FERNANDO CÉSAR ROMÃO A IMPORTÂNCIA DA INDÚSTRIA DE TERCEIRIZAÇÃO DE FROTA PARA GERAÇÃO DE VALOR EM NEGÓCIOS Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do grau de mestre em Sistemas de Gestão. Área de concentração: Estratégia das Organizações. Orientador: Marco Aurélio Cabral Pinto, D.Sc Niterói 2008 FERNANDO CÉSAR ROMÃO A IMPORTÂNCIA DA INDÚSTRIA DE TERCEIRIZAÇÃO DE FROTA PARA GERAÇÃO DE VALOR EM NEGÓCIOS Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do grau de mestre em Sistemas de Gestão. Área de concentração: Estratégia das Organizações. Aprovada em BANCA EXAMINADORA : _____________________________________ Prof. Marco Aurélio Cabral Pinto, D.Sc _____________________________________ Prof. Ricardo Miyashita, D.Sc _____________________________________ Prof. Marco Antonio Farah Caldas, D.Sc Dedico este trabalho Ao Senhor Deus Altíssimo, In Memoriam a meus queridos pais Paulo Romão e Marina dos Santos Romão, e irmão, Gil Sergio Romão, cujas existências foram fundamentais para que eu chegasse até aqui. AGRADECIMENTOS Ao Dr. Marco Aurélio Cabral Pinto, pela orientação paciente que possibilitou a contribuição proposta nesse trabalho. Aos meus colegas do Curso de Mestrado, Sr. Julio Vieira Neto e Sr. Emerson Pacheco, pela atenção e discussão dos temas relacionados à importância da Indústria de Terceirização de Frotas; ao Sr. Humberto Correa Cotelo, o Sr. Eduardo Saad Kossatz e o Sr. João Ricardo Fernandes, que possibilitaram discutir as proposições e sugestões aqui apresentadas. “Uma organização que aprende é um lugar onde pessoas descobrem continuamente como criam sua realidade”, Senge (2004) RESUMO Este trabalho apresenta o desenvolvimento de um modelo financeiro de avaliação do valor agregado da Indústria de Terceirização de Frotas Leves para organizações com operações distribuídas pelo território nacional. Caracteriza-se o setor, o histórico e a relevância no cenário econômico brasileiro, bem como apresentam-se os serviços ofertados. Os resultados indicam vantagens significativas em favor da opção de pela terceirização, dadas as premissas consideradas. Palavras-chave: Terceirização. Frotas de Veículos. Modelo Financeiro. ABSTRACT It presents a financial model to evaluate Fleet Outsourcing Industry for Organizations with operations in all regions in Brazil. It includes a sector description, with historical vision and economic importance in Brazilian ‘scenario’, and services offered through presentation. The Results show us significant advantages to Fleet Outsoursing taking into account the work assumptions to be considered. Key words: Outsourcing. Vehicles Fleet. Financial Model. LISTA DE FIGURAS Figura 1 Serviços envolvidos na Terceirização de Veículos Leves 29 Figura 2 Faturamento do Setor de Locação de Veículos 42 Figura 3 Número de Locadoras Existentes 42 Figura 4 Quantidade de Veículos na Frota do Setor 43 Figura 5 Participação na do Setor na Venda da Indústria Automobilística 43 Figura 6 Geração de Empregos . 44 Figura 7 Perfil de Negócio das Locadoras 44 Figura 8 Composição da Frota por Tipo de Modelo 45 Figura 9 Perfil de Negócio das Locadoras 45 Figura 10 Atendimento na Terceirização de Veículos Leves 47 ` 9 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Serviços Envolvidos na Terceirização de Veículos Leves 30 Quadro 2 Estudo Financeiro 53 Quadro 3 Custos de Administração 54 Quadro 4 Demonstrativo dos Valores Referentes ao Veículo 55 Quadro 5 Custo de Manutenção da Empresa 56 Quadro 6 Fluxo de Caixa de Compra versus Terceirização 57 Quadro 7 Fluxo de Caixa de Leasing versus Terceirização 58 ` LISTA DE ABREVIATURAS ABC ABLA Activity Based Cost Associação Brasileira de Locadoras BIN Base de Índice Nacional/Detran C Custo de Capital Ponderado da Firma C* Custo de Capital da Empresa Capital Capital Empregado CDI Certificado de Depósito Interbancário CPMF Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira DETRAN Departamento Estadual de Trânsito DPVAT Seguro de Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres EUA Estados Unidos da América EVA Economic Value Added GM General Motors ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços IGPM Índice Geral de Preços Mercado IPVA Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores IR Imposto de Renda IRR Internal Rate of Return JIT Just in Time Km Quilômetros Km/h Quilômetros por Hora NOPAT Net Operating Profit After Tax N/NE Norte e Nordeste NPV Net Present Value ROI Return on Investments S.A. Sociedade Anônima TCT Teoria dos Custos de Transação TIR Taxa Interna de Retorno VPL Valor Presente Líquido 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................12 1.1 CONTEXTO E SITUAÇÃO-PROBLEMA VINCULADA À PESQUISA ..................12 1.2 QUESTÕES E HIPÓTESE DA PESQUISA..........................................................14 1.3 RELEVÂNCIA DA PESQUISA .............................................................................14 1.4 A DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ........................................................................15 1.5 A ESTRUTURA DO TRABALHO .........................................................................16 2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS................................................................................18 2.1 TERCEIRIZAÇÃO LOGISTICA.............................................................................18 2.2 FINANÇAS PARA AVALIAÇÃO DE DECISÃO DE TERCEIRIZAÇÃO.................23 3 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR..........................................................................29 3.1 TIPOS DE EMPRESA DE TERCEIRIZAÇÃO DE FROTA....................................29 3.2 HISTÓRICO DO SETOR .....................................................................................32 3.3 RELEVÂNCIA DO SETOR...................................................................................41 4 RESULTADOS DA PESQUISA .............................................................................47 4.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................47 4.2 METODOLOGIA CIENTÍFICA DA PESQUISA ....................................................47 4.3 FATORES CRÍTICOS PARA DECISÃO DE TERCEIRIZAÇÃO DE FROTA ........49 4.4 RESULTADO CASO BASE .................................................................................53 4.5 SIMULAÇÕES DE CENÁRIOS............................................................................60 4.6 RESULTADO DAS SIMULAÇÕES ......................................................................61 5 CONCLUSÃO E INDICAÇÕES PARA PESQUISAS FUTURAS ..........................63 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................65 ANEXOS ...................................................................................................................72 ` 12 1 INTRODUÇÃO 1.1 CONTEXTO E SITUAÇÃO-PROBLEMA VINCULADA À PESQUISA O Setor de Locação de Veículos vem apresentando ofertas de serviços para as organizações no equacionamento da questão de aquisição e manutenção de frotas, empregadas em Vendas, Serviços Técnicos, Distribuição e outros serviços inerentes a negócios. A presente dissertação se volta para o serviço de Gestão e Terceirização de Frotas. Atualmente, o emprego do serviço de Terceirização de Frotas pode ser considerado incipiente no país, em função de uma pequena participação na frota total de empresas, ou seja, cerca de 12,5%, em 2006. (UNIDAS RENT A CAR, 2006). Passamos, então, a analisar o contexto atual das organizações no âmbito econômico-financeiro, de forma a criar o contexto adequado para a avaliação. A atual corrida das organizações internacionalizadas e concorrentes locais por produtividade, redução de custos e modalidades mais inteligentes e vantajosas para desenvolver atividades inerentes aos negócios, implica intensa busca por alternativas para um aumento de desempenho . No ambiente organizacional, verificamos uma ampliação de esforços para atender às crescentes metas de lucratividade e retorno exigidas, visto que os acionistas têm à sua disposição cada vez mais opções de investimentos nos diversos mercados disponíveis. Pela globalização e democratização das opções de investimento junto ao público, como fundos de investimento e mesmo investimento direto em bolsa, é relativamente simples acompanhar o comportamento de mercados complexos para investir neles . O aumento do leque de opções tem gerado necessidade constante de busca por melhores resultados. Maximizar o uso do capital tem sido a palavra de ordem. O balizamento utilizado pelos investidores tem sido controlar os retornos das organizações pela lucratividade das organizações concorrentes e de natureza semelhante, no país e no exterior. ` 13 A aquisição de bens e serviços a serem utilizados como apoio (limpeza, transporte, viagens, entre outros) às áreas de produção e vendas pode ser considerada como a atividade freqüentemente responsável pelos maiores componentes de custos das organizações. A aquisição desses serviços de apoio foi considerada, durante muito tempo, atividade de caráter tático e de cunho administrativo, reativamente às decisões tomadas pelas outras funções (departamentos), principalmente a Produção. Entretanto, os movimentos do mercado e da economia, através das diversas crises de fornecimento na história, bem como as novas formas de gestão da produção, como Just In Time (JIT) e Gerenciamento pela Qualidade Total, dentre outras, que buscavam a redução de custos e a melhoria de qualidade para maior competitividade, levaram a função conhecida como Aquisição a também ter de adotar novas medidas de gestão, para ganhar um cunho estratégico na participação da busca de vantagens competitivas para o negócio. Como prática na busca de melhores resultados, as empresas, alternativamente, podem utilizar o aumento do capital de terceiros para atingir maior impulsão financeira, muitas vezes através da redução de ativos próprios, visando a aumentar a relação percentual de retorno sobre o capital. Uma questão importante tem sido a busca por alternativas que considerem a maximização de emprego de recursos, principalmente frente ao recolhimento desnecessário de tributos e ao compartilhamento de condições privilegiadas dos recursos disponíveis, que alguns parceiros ou fornecedores possam ter a sua disposição. Também, faz-se necessário dispor de recursos suficientes para investimento no ciclo produtivo e no marketing nas organizações, os quais são aspectos primordiais para consolidação, perenidade e boa performance no elevado nível de competição na atualidade. Diversas empresas possuem limitações de crédito bancário, que podem impactar em operações de empréstimo para atender a necessidades de déficit das operações ou mesmo para investimentos ou leasing. No caso das empresas aplicadoras de excedente de caixa, verifica-se uma busca cada vez maior por investimento em projetos ou aplicações que tragam um maior retorno liquido dentro da organização. Mas não são somente os altos retornos financeiros que produzem o ` 14 sucesso das empresas. Principalmente por causa da necessidade de perenidade, torna-se importante planejar para não ficar para trás nesse ambiente cada vez mais veloz, virtual e globalizado. Assim, é necessário não sobrecarregar os canais de decisão e gestão com assuntos não estratégicos para a organização, ou seja, é importante não descuidar do negócio principal da empresa. Devido ao crescente movimento de especialização do Setor de Terceirização de Frotas , bem como devido à elevada pressão dos investidores sobre os executivos para racionalização de processos e custos internos, entendidos como situação-problema, é que torna-se necessário avaliar, sob prisma adequado, a importância da terceirização das frotas de veículos leves na gestão das organizações . 1.2 QUESTÕES E HIPÓTESE DA PESQUISA No presente trabalho procurar-se-á comparar a alternativa de administração de frota própria com a terceirização de frota de veículos leves para empresas brasileiras. Espera-se encontrar significativas vantagens econômico-financeiras para empresas com dispersão nacional e que contam com mais de 100 veículos e sua frota. 1.3 RELEVÂNCIA DA PESQUISA Nos casos em que se utiliza frota dispersa nacionalmente, com quantidade relevante acima de 100 veículos, a frota própria acaba por levar a organização a criar departamentos de frota que se tornam pequenas empresas dentro das empresas, consumindo tempo e recursos que poderiam ser mais bem aproveitados na atividade-fim da organização. Tendo em vista o grande potencial de terceirização de frotas leves apresentado pelas empresas, acredita-se que tem se tornado cada vez mais interessante estudar a real viabilidade de Terceirização de Frota de Veículos Leves na organização, ou seja, pensar numa perspectiva a longo prazo, sob o ponto de ` 15 vista econômico-financeiro, de forma a atestar se essa técnica de gestão pode ser eficaz para atingir as metas organizacionais. O trabalho poderá ser utilizado como referência para os interessados em avaliar as vantagens do uso de frota terceirizada,em que os serviços de manutenção, proteção contra sinistro ou furto, administração de pneus, pagamento de taxas, documentação e outras atividades inerentes à administração de frotas ficam ou podem ficar por conta da empresa terceirizada. A pesquisa também poderá servir de referência para avaliações da viabilidade de terceirização de outras atividades empresariais. Os interessados poderão ser as próprias organizações, órgãos públicos, estudantes, empresas ofertantes de Terceirização de Frota ou de outros serviços, dentre outros. 1.4 A DELIMITAÇÃO DA PESQUISA A pesquisa se limitará a estudar a alternativa de terceirização de frotas leves no Brasil, isto é, ficam excluídas análises envolvendo os caminhões e outros tipos de veículos pesados como tratores,empilhadeiras e colheitadeiras . Será analisada a alternativa de aluguel de frota cotejada com alternativas de compra direta das montadoras e leasing mercantil. O veículo utilizado para os estudos será o modelo popular 1.0, duas portas, sem ar condicionado, com rádio, escolhido por ser o veículo mais barato, com maiores vendas no mercado nacional, bem como por ser o veículo leve mais utilizado pelas empresas em suas frotas. Devido às características de Aluguel do serviço de Terceirização de Frotas, não foi considerada, neste trabalho,a análise de riscos para a organização contratante do serviço. Será considerado como Terceirização de Frota o serviço de alugar uma frota de veículos leves para a empresa, com a abrangência de serviços em: manutenção ` 16 preventiva e corretiva, seguro, documentação e taxas, pneus, serviço de atendimento 24 horas e reboque, em caso de pane ou sinistro. O trabalho não levou em conta a decisão de aluguel para pessoas físicas ou pessoas jurídicas sem fins lucrativos. Não serão considerados incentivos fiscais regionais, como os de investimento produtivo em localidades específicas, seja por isenção de impostos ou taxas, postergação do recolhimento de ICMS, seja através de qualquer outro imposto. Para adequar os cálculos referentes a descontos e ganhos de volume, considerar-se-á como frota uma quantidade acima de 100 veículos, dispersos no território nacional. O trabalho não considerará o estudo de viabilidade econômicofinanceira para empresas que possuam prejuízo em seu balanço, de forma a não aproveitarem o benefício fiscal proporcionado pelo aluguel no cálculo do imposto de renda. As taxas de Detran, despachante e os valores de manutenção e peças serão baseados na média verificada para a cidade do Rio de Janeiro, de acordo com os últimos três meses anteriores ao fechamento da pesquisa. O estudo de viabilidade econômico-financeira observará um horizonte de tempo médio pelo qual as empresas costumam manter seus veículos, calculado com base nos dados de empresas que trabalham com aluguel de frotas de veículos no mercado brasileiro. Serão considerados, no estudo, os custos de administração de frota , seguro, taxa de oportunidade, depreciação comercial do veículo, frete, preço do veículo e preço do aluguel. 1.5 A ESTRUTURA DO TRABALHO Para se atingir o objetivo proposto, o presente trabalho será estruturado em cinco capítulos, mais a bibliografia. No Capitulo 1 faremos a introdução ao trabalho, de forma a apresentar e caracterizar a pesquisa. ` 17 No Capitulo 2, apresentaremos uma revisão dos fundamentos teóricos que suportam o trabalho, abrangendo os aspectos teóricos relevantes para tratamento do tema, com questões envolvendo Terceirização Logística e Finanças para Decisão de Terceirização. Os aspectos referentes à Terceirização Logística abrangerão as características próprias ao tema da pesquisa. Os aspectos que dizem respeito às Finanças para Avaliação de Decisão de Terceirização serão importantes para direcionar a modelagem financeira do estudo de caso, bem como para balizar as simulações de hipótese a serem consideradas. No Capítulo 3, será apresentada a descrição do setor de locação de veículos. No capítulo 4, a Metodologia, as premissas e os resultados da pesquisa serão apresentados. Para melhor análise dos resultados do modelo financeiro, serão feitas simulações, no sentido de verificar a sensibilidade do modelo às alterações em variáveis críticas ao estudo. O Capitulo 5 apresentará as conclusões e indicações para pesquisas futuras e o Capitulo 6 apresentará as referências bibliográficas. ` 18 2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS A presente seção está dividida em dois grandes temas teóricos que, em face dos requisitos de pesquisa, devem ser analisados e tratados. 2.1 TERCEIRIZAÇÃO LOGISTICA De acordo com Giosa (1997), terceirização é um processo de gestão pelo qual se transferem algumas atividades para terceiros, com os quais o contratante estabelece uma relação de parceria, passando a se concentrar apenas em tarefas essencialmente ligadas ao seu negócio. O processo em questão está visível e nítido na Terceirização de Frotas. Ressalta Queiroz (1992), que por volta de 1940, nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, as indústrias da época precisavam concentrar-se na produção de armamentos. Portanto, passaram algumas atividades de suporte à produção a outros empresários prestadores de serviços. O conceito original de logística, utilizado no decorrer da Segunda Guerra Mundial pelas forças armadas americanas, consistia basicamente na gestão dos materiais envolvidos na operação de guerra, da aquisição até o seu emprego no front de batalha, objetivando menores desperdícios e ganho de produtividade. As empresas de terceirização de frotas, freqüentemente, utilizam fornecedores credenciados para os diversos serviços envolvidos na manutenção de frota de veículos leves, bem como prestam suporte nas questões ligadas à frota de seus clientes. A gestão de frotas, passível de terceirização, suporta as atividades externas desenvolvidas pela empresa (vendas, entregas, transporte de pessoas e outros), ou seja, conforme dissemos no Capitulo 1, essa atividade apresenta, intrinsecamente, características de atividade logística como: abastecimento, manutenção, transporte/frete, legalização/documentação, dentre outras. Para Veras Rodrigues (2003), atualmente, as empresas estão se alinhando com competitividade global e implementando diversas mudanças de gestão. Uma reestruturação constante já está incorporada ao cotidiano da maioria das empresas, ` 19 promovendo a busca de posturas gerenciais mais eficientes e eficazes. A permanente procura de novas metodologias de gerenciamento é de suma importância para a contínua oxigenação das empresas dentro do quadro mundial que se apresenta. Os investidores apresentam níveis de avaliação de empresas cada vez mais elevados e rigorosos. A principal preocupação está na identificação dos métodos de operação dos negócios e da análise do processo de criação de valor, a longo prazo, resultante do conjunto das decisões atuais tomadas pelos gerentes. A terceirização de frotas tem sido uma opção para aumento de competitividade, principalmente em função de ganhos de produtividade nas atividades de infra-estrutura da empresa. Segundo Santos Junior e Villaschi Filho (2004), as mudanças ocorridas no âmbito econômico/político/institucional/social, em função da globalização, modificaram as estruturas produtivas, as relações técnicas e sociais de produção e os padrões organizacionais. O impacto social e econômico dessas mudanças tornase tão profundo na organização da sociedade e da economia, que se considera o surgimento de um novo paradigma técnico-econômico. Nesse novo paradigma, a base do sucesso ou mesmo da sobrevivência das organizações reside fundamentalmente na capacidade de aprendizagem e inovação. Com base nesse quadro, há diversas empresas multinacionais dispostas a estudar a viabilidade da terceirização de frota em função desta prática ser utilizada por suas matrizes no exterior. A quarteirização, de acordo com Queiroz (1992), se dá quando um fornecedor de serviços terceirizados, por sua vez, repassa algumas das suas atividades para outros em benefício do cliente contratante. Sendo assim, entram em cena outros, fornecedores ligados ao terceirizado, que passam a fornecer ou a executar serviços para o cliente, o qual já tem, sob contratação o terceirizado, que assume a responsabilidade pela quarteirização. Como foi mencionado anteriormente, observase que a quarteirização está presente nas empresas de Terceirização de Frotas, através da sua rede de fornecedores, que é utilizada para prestação dos serviços necessários à boa utilização dos veículos. ` 20 Com relação ao aspecto de concentração de diversos fornecedores sob a gestão de somente um fornecedor, Pires (2003) escreveu: (reportando-se à indústria automobilística). Relacionamentos de parceria na indústria automobilística tem tido como ponto de partida à seleção criteriosa de uma pequena e talentosa base de fornecedores. O processo de seleção para este tipo de envolvimento entre cliente-fornecedor tem envolvido características como: pré-seleção, baseada em múltiplos critérios, contratos de longo prazo, foco no custo total do fornecimento, fornecedor único com envolvimento no projeto, avaliação de desempenho complexa e investimentos substanciais em mecanismos de coordenação e ativos específicos. A base de fornecedores selecionada, nesta filosofia, é substancialmente menor do que a tradicionalmente utilizada. Diversos autores da literatura especializada acreditam que os custos administrativos ou transacionais associados com o gerenciamento de um grande número de fornecedores tipicamente são maiores que os benefícios. Considera-se, adicionalmente, que dividir compras, em múltiplos fornecedores, reduz significativamente a oportunidade destes em alcançar economias de escala. (PIRES, 2006) Villaschi (2002) apresenta o sistema de arranjo produtivo,que é caracterizado por atores que, mesmo obedecendo a lógicas diferentes e não necessariamente convergentes (pública/privada;empresarial/governamental/terceiro setor), estabelecem (ou estão em condições de estabelecer) relações de parceria para produção e desenvolvimento de conhecimento ligado às inovações que resultem em maior competitividade empresarial e capacitação social. Dessa forma, faz-se uma correlação entre as características do conceito de arranjo produtivo com as características da relação entre o terceirizador e o terceirizado na frota de veículos leves. De forma relevante, há uma relação marcada por características de desenvolvimento do conhecimento para inovação, porque o terceirizado tem que inovar para manter seu cliente frente à concorrência. Também ratificamos a existência de aprendizado por parte de ambos os atores, espelhando a necessidade de maior conhecimento dos processos envolvidos na operação de frota do cliente, visando à redução de gastos, bem como a necessidade do terceirizado em conhecer melhor os valores da organização, para fazer propostas mais adequadas, pensando retenção do cliente. Segundo Figueiredo (2006), trazer novos atores para o processo produtivo, através da terceirização, tem sido uma prática consagrada pelas organizações, seja pela busca de redução de custos e vantagens competitivas, como a maior ` 21 flexibilidade, seja pela redução de riscos, como não investir em novos serviços e tecnologias. O fato é que as empresas, cada vez mais, estão se baseando na experiência e no conhecimento técnico de terceiros, em vez de tentar atingir seus objetivos exclusivamente através das próprias competências. Cada vez mais as empresas têm buscado práticas para alcançar melhores resultados. Neste campo, o benchmaking tem sido presença constante na empresa. Para Ribeiro (2006): Benchmarking constitui um processo sistemático de comparações entre processos semelhantes e, a partir delas, a promoção de melhorias que permitam que uma determinada atividade tenha excelência quando comparada com outras equivalentes em empresas do mesmo setor ou de outros setores da economia. O benchmarking auxilia empresas a definir metas, estimula novas idéias e oferece um método formalizado de gerenciamento de mudança. Para ser completo, o benchmarking de um processo de Cadeia de Suprimentos deve envolver a análise de componentes individuais da cadeia, bem como a análise do desempenho da cadeia como um todo. Embora o foco possa variar, um processo padrão de benchmarking passa, necessariamente, pela identificação e priorização dos processos-alvo de benchmarking, pela seleção dos indicadores de desempenho a serem comparados em cada processo, pela seleção de empresas leading-edge nos processos selecionados, pela comparação entre os processos e, finalmente, pela análise dos fatores que motivaram as diferenças encontradas. A etapa de implementação deve estar suportada pelo planejamento dos passos necessários à modificação dos processos. (RIBEIRO, 2006) É válido ressaltar que muitas empresas utilizam o processo gerencial consagrado como benchmaking para prospecção e embasamento (decisão) na aprovação de novas práticas. O benchmaking é comumente utilizado por empresas que estão estudando a adoção da terceirização de frotas de veículos leves. Segundo Costa (2005), a importância da gestão eficiente da cadeia de suprimentos é a forma de alcançar sustentavelmente a vantagem competitiva no mercado em que a empresa atua , ressaltando a importância de estruturar a operação, de acordo com o cumprimento do nível de qualidade e os menores custos totais. Segundo Cruz (2006), obter um fluxo de insumos contínuo e ter um nível de informações que permita à organização corresponder às demandas na quantidade ` 22 certa, no espaço de tempo adequado, e com preços competitivos, é uma das metas da logística. Compreender o processo logístico permite adequar a operação com a estratégia, identificando os principais custos logísticos e compreendendo de que forma eles podem gerar maior ou menor valor à operação da empresa. Isso é fundamental para uma análise mais precisa sobre os impactos gerados pela decisão de terceirizar ou não uma frota. Segundo Slack (1993), existem quatro formas para se competir com logística como ferramenta de vantagem competitiva: Qualidade: o objetivo da logística é atender às metas de qualidade dos produtos e serviços, com o compromisso de oferecer produtos sem defeitos e características gerais superiores ao da concorrência. Velocidade: para um mesmo produto ou serviço existe um tempo de espera ,o qual o cliente está disposto a aceitar). Considerando os diversos prazos possíveis, existe a necessidade de a empresa se estruturar em termos de logística, a ponto de fazer as entregas "simples" e as de alto grau de velocidade. Tempo certo: a empresa deve não apenas ser ágil na entrega de seus produtos ou serviços, mas, especialmente, cumprir com suas promessas de tempo de entrega. Produtividade: uma produção com menores custos e maiores margens, que possibilitem o ganho de competitividade da empresa. Os elos internos (entre setores) e externos (com fornecedores) devem estar adequados, propiciando ganho em escala e em eficiência produtiva. Segundo Cruz (2006), as empresas, ao investirem na criação de uma cadeia de logística integrada, produzirão uma vantagem competitiva, que possibilite ao cliente final a maximização do valor de suas operações, seja através de parcerias com um menor número de fornecedores de qualidade que possibilite à empresa obter economias consideráveis nos custos logísticos, seja com o estreitamento das relações com os clientes, seja por meio de sistemas de informações mais eficientes ` 23 .As ações de integração devem ter como meta o ganho de produtividade e a conseqüente redução de custos ,pois custos consideravelmente menores que o da concorrência, bem como prazo de recebimento, segundo os níveis de exigência dos compradores, são o alvo. 2.2 FINANÇAS PARA AVALIAÇÃO DE DECISÃO DE TERCEIRIZAÇÃO Segundo Fleury (2006), o processo decisório da terceirização de frotas das organizações deve considerar, além do custo e da qualidade do serviço, a rentabilidade financeira das alternativas para a realização da atividade. A grande ênfase dada, atualmente, pelas empresas, principalmente as de grande porte, na rentabilidade sobre os investimentos dos acionistas, tem sido um dos principais fatores a influenciar as empresas na direção de utilizar terceiros nas suas operações de transporte/frotas. Como a rentabilidade sobre investimentos é o resultado do lucro sobre os investimentos do acionista, a maneira mais rápida de aumentar a rentabilidade é reduzir os investimentos dos acionistas. Desta forma, um dos possíveis argumentos, a ser devidamente comprovado pelos interessados, para a organização decidir sobre a terceirização de frota de veículos leves, é que a utilização de ativos de empresas especializadas em terceirização de frota implicaria num maior percentual de retorno de capital que o obtido na operação com frota própria de veículos leves. Marques (2006) escreveu sobre decisão da propriedade das frotas. Enfatizou que fatores de custo, qualidade do serviço e rentabilidade devem ser considerados determinantes para suportar a decisão de terceirizar a frota, ressaltando que é aconselhável realizar uma avaliação dos impactos financeiros. Ele também afirma que existem outras variáveis importantes para tomar a decisão sobre a propriedade/terceirização da frota, tais como: tamanho da operação, competência gerencial interna, competência e competitividade do setor, volumes de investimentos e outros. Para que o processo decisório de terceirização de frotas possa apresentar características de transparência e precisão, torna-se importante a obtenção de uma fonte de dados válida e fidedigna sobre os valores referentes à frota de veículos. ` 24 Segundo Garrison e Noreen (2001), o orçamento flexível fornece estimativas de custos sobre qualquer nível de atividade, dentro de uma faixa especificada. Segundo Anthony e Govindarajan (2002), o orçamento representa um parâmetro do desempenho real. Esse compromisso pode ser alterado se as premissas presumidas no orçamento forem alteradas, porém, o orçamento é um excelente ponto de partida para a avaliação de desempenho, tornando-se uma importante fonte de dados para os estudos de terceirização de frotas, por apresentar informações sobre o escopo de gastos da frota utilizada pelo cliente. De acordo com Pedriali (2004), a discussão sobre terceirização no Brasil vem ganhando importância à medida que as empresas, preocupadas com redução de custos, vêm reestudando seus processos na tentativa de transformar custos fixos em custos variáveis. Segundo Nazário e Abrahão (2006), cada vez mais o processo de terceirização é considerado como uma alternativa estratégica para as empresas que desejam maior flexibilidade operacional, ao mesmo tempo em que buscam reduzir custos e oferecer serviços e produtos customizados. Neste ponto, há a necessidade de desenvolvimento de estudos de terceirização de frota de veículos leves, por parte das empresas, como um processo que busca uma solução de economia e produtividade para as organizações. Pedriali (apud FRANCESCHINI, 2004) destaca que dois dos principais motivos que levam as empresas à opção pela terceirização são: (1) a racionalização dos custos e (2) a reestruturação da produção. Entretanto, existem também os custos transacionais, que são modificados quando se terceiriza uma atividade. São eles: • Custos de negociação: associados à negociação e ajuste entre as partes durante o processo de compra, que fica de forma geral sob responsabilidade do terceirizado, fora os custos relacionados ao processo de terceirização em si. ` • 25 Custos de monitoramento: que exigia sistema próprio de estatística e acompanhamento, e, atualmente, é avaliado e acompanhado por relatórios da empresa terceirizada. • Custos contratuais circunstanciais: em vez de custos contratuais no relacionamento com diversos fornecedores, considera-se somente o custo referente ao terceirizado. • Custos de mercado: variações entre os custos unitários dos fornecedores de insumos/serviços. Tem-se, agora, apenas a figura do preço do terceirizado. • Custos relacionados à gerência: a atividade necessitava de administração própria; atualmente, necessita apenas do acompanhamento de um contrato de terceirização. Serão quantificados todos os custos envolvidos neste estudo de avaliação econômico-financeira de terceirização de frota de veículos leves. Seguindo o modelo de custeio baseado em atividades (ABC, Activity Based Cost) proposto por Cooper; Kaplan (1988), verifica-se a importância de se ter um custo total focado na competitividade. Segundo Harrinson; Hoek (2003), o ABC procura decompor o negócio em grandes processos, como: fabricação, armazenagem e distribuição,para então decompor cada processo em atividades. Para cada uma dessas atividades, tem de haver um gerador de custo. (HARRINSON; HOEK, 2003, p.99). Segundo Copeland (2000), o objetivo de tornar-se um administrador de valor é observar o retorno em termos de fluxo de caixa, a longo prazo, e não o crescimento a curto prazo. Requer uma visão fria das atividades da empresa que perceba os negócios pelo que eles realmente são: investimentos em capacidade produtiva que podem ou não gerar retornos acima do seu custo de oportunidade. A perspectiva do administrador de valor é a visão de quem está de fora da empresa, analisando oportunidades de se criar (aumentar) valor a longo prazo. Torna-se importante nesta pesquisa levar em conta a sua avaliação econômico-financeira, o quanto se cria de valor com a decisão de terceirização de frota de veículos leves. ` 26 De acordo com Bierman e Smidt (1975), a decisão entre comprar e arrendar vem a ser uma decisão financeira. As alternativas vão gerar fluxos de caixa. Com relação ao termo fluxo de caixa, numa situação envolvendo ativos, os autores habilitam a medir o valor dos recursos despendidos e dos benefícios recebidos durante cada período de tempo futuro. Este trabalho fará a comparação do fluxo de caixa da terceirização de frota versus o fluxo de caixa da frota própria e versus o fluxo de caixa do leasing mercantil, de forma a apurar qual fluxo de caixa possui maior agregação de valor para a organização. Segundo Drucker (DRUCKER apud EHRBAR, 1999), EVA (Economic Value Added) significa o dinheiro que sobra numa demonstração de lucros e perdas, acrescido do o custo de capital envolvido . Assim, até que um negócio produza um lucro que seja maior do que seu custo de capital no período, o mesmo estará operando com prejuízo. Não importa que paguem impostos, como se tivesse um lucro verdadeiro. Se o custo do capital não for superado, a empresa não cria riqueza, mas sim a destrói. O EVA surgiu como uma das respostas à necessidade das organizações de possuírem indicadores de desempenho para medir a criação de valor. Neste ponto, entende-se a importância de envolver o custo de capital nas análises para avaliação da viabilidade de implantação da Terceirização de Frota nas organizações. Corroborando o raciocínio, para Veras Rodrigues (2003), os lucros verdadeiros não começam até que o custo de capital, como todos os demais custos, tenham sido cobertos. Segundo Bodie e Merton (1999), o Retorno sobre o Investimento (ROI) possui como objetivo principal verificar se a organização conseguiu gerar rentabilidade para os acionistas. O retomo sobre o investimento pode ser apresentado basicamente: . % ROI = 100 x R$ Lucro / R$ Capital Empregado Desta forma, devem-se privilegiar medidas que venham a maximizar o retomo (ROI), como por exemplo: reduzir os ativos fixos que não são prioritários para o negócio, investindo em terceirização de frota. ` 27 O objetivo primordial será sempre o de determinar se o investimento agregará valor para o seu negócio e quais decisões propiciarão maior rentabilidade e retomo. Segundo Bodie e Merton (1999), NPV (Net Present Value) ou VPL (Valor Presente Líquido) se constitui na diferença entre o valor presente de todos os fluxos de caixa futuros menos o valor presente de todos os investimentos. Segundo Gitman (1997), Valor Presente é o “Valor Atual de um Montante Futuro em unidades monetárias. O montante de unidades monetárias que poderia ser investido hoje a uma dada taxa de juros durante um período especificado, para se igualar ao montante futuro”. (GITMAN, 1997, p. 172) Com referência à abordagem de uma avaliação financeira pela comparação dos VPLs (NPVs) entre os fluxos de caixa das alternativas de aquisição de bens, Gitman (1997) diz tratar-se de uma abordagem para avaliar a intensidade do racionamento das alternativas de projetos envolvendo investimento de capital, o qual fundamenta-se na utilização de valores presentes para escolher o projeto que vai maximizar a riqueza. A Taxa Interna de Retorno (TIR) ou IRR (Internal Rate of Return) é definida como a taxa de desconto que iguala o Valor Presente das entradas de Caixa ao Valor Presente das Saídas, ou seja, é a taxa de oportunidade (desconto) que faz com que o VPL (Valor presente Liquido) seja igual à zero. O Período de Payback é conceituado como sendo o tempo exato necessário para a empresa recuperar seu investimento inicial em um projeto, a partir das entradas de caixa. Com relação a qual indicador/resultante financeiro escolher para decidir a terceirização de frota, se TIR ou VPL, Gitman (1997) propõe o VPL, o qual mensura exatamente o maior retorno em unidades monetárias, dada uma determinada taxa de oportunidade, tendo em vista que a TIR não fornece a dimensão quantitativa referente ao volume monetário deste retorno, mas sim um referencial relativo ao investimento. ` 28 O Payback de um fluxo de caixa descontado nem sempre poderá ser calculado. No entanto, quando puder ser calculado, será um indicador financeiro utilizado para apontar um desempate em caso de VPLs iguais entre as alternativas. Conforme Bierman e Smidt (1999), a partir da necessidade de escolher a melhor alternativa entre comprar e alugar (terceirização de frota), sob o ponto de vista financeiro, deve-se comparar os VPLs (NPVs) das alternativas. Segundo Atckinson (1997), a análise What-if significa a análise que explora o efeito de uma mudança em um parâmetro sobre um resultado, e a Análise de Sensibilidade é a investigação do efeito de uma mudança em um parâmetro de decisão. Acompanhando a mesma linha, Bodie e Merton (1999) colocam que a Análise de Sensibilidade consistiria em testar se o projeto ainda valerá a pena,mesmo que algumas variáveis fundamentais acabem proporcionando valores diferentes dos presumidos, ou seja, a Análise de Sensibilidade é a investigação do efeito de uma mudança em um parâmetro de decisão. Dessa maneira, de acordo com a finalidade deste estudo, exploramos no trabalho, até que ponto a variação das premissas mais importantes podem implicar uma mudança da resultante das avaliações envolvidas na pesquisa (Simulações) , de maneira a atestar as condições da validade, ou não, da hipótese formulada sobre a viabilidade da terceirização de frota de veículos leves. ` 29 3 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR Este Capítulo tem o objetivo de apresentar uma visão atual dos tipos de empresas atuantes na atividade de Terceirização de Frotas, bem como um histórico do setor e seu peso na economia brasileira, de forma que se possa avaliar a sua importância. 3.1 TIPOS DE EMPRESAS DE TERCEIRIZAÇÃO DE FROTA As empresas prestadoras do serviço de Terceirização de Frotas podem ser classificadas conforme os Grupos abaixo: Grupo I: empresas de Aluguel de Carros (Rent a car), que operam em nível nacional ou mesmo regional, e têm o negócio de Terceirização de Frota como complemento do negócio principal. Grupo II: empresas das áreas de transporte e de engenharia, que ampliam sua linha de produtos e oferecem o negócio de Terceirização de Frota, a nível nacional ou mesmo regional, também como complemento do negócio principal. Grupo III: empresas de seguros e plataformas de serviços que oferecem apenas a parte operacional (manutenção, pneus, dentre outros) para frotas próprias das empresas, podendo ter ou não alcance nacional. Grupo IV: empresas especializadas em Terceirização de Frota que operam a nível nacional, e desenvolveram todas as atividades das suas cadeias de valor, para atendimento a este segmento, de forma customizada e exclusiva. Segue a Figura 1, apresentando o conjunto de serviços ofertados na terceirização de frota pelas empresas do Grupo IV: Podemos verificar que a figura possui uma área central escura que representa os serviços prestados pela empresa fornecedora de terceirização de frotas. As setas vermelhas indicam o repasse de atividades que são migradas para ` 30 a empresa de terceirização, que deixaria de realizar determinados processos e evitaria determinadas interações externas. Lea sing Concessioná ria Merca do Aquisiçã o do Carro Ma nut e nç Concessioná ria / Oficina ão do da n e V Administraçã o rro Funcioná rio rro Ca tuto ti bs Su Se gu ro Ca Segura dora Loca dora Tempo Figura 1 – Serviços envolvidos na Terceirização de Veículos Leves Fonte: Total Fleet S/A – Programa de Terceirização de Frotas Apresenta-se, também, no Quadro 1, um comparativo de características entre a Terceirização de Frotas (Grupo IV) e a modalidade de Aluguel de Carros (Grupo I), caracterizada pelo negócio de balcão. ` Operação Aluguel de Carros (Balcão) x Aluguel de Frotas (Terceirização) DESCENTRALIZADA CENTRALIZADA Portfolio MUITO AMPLO CONCENTRADO Custo Fixo ALTO BAIXO Sazonabilidade SIM (Lazer) NÃO Frota PADRONIZADA VARIADA Ociosidade de Frota SIM NÃO Influencia do Crescimento do PIB ELEVADA NÃO TÃO SENSÍVEL 31 Quadro 1 – Serviços Envolvidos na Terceirização de Veículos Leves Fonte: Localiza S/A – Indústria de Aluguel de Carros no Mundo 2007 Para Cotelo (2006), as empresas encaram o serviço de aluguel de frotas como uma solução a longo prazo. Poucas organizações retornam à frota própria depois de experimentar frota terceirizada. Um exemplo de empresas que possuem terceirização de frotas a longo prazo é a IBM, que possui sua frota terceirizada há cerca de dez anos e o Grupo Ipiranga, que conta com cerca de seis anos de terceirização de sua frota operacional. A administração deve se ocupar de atividades e assuntos ligados ao intimo do negócio e não com uma administração que vai acabar desviando as atenções dos clientes e do mercado, que são a fonte de receita de a empresa. Ainda assim, há necessidade das empresas conhecerem a metodologia adequada para avaliação de decisões logísticas, de forma que tenham condições de preparar o plano de sua frota frente à opção da terceirização oferecida pelas empresas de Aluguel de Frotas. (COTELO, 2006) A Terceirização de Frotas se posiciona como um serviço de gestão, enquanto o leasing tradicional acaba sendo uma operação financeira. O serviço ofertado na terceirização envolve operação e gestão de: licenciamento, transporte, manutenção, pneus, seguro, atendimento 24h, reboque e informação gerencial, que no leasing, costuma ser gerenciado pela própria empresa, ou seja, não existe a transferência da gestão da atividade de frota para terceiros. ` 32 Vale ressaltar que economias marginais podem gerar impactos muito relevantes, principalmente em grandes empresas onde a lucratividade se apresenta em menor escala. 3.2 HISTÓRICO DO SETOR Em 1885, foi lançado o primeiro automóvel da história, o Benz , com três rodas, capacidade para dois passageiros e com velocidade máxima de 13km/h. Não demorou para que algumas empresas trocassem suas carroças por veículos com motor a combustão. Após a Primeira Guerra Mundial, os fabricantes partiram para uma linha de produção mais barata, os automóveis se tornaram mais compactos e passaram a ser fabricados em séries. Tanto Henry Ford, nos Estados Unidos da América, quanto Willian Morris, na Inglaterra, produziram modelos como: o Ford, o Morris e o Austin, os quais tiveram uma grande demanda. Impressionados com o resultado, imediatamente outras fábricas começaram a produzir veículos em série. Em 1916, foram comercializados cerca de 585,4 mil automóveis no mundo. Era a época de Ford, e o carro ganha economia de escala. O primeiro registro de aluguel de veículos data de 1916: tratava-se do Sr. Joe Saunders de Omaha, em Nebraska nos Estados Unidos da América (EUA), que alugava um Ford modelo T por US$ 0,10 a milha. Em 1920, o Sr. Joe Saunders operava em 21 estados nos EUA. Em setembro de 1918, Walter L. Jacobs abriu um negócio de locação de automóveis em Chicago. Com doze carros modelo Ford T, expandiu suas operações a tal ponto que, em cinco anos, os negócios geraram receitas anuais de cerca de 1 milhão de dólares. Em 1923, Jacobs vendeu seus negócios para John Hertz, Presidente da Empresa Yellow Cab e Yellow Truck and Coach. Jacobs continuou como executivo da empresa, que passou a se chamar Hertz. ` 33 A Hertz também foi pioneira no ramo de cartões de crédito. Já em 1926, Jacobs e Hertz, fundadores da empresa, lançaram uma idéia vital do merchandising na locação de automóveis, o cartão de crédito. Em 1959, o cartão “National Credential” foi o primeiro cartão de cobrança da Hertz International. A empresa foi adquirida em 1926 pela General Motors (GM). Em 1930, ocorreu a inauguração de diversas agências de locação de automóveis nos aeroportos americanos. A Hertz foi pioneira ao disponibilizar a locação de automóveis a um público maior e a oferecer uma rede de agências em diversas localidades convenientes e atrativas para a locação de automóveis de costa-a-costa nos Estados Unidos. A empresa foi a primeira a alugar automóveis de vários tamanhos, marcas e modelos - permitindo que os clientes escolhessem o veículo que melhor atendesse às suas necessidades. Uma das atividades pioneiras mais importantes da Hertz foi a locação “fly-drive”, combinando o uso de um carro alugado com uma viagem de avião. Em 1953, a Hertz foi comprada da General Motors (GM) pela Omnibus Corporation, que deixou de lado suas atividades com ônibus e se concentrou apenas nos negócios de locação de automóveis. Um ano depois, ganhou novo nome - The Hertz Corporation - e foi colocada pela primeira vez na Bolsa de Valores de Nova York. Jacobs se tornou o primeiro presidente da The Hertz Corporation e permaneceu no cargo até 1960. Ele morreu em 1985, aos 88 anos. Em 1993, a Park Ridge Corporation se uniu à Hertz Corporation. Em 1994, a Ford comprou as ações em aberto da Hertz, e a empresa se tornou uma subsidiária da Ford Motor Company, com administração totalmente independente. Em 1995, a Hertz lançou o sistema de navegação NeverLost, nos Estados Unidos. Consistia num sistema de localização e guia, amigável ao usuário do veículo locado, oferecendo instruções de direção passo a passo para praticamente qualquer destino em uma área geográfica, através de uma pequena tela instalada dentro do veículo, entre o assento do motorista e do passageiro, com sistema de voz operado por computador. Nas décadas de 30 e 40, o Aluguel de Veículos cresceu significativamente na América do Norte, principalmente a partir da inauguração dos pontos de Locação em aeroportos. As Locadoras passaram a investir fortemente no crescimento do fluxo de turistas que atravessavam os Estados Unidos, tanto a negócios quanto a passeios. ` 34 Nos anos 50, período do pós-guerra, diversas locadoras norte-americanas, já estabelecidas em todo o país, expandiram suas atividades para a Europa. Já o desenvolvimento do mercado europeu de Locação de Automóveis teve seu grande impulso, a partir dos anos 50, quando a Europa se recuperava da Segunda Grande Guerra, e recebia grandes investimentos públicos e privados dos Estados Unidos. Assim, uma série de empresas norte-americanas estabeleceu-se no continente. Durante os anos 60 e 70, as Locadoras européias também tiveram grande crescimento, a ponto de hoje atuarem como empresas continentais. Em 1965, a indústria de locação de automóveis tinha 165.000 veículos e um faturamento de US$ 450 milhões. A história nos mostra que também as empresas de Terceirização de Frotas surgiram no rastro das empresas de locação de veículos. No ano de 1939, o jovem concessionário do mercado americano de veículos, de nome Zollie Frank, completava três anos de experiência no negócio de venda de carros. Um dia, ele recebeu dois executivos da Petrolagar, uma grande empresa farmacêutica, que queriam comprar carros novos. Na conversa, eles acabaram confidenciando que estavam sendo demandados a opinar nos carros que seriam oferecidos aos vendedores pela empresa. Então Zolie teve a idéia de conhecer melhor esse mercado e acabou criando a Whells Inc, empresa pioneira de Terceirização de Frotas no Estados Unidos e no mundo. Atualmente, a Whells é uma das maiores empresas do ramo e uma das maiores empresas privadas dos Estados Unidos, com receita de vendas de $1.5 bilhão em 2006, segundo a Forbes Magazine. A bibliografia sobre a atividade de terceirização de veículos leves e sobre as locadoras de veículos no Brasil, é escassa. Entretanto, conforme informações recebidas sobre o histórico do setor, verifica-se, nitidamente, o delineamento de três fases ou períodos distintos entre si, apresentados a seguir: Período do Pioneirismo - de 1950 a 1980: locadoras atendendo a demandas específicas de determinados tipos de empresas. ` 35 O aluguel de automóveis no Brasil começou na década de 50, época romântica em que os antigos Fusca, Dauphine, DKW, Aero Willis, Simca e Karman Guia circulavam pelas ruas, avenidas e rodovias brasileiras, após a indústria automobilística ter sido impulsionada pelo Plano de Metas de Juscelino Kubitschek. Os primeiros negócios surgiram na região central de São Paulo, onde alguns empresários de revendas de carros usados começaram a alugar os automóveis como atividade complementar. Foi justamente um desses revendedores, o empresário Adalberto Camargo, que visualizou, no aluguel de carros, um negócio de potencial. O momento era favorável. A atividade econômica crescia, por isso o Brasil precisava de meios de transporte. Em 1956, Camargo associou-se a empresários de outros setores em busca de financiamento para fundar a Auto Drive S.A. Indústria e Comércio, a primeira empresa criada exclusivamente com a finalidade de alugar carros. O primeiro automóvel alugado pela empresa foi da Volkswagen, o antigo Fusca, para clientes brasileiros que já haviam viajado ao exterior, onde conheceram as conveniências da locação. A partir desta iniciativa pioneira, começaram a surgir outras locadoras, embora, de início, a atividade tenha enfrentado dificuldades como a concorrência predatória e o desgaste dos veículos com as péssimas estradas da época, bastante piores do que as atuais. Na metade da década de 60, a atividade teve um grande impulso ao importar a experiência norte-americana necessária na época. Foi quando o perfil da locação deixou de ser exclusivamente transitório para incluir também os contratos feitos com empresas que utilizavam frotas, surgindo o aluguel a longo prazo, que foi o embrião da terceirização de frotas no país. Nos anos 70, apareceram as empresas de leasing mercantil, com as quais foi possível alavancar o desenvolvimento das locadoras de veículos, já que elas trouxeram a possibilidade de realizar operações de financiamento a longo prazo. No final desta década, também surgiu o carro a álcool, um marco da indústria nacional, ` 36 que simbolizou a resposta brasileira à crise mundial do petróleo. As Locadoras passaram a utilizar maciçamente a novidade, ajudando a divulgá-la por todo o País. A ABLA (Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis) foi fundada em 30 de março de 1977. Nesta fase, os clientes das locadoras, geralmente, eram empresas que não tinham condição financeira de investir em veículos próprios ,por isso operavam atreladas aos contratos de prestação de serviços. O setor acompanhou o desenvolvimento da indústria automobilística no país. Entretanto, nem todas as empresas conseguiram sobreviver. No Período do Pioneirismo, vale a pena chamar atenção para a fundação de uma pequena locadora em Belo Horizonte – a Localiza, que começou a atuar em 1973, contando com quatro Fuscas financiados. Atualmente, a Localiza é a maior locadora da América Latina, presente em todos os países do continente. Entrada das Locadoras Estrangeiras - de 1980 a 1990: competição com locadoras multinacionais, levando a um maior profissionalismo no atendimento às empresas, aumentando a base de clientes. O aluguel de carros, então, já era uma atividade consolidada no Brasil. Como já acontecera no exterior, começaram a chegar as redes internacionais de aluguel de automóveis. As empresas nacionais passaram a formar redes de agências, utilizando o sistema de franquia. A locação de veículos ampliou-se consideravelmente. Com a natural pulverização do know how da locação, pequenas empresas regionais puderam constituir-se. Neste panorama de expansão, surgiu a necessidade de se fortalecer a associação do setor (ABLA) em torno de objetivos comuns: defender os interesses das empresas do setor, profissionalizar a atividade e divulgá-la junto à sociedade, além de combater a concorrência predatória. Foi um grande desafio para o setor resistir aos pacotes econômicos e aos congelamentos ineficazes que, entre outros desastres, provocaram o ágio no preço dos veículos. Nesta fase, com o crescimento das locadoras nacionais as quais trabalhavam, primordialmente, com aluguel de balcão, houve o incremento do aluguel feito às empresas, principalmente às empreiteiras e empresas de ` 37 engenharia, seguidas de empresas de serviços com alta utilização dos veículos e os desgastes dos mesmos (uso severo), como empresas de segurança, de malote, de distribuição e outras. Na época, o entendimento dessas empresas era que a vantagem na utilização de uma locadora ficava em função da inexistência do investimento inicial, do seguro mais a manutenção, que eram incluídos no serviço. Estes eram percebidos como interessantes, em função dos riscos das operações dos clientes serem elevados em relação a acidente e danos envolvendo os carros, sem falar na substituição dos carros que o serviço das locadoras incluía, visto que o serviço prestado, na maioria da vezes, possuía característica de não interrupção. Em 1985, a fusão de 5 locadoras com 7 lojas e 500 veículos dá origem a Unidas Rent a Car, atualmente uma das maiores empresas do país no setor, tanto no negócio de Aluguel de Carros como no negócio de Terceirização de Frotas. Período da Terceirização de Frotas - de 1990 em diante : introdução do negócio intitulado Terceirização de Frotas no Brasil, com a criação de empresas especializadas no de aluguel de frotas, gerando a difusão dos conceitos de operação de frota terceirizada, o que acarretou o aumento do profissionalismo e a valorização da logística implícita na atividade, por parte das organizações em geral. Nasceram empresas nacionais e entraram multinacionais especializadas, atraídas pelas características do mercado, como concorrência crescente, devido ao grande potencial de terceirização de frotas nas organizações presentes no país, visto que, apenas 12,5% do mercado estão incluídos no sistema de terceirização de frotas ( UNIDAS RENT A CAR,2006). O setor ingressou nos anos 90 com novos desafios e oportunidades: a Abertura da economia, Código de Defesa do Consumidor, Carro Popular, Plano Real e Globalização, que são destaques relevantes para esse mercado na história econômica recente do país. A abertura trouxe para as Locadoras a possibilidade de diversificar a frota com carros importados, para atender a um consumidor que passou a exigir cada vez mais qualidade. A explosão dos cartões de crédito, principalmente após o Plano Real, também foi positiva para o setor, ao alargar a base de potenciais ` 38 consumidores das locações temporárias de balcão. O momento era de adaptar a administração dos negócios à nova ordem econômica, já com a inflação sob controle. No entanto, a estabilidade dos preços não se verificou nos automóveis. Os populares saltaram de aproximadamente R$ 7,3 mil em 1994 para cerca de R$ 15 mil, em 2002. Enquanto isso, a concorrência entre as Locadoras naturalmente aumentou. Tal fato, aliado às necessidades de ganho de produtividade e à redução de custos, resultou na queda dos preços das diárias ao redor de 30% do Plano Real, até o final de 2001. Novamente, o Setor superou as conseqüências globais das crises econômicas da Rússia, da Ásia, da Argentina e do próprio Brasil, em momentos que exigiram atenção por parte de todos os setores da atividade econômica. A indústria automobilística, maior fornecedora das locadoras de automóveis, também atravessou dificuldades com as crises econômicas, mas adaptou-se, inclusive administrando bem a entrada de novos fabricantes. A maior oferta de modelos promoveu a competitividade entre as Montadoras e beneficiou o Setor de Locação, que, ano após ano, vem conseguindo ampliar o número de usuários e promover o crescimento da atividade. No princípio da década de 90, verifica-se um aperfeiçoamento dos conceitos que embasam a gestão de empresas. Inicia-se uma forte tendência de terceirização de serviços não essenciais à organização, para que a administração pudesse concentrar esforços nos núcleos estratégicos do negócio. Nesta fase, diversas empresas iniciaram estudos relativos à terceirização de serviços de telefonista, de TI, de limpeza, e de tantas outras atividades, com a gestão de frotas de veículos, fazendo com que o mercado se tornasse mais amplo e racional. À época da inflação e do ágio (até 1995), as empresas compravam carros a preço de tabela e vendiam como um ágio embutido, cuja cobrança ocorria por falta de produtos capazes de atender à demanda. Predominava a visão do “carro patrimônio”,que se valorizava como investimento,por isso havia competição para comprar veículos. ` Com o Plano Real (1995), deu-se 39 início ao processo de modificação do comportamento da indústria e do cliente. O carro passou a ser abastecido normalmente e o mercado passou a se assemelhar ao mercado de qualquer bem de consumo durável. Neste ponto, a tendência atual de terceirização começou a esboçar novos ares sobre os departamentos de frota das empresas. Dessa forma, aos poucos, as empresas dos mais diversos setores, não ligadas diretamente à segurança, obras ou entregas, começaram a ter idéias sobre a terceirização de seus departamentos de frota. Chegaram a analisar as primeiras propostas de aluguel de frota feitas pelas locadoras, as quais, geralmente, possuíam uma grande infraestrutura de oficinas próprias e veículos suficientes para substituição em caso de manutenção, pane, roubo ou sinistro. Contudo, os preços encontrados no mercado em fins de 96 ainda eram elevados e não permitiam que a maior parte das empresas fizesse a terceirização de frota, principalmente em função de margens embutidas na prevenção de riscos, como: uso intensivo e severo em atividades de segurança, obras e entregas, que apresentavam um serviço altamente carregado de pesado custo fixo, visto que as locadoras mantinham diversas oficinas próprias espalhadas pelo país. Sem falar no efeito “custo agregado”, que é exatamente o preço de recursos adicionais que as locadoras disponibilizavam aos clientes, mas não eram usualmente utilizados na operação de frota própria das empresas. Com isso, aumentavam os custos da locação frente à frota própria e ao leasing. Nesse ponto, poderia ser dado, como exemplo, que a locadora podia disponibilizar um carro reserva para um usuário da empresa cliente, que na situação de frota própria, no dia da revisão do veículo, se programava para ficar elaborar relatórios no escritório. Assim, o custo dessa locação específica não aparecia para a situação de frota própria. Dessa forma, somando todos esses custos embutidos, o mercado de terceirização ficou limitado a alguns clientes apenas. Em fins de 1997, com o advento da globalização, grandes empresas internacionais, especializadas em Terceirização de Frotas, que no exterior (Estados Unidos e Europa) não se assemelhavam às locadoras de veículos (atuantes principalmente no varejo), começaram a estudar a possibilidade de entrar no ` 40 mercado brasileiro. Na época, algumas empresas brasileiras, principalmente o grupo Localiza, começaram a analisar as práticas das empresas de terceirização de frotas da Europa e dos Estados Unidos. Em 1998, ingressa no mercado brasileiro a TotalFleet S/A, empresa do Grupo Localiza, para comercializar serviço de Terceirização de Frotas. Buscando parceria internacional, a Total Fleet se associou a Fleet Synergy International. Criada em 1971 com o nome original de Interleasing, a Fleet Synergy é uma associação de empresas de terceirização de frota que congrega 31 empresas em 31 países, totalizando uma frota de quase 1 milhão de carros em 2006 (Fonte: Total Fleet S/A). Em 1995, a Unidas Rent a Car, locadora brasileira, ingressa no mercado de Terceirização de Frotas, e, em 2001, é comprada pelo grupo SAG de Portugal, dando inicio a uma empresa multinacional forte no ramo. No Brasil, o serviço de Terceirização de Frotas de veículos leves foi implantado através de uma rede de fornecedores (concessionárias, oficinas multimarcas e outros), e oferecia uma possibilidade de atendimento mais abrangente, interiorizado, descentralizado, que pudesse absorver alto volume de demanda e que não fosse gerar os elevados custos fixos das oficinas próprias. Em 1998, entraram no país algumas multinacionais do setor como: a americana GE Capital (Grupo General Eletric), cuja saída ocorreu em 2000, por questões de foco dos negócios da matriz internacional e, a holandesa Lease Plan, que entrou em 1999 e, hoje, atua normalmente no Brasil. Na época do ingresso da Lease Plan, no mercado brasileiro, a empresa estava associada ao banco ABN AMRO, atualmente, está ligada ao Grupo Volkswagem. Em 2005, desembarcaram no Brasil duas grandes multinacionais francesas do setor: a ALD Automotive, ligada ao grupo Societe Generale e a Arval, pertencente ao grupo BNP Paribas. Ambas entraram no mercado atraídas pelo grande potencial do mercado brasileiro, bem como pela possibilidade de terceirizar frotas de multinacionais francesas instaladas no país. ` 41 Em 2005, o Grupo Localiza lançou suas ações na Bovespa e obteve alta de mais de 300% em 12 meses (Fonte: Site de Relações com Investidores da Empresa) 3.3 RELEVÂNCIA DO SETOR Segundo a Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (ABLA), o Brasil representou em 2006 o equivalente a 4% da produção mundial de veículos, e contava com a atuação de 13 montadoras no país. Segundo a ABLA (2007), Figura 1, as locadoras de automóveis brasileiras possuíam, em 2005, um faturamento de cerca de R$ 2,91 bilhões, contava com uma frota de 223,8 mil carros (Figura 3), e empregava direta e indiretamente cerca de 178 mil pessoas (Figura 5). O quantitativo de veículos das Locadoras significa uma participação equivalente a 11,1% do total anual produzido pelas montadoras (Figura 4), ou seja, 1 (um) veículo comprado a cada 3 (três) minutos. Conforme informações obtidas na ABLA (2007), em 2005, 6,4% da população ou cerca de 12,2 milhões de pessoas utilizaram carros de aluguel, de alguma forma, significando um consumo de mais de 1,1 bilhões de litros de combustível. Conforme informações da Unidas Rent a Car (2006), o Brasil é o 9º fabricante de veículos e a 10ª frota do mundo. A frota por região fica distribuída: Norte (2%), N/Ne (10%), Centro Oeste (8%), Sudeste (58%) e Sul (22%). Também, segundo a ABLA (2007), o faturamento das operações de terceirização de frotas do mercado em 2006 representou 55% do faturamento total do setor de locações de automóveis no país, ficando os outros 45% para as locações de veículos no sistema de aluguel de balcão para negócios e lazer (Figura 6). Este percentual se ajustou levemente para baixo em função do aumento do turismo nacional e internacional, fato que refletiu a melhora da renda da população em geral. ` 42 Entretanto, segundo a Unidas (2006), o mercado de terceirização de frota está em fase de rápido crescimento: o Brasil tem uma frota corporativa de cerca de 2 milhões de veículos, sendo que apenas 250 mil destes pertencem a empresas de terceirização de frotas, representando uma participação de mercado de 12,5%. Também, segundo a Unidas, o mercado de terceirização de frotas brasileiro é bem pulverizado, e está dividido da seguinte forma entre os fornecedores : Unidas (13%), TotalFleet (11%), Avis (2%), Hertz (2%) e Outros com (72%). A representatividade do setor de terceirização de frotas, no setor de locação, pode ser verificada através dos gráficos de participação dos Tipos de Negócios de 2001 a 2005, apresentados na Figura 8. Segundo a Figura 7, em 2005, cerca de 71,1% dos veículos das locadoras brasileiras eram da categoria popular, que é caracterizada pelo modelo carro de passeio que possui mil cilindradas. Vale a pena destacar o gráfico de evolução do faturamento do setor de locações (Figura 1), que já alcança o marco de R$ 2,9 Bilhões dividido entre 1964 locadoras em 2005 (Figura 2), representando, segundo a ABLA, R$ 6,2 bilhões em aquisições de veículos das montadoras, com um consumo de cerca de 1 milhão de pneus e 1,1 bilhão de litros de combustível em 2005, contribuindo em 2006, com cerca de aproximadamente R$ 1 Bilhão em impostos para os cofres públicos(Figura 8) ` 43 Faturamento do Setor (R$ Bilhões) 3 2,91 2,68 2,5 2,35 2,26 1,89 2 R$ BILHÕES 1,5 Faturamento do Setor (R$ Bilhões) 1 0,5 0 2001 2002 2003 2004 2005 ANOS Figura 2 – Faturamento do Setor de Locação de Veículos Fonte: Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis - ABLA (2007) Locadoras Existentes 3000 2500 2451 2551 2340 1985 2000 1964 QUANTIDADE 1500 LOCADORAS 1000 Locadoras Existentes 500 0 2001 2002 2003 2004 2005 ANOS Figura 3 – Número de Locadoras Existentes Fonte: Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis - ABLA (2007) ` 44 Frota do Setor (Numero Veículos) 250000 200000 QUANTIDADE 150000 DE CARROS 100000 223811 203650 178000181900 155000 Frota do Setor (Numero Veículos) 50000 0 2001 2002 2003 2004 2005 ANOS Figura 4 – Quantidade de Veículos na Frota do Setor Fonte Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis - ABLA (2007) Participação do Setor na Venda da Indústria Automobilistica 12,00% 11,30%11,05% 10,00% PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL 8,00% 6,80% 8,10% 9,20% 6,00% Participação do Setor na Venda da Indústria Automobilistica 4,00% 2,00% 0,00% 2001 2002 2003 2004 2005 ANOS Figura 5 – Participação na do Setor na Venda da Indústria Automobilística Fonte: Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis - ABLA (2007) ` 45 Geração de Empregos (Diretos e Indiretos) 180000 160000 140000 120000 NÚMERO DE 100000 EMPREGOS 80000 60000 40000 20000 0 178240 165000 165500 168200 144000 Geração de Empregos (Diretos e Indiretos) 2001 2002 2003 2004 2005 ANOS Figura 6 – Geração de Empregos Fonte: Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis - ABLA (2007) Perfil de Clientes 60% 60% 59% 58% 57% 55% 50% 40% PARTICIPAÇÃO 30% PERCENTUAL 20% 21% 19% 21% 20% 24% 18% 27% 16% 28% 17% 10% 0% 2001 2002 2003 2004 2005 ANOS Figura 7 – Perfil de Negocio das Locadoras Fonte: Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis - ABLA (2007) Terceirização Lazer Negócios ` 46 Composição da Frota por Tipo de Modelo 80,0% 70,0% 69,6% 68,8% 70,4% 69,7% 71,1% 60,0% 50,0% PARTICIPAÇÃO 40,0% PERCENTUAL 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Popular Médio Luxo 13,4% 13,2% 10,8% 12,6% 10,2% 12,5% 10,6% 12,9% 10,2% 9,1% 7,9% 7,8% 7,2% 5,9% 6,1% 2001 2002 2003 2004 Utilitários/Vans 2005 ANOS Figura 8 – Composição da Frota por Tipo de Modelo Fonte: Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis - ABLA (2007) Contribuição com Impostos em R$ Milhões 900 800 700 600 500 R$ MILHÕES 400 300 200 100 0 790 671 867 697 584 Contribuição com Impostos em R$ Milhões 2001 2002 2003 2004 2005 ANOS Figura 9 – Perfil de Negocio das Locadoras Fonte: Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis - ABLA (2007) ` 47 4 RESULTADOS DA PESQUISA 4.1 INTRODUÇÃO O desenvolvimento do trabalho foi feito pela simulação dos custos para as alternativas: (i) frota própria ;(ii) arrendamento mercantil (leasing); (iii) terceirização. O modelo de avaliação adotado foi o de Fluxo de Caixa Descontado. O resultado da pesquisa apresentou-se através da diferença entre os VPL dos Fluxos de Caixa para alternativas contempladas no trabalho. 4.2 METODOLOGIA CIENTÍFICA DA PESQUISA 4.2.1 TIPO, MÉTODOS E ESTRATÉGIA METODOLÓGICA Esta pesquisa objetiva avaliar, através de modelo quantitativo, o impacto financeiro da terceirização de frotas nas empresas. A pesquisa foi definida a partir da relevância do tema para a realidade brasileira. Tomou-se cuidado para que a especificação limitasse o escopo de pesquisa ao domínio tratável analiticamente. Com isso, restringiu-se a análise ao estudo de caso com potencial perspectiva de generalização de resultados. Preocupação também tomada com relação ao acesso aos dados. O trabalho de pesquisa, através de questionário, foi feito junto a especialistas em terceirização de frotas, no sentido de determinar aspectos relevantes no modelo financeiro e das questões de gestão empresarial envolvidas. Também serão considerados dados de livros, periódicos, e pesquisas em meios eletrônicos que apresentarem informações relevantes para o trabalho. Foram utilizados bancos de dados da ABLA (Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis) e de três das maiores locadoras nacionais, bem como os valores de manutenção fornecidos pela montadora GM, responsável por grande parte das vendas de veículos populares no país para frotistas, através de seu modelo Celta 1.0. As taxas, impostos, encargos e demais benefícios e ônus foram considerados conforme a legislação atualmente vigente. ` 48 No modelo financeiro, foi feito exercício de simulações para testar o impacto de mudanças nas variáveis críticas envolvidas. 4.2.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA A pesquisa considera a situação de frota para organizações que possuam frotas de veículos leves acima de 100 veículos, espalhados pelo território nacional, desconsiderando qualquer outro tipo de veículo que não seja carro de passeio (veículo leve). Em relação ao processo do serviço terceirizado, este será prestado através de Central de Atendimento da empresa de terceirização de frotas (Figura 10), efetuando agendamentos de manutenções, troca de pneus, reparos e outros eventos que se fizerem necessários. Figura 10 – Atendimento na Terceirização de Veículos Leves Fonte: Total Fleet S/A – Programa de Terceirização de Frotas ` 49 4.2.3 INSTRUMENTOS DA PESQUISA Os questionários foram usados para coletar informações de especialistas sobre a terceirização. Após tabuladas, as informações serão utilizadas na formatação do modelo e na alimentação dos respectivos dados para se proceder à avaliação econômico-financeira da terceirização. Como forma de provar a validade da hipótese quanto à vantagem econômicofinanceira, será utilizado modelo financeiro envolvendo os fluxos de caixa descontados ao valor presente liquido (VPL) das alternativas. O modelo de avaliação tomará por base uma “fotografia” de valores envolvendo uma situação típica, a qual será definida através das premissas construídas conforme as fontes vistas no item 1 deste Capitulo. Desta forma, será verificado se os serviços terceirizados são mais ou menos vantajosos (financeiramente) quando comparados à operação de uma Frota Própria (compra das montadoras) e ao Leasing Mercantil. O Arrendamento Mercantil ou Leasing Mercantil tem se desenvolvido como uma alternativa para as frotas das empresas, bem como para aquisição de tantos outras maquinas e equipamentos. Assim, tornou-se importante uma avaliação que envolvesse o arrendamento mercantil, alem da opção de frota própria. Em anexo: modelo de questionário, elaborado para entrevistar os especialistas em Terceirização de Frotas, objetivando conhecer a frota de veículos leves pertencentes às empresas (Anexo A) 4.3 FATORES CRÍTICOS PARA DECISÃO DE TERCEIRIZAÇÃO DE FROTA Seguem as variáveis discutidas com especialistas de terceirização, com base em entrevistas tomando como referência o questionário apresentado no Anexo A. Os questionários foram aplicados no período compreendido entre 21/09/2007 a 02/10/2007. A partir da sistematização das respostas encontradas, resultaram as seguintes premissas para o modelo financeiro. ` 1- 50 Preço do carro: valor de tabela definido pela montadora para compra do carro, incluindo valor de acessórios. O critério foi consenso entre os especialistas, e o valor informado pela montadora como preço à vista sugerido ao consumidor(2007), sem descontos, foi de R$ 27.260,00. 2- Desconto na compra: percentual de desconto que pode ser obtido junto à concessionária / montadora no momento da compra do carro. Sendo a margem da concessionária cerca de 20%, e de forma a se elaborar uma análise conservadora, foi considerado o desconto como sendo de 10% do valor do veículo, apesar do acompanhamento de descontos, para esse quantitativo de veículos, ficar atualmente entre 5% e 7% (Hyodo 2007) 3- Frete: valor médio do frete tabelado, cobrado pelas transportadoras de veículos ,é referente ao transporte do carro desde a montadora até os destinos, bem como o retorno deste mesmo carro para a efetivação da venda como usado. A premissa foi consenso entre os especialistas. Não foi incluído percentual de retorno para considerar a venda do veículo num grande centro. A ponderação do frete foi feita a partir da participação no PIB 2005, segundo o IBGE, conforme os dados a seguir : 9% Minas Gerais ao preço de R$ 770,00, 12% Rio de Janeiro ao preço de R$ 770,00, 34% São Paulo ao preço de R$ 770,00, 17% Sul ao preço de R$1590,00, 9% Centro Oeste ao preço de R$ 1610,00, 11% Nordeste ao preço de R$2108,00, 6% Norte ao preço de R$2417,00, 2% Espírito Santo ao preço de R$770,00..Desta forma o valor de frete médio ficou igual a R$1231,00 por veículo. 4- Quilometragem mensal: média mensal de quilômetros rodados pelos carros, apurada em questionário, ou seja, 2000km rodados/ mês . 5- Imposto de renda (IR) : é a taxa média de imposto de renda, calculada em 34% pelos especialistas e aplicada sobre o total das despesas que a empresa recolhe mensalmente, com o imposto de renda adicional e a contribuição social incluídos. O fluxo da alternativa de compra incluiu o benefício fiscal do Imposto de Renda referente à despesa de depreciação do veículo. Os fluxos do Aluguel e do ` 51 Leasing apresentaram o beneficio fiscal do Imposto de Renda da despesa de aluguel/arrendamento. 6- A taxa efetiva utilizada no cálculo do valor presente Líquido. Será utilizada a taxa de aplicação em CDI (Certificado de Deposito Interbancário) anualizada estimada em 11,25% (2007) , de forma a representar taxa de aplicação para grandes empresas. Vale ressaltar que empresas pequenas ou tomadoras de recursos no mercado obterão taxas maiores e deverão utilizar essa taxa na avaliação do seu caso específico. 7- Taxa de depreciação do veículo : Percentual anual médio que exprime a perda de valor do carro durante o período do fluxo de caixa. A quase totalidade das empresas utiliza o percentual de 20% ao ano para depreciação, segundo legislação vigente e pratica de depreciação de ativo. 8- Preparação para Venda: valores gastos para preparar o veículo após sua utilização, de forma a facilitar a venda pelo preço projetado. O valor montou R$ 224,00 e foi baseado na informação de valor médio gasto por veículo pela Localiza Rent a Car (2007). 9- Licenciamento: neste item, foram estimadas as despesas com emplacamento e licenciamento dos carros (IPVA, taxas do DETRAN, despachante, etc.) ao longo do período em que os carros estavam alocados na empresa. A base de cálculo foram os valores e taxas vigentes no Estado do Rio de Janeiro em 2007, ou seja, o equivalente a (por veículo) : IPVA de 5% do preço do veículo, DPVAT R$51,62 , Taxa de Licenciamento de R$110,37, Taxa de Renovação DETRAN de R$9,21, Placa R$20,00 , Licenciamento de R$ 55,00 e Licenciamento de Renovação de R$ 30,00. 10- Manutenção: no custo de manutenção estão incluídas todas as despesas referentes à mão-de-obra e às peças necessárias nas manutenções preventivas e corretivas do carro. Este item também inclui os valores gastos com trocas de óleo, lubrificantes, pneus, etc. As estimativas de custos apresentadas foram baseadas nas recomendações do fabricante (plano de manutenção preventiva), nos custos de ` 52 peças e de mão-de-obra das concessionárias e considerando-se a utilização mensal mencionada em cada um dos quadros do estudo. Para facilitar a análise, está incluída no Caso Base a Tabela de Custo de Manutenção para o Celta 4 portas sem ar onde foram demonstrados valores conforme plano de manutenção do fabricante. A fonte da tabela foi o Grupo Localiza, em 2007. 11- Seguro: este item representou o custo de apólices de seguro que protegem o carro, passageiros, terceiros e bens de terceiros. No estudo, usa-se o valor médio do Prêmio de Seguro de mercado equivalente a 6,5% do valor do veículo na época da contratação. A base da informação foi o Grupo Localiza (2007). 12- Administração: despesas referentes à administração e ao controle da frota, como: o custo de mão-de-obra (salários e encargos) para a realização de controles de custo e de combustível, compra e venda do carro, contratação de seguros e de recursos financeiros, processamento do pagamento de notas fiscais referentes a peças, manutenções, seguros, etc. Também está sendo considerado, neste item, o custo de recursos físicos e de materiais alocados à frota, como espaço físico e equipamentos utilizados pelas áreas de administração e controle. O valor de administração foi obtido conforme questionário aplicado e ficou estipulado em R$ 63 mensais. 13- Venda do carro: valor que dará entrada no caixa, no ato da venda do carro. O valor apurado deverá ser igual ao valor original do carro menos a depreciação, ocorrida durante o período de utilização do carro, que foi de 36 meses.Assim o valor de venda do veículo ao final do período ficou em R$ 15538,00. 14- Possíveis Impactos de Crédito de ICMS: quando uma empresa adquire produtos ou serviços que participam do seu ciclo produtivo, ela costuma pagar ICMS sobre estes produtos, já acrescentados no valor da nota fiscal, e compensar esses valores na apuração final do imposto. Isso pode ocorrer com os carros que participarem de atividades incluídas no ciclo produtivo. Esse valor de dedução representa o crédito de ICMS, que está definido no Artigo 19 da Lei. Entretanto, o credito de ICMS não foi utilizado neste trabalho, em função de que somente os veículos que participam do processo produtivo, na maioria das vezes caminhões, ` possuem este beneficio. Vale 53 ressaltar que o crédito é válido somente para indústrias, pois em outros setores este benefício não existe. Outro ponto importante para a não inclusão desse beneficio para as alternativas de compra e leasing , é que essa compensação é aceita somente em alguns estados da federação e sob condições especiais. 15- Taxa de Leasing: Segundo os especialistas a taxa mais baixa tem sido 1% ao mês. Procedendo-se a uma análise conservadora, esta será a taxa utilizada. 16- Os valores referentes aos preços pelos serviços de terceirização (aluguel) também são os menores do mercado, e foram apurados junto às duas maiores empresas do ramo (2007), ficando num valor de R$ 700,00 para o Celta 4 portas sem ar. 17- Período do Fluxo : tomando por base a opinião dos especialistas, consideramos um “horizonte” de 36 meses para o modelo financeiro de Fluxo de Caixa. 4.4 RESULTADO DO CASO BASE O Caso Base apresenta seus custos baseados nos Fatores Críticos para Decisão de Terceirização de Frota. A seguir, apresentamos os quadros referentes ao modelo aplicado ao caso base. ` 54 Estudo Econômico Financeiro Modelo analisado: 72.000 km em 36 meses Celta 1.0 4 portas sem ar Custos de Licenciamento: Taxa de IPVA: DPVAT Taxas DETRAN - Licenciamento Taxas DETRAN - Renovação Placa Despachante - Licenciamento Despachante - Renovação Custos Econômicos e Financeiros Custo de oportunidade: IGPM: Leasing: Taxa (36 meses) Valor Residual: Prazo: Depreciação contábil: Taxa de imposto de renda: CPMF: Quadro 2 – Estudo Financeiro Fonte: Elaborada pelo autor Custo Médio de Manutenção (R$ ao mês) Seguro Anual (% ao ano) Franquia do Seguro 112,02 6,50% 4,00% 5% 51,62 110,37 9,21 20,00 55,00 30,00 Taxa DETRAN licenciamento: Emplacamento: BIN: Lacração: Cópia autenticada: Soma: 11,25% ao ano = 8,00% ao ano = 0,89% ao mês 0,64% ao mês 12,70% ao ano = 43% 0 meses 0 meses 20,0% ao ano 34,0% (15%IR + 10% IR + 9% Contribuição Social) 0,00% 1,00% ao mês 73,66 9,21 26,00 1,50 110,37 ` Estudo Econômico Financeiro Custos de Administração Administração de R$ / mês Compra de carros Contratação de fretes Financiamento Licenciamento Venda dos carros 6,00 2,00 6,00 2,00 8,00 Manutenção preventiva Revisões Pneus 5,00 2,00 Manutenção corretiva Pane Reboque 2,00 2,00 Cobertura de riscos 6,00 Carro substituto 3,00 Acompanhamento extra-judicial 5,00 Contas a pagar 4,00 Multas de trânsito 2,00 Emissão de relatórios de Carros na frota km rodados Quantidade de manutenções Quantidade de cobertura de riscos Total: Quadro 3 - Custos de Administração Fonte: Elaborada pelo autor 2,00 2,00 2,00 2,00 63,00 55 ` 56 Estudo Econômico Financeiro Demonstrativo dos Valores Referentes ao Veículo Celta 1.0 4 portas sem ar Demonstrativo de Compra Composição do preço do carro: Preço básico Demonstrativo de Licenciamento R$ 27.260,00 R$ Sub-total 10% Desconto Total Acessórios adicionais: Radio, antena, alto-falantes Instalação do rádio Tapetes Sub-total Total Geral Demonstrativo de Frete Participação Destino 9 MG 12 RJ 34 SP 17 Sul 9 Centro 11 Nordeste 6 Norte 2 Espirito Santo 100 Média 0% Retorno para venda do carro 120,00 120,00 Primeiro Ano 5% IPVA DPVAT Taxas DETRAN Despachante Total 1.042,70 51,62 9,21 30,00 1.133,53 Segundo Ano 5% IPVA DPVAT Taxas DETRAN Despachante Total 981,36 51,62 9,21 30,00 1.072,19 Terceiro Ano 5% IPVA DPVAT Taxas DETRAN Despachante Total 858,69 51,62 9,21 30,00 949,52 24.654,00 Origem: Betim, MG Valor 770,00 770,00 770,00 1.590,00 1.610,00 2.108,00 2.417,00 770,00 1.231,00 0,00 Venda do carro após 36 meses: R$ 16.356,00 817,80 15.538,20 Quadro 4 - Demonstrativo dos Valores Referentes ao Veículo Fonte: Elaborada pelo autor 613,35 51,62 110,37 20,00 55,00 850,34 27.260,00 2.726,00 24.534,00 Demonstrativo de Venda Cotação Média Mercado 5% Custo de venda / desconto concedido Valor líquido da venda Licenciamento Inicial 5% ½ IPVA DPVAT Taxas DETRAN Placa Despachante Total ` 57 Exemplo de Exemplo de Custo de Manutenção da Empresa Mão de obra preço público: Valor de Mercado Desconto sobre mão de obra: Valor liquido da mão de obra: Carro Operacional, 1.0 4 portas Custo de Manutenção da Empresa 80,00 Desconto em peças 10,00% Valor de Mercado 5,00% Carro Operacional, 1000cc 4 portas 72,00 Estimativa de consumo Itens de Troca Valor unitário Estimativa de consumo Qtd. por troca Valor total 15.000 30.000 40.000 45.000 50.000 60.000 75.000 80.000 90.000 Revisões programadas: Tempo de execução Valor mão de obra Óleo de motor Óleo de freio Óleo do câmbio Óleo de diferencial Filtro de ar Filtro de óleo Filtro de combustível Filtro anti-pólen Velas Aditivo de radiador Correia do alternador Correia da distribuição Correia da direção Correia do ar condicionado 10,00 8,44 10,00 0,00 11,00 12,50 18,00 0,00 5,00 12,11 26,60 46,00 45,00 0,00 4,00 1,00 1,00 0,00 1,00 1,00 1,00 0,00 4,00 2,00 1,00 1,00 1,00 0,00 38,00 8,02 9,50 0,00 10,45 11,88 17,10 0,00 19,00 23,01 25,27 43,70 42,75 0,00 0,30 1,80 0,30 1,50 0,30 1,80 21,60 38,00 129,60 38,00 21,60 38,00 108,00 38,00 21,60 38,00 129,60 38,00 8,02 9,50 64,00 2,00 56,00 2,00 3.600,00 0,10 53,00 1,00 108,20 1,00 20,00 2,00 68,00 2,00 35,00 1,00 75,00 1,00 90,00 1,00 4.600,00 0,10 Mão-de-Obra Amort.traseiros Caixa de marchas Mão-de-Obra Caixa de marchas Pastilhas de freio Mão-de-Obra Pastilhas de freio Bateria Mão-de-Obra Bateria Lonas de freio Mão-de-Obra Lona de freio Tambores de freio Mão-de-Obra Tambores de freio Colar de embreagem Mão-de-Obra Colar de embreagem Plato de embreagem Mão-de-Obra Plato de embreagem Disco de embreagem Mão-de-Obra Disco de embreagem Motor Mão-de-Obra Motor 11,88 10,45 11,88 17,10 100.000 Valor mão de obra Óleo de motor Óleo de freio Óleo do câmbio 11,88 10,45 11,88 17,10 11,88 Filtro de ar Filtro de óleo Filtro de combustível Filtro anti-pólen 19,00 Velas 23,01 25,27 43,70 42,75 23,01 25,27 43,70 42,75 Aditivo de radiador Correia do alternador Correia da distribuição Correia da direção Correia do ar condicionado 121,60 151,20 106,40 72,00 342,00 252,00 50,35 36,00 102,79 36,00 38,00 108,00 129,20 108,00 33,25 288,00 71,25 0,00 85,50 0,00 437,00 864,00 121,60 151,20 106,40 72,00 Amortecedores dianteiros 10,00 8,44 10,00 0,00 11,00 12,50 18,00 0,00 5,00 12,11 26,60 46,00 45,00 0,00 4,00 1,00 1,00 0,00 1,00 1,00 1,00 0,00 4,00 2,00 1,00 1,00 1,00 0,00 38,00 8,02 9,50 0,00 10,45 11,88 17,10 0,00 19,00 23,01 25,27 43,70 42,75 0,00 64,00 2,00 56,00 2,00 121,60 151,20 106,40 72,00 342,00 252,00 50,35 36,00 102,79 36,00 38,00 108,00 129,20 108,00 33,25 288,00 71,25 0,00 85,50 0,00 437,00 864,00 Mão-de-Obra Amort.dianteiros Amortecedores traseiros Mão-de-Obra Amort.traseiros Caixa de marchas 3.600,00 0,10 53,00 1,00 108,20 1,00 20,00 2,00 68,00 2,00 35,00 1,00 75,00 1,00 Mão-de-Obra Caixa de marchas 50,35 36,00 50,35 36,00 50,35 36,00 50,35 36,00 102,79 36,00 38,00 108,00 129,20 108,00 38,00 108,00 50,35 36,00 50,35 36,00 Pastilhas de freio Mão-de-Obra Pastilhas de freio Bateria Mão-de-Obra Bateria 38,00 108,00 Lonas de freio Mão-de-Obra Lona de freio Tambores de freio Mão-de-Obra Tambores de freio 33,25 288,00 71,25 0,00 85,50 0,00 33,25 288,00 71,25 0,00 85,50 0,00 Colar de embreagem Mão-de-Obra Colar de embreagem Plato de embreagem Mão-de-Obra Plato de embreagem Disco de embreagem 90,00 1,00 4.600,00 0,10 90,00 4,00 Mão-de-Obra Disco de embreagem 437,00 864,00 Pneus Pneus 155/80R13 Mão-de-Obra Pneus Qtd. por troca Valor total 105.000 120.000 135.000 150.000 0,30 1,50 0,30 1,80 160.000 165.000 0,30 180.000 1,50 21,60 38,00 108,00 38,00 21,60 38,00 129,60 38,00 21,60 38,00 108,00 38,00 8,02 9,50 11,88 10,45 11,88 17,10 11,88 10,45 11,88 17,10 11,88 9,50 19,00 10,45 11,88 17,10 19,00 23,01 25,27 43,70 42,75 23,01 25,27 43,70 42,75 Manutenção preventiva: Mão-de-Obra Amort.dianteiros Amortecedores traseiros Valor unitário Tempo de execução Óleo de diferencial 10,45 11,88 17,10 Manutenção preventiva: Amortecedores dianteiros Itens de Troca Revisões programadas: Motor Mão-de-Obra Motor 121,60 151,20 106,40 72,00 342,00 252,00 121,60 151,20 106,40 72,00 50,35 36,00 50,35 36,00 102,79 36,00 38,00 108,00 129,20 108,00 33,25 288,00 71,25 0,00 85,50 0,00 50,35 36,00 50,35 36,00 50,35 36,00 38,00 108,00 50,35 36,00 102,79 36,00 38,00 108,00 129,20 108,00 33,25 288,00 71,25 0,00 85,50 0,00 437,00 864,00 Pneus 90,00 4,00 360,00 0,00 Total de mão de obra: Total de peças: Total de pneus: Sub-total: Manutenção corretiva: Total do custo de manutenção: Total acumulado: 360,00 0,00 57,60 100,23 0,00 157,83 23,04 180,87 180,87 273,60 165,78 360,00 799,38 116,71 916,08 1.096,95 360,00 0,00 288,00 190,00 0,00 478,00 69,79 547,79 1.644,74 Quadro 5 – Custo de Manutenção da Empresa Fonte: Elaborada pelo autor 57,60 234,95 0,00 292,55 42,71 335,27 1.980,01 223,20 228,00 0,00 451,20 65,88 517,08 2.497,08 396,00 426,27 360,00 1.182,27 172,61 1.354,88 3.851,96 360,00 0,00 57,60 100,23 0,00 157,83 23,04 180,87 4.032,82 288,00 190,00 0,00 478,00 69,79 547,79 4.580,61 1.137,60 745,52 360,00 2.243,12 327,50 2.570,62 7.151,23 Pneus 155/80R13 Mão-de-Obra Pneus Total de mão de obra: Total de peças: Total de pneus: Sub-total: Manutenção corretiva: Total do custo de manutenção: Total acumulado: 360,00 0,00 360,00 0,00 475,20 570,00 0,00 1.045,20 152,60 1.197,80 8.349,03 57,60 100,23 0,00 157,83 23,04 180,87 8.529,90 684,00 616,27 360,00 1.660,27 242,40 1.902,66 10.432,56 360,00 0,00 57,60 234,95 0,00 292,55 42,71 335,27 10.767,83 496,80 393,78 360,00 1.250,58 182,58 1.433,16 12.200,99 360,00 0,00 288,00 190,00 0,00 478,00 69,79 547,79 12.748,77 57,60 100,23 0,00 157,83 23,04 180,87 12.929,64 1.260,00 1.006,01 360,00 2.626,01 383,40 3.009,41 15.939,05 ` 58 Estudo Econômico Financeiro Anexo A1: Fluxo de Caixa (Análise em R$) Modelo do carro: Celta 1.0 4 portas sem ar Aluguel mensal: R$700 2.000 km/mês Comparação entre custos da empresa (compra) e sistema de terceirização de frota Mês DESPESAS: Compra Frete Licenciamento Manutenção Seguro Administração Venda do Carro CPMF Redução do IR Total 0 1 2 3 4 5 -24.654 -1.231 -850 0 -1.738 -63 0 0 901 -27.635 0 0 0 -112 0 -63 0 0 206 31 0 0 0 -112 0 -63 0 0 206 31 0 0 0 -112 0 -63 0 0 206 31 0 0 0 -112 0 -63 0 0 206 31 0 0 0 -112 0 -63 0 0 206 31 0 0 0 0 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -27.635 493 493 493 0 -429 -429 ALUGUEL DE FROTA CPMF Redução do IR Total DIFERENÇA: Depreciação Mês 6 7 8 9 10 11 0 0 -1.178 -112 0 -63 0 0 606 -747 0 0 0 -112 0 -63 0 0 206 31 0 0 0 -112 0 -63 0 0 206 31 0 0 0 -112 0 -63 0 0 206 31 0 0 0 -112 0 -63 0 0 206 31 0 0 0 -112 0 -63 0 0 206 31 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 493 493 -285 493 493 493 -429 -429 -429 -429 -429 -429 24 12 13 14 15 16 17 18 0 0 0 -112 -1.651 -63 0 0 767 -1.059 0 0 0 -121 0 -68 0 0 210 21 0 0 0 -121 0 -68 0 0 210 21 0 0 0 -121 0 -68 0 0 210 21 0 0 0 -121 0 -68 0 0 210 21 0 0 0 -121 0 -68 0 0 210 21 0 0 -1.203 -121 0 -68 0 0 619 -773 0 0 0 -121 0 -68 0 0 210 21 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 493 493 -597 520 520 520 520 520 -274 520 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 30 37 20 21 22 23 25 26 27 28 29 31 32 33 34 35 36 DESPESAS: Compra Frete Licenciamento Manutenção Seguro Sinistro Administração Venda do Carro CPMF Redução do IR Total 0 0 0 -121 0 0 -68 0 0 210 21 0 0 0 -121 0 0 -68 0 0 210 21 0 0 0 -121 0 0 -68 0 0 210 21 0 0 0 -121 0 0 -68 0 0 210 21 0 0 0 -121 -1.486 0 -68 0 0 715 -960 0 0 0 -131 0 0 -73 0 0 215 11 0 0 0 -131 0 0 -73 0 0 215 11 0 0 0 -131 0 0 -73 0 0 215 11 0 0 0 -131 0 0 -73 0 0 215 11 0 0 0 -131 0 0 -73 0 0 215 11 0 0 -1.151 -131 0 0 -73 0 0 607 -748 0 0 0 -131 0 0 -73 0 0 215 11 0 0 0 -131 0 0 -73 0 0 215 11 0 0 0 -131 0 0 -73 0 0 215 11 0 0 0 -131 0 0 -73 0 0 215 11 0 0 0 -131 0 0 -73 0 0 215 11 0 0 0 -131 0 0 -73 0 0 215 11 0 0 0 -224 0 0 -73 15.538 0 -1.637 13.604 -20.947 ALUGUEL DE FROTA CPMF Redução do IR Total -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 0 0 0 0 -15.252 520 520 520 520 -461 550 550 550 550 550 -209 550 550 550 550 550 550 13.604 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 -429 DIFERENÇA: Depreciação Quadro 6 – Fluxo de Caixa de Compra versus Terceirização Fonte: Elaborada pelo autor NPV -5.695 19 ` 59 Estudo Econômico Financeiro Anexo A1: Fluxo de Caixa (Análise em R$) Modelo do carro: Celta 1.0 4 portas sem ar Aluguel mensal: R$700 2.000 km/mês Comparação entre custos da empresa (Leasing) e sistema de terceirização de frota Mês DESPESAS: LEASING Frete Licenciamento Manutenção Seguro Administração Venda do Carro CPMF Redução do IR Total 0 1 2 3 4 5 7 8 9 10 11 13 14 15 16 17 0 -1.231 -850 0 -1.738 -63 0 0 901 -2.981 -475 0 0 -112 0 -63 0 0 221 -429 -475 0 0 -112 0 -63 0 0 221 -429 -475 0 0 -112 0 -63 0 0 221 -429 -475 0 0 -112 0 -63 0 0 221 -429 -475 0 0 -112 0 -63 0 0 221 -429 -475 0 -1.178 -112 0 -63 0 0 622 -1.206 -475 0 0 -112 0 -63 0 0 221 -429 -475 0 0 -112 0 -63 0 0 221 -429 -475 0 0 -112 0 -63 0 0 221 -429 -475 0 0 -112 0 -63 0 0 221 -429 -475 0 0 -112 0 -63 0 0 221 -429 -475 0 0 -112 -1.651 -63 0 0 782 -1.519 -513 0 0 -121 0 -68 0 0 239 -463 -513 0 0 -121 0 -68 0 0 239 -463 -513 0 0 -121 0 -68 0 0 239 -463 -513 0 0 -121 0 -68 0 0 239 -463 -513 0 0 -121 0 -68 0 0 239 -463 -513 0 -1.203 -121 0 -68 0 0 648 -1.257 -513 0 0 -121 0 -68 0 0 239 -463 0 0 0 0 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -700 0 238 -462 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -2.981 33 33 33 33 33 -744 33 33 33 33 33 -1.057 36 36 36 36 36 -758 36 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ALUGUEL DE FROTA CPMF Redução do IR Total DIFERENÇA: Depreciação Mês 20 21 22 23 25 26 27 28 29 31 32 33 34 35 36 -513 0 0 -121 0 0 -68 0 0 239 -463 -513 0 0 -121 0 0 -68 0 0 239 -463 -513 0 0 -121 0 0 -68 0 0 239 -463 -513 0 0 -121 -1.486 0 -68 0 0 744 -1.444 -554 0 0 -131 0 0 -73 0 0 258 -500 -554 0 0 -131 0 0 -73 0 0 258 -500 -554 0 0 -131 0 0 -73 0 0 258 -500 -554 0 0 -131 0 0 -73 0 0 258 -500 -554 0 0 -131 0 0 -73 0 0 258 -500 -554 0 -1.151 -131 0 0 -73 0 0 649 -1.260 -554 0 0 -131 0 0 -73 0 0 258 -500 -554 0 0 -131 0 0 -73 0 0 258 -500 -554 0 0 -131 0 0 -73 0 0 258 -500 -554 0 0 -131 0 0 -73 0 0 258 -500 -554 0 0 -131 0 0 -73 0 0 258 -500 -554 0 0 -131 0 0 -73 0 0 258 -500 -15.175 0 0 -224 0 0 -73 15.538 0 61 127 -20.816 ALUGUEL DE FROTA CPMF Redução do IR Total -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -756 0 257 -499 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 -816 0 278 -539 0 0 0 0 -15.252 36 36 36 36 -945 39 39 39 39 39 -721 39 39 39 39 39 39 127 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Quadro 7 – Fluxo de Caixa de Leasing versus Terceirização Fonte: Elaborada pelo autor 37 18 -513 0 0 -121 0 0 -68 0 0 239 -463 Depreciação 30 12 DESPESAS: LEASING Frete Licenciamento Manutenção Seguro Sinistro Administração Venda do Carro CPMF Redução do IR Total DIFERENÇA: 24 6 NPV -5.564 19 ` 60 Seguem, abaixo, Resultados do Modelo Financeiro da Pesquisa aplicados ao Caso Base: • Terceirização x Compra -> R$ 5695,00 de economia por veículo, favorável à terceirização, equivalente a 20,9% do preço sugerido do veículo (R$27.260,00) • Terceirização x Leasing -> R$ 5277,00 de economia por veículo, .favorável à terceirização, equivalente a 19,4% do preço sugerido do veículo (R$27.260,00) 4.5 SIMULAÇÕES DE CENÁRIOS Para afiançar os resultados favoráveis obtidos no Caso Base frente à possibilidade de flutuação no comportamento de algumas variáveis críticas, segundo especialistas, são efetuadas quatro simulações, com as quais buscamos testar a viabilidade da Terceirização, pois as variáveis são alteradas de forma a beneficiar as alternativas de frota própria e leasing. 1-Flutuação da Taxa de Leasing com redução em 50% da taxa. Trata-se de uma variável importante em função das possíveis oscilações do mercado brasileiro, o qual também pode sofrer influências provenientes do mercado externo. 2-Aumento do Desconto da Montadora, passando de 10% para 20%. Essa simulação levou em consideração que a empresa pode ter acesso a condições de aquisição especiais em determinados momentos, em função de qualquer situação favorável junto ao mercado automobilístico. 3-Queda no Custo de Administração, com redução de 50%. Algumas empresas tem a possibilidade de transferir determinados encargos administrativos da frota para seus usuários, para reduzir despesas. 4-Conjugação das simulações, de forma a verificar o que aconteceria se todos os efeitos fossem aplicados em conjunto. ` 61 4.6 RESULTADOS DAS SIMULAÇÕES 1- Flutuação da Taxa de Leasing - Redução em 50% da taxa • Terceirização x Leasing -> R$ 3297,00 de economia por veículo favorável à terceirização, equivalente a 12,1% do preço sugerido do veículo (R$27.260,00) 2-Aumento do Desconto da Montadora - Passando de 10% para 20%. • Terceirização x Compra -> R$ 3154,00 de economia por veículo favorável à terceirização, equivalente a 11,6% do preço sugerido do veículo (R$27.260,00) • Terceirização x Leasing -> R$ 2837,00 de economia por veículo favorável à terceirização, equivalente a 10,4% do preço sugerido do veículo (R$27.260,00) 3-Queda no Custo de Administração. Redução de 50%. • Terceirização x Compra -> R$ 4963,00 de economia por veículo favorável à terceirização, equivalente a 18,2% do preço sugerido do veículo (R$27.260,00) • Terceirização x Leasing -> R$ 4563,00 de economia por veículo favorável à terceirização, equivalente a 16,7% do preço sugerido do veículo (R$27.260,00) 4- 50% de redução na taxa de leasing, desconto da montadora igual a 20%, e 50% de queda no custo de administração. • Terceirização x Compra -> R$ 2427,00 de economia por veículo favorável à terceirização, equivalente a 8,9% do preço sugerido do veículo (R$27.260,00) • Terceirização x Leasing -> R$ 331,00 de economia por veículo favorável à terceirização, equivalente a 1,1% do preço sugerido do veículo (R$27.260,00) ` 62 No item 4 ficou evidente que o ganho frente ao leasing significa, na prática, um empate técnico . Assim, a vantagem na adoção da Terceirização de Frota neste caso estaria ligada ao foco no negócio principal da organização. ` 63 5 CONCLUSÃO E INDICAÇÕES PARA PESQUISAS FUTURAS A geração da vantagem financeira a favor da Terceirização de Frotas, frente à Frota Própria e ao Leasing Mercantil, dados os padrões de modelagem adotados, ficou evidente na pesquisa. No caso da analise frente à Frota Própria, significou uma economia equivalente a 20,9% do preço de compra sugerido da frota, e, no caso da análise frente ao Leasing significou uma economia equivalente a 19,4% do preço de compra sugerido da frota. Tendo em vista as simulações efetuadas com variação de premissas, verificamos que, apesar da variação dos parâmetros escolhidos, a Terceirização de Frotas se manteve atrativa, sendo que numa das alternativas de comparação com o Leasing (redução de 50% da taxa de leasing, desconto de 20% no preço sugerido concedido pela montadora e queda nos custos de administração de frota própria em 50%) houve um empate técnico, com uma de economia equivalente a 1,1% do preço de compra sugerido da frota. Nos casos de empate técnico ressaltamos a importância do ganho de produtividade administrativa, que gera um menor esforço corporativo para lidar com o detalhamento inerente a essa atividade, visto que não é a atividade fim da empresa. A mudança de posição, de executor da atividade para usuário do serviço, possibilita às empresas focar na obtenção de menores custos e libera a organização para tratar de suas prioridades, ou seja, seu negócio (seu mercado, seu cliente e sua operação), conforme verificado em nossa revisão de literatura. Verificamos no processo de Terceirização de Frotas, que as organizações também começam a contar com assessoria de especialistas (fornecedores da Terceirização), e, conseqüentemente podem receber orientações de forma a buscar maximização da sua economia com o processo. Pois, as empresas de terceirização podem propiciar melhorias contínuas, podendo repassar ganhos de produtividade aos clientes, através de possíveis ganhos junto a seus fornecedores, bem como através de possíveis melhoria dos controles . Pois, conhecendo melhor o uso da frota , existe possibilidade de se adotar mudanças que levam a ganhos de produtividade. ` 64 Nesta análise, observar-se que a empresa de Terceirização possui vantagens frente às demais organizações do mercado, como, por exemplo, a aquisição de grandes volumes de veículos para atender a seus diversos clientes, ganhando com isso mais poder para negociar preços (efeito volume). Algumas locadoras, inclusive, possuem operações de Terceirização de Frota e de locação tradicional; portanto, têm um poder de negociação maior junto à indústria automobilística. As organizações normalmente ficam restritas a sua quantidade de veículos, o que, geralmente, indica um poder de negociação mais limitado. Outro ponto importante a se observar é que atualmente as empresas de Terceirização de Frotas possuem benefício de não recolher ICMS na compra dos seus veículos, situação que as coloca em grande vantagem na competição com as demais alternativas de frota analisadas. Observamos que não são apenas as organizações que tem ganhos com a terceirização de suas frotas, mas a sociedade em geral, a partir da criação de novas entidades geradoras de tributos, de conhecimento e de novos empregos. Assim, verifica-se que a Hipótese deste trabalho está validada pela pesquisa. Como indicação para trabalhos futuros, ressalta-se a oportunidade de avaliação da terceirização de: • frotas de veículos pesados (caminhões, tratores, entre outros); • outros tipos de equipamentos (máquinas industriais,por exemplo) • outras modalidades de transporte (lanchas, navios, vagões, locomotivas, entre outros); e • outros tipos de serviços (Centrais de Atendimento, Manutenção Especializada, por exemplo). • verificação empírica para custo de capital ` 65 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AAKER, David A. Administração estratégica de mercado. 5. ed. Porto Alegre: Bookrnan, 2001. ABLA. Dados. Disponível em: http://www.abla.com.br/site/historia.aspx. Acesso em 23 dez 2006. ABRAMCZUK, A. A. 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ANEXOS ANEXO A - Questionário QUESTIONÁRIO: Data: Nome: Referência do Especialista: Assinatura: Perguntas : 1- Como saber qual é o modelo de veículo de maior incidência na frota das empresas? 2- Quais os equipamentos mais utilizados pelos veículos que atendem às empresas ? 3- Para o modelo de maior incidência, como saber o seu custo de manutenção? 4 - Para o modelo de maior incidência, como saber o custo do seguro? 5- Qual a melhor Km para se considerar a vida útil dos pneus ? 6- Como saber o custo dos pneus? 7 – A partir de que volume de frota começamos a ter complexidade de administração e ganhos relevantes de produtividade junto as montadoras? 8 – Qual o desconto percentual médio em oficinas para 73 frotistas? 9 – Quais as formas mais utilizadas pelas empresas para utilização de frota? 10 – Qual o custo administrativo de se ter uma frota própria? 11– Como as empresas administram atualmente a substituição de veículos em caso de roubo/furto/sinistro? 12 – Qual a melhor fonte de informação para o preço de revenda do veículo usado? 13 – Qual a melhor fonte de informação para o preço do veículo novo? 14 – Qual o desconto médio para uma frota de cerca de 100 veículos nas maiores montadoras do país? 15– Como encontrar e calcular o valor de frete do veículo novo ? 16– Qual a Km media mensal dos veículos utilizados pelas empresas ? 17– Qual a depreciação contábil anual dos veículos leves ? 18- Como encontrar o custo de preparação para venda do veículo usado? 19- Qual a situação de ICMS para a compra de veículos e a terceirização de frotas? 20- Quais são a taxa e as condições de leasing para uma frota de 100 veículos ? Fonte: Elaborado pelo autor