notICEas
Boletim Informativo do Instituto das Comunidades Educativas
N.º 14
Edição de julho e agosto de 2015
EDITORIAL
Em jeito de memórias…
Relembrar
Presente…
o
Passado,
Viver
o
O ICE faz 23 anos e eu faço 17 anos
que tive o ano mais marcante da minha
vida.
Em janeiro de 98 nasce o meu filho e no
final do mesmo ano dou início a uma
“aventura” no ICE. Dois marcos: um
pessoal e um pessoal/profissional.
O meu pessoal foi e é o clarão da minha
vida. O profissional não esquecendo
que sou eu que lá estou, foi a entrada
numa das casas da minha vida – o ICE.
Uma casa onde me é permitido refletir,
questionar o mundo, sonhar um mundo
melhor…
Cresci com o ICE, sobretudo na gestão
das relações, na forma de intervir com a
vida, com as pessoas e em diversas
situações…
O coincidente, nestes dois marcos, é a
constante presença da importância e do
valor que têm as pessoas com quem me
cruzo. Estas pessoas, sejam elas quem
forem, acrescentam sempre mais um
pouco de conhecimento e de
amadurecimento à minha vida.
Conhecer o Outro, Viver e Partilhar com
o Outro faz com que tenhamos que abrir
horizontes, aceitando, compreendendo,
tendo empatia, simpatia e, sobretudo,
construindo RELAÇÃO com esse Outro
e isso, para mim, foi-se tornando um
SENTIDO DE VIDA…
Estar disponível… estar desperta para
aprender…aprender com os outros.
Quero deixar aqui um abraço bem
apertado ao Rui por tudo o que aprendi,
em relação com ele e pelos trilhos de luz
que ele é capaz de desenhar, ajudandonos a fazer Caminho…
Manuela Correia
EXCELENTES NOTICEAS
A 29 de Julho, foram divulgadas
mais algumas listas de Mobilidade
de Docentes para o ano letivo de
2015/2016.
Ao abrigo do Artigo 68.º alínea b) Associações
de
Índole
Socioeducativa - DSR Lisboa e Vale
do Tejo, foram autorizadas as
Mobilidades, por despacho de S.
Exa. o SEEAE, dos nossos quatro
professores – Manuela Correia
(Setúbal), Leonel Pires (Viseu),
José Manuel (Vila Real) e Andréa
Duarte (Braga), dando-se assim
continuidade ao trabalho que vem
sendo desenvolvido nas várias
regiões
e
às
dinâmicas
implementadas nestes últimos anos.
Viva!
Andréa Duarte
A “MÁQUINA DO
EMPREENDEDORISMO”: TEATRO DO
OPRIMIDO E EDUCAÇÃO CRÍTICA EM
TEMPO DE CRISE
Resumo: O empreendedorismo tem
vindo a instalar-se como discurso
dominante, através da produção e
difusão de uma série de narrativas que
se interligam - “o emprego é coisa do
passado”,
“não
podemos
estar
amarrados ao Estado”, “o que conta é a
atitude”, “o desemprego é uma
oportunidade” - e da sua transposição
para as políticas públicas, para as
escolas, para as organizações nãogovernamentais, para as universidades.
Este artigo, inserido numa investigação
ativista e enquadrada numa perspetiva
de sociologia pública e educação crítica,
procura, através de uma iniciativa com o
Teatro do Oprimido, contribuir para
desconstruir
a
“máquina
do
empreendedorismo”, em particular em
contexto de crise: as suas estratégias e
objetivos, mas também as suas
contradições. Argumenta-se que esta
ideologia do empreendedorismo tem
contribuído para uma reconfiguração
das formas de exploração, dominação e
controlo, na sociedade e, em particular,
nos mundos do trabalho e da escola.
In Investigar em Educação, Revista da
Sociedade Portuguesa de Ciências da
Educação
http://pages.ie.uminho.pt/inved/index.ph
p/ie/article/view/46/45
Inês Barbosa, Fernando Ilídio Ferreira
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BRINCADEIRAS DO MEIO DO
MUNDO: UMA INFÂNCIA
GLOBALIZADA?
Resumo de texto publicado no livro
Interfaces da Lusofonia:
A pesquisa sobre as formas como se
relacionam o global e o local nas
culturas da infância, através dos
processos de receção e produção da
cultura pelas crianças e da sua
expressão nas culturas de pares no
quotidiano lúdico, pretende inferir o
impacto da globalização nas infâncias
contemporâneas, nomeadamente no
contexto
africano.
A
estratégia:
mergulhar no quotidiano lúdico das
crianças africanas naturais de São
Tomé e Príncipe na tentativa de
perscrutar um dos mundos sociais e
culturais da infância e revelá-lo na voz
das próprias crianças. Através da
observação e análise das práticas e dos
significados relacionados com a
brincadeira e o brinquedo nos contextos
de vida das crianças de São Tomé e
Príncipe, procura-se esclarecer como e
se as culturas das crianças na sua
génese e estrutura estão imbricadas no
contexto mais amplo de globalizações
em curso.
Marlene Barra
Universidade do Minho
[email protected]
Download grátis em:
http://www.lusocom.org/pt/livro/111
Editores: Moisés de Lemos Martins; Rosa
Cabecinhas; Lurdes Macedo; Isabel Macedo
Editora: Centro de Estudos de Comunicação e
Sociedade, Universidade do Minho
Ano: 2014
ISBN: 978-989-8600-21-9
Sinopse: [Excerto da nota introdutória do livro]
Os debates sobre a Lusofonia têm vindo a
focalizar-se em alguns conteúdos difusos e
dispersos, ora privilegiando a língua, ora a
interação no domínio cultural, ora ainda dando
relevo a uma matriz pós-colonial que permite
“A Infância na Latitude Zero – As brincadeiras da
olhar criticamente o conceito. Estes debates
criança ‘global’ africana” - Bolsa de Investigação
produzem importantes centralidades analíticas,
no âmbito do QREN - POPH - Tipologia 4.1 -
tendendo
Formação Avançada, comparticipada pelo Fundo
mutuamente. Contribuem, para este “estado da
Social Europeu e por fundos nacionais do
arte”, o peso das fronteiras científicas e das
MCTES, com a referência: SFRH / BD / 71978 /
diferentes tradições disciplinares, fatores que
2010
têm o efeito indesejável de parcializar e
porém
a
autoexcluirem-se
fragmentar um objeto que ganharia em ser visto
de forma integrada.
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CRIANÇAS EXPÕEM IDEIAS JUNTO
DOS RESPONSÁVEIS DO PODER
LOCAL
Realizou-se no passado dia 14 de julho,
o intercâmbio entre grupos de encontro
de crianças que no âmbito do projeto
“Uma Aventura
no Mundo da
Cidadania”, estão a desenvolver os
projetos das Aldeias Amigas das
Crianças nos seus territórios com vista à
promoção e concretização dos direitos
das crianças. O grupo de crianças do
Centro de Assistência Cultura e Recreio
de Paços da Serra recebeu a visita do
grupo de crianças do ATL do Centro de
Assistência, Cultura e Recreio de
Arcozelo da Serra. O grupo visitante foi
recebido com o hino da “Aldeia Amiga
das Crianças” elaborado e cantado
pelas crianças de Paços da Serra, cuja
mensagem de esperança reforça o
papel das crianças como elementos
importantes na procura de soluções na
melhoria da qualidade de vida dos seus
territórios. O grupo de crianças de
Paços da Serra teve oportunidade de
explicar o processo e os vários passos
que desencadeou para promover ações
de melhoria no seu Parque Infantil.
Inspirado neste processo e num artigo
publicado sobre o grupo de Paços da
Serra no jornal Notícias de Gouveia, o
grupo de crianças do Arcozelo da Serra
apresentou o início do seu percurso
para promover melhorias no espaço
escolhido – o Parque da Nossa Senhora
de Fátima, tendo já realizado uma visita
ao local para observar os aspetos mais
e menos amigos, e devolvido estas
informação numa reunião com um dos
membros da equipa da sua Junta de
Freguesia, estando prevista uma ação
conjunta nesse local num dia ainda a
definir.
Neste intercâmbio também estiveram
presentes, o vice presidente Joaquim
Lourenço de Sousa em representação
do município, o Presidente da equipa da
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Junta de Paços da Serra Vitor
Quaresma, e um dos membros da
equipa da Junta de Freguesia de
Arcozelo da Serra José António Póvoas.
Todos os autarcas ouviram atentamente
o percurso de ambos os grupos,
elogiaram o forte envolvimento das
crianças na observação e diagnóstico
dos aspetos a corrigir e a melhorar, e
mostraram abertura para continuar a
articular ativamente na resolução de
problemas identificados pelas crianças
no seus territórios, promovendo um
quadro de governança local cada mais
implicado na promoção dos direitos das
crianças. O encontro terminou com a
visita ao Parque Infantil de Paços da
Serra, onde o grupo visitante teve de
descobrir os aspetos intervencionados e
melhorados.
Todas as crianças e jovens são cidadãs
e cidadãos de pleno direito, que devem
ter espaço para uma participação ativa
na vida das suas freguesias. Esta é a
visão que o projeto “Uma Aventura no
Mundo da Cidadania” prossegue no
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concelho de Gouveia para promover
que as opiniões destes grupos sejam
ouvidas por adultos, com ou sem
responsabilidades de decisão política,
para que, em conjunto, seja possível
construir um espaço de participação da
infância e juventude cada vez mais
congruente com a Convenção dos
Direitos da Criança.
EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA
“DE TODOS PARA TODOS”
No dia 5 de junho, com o intuito de
trabalhar o tema Educação Ambiental/
Desenvolvimento
Sustentável,
participamos nos “Dias do Ambiente”
organizados pela ASPEA (Associação
Portuguesa de Educação Ambiental).
Os alunos deslocaram-se ao parque de
Santiago e puderam percorrer e
conhecer melhor o rio Pavia, a sua
fauna e flora. Deixaram ainda uma
mensagem e/ou ilustração sobre o rio.
De seguida, visitamos a Casa da
Ribeira, onde ficamos a conhecer as
memórias do rio Pavia ao longo dos
tempos.
O projeto “Uma Aventura no Mundo da
Cidadania“, está a ser promovido pelo
GAF em Gouveia desde Março de 2014,
em parceria em parceria com a Câmara
Municipal de Gouveia e a Associação
Reencontro (Vila Nova de Tazem) com
o apoio do Programa Cidadania Ativa,
financiado pela Noruega, Islândia e
Liechtenstein (EEA Grants).
In Projeto Uma Aventura no Mundo da
Cidadania | Newsletter 8
Gouveia | Julho 2015
Leonel Pires
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I MERCADO DE TROCAS DE
COIMBRA
O I Mercado de Trocas de Coimbra
realizou-se a 27 de Junho de 2015, no
Largo do Poço.
Este Mercado de Trocas de Coimbra é
aberto a toda a população, com
inscrições no local podendo trocar-se
qualquer objeto, desde que esteja em
bom estado.
No ato da inscrição cada pessoa recebe
10 notas de 1 SOL, a moeda social
escolhida para este mercado. Cada
participante é livre de estabelecer o
preço para a sua mercadoria e no final
entrega as moedas que sobraram no
"Banco SOL" podendo utilizá-las
novamente numa próxima edição do
Mercado de Trocas de Coimbra.
O Mercado de Trocas de Coimbra vem
na sequência do Mercadinho de Trocas
para Criança e Jovens que a Casa da
Esquina vem organizando desde há
alguns anos, sendo o modelo de
funcionamento igual.
Por todo país se vêm realizando
Mercados de Trocas com moedas
sociais, sem fins lucrativos. Em todos
eles há notas próprias e são
identificados
temas/áreas
de
intervenção, tais como: dinamizar o
espaço público desafiando os cidadãos
e cidadãs a utilizá-lo; contribuir para a
redução
da
dependência
do
"consumismo" e fomento de um
consumo
responsável;
favorecer
relações sociais entre as pessoas que
contribuam para o seu desenvolvimento
enquanto seres humanos; contribuir
para a redução do nosso impacto no
meio ambiente dado que em vez de
adquirirmos bens novos utilizamos e
reutilizamos outros que já existem, e em
bom estado, contribuindo para um
menor desgaste dos recursos do nosso
planeta.
O Mercado de Trocas de Coimbra é uma
organização da Casa da Esquina,
Ecosol /CES e GRAAL em parceria com
a Agência de Promoção da Baixa de
Coimbra.
Vídeo: https://youtu.be/1PHmBFaSjFs
Zé João
Casa do Sal
No encerramento do Mercado há uma
assembleia com todos os participantes
para se fazer uma avaliação e pensar o
que desejam fazer para o futuro em
relação ao modelo do Mercado, local,
regularidade, etc.
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ACONTECEU EM BRAGA
O GRUFALÃO
No âmbito da iniciativa Verão na Casa,
realizada na Casa do Professor (Braga),
decorreram as histórias no jardim. O
livro escolhido foi “O Grufalão”, de Axel
Scheffler, Julia Donaldson. Este livro é
recomendado pelo Plano Nacional de
Leitura.
Ficam aqui algumas imagens da
iniciativa e, claro, a sugestão de leitura
Sinopse:
As crianças vão deliciar-se com as
aventuras deste pequeno ratinho que
consegue dissuadir vários animais na
floresta de o comer inventando histórias
de um monstro feio e assustador (mas
imaginário) chamado «grufalão»... Qual
não é o espanto do ratinho quando o
grufalão realmente aparece!
Em 1999, esta obra recebeu o Prémio
Smarties para o melhor livro infantil
editado no Reino Unido e também o
Prémio Blue Peter para o melhor livro
para ler em voz alta.
Fonte: www.fnac.pt
PS – O mais divertido foi, no final da
história, fazer “caudas de Grufalão” e
usá-las na rua!
Andréa Duarte
Mais informações
http://www.casadoprofessor.pt/
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desenvolvimento e educação dos países de
língua
oficial
portuguesa,
bem
como
o
intercâmbio e a articulação com projetos e
instituições de desenvolvimento local e educativo
da Europa.
Trabalha
a
dimensão
educativa,
enquanto
O ICE - Instituto das Comunidades Educativas -
vertente de um desenvolvimento que só pode ser
é uma associação de âmbito nacional, de
integrado e sistémico. E entende como dimensão
utilidade pública sem fins lucrativos, com o
educativa os níveis de educação formal, não
estatuto
formal
de
ONGD
e
sede
em
Setúbal.
e
informal,
considerados
na
sua
Constituído a 15 de Julho de 1992, é o resultado
interdependência mas também na sua autonomia
da confluência de projetos de intervenção e do
relativa.
envolvimento
e
articulação
de
autarquias,
instituições académicas, personalidades ligadas
à cultura e educação e diferentes ONG's.
Assume o reconhecimento e a recuperação da
diferença que a diversidade implica que só pode
ser integrado e sistémico. E entende como
Tem como finalidades a organização, gestão,
dimensão educativa os níveis de educação
animação e apoio a projetos de intervenção,
formal, não formal e informal, considerados na
investigação e desenvolvimento, no âmbito
sua interdependência mas também na sua
educativo, cultural, social e económico.
autonomia relativa.
Ao longo da sua existência tem desenvolvido
Assume o reconhecimento e a recuperação da
projetos
diferença que a diversidade implica.
apoiados
financiamento
por
programas
europeus
de
(GRUNDVIG,
SOCRATES, EQUAL, POEFDS) e nacionais
(Luta contra a Pobreza, Ser Criança; SIQE) a
maioria
dos
quais
como
entidade
interlocutora/promotora.
número
contributos
no
Morada: Rua do Moinho, nº 1 - R/C D11, Bairro
da Bela Vista, 2910-614 Setúbal
As investigações que conduz traduzem-se num
significativo
CONTACTOS
de
publicações
domínio
da
formação,
com
da
educação, do desenvolvimento local e da
Coordenadas GPS: 38.521673, -8.865575
Localização: http://goo.gl/maps/1ewnR
Tel: 265 783 006
animação comunitária.
Correio eletrónico: [email protected]
Anima várias redes de parceria onde se acham
implicadas
autarquias,
coletividades,
Website: http://www.iceweb.org/
associações, escolas, universidades e serviços
públicos. Cerca de 80% do seu volume de
trabalho
é
assegurado
em
regime
de
voluntariado.
Adota como princípios e traços de especificidade:
Aos Sócios e Amigos do ICE
Elege, como objeto privilegiado de intervenção, a
APOIAR FINANCEIRAMENTE O ICE SEM
comunidade
local,
na
perspetiva
da
sua
afirmação e desenvolvimento.
GASTAR UM CÊNTIMO!
Basta, para o efeito, quando da declaração de
Estrutura da sociedade civil, o ICE define como
rendimentos - IRS, preencher no Anexo H -
principal objetivo e razão de ser o combate contra
Quadro 9 (Consignação de 0,5% do Imposto
a exclusão social, promove a cultura educativa e
Liquidado) - Campo 901 - indicando o NIPC
o desenvolvimento integrado local em Portugal -
da nossa associação: 502827564
combate a que se associa a solidariedade de
princípio
notICEas
com
as
problemáticas
do
8
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