I Simpósio de Pesquisa e
V SEMIC – Seminário de Iniciação Científica da UNIFENAS
Realizado nos dias 04, 05 e 06 de outubro de 2006
USO DE SUSPENSÃO DE QUEFIR EM ULTRADILUIÇÃO NO CONTROLE
MICROBIOLÓGICO DA PRODUÇÃO DE ÁLCOOL DE CANA-DE-AÇÚCAR
(SACCHARUM SP )
LUCIANO, Enio Silva*; SILVA, José Maurício Schneedorf F.**; FIORINI, João Evangelista***;
VENÂNCIO, Elias Mateus****; PEREIRA, Maria Aparecida****
A agroenergia tornou-se uma tema importante à economia e desenvolvimento do país com
merecidas atenções ao setor sucroalcooleiro. Além do álcool combustível, muitas usinas se mantêm
auto-suficientes em energia, com um rendimento líquido positivo, apenas com a queima do bagaço
da cana-de-açúcar (Saccharum sp ) aquecendo as caldeiras. O processo de fermentação alcóolica, a
partir da cana-de-açúcar, sofre interferência de vários microorganismos contaminantes presentes
desde a entrada da matéria prima, já contaminada na lavoura, até os processamentos finais do
açúcar e do álcool, pois as condições de pH, temperatura e disponibilidade de nutrientes são
bastante favoráveis. O único microorganismo normalmente utilizado pelas usinas para a
fermentação da sacarose é a levedura Saccharomices cerevisae. A preocupação com as bactérias
contaminantes presentes durante a fermentação está em evitar a produção de metabólitos que não
seja o etanol. Dentre outros, os Lactobacillus e Bacillus interferem na fermentação resultando
compostos como os ácidos acético e lático. Normalmente, o controle dos contaminates é feito por
meios de tratamento térmico, ácido sulfúrico e alguns métodos de assepsia e desinfecção, como a
lavagem das moendas e aplicação de vapor. Quando se adiciona antibióticos no mosto fermentado,
é importante manter a viabilidade das leveduras para no caso de reciclagem das mesmas e para
garantir uma boa fermentação. O objetivo deste projeto é avaliar a capacidade inibitória da
suspensão de quefir, um conjunto simbiôntico de bactérias e leveduras, fermentado por 48h em
solução de açúcar mascavo orgânico, sobre algumas bactérias contaminantes presentes na
fermentação alcoólica da cana-de-açúcar. Os discos utilizados para o antibiograma foram saturados
em 50µl e secos em estufa de 45ºC, repetindo o procedimento até atingir o volume desejado em
cada disco, que foram de 50, 100, 150, 200, 300 e 400µl. Foram utilizados os mesmos volumes para
a técnica de poço. Na difusão em disco, foi utilizado o ágar Müller Hinton para o antibiograma, e na
técnica de poço o mesmo meio sobre uma fina camada de ágar-ágar. O repique de Bacillus subtillis
foi feito em ágar BHI. O sistema foi incubado por 24 horas à 35,5°C, com seis repetições. Os
resultados obtidos nos ensaios, indicaram ausência de inibição em qualquer das concentrações
utilizadas para Bacillus subtillis, uma das principais bactérias contaminantes na fermentação
alcóolica industrial. Estes resultados são preliminares, sendo que, será avaliado o poder inibitório do
quefir sobre outros gêneros de bactérias.
Palavras-chaves: 1) fermentação 2) quefir 3) contaminação
* Acadêmico da Faculdade de Agronomia - Bolsista da FAPEMIG
** Orientador, Professor de Bioquímica
*** Co-Orientador
**** Colaboradores e Técnicos do Laborotório de Biologia e Fisiologia de Microrganismos
Fonte Financiadora: FAPEMIG
Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS
Coordenação de Pesquisa e Pós -graduação – Rodovia MG 179 Km 0 – Alfenas – MG
e-mail: [email protected] - www.unifenas.br/pesquisa
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