RODRIGO HERMONT OZON
UMA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DO PETRÓLEO NO
MERCADO INTERNACIONAL UTILIZANDO O MODELO GARCH-M
ORIENTADOR: PROF. DR. MARCELO LUIZ CURADO
INTRODUÇÃO
• JUSTIFICATIVA
• PROBLEMÁTICA DA PESQUISA
• HIPÓTESES
• OBJETIVOS
• 1.1 A IMPORTÂNCIA DO PETRÓLEO NO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
• 1.2 OS IMPACTOS MACROECONÔMICOS DAS ALTERAÇÕES NOS
PREÇOS DO PETRÓLEO
• 2 A EVOLUÇÃO DAS TEORIAS DE EXPECTATIVAS DOS AGENTES
ECONÔMICOS E O MERCADO DE PETRÓLEO
• 3 DADOS UTILIZADOS
• METODOLOGIA EMPREGADA
• 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
• CONCLUSÃO
JUSTIFICATIVA
• Mesmo com as crises de 70 e 80, o petróleo se mostrou como um tipo de
combustível vulnerável e mais consumido no mundo atualmente.
• Uma escalada de alta vem se evidenciando nas suas cotações, batendo recordes
históricos recentemente;
• O comportamento dos preços do petróleo exercem impactos macroeconômicos
nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos;
• As relações entre as variações nos preços do petróleo e a economia mundial são
de grande importância. Necessitam de tentativas de contorno que ajudem a
explicar sua oscilação e influência na economia mundial
PROBLEMÁTICA DA PESQUISA
De forma sintética, as principais perguntas que norteiam o estudo são as
seguintes:
• Quais os principais fatores determinantes dos preços do petróleo no
mercado internacional?;
• Quais as relações entre as boas e mas noticias nos preços dos óleos?;
• Quais os efeitos de mudanças nas condições de oferta para a demanda
insatisfeita de derivados de petróleo, e seus preços em termos macroeconômicos?;
• Quais as características do mercado petrolífero?;
• Quais as semelhanças ou diferenças entre o comportamento dos preços dos óleos
e as teorias de expectativas racionais dos agentes?;
PROBLEMÁTICA DA PESQUISA
• INCOERÊNCIAS NOS FUNDAMENTOS MICROECONÔMICOS;
• INSTABILIDADES GEOPOLÍTICAS;
• CRESCENTE DEMANDA CHINESA;
• EVENTOS ALEATÓRIOS – Fatores climáticos, redução da produção não prevista
pelo cartel da OPEP;
- “Há uma “inelasticidade extrema” da demanda e oferta em relação
aos preços no CP, onde qualquer alteração nos seus padrões mesmo que
pequena, provoca variações significativas nos preços...”a chamada volatilidade
do crude. [sic]1”
1SOUZA,
F.R. Impacto do preço do petróleo na política energética mundial, UFRJ, 2006.
HIPÓTESES
• Esta volatilidade pode ser modelada por modelos da família ARCH, incorporando
na análise os possíveis graus de impacto do surgimento de noticias diretamente nos
preços;
• A tomada de decisão dos agentes envolvidos frente as noticias tem um período de
memória;
• Agentes aprendem a reconhecer padrões e formular novas previsões para os
preços no futuro;
• Especificamente, os preços do petróleo apresentam um padrão GARCH, ou seja,
períodos de alta volatilidade seguidos de calmaria, alterando os níveis gerais de
preço nas economias;
• As análises econométricas podem ser limitadas para as séries de preço, uma vez
que mesmo após a filtragem com modelos de heterocedasticidade condicional,
existam as questões de sensibilidade as condições iniciais, níveis críticos e pontos
de imprevisibilidade em certos períodos.
OBJETIVOS
GERAL:
Demonstrar como a volatilidade e as expectativas dos agentes influenciadas por certas
noticias se refletem nos preços do petróleo, desde 1986.
...para atingir este objetivo geral, seguem-se os seguintes passos:
ESPECÍFICOS:
1. Analisar estatisticamente os preços do petróleo desde 1986;
2. Avaliar o comportamento das noticias e suas influencias nos preços dos óleos;
3. Identificar o comportamento das expectativas dos agentes neste mercado;
4. Medir as volatilidades nos períodos selecionados e verificar a capacidade preditiva dos
modelos da família ARCH;
REFERENCIAL TEÓRICO – A IMPORTÂNCIA DO PETRÓLEO NO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
• RESGATE HISTÓRICO DA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO E SUA EVOLUÇÃO;
• RELEVÂNCIA DO USO DESTE COMBUSTÍVEIS E IMPACTOS NO MEIO AMBIENTE;
• O CONCEITO DE ENERGIA – capacidade de produzir trabalho; K é constituído por
trabalho acumulado;
• O USO DA ENERGIA E SUA EVOLUÇÃO PARA OS SERES VIVOS;
• A “Capacidade de Suporte” do meio ambiente;
• O homem aprendeu a aumentar artificialmente a capacidade de suporte do M.A.,
com intuito de maximizar ganhos;
- Uso do fogo;
- Plantio de ervas e grãos de alto valor energético;
- Domesticação de animais;
...Assim com esta evolução gerou-se um aumento da população, que em melhores
condições de procriar, tendem a ultrapassar a capacidade de suporte de qualquer
região.
REFERENCIAL TEÓRICO – A IMPORTÂNCIA DO PETRÓLEO NO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
• Nas primeiras décadas do séc. XX os hidrocarbonetos se impuseram como as principais
fontes de energia na economia mundial.
• Com a demanda mundial por luz, floresce a moderna industria do petróleo;
Evolução do mercado de petróleo:Breve Histórico
1950s
1960s
Petróleo negociado
Petróleo negociado
por contratos de longo prazo por contratos de longo prazo
1970s
Oferta de petróleo
com maior incerteza
Mercado spot inexpressivo
Mercado spot inexpressivo
Crescimento do mercado spot
Preços estáveis
Preços estáveis
Preços em ascenção
Estáveis em 1974 e 1978
Majors controlam
a produção mundial
Majors controlam
a produção mundial
1º e 2º choque do petróleo
Criação da OPEP (1960)
1980s
Crescimento dos
mercados spot e
a termo (forward)
1990-2000s
Petróleo negociado via
mercado spot e a termo
Início das negociações Expansão dos mercados
de contratos futuro
futuros e derivativos
Preços pouco estáveis Alta volatilidade dos preços
Contra-choque
(netback pricing)
Nacionalização das majors
(upstream)
NOTA: Com adaptações do autor, a partir de CAVALCANTE (2007) e SOUZA (2006)
Guerra do Golfo
OPEP vs. OPEP
REFERENCIAL TEÓRICO – A IMPORTÂNCIA DO PETRÓLEO NO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
• Instabilidade acentuada a partir da década de 70, com o Choque do Petróleo e posteriormente
com a divulgação do chamado “Pico de Hubbert”.
• Prof. Kenneth Deffreyes, geólogo de Princeton, situa o ponto de inflexão da produção mundial
de petróleo entre 2004 e 2008.
• Carlota Pérez e outros, relacionam o petróleo como sendo um modelo esgotado de
desenvolvimento econômico recentemente;
• Avanços tecnológicos seriam capazes de nos livrar de anos terríveis de extermínio, no qual as
projeções pessimistas de Malthus de que o crescimento dos meios de subsitistência seria
excedido pelo crescimento populacional, seriam desmentidas desde sua divulgação;
• Hoje pesquisadores se debruçam em descobrir fontes alternativas de energia, uma vez que
não existe NENHUM substituto para o petróleo.
• Os cenários traçados indicam uma escalada de preços do petróleo, estagflação, piora dos
níveis gerais de renda, uma vez que a alta causa inflação de custo pelo encarecimento da oferta
declinante.
• “(...) para a Teoria Econômica, energia não pode ser produzida, somente consumida, no
sentido de que ela não é uma mercadoria como outra qualquer, sempre incorrendo em perdas
(...)” (Grifo meu)
1.2 OS IMPACTOS MACROECONÔMICOS DAS ALTERAÇÕES NOS
PREÇOS DO PETRÓLEO
• 1.2.1 Impactos sobre inflação e ao consumidor final:
– 1ª FASE: ↑Petróleo → ↑π → >CV → ↓produtividade do trabalho → ↑demissões.
- Cria também instabilidade na demanda → ↓I → desacelerando novas contratações.
- 2ª FASE: ↑ Capacidade ociosa das empresas → ↓crescimento econômico: Sintetiza-se
nos efeitos da inflação ao consumidor final.
As influências nos juros: Com uma P.M orientada para manter a estabilidade da moeda,
no médio prazo → ↓W/P e as πe não são afetadas. Se πe↑ a P.M ortodoxa ↑i.
• 1.2.2 Impactos sobre o crescimento e a atividade econômica:
DORNBUSCH e FISCHER (1991) ilustram os aumentos ocasionados no choque do petróleo
como um choque de oferta de adverso, freando a economia e gerando inflação (π), levando
muitos países a utilizarem um aperto na P.M., para não agravarem a recessão.
P.F. e P.M. deslocariam DA para cima, motivadas pelo ↑Petróleo → ↓W/P; Assim não surtiriam
efeito uma vez que gerariam ↑π e < impacto no desemprego.
Para PORTO (2006, p.80) ↑Petróleo → ↑DA, onde a elasticidade-preço funciona de maneira
inversa.
1.2 OS IMPACTOS MACROECONÔMICOS DAS ALTERAÇÕES NOS
PREÇOS DO PETRÓLEO
• 1.2.3 Preços do petróleo e taxas de câmbio
– A combinação de ↓petróleo e ↓US$ → Lucros das companhias petrolíferas nos países
exportadores e importadores.
- Inversamente, ↑petróleo e ↑US$ → ↓RG e dificultando ajustes fiscais, gerando
prejuízos a empresas do ramo.
- A combinação de ↓US$ e ↑petróleo → ↑πe
Todavia as taxas de câmbio real que são as mais afetadas pelos ↑petróleo:
“resultam em grande prêmio de risco pelos setores não-petrolíferos e, assim,
diminuem investimentos nesses setores. Isto pode causar um declínio nos indicadores
de produtividade, resultando na redução das taxas de crescimento ou estagnação no
setor não-petrolífero.” ONU (2005, p.18) apud Devlin e Lewin (2004).
Para os países importadores de petróleo:
↑Despesas com importação de petróleo → ↑Oferta de moeda local, enfraquecendo-a
frente a estrangeira → BP↓, ↓M e outras despesas.
2. EVOLUÇÃO DAS TEORIAS DE EXPECTATIVAS
NO MERCADO DE PETRÓLEO
• 2.1 AS EXPECTATIVAS ESTÁTICAS E ADAPTATIVAS
• O conceito de expectativa veio á tona na Ciência Econômica com Keynes para
designar a incerteza em relação ao futuro.
• Expectativas Estáticas:
O próximo período será = ao atual.
• Expectativas Adaptativas:
proposta por Friedman; as pessoas
atualizam suas expectativas em relação ao futuro dependendo ou não das
concretizações das expectativas do passado.
• 2.2 EFICIÊNCIA INFORMACIONAL DE MERCADO E A HIPÓTESE DOS
MERCADOS EFICIENTES
BACHELIER (1900), desenvolveu um modelo estocástico para analisar os preços de
ativos.
FAMA (1970): “a completa incorporação das informações estariam dispostas nos
sistemas de preços.”
CARVALHO et. alli (2000, p. 388):“(...) o mercado de capitais é eficiente quando
todas as informações disponíveis para a tomada de decisão são veiculadas pelos
preços dos ativos.”
GLEISER (2002): HME pressupõe que todos tem capacidade ilimitada de cálculo e o
mesmo acesso as notícias, como se fossem investidores homogêneos.
2. EVOLUÇÃO DAS TEORIAS DE EXPECTATIVAS
NO MERCADO DE PETRÓLEO
• 2.3 A HIPÓTESE DAS EXPECTATIVAS RACIONAIS
• Formulada por MUTH (1961): Os agentes formam suas expectativas utilizando uma
distribuição subjetiva de probabilidades sobre o comportamento de determinada variável.
• A idéia então foi difundida por Lucas e Sargent;
• GLEISER (2000): “(...) as expectativas quando se consolidam em atos determinarão o
comportamento do mercado.”
Formalização da HER
...nesta modelagem a variância é tida como constante. Ela mensura a magnitude dos erros
(choques exógenos). Assim, quanto menor a variância, mais concentrados da média zero
serão os erros e quanto maior a magnitude dos choques maior a variância. Destaca-se nesta
situação o emprego dos modelos GARCH, quando identificada a heterocedasticidade nas
séries.
...se o agente reconhece os padrões dos choques então:
• PRAT e UNCTUM (2001): modelaram as expectativas no mercado de petróleo, para os
preços do WTI para 3 a 12 meses a frente e concluíram que mesmo sendo viesadas, as
expectativas são economicamente racionais. A formação de expectativas é formada por um
mix das mesmas, com as projeções acertando na média para os 3 meses posteriores. Assim,
as expectativas exercem um certa estabilidade nas estratégias no mercado de petróleo.
3. DADOS UTILIZADOS
• “O WTI, por ser um petróleo negociado com base em um contrato futuro, esta mais
sujeito a fatores psicológicos, financeiros e técnicos, enquanto o Brent depende mais
dos fundamentos de mercado (oferta e demanda).Estas características tornam estes
benchmarks mais complementares que competitivos entre si”.(CAVALCANTE, 2007)
90
US$/bbl
Cushing, OK WTI Spot Price FOB (Dollars per Barrel)
Europe Brent Spot Price FOB (Dollars per Barrel)
80
70
60
Corte Temporal
02/01/1986 a
23/01/1989
Corte Temporal
24/01/1989 a
20/05/1993
Corte Temporal
21/05/1993 a
29/01/1999
Corte Temporal
01/02/1999 a
25/04/2003
50
40
30
20
Corte Temporal
28/04/2003 a
03/08/2006
Corte Temporal
05/08/2006 a ...
10
2/1
/19
86
2/7
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86
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87
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89
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2/7 90
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90
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2/1
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2/7
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92
2/1
/19
93
2/7
/19
93
2/1
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94
2/7
/19
94
2/1
/19
2/7 95
/19
95
2/1
/19
96
2/7
/19
96
2/1
/19
97
2/7
/19
97
2/1
/19
2/7 98
/19
98
2/1
/19
99
2/7
/19
99
2/1
/20
00
2/7
/20
00
2/1
/20
01
2/7
/20
01
2/1
/20
02
2/7
/20
02
2/1
/20
2/7 03
/20
03
2/1
/20
04
2/7
/20
04
2/1
/20
2/7 05
/20
05
2/1
/20
2/7 06
/20
06
2/1
/20
07
2/7
/20
07
2/1
/20
08
2/7
/20
08
2/1
/20
09
0
3. DADOS UTILIZADOS
• 1º Corte:(02/01/1986 a 23/01/1989) – Largo uso de preços fixos e fórmulas de
preços;
• 2º Corte:(24/01/1989 a 20/05/1993) – Aumentos do “teto” de produção da OPEP e
invasão do Iraque ao Kuwait, dissolução da União Soviética.
• 3º Corte: (21/05/1983 a 29/01/1999) – Quedas das temperaturas nos EUA e
Europa, Iraque começa a exportar petróleo e OPEP eleva a sua produção.
• 4º Corte: (01/02/1999 a 25/04/2003) – Preços relativamente estáveis aos
estipulados pela OPEP, queda do US$ no final de 2002 e 2003. Ataques 11 de
setembro, OPEP se mostra insuficiente em atender a demanda mundial, mexeram
com os preços.
• 5º Corte: (28/04/2003 a 03/08/2006) - ↓US$,Guerra no Iraque, demanda crescente
e insustentada das importações dos países não-OPEP e condições de oferta de
petróleo, com maior ascensão nos noticiários.
• 6º Corte: (05/08/2006 a 02/10/2007) – Irã, tremores de terra, furacões e fatores
climáticos na Ásia e perto das refinarias e reservas de petróleo norte-americanas;
METODOLOGIA EMPREGADA (vide APÊNDICE)
• 1º Modelagem de cointegração afim de identificar possíveis relações de LP entre
preços do WTI e Brent;
• 2º 11 Hipóteses testadas acerca do MCRLN.
• 3º Medir as volatilidades dos 6 cortes temporais através dos modelos ARCH;
• 4º Estimar a Curva de Impacto de Notícias de ENGLE & NG, para mensurar os
efeitos dos surgimentos de boas e más notícias diretamente nos preços.
• 5º Compreender a dinâmica dos preços do petróleo estimando-se um modelo de
Vetores Auto-Regressivos
• 6º Avaliar o desempenho dos modelos pelos critérios de desigualdade e computar
uma projeção futura “n passos à frente”.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
• Testes de estacionariedade indicaram presença de raízes unitárias, sugerindo que os
preços no passado explicam os preços no futuro. Ambas as séries são (I(1))
• Equação de LP (13) mostra que 99% das variações nos preços do Brent explicam as
variações nos preços do WTI, indicando que para cada variação de 1% nos preços do
WTI, o Brent tende a variar cerca de 0,95%. Elasticidade quase unitária para a
relação.
• Discrepância nos resultados gerados pelo teste DWRC (ausência de cointegração) e
EG (presença de cointegração);Teste EG considerado válido para a análise no estudo.
• Equação de CP (15) indicou que alterações a curto prazo nos preços do Brent tem
efeitos positivos significativos nos preços do WTI e que cerca de 13% da discrepância
entre o valor efetivo e o valor de longo prazo, ou equilíbrio dos preços do WTI, e
eliminada ou corrigida a cada dia de negociação.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
• 4.2 RESULTADOS DOS TESTES DE AVALIAÇÃO DO MODELO DE COINTEGRAÇÃO DE
LONGO PRAZO
- Das 11 hipóteses do MCRLN, somente 4 foram validadas e 7 violadas, em especial:
- a 4ª que pressupõe que a variância dos erros sejam homocedásticas;
- a 5ª e 6ª que assumem ausência de autocorrelação e independência de erros; o teste de
efeito ARCH e estatística DW sugeriram forte presença de a variância dos erros se
correlacionam serialmente;
- a 9ª hipótese que diz respeito á correta especificação do modelo
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
• 4.3 RESULTADOS DOS MODELOS DA FAMÍLIA ARCH E DA CURVA DE IMPACTO DE
NOTÍCIAS
• Preços mais elevados não indicam necessariamente > volatilidade.
• Valores de R2 para os modelos “são baixos uma vez que a estimação por MQO, maximiza o R2, a
correção para levar em conta a heterocedasticidade (...) pode levar a uma redução do R2.(Esse é um
exemplo de que o valor de R2 para avaliar uma regressão é limitado).”(PINDYCK e RUBINFELD, 2004,
p.335)
• Visão geral do padrão de volatilidade no gráfico 3.
RESULTADOS PARA OS CORTES TEMPORAIS SELECIONADOS:
• Dentro dos 6 cortes temporais, o > grau de volatilidade ocorreu dentro do segundo corte temporal,
com oscilação na ordem de 50% para WTI e 25% para Brent, no período marcado pela Guerra do
Golfo.
• No primeiro corte, marcado pelo largo uso de sistema de preços fixos pela OPEP, oscilou na casa
11% para WTI e 5% para Brent.
• No 3º corte temporal, os preços do Brent variaram na casa de 25% e do WTI em 35%, incentivados
provavelmente pela adversidade climática nos EUA e Europa e com o início do programa de
exportação iraquiano em conjunto com o aumento da produção da OPEP.
• Dentro do 4º corte temporal entre 1999 e 2003, marcados pelas iminências de conflitos entre EUA e
Iraque, forte desvalorização do US$, crescente demanda mundial somados as adversidades climáticas
e ataques terroristas as torres gêmeas, deslocaram os preços a oscilarem num máximo de 6% para o
WTI e Brent quase que numa mesma proporção.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
• 4.3 RESULTADOS DOS MODELOS DA FAMÍLIA ARCH E DA CURVA DE IMPACTO DE
NOTÍCIAS
• O 5º corte temporal, marcado pela forte desvalorização do US$, crescimento da demanda de
importações não-OPEP e pela oferta fragilizada pelo crescimento da demanda chinesa, deslocaram os
preços a uma trajetória de alta, com volatilidades oscilando entre 5% para WTI e 7,5% para Brent.
• No último e 6º corte temporal, o pico de volatilidade atingido pelo WTI foi na casa de 6% e os do
Brent em torno de 2 a 6%, possivelmente motivados pelos conflitos políticos entre EUA e Irã e o
crescente impacto de notícias em relação ao mercado petrolífero.
• Estimando-se um modelo TARCH (1,1) (equação 23), verifica-se que os efeitos das boas notícias são
> que os das más noticias, e que estas, nos preços do WTI, não são capazes de elevar a volatilidade;
com impactos de noticias assimétricos;
• No caso do Brent, os resultados foram distintos, somente coincidindo no que diz respeito ao impacto
das boas notícias se mostrarem > que as más notícias; porém apontou para a presença do chamado
leverage effect2.
• Modelo EGARCH (1,1) estimado incorpora efeitos simétricos e assimétricos, garantindo que a
projeção da variância condicional seja não-negativa, apresentou valores estatisticamente significativos
e confirmou a presença do leverage effect para ambas as séries.
2As
más notícias elevam a volatilidade e a presença do impacto de notícias é assimétrico.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
• 4.3 RESULTADOS DOS MODELOS DA FAMÍLIA ARCH E DA CURVA DE IMPACTO DE
NOTÍCIAS
• A estimativa da Curva de Impacto de Notícias de Engle & NG, representa a resposta da volatilidade
a choques nos valores dos retornos dos preços, através dos modelos EGARCH (1,1) e TARCH(1,1).
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
• 4.3 RESULTADOS DA MODELAGEM VAR
• Teste de Causalidade de Granger;
• O teste JJ indicou a presença de 3 vetores de cointegração na relação proposta, com
intercepto e sem tendência nos dados;
• O modelo VEC não-estrutural de curto prazo, permite um melhor ajuste aos dados;
• “A dinâmica do mercado de petróleo nem sempre é lógica”. (CAVALCANTE, 2007)
• As funções de impulso-resposta3 do modelo VAR não estrutural, mostram a reação de WTI,
quando há um choque exógeno nas variáveis incorporadas no modelo.
- Um choque na volatilidade sobre os preços do WTI são positivos enquanto a
resposta de um choque na volatilidade dos preços do Brent sao negativos em relação a seus
preços.
- WTI↑ em decorrência de um choque no Brent e vice-versa
• A Decomposição da Variância para 10 dias após sofrido um choque nos preços, mostra que
cerca de 96% do comportamento dos preços do WTI se devem a ele próprio e que cerca de
3,17% do preços do Brent correspondem aos preços do WTI. A volatilidade exerce um impacto
maior entre o 4º e 7º dia após o choque.
• Os critérios de desigualdade selecionaram o modelo de cointegração de CP como sendo o
melhor para simulação, no entanto este foi abandonado devido a violação de várias hipóteses
do MCRLN.
• O modelo VEC, indica uma forte tendência de alta nos preços, quando se congela a análise
em 02/10/2007, com um erro máximo de 2% no quarto dia á frente. (Vide tabela 8).
3
Vide Figura 4
CONCLUSÃO
• A oferta limitada de petróleo e a demanda mundial crescente movida pelo crescimento populacional
ofuscam a “capacidade de suporte” do meio ambiente;
• A Teoria Econômica não considera energia uma mercadoria como outra qualquer;
• Preços do petróleo em alta afetam desempenho macroeconômico dos países, gerando estagflação.
• A alta é desencadeada por fatores especulativos, informacionais, e principalmente pelo crescimento
da curva de demanda agregada por bens e serviços na economia mundial;
• As expectativas dos agentes envolvidos podem ser explicadas por um mix dos mecanismos;
• Modelos econométricos confirmaram a hipótese de relação de longo prazo entre os preços do WTI e
Brent, e que a inclusão de variáveis econômicas relevantes na especificação do modelo melhorariam
significativamente a análise;
• Os modelos da família ARCH, apontaram para a persistência dos choques de volatilidade (soma dos
coeficientes muito próximas de 1), direcionando a convergência da variância condicional a uma
constante lentamente;
• O período da Guerra do Golfo se mostrou o mais volátil (2º corte), em termos históricos, seguido do
período marcado pelas notícias de adversidades climáticas nos EUA e Europa (3º corte), com a
volatilidade variando na casa de 25 a 35% para WTI e Brent.
• No período mais próximo, desde fevereiro de 1999, com o ataque terrorista as torres gêmeas nos
EUA, a guerra no Iraque, a queda do dólar, adversidades climáticas e a crescente demanda chinesa os
preços do petróleo oscilam na casa de 2 a 7,5%.
• Os modelos TARCH e EGARCH (1,1) confirmaram os efeitos dos impactos de noticias boas é > que o
de notícias ruins sobre os preços do petróleo, reforçando a idéia de que as más noticias tendem a
elevar a volatilidade dos preços.
CONCLUSÃO
• A Curva de Impacto de Notícias de Engle & NG., possibilitou ilustrar os efeitos dos impactos das
volatilidades de encontro aos impactos de choques, mostrando que as informações que movimentam
o mercado de petróleo surgem em blocos, e não de forma contínua.
• A dinâmica dos preços do petróleo não é vista com muita clareza, o modelo VAR ajudou a
interpretá-las mostrando que os efeitos de choques exógenos no modelo tendem a elevar o preços do
WTI em decorrência de alterações no Brent e vice-versa e que os efeitos dos choques nas
volatilidades sobre os preços WTI são positivas e negativas para o Brent, possivelmente explicada
pelo poderio da OPEP no mercado com medidas intervencionistas.
• A Decomposição da Variância dos erros indicou que após sofrido um choque, cerca de 10 dias após,
cerca de 96% do comportamento dos preços do WTI se deve a ele mesmo e que entre o 4º e 7º dia
uma parcela significativa das variações do WTI se explicam pela sua volatilidade histórica oscilando na
casa de 0,7 e 0,8%, invertendo-se para um movimento de queda, corroborrando assim com a
tendência a constante encontradas nos modelos ARCH.
• Estimando-se um modelo VEC não-estrutural de CP, projeta-se uma forte alta dos preços do WTI e
Brent consequentemente, com uma margem de erro máxima no 4º dia á frente de 2%.
• Futuramente, é plausível o cenário de estagflação, com incentivos a pesquisas de fontes renováveis
uma vez que não existe substituto para o petróleo, direcionando as políticas econômicas dos países
para que não se sintam tanto os efeitos das altas dos preços do petróleo nas suas economias e no
bem-estar social.
OBRIGADO!
- Agradeço a todos que colaboraram, me incentivaram e apostaram na minha idéia de
desenvolvimento deste trabalho e á todos presentes.
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