http://dx.doi.org/10.5540/DINCON.2011.001.1.0154 603 “CARVÃO + PEDRA CALCÁRIA”: APLICAÇÃO DO MODELO DE EQUILÍBRIO QUÍMICO NA DETERMINAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS DE COMBUSTÃO A. P. Spilimbergo 1, V. G. Krioukov 2 1 UNIJUÍ – Universidade regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, Brasil, [email protected] 2 UETK – Kazan State University, Kazan, Rússia, [email protected] Resumo: O presente trabalho destina-se a pesquisar teoricamente os intervalos de temperatura para a captura efetiva dos poluentes do tipo SOx por pedras calcárias fluidizadas, no processo de combustão do carvão do tipo Antracito, em combustores de leito fluidizado, através de um modelo que considera o equilíbrio químico [1] em um meio reagente composto por 69 substâncias entre gasosas e condensadas. Na resolução do sistema de equações algébricas não lineares resultante, utiliza-se o método de Newton com algumas modificações, visando garantir a convergência do processo iterativo. O controle da temperatura dos produtos de combustão em uma instalação, para que ocorra a captura efetiva dos poluentes SOx sem prejuízos para o meio ambiente, é analisado através da injeção de ar e/ou água no meio reagente. As simulações numéricas realizadas mostram que a captura dos poluentes SOx através da injeção de água nos produtos de combustão só se realiza se houver no meio reagente excesso de oxidante, além disso, se no meio reagente for injetado apenas ar a captura ocorre com eficácia. lançadas para queimar junto ao carvão no meio reagente, no processo de combustão. Fig. 1: Esquema de um combustor de leito fluidizado circulante. Palavras-Chave: Combustão, Aplicação de Engenharia, Equilíbrio Químico. 1. INTRODUÇÃO A matriz energética mundial atual está baseada no petróleo e no gás natural, porém seus recursos são limitados [2]. Por outro lado, a disponibilidade de grandes jazidas de carvão mineral e o baixo custo do carvão vegetal faz com que, nos países desenvolvidos, pesquisas sobre a possibilidade de utilizar mais amplamente este combustível tenham recebido especial atenção. O Brasil também tem acompanhado esta tendência e já começam a surgir algumas pesquisas sobre a utilização desse combustível. O carvão utilizado em uma instalação, como o combustor de leito fluidizado circulante, como mostra a Fig. 1 [3], é composto por várias substâncias, sendo uma delas o enxofre (S) e, portanto, como conseqüência, nos produtos resultantes de sua combustão, formam-se substâncias altamente poluentes como SO, SO2 e SO3 que são representados de uma forma geral por SOx. Estratégias de contenção dos poluentes SOx tem sido bem sucedidas com a utilização de partículas de pedra calcária CaCO3 * (*- símbolo de substância condensada) A captura dos poluentes SOx ocorre em duas etapas. Inicialmente, na zona de combustão, as partículas de pedras calcárias decompõem-se pela reação: CaCO3 *CaO*+CO2, com a formação de poros. Logo após as substâncias poluentes SOx, formadas nos produtos de combustão, penetram nos poros e reagem com o óxido de cálcio (CaO*), formando com ele o sulfato de cálcio (CaSO4*), que é uma substância sólida e não poluente, que pode ser facilmente removida do combustor junto com a cinza. Pesquisar teoricamente os intervalos de captura efetiva dos poluentes SOx por partículas de pedras calcárias, através de um modelo que considera o meio reagente no estado de equilíbrio químico, é o objetivo deste trabalho. Para isso, no modelo [1], foi introduzido o método das “Grandes Moléculas” [4], para calcular com segurança meio reagentes, com variedade expressiva de substâncias condensadas. Este modelo supõe que existe um meio reagente cujas substâncias que o compõe (essas substâncias são átomos e moléculas/ radicais) estão em equilíbrio químico entre si e com a temperatura (T[K]) e a pressão P([Pa]). Além disso, supõe também que para cada substância (átomo ou molécula/radical) a entalpia e a entropia no estado 604 “Carvão+Pedra Calcária”: Aplicação do Modelo de Equilíbrio Químico na Determinação das Características dos Produtos de Combustão A. P. Spilimbergo, v. G. Krioukov. padronizado, (Hq=[KJ/Kmol] e Sq=[KJ/(Kmol .K)]) sãcada substância e para a mistura total são válidas as equações de estado de um gás ideal. O meio reagente equilibrado é descrito (se o valor da temperatura é incógnito) pelo sistema de equações a seguir. n a ij Pi i 1 m Pj K j ( P ) a ij Pj Pi M p b ip j1 mn Pq P q 1 m n mn q 1 q 1 I p H q rq rq q j = 1,...,m (1) i = 1,...,n (2) q = i, j (3) reaproximação foi realizada através do aplicativo auxiliar APRO [6]. Quando os erros são admissíveis (da ordem de 1 K) os coeficientes são incluídos na base de dados do aplicativo ADTIJUI. As grandezas H e S refletem os erros da temperatura dos produtos de combustão provocados pelos erros de reaproximação das propriedades termodinâmicas de cada substância. Por exemplo, o valor H = 0,1 significa que, usando os dados da reaproximação, a temperatura desta substância como função da entalpia, será calculada com um erro de 0,1 K. 3. SIMULAÇÕES NUMÉRICAS q = i, j (4) Nestas equações Pi, Pj e Pq são as pressões parciais do átomo i e molécula/radical j e da substância q (átomo ou molécula/radical); aij é a quantidade do átomo i em uma molécula/radical j; Kj(P) é a constante de dissociação pela pressão; Mp é a constante de proporcionalidade que assegura Pq = nq (nq é a quantidade dos moles da q-ésima substância dos produtos de combustão); Ip é a entalpia mássica do bipropelente [KJ/kg]; bip é a quantidade do átomo i na fórmula condicional do bipropelente; q e rq são respectivamente massa molecular e fração mássica da qésima substância dos produtos de combustão. As relações (1)-(4) fornecem um volumoso sistema de equações algébricas não lineares, e para sua resolução utiliza-se o método de Newton com algumas modificações que visam à convergência do processo iterativo. Na resolução das equações pelo método de Newton há várias situações que requerem algumas medidas para evitar a divergência, entre elas podemos destacar: escrita das equações na forma logarítmica, teste para detectar o aparecimento de substância condensada, cálculos realizados com precisão dupla para tentar evitar singularidades e estimativa apropriada das aproximações iniciais para as raízes. O modelo[1] se encontra mais detalhadamente em [5]. 2. COMPLEMENTAÇÃO DA BASE DE DADOS Para a realização de cálculos através do modelo de equilíbrio químico [1] é utilizado o aplicativo ADTIJUI [6], que está ligado a uma base de dados que contém informações sobre aproximadamente 200 substâncias gasosas e 50 substâncias condensadas, mas para meios reagentes gerados pelo carvão, a base de dados do aplicativo ADTIJUI é insuficiente. Portanto foi realizada a sua complementação utilizando os dados de [7] que contém informações sobre um número maior de substâncias. Mas as informações desta base de dados: - estão ligadas relativamente a T = 298 K e as referentes à base de ADTIJUI a T=293K; - são determinadas por polinômios de aproximação diferentes dos usados na base de ADTIJUI. Portanto para que a base do aplicativo ADTIJUI fosse complementada com algumas substâncias da base [7], se fez necessário realizar uma reaproximação, de modo que os dados das duas bases se tornassem compatíveis, e esta Na literatura encontra-se alguns resultados de pesquisas teóricas sobre a captura dos poluentes SOx, para meios reagentes bastantes simples. Não levam em conta, entre outros fatores, a complexidade da composição do carvão e a presença nos produtos de combustão de outras espécies condensadas além de substâncias calcinadas. Um exemplo disso está em [9] onde o meio reagente foi apresentado como sendo composto pelas substâncias gasosas: O2, SO2, CO, CO2, N2 e pelas substâncias condensadas: CaO*, CaSO4* e CaS*. Para este trabalho o carvão utilizado foi do tipo Antracito e a sua composição foi dada em [3] e está apresentada na Tabela 1 Tabela 1 – Composição (% mássico) e poder calorífico alto (Ha) do Antracito C H O S N Cl 71,88 5,09 8,55 2,16 1,72 0,07 Umidade Cinza 10,22 10,53 Ha 12,681 Acrescentando ao combustível partículas de pedras calcárias (CaCO3*), considerando a relação entre os átomos de cálcio e de enxofre: Ca/S = 1,5 e considerando também, de acordo com [10], que a cinza é composta por 50% de Al2O3* e 50% de SiO2*, facilmente se obtém a fórmula condicional do “Antracito + Pedras Calcárias”: [ C 5,160 H 5,368 N 0,110 Cl 0,002S0,058 O1,317 Ca 0,088Si 0,074 Al 0,088 ] ou seja, sua composição é bastante complexa. A entalpia foi determinada de acordo com o descrito em [4], e resultou em Ic = -2971 KJ/kg. Os cálculos foram realizados para P = 105 Pa, ox = 0,1...3,0 e o meio reagente foi composto pelas substâncias: H, O, N, C, Cl, S, Si, Ca, Al, HCl, HO2, HS, H2, H2O, OH, O2, NO, NO2, NH, NH2, NH3, NS, N2, CO, CH4, CO2, CH2, CH3, CH, CN, CS, CS2, CCl, CCl2, CCl3, CCl4, ClO, ClO2, Cl2, Cl2O, CaO, SO, SO2, SO3, SiO2, SiH, SiC, SiC2, SiO, SiCl2, SiN, SiCl, SiCl3, SiCl4, Si2C, AlH, AlO, AlO2, AlCl, AlCl3, Al2O2, Al2O, C*, CaSO4*, CaO*, SiO2 *, Al2O3*, CaCO3* e Ca*. A Fig. 2 mostra como varia a temperatura dos produtos de combustão em função do coeficiente de excesso do oxidante (ox). As pesquisas foram realizadas na zona assinalada, pois a captura dos poluentes SOx por pedras calcárias ocorre para temperaturas de 1100 a 1600 K. No combustor (Fig. 1) ocorre, logo após a zona de combustão (onde C ox 1 ) a admissão de ar secundário ( fox 1 ) e a sua influência na captura dos poluentes SOx está mostrada na Fig. 3. Verifica-se que para fox 2,2 (o 605 2500 1500 1000 500 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 10 6 2000 Coeficiente de excesso do oxidante 104 SO2 102 SO3 CaO* 1600 1400 1 10-2 1300 SO 1100 10-6 1000 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 Coeficiete de excesso do oxidante Fig. 3: Influência do aumento do fox no processo de captura de SOx. As figuras de 4 a 6 mostram a influência da injeção de H2O no meio reagente na captura dos poluentes SOx por 10-2 1400 1200 ox = 1,25 1000 15 20 25 1900 SO2 104 1700 103 10 T 10 SO3 1500 T (K) 2 CaSO4 * 1300 35 40 10 5 1800 SO 2 10 3 1600 SO 3 CaSO 4* 10 1400 SO -1 10 1200 T ox = 1,5 -3 10 1000 10 15 20 25 30 35 % H2O SO 1 30 A Fig. 5 mostra a influência da ag na captura dos poluentes SOx por pedras calcárias, quando cox 1,25 e verifica-se que para ag 24%, o que corresponde a T1500 K, as substâncias SO e SO3 já estão totalmente capturadas e começa a ocorrer a redução do SO2. Frações molares (ppm) cox 1,5 , sem admissão de ar secundário. Frações molares (ppm) 1 % H2O pedras calcárias em três situações: cox 1 , cox 1,25 e 105 1600 CaSO 4* SO Fig. 5: Influência da ag na captura de SOx por pedras calcárias c ( ox 1,25 ). CaO 2,0 SO3 10 2 T 1200 10-4 1800 T 10-4 10 T (K) Frações molares (ppm) 1500 CaSO4 * SO 2 10 4 Frações molares (ppm) Fig. 2: Alteração da temperatura dos produtos de combustão na dependência de ox. T (K) T (K) 2000 A Fig. 4 mostra a influência da injeção de H2O na captura de SOx por pedras calcárias, quando cox 1 . Pesquisaram-se taxas de injeção de água (ag) de 30% a 50% para variar a temperatura dos produtos de combustão no intervalo de 1000 a 1600 K. Pode-se observar que das substâncias poluentes, formadas a partir do enxofre, a de maior concentração é o SO2. Para ag = 30%,...,42% o SO2 não é capturado, apesar das temperaturas serem favoráveis a isto. Teoricamente a captura do SO2 começa a ser realizada para ag >45%, mas neste caso T<1100 K, e por serem as velocidades das reações muito lentas [11] a captura não ocorre, portanto com cox 1 a injeção de água impossibilita a captura do SO2. T (K) que corresponde a T1450 K) o óxido de cálcio (CaO*) reage com os produtos de combustão SOx e transforma-se em sulfato de cálcio, confirmando assim, a captura eficaz desses poluentes, por pedras calcárias, neste tipo de instalação. 1100 -1 10 ox = 1 10-2 900 30 35 40 % H2 O 45 50 Fig. 4: Influência da ag na captura de SOx por pedras calcárias c ( ox 1 ). Fig. 6: Influência da ag na captura de SOx por pedras calcárias c ( ox 1,5 ). É conhecido que o nível admissível de emissão de SO 2 no meio ambiente é em torno de 100ppm, o que corresponde a T1300 K e esta temperatura entra na faixa da captura 606 “Carvão+Pedra Calcária”: Aplicação do Modelo de Equilíbrio Químico na Determinação das Características dos Produtos de Combustão A. P. Spilimbergo, v. G. Krioukov. efetiva. Portanto quando cox 1, 25 a injeção de água no meio reagente realmente contribui para a captura dos poluentes SOx . A Fig. 6 mostra a influência da ag na captura dos poluentes SOx, quando cox 1,5 e verifica-se que para T1300 K tem-se rSO 2 =100 ppm. Este regime operacional de uma instalação é igual ao regime cox 1,25 , mas sua desvantagem é que a combustão é mais lenta e não estável, possibilitando assim o surgimento de outras substâncias poluentes. Pela análise feita nos últimos três gráficos, pode-se concluir que havendo a injeção de água na captura dos poluentes SOx , o regime operacional preferível da instalação é com cox da ordem de 1,25. 105 3 SO x(ppm) 10 ox = 1,1...1,5 (com H2O) 10 ox = vários (sem H2O) -1 10 1200 1300 1400 1500 1600 T (K) Fig. 7: Alteração de rSO x realiza quando cox 1 , independente da taxa de injeção; - para cox 1 a captura do SOx é considerável quando a taxa de injeção de H2O assegura a faixa de temperatura de 1100 a 1300 K. REFERÊNCIAS [1] V. E. Alemassov, A. F. Dregalin e A. P. Tishin, “Teoria dos propulsores”, Moscou, Mashinostroenie, 1980. [2] P. C. C. Pinheiro, “Recursos Naturais de Energia”. In: Proceedings of 6th Latin American Congress of Heat and Mass Transfer, Florianópolis, SC, Vol. I, 189-194, 1996. [3] R. D. Litt, H. Nack, B. C. Kim e R. Tumolo, “Cofiring Coal With Waste Materials”. In: Proceedings of 1th Annual Pittsburgh Coal Conference, Pittsburgh, Pennsylvania, 453-459, 1984. ox = 1(com H2O) 1100 - para fox 2,0 3,0 (sem injeção de H2O) no meio reagente pesquisado, o SOx é capturado com eficácia; - para o caso da injeção de H2O, a captura de SOx não se f ( T) para vários meios reagentes. Na Fig. 7 são comparadas a capacidade de capturar os poluentes SOx por pedras calcárias para vários ox , mantendo o intervalo de temperatura dos produtos de combustão variando de 1100 a 1600 K, que é controlado pela injeção de água e/ou ar secundário no meio reagente. O gráfico mostra que as linhas de captura agrupam-se, se no meio reagente existe algum excesso de ar, ou seja, cox 1 . Mas quando cox 1 a captura não se realiza seja qual for a temperatura. Para temperaturas de aproximadamente 1500 K, existe no gráfico um ponto de bifurcação, que é interessante pesquisar futuramente, analisando as equações do modelo de equilíbrio químico. 4. CONCLUSÕES Para o meio reagente “Antracito + Ar” foi pesquisada a capacidade de capturar os poluentes SOx por pedras calcárias fluidizadas, variando a taxa de injeção de ar secundário e/ou água nos produtos de combustão. As simulações numéricas foram executadas usando o modelo de processos quimicamente equilibrados [1] e o aplicativo ADTIJUI [6]. Em relação aos resultados podem-se fazer as seguintes considerações: - a captura dos poluentes SOx pode ser realizada para T<1550 K, quando rSO x diminui de 10000 ppm até 10 ppm; [4] A. P. Spilimbergo, C. J. Auth e R. L. Iskhakova, “Método do Meio Local Reagente e Grandes Moléculas Aplicando Sistemas Quimicamente Equilibrados”. In: Proceedings of 7º LATCYM, Salta, Argentina, Vol. I, 87-92, 1998. [5] A. P. Spilimbergo, C. A. Castelli e C. J. Auth, “Simulação Numérica das Propriedades dos Produtos de Combustão de Diferentes Espécies de Carvão”. 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