RISSA RAMOS COSTA VERIFICAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DAS ROTULAGENS DE COSMÉTICOS COMERCIALIZADOS NO BRASIL ÀS NECESSIDADES DO USUÁRIO, CONSIDERANDO A POPULAÇÃO ESTUDADA, E À LEGISLAÇÃO VIGENTE. Monografia apresentada ao curso de graduação em Farmácia da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Farmácia. Orientador: Msc. Kélia Xavier Resende Vasconcelos Brasília 2012 Monografia de autoria de Rissa Ramos Costa, intitulada “VERIFICAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DAS ROTULAGENS DE COSMÉTICOS COMERCIALIZADOS NO BRASIL ÀS NECESSIDADES DO USUÁRIO, CONSIDERANDO A POPULAÇÃO ESTUDADA, E À LEGISLAÇÃO VIGENTE”, apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Farmácia da Universidade Católica de Brasília, em 14/06/2012, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: _____________________________________________ Prof. Msc. Kélia Xavier Resende Vasconcelos Orientadora (Farmácia/Graduação) – UCB ____________________________________________ Prof. Esp. Helen Cristina Freitas Torres (Farmácia/Graduação) – UCB ____________________________________________ Prof. Msc. Adriana Cardoso Furtado Jacó de Oliveira (Farmácia/Graduação) – UCB Brasília 2012 AGRADECIMENTO À Deus, pela sabedoria, força e paciência que me foram dadas. À minha família, que me ensinou sobre o sentido do amor e da vida, e pela oportunidade de estar concretizando um ensino superior. Ao Giotto Venturini Júnior, uma pessoa extremamente companheira e amiga. Meu maior incentivador durante todos esses anos. Obrigada, meu amor, pelo constante apoio e carinho. À minha amiga Larissa Lucena Pereira, que percorreu esse longo caminho ao meu lado. Obrigada pela força e principalmente pelas risadas. À professora Kélia Xavier Resende Vasconcelos, por ter me orientado com excelência e dedicação, e por ser essa pessoa tão delicada e atenciosa. RESUMO COSTA, Rissa Ramos. Verificação da adequação das rotulagens de cosméticos comercializados no Brasil às necessidades do usuário, considerando a população estudada, e à legislação vigente. 2012. 84 f. Monografia (Graduação em Farmácia). Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2012. O objetivo desta pesquisa foi analisar se os rótulos de cosméticos comercializados no País, elaborados de acordo com a legislação vigente, estão adequados às necessidades do usuário. Foi realizado um estudo transversal por meio de uma pesquisa de campo que teve como instrumento principal a aplicação do questionário. O questionário, com 16 questões, abordou a concepção do usuário quanto ao que é cosmético e sua relação de consumo com o mesmo, envolvendo principalmente, hábitos de compra, rotulagem e embalagem. O questionário foi aplicado a estudantes de 25 cursos regulares de graduação da Universidade Católica de Brasília, no período de 20 de fevereiro a 09 de março de 2012, em dias letivos, nos períodos matutino, vespertino e noturno. Ao todo, participaram do estudo 308 voluntários, sendo 170 mulheres e 138 homens. Este estudo mostrou que a população estudada não soube definir adequadamente o que é cosmético, não está completamente consciente dos riscos à saúde associados ao uso de cosméticos, bem como não conhece os principais itens que devem estar presentes nos rótulos, dando pouco valor a essa fonte de informação. O estudo evidenciou, ainda, que rótulos de cosméticos, mesmo estando em harmonia com a legislação vigente, não estão adequados para fornecer as informações necessárias aos usuários quanto à forma de uso, indicação e ocorrência de reações adversas, indicando a necessidade de modificações, especialmente na legislação vigente, para que possa proteger o consumidor nessa relação de consumo. Palavras-chave: Cosmético. Rotulagem. Consumo de cosméticos. História da cosmetologia. Psicologia e consumo. Qualidade. ABSTRACT COSTA, Rissa Ramos. Verification of the appropriateness of the labeling of cosmetics marketed in Brazil to user needs, considering the population studied, and the law. 2012. 84 f. Monografia (Graduação em Farmácia). Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2012. The objective of this research was to examine whether the labels of cosmetics marketed in the country, prepared in accordance with current legislation, are appropriate to the needs of the user. Was carried out a cross-sectional study through a research field that was the main instrument the questionnaire application. The questionnaire with 16 questions, addressed the design of the user as to what is cosmetic and its relationship with the same consumption, involving mainly, buying habits, labeling and packaging. The questionnaire was administered to students in 25 undergraduate regular courses at the Catholic University of Brasilia, in the period from February 20 to March 9, 2012, on school days, in the morning, afternoon and evening. In all, 308 volunteers participated in the study, 170 women and 138 men. This study showed that the population was unable to properly define what is cosmetic, not fully aware of the health risks associated with the use of cosmetics, and do not know the main items that must be present on the labels, giving little value to this source information. The study showed also that the labels of cosmetics, even being in harmony with the law, are not adequate to provide the necessary information to users on how to use, indications and adverse reactions, indicating the need for change, especially current legislation, so you can protect the consumer in the consumption process. Keywords: Cosmetic. Labeling. Consumption of Cosmetic. History of Cosmetology. Psychology and Consumption. Quality. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Símbolo indicativo de pós-abertura. ....................................................................... 20 Figura 2 – Símbolo indicativo de que há um folheto informativo............................................ 20 Figura 3 - Exemplo de código de barras. .................................................................................. 21 Figura 4 – Proposta de modelo de bula cosmética. .................................................................. 71 Gráfico 1 – Questão 01: O que é cosmético para você? ........................................................... 27 Gráfico 2 - O que é cosmético para você? ................................................................................ 28 Gráfico 3 – Itens mais marcados da Questão 02. ..................................................................... 31 Gráfico 4 – Questão 03: Onde você compra os seus cosméticos? ........................................... 33 Gráfico 5 – Questão 04: Como você decide qual cosmético comprar? .................................... 36 Gráfico 6 – Questão 05: Se você compra produtos por meio de revistinhas, qual o seu método de escolha? ................................................................................................................................ 38 Gráfico 7 – Questão 06: Antes de comprar um produto cosmético, você lê o rótulo? ............. 41 Gráfico 8 – Questão 06: Se você lê o rótulo, que informações você procura nele? ................. 43 Gráfico 9 – Questão 07: Quando o produto vem com o folheto informativo, você: ................ 46 Gráfico 10 – Questão 08: Que tipo de informação consta nos folhetos informativos que você já leu?........................................................................................................................................ 47 Gráfico 11 – Questão 09: Quando seu produto cosmético vem embalado em uma caixinha ou um saquinho, você: ................................................................................................................... 50 Gráfico 12 – Questão 10: Como você determina a forma de usar o produto? ......................... 52 Gráfico 13 – Questão 13: Você acha que cosméticos podem causar algum dano à sua saúde?57 Gráfico 14 – Questão 14: Você já ligou para o SAC? .............................................................. 59 Gráfico 15 - Se sim, foi para: ................................................................................................... 60 Gráfico 16 – Questão 15: Você já teve algum efeito adverso ao usar um produto cosmético? 61 Gráfico 17 – Questão 15: Se sim, que tipo de efeito adverso você teve? ................................. 63 Gráfico 18 – Questão 15: Ao apresentar o efeito adverso, você: ............................................. 65 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Itens necessários de acordo com a embalagem. ...................................................... 19 Tabela 2 – População estudada separada por sexo. .................................................................. 24 Tabela 3 – Questão 01: O que é cosmético para você? (você pode marcar uma ou mais alternativas) .............................................................................................................................. 26 Tabela 5 – Questão 02: Marque com um “x” os produtos que você considera cosméticos. .... 29 Tabela 6 – Questão 02: Marque com um “x” os produtos que você considera cosméticos. .... 30 Tabela 7 – Questão 02: Marque com um “x” os produtos que você considera cosméticos. .... 30 Tabela 8 – Questão 03: Onde você compra os seus cosméticos? (você pode marcar uma ou mais alternativas) ...................................................................................................................... 32 Tabela 9 – Questão 04: Como você decide qual cosmético vai comprar? ............................... 34 Tabela 10 – Questão 04: Como você decide qual cosmético comprar? ................................... 35 Tabela 11 – Questão 05: Se você compra produtos por meio de revistinhas (AVON, NATURA, BOTICÁRIO entre outros), qual o seu método de escolha? .................................. 37 Tabela 12 – Questão 06: Antes de comprar um produto cosmético, você lê o rótulo? ............. 40 Tabela 13 – Se você lê o rótulo, que informações você procura nele? ..................................... 41 Tabela 14 - Se você lê o rótulo, que informações procura nele? .............................................. 42 Tabela 15 – Questão 07: Quando o produto vem como o folheto informativo, você: .............. 45 Tabela 16 – Questão 08: Que tipo de informação consta nos folhetos informativos que você já leu? ........................................................................................................................................... 46 Tabela 17 – Questão 09: Quando o seu produto cosmético vem embalado em uma caixinha ou um saquinho, você: ................................................................................................................... 49 Tabela 18 – Questão 10: Como você determina a forma de usar o produto (por exemplo, quanto usar, em que hora do dia, quantas vezes por dia)? ........................................................ 51 Tabela 19 – Questão 11: Você acha que as informações contidas nos rótulos dos cosméticos que você usa são suficientes para que você o utilize de forma adequada? ............................... 52 Tabela 20 – Questão 12: Você acha que as informações contidas nos rótulos dos cosméticos que você usa são suficientes para tirar todas as suas dúvidas quanto ao uso do produto? ....... 53 Tabela 21 – Se não, você pode citar pelo menos uma informação que você já procurou e não encontrou no rótulo? ................................................................................................................. 53 Tabela 22 – Se não, você pode citar pelo menos uma informação que você já procurou e não encontrou no rótulo? ................................................................................................................ 54 Tabela 23 – Se não, você pode citar pelo menos uma informação que você já procurou e não encontrou no rótulo? ................................................................................................................. 55 Tabela 24 – Se não, você pode citar pelo menos uma informação que você já procurou e não encontrou no rótulo? ................................................................................................................. 55 Tabela 25 – Questão 13: Você acha que cosméticos podem causar algum dano à sua saúde? . 57 Tabela 26 – Questão 14: Você já ligou para o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor)? .................................................................................................................................................. 58 Tabela 27 – Se sim, foi para: .................................................................................................... 59 Tabela 28 – Questão 15: Você já teve algum efeito adverso (efeito colateral) ao usar um produto cosmético? ................................................................................................................... 60 Tabela 29 – Se sim, que tipo de efeito adverso você teve? ...................................................... 62 Tabela 30 – Se sim, você acha que poderia ser evitado se você tivesse lido com atenção o folheto informativo ou o rótulo? ............................................................................................... 63 Tabela 31 - Ao apresentar o efeito adverso, você: .................................................................... 64 Tabela 32 – Questão 16: Da lista abaixo, marque com um “x” os produtos que você costuma usar: .......................................................................................................................................... 66 Tabela 33 - Questão 16: Da lista abaixo, marque com um “x” os produtos que você costuma usar: .......................................................................................................................................... 67 Tabela 34 - Questão 16: Da lista abaixo, marque com um “x” os produtos que você costuma usar: .......................................................................................................................................... 68 Tabela 35 - Questão 16: Da lista abaixo, marque com um “x” os produtos que você costuma usar: .......................................................................................................................................... 69 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 10 2 OBJETIVOS ................................................................................................................................ 12 2.1. OBJETIVO GERAL .................................................................................................................. 12 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................................................... 12 3 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................................... 13 3.1 EVOLUÇÃO DA COSMETOLOGIA E DO MERCADO DE COSMÉTICOS .................. 13 3.2 ASPECTOS RELACIONADOS À EMBALAGEM E ROTULAGEM DE COSMÉTICOS ...............................................................................................................................................15 3.3 ROTULAGEM ...................................................................................................................... 16 3.4 REGULAMENTAÇÃO NORMATIVA ................................................................................ 18 3.5 ESTUDO TRANSVERSAL.................................................................................................. 23 4 MÉTODOS .................................................................................................................................. 24 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................. 26 6 CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 73 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 74 APÊNDICE ................................................................................................................................... 80 ANEXOS ....................................................................................................................................... 84 ANEXO I ............................................................................................................................... 84 ANEXO II .............................................................................................................................. 85 ANEXO III ............................................................................................................................ 88 10 1 INTRODUÇÃO A cosmetologia sempre fez parte da vida do homem, dos neandertais até os dias de hoje (KUMAR, 2005) e os cosméticos sofreram várias mudanças para acompanhar a evolução do ser humano. A criação do cold cream, o desenvolvimento das ceras autoemulsionantes, a química de silicones, os ativos biotecnológicos e a criação das nanoformulações contribuíram significativamente para os avanços da cosmetologia e consequentemente, das indústrias farmacêuticas (TREVISAN, MENDA, 2011; MAIA, 2010; PIMENTEL, 2007). O aumento da tecnologia e do consumo afetou diretamente as exigências do consumidor em relação ao produto que está adquirindo (PELLEGRINI, 2011). Atualmente, o quesito qualidade é um fator importante que influencia na hora da compra. Portanto, praticidade, funcionalidade e preço adequado são requisitos essenciais para os produtos (STACOLIM, 2007). Essas exigências associadas às inovações tecnológicas fizeram com que as indústrias de cosméticos investissem cada vez mais nos seus produtos para diferenciá-los no amplo mercado que é o de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos – HPPC (ABIHPEC, 2010; PELLEGRINI, 2011). As embalagens e os rótulos são focos de investimentos, já que estes são indispensáveis para a venda do produto e, portanto, utilizados na estratégia de marketing (GONÇALVES, 2004). O desenvolvimento de novos designs, formas e cores são essenciais para chamar a atenção do consumidor (ABIHPEC, 2010). O uso de produtos cosméticos envolve valores estéticos, fatores culturais e emocionais. Nesse contexto, a rotulagem é capaz de influenciar no modo como o consumidor pensa, usa e compra (STACOLIM, 2007). A rotulagem é uma das principais etapas do processo da embalagem e deve conter todas as informações necessárias para que o produto seja utilizado adequadamente. Os produtos cosméticos estão cada vez mais complexos: eles deixaram de ter apenas finalidades básicas, e isso exige que o consumidor tenha orientações claras sobre o produto para garantir a margem de segurança (ABIHPEC, 2010). Porém, a rotulagem, na maioria dos casos, é o único recurso utilizado pelo consumidor para obtenção de informações sobre o produto e para diferenciá-lo dos outros produtos que estão ao seu alcance. Isso se torna um problema quando consideramos que o objetivo das indústrias é vender, e que as legislações disponíveis não são suficientes para garantir o bom uso do produto (GONÇALVES, 2004; STACOLIM, 2007; BRASIL, 2005a). 11 Considerando o aumento do uso de cosméticos e a complexidade na sua utilização fazse necessário que o consumidor receba orientações claras sobre a utilização do seu produto como garantia da margem de segurança, visto que, atualmente, em muitos os casos, as informações contidas nos rótulos ainda são insuficientes. Nessa perspectiva, a análise da adequação das embalagens de cosméticos comercializados no País às necessidades do usuário e à legislação vigente contribuirá para a verificação do nível de informação técnica disponibilizada ao consumidor, bem como permitirá uma reflexão quanto à capacidade da legislação atual em proteger o usuário nessa relação de consumo. Portanto, esse projeto tem como objetivo analisar a adequação dos rótulos e como o consumidor reage na hora da compra e uso de produtos cosméticos. Serão avaliadas se as informações disponíveis ao consumidor correspondem aos requisitos mínimos para o bom uso do produto. Dessa forma, a pesquisa será realizada por meio de um estudo transversal, e terá como instrumento principal, um questionário, que abordará questões sobre a percepção do usuário quanto ao conceito de cosmético, aos seus hábitos de consumo em relação à escolha do produto, método de compra e, principalmente, fonte de informações necessárias ao uso do produto, bem como seu comportamento no caso de ocorrência de reações adversas. 12 2 OBJETIVOS 2.1. OBJETIVO GERAL Analisar, a partir dos dados obtidos em um estudo transversal sobre hábitos de consumo de cosméticos entre jovens universitários da Universidade Católica de Brasília, se os rótulos de cosméticos comercializados no País atendem às necessidades do usuário e, assim, inferir sobre a adequação da legislação aplicada ao assunto. 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Realizar um levantamento bibliográfico sobre a história e evolução da Cosmetologia e, ainda a respeito das condições mínimas requeridas pela legislação para rotulagem de cosméticos no Brasil, a fim de compor o referencial teórico que fundamentará a pesquisa; - Definir parâmetros para realização de estudo transversal sobre hábitos de utilização de cosméticos; - Aplicar o questionário ao público-alvo, coletando dados para o estudo; - Compilar e analisar os dados obtidos evidenciando o conhecimento do usuário quanto ao que é cosmético, assim como seus hábitos de seleção, compra e busca de informação técnica, levando a uma reflexão quanto à capacidade da legislação atual em fornecer as informações necessárias ao adequado uso dos produtos e, portanto, em proteger o usuário nessa relação de consumo. 13 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 EVOLUÇÃO DA COSMETOLOGIA E DO MERCADO DE COSMÉTICOS Os cosméticos estão presentes na vida do ser humano há muito tempo. De fato, pesquisa recente do arqueólogo português João Zilhão, encontrou evidências de que, há cinquenta mil anos atrás, o homem neandertal já se pintava e usava bijuterias, corroborando os dados obtidos em estudo anterior, que indicavam que já se pintavam de cores variadas, como vermelho e marrom, provenientes do barro e da lama e usavam, até mesmo, ossos para enrolar os cabelos (CIENCIA HOJE, 2010; KUMAR, 2005). Do homem neandertal até os dias atuais, os cosméticos sofreram muitas mudanças, pois a evolução da cosmetologia acompanha a evolução do ser humano. Assim, passamos do uso de substâncias naturais, com menor ou maior grau de processamento, à presença da nanotecnologia no dia-a-dia dos usuários de cosméticos (KVINT, PIZANI, 2009; TREVISAN, MENDA, 2011). Nesse contexto de evolução constante, grande avanço para a área de farmacotécnica e, portanto, também para a cosmetologia, foi a criação do cold cream pelo médico grego Galeno, considerado o pai da Farmácia (TREVISAN; MENDA, 2011). O desenvolvimento do cold cream significou a possibilidade de veicular compostos ativos lipofílicos e hidrofílicos em uma mesma formulação, e, portanto, representou contribuição relevante para a terapêutica e os cuidados com a pele à época. O cold cream foi a primeira emulsão relativamente estável de que se tem registro na História e era constituído por uma mistura de cera de abelha, água de rosas e óleo de oliva, formando um sistema composto de fase aquosa e oleosa que, quando aplicado na pele, gerava sensação de refrescância em razão da evaporação da fase aquosa (TREVISAN, MENDA, 2011; KUMAR, 2005). Entre a criação do cold cream e os dias atuais muitas descobertas contribuíram para o desenvolvimento da cosmetologia e permitiram que essa ciência chegasse ao nível tecnológico atualmente apresentado. Um avanço importante para a indústria cosmética foi o desenvolvimento das ceras auto emulsionantes, misturas em proporções ideais de agente de consistência graxo e tensoativo que facilitam a produção de emulsões, pois permitem obtenção de preparações de estabilidade aceitável pela simples adição de fase aquosa, reduzindo o tempo gasto no desenvolvimento da formulação (MAIA, 2010; CASTELI, 2008). 14 Além disso, a partir da evolução desses materiais, foi possível obter emulsões com características sensoriais diferenciadas, agregando qualidade ao produto cosmético e diferenciando-o da base dermatológica farmacêutica (MAIA, 2010). As ceras se apresentam na forma sólida quando acondicionadas em temperatura ambiente e são capazes de derreterem quando em contato com a pele, promovendo um melhor espalhamento do produto (GALEMBECK, CSORDAS, 2011). Além disso, as ceras auto emulsionantes são formadoras de nanoemulsões (MAIA, 2010). Outra evolução no mercado da beleza foram os silicones. Os mesmos pertencem a uma classe de compostos sintéticos, os quais os polímeros se formam por meio de cadeias alternadas de átomos de oxigênio e silício (SONAI, 2008). Estes são amplamente empregados para melhorar as características sensoriais do produto, por possuírem uma alta estabilidade térmica e química e por suas ações lubrificantes e protetoras da pele. Outras vantagens da sua utilização é que os mesmos não apresentam efeito comedogênico, são resistentes à temperatura e ação de fungos e bactérias, e não são corrosivos, podendo ser utilizados em produtos para a pele, rosto e cabelo (LIN, 2007). Com os avanços tecnológicos, uma nova ciência surgiu, a nanotecnologia. Responsável por desenvolver, caracterizar e aplicar escalas nanométricas (PIMENTEL, 2007), esta vem sendo um alvo importante de investimento em vários países industrializados do mundo (ZANETTI-RAMOS, CRECZYNSKI-PASA, 2008). Um exemplo de nanosistema desenvolvido importante para a cosmetologia é o lipossoma (PIMENTEL, 2007). Os lipossomas são considerados uma transformação para a cosmetologia por transportarem tanto substâncias hidrossolúveis como lipossolúveis, sendo utilizadas no aumento da incorporação de substâncias ativas às células e para que princípios ativos tenham sua liberação controlada. São capazes de alterar propriedades como rigidez e elasticidade da pele e de aumentar, tanto na derme quanto na epiderme, a concentração de princípio ativo (CHORILLI, 2004). Nesse processo de evolução, o homem, cada vez mais, foi acrescentando os cosméticos no seu cotidiano e o avanço da tecnologia contribuiu diretamente na estimulação da globalização do mercado e economia (KUMAR, 2005). Como consequência, há o aumento do consumo e a evolução dos investimentos, da ordem de bilhões, das indústrias cosméticas. De fato, segundo dados fornecidos em 2010 pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos - ABIHPEC – a expectativa de crescimento é de 5% ao ano em volume até 2015, o que equivale a quase 50 bilhões de reais (SEABRA, 2011). 15 3.2 ASPECTOS RELACIONADOS À EMBALAGEM E ROTULAGEM DE COSMÉTICOS O aumento da tecnologia e o crescimento do consumo de cosméticos vêm sendo acompanhados pelo crescimento no nível de exigência do consumidor em relação à qualidade desses produtos (PELLEGRINI, 2011). Embora qualidade seja um valor que admite inúmeros conceitos, sobretudo por envolver aspectos subjetivos e objetivos, uma definição que vem sendo adotada pelo mercado é aquela determinada pela ISO 9000, que estabelece que um produto é considerado de qualidade quando o mesmo atende às necessidades explícitas e implícitas do consumidor, envolvendo nessa análise parâmetros como praticidade, funcionalidade e preço (STACOLIM, 2007). Na busca por atender às necessidades de qualidade desse mercado cada vez mais exigente e visando diferenciar seus produtos no mercado de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos – conhecido como mercado HPPC –, além do constante desenvolvimento de novas formulações, as indústrias empregam grandes esforços na melhoria da apresentação de seus produtos ao consumidor (PELLEGRINI, 2011). Um dos focos de investimento foram o desenvolvimento de embalagens: novos designs, envolvendo cores, formatos e materiais que “vendam” melhor o produto e atendam às necessidades do consumidor, sobretudo quanto à praticidade e qualidade. Esse material foi cada vez mais apresentado ao mercado em um ritmo acelerado (ABIHPEC, 2010), tornando a embalagem e a rotulagem, ferramentas essenciais utilizadas na estratégia de marketing (GONÇALVES, 2004). A ABRE, Associação Brasileira de Embalagem, revelou em um de seus estudos que a produção de embalagens cresceu quase 17% no primeiro trimestre de 2010 quando comparado à 2009. Nesse mesmo período houve um faturamento de US$ 159.599,00 no setor de exportações diretas e US$ 319.972,00 na importação de embalagens vazias (ABIHPEC, 2010). A fim de estimular o setor de embalagens, a ABRE oferece anualmente uma premiação para embalagens que tiveram destaque em termos de “qualidade, tecnologia e inovação” (ABIHPEC, 2010). De acordo com a RDC 211 de 2005, os produtos cosméticos são armazenados em duas embalagens principais. A embalagem primária é o recipiente que se encontra em contato direto com a formulação e a secundária, é aquela que acondiciona a embalagem primária. 16 Cada uma deve conter itens obrigatórios que são estipulados pela mesma legislação (BRASIL, 2005a). 3.3 ROTULAGEM Parte importante do processo de embalagem é a rotulagem, pois é no rótulo que serão disponibilizadas informações essenciais para o bom uso do produto. De acordo com a RDC nº 211/2005, rótulo é a “identificação impressa ou litografada, bem como dizeres pintados ou gravados, decalco sob pressão ou outros, aplicados diretamente sobre recipientes, embalagens, invólucros, envoltórios ou qualquer outro protetor de embalagens” (BRASIL, 2005a). O produto cosmético está diretamente relacionado com valores estéticos, culturais, funcionais e emocionais. A rotulagem é capaz de interferir no modo do consumidor de pensar, usar e comprar. Assim, a rotulagem é a “identidade visual” do produto, segundo Stacolim (2007). Desenvolver um rótulo requer conhecimento, tecnologia, estética, arte e pesquisa. A embalagem expõe o produto e serve de suporte para o rótulo, que tem como um de seus objetivos mostrar ao consumidor o que é aquele produto, induzindo ao consumismo (STACOLIM, 2007). No mercado atual, a tendência é que a rotulagem seja idealizada para acompanhar, sobretudo esteticamente, as embalagens inovadoras do nosso cotidiano, contribuindo para a aparência do produto, assim como se tornando um elemento decisivo no momento da tomada de decisão, da escolha por este ou aquele produto cosmético. O problema é que o rótulo, em muitos os casos, representa a única forma que o consumidor tem de obter informações sobre o produto, sendo o elemento que irá definir a sua capacidade de analisar os diversos produtos que têm à sua disposição (PETROVICK; PETROVICK; TEIXEIRA, 2004). No entanto, como também é elemento-chave para o consumo, o aspecto técnico e informativo do rótulo, tão importante para o usuário, muitas vezes é negligenciado, sendo preterido aos aspectos de marketing e propaganda. Como o objetivo da publicidade é convencer o consumismo, com auxílio de estratégias verbais, envolvendo textos, e não-verbais, envolvendo imagens e cores e, por meio dessas estratégias, são impostas condutas e ideias sobre a importância do uso do produto, englobando conceitos e comportamentos, fica claro que, em um mercado bilionário como o de cosméticos que está inserido em uma sociedade predominantemente capitalista, a tendência natural é de que toda e 17 qualquer estratégia que possa levar ao aumento do consumo seja preferida em relação a todos os demais aspectos (STACOLIM, 2007). Assim, tendo consciência do aumento do consumo e do poder do marketing, faz-se necessário o monitoramento do mercado, a fim de que os produtos cosméticos tenham segurança e qualidade, procurando garantir, dessa forma, que os direitos do consumidor sejam respeitados. Assim sendo, os produtos cosméticos devem garantir ao consumidor uma margem de segurança (BRASIL, 2007), ou seja, fazer com que o produto, quando usado em condições especificadas no rótulo, não apresente reações adversas (SANTOS, 2008), o que envolve consequências inesperadas (BRASIL, 2007). O número de reações adversas conhecidas causadas por cosméticos (ACRs) é baixo. Isso pode estar relacionado com a impossibilidade de se fazer um diagnóstico, o que envolve a ausência de consultas médicas e a prática maçante da automedicação quando há o aparecimento de reações adversas. As consultas médicas por ACRs não são valorizadas pelos consumidores de produtos cosméticos. De acordo com Giovanni (2005), alguns autores consideram ACRs como um fator etiológico e ou complicador mais importante que algumas patologias comuns da pele. A junção desses fatos nos mostra o quanto a população necessita de informações sobre esse assunto e o quão se faz necessário coletar e analisar casos dentro da população, contribuindo assim, para a cosmetovigilância (GIOVANNI, 2005). As reações adversas a cosméticos, na maioria dos casos, não são graves e afetam principalmente a pele. As reações mais frequentes são irritação, sensação de queimadura e alergias. Já os casos mais graves estão relacionados ao uso de produtos mais complexos, em cuja composição estejam presentes componentes de maior potencial alergênico, sensibilizante ou irritativo, como as tinturas de cabelo, os perfumes e os desodorantes (GIOVANNI, 2005). Assim, produtos cosméticos mais complexos e/ou que apresentem altos riscos para a saúde do consumidor devem receber uma atenção maior por parte da indústria e da cosmetovigilância (PELLEGRINI, 2011). Para garantir a margem de segurança ideal para um produto cosmético, durante o seu desenvolvimento devem ser escolhidos os ingredientes adequados, devem ser realizados os testes que permitam a comprovação de segurança e avaliação a estabilidade da formulação, devem ser desenvolvidos rótulos com instruções claras, além de promover ações de marketing condizentes com a legislação (BRASIL, 2007). Diante desse cenário, fica claro que se faz necessário o monitoramento e controle do mercado de cosméticos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA – tem como uma de suas atribuições conceder o registro ou a notificação que autoriza a 18 comercialização de artigos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Para isso, as empresas fabricantes devem seguir normas que são determinadas e fiscalizadas pela ANVISA (BRASIL, 2005a; BRASIL, 2002). 3.4 REGULAMENTAÇÃO NORMATIVA A RDC nº 211, de 14 de julho de 2005 conceitua Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes como: Preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado. (BRASIL, 2005a). Esses produtos são classificados pela mesma legislação de acordo com a possibilidade dos mesmos de causarem algum efeito, que não seja esperado, quando usados de forma inadequada. Assim, os mesmos podem ser classificados por Grau 1 ou Grau 2. No primeiro grupo, entram aqueles que possuem propriedades básicas, os quais não precisam, obrigatoriamente, de uma comprovação e de informações precisas quanto ao seu modo de uso ou restrições de uso. Já no segundo, entram os produtos que contém alguma indicação específica, assim, há a necessidade de comprovação de segurança e/ou eficácia e instruções detalhadas quando ao modo de uso, restrições e cuidados. Um exemplo capaz de ilustrar essa classificação é o batom. Quando em sua forma básica usado apenas para colorir e/ou dar brilho aos lábios são classificados como grau 1. Mas, quando os mesmos possuem ainda, a finalidade de proteção solar, são classificados como grau 2 (BRASIL, 2005a). No Brasil, a ANVISA estabeleceu, por meio do regulamento técnico sobre rotulagem obrigatória geral para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, parte integrante da RDC nº 211/2005, as informações mínimas obrigatórias que devem estar presentes no rótulo de um produto cosmético (BRASIL, 2005a). A embalagem primária deve conter obrigatoriamente o lote ou partida. Já a embalagem secundária deve conter o número de registro do produto, prazo de validade, conteúdo, país de origem, fabricante/importador/titular, domicílio do fabricante/importador/titular e a composição/ingredientes. Além disso, ambas as embalagens devem conter o nome do produto e grupo/tipo, a marca, advertências e restrições de uso e a 19 rotulagem específica de acordo com o ANEXO V da RDC 211/2005. Já o modo de uso, pode estar presente nas embalagens primária ou secundária (BRASIL, 2005a). Outra menção obrigatória é o conteúdo nominal no momento em que foi acondicionado o produto, o qual deve ser indicado em peso ou volume, com exceção de produtos que tenham menos de 5g ou 5mL (BRASIL, 2008). Em relação a aspectos relacionados ao prazo de validade, o Decreto-lei nº 189, de 24 de setembro de 2008, determina algumas particularidades em relação à apresentação dos produtos. Assim, quando o produto possui a data de durabilidade mínima inferior a 30 meses, esta deve ser ressaltada no rótulo com a frase “A utilizar de preferência antes do final de [...]”. Associada à essa frase deve estar a data, sempre na ordem de dia, quando for possível, mês e ano, e a indicação da localização da data na rotulagem. Já os produtos que possuem durabilidade mínima superior a 30 meses não têm como obrigatoriedade sua menção, “sem prejuízo para a obrigatoriedade de indicação do período após abertura”. Este deve ser representado por um símbolo, que está previsto no anexo VIII-A (Figura 1), associado ao período, podendo conter o mês, e ou, o ano (BRASIL, 2008). Tabela 1 – Itens necessários de acordo com a embalagem. ITEM Nome do produto e grupo/tipo a que pertence no caso de não estar implícito no nome. Marca Número de registro do produto Lote ou Partida Prazo de Validade Conteúdo País de origem Fabricante/Importador/Titular Domicílio do Fabricante/Importador/Titular Modo de Uso (se for o caso) Advertências e Restrições de uso (se for o caso) Rotulagem Específica (Conforme Anexo V desta Resolução) Ingredientes/Composição Fonte: Brasil (2005a) EMBALAGEM Primária e Secundária Primária e Secundária Secundária Primária Secundária Secundária Secundária Secundária Secundária Primária ou Secundária Primária e Secundária Primária e Secundária Secundária 20 Figura 1 – Símbolo indicativo de pós-abertura. Fonte: Brasil (2008) O período pós-abertura deve ser sempre descrito, exceto para produtos em que todo o conteúdo é utilizado em uma única vez ou “[...] em produtos totalmente imunes ao contacto com o ambiente exterior ou que não apresentem qualquer risco de deterioração passível de prejudicar os consumidores” (BRASIL, 2008). Todas as prevenções que devem ser tomadas na utilização dos produtos cosméticos devem ser expostas junto com a frase “Condições de utilização e advertências a mencionar obrigatoriamente na rotulagem” (BRASIL, 2008). Existem produtos que são muito pequenos e por isso não cabem em seus rótulos todas as menções obrigatórias. Assim, essas menções devem estar em “[...] um folheto informativo, rótulo ou cinta seguro ou fixo ao produto cosmético” que devem ser indicados por um símbolo (Figura 2) ou uma abreviação. Quando não há a possibilidade de distribuir a bula, “estas devem figurar num letreiro junto do expositor onde o produto cosmético se encontre para venda” (BRASIL, 2008). Ou seja, há sempre, a necessidade de informações sobre o produto para que o usuário saiba o que ele irá consumir. Figura 2 – Símbolo indicativo de que há um folheto informativo. Fonte: Brasil (2008) 21 No rótulo é obrigatório conter o código de barras, ou seja, um número que identifique o produto. O mesmo é determinado pela empresa e é também chamado de GTIN – Número Global de Item Comercial ou código EAN. O órgão responsável pelo licenciamento deste código é a EAN BRASIL. Atualmente, existem duas estruturas de codificação, a EAN-13 e a EAN-8. Com o código EAN-13 é possível identificar o produto produzido, seu país de origem e a empresa. Já o código EAN-8, menos utilizado, identifica apenas o país e o produto, sendo anexado um dígito de controle, e portanto, só é usado quando não é possível colocar o código EAN-13 por falta de espaço na embalagem. Dessa forma, esse procedimento facilita a rastreabilidade dos produtos, fornecendo ainda, vantagem para o controle sanitário. Como exemplo, tem-se a Fig. 3, no qual o código de barras está dividido em 4 etapas. Os três primeiros dígitos indicam o país fabricante, sendo 789, o número representativo do Brasil. Os cinco seguidos são os dígitos fornecidos pela EAN BRASIL. Já a terceira etapa é criada pela empresa e a quarta é um dígito de controle gerado por um sistema tecnológico (BRASIL, 2005b; EAN-BRASIL, 2001; ABEME, 2012). Figura 3 - Exemplo de código de barras. Fonte: Abeme (2012) O Art. 6º da RDC nº 343 de 2005 determina que também seja necessário conter a expressão “Res. Anvisa nº ___/05” e o número da Autorização de Funcionamento da empresa (BRASIL, 2005b). Uma parte importante na rotulagem são os ingredientes. A lista com os componentes do produto deve estar precedida da palavra ingredientes em português ou inglês. Se os ingredientes possuem uma concentração igual ou superior a 1%, estes devem estar na ordem decrescente de peso; se o peso for inferior a 1% não há uma ordem específica. Em seguida, deve conter os corantes, de acordo com a Colour Index (CI) (BRASIL, 2008). 22 Atualmente existem mais de 12 mil ingredientes diferentes que podem ser empregados em produtos cosméticos. A INCI - International Nomenclature of Cosmetic Ingredient, é um sistema internacional de nomenclatura dos ingredientes dos cosméticos, atualmente adotada pelo Brasil para registro dos ingredientes cosméticos no rótulo dos produtos. A justificativa da ANVISA para adotar o uso do nome INCI foi a de que, com a adoção dessa nomenclatura, a identificação dos ingredientes se torna universal e ocorre de forma clara e precisa. Além disso, com a adoção desse sistema, o consumidor consegue identificar os ingredientes que compõem a formulação de forma precisa em qualquer lugar do mundo, pois o INCI não varia em função da língua adotada em determinado país. Outra vantagem potencial é uma diminuição de erros de registro, uma vez que alguns ingredientes possuem sinônimos que podem levar à confusão, e, com o uso do INCI essa possibilidade é eliminada. Para a concessão do registro do produto, o uso do nome INCI também é interessante, pois a ANVISA consegue identificar com maior agilidade os componentes, simplificando e otimizando o processo (BRASIL, 2012). Ainda quanto à composição, a RDC nº 48, de 16 de março de 2006, traz uma lista de substâncias que não podem ser utilizadas nos produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria, apresentada no ANEXO III (BRASIL, 2006). Produtos de perfumaria, bem como as respectivas matérias-primas, devem conter no rótulo a palavra “perfume” ou “aroma” (BRASIL, 2008). A indicação do conteúdo só é dispensada para produtos cosméticos que foram préembalados e comercializados em várias unidades e para aqueles os quais a indicação de peso ou volume não é significativa. Porém, o número de unidades deve estar inserido na embalagem exterior (BRASIL, 2008). É expressamente proibido, pelo Decreto 79.094 de 1977, que os produtos cosméticos tenham nomes que confundam a verdadeira “[...] composição, finalidade, indicação, aplicação, modo de usar e procedência” (BRASIL, 1977). Além disso, todas as menções consideradas obrigatórias devem estar descritas de forma legível, com termos corretos e não podem estar cobertas ou separadas por outras frases ou imagens (BRASIL, 2008). A rotulagem, a apresentação, os impressos e os folhetos respeitantes aos produtos cosméticos, bem como o texto, as denominações de venda, marcas, imagens ou outros sinais, figurativos ou não, e as menções publicitárias não devem ser susceptíveis de induzir o consumidor em erro sobre as suas características ou ser utilizados para atribuir qualidades ou propriedades que não possuem ou que produtos cosméticos não podem possuir, designadamente, indicações terapêuticas ou atividade biocida. (BRASIL, 2008). 23 Porém, o marketing é usado em massa na venda de produtos cosméticos, desvirtuando, quase, a legislação, já que o maior objetivo dos fornecedores é a venda. 3.5 ESTUDO TRANSVERSAL O estudo transversal é um tipo de delineamento capaz de captar informações sobre a exposição e desfecho, simultaneamente (ROZENFELD; VALENTE, 2004). Este modelo é capaz de determinar a incidência, que envolve os casos novos, a prevalência, que envolve os casos existentes, e até mesmo, a associação entre as variáveis, além de outros estudos (CRUZ, 2011). Para realizar um estudo transversal, primeiramente, deve-se definir qual é a população de interesse. Em seguida deve-se fazer um estudo da mesma, para assim, determinar se há ou não o desfecho e a exposição dos indivíduos que serão analisados (BASTOS, DUQUIA, 2007). Portanto, deve ser aplicado um questionário ou a realização de algum exame que seja complementar (CRUZ, 2011). Este delineamento tem como vantagem ser de baixo custo, ser rápido na coleta de dados, além de ser fácil tanto para trabalhar (BASTOS, DUQUIA, 2007) quanto para obter uma amostra que seja representativa (FREITAS, 2011). Porém, este traz como limitação a dificuldade na investigação de condições de baixa prevalência, o que exige amostras grandes (BASTOS, DUQUIA, 2007). Outro fator importante é que a associação da causa e efeito se refere apenas à época em que foi feito o estudo e os dados da exposição atual não representam, necessariamente, uma exposição passada (FREITAS, 2011). Mesmo com as limitações, segundo Cruz (2011), o estudo transversal “[...] permite a realização de análise estatística rica, às vezes da mais alta complexidade [...]”. Portanto, este foi o estudo de escolha para o desenvolvimento desse projeto. 24 4 MÉTODOS Foi realizado um estudo transversal por meio de uma pesquisa de campo descritiva que teve como instrumento principal a aplicação de questionário. Os questionários foram aplicados a estudantes de 25 cursos regulares de graduação da Universidade Católica de Brasília, no período de 20 de fevereiro a 09 de março de 2012, em dias letivos, nos períodos matutino, vespertino e noturno. Ao todo, participaram do estudo 308 voluntários, sendo 170 mulheres e 138 homens. A Tabela 1 mostra a quantidade exata de mulheres e homens que participaram por cada curso. Para determinar o número da amostra foi calculado um mínimo de 1% da população total. Considerando que na Universidade Católica de Brasília tem-se 15.600 alunos nos cursos de graduação presenciais no ano de 2012, foi obtida uma amostra correspondente a 1,97%. O questionário foi elaborado com questões objetivas e discursivas, em uma linguagem simples e direta com o objetivo de facilitar a compreensão dos participantes. Foram abordados assuntos sobre a concepção dos voluntários quanto a definição de cosméticos, modo de uso, reações adversas e sua relação de consumo, envolvendo o principal tema, rotulagem. A pesquisa só foi realizada mediante a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Católica de Brasília em fevereiro de 2012 (ver ANEXO II). Tabela 2 – População estudada separada por sexo. CURSO Administração Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição MULHERES 13 07 05 10 06 00 05 04 08 07 11 03 09 01 06 07 09 04 09 HOMENS 17 03 01 05 04 13 07 06 08 03 09 08 01 09 05 03 01 06 01 25 Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL DE ENTREVISTADOS 08 08 09 08 05 08 170 07 02 09 03 05 02 138 308 26 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Tabela 3 – Questão 01: O que é cosmético para você? (você pode marcar uma ou mais alternativas) CURSO Administração Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) São produtos destinados à limpeza de todas as partes do corpo humano FEM MASC 6 9 4 3 São produtos destinados ao embelezamento São produtos que tem como objetivo perfumá-lo São produtos destinados à proteção do corpo FEM 8 3 MASC 13 1 FEM 2 1 MASC 3 0 FEM 10 2 MASC 8 1 3 7 0 2 5 6 0 4 0 1 0 0 2 4 1 2 1 2 3 3 1 1 3 1 0 4 0 11 0 1 0 4 2 1 2 2 10 1 1 6 1 4 3 4 7 7 6 7 6 3 3 6 0 0 0 0 3 0 1 1 0 0 2 0 1 2 7 3 0 4 1 4 2 3 3 7 0 3 1 2 5 1 3 5 2 1 5 4 3 4 1 5 4 1 1 5 1 3 0 3 5 1 3 5 6 3 9 8 5 6 1 5 2 3 0 6 1 7 1 6 1 1 1 1 2 1 2 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 0 1 2 1 2 0 4 2 5 2 5 3 1 2 3 0 0 1 1 0 1 7 3 2 3 1 4 5 1 5 2 0 0 1 6 2 1 1 4 1 82 65 48,23 47,10 47,73 6 2 121 104 71,17 75,36 73,05 0 0 22 17 12,94 12,31 12,66 3 0 71 49 41,76 35,5 38,96 27 Gráfico 1 – Questão 01: O que é cosmético para você? QUESTÃO 01: O QUE É COSMÉTICO PARA VOCÊ? 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Fem e Masc Limpeza 47,23% Embelezar 73,05% Perfumá-lo 12,66% Proteção 38,96% A primeira questão tinha como objetivo verificar o conhecimento dos participantes a respeito do conceito de cosmético, partindo da premissa que, se o indivíduo sabe identificar corretamente todos os produtos que podem ser classificados como cosméticos, ele, mesmo que implicitamente, conhece o conceito. A RDC nº 211, de 14 de julho de 2005 define Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes da seguinte forma: Preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado. (BRASIL, 2005a). Assim, a partir da definição disposta na legislação que estabelece um conceito conjunto para produtos de higiene pessoal e cosméticos, pode-se considerar que todas as alternativas indicadas na primeira questão aplicam-se à definição de produto cosmético e, de fato, abrangem a totalidade dos tipos de produto atualmente assim considerados. Das 308 pessoas, apenas 14 marcaram todos os itens da primeira questão, o que equivale a menos de 5%, evidenciando que o conhecimento completo do conceito é muito restrito na população estudada. Ainda, vale ressaltar que 73,05% dos participantes assinalaram que cosméticos estão relacionados a produtos destinados à beleza, evidenciando que a maioria dos participantes 28 associa cosmético mais às práticas de embelezamento do que ao cuidado diário com o corpo (ver Gráfico 1). Apenas 12,66% indicaram que produtos para perfumação do corpo seriam cosméticos. Menos da metade dos participantes associaram cosmético a produtos destinados à limpeza do corpo, o que torna claro que, para o consumidor, os produtos de higiene pessoal estão desvinculados do conceito de cosmético. Esse dado reforça a posição quanto à necessidade de separação desses conceitos também na legislação, permitindo que atenção correta seja dada a cada tipo de produto. A legislação precisa acompanhar as necessidades do usuário e a evolução no consumo de cosméticos. Outro resultado interessante é que o perfil de resposta, considerando a variedade de itens marcados, de mulheres e homens é semelhante (ver Gráfico 02). Esse dado mostra que, mesmo sendo as mulheres as principais consumidoras de cosméticos, elas não estão completamente informadas sobre os produtos que consomem, pois o nível de informação, pelo menos na população estudada, não difere do demonstrado pelos homens. Gráfico 2 - O que é cosmético para você? A (São produtos destinados à limpeza de todas as partesdo corpo humano), B (São produtos destinados ao embelezamento), C (São produtos que tem como objetivo perfumá-lo) e D (São produtos destinados à proteção do corpo). QUESTÃO 01: O QUE É COSMÉTICO PARA VOCÊ? 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Fem Mas A 48,23% 47,10% B 71,17% 75,36% C 12,94% 12,31% D 41,76% 35,50% Nesse sentido, é de extrema importância que se realizem campanhas esclarecedoras sobre o assunto, já que cosméticos são vendidos livremente e fazem parte do cotidiano de todos. De fato, o Brasil é o terceiro maior mercado consumidor de cosméticos no mundo (BRASIL, 2007; ABIHPEC, 2010) e é de se esperar que ao consumidor devam ser oferecidas 29 informações suficientes para que ele reconheça, na hora da compra, que tipo de produto está adquirindo. A tendência é que, a partir do momento que o consumidor adquirir conhecimento sobre o que é cosmético, o mesmo passe a encarar o assunto com outra postura. A tendência do consumo de cosméticos é aumentar, em ambos os sexos, impulsionado pelo aumento da expectativa de vida, pela maior participação da mulher no ambiente de trabalho e à crescente valorização da aparência na sociedade moderna, entre outros. Considerando que esse mercado evolui continuamente, apresentando produtos novos e cada vez mais tecnológicos é evidente a necessidade do usuário de conhecer melhor o assunto, para que possa fazer escolhas de consumo conscientes. Tabela 4 – Questão 02: Marque com um “x” os produtos que você considera cosméticos. CURSO Administraç. Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) Creme anticelulite FEM MAS 8 9 5 2 Sabon. Protetor solar FEM 3 3 MAS 7 3 FEM 8 4 MAS 9 3 Creme corporal FEM MAS 11 12 4 3 Esmalte FEM 10 5 MAS 11 1 5 9 1 5 2 5 1 2 2 6 1 3 5 8 1 5 3 8 0 2 3 4 2 2 3 3 4 3 0 3 0 9 0 6 0 6 0 10 0 8 3 0 5 5 7 6 3 7 0 6 2 0 2 0 7 4 1 4 0 2 3 0 4 4 7 4 1 3 0 5 5 4 5 5 9 4 2 6 0 6 2 4 6 2 8 5 3 2 0 6 3 6 2 2 3 4 3 6 3 7 7 1 5 3 8 2 8 6 5 9 0 7 3 2 0 1 1 0 2 7 8 1 4 1 2 1 2 0 3 0 1 5 4 0 1 4 0 0 0 2 8 1 3 4 7 2 7 3 4 4 1 5 4 0 1 5 1 5 1 3 9 1 5 6 7 2 6 2 4 4 1 7 4 1 0 1 1 3 1 6 4 1 3 5 3 3 5 3 8 5 1 7 2 3 0 6 0 1 1 6 7 5 3 4 4 0 2 0 7 4 3 2 7 2 3 3 7 2 1 1 3 0 122 88 71,76 63,76 68,18 1 1 55 54 32,3 39,1 35,39 3 1 101 74 59,41 53,62 56,82 4 2 122 91 71,76 65,94 69,15 5 2 105 79 61,76 57,24 59,74 30 Tabela 5 – Questão 02: Marque com um “x” os produtos que você considera cosméticos. CURSO Administraç. Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação físi. Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) Desodorante spray FEM MAS 6 5 4 2 Pasta de dente FEM MAS 2 3 2 2 Maquiagem FEM 11 6 MAS 13 3 Creme antirugas FEM MAS 11 12 5 2 Enxaguante bucal FEM MAS 2 5 2 3 1 6 0 4 1 2 0 1 5 8 0 4 5 10 1 5 1 1 0 1 2 1 1 1 5 3 4 4 0 1 0 7 0 1 0 12 0 10 0 3 3 0 1 2 5 2 1 3 1 2 1 0 1 0 3 2 1 3 0 0 3 4 4 7 9 7 5 4 3 9 5 4 5 7 8 6 4 6 3 5 1 0 1 0 2 3 0 2 0 1 2 3 2 1 3 6 2 6 2 2 3 1 5 1 5 2 4 1 3 1 4 2 8 1 5 1 6 3 7 1 6 0 7 4 3 1 3 0 2 2 4 5 0 3 1 2 2 0 1 0 1 2 0 4 1 0 0 2 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 5 8 3 8 8 8 7 3 0 6 0 6 1 6 5 7 2 9 8 7 9 1 1 3 1 6 2 8 1 0 0 2 0 1 0 0 1 0 0 0 0 2 6 3 2 0 3 0 0 1 6 5 2 5 8 3 3 5 4 0 1 2 1 68 40 1 50 36,23 38,31 1 0 32 25 18,82 18,11 18,51 6 2 143 110 84,11 79,71 82,14 6 2 144 107 84,70 62,94 81,49 2 0 29 31 17,05 22,46 19.48 Tabela 6 – Questão 02: Marque com um “x” os produtos que você considera cosméticos. CURSO Administração Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Desodorante roll on FEM MAS 5 5 4 2 Xampu Creme facial Tinta de cabelo FEM 8 4 MAS 7 2 FEM 13 6 MAS 15 2 FEM 11 4 MAS 12 2 1 7 0 3 3 5 0 3 3 9 1 5 4 9 0 3 1 1 3 4 2 3 2 3 31 CURSO Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Públ. Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) Desodorante roll on FEM MAS 0 7 Xampu Creme facial Tinta de cabelo FEM 0 MAS 5 FEM 0 MAS 11 FEM 0 MAS 7 3 0 2 0 5 3 1 3 0 3 3 4 2 4 5 3 2 2 2 2 4 4 5 6 9 7 3 5 2 9 2 4 6 7 7 6 3 4 3 6 2 4 3 3 2 7 3 5 4 1 5 3 6 1 3 0 2 0 1 3 2 0 1 0 1 0 0 3 8 1 5 3 5 1 2 0 4 1 1 5 3 0 1 2 1 2 0 2 9 1 5 7 8 1 8 5 6 4 1 8 5 0 1 3 1 0 1 6 4 1 5 6 6 3 4 2 7 6 1 6 2 3 0 4 1 1 2 6 5 1 2 0 5 0 2 0 8 0 3 3 6 4 1 5 1 1 62 46 36,47 33,33 35,06 3 1 82 55 48,23 39,85 44,48 5 1 130 103 76,47 74,63 75,65 4 2 117 88 68,82 63,76 66,56 Gráfico 3 – Itens mais marcados da Questão 02. QUESTÃO 02: MARQUE COM UM "X" OS PRODUTOS QUE VOCÊ CONSIDERA COSMÉTICOS. 90,00% 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Fem e Masc Maquiagem 82,14% Creme antirugas 81,49% Creme facial 75,65% Creme corporal 69,15% Creme anticelulite 68,18% 32 A segunda questão tinha como objetivo complementar a informação sobre a percepção do participante quanto ao que é cosmético, a partir de uma lista de vários tipos de produtos de uso relativamente frequente pela maioria da população, permitindo verificar a coerência com os dados obtidos na questão 1. Os itens mais marcados foram maquiagem (82,14%), creme antirrugas (81,49%), creme facial (75,65%), creme corporal (69,15%) e creme anticelulite (68,18%), respectivamente (ver Gráfico 03). Observa-se que todos esses itens estão relacionados ao embelezamento e confirmam o verificado na questão 1. Ainda, as preparações para o cuidado da boca e dentes, como dentifrício e enxaguante bucal, foram os menos marcados, reforçando a conclusão anterior de que, na percepção do usuário, cosméticos e produtos de higiene pessoal não são itens relacionados. Tabela 7 – Questão 03: Onde você compra os seus cosméticos? (você pode marcar uma ou mais alternativas) CURSO Administraç. Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Perfumaria Supermerc. Farmácia ou Drogaria FEM MAS 12 16 5 1 FEM 12 4 MAS 4 1 FEM 6 5 MAS 9 0 1 4 0 1 5 9 0 3 5 8 0 1 2 2 0 4 0 3 4 4 1 1 1 2 7 Internet Revistinhas FEM 3 2 MAS 1 1 FEM 7 6 MAS 3 1 1 5 2 3 0 0 5 8 0 2 3 3 0 2 3 2 9 0 9 0 3 0 2 2 0 5 3 5 4 3 4 6 4 4 7 5 0 2 0 1 0 4 4 4 4 1 0 0 2 6 7 2 6 7 9 3 9 0 2 0 2 7 11 3 2 3 3 1 3 2 7 0 1 2 1 3 0 2 0 2 2 4 1 4 0 3 4 7 1 6 1 6 3 1 1 1 0 1 0 7 1 4 0 0 0 5 5 2 3 2 4 6 0 0 1 0 0 0 4 5 4 3 3 7 5 6 2 1 5 0 4 1 4 6 4 4 8 7 8 6 3 1 5 1 5 1 6 2 0 0 2 2 3 1 0 0 0 0 0 0 2 7 7 3 7 8 6 3 1 1 2 1 3 1 6 5 3 5 3 6 3 0 0 3 1 33 CURSO Perfumaria FEM 0 Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) MAS 0 5 1 86 32 50,58 23,18 38,31 Supermerc. MAS 4 Farmácia ou Drogaria FEM MAS 5 5 FEM 1 5 2 104 79 61,17 57,24 59,42 7 0 139 109 81,76 78,98 80,52 0 0 33 14 19,41 10,14 15,26 FEM 4 Internet Revistinhas MAS 0 FEM 5 MAS 3 8 0 130 40 76,47 28,98 55,19 Gráfico 4 – Questão 03: Onde você compra os seus cosméticos? QUESTÃO 03: ONDE VOCÊ COMPRA OS SEUS COSMÉTICOS? 90,00% 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Fem e Masc Farmácia ou Drogaria 80,52% Supermercado Revistinhas Perfumaria Internet 59,42% 55,19% 38,31% 15,26% À questão sobre o local onde os alunos compram seus cosméticos, 80,52% dos voluntários responderam que costumam comprar em farmácias e drogarias. Em seguida vêm supermercados (59,42%), revistinhas (55,19%), perfumaria (38,31%) e internet (15,26%) (ver Gráfico 04). Os dados revelaram que, no universo amostral estudado, os canais tradicionais de distribuição de cosméticos, representados pelas farmácias, drogarias, supermercados e perfumarias têm a preferência da maioria, seguidos da venda direta, por meio dos catálogos popularmente conhecidos como “revistinhas” e, após, pela internet, novo canal que vem sido trabalhado recentemente por esse mercado. Tal resultado está em concordância com aquele encontrado por CAPANEMA (2007), que observou que os canais tradicionais têm uma participação na venda de mercado de mais de 70%. Aqui cabe ressaltar que farmácias e drogarias são estabelecimentos comerciais que contam com a assistência de um profissional farmacêutico. Dessa forma, considerando que 34 uma das atividades essenciais do farmacêutico na Farmácia Comunitária é a orientação aos usuários (BRANDÃO, 2009; DIAS, 2009), poderia se esperar que, a partir do comportamento de compra observado, os voluntários da pesquisa estivessem bem informados sobre a utilização segura de cosméticos. No entanto, os dados obtidos neste estudo mostram o contrário. Ora, se falta informação, podemos aventar algumas hipóteses, como, por exemplo: ou os usuários não procuram a orientação no momento da compra ou não sabem que o farmacêutico seria um profissional indicado para prestar esse tipo de informação ou, ainda, os farmacêuticos não estão adequadamente capacitados para prestar esse tipo de orientação. Independente de qual hipótese seja a que melhor explica a situação, fica evidente que o farmacêutico tem deixado de desempenhar de forma satisfatória seu papel na orientação ao usuário de cosmético, deixando de prestar serviço de grande valia para a manutenção da saúde da população. O profissional farmacêutico precisa se posicionar nesse setor tão importante para a sociedade. Em consequência desse posicionamento, o usuário de cosmético saberá que pode recorrer a esse profissional caso tenha dúvidas sobre o assunto. Tabela 8 – Questão 04: Como você decide qual cosmético vai comprar? CURSO Administraç. Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Propaganda na TV ou internet Imagem da embalagem e do rótulo FEM MAS 1 3 0 0 FEM 1 2 MAS 3 1 3 0 3 0 0 0 2 6 3 1 0 0 2 3 2 4 2 1 2 0 2 5 1 3 2 0 0 0 1 2 4 0 0 1 3 1 4 0 0 3 2 5 0 1 3 0 2 4 1 3 0 Cheiro do produto FEM 3 3 MAS 5 1 0 0 0 4 3 5 1 0 0 2 3 4 0 2 1 2 2 2 0 2 3 2 0 5 0 2 3 3 6 6 1 3 1 1 5 2 2 5 1 2 3 3 3 3 1 3 1 2 1 2 0 35 CURSO Propaganda na TV ou internet Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço S. TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) Imagem da embalagem e do rótulo FEM MAS 6 5 3 2 3 3 FEM 3 5 2 MAS 2 1 1 1 4 0 3 2 5 3 56 32,94 1 36 26,08 3 51 30 29,87 Cheiro do produto FEM 7 3 5 MAS 6 2 4 0 3 3 3 2 5 2 43 31,15 2 78 45,8 30,52 1 60 43,47 44,81 Tabela 9 – Questão 04: Como você decide qual cosmético comprar? CURSO Administraç. Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Compostos ativos que o produto tem Informações do rótulo Indicação de amigos ou familiares FEM 7 1 MAS 1 1 FEM 8 2 MAS 8 1 FEM 5 4 MAS 7 1 1 4 0 1 2 7 1 4 3 7 0 4 0 0 1 2 4 0 0 1 0 3 0 6 2 0 2 1 1 0 2 3 4 4 2 3 3 2 5 4 4 5 2 2 0 2 4 6 1 4 3 8 1 5 2 2 1 3 1 5 5 1 3 1 3 1 3 1 2 1 6 3 2 0 4 1 0 2 0 5 0 6 2 2 0 0 0 0 1 1 0 3 2 3 1 7 5 5 4 0 0 2 1 1 0 6 5 5 2 7 3 1 4 1 1 5 1 0 1 6 5 0 2 1 2 4 3 3 2 0 0 0 36 CURSO Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) Compostos ativos que o produto tem FEM 3 Informações do rótulo MAS 0 FEM 3 55 23 32,35 16,66 25,32 Indicação de amigos ou familiares MAS 0 FEM 4 MAS 2 82 62 48,23 44,92 46,75 84 49,41 62 44,92 47,40 Gráfico 5 – Questão 04: Como você decide qual cosmético comprar? QUESTÃO 04: COMO VOCÊ DECIDE QUAL COSMÉTICO COMPRAR? 50,00% 45,00% 40,00% 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% Fem e Masc Indicação de amigos e familiares Informações do rótulo Cheiro do produto 47,40% 46,75% 44,81% Imagem da embalagem e do rótulo 30,52% Propaganda na tv ou internet 29,87% Compostos ativos que o produto tem 25,32% Para verificar os fatores que influenciam na decisão de compra, foi questionado como o voluntário decide qual cosmético comprar. Os quesitos usados na hora da compra de cosméticos são praticamente os mesmos entre homens e mulheres. Quase metade dos entrevistados, o que equivale a 47,4%, afirmam que a indicação de amigos e familiares é um fator importante na hora da compra. Em seguida vem as informações contidas no rótulo (46,75%), o cheiro do produto (44,81%), a imagem da embalagem e do rótulo (30,52%) e a propaganda que o produto disponibiliza (29,87%) (ver Gráfico 05). Os compostos ativos que o produto fornece é o fator menos importante na opinião dos alunos, levando apenas 25,32%. Esses dados são intrigantes visto que “Informações do rótulo” é um item marcado por quase metade dos entrevistados, enquanto “Compostos ativos que o produto tem” foi o menos 37 assinalado. Além disso, “Cheiro do produto” tem percentual de resposta semelhante ao de “Informações do rótulo”, evidenciando um aspecto essencial do comportamento de compra de cosméticos: a percepção subjetiva e emocional tem muito valor para o consumidor (REDE BAHIA DE TELEVISÃO, 2007; STACOLIM, 2007). Os resultados obtidos nesta questão confirmam que os usuários são influenciados pelo marketing do produto (SAMPAIO, 2009; STACOLIM, 2007), pois a imagem da embalagem e do rótulo, o cheiro do produto e a propaganda que o mesmo disponibiliza, compõem esse conceito. Nesse sentido, especial atenção deveria ser dada, pelos órgãos reguladores, ao controle e fiscalização da propaganda de cosméticos. No entanto, a partir dos dados levantados com a resposta a esse item, é válido questionar se a forma como as informações disponíveis nos rótulos é adequada para que o consumidor obtenha orientações seguras para a tomada de decisão no momento da compra, uma vez que, pelo observado, quando o consumidor procura informações do rótulo, ele não necessariamente busca aquelas que teriam a finalidade de orientá-lo quanto à segurança de uso ou que poderiam fornecer indicação de possíveis restrições, como é o caso da lista de compostos ativos. Dados como esses, confirmam a necessidade de adaptar a rotulagem à realidade do consumo de cosméticos, permitindo melhor atender às necessidades do usuário. A estratégia de marketing do produto não deve se sobressair à informação técnica, dando assim, a possibilidade do consumidor de conhecer melhor o produto que está sendo adquirido. Tabela 10 – Questão 05: Se você compra produtos por meio de revistinhas (AVON, NATURA, BOTICÁRIO entre outros), qual o seu método de escolha? CURSO Administraç. Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Indicação da revendedora. Comparação com outros produtos da mesma revistinha FEM MAS 2 2 4 1 FEM 3 3 MAS 5 1 1 4 0 2 0 1 2 3 0 1 0 Pela imagem da embalagem e rótulo Propagandas (televisão, própria revistinha) Pelo preço FEM 4 1 MAS 4 0 FEM 2 0 MAS 3 0 FEM 4 2 MAS 4 1 0 1 2 6 0 1 2 2 1 2 4 3 0 2 3 0 0 0 0 1 0 1 1 0 2 0 2 0 5 0 3 1 2 0 0 0 1 1 4 0 1 3 3 1 2 1 0 2 1 38 CURSO Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) Indicação da revendedora. Comparação com outros produtos da mesma revistinha FEM MAS 2 0 FEM 4 MAS 5 0 4 2 2 3 6 1 2 1 0 2 Pela imagem da embalagem e rótulo Propagandas (televisão, própria revistinha) Pelo preço FEM 2 0 FEM 2 MAS 2 FEM 5 MAS 0 0 3 5 3 0 2 5 2 0 1 7 5 1 3 0 2 1 2 1 1 0 1 0 2 3 6 1 4 0 0 0 4 0 2 1 1 1 2 0 3 0 1 1 2 1 1 1 4 1 5 5 1 3 2 4 6 0 0 4 0 3 0 6 0 2 0 6 6 3 2 0 0 2 0 5 1 0 4 1 2 1 5 4 3 1 0 2 0 3 1 1 6 0 4 3 0 4 4 1 0 5 0 0 0 1 5 4 4 4 6 2 3 1 1 4 1 4 0 1 2 2 1 1 0 4 1 2 3 5 1 2 4 2 0 0 2 4 1 3 5 0 61 46 35,88 33,33 34,74 0 0 55 23 32,35 16,66 25,32 4 0 67 26 39,41 18,84 30,19 4 0 58 28 34,11 20,28 27.92 3 0 72 41 42,35 29,71 36,69 Gráfico 6 – Questão 05: Se você compra produtos por meio de revistinhas, qual o seu método de escolha? QUESTÃO 05: SE VOCÊ COMPRA PRODUTOS POR MEIO DE REVISTINHAS (AVON, NATURA, BOTICÁRIO ENTRE OUTROS), QUAL O SEU MÉTODO DE ESCOLHA? 45,00% 40,00% 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% Fem Mas Pelo preço Indicação da revendedora 42,35% 29,71% 35,88% 33,33% Pela imagem da embalagem do rótulo 39,41% 18,84% Propaganda Tv e revistinha 34,11% 20,28% Comparação com outros produtos 32,35% 16,66% 39 Várias empresas cosméticas utilizam como estratégia de distribuição a venda direta (porta a porta) ao consumidor, empregando para isso um catálogo de produtos que, no Brasil, é conhecido como “revistinha”. Como essa denominação é a comumente empregada para definir esses catálogos, optou-se por sua utilização quando da elaboração do questionário. Para saber o método de escolha do usuário quando este utiliza os catálogos de venda direta, foi formulada a quinta questão. O item mais procurado em ambos os sexos na compra de produtos por meio de revistinhas é o preço. Em seguida, vem a indicação da revendedora sobre os produtos à venda. Cerca de 39% das mulheres afirmam que a imagem da embalagem do produto influencia na compra. Além disso, 34% revelam que são induzidas por propagadas do produto vinculados pela TV, internet e ou a própria revistinha, o que confirma a discussão feita na questão anterior. Já os homens, afirmam serem menos induzidos pelos mesmos. O item menos marcado é a comparação com outros produtos da mesma categoria (ver Gráfico 06). No Brasil, a venda direta de cosméticos é um canal de distribuição forte (CAPANEMA, 2007), que não pode ser negligenciado. O consumo por esse canal de distribuição é o que, potencialmente, menos informa o usuário, uma vez que não há, na grande maioria dos casos, profissional habilitado a tirar dúvidas que possam surgir no momento da compra; além disso, nesse tipo de catálogo não estão disponíveis informações essenciais para o correto uso do produto, como prazo de validade, registro na ANVISA e composição química. Considerando a importância desse tipo de canal de venda no País, faz-se ainda mais evidente a necessidade de que os produtos tenham rótulos claros, objetivos e esclarecedores. Um dado muito interessante é que na questão 3 apenas 40 alunos do sexo masculino marcaram revistinhas como um dos meios onde compra cosméticos, porém, 111 alunos responderam o seu método de escolha na hora da compra por revistinhas. Com esses dados, podemos observar que a maioria dos homens não admitem comprar cosméticos por esse meio. Atualmente, brasileiros do sexo masculino movimentam US$ 4,7 bilhões no mercado mundial de cosméticos, o que equivale a cerca de 50% de todo o faturamento da América Latina, perdendo apenas para os Estados Unidos (BOAVENTURA, 2010). No entanto, os resultados aqui demonstrados evidenciam que, mesmo exercendo atualmente uma grande influencia no mercado de cosméticos, os homens ainda não se sentem a vontade para falar sobre o assunto. 40 Tabela 11 – Questão 06: Antes de comprar um produto cosmético, você lê o rótulo? CURSO Administração Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Bioló. Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) SIM NÃO FEM 12 4 MASC 10 3 FEM 1 3 MASC 7 0 4 8 1 1 4 1 1 2 5 0 1 3 0 6 0 7 4 1 7 4 7 4 3 4 1 5 1 3 1 3 4 3 3 4 2 4 3 5 0 3 7 1 5 6 5 2 8 6 5 4 1 6 4 0 0 0 1 4 1 4 2 0 1 1 4 2 1 2 3 5 0 3 1 3 1 6 0 3 1 5 7 3 2 2 1 2 1 3 4 52 30,59% 2 66 47,82% 4 0 118 72 69,41% 52,18% 61,69 38,31 41 Gráfico 7 – Questão 06: Antes de comprar um produto cosmético, você lê o rótulo? QUESTÃO 06: ANTES DE COMPRAR UM PRODUTO COSMÉTICO, VOCÊ LÊ O RÓTULO? 38,31% Sim Não 61,69% Tabela 12 – Se você lê o rótulo, que informações você procura nele? CURSO Administraç. Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física* Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) Benefícios que o produto oferece FEM MAS 11 8 3 1 4 0 7 4 1 1 0 6 3 4 1 2 7 1 3 1 6 5 3 4 6 0 1 3 4 3 4 0 3 0 1 0 7 1 4 3 3 1 3 4 5 2 2 1 3 0 95 55 80,51 76,38 78,95 Orientações sobre como usar o produto FEM MAS 10 7 1 3 3 0 7 3 1 1 0 4 3 3 1 3 6 2 4 1 7 4 2 3 5 1 1 4 5 3 3 0 2 0 2 0 6 0 6 4 3 1 2 3 5 2 3 1 3 0 91 53 77,12 73,61 75,79 Educação física* - Outros: se o produto respeita o meio ambiente Informações sobre possíveis reações adversas, irritação ou alergia FEM MAS 8 3 0 1 2 1 5 3 0 1 0 3 2 0 1 1 5 3 3 0 3 3 1 2 4 1 1 5 1 3 3 0 3 0 2 0 5 0 4 2 1 0 1 0 2 1 3 1 3 0 63 34 53,39 47,22 51,05 42 Tabela 13 - Se você lê o rótulo, que informações procura nele? CURSO Administraç. Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física* Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) Composição química do produto FEM MAS 3 1 0 0 Prazo de validade FEM 8 1 MAS 5 2 Registro do produto na Anvisa FEM MAS 0 0 0 2 0 3 0 0 0 3 0 1 3 3 1 0 0 3 0 3 1 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 2 0 3 1 1 0 1 1 3 0 0 1 1 0 0 0 2 1 1 4 0 0 0 0 0 2 0 0 0 1 5 2 5 2 4 1 3 4 2 2 3 2 3 2 2 1 1 0 3 3 1 3 2 0 0 0 0 2 1 2 0 0 1 0 1 0 1 1 0 1 0 0 2 1 0 1 1 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 3 1 1 0 4 2 1 0 1 0 1 0 1 25 21,19 0 17 23,61 1 13 11,02 0 8 11,11 22,11 1 0 64 35 54,24 48,61 52,11 11,05 43 Gráfico 8 – Questão 06: Se você lê o rótulo, que informações você procura nele? SE VOCÊ LÊ O RÓTULO, QUE INFORMAÇÕES VOCÊ PROCURA NELE? 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Fem e Masc Benefício que o produto oferece 78,95% OrientaInformações sobre ções sobre como usar possíveis o produto reações adversas, irritação ou alergia 75,79% 52,11% Prazo de validade Composição do produto Registro do produto na ANVISA 51,05% 22,11% 11,05% O objetivo da sexta questão foi observar quais informações contidas no rótulo dos cosméticos são compreendidas pelo voluntário como mais importantes. Mais de 38% dos entrevistados revelam que não leem o rótulo antes de comprar um produto cosmético (ver Gráfico 7). Esse dado é chocante visto que corresponde a 118 alunos dos 308 entrevistados (ver Tabela 12). Essa informação leva ao questionamento se os usuários não leem os rótulos por não considerar que o uso de cosmético pode representar algum risco à sua saúde, ou se pelo fato de não encontrarem o que necessitam ou se simplesmente os mesmos não se preocupam em conhecer mais sobre o produto. Dos 190 alunos que afirmam lerem o rótulo antes de comprar um produto cosmético, apenas 51,05% verificam o prazo de validade (ver Gráfico 8). Esse resultado é preocupante, pois revela que mais da metade dos entrevistados não estão cientes dos problemas de utilização de um produto cosmético vencido. Apesar de produtos cosméticos serem considerados de baixo risco sanitário (BRASIL, 2005a), sua utilização deve ser feita de forma segura e orientada, a fim de evitar danos à saúde. Pode-se exemplificar esse risco a partir da discussão de um item comum a praticamente todos os cosméticos disponíveis para consumo, os conservantes. Os produtos cosméticos possuem conservantes específicos para garantir sua qualidade microbiológica ao 44 longo do tempo, quer o produto permaneça lacrado quer quando em uso. Tais conservantes sofrem degradação ao longo do tempo, podendo perder a sua atividade ou, ainda, gerarem derivados de maior toxicidade. Durante o prazo de validade, a indústria cosmética garante a segurança de uso, uma vez que estudos de estabilidade foram realizados. Porém, após o prazo de validade, essa segurança não pode mais ser garantida, ficando os cosméticos sujeitos a contaminações por bactérias e fungos, o que pode causar alergias e infecções, como o “sapinho” e conjuntivite e, ainda, no caso de cosméticos que estão em contato com o olho, podem lesionar a córnea provocando até mesmo, problemas de visão (BOM DIA BRASIL, 2010). Além disso, se o produto for aplicado na pele lesionada, os problemas podem se tornar ainda mais graves (SZERGO, 2009). Do total de voluntários que afirmam lerem o rótulo antes de comprar um produto cosmético, apenas 11,05% informam procurar pelo registro do produto na ANVISA (ver Gráfico 8). O número do registro é uma maneira rápida e eficaz do consumidor saber se aquele produto que será usado está dentro dos padrões sanitários para o seu uso regular. Portanto, este é um item importante, e deve ser ressaltado no rótulo. Apenas 22,11% dos participantes que afirmam ler o rótulo dos produtos verificam a sua composição. Além disso, muitos consideraram um ponto negativo que a composição seja informada em termos técnicos e não em português. Atualmente, a ANVISA exige, para registro, que a composição do produto cosmético seja indicada no rótulo empregando-se o INCI (International Nomenclature of Cosmetics Ingredients). De acordo com a ANVISA, o INCI “é um sistema internacional de codificação da nomenclatura de ingredientes cosméticos, reconhecido e adotado mundialmente, criado com a finalidade de padronizar os ingredientes na rotulagem dos produtos cosméticos” e a justificativa para a sua adoção no Brasil seria a de oferecer vantagens tanto para o consumidor quanto para a vigilância sanitária no sentido de identificar mais facilmente o ingrediente utilizado, uma vez que, como os ingredientes cosméticos podem ter vários nomes comerciais e identificações químicas, a adoção do INCI evitaria que cada empresa opte por um nome específico. No entanto, conforme indicam os resultados obtidos neste estudo, sob o ponto de vista do consumidor, a adoção dessa padronização não tem representado vantagem, na verdade, é considerada fator dificultador para o entendimento das informações do rótulo (BRASIL, 2012). É fato que existem, na internet, sites de livre acesso para consulta do INCI, no entanto, o acesso à rede ainda pode ser considerado restrito no Brasil, uma vez que, menos de 50% da 45 população tem acesso à internet, segundo dados da Convergência Digital (2011). Na população amostral estudada, o acesso à internet é mais amplo, visto que, mesmo que não disponham em suas residências, a Universidade Católica de Brasília oferece o serviço a seus estudantes. Assim, para essa população, a internet pode ser uma grande aliada do usuário, no entanto, cabe ressaltar um ponto relevante: como o usuário não tem o conhecimento técnico necessário para avaliar a qualidade do conteúdo pesquisado, na maioria das vezes, as informações são buscadas em sítios de conteúdo pouco confiável. É inegável a contribuição que a adoção do INCI representa para a padronização das informações de composição e sua identificação segura pelos profissionais da área, bem como pela vigilância sanitária. No entanto, para o consumidor, seria de mais valia se a legislação exigisse que, além do INCI, o rótulo apresentasse os nomes dos ingredientes em língua portuguesa, até porque, considerando a finalidade do rótulo, as informações necessárias devem estar nele descritas ou, na impossibilidade, em um folheto informativo, não necessitando que o usuário procure outros meios para conhecer o produto que irá consumir. Tabela 14 – Questão 07: Quando o produto vem como o folheto informativo, você: CURSO Administração Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Não dá atenção e joga fora. FEM MASC 0 2 1 0 Lê e joga fora. Lê e guarda. FEM 8 3 MASC 9 2 FEM 3 1 MASC 4 1 Não lê, mas guarda. FEM MASC 2 2 1 0 0 1 0 0 4 3 1 2 0 1 0 2 1 0 0 1 2 1 2 3 0 0 2 0 0 1 0 7 0 1 0 4 0 2 0 0 1 0 2 0 0 1 4 0 2 5 7 5 2 4 3 4 1 1 4 0 1 0 2 0 0 1 0 1 2 2 2 2 0 4 0 3 0 3 2 2 1 2 0 2 0 0 0 2 1 1 0 0 0 2 0 2 1 4 0 2 5 0 6 2 5 3 4 8 1 4 3 0 0 2 1 5 4 1 0 0 3 0 5 0 0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0 0 46 CURSO Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) Não dá atenção e joga fora. FEM MASC 0 0 0 1 1 0 4 16 9,31 0 1 2 25 18,11 13,31 Lê e joga fora. Lê e guarda. FEM 4 5 MASC 0 4 FEM 1 1 MASC 0 2 6 5 1 4 1 0 1 0 1 0 94 69 55,29 50 52,92 Não lê, mas guarda. MASC FEM 3 2 3 2 0 0 2 0 31 19 18,23 13,77 16,23 1 23 13,53 1 0 0 26 18,84 15,91 Gráfico 9 – Questão 07: Quando o produto vem com o folheto informativo, você: QUESTÃO 07: QUANDO O PRODUTO VEM COM O FOLHETO INFORMATIVO, VOCÊ: 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Fem e Masc Lê e joga fora Não lê, mas guarda Lê e guarda 52,92% 16,23% 15,91% Não dá atenção e joga fora 13,31% Tabela 15 – Questão 08: Que tipo de informação consta nos folhetos informativos que você já leu? CURSO Administração Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Nunca li nenhum. Propaganda do produto e de outros da mesma linha. FEM MAS 6 5 2 0 FEM 0 1 MAS 2 1 1 0 0 0 2 3 1 1 0 0 3 1 Orientação de uso. Reações adversas (efeitos colaterais). FEM MAS 4 5 1 0 FEM 10 4 MAS 8 2 0 4 3 10 0 3 2 5 2 1 4 2 3 0 6 0 1 3 0 0 0 1 4 2 4 3 1 6 Número do SAC da empresa. FEM 5 0 MAS 6 0 1 1 3 1 0 0 0 1 0 1 5 0 4 0 3 2 1 4 4 1 3 1 0 4 0 0 3 0 1 3 47 CURSO Nunca li nenhum. Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) Propaganda do produto e de outros da mesma linha. FEM MAS 5 0 4 2 FEM 0 0 MAS 0 0 0 2 1 0 0 0 1 1 1 0 0 2 1 0 2 0 3 1 5 0 2 1 3 1 0 0 1 5 2 19 33 11,18 23,91 16,88 Orientação de uso. Reações adversas (efeitos colaterais). FEM MAS 3 1 4 6 FEM 7 9 MAS 3 6 2 2 4 1 6 1 3 0 3 1 4 2 1 5 0 4 2 0 0 1 1 2 0 3 7 1 6 6 5 3 7 6 4 6 1 4 3 0 0 1 0 6 1 5 1 3 0 4 6 4 3 3 0 0 56 47 32,94 34,06 33,44 1 0 121 67 71,18 48,55 61,04 Número do SAC da empresa. FEM 0 4 MAS 0 3 1 1 0 4 1 4 3 2 2 3 5 3 4 0 4 2 0 0 1 0 5 1 2 2 1 1 1 2 1 2 2 3 2 1 1 1 0 0 1 0 0 0 1 2 3 1 2 3 1 1 2 2 0 66 43 38,82 31,16 35,39 0 0 38 25 22,35 18,11 20,45 Gráfico 10 – Questão 08: Que tipo de informação consta nos folhetos informativos que você já leu? QUESTÃO 08: QUE TIPO DE INFORMAÇÃO CONSTA NOS FOLHETOS INFORMATIVOS QUE VOCÊ JÁ LEU? 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Fem e Masc Orientações de uso Reações adversas 61,04% 35,39% Propaganda do produto e de outros da mesma linha 33,44% Número do SAC da empresa Nunca li nenhum 20,45% 16,88% 48 A sétima questão tinha como objetivo saber o que o usuário faz com o folheto informativo quando este vem com o produto. A maior parte, cerca de 52,92%, lê e joga fora (ver Gráfico 09). Durante o uso do produto, condições supervenientes podem gerar a necessidade de se procurar informações específicas, como seria o caso da ocorrência de efeito adverso a partir da aplicação do produto. De acordo com os dados obtidos nessa questão, não há a possibilidade do usuário obter essas informações diretamente no produto ou no material acessório de embalagem que o acompanha, já que a maioria joga fora os folhetos informativos. Além disso, por ausência de rigor na legislação, muitas indústrias aproveitam o folheto informativo apenas para a divulgação de outros produtos da mesma categoria, não dando o enfoque necessário às informações e orientações de uso que deveriam nele estar destacadas. Ainda sobre este assunto, foi perguntado que tipo de informação o usuário costuma encontrar nos mesmos. “Orientações de uso” foi item mais marcado, por cerca de 61,04% dos alunos, seguidos de “reações adversas” (35,39%), “propaganda do produto e de outros da mesma linha” (33,44%) e “número do SAC” (20,45%). Além disso, 16,88% afirmam nunca terem lido um folheto informativo (ver Gráfico 10). O folheto informativo é um suporte de informação muito importante para usuário de cosmético, tornando-se uma estratégia excelente, e deveria ser exigido pelo consumidor. De acordo com o Guia para avaliação de segurança de produtos cosméticos fornecido pela ANVISA (BRASIL, 2003), para que um produto seja lançado no mercado, devem ser feitas avaliações dos ingredientes a serem utilizados, de risco potencial do produto, da segurança entre outros testes, que envolvem ensaios pré-clínicos, em animais, clínicos e in vitro. Portanto, já que são feitos inúmeros testes para um produto ser comercializado, o resultado desses testes poderia estar contido em um folheto informativo, evidenciando para o usuário o mecanismo de ação, o modo de uso de forma detalhada, as indicações, as contraindicações, as advertências, as possíveis interações com outros produtos entre outros, e não apenas os itens propostos na questão. O usuário tem o direito de saber, de forma descritiva e completa, as características do produto que está consumindo. 49 Tabela 16 – Questão 09: Quando o seu produto cosmético vem embalado em uma caixinha ou um saquinho, você: CURSO Administração Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) Joga fora a caixinha ou saquinho Lê as informações e joga fora a caixinha ou saquinho Sempre guarda o produto na caixinha ou saquinho FEM 1 5 MASC 5 0 FEM 8 1 MASC 5 2 FEM 4 1 MASC 7 1 1 1 0 0 3 5 1 2 1 4 0 3 3 2 2 0 1 2 0 8 0 4 0 1 0 3 1 0 3 1 5 4 0 4 3 0 6 7 5 5 0 1 3 3 2 1 1 0 4 1 1 3 0 2 0 4 2 1 1 3 3 0 0 3 1 2 1 0 2 3 0 2 1 3 1 3 0 2 1 3 1 0 5 4 5 2 2 8 4 5 1 2 2 0 0 2 0 5 0 1 5 1 1 0 3 0 6 0 2 1 0 5 2 0 0 1 1 0 1 5 2 0 0 1 1 5 1 4 5 0 2 0 5 40 23,53% 2 52 37,68% 2 86 50,59% 0 45 32,61% 1 45 26,47% 0 41 29,71% 29,87 45,53 27,92 50 Gráfico 11 – Questão 09: Quando seu produto cosmético vem embalado em uma caixinha ou um saquinho, você: QUESTÃO 09: QUANDO O SEU PRODUTO COSMÉTICO VEM EMBALADO EM UM CAIXINHA OU UM SAQUINHO, VOCÊ: 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% lê as informações e joga fora a caixinha ou saquinho Fem e Masc 45,53% joga fora a caixinha ou saquinho 29,87% sempre guarda o produto na caixinha ou saquinho 27,92% A maioria dos produtos cosméticos tem, além da embalagem primária, uma embalagem secundária, representada, no mais das vezes, por um cartucho de papelão ou envoltório plástico, os quais, geralmente, contêm informações técnicas adicionais. Como cartucho de papelão e envoltório plástico são termos que não fazem parte do dia a dia da maioria dos usuários de cosméticos, optou-se por indicar a embalagem secundária no questionário aplicado pelos termos “caixinhas” e “saquinhos”. Foi questionado aos voluntários se eles jogam fora essa embalagem ou a guardam. A maior parte dos homens, cerca de 37%, revelam jogar fora a embalagem secundária sem ao menos lerem as informações nela contidas. Já as mulheres, em sua maioria, mais de 50% afirmam que leem as informações antes de jogarem fora (ver Tabela 17). De acordo com a RDC nº 211/2005, a embalagem secundária deve conter o número de registro do produto, fabricante/importador/titular, prazo de domicílio validade, do conteúdo, país de fabricante/importador/titular origem, e a composição/ingredientes. Portanto, se o usuário joga fora essa embalagem, o mesmo perde praticamente todas as informações importantes sobre o produto, tornando a necessidade, ainda maior, da existência de um folheto informativo adequado. Este fato é outro motivo para o que o farmacêutico se posicione no setor da cosmetologia, dando suporte ao usuário quando necessário. A maioria dos produtos não vem com um folheto informativo adequado, e a embalagem secundária quase sempre é jogada fora, tornando o farmacêutico um grande aliado para o esclarecimento de dúvidas frequentes. 51 Tabela 17 – Questão 10: Como você determina a forma de usar o produto (por exemplo, quanto usar, em que hora do dia, quantas vezes por dia)? CURSO Administraç. Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionai s Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) Pelas informações da caixinha Pelas informações do rótulo Por orientação própria Com informações dadas pela pessoa que me vendeu o produto na perfumaria ou na farmácia FEM MAS 2 4 3 1 FEM 6 1 MAS 5 1 FEM 11 3 MAS 8 2 FEM 0 3 MAS 3 0 3 8 0 2 2 8 1 2 0 1 0 2 1 0 0 0 3 2 3 2 0 5 0 5 0 2 0 5 4 4 1 1 0 4 3 2 1 5 6 1 4 0 5 1 4 2 0 3 Com informações disponíveis na internet FEM 0 0 MAS 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 5 0 3 0 1 1 4 1 1 2 3 1 0 1 1 0 4 1 0 0 0 0 0 1 1 2 3 1 4 0 2 0 1 0 0 0 0 1 3 0 4 2 0 0 0 0 2 3 5 1 0 1 4 2 4 0 0 0 4 0 0 0 2 0 1 1 0 1 0 0 1 0 2 3 1 4 5 5 3 0 0 3 1 1 1 2 2 5 1 6 4 2 7 0 0 0 0 2 0 1 3 1 2 2 3 2 5 1 0 0 0 4 0 5 0 1 0 2 3 0 2 2 0 3 0 0 1 2 0 0 0 1 0 0 2 0 0 0 0 0 0 1 2 1 1 2 3 2 2 2 4 2 0 1 0 0 2 0 0 1 0 0 1 2 2 0 5 0 1 1 1 0 8 4,7 3 2,17 69 49 40,59 35,51 38,31 78 45 45,88 32,61 39,94 51 30 42 30,43 30,19 23 28 13,53 20,29 16,56 3,57 52 Gráfico 12 – Questão 10: Como você determina a forma de usar o produto? QUESTÃO 10: COMO VOCÊ DETERMINA A FORMA DE USAR O PRODUTO (POR EXEMPLO, QUANTO USAR, EM QUE HORA DO DIA, QUANTAS VEZES POR DIA)? 40,00% 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% pelas pelas informações informações do rótulo da caixinha Fem e Masc 39,94% 38,31% por orientação própria 30,19% com com informações informações dadas pelo disponíveis vendedor na internet 16,56% 3,57% Tabela 18 – Questão 11: Você acha que as informações contidas nos rótulos dos cosméticos que você usa são suficientes para que você o utilize de forma adequada? CURSO Administração Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Public. e Prop. Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) SIM FEM 7 6 3 6 2 0 3 4 6 2 5 1 2 0 5 2 2 1 4 2 3 5 2 2 4 79 NÃO MASC 13 2 1 3 0 9 6 5 6 2 5 4 0 3 2 0 0 0 0 3 1 7 1 2 0 75 50% FEM 6 1 2 4 4 0 2 0 2 5 6 2 7 1 1 5 7 3 5 6 5 4 6 3 4 91 MASC 4 1 0 2 4 4 1 1 2 1 4 4 1 6 3 3 1 6 1 4 1 2 2 3 2 63 50% 53 Tabela 19 – Questão 12: Você acha que as informações contidas nos rótulos dos cosméticos que você usa são suficientes para tirar todas as suas dúvidas quanto ao uso do produto? CURSO Administração Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) SIM NÃO FEM 2 3 MASC 8 1 FEM 11 4 MASC 9 2 2 3 0 0 3 7 1 5 1 2 5 2 0 6 0 7 0 3 2 0 3 1 3 5 0 3 5 1 6 7 8 6 3 3 3 6 2 1 1 7 0 0 2 2 1 0 3 0 3 3 0 4 1 0 0 0 0 0 1 2 9 1 4 5 8 4 6 8 5 6 1 5 4 3 1 6 1 7 1 7 1 0 0 0 7 5 3 5 2 38 0 38 6 132 2 100 24,68% 75,32% Tabela 20 – Se não, você pode citar pelo menos uma informação que você já procurou e não encontrou no rótulo? CURSO Administração Arquitetura e Urbanismo Modo de usar (quantas vezes passar, como retirar o produto, hora adequada) FEM MAS 1 - Quantidade do produto FEM 1 - MAS 2 - Composição em porcentagem Tempo médio para o produto fazer efeito FEM - FEM 1 MAS 1 - MAS 1 - Reações alérgicas FEM 1 1 MAS - 54 CURSO Biologia Ciências da Computação Direito Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Gestão Pública Jornalismo Letras Nutrição Publicidade e Propaganda Química Serviço Social TOTAL TOTAL % Modo de usar (quantas vezes passar, como retirar o produto, hora adequada) FEM MAS 1 1 Quantidade do produto Composição em porcentagem Tempo médio para o produto fazer efeito Reações alérgicas FEM - MAS - FEM - MAS 1 FEM - MAS 1 FEM - MAS 1 1 - - - - - - - 1 2 2 1 2 1 - 1 - - - - 2 - - - 1 1 1 3 - - - - - - 1 1 9 3,88 6 2,59 5 2,16 5 2,16 0 0 2 0,86 3 1,29 2 0,86 2 0,86 1 0,43 Tabela 21 – Se não, você pode citar pelo menos uma informação que você já procurou e não encontrou no rótulo? CURSO Ciências Biológicas Ciências da Computação Direito Educação Física Engenharia Ambiental TOTAL TOTAL % Onde o produto age no organismo de forma específica FEM MAS 1 - Consequência do uso excessivo Em caso de validade vencida, o que fazer Reações a longo prazo Se pode usar com outro produto FEM - MAS - FEM - MAS - FEM - MAS - FEM - MAS - - - - 1 - - - - - - - - - - - 1 - 1 1 - - - - - - - - - 1 - 1 0,43 0 0 0 0 1 0,43 0 0 1 0,43 0 0 1 0,43 2 0,86 0 0 55 Tabela 22 – Se não, você pode citar pelo menos uma informação que você já procurou e não encontrou no rótulo? CURSO Efeitos adversos Arquitetura e Urbanismo Ciências Biológicas Ciências Contábeis Direito Economia Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Gestão Pública Letras Nutrição Psicologia Química TOTAL TOTAL % Indicação de idade para uso Se após o uso do produto o usuário pode se expor ao sol Se o produto é contra indicado para quem tem problemas de pele FEM MAS - FEM 1 MAS - FEM - MAS - FEM - MAS - - - 1 1 1 - 1 - - - - - - 1 1 1 1 - - - - 2 - - 1 1 1 1 7 3,02 1 4 1,72 1 0,43 1 0,43 Reações alérgicas (porque e o que fazer) FEM - MAS - - - - - - 1 - 1 - 1 - - - - - - - - - 1 1 3 1,29 1 0,43 2 0,86 0 0 1 1 0,43 2 2 0,86 Tabela 23 – Se não, você pode citar pelo menos uma informação que você já procurou e não encontrou no rótulo? CURSO Educação Física Gestão Pública Letras TOTAL TOTAL % Se o produto foi testado em animais FEM 1 1 0,43 MASC 0 0 Se pode aumentar a quantidade do produto FEM MASC 1 1 0 0,43 0 Prazo de validade na embalagem primária FEM 1 1 0,43 MASC 0 0 Para saber se o usuário de cosmético possui dúvidas quanto ao modo de uso, ou seja, quantas vezes usar, em que hora do dia e quanto usar, foi perguntado como o usuário determina essas formas. A grande maioria, 39,94%, seguem as informações do rótulo, 38,31%, seguem as informações da embalagem secundária e cerca de 30%, tanto dos homens quanto das mulheres, determinam essas medidas por orientação própria (ver Gráfico 12). As informações de modo de uso presentes nos rótulos e cartuchos, na maioria das 56 vezes, não estão descritas de forma detalhada. Em muitos os casos, a parte destinada a este item é pequena e não comporta todas as informações necessárias. Além disso, as embalagens tendem sempre a serem menores, dificultando ainda mais a colocação dessas informações. Cerca de 30% dos entrevistados informou que determinam o modo de usar o cosmético por orientação própria, dado preocupante uma vez que esta pesquisa demonstra que a qualidade da informação que os voluntários têm quanto a cosméticos é bastante insatisfatória. Esses dados podem ser reforçados com dados das questões seguintes, como o que revela que 50% dos entrevistados não consideram as informações contidas nos rótulos dos cosméticos suficientes para uma utilização adequada, e 75,32% consideram essas informações insuficientes para tirar todas as suas dúvidas quanto ao uso do produto. Assim, a hipótese de que os usuários não procuram orientação no rótulo pelo fato de que já que não encontraram em tentativas anteriores não poderia ser descartada. Nessa questão, o voluntário tinha a possibilidade de escrever alguma informação que já procurou nos rótulos e não encontrou. Dentre essas informações, o modo de uso foi o mais descrito. As pessoas ainda têm dúvidas quanto ao modo de aplicação, como retirar o produto, em que momento utilizar, quantas vezes e qual a quantidade certa que se deve usar, reforçando os dados obtidos na questão anterior. Dentre as informações citadas pelos voluntários estão os efeitos adversos, possíveis restrições quanto à exposição ao sol e ao uso concomitante com outros produtos. Além disso, alguns indicaram a preocupação com a presença do prazo de validade em ambas as embalagens, primária e secundária, com o que deve ser feito quando o produto vence, com a possibilidade de uso por pessoas com algum problema dermatológico, com a porcentagem dos componentes, e até mesmo com o fato de o produto foi testado em animais. Ainda, alguns manifestaram opinião de que as informações contidas nos rótulos são incompletas e de difícil compreensão. Esses dados evidenciam duas tendências na população estudada: início de conscientização sobre os riscos do uso do produto, preocupação crescente com a sustentabilidade e conscientização ecológica, o que é coerente, considerando que todos são universitários, expostos a um ambiente repleto de informações variadas e que estimula o senso crítico. 57 Tabela 24 – Questão 13: Você acha que cosméticos podem causar algum dano à sua saúde? CURSO SIM Administração Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) NÃO FEM 12 4 MASC 16 2 FEM 1 3 MASC 1 1 4 7 1 3 1 3 0 2 3 3 3 1 0 13 0 0 5 1 5 3 11 6 5 7 1 9 0 3 3 4 0 1 1 1 2 0 2 7 1 2 4 1 4 3 7 2 9 6 4 8 1 9 4 1 1 5 0 5 1 7 5 0 2 4 2 2 0 2 4 1 0 0 1 2 0 1 1 2 1 2 6 2 3 2 2 3 0 3 5 118 69,41 1 113 81,9 3 52 30,59 1 25 18,11 75% 25% . Gráfico 13 – Questão 13: Você acha que cosméticos podem causar algum dano à sua saúde? QUESTÃO 13: VOCÊ ACHA QUE COSMÉTICOS PODEM CAUSAR ALGUM DANO À SUA SAÚDE? 25% Sim Não 75% 58 Outro dado interessante é que 75% das pessoas acham que os cosméticos podem causar algum dano à saúde (ver Gráfico 13). Além disso, a maior parte dessa porcentagem é composta por alunos do sexo masculino, correspondente à cerca de 82% dos homens entrevistados. Já com relação às mulheres, apenas 69,41, marcaram “sim” (ver Tabela 25). Ou seja, os homens estão mais cientes dos riscos causados por produtos cosméticos do que as mulheres. Mas mesmo assim, independente do sexo, os voluntários não se preocupam com o prazo de validade e número de registro do produto por exemplo, que são informações essenciais. Ou seja, apesar da maioria ter marcado “sim” nessa questão, os resultados das outras questões mostram que os usuários realmente ainda não tem completa consciência quanto ao tipo de informação que poderia lhe fornecer mais segurança no uso do produto. Tabela 25 – Questão 14: Você já ligou para o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor)? CURSO Administração Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social SIM NÃO FEM 0 0 MASC 2 0 FEM 13 7 MASC 15 3 1 3 0 0 4 7 1 5 1 1 5 3 0 1 0 12 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 5 4 7 7 11 6 6 7 3 9 1 0 2 8 1 0 0 0 0 0 0 0 1 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 8 1 6 7 9 4 9 8 7 7 1 8 5 3 1 6 1 7 2 8 0 0 0 0 8 5 3 5 0 0 8 2 59 CURSO SIM FEM 11 6,47 TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) NÃO MAS 8 5,80 FEM 159 93,53 6,17% MAS 130 94,2 93,83% Gráfico 14 – Questão 14: Você já ligou para o SAC? QUESTÃO 14: VOCÊ JÁ LIGOU PARA O SAC? 6,17% Sim Não 93,83% Tabela 26 – Se sim, foi para: CURSO Administração Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Reclamação FEM - MASC - 1 1 1 - - 1 1 1 - Pedir alguma informação FEM MASC 1 - Outros FEM - MASC 1* - - - 1 1 - 1 1** - 1 1 1 - - - 1*** - 60 CURSO Reclamação Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL *propor melhoras **trocar produto ***mau uso do produto Pedir alguma informação FEM MASC 1 - FEM 1 MASC 1 - - - 7 4 3 Outros FEM - MASC - - - - 2 2 1 Gráfico 15 - Se sim, foi para: Se sim, foi para: Reclamação 15,79% Pedir alguma Informação Outros 26,32% 57,89% Tabela 27 – Questão 15: Você já teve algum efeito adverso (efeito colateral) ao usar um produto cosmético? CURSO Administração Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física SIM NÃO FEM 6 2 MASC 6 1 FEM 7 5 MASC 11 2 4 6 0 4 1 4 1 1 2 1 4 3 0 1 0 12 2 3 3 1 0 3 3 1 5 6 6 5 61 CURSO Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) SIM NÃO FEM 4 3 MASC 2 2 FEM 3 8 MASC 1 7 0 1 3 7 6 1 2 5 2 2 4 3 1 5 1 5 1 2 0 4 0 1 0 1 3 0 4 2 7 2 5 5 7 4 0 4 4 1 1 2 1 6 2 8 1 3 1 2 7 2 2 3 4 96 56,47 1 97 70,29 4 1 74 41 43,53 29,71 37,34% 62,66% Gráfico 16 – Questão 15: Você já teve algum efeito adverso ao usar um produto cosmético? QUESTÃO 15: VOCÊ JÁ TEVE ALGUM EFEITO ADVERSO (EFEITO COLATERAL) AO USAR UM PRODUTO COSMÉTICO? 37,34% Sim Não 62,66% 62 Tabela 28 – Se sim, que tipo de efeito adverso você teve? CURSO Administração Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) ALERGIA FEM MASC 3 3 1 1 IRRITAÇÃO FEM MASC 2 3 1 0 VERMELHIDÃO FEM MASC 3 0 1 0 2 3 0 0 0 3 0 3 2 3 0 0 0 0 1 1 2 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 0 0 3 1 1 0 1 2 2 3 0 0 2 1 2 1 1 1 2 1 0 0 2 0 1 0 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 2 2 0 2 0 2 0 0 0 1 0 0 0 1 5 0 1 1 1 2 3 1 0 2 1 4 1 0 0 1 0 0 0 1 3 0 1 4 0 1 3 0 1 1 0 4 0 2 0 2 0 1 0 1 0 0 1 1 1 1 0 0 1 2 0 1 2 0 2 1 2 1 27 16 35 23 36 16 36,49% 39,02% 47,30% 56,10% 48,65% 39,02% 37,39% = 43 50,43% = 58 45,22% = 52 PESSOAS PESSOAS PESSOAS Obs.: 3,48% relataram outros, como elasticidade no cabelo, dor de cabeça e enjoo, queimadura e furúnculo. 63 Gráfico 17 – Questão 15: Se sim, que tipo de efeito adverso você teve? SE SIM, QUE TIPO DE EFEITO ADVERSO VOCÊ TEVE? 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Fem e Masc Irritação 50,43% Vermelhidão 45,22% Alergia 37,39% Outros 3,48% Tabela 29 – Se sim, você acha que poderia ser evitado se você tivesse lido com atenção o folheto informativo ou o rótulo? CURSO Administração Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social SIM NÃO FEM 3 0 MASC 5 0 FEM 3 2 MASC 1 1 0 2 2 0 0 1 1 0 4 4 0 0 0 3 0 1 0 0 1 0 1 1 0 1 0 1 2 3 2 4 2 0 0 2 2 1 0 1 0 2 1 0 1 1 0 1 2 0 0 2 0 0 0 1 0 0 0 1 0 5 1 0 4 2 1 3 3 0 3 1 1 3 1 2 0 3 0 1 0 0 0 0 0 0 1 3 1 2 2 0 2 1 64 CURSO SIM FEM 20 27,03 TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) NÃO MASC 14 34,15 FEM 54 72,97 29,57 MASC 27 65,85 70,43 Tabela 30 - Ao apresentar o efeito adverso, você: CURSO Administraç. Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionai s Serviço Social TOTAL TOTAL % Procurou um médico Ligou para o SAC Procurou uma farmácia e comprou o medicamento que o atendente indicou FEM MAS 1 1 0 0 FEM 2 1 MAS 1 1 FEM 0 0 MAS 0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 2 0 1 Esperou passar (esperou “sarar”) FEM 3 1 MAS 4 0 0 0 2 4 0 4 0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 3 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 4 2 1 2 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 5 1 2 1 4 0 1 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 2 2 4 3 0 2 2 0 4 0 1 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 3 0 1 0 0 0 0 1 1 3 0 13 9 19,13% 3 0 3 4 55 28 72,17% 2,61% 6,09% 65 Gráfico 18 – Questão 15: Ao apresentar o efeito adverso, você: AO APRESENTAR O EFEITO ADVERSO, VOCÊ: esperou passar (esperou “sarar”) 6,09% 2,61% 19,13% procurou um médico 72,17% procurou uma farmácia e comprou o medicamento que o atendente indicou ligou para o SAC Item importante e que deve estar obrigatoriamente contido no rótulo é o número do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor). Portanto, foi perguntado se os usuários já utilizaram esse serviço. Somente 19 pessoas já ligaram para o SAC, e destas, 11 foram para reclamações, 5 para pedir alguma informação, 1 para propor melhorias, 1 para saber se havia a possibilidade de troca do produto e 1 por ter usado o produto de forma incorreta (ver Tabela 27). O Serviço de Atendimento ao Consumidor é muito importante por ser um canal direto de comunicação entre a empresa e o consumidor e, na maioria das vezes, representar uma das únicas formas desse contato. Portanto, deveria ser utilizado pelos usuários de cosméticos. Porém, menos de 7% dos entrevistados já utilizaram esse serviço (ver Gráfico 14), levando à hipótese de que os usuários desconhecem o mesmo e sua finalidade. O SAC pode ser utilizado para reclamar, sugerir, pedir informações, mas, mais do que isso, deve ser utilizado para relatar efeitos adversos, fornecendo dados para a cosmetovigilância (BRASIL, 2007). De todos os voluntários que utilizaram o serviço do SAC, nenhum teve essa finalidade, porém, 37,34% afirmam, na questão seguinte, já ter tido algum efeito adverso (ver Gráfico 15). Dos 308 entrevistados, 115 alunos já tiveram algum efeito adverso ao usar um produto cosmético (ver Tabela 28). Os efeitos adversos mais frequentes foram irritação, vermelhidão e alergia (ver Gráfico 16), respectivamente e 81 dos voluntários acham que a ocorrência do efeito adverso não seria evitada se este tivesse lido 66 com atenção o folheto informativo (ver Tabela 30). Esse resultado permite entender melhor o motivo pelo qual os usuários dão pouca importância aos rótulos e folhetos informativos, pois não os consideram capazes de evitar a ocorrência de dano à saúde, uma das principais preocupações de qualquer consumidor. Ainda desse total, 83 alunos simplesmente esperam o efeito adverso passar e apenas 22 procuraram um médico (ver Tabela 31). Na visão do usuário, os efeitos adversos causados por cosméticos não são considerados de grande potencial para causar danos à saúde, confirmando o que foi discutido na questão 13. Mesmo com um número alto de pessoas que já tiveram reações adversas, essas não são registradas nos centros de saúde nem mesmo pelo SAC, como revelado nos dados obtidos. Dessa forma, essas reações passam despercebidas pela sociedade, pela empresa, e consequentemente, pela vigilância sanitária, já que, por serem considerados casos raros, não necessitam de atenção. Há a necessidade de uma cosmetovigilância eficaz que se preocupa não só com o produto, mas principalmente, com o usuário. Tabela 31 – Questão 16: Da lista abaixo, marque com um “x” os produtos que você costuma usar: CURSO Administraç. Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Desodorante roll on FEM MAS 7 10 5 2 Creme anticelulite FEM MAS 1 0 1 0 Condicionador Perfume Gel capilar FEM 13 7 MAS 11 2 FEM 13 7 MAS 16 3 FEM 0 1 MAS 8 0 2 5 0 3 2 0 0 0 5 9 1 3 5 10 1 5 0 0 1 2 3 1 1 0 5 4 5 4 0 2 0 5 0 0 0 9 0 10 0 0 1 3 4 4 4 4 0 0 0 0 0 0 5 4 7 5 6 6 4 4 7 6 6 8 0 0 2 2 3 2 2 5 0 4 0 0 0 0 7 10 0 6 7 11 3 8 0 0 2 3 1 2 0 0 3 6 2 8 0 1 5 0 0 0 4 3 0 0 0 0 0 0 9 1 6 1 7 3 9 1 6 1 7 5 1 0 2 0 1 3 5 7 0 0 0 0 0 0 7 9 1 1 6 9 3 1 0 0 1 0 67 CURSO Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionai s Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) Desodorante roll on FEM MAS 1 2 6 0 3 0 7 0 6 5 Creme anticelulite FEM MAS 1 0 0 0 2 0 3 0 1 0 Condicionador Perfume Gel capilar FEM 4 9 8 8 9 MAS 3 1 5 1 7 FEM 4 8 6 8 9 MAS 6 1 6 2 8 FEM 5 3 0 2 3 MAS 0 0 0 0 6 6 2 2 0 1 2 0 0 7 5 3 4 7 5 3 4 1 0 0 2 6 2 3 0 8 0 8 2 0 1 92 57 54,12 41,30 48,37 18 0 10,59 0 5,84 165 96 97,06 69,56 84,74 161 127 94,70 92,03 93,51 20 40 11,77 28,98 19,48 Tabela 32 - Questão 16: Da lista abaixo, marque com um “x” os produtos que você costuma usar: CURSO Administraç. Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Pó descolorante para cabelos FEM MAS 2 1 2 0 Sabonete anti-séptico Creme antirugas Desodorante spray Creme antiacne FEM 10 4 MAS 4 1 FEM 0 1 MAS 0 0 FEM 10 4 MAS 12 3 FEM 5 4 MAS 3 1 2 2 0 0 1 7 1 4 0 2 0 0 4 8 1 4 0 4 0 1 3 0 1 1 0 0 4 0 1 2 0 0 0 4 0 0 0 11 0 4 3 0 0 0 0 0 2 1 0 2 1 0 0 0 0 0 0 0 1 3 5 7 3 8 2 2 2 3 2 1 5 2 0 0 0 4 0 3 0 1 0 0 5 5 0 7 0 3 0 1 0 0 1 3 0 0 1 8 1 0 4 1 2 0 0 0 5 0 2 0 2 1 9 1 1 0 0 0 7 1 5 0 7 2 9 0 2 1 0 1 5 1 3 3 4 4 2 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 5 5 0 0 2 1 3 0 4 0 1 1 1 2 4 1 0 0 1 0 0 0 0 3 3 3 4 5 7 6 2 1 4 1 7 2 8 2 2 0 2 0 3 4 0 0 1 1 0 0 4 68 CURSO Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) Pó descolorante para cabelos FEM MAS 3 0 4 0 3 Sabonete anti-séptico FEM 5 0 MAS 3 0 60 1 35,29 0,72 19,81 Creme antirugas Desodorante spray Creme antiacne 3 FEM 1 0 MAS 0 0 FEM 6 5 MAS 3 5 FEM 3 5 MAS 0 0 0 2 0 4 0 2 0 59 40 34,71 28,99 32,14 28 0 16,47 0 9,09 109 106 64,12 76,81 69,81 58 26 34,12 18,84 27,27 Tabela 33 - Questão 16: Da lista abaixo, marque com um “x” os produtos que você costuma usar: CURSO Administraç. Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) Colônia Batom/ brilho labial com protetor FEM MA S 11 0 7 0 FEM MAS 2 3 1 1 4 4 6 0 0 3 1 4 5 9 6 0 2 3 1 5 2 0 1 2 2 5 1 5 0 2 4 0 4 3 5 7 3 Protetor solar FE M 12 6 MAS 0 0 0 0 3 0 5 5 10 1 0 2 0 2 0 2 0 3 1 3 5 5 4 80 47,06 Xampu MAS 10 1 FE M 13 7 3 8 3 0 1 4 1 9 0 0 0 0 1 4 4 6 6 11 3 9 1 5 7 9 4 7 7 8 5 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 1 5 5 5 0 0 0 40 28,99 8 144 84,71 0 4 2,99 38,96 48,05 Tinta de cabelo MAS 16 3 FE M 1 2 5 10 6 0 1 5 4 11 3 6 4 0 0 0 1 0 6 3 5 0 6 4 4 8 7 11 7 4 8 3 6 2 4 0 2 0 0 0 0 0 1 3 7 1 6 5 8 4 7 6 8 7 4 0 7 3 1 1 1 0 3 1 0 3 9 1 6 7 9 4 9 8 8 9 6 1 9 4 3 1 5 1 7 2 8 0 1 0 6 4 1 3 1 3 6 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 5 1 3 6 5 3 5 3 0 0 0 8 0 146 71 85,8 51,45 8 70,45 7 1 166 124 97,6 89,86 5 94,16 0 0 7 0 62 2 36,4 1,45 7 20,78 69 Tabela 34 - Questão 16: Da lista abaixo, marque com um “x” os produtos que você costuma usar: CURSO Administração Arquitetura e Urbanismo Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências da Computação Direito Economia Educação física Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Farmácia Física Gestão Pública Jornalismo Letras Matemática Nutrição Pedagogia Psicologia Publicidade e Propaganda Química Relações Internacionais Serviço Social TOTAL TOTAL (%) TOTAL (%) Enxaguante bucal FEM MASC 8 13 4 2 Base facial com protetor FEM MASC 8 0 5 0 2 7 0 3 2 6 0 0 2 2 3 0 0 9 0 0 3 4 6 0 7 6 1 6 0 3 2 4 3 3 9 0 0 1 0 1 3 3 1 0 6 1 3 5 4 3 7 5 7 7 1 4 2 2 1 2 0 3 2 8 6 1 5 4 4 3 4 3 4 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 5 3 2 0 4 3 0 0 7 109 64,12 1 76 55,07 3 96 56,47 0 4 2,99 60,06 32,47 A última questão tinha como finalidade saber, dentre uma lista fornecida, quais os produtos mais usados pelos usuários estudados. Os mais usados são Xampu (94,16%), Perfume (93,51%), Condicionador (84,74%), Protetor solar (70,45%), Desodorante spray (69,81%) e Enxaguante (60,06%). Essa questão confirma o quanto o cosmético está presente no cotidiano da sociedade moderna e o quanto ele necessita de informações. Os questionários foram aplicados nos diversos cursos das áreas de ciências da sáude, ciências exatas e ciências humanas com o objetivo de verificar a hipótese que os alunos da área das ciências da saúde conhecem mais sobre o assunto. Porém, os resultados obtidos não comprovaram a hipótese, uma vez que o perfil de respostas foi semelhante independente do curso de graduação dos voluntários. 70 Os resultados obtidos com este estudo confirmam o quanto se faz necessário a adequação das rotulagens de cosméticos comercializados no Brasil às necessidades do usuário. Para isso, considerando que, no País, as regras para rotulagem de cosméticos fazem parte da regulamentação sanitária, é imprescindível que a legislação aplicada sofra modificações, a fim de acompanhar o desenvolvimento do mercado, os avanços tecnológicos, a nova realidade dos produtos cosméticos oferecidos ao consumidor e, ainda, o alto consumo desse tipo de produto. Além disso, as informações levantadas mostraram que o consumidor necessita de campanhas esclarecedoras, com orientações objetivas e principalmente compreensíveis, sobre cosméticos e seus anexos, como reações adversas, número do registro do produto, validade, composição e SAC. Nesse sentido, vale ressaltar a grande importância de que o consumidor possa, a qualquer momento durante o uso do produto, consultar facilmente o prazo de validade. Pra isso, o data de validade deveria estar obrigatoriamente registrada em ambas as embalagens, primária e secundária. Além disso, especial atenção deveria ser dada à tinta para impressão dessa informação, pois o que se vê atualmente é que, com o uso do produto, muitas vezes esse dado é apagado facilmente. A atual normatização, ao considerar obrigatória apenas a apresentação dos ingredientes da formulação pelo nome INCI não contempla a real necessidade do consumidor, ainda, dificulta o entendimento da listagem, ao afastar-se do idioma corrente no Brasil. Deveria ser previsto na legislação que a composição do produto obrigatoriamente fosse apresentada pelo nome INCI seguido do termo correspondente em português entre parênteses, dando a oportunidade de o usuário identificar os ingredientes com mais facilidade. Para isso, poderia ser criado uma listagem de nomes oficiais de ingredientes cosméticos em português, a fim de evitar o uso de sinônimos pelas empresas e padronizar a informação apresentada. Considerando a importância de se realizar a cosmetovigilância, uma vez que cosméticos podem provocar uma série de efeitos adversos ou efeitos não esperados, seria de valia para o usuário que, nos rótulos do produtos constasse orientação sobre o que fazer nesses casos. Uma medida simples como a obrigatoriedade de, no rótulo, constar uma frase que indique a necessidade do usuário entrar em contato com o SAC quando ocorrer alguma reação adversa poderia ser suficiente, facilitando cosmetovigilância, tornando-se uma vantagem tanto para o consumidor quanto para a vigilância sanitária e, ainda, para a empresa fabricante. O número de registro do produto na ANVISA, principal informação que permitiria ao usuário garantia de que o produto que consome foi verificado e aprovado para 71 comercialização no País, deveria estar destacada em relação ao restante do texto, por exemplo, em fonte maior, chamando a atenção do usuário. Além disso, o número poderia estar seguido de uma tarja ou um selo que comprove a sua origem. Como um dos problemas das empresas em relação à rotulagem relaciona-se ao tamanho das embalagens, muitas vezes muito pequenas, adequações de proporções deveriam ser implementadas. Por exemplo, o espaço destinado ao nome do produto e à marca poderia ser proporcional ao tamanho da embalagem, fornecendo assim, espaço suficiente ao enfoque de outros itens que possuem um grau de importância maior. Ainda nesse ponto, a legislação poderia prever a obrigatoriedade da presença do folheto informativo junto à embalagem de qualquer produto cosmético. Ainda, regras deveriam ser estabelecidas para sua elaboração e conteúdo, garantindo que informações de segurança e orientações quanto ao uso estivessem nele presentes, e não apenas informações publicitárias. Com isso, o folheto informativo adquiriria uma outra perspectiva de utilização para o usuário e, nesse contexto, até mesmo sua denominação poderia ser modificada,a fim de melhor exprimir o que representa; por exemplo, a simples adoção do nome “bula cosmética” poderia modificar a percepção do usuário sobre sua importância. Portando, a bula cosmética poderia servir de suporte para informações adicionais, como no modelo a seguir (ver Figura 04). Figura 4 – Proposta de modelo de bula cosmética. Fonte: Própria 72 Outro ponto importante que deve sofrer modificações são os catálogos de venda direta de produtos cosméticos. Os mesmos oferecem um acesso restrito ao produto, não sendo possível ver a composição, modo de uso e validade, por exemplo, tornando as estratégias de marketing, o principal método de escolha do consumidor por este meio. Portanto, as consultoras deveriam conter em mãos mais informações sobre os produtos para que essa escolha seja consciente. 73 6 CONCLUSÃO A pesquisa bibliográfica realizada foi suficiente para indicar a história e evolução da Cosmetologia e permitiu evidenciar os requisitos legais para rotulagem de cosméticos no Brasil. Os resultados obtidos com a realização do estudo transversal foram coerentes e permitiram observar o conhecimento sobre cosméticos, os hábitos de consumo e o comportamento quanto à busca de informações associadas ao uso do produto com segurança na população estudada. Os rótulos de cosméticos elaborados conforme a legislação vigente não estão adequados às necessidades de informação dos usuários de cosméticos quanto à forma de uso, indicação e ocorrência de reações adversas. A legislação atual é falha aos estabelecer os requisitos mínimos obrigatórios para a rotulagem de cosméticos, permitindo que os produtos comercializados não forneçam as informações necessárias para o uso adequado dos produtos, e, portanto, falhando na proteção do usuário nessa relação de consumo, o que indica necessidade de atualização de tal normatização. 74 REFERÊNCIAS ABEME – Associação Brasileira de empresas do mercado erótico e sensual. Manual do comprador: cosmética sensual. 2012. Disponível em: <http://www.abeme.com.br/empresas.pdf>. Acesso em: 20 maio 2012. ABIHPEC – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. A cadeia produtiva de HPPC. 2ª edição. Anuário 2010. AMARAL, Bruno Nunes do; SAMPAIO, Tânia Mara Vieira; MOTA, Yomara Lima. Modelos de documentos. Comitê de Ética em Pesquisa. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.ucb.br/textos/2/591/Documentos/?slT=8>. Acesso em: 18 out. 2011. BASTOS, João Luiz Dornelles; DUQUIA, Rodrigo Pereira. 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RDC Nº 211, DE 14 DE JULHO DE 2005. Ficam estabelecidas a Definição e a Classificação de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, conforme Anexos I e II desta Resolução. 2005a. ______. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Nº 343, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2005. 2005b. ______. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC Nº48, DE 16 DE MARÇO DE 2006. Aprova o Regulamento Técnico "LISTA DE SUBSTÂNCIAS QUE NÃO PODEM SER UTILIZADAS EM PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E PERFUMES". ______. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. DECRETO-LEI Nº 189 DE 24 DE SETEMBRO DE 2008. ______. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. CONSULTA PÚBLICO Nº 58, DE 06 DE AGOSTO DE 2002. REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA NOTIFICAÇÃO E DISPENSA DA OBRIGATORIEDADE DE REGISTRO, DE PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E PERFUMES. CAPANEMA, Luciana Xavier de Lemos; et al. 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Onde você compra os seus cosméticos? (você pode marcar uma ou mais alternativas) [ [ [ [ [ ] perfumaria. ] supermercado. ] farmácia ou drogaria. ] pela internet. ] revistinhas de cosméticos. 04. Como você decide qual cosmético vai comprar? [ [ [ [ [ ] pela propanda na TV ou internet. ] pela imagem da embalagem e do rótulo. ] pelo cheiro do produto. ] pelos compostos ativos que o produto tem. ] pelas informações do rótulo. 81 05. Se você compra produtos por meio de revistinhas (AVON, NATURA, BOTICÁRIO entre outros), qual o seu método de escolha? [ [ [ [ [ ] indicação da revendedora. ] comparação com outros produtos da mesma revistinha. ] pela imagem da embalagem e rótulo. ] propagandas (televisão, própria revistinha). ] pelo preço. 06. Antes de comprar um produto cosmético, você lê o rótulo? [ ] Sim [ ] Não 6.1 Se você lê o rótulo, que informações você procura nele? [ ] benefícios que o produto oferece [ ] orientações sobre como usar o produto [ ] informações sobre possíveis reações adversas, irritação ou alergia [ ] composição química do produto [ ] prazo de validade [ ] registro do produto na Anvisa [ ] Outros. Especificar:__________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ _________________________________________________________ 07. Quando o produto vem como o folheto informativo, você: [ [ [ [ ] não dá atenção e joga fora. ] lê e joga fora. ] lê e guarda. ] não lê, mas guarda. 08. Que tipo de informação consta nos folhetos informativos que você já leu? [ [ [ [ [ ] nunca li nenhum. ] propaganda do produto e de outros da mesma linha. ] orientações de uso. ] reações adversas (efeitos colaterais). ] número do SAC da empresa. 09. Quando o seu produto cosmético vem embalado em uma caixinha ou um saquinho, você: [ ] joga fora a caixinha ou saquinho. [ ] lê as informações e joga fora a caixinha ou saquinho. [ ] sempre guarda o produto na caixinha ou saquinho. 82 10. Como você determina a forma de usar o produto (por exemplo, quanto usar, em que hora do dia, quantas vezes por dia)? [ ] pelas informações da caixinha. [ ] pelas informações do rótulo. [ ] por orientação própria. [ ] com informações dadas pela pessoa que me vendeu o produto na perfumaria ou na farmácia. [ ] com informações disponíveis na internet. 11. Você acha que as informações contidas nos rótulos dos cosméticos que você usa são suficientes para que você o utilize de forma adequada? [ ] Sim [ ] Não 12. Você acha que as informações contidas nos rótulos dos cosméticos que você usa são suficientes para tirar todas as suas dúvidas quanto ao uso do produto? [ ] Sim [ ] Não 12.1. Se não, você pode citar pelo menos uma informação que você já procurou e não encontrou no rótulo?_______________________________________________ 13. Você acha que cosméticos podem causar algum dano à sua saúde? [ ] Sim [ ] Não 14. Você já ligou para o SAC (Setor de Atendimento ao Consumidor)? [ ] Sim [ ] Não 14.1. Se sim, foi para: a) reclamação? Sim [ ] Não [ ] b) pedir alguma informação? Sim [ ] Não [ ] Outros (especificar): _____________________________________ 15. Você já teve algum efeito adverso (efeito colateral) ao usar um produto cosmético? [ ] Sim [ ] Não 15.1 Se sim, que tipo de efeito adverso você teve? [ ] alergia [ ] irritação [ ] vermelhidão [ ] outros (especificar): ___________________________________ 83 15.2. Se sim, você acha que poderia ser evitado se você tivesse lido com atenção o folheto informativo ou o rótulo? [ ] Sim [ ] Não 15.3. Ao apresentar o efeito adverso, você: [ ] procurou um médico [ ] ligou para o SAC [ ] procurou uma farmácia e comprou o medicamento que o atendente indicou [ ] esperou passar 16. Da lista abaixo, marque com um “x” os produtos que você costuma usar: [ [ [ [ [ [ [ [ ] xampu ] condicionador ] desodorante spray ] desodorante roll on ] sabonete anti-séptico ] protetor solar ] creme anti-celulite ] creme anti-rugas [ [ [ [ [ [ [ [ ] base facial com protetor solar ] batom/brilho labial com protetor ] tinta de cabelo ] perfume ] colônia ] creme anti-acne ] enxaguante bucal ] gel capilar 84 ANEXOS ANEXO I – Termo de consentimento livre e esclarecido. Fonte: Adaptado de Amaral, Sampaio e Mota (2010) Declaro, por meio deste, que concordei em participar da pesquisa de campo referente ao projeto de trabalho de conclusão de curso intitulado “Verificação da adequação das rotulagens de cosméticos comercializados no Brasil às necessidade do usuário, considerando a população estudada, e à legislação vigente”, que foi desenvolvida por Rissa Ramos Costa, a qual pertence ao curso de Farmácia, e que está sendo orientado por Kélia Xavier Resende Vasconcelos, professora da Universidade Católica de Brasília. Fui informado que esta pesquisa de campo oferece riscos mínimos relacionado à possibilidade de exposição de dados pessoais relativos aos hábitos de consumo de cosméticos e que esse risco será minimizado pela garantia do anonimato na coleta e tratativa dos dados, assim como na divulgação dos resultados. Declaro que estou participando por livre e espontânea vontade apenas para colaborar para o sucesso da pesquisa, podendo me recusar a participar. Eu confirmo que a pesquisadora Rissa Ramos Costa me explicou todos os objetivos da pesquisa, qual será a metodologia do seu desenvolvimento e sobre a forma da minha participação. Brasília, ____ de _________________ de _____ Assinatura do(a) participante: _________________________________ Declaração do pesquisador Declaro, para fins da realização da pesquisa, que cumprirei todas as exigências acima, na qual obtive de forma apropriada e voluntária, o consentimento livre e esclarecido do declarante acima, qualificado para a realização desta pesquisa. ___________________________________________ Assinatura do pesquisador(a) responsável 85 ANEXO II – Parecer Consubstanciado de Projeto de Pesquisa. Fonte: CEP – Comitê de ética e Pesquisa (2012) 86 87 88 ANEXO III – Lista de substâncias que não podem ser utilizadas aos produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosmético. Fonte: Brasil (2006) Nº 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. SUBSTÂNCIAS N - 5 - Clorobenzoxazol - 2 – ilacetamida ( 2-acetilamino-5 clorobenzoxazol ) Hidróxido de _ - Acetoxietiltrimetilamônio (acetilcolina) e seus sais Aceglumato de deanol* (Acetoglutamato) Espironolactona* 5 Ácido [4 - (4 - Hidróxi - 3 - iodofenoxi) - 3, 5 - diiodofenil] acético e seus sais Metotrexato* Ácido Aminocapróico* e seus sais Cinchofeno* ,seus sais, derivados e sais de seus derivados Ácido Tiroprópico* e seus sais Ácido Tricloroacético Aconitum napellus L. (folhas, raízes e preparações galênicas) Aconitina (alcalóide principal do Aconitum napellus L.) e seus sais Adonis vernalis L. e suas preparações Epinefrina* Alcalóides de Rauwolfia serpentina e seus sais Álcoois acetilenicos, seus ésteres, éteres e sais Isoprenalina* Isotiocianato de Alquila Aloclamida* e seus sais Nalorfina*, seus sais e éteres Aminas Simpaticomiméticas que atuam sobre o sistema nervoso central Aminobenzeno (Anilina), seus sais e derivados halogenados e sulfonados Betoxicaína* e seus sais Zoxazolamina* Procainamida*, seus sais e derivados Benzidina Tuaminoheptano*, seus isômeros e sais Octodrina* e seus sais Amino 1, 2 bis (4 - metoxifenil) etanol e seus sais 1, 3 - dimetilpentilamina e seus sais Ácido 4 – Amino-salicílico e seus sais Aminotolueno (Toluidina), seus isômeros, sais e derivados halogenados e sulfonados Aminoxileno (Xilidina), seus isômeros, sais e derivados halogenados e sulfonados 9-(3-metil-2-buteniloxi)-7H-furo (3,2-g) [1] benzopirano-7-ona (amidina) Ammi majus e suas preparações galênicas 2, 3 – Dicloro - 2 – metilbutano (Amilenoclorado) Substâncias com efeitos androgênicos Óleo de antraceno Antibióticos 89 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60. 61. 62. 63. 64. 65. 66. 67. 68. 69. 70. 71. 72. 73. 74. 75. 76. 77. 78. 79. 80. 81. 82. 83. Antimônio e seus compostos Apocynum cannabinum L.e suas preparações Apomorfina (5,6,6a, 7-tetrahidro-6-metil–4-H-dibenzo(d,e,g)-quinolina10,11- diol) e seus sais Arsênico e seus compostos Atropa belladonna L. e seus preparados Atropina, seus sais e derivados Sais de bário com exceção do sulfato de bário, sulfeto de bário, lacas, sais e pigmentos preparados sob condições previstas em outras listas de substâncias Benzeno Benzimidazol-2 (3H)–ona Benzazepinas e benzodiazepinas seus sais e derivados Benzoato de 1 – Dimetilaminometil - 1 - metilpropil (amilocaína) e seus sais Benzoato de 2, 2, 6- Trimetil - 4 – piperidila (benzamina) e seus sais Isocarboxazida* Bendroflumetiazida* e seus derivados Berílio e seus compostos Bromo elementar Tosilato de Bretílio* Carbromal* Bromisoval* Bronfeniramina* e seus sais Brometo de Benzilônio* Brometo de Tetrilamônio* Brucina Tetracaína* e seus sais Mofebutazona* Tolbutamida* Carbutamida* Fenilbutazona* Cádmio e seus compostos Cantaridas, Cantharis vesicatoria Anidrido de (1R, 2S)-Hexahidro-1,2-dimetil-3,6–epoxiftálico (Cantaridina) Fenprobamato* Nitroderivado de carbazol Dissulfeto de carbono Catalase Cefalina e seus sais Oleo essencial de Chenopodium ambrosioides L. Cloral hidratado ( 2, 2, 2 - Tricloroetano - 1, 1 – diol ) Cloro elementar Clorpropamida* Difenoxilato,* cloridrato de Cloridrato citrato de 2,4 diamino-azobenzeno ( crisoidina, cloridrato e/ou citrato) Cloroxazona* 2 - Cloro - 6 - metilpirimidina - 4 - ildimetilamina (crimidina - ISO) 90 84. 85. 86. 87. 88. 89. 90. 91. 92. 93. 94. 95. 96. 97. 98. 99. 100. 101. 102. 103. 104. 105. 106. 107. 108. 109. 110. 111. 112. 113. 114. 115. 116. 117. 118. 119. 120. 121. 122. 123. 124. 125. 126. Clorprotixeno* e seus sais Clofenamida* N-óxido de N, N – bis- (2 - cloroetil)- metilamina e seus sais ( Mustina Nóxido Clormetina* e seus sais Ciclofosfamida* e seus sais Manomustina* e seus sais Butanilicaína* e seus sais Clormezanona* Triparanol* 2 – [2 - (4 - Clorofenil) - 2 – fenilacetil] indano 1, 3 - diona (clorofacinona - ISO) Clorofenoxamina* Fenaglicodol* Cloroetano ( Cloreto de etila ) Crômio, ácido crômico e seus sais Claviceps purpúrea Tul., seus alcalóides e preparações galênicas Conium maculatum L. (fruto, pós e preparações galênicas) Gliciclamida* Benzeno Sulfonato de Cobalto Colchicina, seus sais e derivados Colchicosido e seus derivados Colchicum autumnale L. e suas preparações galênicas Convalatoxina Anamirta cocculus L. (fruto) Óleo de Croton tiglium L. 1 - Butil - 3 (N - crotonoilsulfanilil) uréia Curare e curarinas Curarizantes sintéticos Ácido Cianídrico e seus sais 2 - _ - Ciclohexilbenzil (N, N, N', N' - tetraetil) trimetilenodiamina (fenetamina) e seus sais Ciclomenol* e seus sais Hexaciclonato de Sódio* Hexapropimato* Dextropropoxifeno* 0, 0' - diacetil N – alil desmetilmorfina Pipazetato* e seus sais 5 - (_, _ - dibromofenetil) - 5 – metilhidantoína N, N' - Pentametileno bis (trimetilamônio) sais de, por exemplo Brometo de Pentametônio* N, N' - ((Metilimino) dietileno) bis (etildimetilamônio) sais de, por exemplo Brometo de azametônio* Ciclarbamato* Clofenotano* (DDT-ISO) Sais de hexametileno bis (trimetilamônio), por exemplo Brometo de Hexametônio* Dicloroetanos (cloretos de etileno) Dicloroetilenos (cloretos de acetileno) 91 127. 128. 129. 130. 131. 132. 133. 134. 135. 136. 137. 138. 139. 140. 141. 142. 143. 144. 145. 146. 147. 148. 149. 150. 151. 152. 153. 154. 155. 156. 157. 158. 159. 160. 161. 162. 163. 164. 165. 166. 167. 168. 169. 170. Lisérgida* e seus sais 2 – Dietilaminoetil 3 - hidroxi - 4 - fenilbenzoato e seus sais Cinchocaína* e seus sais Cinamato de 3 – dietilaminopropila Fosforotionato de 0, 0’ – dietila – 0 – 4 – nitrofenila (Paration - ISO) Sais de [Oxalilbis (iminoetileno)] bis [(o- clorobenzil) dietilamônio], por exemplo Cloreto de Ambenônio* Metiprilona* e seus sais Digitalina e todos os heterosídeos da Digitalis purpurea L. 7 – [2 - Hidroxi - 3 - (2 - hidroxietil - N – metilamino) propil] teofilina (Xantinol) Dioxetedrina* e seus sais Piprocurário* Propifenazona* Tetrabenazina* e seus sais Captodiama* Mefeclorazina* e seus sais Dimetilamina Benzoato de 1, 1 – Bis- (dimetilaminometil) propila (amidricaína, alipina) e seus sais Metapirileno* e seus sais Metanfepramona* e seus sais Amitriptilina* e seus sais Metformina* e seus sais Dinitrato de Isossorbida* Malononitrila Succinonitrila Isômeros de dinitrofenol Inproquona* Dimevamida* e seus sais Difenilpiralina* e seus sais Sulfinpirazona* N - (3 - Carbamoil - 3, 3 - difenilpropil) - N, N - diisopropilmetilamônio, sais de, por exemplo iodeto de isopropamida* Benactizina* Benzatropina* e seus sais Ciclizina * e seus sais 5, 5 - Difenil - 4 – imidazolidona Probenecida* Dissulfiram* (Tiram ISO) Emetina, seus sais e derivados Efedrina e seus sais Oxanamida* e seus derivados Eserina ou fisoestigmina e seus sais Ésteres do ácido 4 - aminobenzóico, com os grupo amino livres, com exceção dos mencionados em outras listas de substâncias Ésteres da Colina e da metilcolina e seus sais exceto Lecitina Caramifeno* e Seus Sais Fosfato de Dietila 4-Nitrofenila 92 171. 172. 173. 174. 175. 176. 177. 178. 179. 180. 181. 182. 183. 184. 185. 186. 187. 188. 189. 190. 191. 192. 193. 194. 195. 196. 197. 198. 199. 200. 201. 202. 203. 204. 205. 206. 207. 208. 209. 210. 211. 212. 213. 214. Metetoheptazina* e seus sais Oxfeneridina* e seus sais Etoheptazina* e seus sais Meteptazina* e seus sais Metilfenidato* e seus sais Doxilamina* e seus sais Tolboxano* 4 - Benziloxifenol, 4 - metoxifenol e 4 – etoxifenol Paretoxicaína * e seus sais Fenozolona* Glutetimida* e seus sais Óxido de etileno Bemegrida* e seus sais Valnoctamida* Haloperidol* Parametasona* Fluanisona* Trifluperidol* Fluoresona* Fluorouracil* Ácido fluorídrico, seus sais normais, seus complexos e hidrofluoretos com exceção dos mencionados em outras listas de substâncias Sais de furfuriltrimetilamônio, exemplo iodeto de furtretônio* Galantamina* Progestogênios 1, 2, 3, 4, 5, 6 - Hexaclorociclohexano (BHC - ISO) (lindano) (1R, 4S, 5R, 8S) - 1, 2, 3 ,4, 10, 10 - Hexacloro – 6,7-epoxi-1, 4, 4a, 5, 6, 7, 8, 8a -octahidro - 1, 4:5, 8 - dimetanonaftaleno (endrim-ISO) Hexacloroetano (1R, 4S, 5R, 8S) - 1, 2, 3, 4, 10, 10 - Hexacloro - 1, 4, 4a, 5, 8, 8a – hexahidro - 1, 4:5, 8 - dimetanonaftaleno (isodrim - ISO) Hidrastina, hidrastinina e seus sais Hidrazidas e seus sais Hidrazina, seus derivados e seus sais Octamoxina* e seus sais Warfarin* e seus sais Acetato de Etil bis (4 - hidroxi - 2 - oxo - 1 - benzopiran - 3 - ila) e sais do ácido Metocarbamol* Propatilnitrato* 4, 4' - Dihidroxi - 3, 3' - (3 - metiltiopropilideno) dicumarina Fenadiazol* Nitroxolina* e seus sais Hiosciamina, seus sais e derivados Hyosciamus niger L. (folhas, sementes, pó e preparações galênicas) Pemolina* e seus sais Iodo elementar Sais de decametileno bis (trimetilamônio), por exemplo brometo de decametônio* 93 215. 216. 217. 218. 219. 220. 221. 222. 223. 224. 225. 226. 227. 228. 229. 230. 231. 232. 233. 234. 235. 236. 237. 238. 239. 240. 241. 242. 243. 244. 245. 246. 247. 248. 249. 250. 251. 252. 253. 254. 255. 256. 257. 258. 259. Ipecacuanha (Cephaelis ipecacuanha Brot. e espécies relacionadas) (raízes, pós e preparações galênicas) (2 – Isopropilpenta - 4 - enoil) uréia (apronalida) _ - santonin ((3S, 5aR, 9bS) - 3, 3a, 4, 5, 5a, 9b - hexahidro - 3, 5a, 9 trimetilnafto [1, 2 – b] furano - 2, 8 – diona) (santonina) Lobelia inflata L. e suas preparações galênicas Lobelina* e seus sais Barbitúricos Mercúrio e seus compostos, exceto aqueles casos especiais mencionados em outras listas de substâncias 3, 4, 5 - Trimetoxifenetilamina e seus sais Metaldeído 2 - (4 - Alil - 2 - metoxifenoxi) - N, N - dietilacetamida e seus sais Cumetarol* Dextrometorfano* e seus sais 2 - Metilheptilamina e seus sais Isometahepteno* e seus sais Mecamilamina* Guaifenesina* Dicumarol* Femetrazina*, seus sais e derivados Tiamazol* 3, 4 - Dihidro - 2 - metoxi - 2 - metil - 4 - fenil - 2H, 5H, pirano (3, 2 - c) (1) - benzopirano - 5 - ona (ciclocumarol) Carisoprodol* Meprobamato* Tefazolina* e seus sais Arecolina Metilsulfato de Poldina* Hidroxizina* 2 – Naftol 1 - e 2 - Naftilaminas e seus sais 3 - (1 - Naftil) - 4 – hidroxicumarina Nafazolina* e seus sais Neoestigmina e seus sais, por exemplo brometo de neoestigmina* Nicotina e seus sais Nitritos de Amila Nitritos Inorgânicos, com exceção do Nitrito de Sódio Nitrobenzeno Nitrocresóis e seus sais de Metais Alcalinos Nitrofurantoína* Furazolidona* Trinitrato de propano - 1, 2, 3 - triila (nitroglicerina) Acenocumarol* Ferrato alcalino de Pentacianonitrosilo (2-) ( Nitroprussiatos ) Nitrostilbenos, seus homólogos e seus derivados Noradrenalina e seus sais Noscapina* e seus sais Guanetidina* e seus sais 94 260. 261. 262. 263. 264. 265. 266. 267. 268. 269. 270. 271. 272. 273. 274. 275. 276. 277. 278. 279. 280. 281. 282. 283. 284. 285. 286. 287. 288. 289. 290. 291. 292. 293. 294. 295. 296. 297. 298. 299. 300. 301. 302. 303. 304. 305. Estrógenos Oleandrina Clortalidona* Peletierina e seus sais Pentacloroetano Tetranitrato de Pentaeritritila Petricloral* Octamilamina* e seus sais Ácido Pícrico Fenacemida* Difencloxazina* 2 - fenilindano - 1, 3 - diona (fenindiona) Etilfenacemida* Fenprocumona* Feniramidol* Triamtereno* e seus sais Pirofosfato de Tetraetila Fosfato de Tritolila Psilocibina* Fósforo e fosfetos metálicos Talidomida* e seus sais Physostigma venenosum Balf. Picrotoxina Pilocarpina e seus sais benzil acetato de _-Piperidin-2-ila, forma treo levorotatoria (Levofacetoperano) e seus sais Pipradrol* e seus sais Azaciclonol* e seus sais Bietamiverina* Butopiprina* e seus sais Chumbo e seus compostos, com exceção daqueles mencionados em outras listas de substâncias Coniína Prunus laurocerasus L. (água de Louro Cereja) Metirapona* Substâncias Radioativas Juniperus sabina L. (folhas, óleo essencial e preparações galênicas) Hioscina, seus sais e derivados Sais de Ouro Selênio e seus compostos, com exceção do dissulfeto de selênio sob as condições estabelecidas em outras listas de substâncias Solanum nigrum L. e suas preparações galênicas Esparteína e seus sais Glicocorticóides Datura stramonium L. e suas preparações galênicas Estrofantinas, suas agliconas e seus respectivos derivados 303 Espécies de Strofantos e suas preparações galênicas 304 Estricnina e seus sais 305 Espécies de Strychnos e suas preparações galênicas 95 306. 307. 308. 309. 310. 311. 312. 313. 314. 315. 316. 317. 318. 319. 320. 321. 322. 323. 324. 325. 326. 327. 328. 329. 330. 331. 332. 333. 334. 335. 336. 337. 338. 339. 340. 341. 342. 343. 344. 345. 346. 347. 348. 349. 350. 351. 352. Narcóticos, naturais e sintéticos Sulfonamidas (sulfanilamida e seus derivados obtidos pela substituição de um ou mais átomos de Hidrogênio do grupo Amino) e seus sais Sultiamo* Neodimio e seus sais Tiotepa* Pilocarpus jaborandi Holmes e suas preparações Telúrio e seus compostos Xilometazolina* e seus sais Tetracloroetileno Tetracloreto de Carbono Tetrafosfato de Hexaetila Tálio e seus compostos Extrato de Glicosídico de Thevetia neriifolia Juss. Etionamida* Fenotiazina* e seus compostos Tiouréia e seus derivados, com exceção dos mencionados em outras listas de substâncias Mefenesina* e seus ésteres Vacinas, toxinas ou soros Tranilcipromina* e seus sais Tricloronitrometano (cloropicrina) 2, 2, 2 - Tribromoetanol (álcool tribromoetílico) Triclorometina* e seus sais Tretamina* Trietiodeto de Galamina* Urginea scilla Stern. e suas preparações galênicas Veratrina, seus sais e preparações galênicas Schoenocaulon officinale Lind. (sementes e preparações galênicas) Veratrum Spp. e suas preparações Cloreto de Viníla (Monômero) Ergocalciferol* e colecalciferol (Vitaminas D2 e D3) Sais de Ácidos O – alquilditiocarbônico Iohimbina e seus sais Dimetilsulfóxido* Difenidramina* e seus sais 4 - terc – butilfenol 4 - terc – butil pirocatecol Dihidrotaquisterol* Dioxana Morfolina e seus sais Pyrethrum album L. e suas preparações galênicas Maleato de 2 – [4 - Metoxibenzil - N - (2 - piridil) amino] etildimetilamina Tripelenamina* Tetraclorosalicilanilidas Diclorosalicilanilidas Tetrabromosalicilanilidas Dibromosalicilanilidas Bitionol* 96 353. 354. 355. 356. 357. 358. 359. 360. 361. 362. 363. 364. 365. 366. 367. 368. 369. 370. 371. 372. 373. 374. 375. 376. 377. 378. 379. 380. 381. 382. 383. 384. 385. 386. Monossulfetos de Tiuram Dissulfetos de Tiuram Dimetilformamida 4 – Fenilbut - 3 - en - 2 – ona Benzoatos do álcool 4 - hidroxi - 3 - metoxicinamílico, exceto para os conteúdos normais em essências naturais em uso Furocumarinas (por exemplo trioxisalano* , 8 - metoxipsoraleno, 5 metoxipsoraleno), exceto para os conteúdos normais em essências naturais em uso. Em Protetores Solares e Produtos para Bronzear o conteúdo de furocumarina deve ser menor que 1mg/Kg Óleo de grãos de Laurus nobilis L. Safrol, salvo os conteúdos normais em óleos naturais utilizados e sempre que a concentração não exceda: - 100 ppm em produtos terminados - 50 ppm em produtos para higiene oral e dental - safrol não deve estar presente em cremes dentais específicos para crianças Dihipoiodito de 5,5-Di-isopropil-2,2´-Dimetilbifenila-4,4’-Diila 3’-etil-5’,6’,7’,8’-tetrahidro-5’,5’,8’,8’- tetrametil-2’-acetonaftona ou 1,1,4,4- tetrametil-6-etil – 7- acetil-1,2,3,4-tetrahidro-naftaleno (acetil etil tetrametil t etralina) o - Fenilenodiamina e seus sais 4 - Metil – m - fenilenodiamina e seus sais Ácido Aristolóquico e seus sais. Aristolochia spp. e suas preparações Clorofórmio 2, 3, 7, 8 - Tetraclorodibenzo - p – dioxina Acetato de 2, 6 - Dimetil - 1, 3 - dioxana - 4 - ila (Dimetoxana) Piritionato de Sódio (INNM) N - (triclorometiltio) - 4 - ciclohexeno - 1, 2 - dicarboximida (Captana) 2, 2' - Dihidroxi - 3, 3', 5, 5', 6, 6' - hexaclorodifenilmetano (Hexaclorofeno) 3-Óxido de 6-(piperidinil)-2,4-pirimidinadiamina (Minoxidil) e seus sais 3, 4', 5 - Tribromossalicilanilida Phytolacca spp. e suas preparações Tretinoína* (ácido retinóico e seus sais) 1 - Metoxi - 2, 4 - diaminobenzeno (2, 4 - diaminoanisol - CI 76050) e seus sais 1 - Metoxi - 2, 5 - diaminobenzeno (2, 5 - diaminoanisol) e seus sais Corante CI 12140 Corante CI 26105 Corante CI 42555; Substância Corante CI 42555:1; Substância Corante CI 42555:2 4 – dimetilaminobenzoato de amila, misturas de isômeros (Padimato A (INN)) Peróxido de Benzoila 2-Amino-4-Nitrofenol 2-Amino-5-Nitrofenol 11-_-hidroxipregn-4-eno-3,20-diona e seus ésteres Corante CI 42640 97 387. 388. 389. 390. 391. 392. 393. 394. 395. 396. 397. 398. 399. 400. 401. 402. 403. 404. 405. 406. 407. 408. 409. 410. 411. 412. 413. 414. 415. 416. 417. 418. 419. Corante CI 13065 Corante CI 42535 Corante CI 61554 Antiandrogênios com estrutura esteroidiana Zircônio e seus compostos, com a exceção dos complexos mencionados em outras listas de substâncias Tirotricina Acetonitrilo Tetrahidrozolina e Seus Sais Hidroxi-8-Quinolina e seu sulfato, exceto os mencionados em outras listas de substâncias Ditio-2,2’-Bispiridina-dióxido 1,1’(aditivo com sulfato de magnésio trihidratado) (dissulfeto de piritiona + sulfato de magnésio) Corante CI 12075 e suas lacas, pigmentos e sais Corante CI 45170 E CI 45170:1 Lidocaína 1,2-Epoxibutano Corante CI 15585 Lactato De Estrôncio Nitrato De Estrôncio Policarboxilato De Estrôncio Pramocaína 4-Etoxi-m-fenilenodiamina e seus sais 2,4-diaminofeniletanol e seus sais Catecol Nitrosaminas Dialcanolaminas Secundárias e seus sais 4-amino-2-nitrofenol 2-Metil-M-Fenilenodiamina 4-terc-butil-3-metoxi-2,6-dinitrotolueno ( Musk Ambrette) 97/45 CE Suprimido Células, tecidos e produtos de origem humana 3,3-Bis(4-Hidroxifenil) ftalida(Fenolftaleína*) Ácido 3-imidazol-4-ilacrílico e seu éster etílico ( Ácido Urocânico) a) Crânio, incluindo encéfalo e olhos, amídalas e medula espinhal de: - animais de espécie bovina de mais de 12 meses de idade - animais das espécies ovina e caprina de mais de 12 meses de idade ou que mostrem gengiva perfurada por um inciso definitivo b) O baço de animais das espécies ovina e caprina e ingredientes derivados A proibição destes ingredientes é aplicável àqueles produtos provenientes de paises com suspeita de risco de transmissão da encefalopatia espongiforme, não sendo aplicados aos Estados Partes do MERCOSUL ou quando acompanhados de uma declaração juramentada que certifique que os mesmos sejam provenientes de paises livres da enfermidade. Entretanto, podem ser utilizados derivados de sebo sempre e quando se tenha aplicado os seguintes métodos, estritamente certificados pelo fabricante: - Transesterificação ou hidrólise a um mínimo de 200°C sob uma pressão correspondente adequada, durante 20 minutos (glicerina, ácidos graxos e 98 420. 421. 422. 423. seus ésteres graxos). - Saponificação com NAOH 12M (glicerina e sabão) - processo descontínuo: 95°C durante 3 horas, ou - processo contínuo: 140°C 2 bar (2000 hPa) durante 8 minutos ou condições equivalentes. Alcatrões (Coal tar) brutos e refinados 1,1,3,3,5-pentametil-4,6 dinitroindano ( moskene) 5- terc-butil-1,2,3- trimetil-4,6-dinitrobenzeno ( Musk tibetene) Propelentes Clorofluorcarbonados