REALISMO PORTUGUÊS
Prof. Karen Olivan
O REALISMO PORTUGUÊS
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O Realismo português inicia em 1865, com a ruidosa Questão
Coimbrã ou do Bom Senso e Bom Gosto que significa a dissolução
do Romantismo.
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O Realismo dura até 1890, quando Eugênio de Castro publica
Oaristos, livro com características da nova escola literária: o
Simbolismo.
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Tudo começa quando, no dia 18 de maio de 1871, no jornal a A
Revolução de Setembro, é publicado um manifesto que leva a
assinatura de doze nomes, entre eles: Antero de Quental, Teófilo
Braga e Eça de Queirós.
O REALISMO PORTUGUÊS
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Nesse manifesto são apontados os objetivos dos organizadores
das chamadas Conferências Democráticas do Cassino:
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“Abrir uma tribuna onde tenham voz as idéias e os trabalhos que
caracterizam esse movimento do século, preocupando-nos
sobretudo com a transformação social, moral e política dos povos;
Ligar Portugal com o movimento moderno, fazendo-o assim nutrirse dos elementos vitais de que vive a humanidade civilizada;
Procurar adquirir a consciência dos fatos que nos rodeiam na
Europa;
Agitar na opinião pública as grandes questões da Filosofia e da
Ciência moderna;
Estudar as condições da transformação política, econômica e
religiosa da sociedade portuguesa;
Tal é o fim das Conferências Democráticas.”
O REALISMO PORTUGUÊS
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Embora o Marquês de Ávila e Bolana tenha proibido as
conferências e mandado fechar o Cassino Lisbonense, ficou
consolidada a posição da nova geração e iniciou-se a época do
Realismo em Portugal.
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A Questão Coimbrã foi um protesto da geração de intelectuais que,
por volta de 1865, formou-se em Coimbra contra o exagero
romântico.
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Com ela, inicia-se o espírito contemporâneo nas letras portuguesas.
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Com a Questão Coimbrã entram em conflito duas personalidades
muito importante: de um lado, Antonio Feliciano de Castilho,
representando o velho sentimentalismo romântico e, de outro lado,
Antero de Quental, liderando os dissidentes de Coimbra, revoltados
com a estagnação do Ultra-Romantismo.
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Em 1864, tomam vulto essas ideias e são publicadas poesias
revolucionárias:
* Visão dos Tempos e Tempestades Sonoras, de Teófilo Braga;
* Odes Modernas, de Antero Quental.
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Em 1865, Antero de Quental responde a Castilho com um folheto
intitulado Bom Senso e Bom Gosto – as duas virtudes que Castilho
negara aos acadêmicos de vanguarda do Realismo. Acende-se
também a luta entre intelectuais brasileiros, na maioria a favor dos
românticos.
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O mesmo grupo de jovens escritores e intelectuais de vanguarda
que se insurgiu contra os ideais românticos de Castilho, participou,
em 1871, das Conferências Democráticas do Cassino.
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Em 22 de maio de 1871, Antero de Quental fez a primeira
conferência intitulada O Espírito das Conferências.
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Dias depois, Antero de Quental faz a segunda, chamada de Causa
da Decadência dos Povos Peninsulares, nessa conferência ele
aponta as três causas do atraso de Portugal: a religiosa, a política e
a econômica.
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Em seguida, Augusto Soromenho, faz a terceira conferência, em
que fala sobre a Literatura Portuguesa, negando os valores
literários portugueses.
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A quarta conferência é ministrada por Eça de Queiróz, chamada A
Literatura Nova – o Realismo como Nova Expressão da Arte. Nela,
Eça de Queirós ataca o Romantismo; ressalta a nova estética
realista e enfatiza o caráter social da literatura.
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Na quinta e última conferência – A Questão do Ensino – Adolfo
Coelho propõe um ensino científico e o fim do ensino religioso.
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Consideradas no conjunto, as Conferências Democráticas do
Cassino representam a afirmação de um movimento ideológico de
intelectuais portugueses, inspirado em modelos vindos de outros
países: a crítica positivista de Taine, o evolucionismo de Darwin, as
teorias de Marx e de Proudhon.
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