Dinâmica do emprego no Brasil de 1995 a 2005 Autor: Tiago Wickstrom Alves Objetivo Analisar o crescimento do emprego nacional em termos de dinâmica setorial, segmentada por estados da Federação, por setores e faixas salariais com a utilização do Modelo de Arcelus e de regressão espacial. Procedimentos metodológicos Modelo de Arcelus Eij = tEij* + tE’ij + eEij* + eE’ij + Rij + RIij onde: tEij* = Eoij*(e - 1) tE’ij = (Eoij - Eoij*)(e - 1) eEij* = Eoij*(ein - e) eE’ij = (Eoij - Eoij*)(ein - e) Rij = Eoij*(erj - e) + (Eoij - Eoij*)(erj - e) RIij = Eoij*[(eij - erj) - (ein - e)] + (Eoij - Eoij*)[(eij - erj) - (ein - e) Procedimentos metodológicos O efeito líquido dado por: lEij = Eij - tEij* - tE’ij = eEij* + eE’ij + Rij + RIij Efeito estrutural, que é determinado por: => eEij* + eE’ij Onde: eEij* é o efeito homotético e eE’ij o efeito residual ou especialização e i eEij* = 0 ; i eE’ij = i eEij Efeito Diferencial: => Rij + RIij Procedimentos metodológicos Cluster Espaciais Os cluster espaciais foram definidos partir da elaboração de uma matriz de pesos espaciais (W) da qual é possível estabelecer uma estatística denominada de Moran Local (Ii). Essa estatística permite estabelecer uma relação entre a unidades regional e seus vizinhos da qual existem valores semelhantes, sendo também uma medida de autocorrelação espacial para cada localização individual (Anselin, 2003). A esse estimador Anselin (1995) denominou de Local Indicator of Spatial Association - LISA. Procedimentos metodológicos Cluster Espaciais Ii xi j Wij x j x i 2 i Onde: Wij é a matriz de pesos espaciais; x a variável definida como de interesse para a construção do cluster, que no caso do presente trabalho são o emprego total em 1995 e em 2005, a Variação líquida , a variação estrutural, o efeito induzido e o efeito competitivo puro; i e j regiões. Procedimentos metodológicos -Período de análise 1995 – 2005 -Fonte dos dados: MTE/RAIS -Unidades Regionais: Estados e Distrito Federal Procedimentos metodológicos Os setores são: 1. Administração Pública Direta e Autárquica 2. Agricultura, Silvicultura, Criação de Animais, Extrativismo Vegetal 3. Com. e Administração de Imóveis, Valores Mobiliários, Serv. Técnico... 4. Comércio Atacadista 5. Comércio Varejista 6. Construção Civil 7. Ensino 8. Extrativa Mineral 9. Ind. da Borracha, Fumo, Couros, Peles, Similares, Ind. Diversas 10. Ind. Química de Produtos Farmacêuticos, Veterinários, Perfumaria, ... 11. Indústria da Madeira e do Mobiliário 12. Indústria de Calçados 13. Indústria de Produtos Alimentícios, Bebidas e álcool Etílico 14. Indústria de Produtos Minerais não Metálicos 15. Indústria do Material de Transporte 16. Indústria do Material Elétrico e de Comunicações 17. Indústria do Papel, Papelão, Editorial e Gráfica 18. Indústria Mecânica 19. Indústria Metalúrgica 20. Indústria Têxtil do Vestuário e Artefatos de Tecidos 21. Instituições de Crédito, Seguros e Capitalização 22. Serv. de Alojamento, Alimentação, Reparação, Manutenção, Redação, R... 23. Serviços Industriais de Utilidade Pública 24. Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários 25. Transportes e Comunicações Procedimentos metodológicos E as faixas salariais: Matriz de informações: Até 0,5 Salário Mínimo De 0,51 a 1,00 Salário Mínimo De 1,01 a 1,50 Salário Mínimo De 1,51 a 2,00 Salários Mínimos De 2,01 a 3,00 Salários Mínimos De 3,01 a 4,00 Salários Mínimos De 4,01 a 5,00 Salários Mínimos De 5,01 a 7,00 Salários Mínimos De 7,01 a 10,00 Salários Mínimos De 10,01 a 15,00 Salários Mínimos De 15,01 a 20,00 Salários Mínimos Mais de 20,00 Salários Mínimos Ignorado 27 unidades regionais 325 setores por faixa salarial Resultados Análise dos Efeitos Estruturais (eEij* + eE’ij) Resultados Resultados Tabela 1 Taxa de crescimento médio (ein) dos setores no Brasil no período de 1995-2005 SETORES Agricultura, silvicultura, criação de animais, extrativismo vegetal Indústria da madeira e do mobiliário Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos Construção civil Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico Indústria de produtos minerais não metálicos Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica Administração pública direta e autárquica Indústria de calçados Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. Diversas Extrativa mineral Serviços médicos, odontológicos e veterinários Ensino Serv. de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação Indústria metalúrgica Comércio varejista Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria Serviços industriais de utilidade pública Transportes e comunicações Comércio atacadista Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. Técnico Indústria do material elétrico e de comunicações Instituições de crédito, seguros e capitalização Indústria mecânica Indústria do material de transporte Fonte: Dados brutos MTE/RAIS. ein Médio 0,859 0,994 1,027 1,054 1,105 1,121 1,166 1,201 1,244 1,275 1,304 1,304 1,311 1,433 1,480 1,483 1,568 1,569 1,582 1,598 1,633 1,710 1,728 1,816 1,952 e = 1,399 Resultados Tabela 1 Faixas salariais dinâmicas em nível nacional ein > e no Brasil no período de 1995-2005 Faixas salariais Até 0,5 salário mínimo De 0,51 a 1,00 salário mínimo De 1,01 a 1,50 salários mínimos De 1,51 a 2,00 salários mínimos De 2,01 a 3,00 salários mínimos De 3,01 a 4,00 salários mínimos De 4,01 a 5,00 salários mínimos De 5,01 a 7,00 salários mínimos - Instituições de crédito, seguros e capitalização Ignorado - Indústria do material de transporte Ignorado - Serviços médicos, odontológicos e veterinários Mais de 20,00 salários mínimos - Extrativa mineral Fonte: Dados brutos MTE/RAIS. Número de setores 22 13 25 25 14 4 3 1 1 1 1 Resultados Variação estrutural do emprego homotético com eEin* < - no Brasil de 1995-2005 Setores Administração pública direta e autárquica Transportes e comunicações Instituições de crédito, seguros e capitalização Administração pública direta e autárquica Administração pública direta e autárquica Transportes e comunicações Administração pública direta e autárquica Construção civil Comércio varejista Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos Transportes e comunicações Comércio varejista Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos Administração pública direta e autárquica Administração pública direta e autárquica Ind. de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico Ind. de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico Instituições de crédito, seguros e capitalização Instituições de crédito, seguros e capitalização Administração pública direta e autárquica Faixa de Salários mínimos Ignorado De 5,01 a 7,00 Mais de 20,00 De 7,01 a 10,00 De 10,01 a 15,00 De 7,01 a 10,00 Mais de 20,00 De 3,01 a 4,00 De 3,01 a 4,00 De 2,01 a 3,00 De 4,01 a 5,00 De 5,01 a 7,00 De 3,01 a 4,00 De 3,01 a 4,00 De 15,01 a 20,00 De 3,01 a 4,00 De 5,01 a 7,00 De 10,01 a 15,00 De 7,01 a 10,00 Ignorado eEin* -278.039 -218.747 -214.845 -206.988 -199.460 -145.969 -145.607 -142.686 -140.067 -124.571 -114.786 -108.548 -99.777 -97.408 -97.396 -97.336 -91.247 -89.204 -88.773 -50.981 Resultados Variação estrutural do emprego homotético com eEin* > + no Brasil de 1995-2005 Setores Comércio atacadista Indústria de calçados Serv. de alojamento, alimentação, reposição, manut., redação Transportes e comunicações Construção civil Comércio atacadista Transportes e comunicações Administração pública direta e autárquica Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico Transportes e comunicações Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos Administração pública direta e autárquica Com. e adm. de imóveis, valores mobiliários, serv. Técnico Com. e adm. de imóveis, valores mobiliários, serv. Técnico Com. e adm. de imóveis, valores mobiliários, serv. Técnico Administração pública direta e autárquica Serv. de alojamento, alimentação, rep., manutenção., redação Comércio varejista Comércio varejista Faixa de Salários mínimos eEin* De 1,51 a 2,00 De 1,01 a 1,50 De 1,51 a 2,00 103.674 105.273 115.256 De 1,01 a 1,50 De 1,01 a 1,50 De 1,01 a 1,50 De 2,01 a 3,00 De 2,01 a 3,00 De 1,01 a 1,50 De 1,51 a 2,00 De 1,51 a 2,00 De 1,01 a 1,50 De 1,51 a 2,00 De 2,01 a 3,00 De 1,51 a 2,00 De 1,01 a 1,50 De 1,01 a 1,50 De 1,01 a 1,50 115.755 117.549 119.319 122.343 150.451 158.624 163.263 167.729 184.815 212.822 268.564 379.993 482.186 527.198 555.097 De 1,51 a 2,00 De 1,01 a 1,50 677.659 1.032.433 Resultados Tabela 1 Efeito estrutural residual (eE’ij) para os estados brasileiros no período de 1995-2005 ESTADOS São Paulo Distrito Federal Santa Catarina Rio Grande do Sul Amapá Roraima Acre Tocantins Amazonas Rondônia Mato Grosso Sergipe Maranhão Alagoas Piauí Mato Grosso do Sul Paraíba Rio Grande do Norte Para Espírito Santo Paraná Goiás Ceara Bahia Pernambuco Rio de Janeiro Minas Gerais Fonte: Dados brutos MTE/RAIS. (Eij-E*ij)(ein-e) -1.982.611 -158.194 -91.952 -59.266 -6.218 -2.994 4.547 9.846 17.042 17.225 36.989 42.936 44.903 52.048 54.785 56.937 64.840 65.865 74.942 93.595 107.598 152.903 156.575 198.331 205.814 286.419 557.091 Resultados eE’ij > 0 eE’ij < 0 Eij - Eij* > 0 e ein- e > 0 Eij - Eij* > 0 e ein – e < 0 Eij - Eij* < 0 e ein - e > 0 Eij - Eij* < 0 e ein – e < 0 Acre 200 125 25 39 86 175 Alagoas 218 107 27 23 84 191 Amapá 201 124 18 31 93 183 Amazonas 194 131 34 54 77 160 Bahia 231 94 53 36 58 178 Ceara 238 87 62 38 49 176 Distrito Federal 178 147 7 43 104 171 Espírito Santo 205 120 49 58 62 156 Goiás 220 105 53 47 58 167 Maranhão 216 109 41 39 70 175 Mato Grosso 209 116 47 52 64 162 Mato Grosso do Sul 225 100 39 28 72 186 Minas Gerais 246 79 79 47 32 167 Para 210 115 33 37 78 177 Paraíba 226 99 42 30 69 184 Paraná 201 124 51 64 60 150 Pernambuco 232 93 47 29 64 185 Piauí 226 99 42 30 69 184 Rio de Janeiro 193 132 55 76 56 138 Rio Grande do Norte 222 103 38 30 73 184 Rio Grande do Sul 178 147 57 93 54 121 Rondônia 205 120 34 43 77 171 Roraima 202 123 15 27 96 187 Santa Catarina 172 153 43 85 68 129 79 246 25 160 86 54 Sergipe 223 102 51 42 60 172 Tocantins 224 101 36 26 75 188 ESTADOS São Paulo Resultados Análise da competitividade (Rij+RIij) Resultados Resultados Tabela 1: Efeito diferencial dos estados e Distrito Federal no período de 1995 – 2005 UNIDADES DA FEDERAÇÃO Acre Alagoas Amapá Amazonas Bahia Ceara Distrito Federal Espirito Santo Goiás Maranhão Mato Grosso Mato Grosso do Sul Minas Gerais Para Paraíba Paraná Pernambuco Piauí Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul Rondônia Roraima Santa Catarina Sao Paulo Sergipe Tocantins Efeito diferencial: i (Rij + RIij) 7.476 -71.669 34.875 54.479 66.734 -70.771 169.313 -25.941 76.691 8.218 127.747 4.839 -375.166 49.682 -75.746 -45.424 -265.188 -33.676 -857.305 -15.394 -125.654 29.330 6.780 306.945 954.046 -15.085 79.865 Resultados Tabela 1: Efeito competitivo puro homotético residual e total para o s Estados e o Distrito Federal no período de 1995-2005 UNIDADES DA FEDERAÇÃO Acre Alagoas Amapa Amazonas Bahia Ceara Distrito Federal Espirito Santo Goias Maranhao Mato Grosso Mato Grosso do Sul Minas Gerais Para Paraiba Parana Pernambuco Piaui Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul Rondonia Roraima Santa Catarina Sao Paulo Sergipe Tocantins i Eij*[(eij-erj)-(ein-e)] Fonte: Dados brutos MTE/RAIS. 1.364.853 314.104 1.480.196 1.581.685 30.111.390 73.416 2.873.620 112.030 31.942 4.475.087 1.240.138 248.175 -296.021 1.007.945 265.271 324.124 20.796 2.249.497 -90.293 2.515.646 228.031 2.202.459 341.214 282.624 4.292.097 2.230.789 1.046.030 i (Eij-E*ij)[(eij-erj)-(ein-e)] -1.369.400 -366.152 -1.473.978 -1.598.727 -30.309.722 -229.991 -2.715.426 -205.625 -184.845 -4.519.991 -1.277.127 -305.112 -261.070 -1.082.887 -330.111 -431.722 -226.610 -2.304.282 -196.126 -2.581.512 -168.765 -2.219.684 -338.221 -190.672 -2.309.486 -2.273.726 -1.055.876 i RI ij -4.547 -52.048 6.218 -17.042 -198.331 -156.575 158.194 -93.595 -152.903 -44.903 -36.989 -56.937 -557.091 -74.942 -64.840 -107.598 -205.814 -54.785 -286.419 -65.865 59.266 -17.225 2.994 91.952 1.982.611 -42.936 -9.846 Resultados Tabela 1: Efeito induzido para os estados brasileiros e o Distrito Federal no período 1995 - 2005 UNIDADES DA FEDERAÇÃO Acre Alagoas Amapa Amazonas Bahia Ceara Distrito Federal Espirito Santo Goias Maranhao Mato Grosso Mato Grosso do Sul Minas Gerais Para Paraiba Parana Pernambuco Piaui Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul Rondonia Roraima Santa Catarina Sao Paulo Sergipe Tocantins Fonte: Dados brutos MTE/RAIS. Rij = Eij*(erj - e) + (Ei j- E*ij)(er j- e) 12.023 -19.621 28.658 71.521 265.065 85.804 11.120 67.655 229.594 53.121 164.736 61.776 181.925 124.625 -10.906 62.174 -59.374 21.109 -570.886 50.471 -184.920 46.556 3.786 214.992 -1.028.565 27.851 89.711 Resultados Análise da competitividade (Rij+RIij) Resultados Cluster Espaciais Resultados