RODRIGO HERMONT OZON UMA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DO PETRÓLEO NO MERCADO INTERNACIONAL UTILIZANDO O MODELO GARCH-M ORIENTADOR: PROF. DR. MARCELO LUIZ CURADO INTRODUÇÃO • JUSTIFICATIVA • PROBLEMÁTICA DA PESQUISA • HIPÓTESES • OBJETIVOS • 1.1 A IMPORTÂNCIA DO PETRÓLEO NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO • 1.2 OS IMPACTOS MACROECONÔMICOS DAS ALTERAÇÕES NOS PREÇOS DO PETRÓLEO • 2 A EVOLUÇÃO DAS TEORIAS DE EXPECTATIVAS DOS AGENTES ECONÔMICOS E O MERCADO DE PETRÓLEO • 3 DADOS UTILIZADOS • METODOLOGIA EMPREGADA • 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES • CONCLUSÃO JUSTIFICATIVA • Mesmo com as crises de 70 e 80, o petróleo se mostrou como um tipo de combustível vulnerável e mais consumido no mundo atualmente. • Uma escalada de alta vem se evidenciando nas suas cotações, batendo recordes históricos recentemente; • O comportamento dos preços do petróleo exercem impactos macroeconômicos nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos; • As relações entre as variações nos preços do petróleo e a economia mundial são de grande importância. Necessitam de tentativas de contorno que ajudem a explicar sua oscilação e influência na economia mundial PROBLEMÁTICA DA PESQUISA De forma sintética, as principais perguntas que norteiam o estudo são as seguintes: • Quais os principais fatores determinantes dos preços do petróleo no mercado internacional?; • Quais as relações entre as boas e mas noticias nos preços dos óleos?; • Quais os efeitos de mudanças nas condições de oferta para a demanda insatisfeita de derivados de petróleo, e seus preços em termos macroeconômicos?; • Quais as características do mercado petrolífero?; • Quais as semelhanças ou diferenças entre o comportamento dos preços dos óleos e as teorias de expectativas racionais dos agentes?; PROBLEMÁTICA DA PESQUISA • INCOERÊNCIAS NOS FUNDAMENTOS MICROECONÔMICOS; • INSTABILIDADES GEOPOLÍTICAS; • CRESCENTE DEMANDA CHINESA; • EVENTOS ALEATÓRIOS – Fatores climáticos, redução da produção não prevista pelo cartel da OPEP; - “Há uma “inelasticidade extrema” da demanda e oferta em relação aos preços no CP, onde qualquer alteração nos seus padrões mesmo que pequena, provoca variações significativas nos preços...”a chamada volatilidade do crude. [sic]1” 1SOUZA, F.R. Impacto do preço do petróleo na política energética mundial, UFRJ, 2006. HIPÓTESES • Esta volatilidade pode ser modelada por modelos da família ARCH, incorporando na análise os possíveis graus de impacto do surgimento de noticias diretamente nos preços; • A tomada de decisão dos agentes envolvidos frente as noticias tem um período de memória; • Agentes aprendem a reconhecer padrões e formular novas previsões para os preços no futuro; • Especificamente, os preços do petróleo apresentam um padrão GARCH, ou seja, períodos de alta volatilidade seguidos de calmaria, alterando os níveis gerais de preço nas economias; • As análises econométricas podem ser limitadas para as séries de preço, uma vez que mesmo após a filtragem com modelos de heterocedasticidade condicional, existam as questões de sensibilidade as condições iniciais, níveis críticos e pontos de imprevisibilidade em certos períodos. OBJETIVOS GERAL: Demonstrar como a volatilidade e as expectativas dos agentes influenciadas por certas noticias se refletem nos preços do petróleo, desde 1986. ...para atingir este objetivo geral, seguem-se os seguintes passos: ESPECÍFICOS: 1. Analisar estatisticamente os preços do petróleo desde 1986; 2. Avaliar o comportamento das noticias e suas influencias nos preços dos óleos; 3. Identificar o comportamento das expectativas dos agentes neste mercado; 4. Medir as volatilidades nos períodos selecionados e verificar a capacidade preditiva dos modelos da família ARCH; REFERENCIAL TEÓRICO – A IMPORTÂNCIA DO PETRÓLEO NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO • RESGATE HISTÓRICO DA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO E SUA EVOLUÇÃO; • RELEVÂNCIA DO USO DESTE COMBUSTÍVEIS E IMPACTOS NO MEIO AMBIENTE; • O CONCEITO DE ENERGIA – capacidade de produzir trabalho; K é constituído por trabalho acumulado; • O USO DA ENERGIA E SUA EVOLUÇÃO PARA OS SERES VIVOS; • A “Capacidade de Suporte” do meio ambiente; • O homem aprendeu a aumentar artificialmente a capacidade de suporte do M.A., com intuito de maximizar ganhos; - Uso do fogo; - Plantio de ervas e grãos de alto valor energético; - Domesticação de animais; ...Assim com esta evolução gerou-se um aumento da população, que em melhores condições de procriar, tendem a ultrapassar a capacidade de suporte de qualquer região. REFERENCIAL TEÓRICO – A IMPORTÂNCIA DO PETRÓLEO NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO • Nas primeiras décadas do séc. XX os hidrocarbonetos se impuseram como as principais fontes de energia na economia mundial. • Com a demanda mundial por luz, floresce a moderna industria do petróleo; Evolução do mercado de petróleo:Breve Histórico 1950s 1960s Petróleo negociado Petróleo negociado por contratos de longo prazo por contratos de longo prazo 1970s Oferta de petróleo com maior incerteza Mercado spot inexpressivo Mercado spot inexpressivo Crescimento do mercado spot Preços estáveis Preços estáveis Preços em ascenção Estáveis em 1974 e 1978 Majors controlam a produção mundial Majors controlam a produção mundial 1º e 2º choque do petróleo Criação da OPEP (1960) 1980s Crescimento dos mercados spot e a termo (forward) 1990-2000s Petróleo negociado via mercado spot e a termo Início das negociações Expansão dos mercados de contratos futuro futuros e derivativos Preços pouco estáveis Alta volatilidade dos preços Contra-choque (netback pricing) Nacionalização das majors (upstream) NOTA: Com adaptações do autor, a partir de CAVALCANTE (2007) e SOUZA (2006) Guerra do Golfo OPEP vs. OPEP REFERENCIAL TEÓRICO – A IMPORTÂNCIA DO PETRÓLEO NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO • Instabilidade acentuada a partir da década de 70, com o Choque do Petróleo e posteriormente com a divulgação do chamado “Pico de Hubbert”. • Prof. Kenneth Deffreyes, geólogo de Princeton, situa o ponto de inflexão da produção mundial de petróleo entre 2004 e 2008. • Carlota Pérez e outros, relacionam o petróleo como sendo um modelo esgotado de desenvolvimento econômico recentemente; • Avanços tecnológicos seriam capazes de nos livrar de anos terríveis de extermínio, no qual as projeções pessimistas de Malthus de que o crescimento dos meios de subsitistência seria excedido pelo crescimento populacional, seriam desmentidas desde sua divulgação; • Hoje pesquisadores se debruçam em descobrir fontes alternativas de energia, uma vez que não existe NENHUM substituto para o petróleo. • Os cenários traçados indicam uma escalada de preços do petróleo, estagflação, piora dos níveis gerais de renda, uma vez que a alta causa inflação de custo pelo encarecimento da oferta declinante. • “(...) para a Teoria Econômica, energia não pode ser produzida, somente consumida, no sentido de que ela não é uma mercadoria como outra qualquer, sempre incorrendo em perdas (...)” (Grifo meu) 1.2 OS IMPACTOS MACROECONÔMICOS DAS ALTERAÇÕES NOS PREÇOS DO PETRÓLEO • 1.2.1 Impactos sobre inflação e ao consumidor final: – 1ª FASE: ↑Petróleo → ↑π → >CV → ↓produtividade do trabalho → ↑demissões. - Cria também instabilidade na demanda → ↓I → desacelerando novas contratações. - 2ª FASE: ↑ Capacidade ociosa das empresas → ↓crescimento econômico: Sintetiza-se nos efeitos da inflação ao consumidor final. As influências nos juros: Com uma P.M orientada para manter a estabilidade da moeda, no médio prazo → ↓W/P e as πe não são afetadas. Se πe↑ a P.M ortodoxa ↑i. • 1.2.2 Impactos sobre o crescimento e a atividade econômica: DORNBUSCH e FISCHER (1991) ilustram os aumentos ocasionados no choque do petróleo como um choque de oferta de adverso, freando a economia e gerando inflação (π), levando muitos países a utilizarem um aperto na P.M., para não agravarem a recessão. P.F. e P.M. deslocariam DA para cima, motivadas pelo ↑Petróleo → ↓W/P; Assim não surtiriam efeito uma vez que gerariam ↑π e < impacto no desemprego. Para PORTO (2006, p.80) ↑Petróleo → ↑DA, onde a elasticidade-preço funciona de maneira inversa. 1.2 OS IMPACTOS MACROECONÔMICOS DAS ALTERAÇÕES NOS PREÇOS DO PETRÓLEO • 1.2.3 Preços do petróleo e taxas de câmbio – A combinação de ↓petróleo e ↓US$ → Lucros das companhias petrolíferas nos países exportadores e importadores. - Inversamente, ↑petróleo e ↑US$ → ↓RG e dificultando ajustes fiscais, gerando prejuízos a empresas do ramo. - A combinação de ↓US$ e ↑petróleo → ↑πe Todavia as taxas de câmbio real que são as mais afetadas pelos ↑petróleo: “resultam em grande prêmio de risco pelos setores não-petrolíferos e, assim, diminuem investimentos nesses setores. Isto pode causar um declínio nos indicadores de produtividade, resultando na redução das taxas de crescimento ou estagnação no setor não-petrolífero.” ONU (2005, p.18) apud Devlin e Lewin (2004). Para os países importadores de petróleo: ↑Despesas com importação de petróleo → ↑Oferta de moeda local, enfraquecendo-a frente a estrangeira → BP↓, ↓M e outras despesas. 2. EVOLUÇÃO DAS TEORIAS DE EXPECTATIVAS NO MERCADO DE PETRÓLEO • 2.1 AS EXPECTATIVAS ESTÁTICAS E ADAPTATIVAS • O conceito de expectativa veio á tona na Ciência Econômica com Keynes para designar a incerteza em relação ao futuro. • Expectativas Estáticas: O próximo período será = ao atual. • Expectativas Adaptativas: proposta por Friedman; as pessoas atualizam suas expectativas em relação ao futuro dependendo ou não das concretizações das expectativas do passado. • 2.2 EFICIÊNCIA INFORMACIONAL DE MERCADO E A HIPÓTESE DOS MERCADOS EFICIENTES BACHELIER (1900), desenvolveu um modelo estocástico para analisar os preços de ativos. FAMA (1970): “a completa incorporação das informações estariam dispostas nos sistemas de preços.” CARVALHO et. alli (2000, p. 388):“(...) o mercado de capitais é eficiente quando todas as informações disponíveis para a tomada de decisão são veiculadas pelos preços dos ativos.” GLEISER (2002): HME pressupõe que todos tem capacidade ilimitada de cálculo e o mesmo acesso as notícias, como se fossem investidores homogêneos. 2. EVOLUÇÃO DAS TEORIAS DE EXPECTATIVAS NO MERCADO DE PETRÓLEO • 2.3 A HIPÓTESE DAS EXPECTATIVAS RACIONAIS • Formulada por MUTH (1961): Os agentes formam suas expectativas utilizando uma distribuição subjetiva de probabilidades sobre o comportamento de determinada variável. • A idéia então foi difundida por Lucas e Sargent; • GLEISER (2000): “(...) as expectativas quando se consolidam em atos determinarão o comportamento do mercado.” Formalização da HER ...nesta modelagem a variância é tida como constante. Ela mensura a magnitude dos erros (choques exógenos). Assim, quanto menor a variância, mais concentrados da média zero serão os erros e quanto maior a magnitude dos choques maior a variância. Destaca-se nesta situação o emprego dos modelos GARCH, quando identificada a heterocedasticidade nas séries. ...se o agente reconhece os padrões dos choques então: • PRAT e UNCTUM (2001): modelaram as expectativas no mercado de petróleo, para os preços do WTI para 3 a 12 meses a frente e concluíram que mesmo sendo viesadas, as expectativas são economicamente racionais. A formação de expectativas é formada por um mix das mesmas, com as projeções acertando na média para os 3 meses posteriores. Assim, as expectativas exercem um certa estabilidade nas estratégias no mercado de petróleo. 3. DADOS UTILIZADOS • “O WTI, por ser um petróleo negociado com base em um contrato futuro, esta mais sujeito a fatores psicológicos, financeiros e técnicos, enquanto o Brent depende mais dos fundamentos de mercado (oferta e demanda).Estas características tornam estes benchmarks mais complementares que competitivos entre si”.(CAVALCANTE, 2007) 90 US$/bbl Cushing, OK WTI Spot Price FOB (Dollars per Barrel) Europe Brent Spot Price FOB (Dollars per Barrel) 80 70 60 Corte Temporal 02/01/1986 a 23/01/1989 Corte Temporal 24/01/1989 a 20/05/1993 Corte Temporal 21/05/1993 a 29/01/1999 Corte Temporal 01/02/1999 a 25/04/2003 50 40 30 20 Corte Temporal 28/04/2003 a 03/08/2006 Corte Temporal 05/08/2006 a ... 10 2/1 /19 86 2/7 /19 86 2/1 /19 87 2/7 /19 87 2/1 /19 88 2/7 /19 88 2/1 /19 89 2/7 /19 89 2/1 /19 2/7 90 /19 90 2/1 /19 91 2/7 /19 91 2/1 /19 92 2/7 /19 92 2/1 /19 93 2/7 /19 93 2/1 /19 94 2/7 /19 94 2/1 /19 2/7 95 /19 95 2/1 /19 96 2/7 /19 96 2/1 /19 97 2/7 /19 97 2/1 /19 2/7 98 /19 98 2/1 /19 99 2/7 /19 99 2/1 /20 00 2/7 /20 00 2/1 /20 01 2/7 /20 01 2/1 /20 02 2/7 /20 02 2/1 /20 2/7 03 /20 03 2/1 /20 04 2/7 /20 04 2/1 /20 2/7 05 /20 05 2/1 /20 2/7 06 /20 06 2/1 /20 07 2/7 /20 07 2/1 /20 08 2/7 /20 08 2/1 /20 09 0 3. DADOS UTILIZADOS • 1º Corte:(02/01/1986 a 23/01/1989) – Largo uso de preços fixos e fórmulas de preços; • 2º Corte:(24/01/1989 a 20/05/1993) – Aumentos do “teto” de produção da OPEP e invasão do Iraque ao Kuwait, dissolução da União Soviética. • 3º Corte: (21/05/1983 a 29/01/1999) – Quedas das temperaturas nos EUA e Europa, Iraque começa a exportar petróleo e OPEP eleva a sua produção. • 4º Corte: (01/02/1999 a 25/04/2003) – Preços relativamente estáveis aos estipulados pela OPEP, queda do US$ no final de 2002 e 2003. Ataques 11 de setembro, OPEP se mostra insuficiente em atender a demanda mundial, mexeram com os preços. • 5º Corte: (28/04/2003 a 03/08/2006) - ↓US$,Guerra no Iraque, demanda crescente e insustentada das importações dos países não-OPEP e condições de oferta de petróleo, com maior ascensão nos noticiários. • 6º Corte: (05/08/2006 a 02/10/2007) – Irã, tremores de terra, furacões e fatores climáticos na Ásia e perto das refinarias e reservas de petróleo norte-americanas; METODOLOGIA EMPREGADA (vide APÊNDICE) • 1º Modelagem de cointegração afim de identificar possíveis relações de LP entre preços do WTI e Brent; • 2º 11 Hipóteses testadas acerca do MCRLN. • 3º Medir as volatilidades dos 6 cortes temporais através dos modelos ARCH; • 4º Estimar a Curva de Impacto de Notícias de ENGLE & NG, para mensurar os efeitos dos surgimentos de boas e más notícias diretamente nos preços. • 5º Compreender a dinâmica dos preços do petróleo estimando-se um modelo de Vetores Auto-Regressivos • 6º Avaliar o desempenho dos modelos pelos critérios de desigualdade e computar uma projeção futura “n passos à frente”. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES • Testes de estacionariedade indicaram presença de raízes unitárias, sugerindo que os preços no passado explicam os preços no futuro. Ambas as séries são (I(1)) • Equação de LP (13) mostra que 99% das variações nos preços do Brent explicam as variações nos preços do WTI, indicando que para cada variação de 1% nos preços do WTI, o Brent tende a variar cerca de 0,95%. Elasticidade quase unitária para a relação. • Discrepância nos resultados gerados pelo teste DWRC (ausência de cointegração) e EG (presença de cointegração);Teste EG considerado válido para a análise no estudo. • Equação de CP (15) indicou que alterações a curto prazo nos preços do Brent tem efeitos positivos significativos nos preços do WTI e que cerca de 13% da discrepância entre o valor efetivo e o valor de longo prazo, ou equilíbrio dos preços do WTI, e eliminada ou corrigida a cada dia de negociação. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES • 4.2 RESULTADOS DOS TESTES DE AVALIAÇÃO DO MODELO DE COINTEGRAÇÃO DE LONGO PRAZO - Das 11 hipóteses do MCRLN, somente 4 foram validadas e 7 violadas, em especial: - a 4ª que pressupõe que a variância dos erros sejam homocedásticas; - a 5ª e 6ª que assumem ausência de autocorrelação e independência de erros; o teste de efeito ARCH e estatística DW sugeriram forte presença de a variância dos erros se correlacionam serialmente; - a 9ª hipótese que diz respeito á correta especificação do modelo 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES • 4.3 RESULTADOS DOS MODELOS DA FAMÍLIA ARCH E DA CURVA DE IMPACTO DE NOTÍCIAS • Preços mais elevados não indicam necessariamente > volatilidade. • Valores de R2 para os modelos “são baixos uma vez que a estimação por MQO, maximiza o R2, a correção para levar em conta a heterocedasticidade (...) pode levar a uma redução do R2.(Esse é um exemplo de que o valor de R2 para avaliar uma regressão é limitado).”(PINDYCK e RUBINFELD, 2004, p.335) • Visão geral do padrão de volatilidade no gráfico 3. RESULTADOS PARA OS CORTES TEMPORAIS SELECIONADOS: • Dentro dos 6 cortes temporais, o > grau de volatilidade ocorreu dentro do segundo corte temporal, com oscilação na ordem de 50% para WTI e 25% para Brent, no período marcado pela Guerra do Golfo. • No primeiro corte, marcado pelo largo uso de sistema de preços fixos pela OPEP, oscilou na casa 11% para WTI e 5% para Brent. • No 3º corte temporal, os preços do Brent variaram na casa de 25% e do WTI em 35%, incentivados provavelmente pela adversidade climática nos EUA e Europa e com o início do programa de exportação iraquiano em conjunto com o aumento da produção da OPEP. • Dentro do 4º corte temporal entre 1999 e 2003, marcados pelas iminências de conflitos entre EUA e Iraque, forte desvalorização do US$, crescente demanda mundial somados as adversidades climáticas e ataques terroristas as torres gêmeas, deslocaram os preços a oscilarem num máximo de 6% para o WTI e Brent quase que numa mesma proporção. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES • 4.3 RESULTADOS DOS MODELOS DA FAMÍLIA ARCH E DA CURVA DE IMPACTO DE NOTÍCIAS • O 5º corte temporal, marcado pela forte desvalorização do US$, crescimento da demanda de importações não-OPEP e pela oferta fragilizada pelo crescimento da demanda chinesa, deslocaram os preços a uma trajetória de alta, com volatilidades oscilando entre 5% para WTI e 7,5% para Brent. • No último e 6º corte temporal, o pico de volatilidade atingido pelo WTI foi na casa de 6% e os do Brent em torno de 2 a 6%, possivelmente motivados pelos conflitos políticos entre EUA e Irã e o crescente impacto de notícias em relação ao mercado petrolífero. • Estimando-se um modelo TARCH (1,1) (equação 23), verifica-se que os efeitos das boas notícias são > que os das más noticias, e que estas, nos preços do WTI, não são capazes de elevar a volatilidade; com impactos de noticias assimétricos; • No caso do Brent, os resultados foram distintos, somente coincidindo no que diz respeito ao impacto das boas notícias se mostrarem > que as más notícias; porém apontou para a presença do chamado leverage effect2. • Modelo EGARCH (1,1) estimado incorpora efeitos simétricos e assimétricos, garantindo que a projeção da variância condicional seja não-negativa, apresentou valores estatisticamente significativos e confirmou a presença do leverage effect para ambas as séries. 2As más notícias elevam a volatilidade e a presença do impacto de notícias é assimétrico. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES • 4.3 RESULTADOS DOS MODELOS DA FAMÍLIA ARCH E DA CURVA DE IMPACTO DE NOTÍCIAS • A estimativa da Curva de Impacto de Notícias de Engle & NG, representa a resposta da volatilidade a choques nos valores dos retornos dos preços, através dos modelos EGARCH (1,1) e TARCH(1,1). 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES • 4.3 RESULTADOS DA MODELAGEM VAR • Teste de Causalidade de Granger; • O teste JJ indicou a presença de 3 vetores de cointegração na relação proposta, com intercepto e sem tendência nos dados; • O modelo VEC não-estrutural de curto prazo, permite um melhor ajuste aos dados; • “A dinâmica do mercado de petróleo nem sempre é lógica”. (CAVALCANTE, 2007) • As funções de impulso-resposta3 do modelo VAR não estrutural, mostram a reação de WTI, quando há um choque exógeno nas variáveis incorporadas no modelo. - Um choque na volatilidade sobre os preços do WTI são positivos enquanto a resposta de um choque na volatilidade dos preços do Brent sao negativos em relação a seus preços. - WTI↑ em decorrência de um choque no Brent e vice-versa • A Decomposição da Variância para 10 dias após sofrido um choque nos preços, mostra que cerca de 96% do comportamento dos preços do WTI se devem a ele próprio e que cerca de 3,17% do preços do Brent correspondem aos preços do WTI. A volatilidade exerce um impacto maior entre o 4º e 7º dia após o choque. • Os critérios de desigualdade selecionaram o modelo de cointegração de CP como sendo o melhor para simulação, no entanto este foi abandonado devido a violação de várias hipóteses do MCRLN. • O modelo VEC, indica uma forte tendência de alta nos preços, quando se congela a análise em 02/10/2007, com um erro máximo de 2% no quarto dia á frente. (Vide tabela 8). 3 Vide Figura 4 CONCLUSÃO • A oferta limitada de petróleo e a demanda mundial crescente movida pelo crescimento populacional ofuscam a “capacidade de suporte” do meio ambiente; • A Teoria Econômica não considera energia uma mercadoria como outra qualquer; • Preços do petróleo em alta afetam desempenho macroeconômico dos países, gerando estagflação. • A alta é desencadeada por fatores especulativos, informacionais, e principalmente pelo crescimento da curva de demanda agregada por bens e serviços na economia mundial; • As expectativas dos agentes envolvidos podem ser explicadas por um mix dos mecanismos; • Modelos econométricos confirmaram a hipótese de relação de longo prazo entre os preços do WTI e Brent, e que a inclusão de variáveis econômicas relevantes na especificação do modelo melhorariam significativamente a análise; • Os modelos da família ARCH, apontaram para a persistência dos choques de volatilidade (soma dos coeficientes muito próximas de 1), direcionando a convergência da variância condicional a uma constante lentamente; • O período da Guerra do Golfo se mostrou o mais volátil (2º corte), em termos históricos, seguido do período marcado pelas notícias de adversidades climáticas nos EUA e Europa (3º corte), com a volatilidade variando na casa de 25 a 35% para WTI e Brent. • No período mais próximo, desde fevereiro de 1999, com o ataque terrorista as torres gêmeas nos EUA, a guerra no Iraque, a queda do dólar, adversidades climáticas e a crescente demanda chinesa os preços do petróleo oscilam na casa de 2 a 7,5%. • Os modelos TARCH e EGARCH (1,1) confirmaram os efeitos dos impactos de noticias boas é > que o de notícias ruins sobre os preços do petróleo, reforçando a idéia de que as más noticias tendem a elevar a volatilidade dos preços. CONCLUSÃO • A Curva de Impacto de Notícias de Engle & NG., possibilitou ilustrar os efeitos dos impactos das volatilidades de encontro aos impactos de choques, mostrando que as informações que movimentam o mercado de petróleo surgem em blocos, e não de forma contínua. • A dinâmica dos preços do petróleo não é vista com muita clareza, o modelo VAR ajudou a interpretá-las mostrando que os efeitos de choques exógenos no modelo tendem a elevar o preços do WTI em decorrência de alterações no Brent e vice-versa e que os efeitos dos choques nas volatilidades sobre os preços WTI são positivas e negativas para o Brent, possivelmente explicada pelo poderio da OPEP no mercado com medidas intervencionistas. • A Decomposição da Variância dos erros indicou que após sofrido um choque, cerca de 10 dias após, cerca de 96% do comportamento dos preços do WTI se deve a ele mesmo e que entre o 4º e 7º dia uma parcela significativa das variações do WTI se explicam pela sua volatilidade histórica oscilando na casa de 0,7 e 0,8%, invertendo-se para um movimento de queda, corroborrando assim com a tendência a constante encontradas nos modelos ARCH. • Estimando-se um modelo VEC não-estrutural de CP, projeta-se uma forte alta dos preços do WTI e Brent consequentemente, com uma margem de erro máxima no 4º dia á frente de 2%. • Futuramente, é plausível o cenário de estagflação, com incentivos a pesquisas de fontes renováveis uma vez que não existe substituto para o petróleo, direcionando as políticas econômicas dos países para que não se sintam tanto os efeitos das altas dos preços do petróleo nas suas economias e no bem-estar social. OBRIGADO! - Agradeço a todos que colaboraram, me incentivaram e apostaram na minha idéia de desenvolvimento deste trabalho e á todos presentes.