de obras % por distrito do valor global de obras Viseu; 2% Braga; 4% Aveiro; 7% Vila Real; 2% Viana do Castelo; 1% Beja; 1% Aveiro Setúbal ; 1% Beja Santarém ; 5% Braga Bragança ; 2% Bragança Castelo Branco; 3% Porto; 17% Castelo Branco Coimbra Coimbra; 1% Évora Évora ; 2 % Faro Faro; 3% Instalações Guarda 154 Guarda; 2% Horta Horta; 0% Leiria Lisboa Portalegre; 1% Leiria; 2% Portalegre Porto Santarém Setúbal Viana do Castelo Vila Real Lisboa; 42% Viseu A análise do gráfico permite constatar que existe uma elevada dispersão do investimento pelos diferentes distritos, facto que demonstra, de forma clara, a abrangência nacional da estratégia prosseguida ao nível da modernização e melhoria das instalações. Por outro lado, os distritos que apresentam as percentagens mais elevadas são, em regra, aqueles que detêm maior número de instalações, o que naturalmente potencia as necessidades de intervenção. O caso do distrito de Lisboa é exemplo paradigmático desta realidade, com 41% do investimento total em obras, dado que é o distrito com maior número de instalações, designadamente porque nele estão também integradas as dos Serviços Centrais. Por último, refere-se ainda que ao nível do planeamento, estudos e projectos, se procedeu a um total de 111 intervenções, cujos tipos e respectivo número se encontram discriminados no gráfico infra. Número de projectos por tipo de intervenção 45 40 40 39 35 30 25 18 20 15 10 7 7 5 0 REMODELAÇÕES REINSTALAÇÕES ASSISTÊNCIA TÉCNICA ESTUDOS CONSERVAÇÃO E OUTROS 2.4 Implementação da Imagem corporativa da DGCI Desde 2006 a DSIE vinha a realizar estudos no sentido de dotar a DGCI de uma nova imagem corporativa, o que se veio a concretizar durante o ano de 2007. Após a aprovação pelo Concelho de Administração Fiscal, em Fevereiro de 2007, da nova imagem corporativa da DGCI, foi desenvolvido em colaboração com outros departamentos da Direcção Geral a implementação da nova imagem na grande maioria de estacionários em uso na Direcção Geral. Também ao nível das instalações foi realizado levantamento de um conjunto de imóveis onde viria a ser instalada a nova imagem no exterior dos edifícios. Em Dezembro de 2007 encontrava-se locais. Instalações adjudicado a montagem da nova imagem exterior sinalizando os Serviços de Finanças em 89 155 IV Anexos 1. Receita do Estado e das Autarquias Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares milhares de euros Receita Bruta do IRS ANOS SC IGCP SIBS BANCOS CTT COBRANÇA COERCIVA TOTAL 2005 3.109.939 2.232.324 548.616 1.660.422 2.372.935 135.662 10.059.898 2006 3.091.373 2.094.027 734.385 1.910.856 2.366.483 211.501 10.408.625 2007 3.073.814 1.989.684 959.410 2.554.507 2.434.968 246.750 11.259.133 milhares euros ANO REEMBOLSOS TRANSFERÊNCIAS ANOS EMITIDOS PAGOS R.A.AÇORES R.A.MADEIRA 2005 2.152.998 2.033.441 108.602 164.594 2006 1.990.376 1.876.512 128.498 170.282 2007 1.933.657 1.912.559 123.826 172.247 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas milhares de euros Receita Bruta do IRC ANOS SC IGCP SIBS BANCOS CTT COBRANÇA COERCIVA TOTAL 2005 2.701.417 11.252 39.814 266.161 1.668.592 104.238 4.791.474 2006 2.976.182 25.312 88.158 415.464 1.812.866 118.883 5.436.865 2007 3.139.976 3.934 364.886 993.437 2.173.835 130.475 6.806.523 milhares euros REEMBOLSOS TRANSFERÊNCIAS ANOS EMITIDOS PAGOS R.A.AÇORES R.A.MADEIRA DERRAMA 2005 714.207 660.681 37.931 84.225 287.312 2006 709.750 676.741 45.160 101.173 280.826 2007 679.135 639.738 56.164 105.771 315.426 Anexos ANO 159 Imposto sobre o Valor Acrescentado milhares de euros Receita Bruta do IVA ANOS SC DSIVA IGCP SIBS BANCOS CTT COBRANÇA COERCIVA TOTAL 2005 7.027.071 101.873 10.839 619.512 313.491 6.624.911 342.053 15.039.751 2006 7.325.656 0 47.350 841.159 743.303 6.825.160 345.093 16.127.722 2007 7.114.368 0 67.541 1.142.146 1.480.006 6.891.458 371.553 17.067.073 milhares euros REEMBOLSOS TRANSFERÊNCIAS ANOS EMITIDOS PAGOS R.A.AÇORES R.A.MADEIRA TURISMO SEG.SOCIAL TOTAL 2005 3.273.349 3.258.624 269.307 267.472 16.900 592.033 1.145.712 2006 3.725.677 3.711.668 282.866 285.675 18.200 633.000 1.219.741 2007 4.209.457 4.183.895 162.900 238.100 19.000 658.300 1.078.300 Imposto do Selo milhares de euros Receita Bruta do Imposto de Selo IGCP SIBS BANCOS COBRANÇA COERCIVA ANOS SC CTT 2005 581.990 9 61.450 371.086 489.468 1.726 1.505.728 2006 644.232 232 91.879 438.963 513.140 2.474 1.690.921 2007 634.014 859 126.017 519.638 515.072 1.432 1.797.032 milhares euros Anexos ANO 160 REEMBOLSOS TRANSFERÊNCIAS ANOS EMITIDOS PAGOS R.A.AÇORES R.A.MADEIRA 2005 1.247 1.247 18.638 29.582 2006 2.092 2.092 22.612 33.553 2007 1.131 1.131 25.479 37.232 TOTAL Derrama Transferência de Derrama para os Municípios de 2005 a 2007 milhares de euros Aveiro 2005 2006 2007 16.812 16.833 17.120 Beja 2.705 3.045 4.963 Braga 11.534 12.706 11.288 C. Branco 1.083 822 957 Coimbra 7.228 5.847 6.445 Évora 2.289 2.233 2.178 Faro 2.552 3.155 3.394 739 520 570 Guarda Leiria Lisboa Portalegre Porto Santarém 8.422 9.095 9.300 142.901 144.302 164.968 1.755 1.431 1.072 48.381 46.487 51.877 9.883 8.683 8.262 20.358 18.033 22.674 Viana do Castelo 2.129 1.903 1.994 Vila Real 1.232 959 1.090 Viseu 4.296 4.201 4.529 Setúbal P. Delgada TOTAL 1.842 1.989 2.496 287.312 280.826 315.426 Anexos Distrito 161 2. Receita do Estado e das Autarquias cobrada pelas Secções de Cobrança dos Serviços de Finanças SCR_DGCI Receita de Estado Total Cob. (Cap.I a XVII) Distritos SCR_DGCI Receita Autarquias Total Cob. (20.02.01.00.00) Aveiro 656.873.754,91 62.458.217,84 Beja 178.564.294,29 13.866.718,64 Braga 482.268.607,51 61.600.971,99 Bragança 52.061.278,33 8.876.256,43 Castelo Branco 90.142.647,24 15.305.767,66 Coimbra 208.842.710,86 34.281.150,70 Évora 113.749.655,82 13.184.673,90 Faro 354.689.056,56 148.767.799,33 Guarda Leiria Lisboa Portalegre Porto 46.773.397,63 8.878.423,16 367.021.775,30 49.460.744,29 8.532.259.450,11 426.550.733,02 84.110.131,63 9.551.459,95 1.423.800.085,37 168.031.235,96 Santarém 365.413.892,50 40.998.607,16 Setúbal 754.703.498,48 81.458.904,29 Viana do Castelo 131.616.275,72 18.049.188,24 72.164.765,26 12.171.059,11 218.731.810,11 27.184.062,00 Vila Real Viseu Angra do Heroísmo Funchal Horta Ponta Delgada 3.745.926,26 208.046.375,80 1.612.974,86 17.459.278,37 12.367.480,44 101.333.468,85 26.820.171,34 14.499.097.942,24 1.245.222.526,57 Balcão 0017 204.140,60 0,00 Total Geral 14.499.302.082,84 1.245.222.526,57 9.544,83 Subtotal 38.471.731,59 21,78 65,82 47,01 98,10 69,60 106,59 129,84 119,13 167,17 147,04 276,61 206,39 286,29 473,13 458,57 619,01 597,51 949,51 793,80 Receita arrecadada em 2007 (milhões de euros) Anexos LI SB PO OA SE RT TÚ O B AV AL EI BR RO AG FA A R SA LE O N IRI TA A C RÉ O IM M BR VI AN VI A A SE D U O C BE AS JA PO TE C NT AS A ÉV LO TE DE OR LO LG A PO B R A D R AN A TA C L O VI EG L R AN BR A R E G AG EA R A AN L D O G U ÇA H AR ER O DA ÍS H MO O R TA 1.816,81 Desempenho das secções de cobrança 162 3 Implementação do Sistema Gestão de Atendimento (SGA) 2006 Distrito Braga Serviço de Finanças V.N. Famalicão 2 Distrito Lisboa Serviço de Finanças Lisboa 2 Distrito Porto Serviço de Finanças Gondomar 1 V.N. Famalicão 2 Loures 3 V.N. Gaia 1 Braga 1 Oeiras 2 V.N. Gaia 4 Braga 2 V.F. Xira 2 Stº Tirso Guimarães 1 Oeiras 3 Feira 1 Guimarães 2 Cascais 1 Porto 3 Barcelos Cascais 2 Porto 6 Coimbra Coimbra 2 Amadora 2 Vila Do Conde Faro Albufeira Odivelas Povoa Do Varzim Loulé 1 Sintra 2 Alcobaça Lisboa 3 Leiria Setúbal Sesimbra Almada 2 Caldas da Rainha Setúbal 1 Leiria 1 Setúbal 2 V. Real Chaves Viseu Viseu 1 Viseu 2 2007 Serviço de Finanças Aveiro Águeda Coimbra Coimbra 1 Évora Faro Distrito Lisboa Lisboa 11 Distrito Setúbal Serviço de Finanças Almada 3 Lisboa 4 Seixal 2 Évora Sintra 1 * Palmela Faro Torres Vedras 1 Barreiro Lagos Lisboa Serviço de Finanças Sintra 3 Porto Lisboa 10 Moita Matosinhos Seixal 1 Sintra 4 * V.N. Gaia 2 V. Castelo Viana do Castelo Mafra Gondomar 2 P. Delgada Ponta Delgada Loures 1 Amarante Paredes Lisboa 1 Lisboa 8 Santarém Santarém Anexos Distrito 163 4 Distribuição de reclamações RCM 189/96 por Distrito Setúbal 11,8% Faro 6,4% Porto 11,5% Leiria 2,3% Coimbra 6,2% Aveiro 4,0% Santarém 3,2% Outros 10,6% Anexos Lisboa 44,0% 164 AGA Aplicação de Gestão de Avaliações AP Administração Pública ASAE Autoridade de Segurança Alimentar Económica BGRI Base Geográfica de Referenciação da Informação CAE Classificação de Actividades Económicas CAI Cooperação Administrativa Internacional CDT Convenção para evitar Dupla Tributação CE Comunidade Europeia CEE Comunidade Económica Europeia CEF Centro de Estudos Fiscais CF Centro de Formação CFE Centro de Formalidades de Empresas CIMI Código do IMI CIMT Código do IMT CIRC Código do IRC CIRS Código do IRS CIAT Centro Inter americano de Administrações Tributárias CNAPU Comissão Nacional de Avaliação da Propriedade Urbana CPPT Código de Procedimento e de Processo Tributário CTF Ciência e Técnica Fiscal – Publicação do CEF DCE Divisão de Cobrança Executiva DCIRP Divisão de Cobrança do IR e do Património DF Direcção de Finanças DAPI Divisão de Apoio a Projectos Informáticos DF Direcção de Finanças DG Director-Geral DGAIEC Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo DGCI Direcção-Geral dos Impostos DGITA Direcção-Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros DGO Direcção-Geral do Orçamento DGT Direcção-Geral do Tesouro DIT Divisão de Inspecção Tributária DL Decreto-Lei DS Direcção de Serviços DSA Direcção de Serviços de Avaliações DSC Direcção de Serviços de Cobrança DSCC Direcção de Serviços de Contabilidade e Controlo DSCJC Direcção de Serviços de Consultadoria Jurídica e Contencioso DSGRF Direcção de Serviços de Gestão dos Recursos Financeiros Siglas Siglas 165 DSGRH Direcção de Serviços de Gestão de Recursos Humanos DSIE Direcção de Serviços de Instalações e Equipamentos DSIFAE Direcção de Serviços de Investigação da Fraude e de Acções Especiais DSIMI Direcção de Serviços do Imposto Municipal sobre Imóveis DSIMT Direcção de Serviços do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, do Imposto do Selo, dos Impostos Rodoviários e das Contribuições Especiais DSIRC Direcção de Serviços do IRC DSIRS Direcção de Serviços do IRS DSIVA Direcção de Serviços do IVA DSIT Direcção de Serviços de Inspecção Tributária DSITARP Direcção de Serviços da Informação Tributária, Apoio ao Contribuinte e Relações Públicas DSJT Direcção de Serviços de Justiça Tributária DSPCIT Direcção de Serviços de Planeamento e Coordenação da Inspecção Tributária DSPSI Direcção de Serviços de Planeamento e Sistemas de Informação DSR Direcção de Serviços de Reembolsos DSRC Direcção de Serviços de Registo de Contribuintes DSRI Direcção de Serviços das Relações Internacionais DUC Documento Único de Cobrança EBF Estatuto dos Benefícios Fiscais FAQ Frequently Asked Questions FET Fundo de Estabilização Tributário FBCF Formação Bruta de Capital Fixo GAI Gabinete de Auditoria Interna GAT Grupo de Administração Tributária GESTEF Gestão de Execuções Fiscais Siglas GIF 166 Gestão integrada de funcionários IGT Inspecção-Geral do Trabalho IGF Inspecção-Geral de Finanças IMI Imposto Municipal sobre Imóveis IMT Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis IP Impostos do Património IPC Índice de Preços no Consumidor IPSS Instituição Particular de Solidariedade Social IR Imposto sobre o Rendimento IRC Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas IRS Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares IS Imposto do Selo ISS Instituto de Segurança Social ISSD Imposto Sobre Sucessões e Doações IT Inspecção Tributária IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado IUC Imposto Único de Circulação KPI Key Performance Indicator (Indicador de Desempenho) LGT Lei Geral Tributária MP Ministério Público NARP Núcleo de Apoio e Relações Públicas NIF Número de Identificação Fiscal NMJT Núcleo para a Modernização da Justiça Tributária NRAU Novo Regime de Arrendamento Urbano OCDE Organização e Cooperação para o Desenvolvimento Económico OE Orçamento do Estado PAJUT Plano da Justiça Tributária PALOP Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa PEC Programa de Estabilidade e Crescimento PEF Sistema dos Processos de Execução Fiscal PPC Pagamentos por Conta PEJEF Plano Estratégico para a Justiça e Eficácia Fiscal PIA Projecto Informático Antigo PIB Produto Interno Bruto PIN Projecto Informático Novo PJ Policia Judiciária PNAIT Plano Nacional da Inspecção Tributária PNI Projecto Não Informático PRACE Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado POAP Programa Operacional da Administração Pública RITTA Rede Informática Integrada Tributária e Aduaneira RGIT Regime Geral das Infracções Tributárias RNCFE Rede Nacional de Centros de Formalidades de Empresas ROC Revisor Oficial de Contas SDG Subdirector Geral SEF Sistema de Execuções Fiscais SEAF Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais SCO Sistema de Contra-Ordenações SF Serviço de Finanças SGFF Sistema de Gestão de Fluxos Financeiros da DGCI/DGITA SIGEPRA Sistema Informático de Gestão de Procedimentos de Revisão Administrativa SIGIMI Sistema de Informação Geográfica do IMI SIGVEC Sistema de Gestão de Vendas Coercivas SIOU Sistema de Informação das Operações Urbanísticas SIADAP Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública SIPA Sistema Informático de Penhoras Automáticas Siglas SINERGIC Sistema Nacional de Exploração e Gestão de Informação Cadastral 167 Siglas 168 SIPDEV Sistema Informático de Publicitação de Devedores SLF Serviços Locais de Finanças SP Sujeito Passivo STA Supremo Tribunal Administrativo TATA Técnico de Administração Tributário Adjunto TC Tribunal de Contas TIC Tecnologias de Informação e Comunicação TJCE Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias TMC Tempo Médio de Conclusão TMP Tempo Médio de Pendência TOC Técnico Oficial de Contas UE União Europeia VIES VAT Information Exchange System VSR Volume de Serviço Realizado