RELATÓRIO DE GESTÃO DO CFB (2007/2012) Elaborado por: Célia Regina Simonetti Barbalho 2ª Secretária do Conselho Federal de Biblioteconomia 15ª Gestão Sistema CFB/CRB Conselho Federal de Biblioteconomia Conselho Regional de Biblioteconomia RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) 1 14ª GESTÃO CONSELHO FEDERAL DE BIBLIOTECONOMIA (2007/2012) PRESIDENTE Nêmora Arlindo Rodrigues (CRB-10/820) VICE-PRESIDENTE Neide Aparecida Gomes (CRB-1/1702) 1ª SECRETÁRIA Georgete Lopes Freitas (CRB-13/364) 2ª SECRETÁRIA Célia Regina Simonetti Barbalho (CRB-11/193) TESOUREIRA Maria Elizabeth Baltar Carneiro de Albuquerque (CRB-15/001) COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS Coordenador: Hamilton Vieira de Oliveira (CRB-2/706) Membro: Henriette Ferreira Gomes (CRB-5/771) Membro: Helen Beatriz Frota Rozados (CRB-10/368) COMISSÃO DE MEMÓRIA Coordenadora: Neide Aparecida Gomes (CRB-1/1702) Membro: Ivanise Azevedo Tourinho (CRB-5/218) Membro: Sandra Soller Dias da Silva (CRB-8/1499) COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO Coordenadora: Nysia Oliveira de Sá (CRB-7/1572) Membro: Hamilton Vieira de Oliveira (CRB-2/706) Membro: Sandra Soller Dias da Silva (CRB-8/1499) COMISSÃO DE ENSINO Coordenadora: Henriette Ferreira Gomes (CRB-5/771) Membro: Helen Beatriz Frota Rozados (CRB-10/368) Membro: Maria Odaisa Espinheiro de Oliveira (CRB2/80) COMISSÃO DE TOMADA DE CONTAS Coordenadora: Ivanise Azevedo Tourinho (CRB-5/218) Membro: Aldinar Martins Bottentuit (CRB-13/318) Membro: Sandra Soller Dias da Silva (CRB-8/1499) COMISSÃO DE ÉTICA PROFISSIONAL Coordenadora: Henriette Ferreira Gomes (CRB-5/771) Membro: Aldinar Martins Bottentuit (CRB-13/318) Membro: Maria Odaisa Espinheiro de Oliveira (CRB-2/80) COMISSÃO DE LICITAÇÃO Coordenadora: Fernando Braga Ferreira (CRB-3/640) Membro: Helen Beatriz Frota Rozados (CRB-10/368) Membro: Tatiana Paula Martins de Souza COMISSÃO DE CADASTRO DE PROFISSIONAIS E DE BIBLIOTECAS Coordenadora: Célia Regina Simonetti Barbalho (CRB11/193) Membro: Georgete Lopes Freitas (CRB-13/364) COMISSÃO ELEITORAL 2009 Presidente: Hamilton Vieira de Oliveira (CRB-2/706) Secretária: Henriette Ferreira Gomes (CRB-5/771) Escrutinadora: Sandra Soller Dias da Silva Suplente: Nysia Oliveira de Sá (CRB-7/1572) COLABORADORES Adriane Dias Ferreira Ailtom Moreira Rocha Marco Aurélio Alves de Souza Neracy Fernandes da Silva Roberto Barros Cardoso Tatiana de Paula Martins de Souza DEZEMBRO/2012 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) 1 15ª GESTÃO CONSELHO FEDERAL DE BIBLIOTECONOMIA PRESIDENTE Nêmora Arlindo Rodrigues (CRB-10/820) VICE-PRESIDENTE Regina Céli de Sousa (CRB-8/2385) 1ª SECRETÁRIA Georgete Lopes Freitas (CRB-13/364) 2ª SECRETÁRIA Célia Regina Simonetti Barbalho (CRB-11/193) TESOUREIRA Maria Elizabeth Baltar Carneiro de Albuquerque (CRB-15/001) COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS Coordenadora: Glória Isabel Sattamini Ferreira (CRB10/176) Membro: Sandra Maria Dantas Cabral (CRB-3/243) Membro: Ana Maria Ferracin (CRB-4/754) COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO Coordenadora: Sandra Maria Dantas Cabral (CRB-3/243) Membro: Regina Celi de Sousa (CRB-8/2385) Membro: Roberto Mário Vieira da Silva (CRB-1/1412) COMISSÃO DE TOMADA DE CONTAS Coordenadora: Ivanise Azevedo Tourinho (CRB-5/218) Membro: Ana Maria Ferracin (CRB-4/754) Membro: Maria Elisabeth Oliveira da Costa (CRB-6/1503) COMISSÃO DE ÉTICA PROFISSIONAL Coordenadora: Maria Odaisa Espinheiro de Oliveira (CRB2/80) Membro: Glória Isabel Sattamini Ferreira (CRB-10/176) Membro: Rosane Suely Álvares Lunardelli (CRB-9/1130) COMISSÃO DE LICITAÇÃO Coordenadora: Sandra Maria Dantas Cabral (CRB-3/243) Membro: Neide Aparecida Gomes (CRB-1/1702) Membro: Tatiana Paula Martins COMISSÃO DE MEMÓRIA Coordenadora: Neide Aparecida Gomes (CRB-1/1702) Membro: Maria Elisabeth Oliveira da Costa (CRB-6/1503) Membro: Ivanise Azevedo Tourinho (CRB-5/218) COMISSÃO DE ENSINO Coordenadora: Rosane Suely Álvares Lunardelli (CRB9/1130) Membro: Maria de Jesus Nascimento (CRB-14/183) Membro: Maria Odaisa Espinheiro de Oliveira (CRB-2/80) COMISSÃO DE CADASTRO DE PROFISSIONAIS E DE BIBLIOTECAS Coordenadora: Célia Regina Simonetti Barbalho (CRB11/193) Membro: Georgete Lopes Freitas (CRB-13/364) Membro: Rosane Suely Álvares Lunardelli (CRB-9/1130) COMISSÃO ELEITORAL 2012 Presidente: Célia Regina Simonetti Barbalho (CRB-11/193) Secretária: Georgete Lopes Freitas (CRB-13/364) Escrutinadora: Ivanise Azevedo Tourinho (CRB-5/218) Suplente: Maria Elizabeth Baltar Carneiro de Albuquerque (CRB-15/001) e Neide Aparecida Gomes(CRB-1/1702) COLABORADORES Ailtom Moreira Rocha Neracy Fernandes da Silva Roberto Barros Cardoso Tatiana de Paula Martins de Souza DEZEMBRO/2012 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Resumo Executivo E xpõe as atividades realizadas pelo Conselho Federal de Biblioteconomia, no período de 2007 a 2012, que corresponde ao segundo ano da 14ª e toda a 15ª gestão. A decisão pelo relato de tal período se prende ao exame do trabalho executado após um amplo estudo de prospecção realizado sob a ótica das práticas concebidas no contexto da inteligência competitiva que envolveu os aspectos relacionados a governança institucional, sobretudo no que tange a suas ações interna e externa, que impactaram na concepção do Sistema CFB/CRB. As ações internas constituíram o que se denominou de Programa Estruturante cuja função principal foi estabelecer elementos para a ação sistêmica do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Biblioteconomia, instituídos pela Lei N. 4.084/62, regulamentada pelo Decreto N. 56.725/65 e pela Lei N. 9.674/98. As ações externas foram desencadeadas a partir da concepção do Programa Mobilizador denominado Biblioteca escolar: construção de uma rede de informação para o ensino público, o qual conduziu os esforços para a aprovação da Lei N. 12.244/2010, que universalizou a biblioteca escolar. O exitoso trabalho desenvolvido ao longo destes seis anos foi inspirado nas convicções de Charles Chaplin, o qual ensinou o quão: “Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve ... A vida é muita para ser insignificante. Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível”. DEZEMBRO/2012 1 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Sumário Resumo Executivo ................................................... 1 Estrutura Organizacional do CFB ............................ 3 Estrutura Organizacional do Sistema CFB/CRB ....... 7 Arquitetando um caminho inovador ...................... 8 Programa Estruturante ......................................... 12 Mecanismos de Ação ............................................ 28 Workshop do Sistema CFB/CRB ............................ 29 Programa Mobilizador .......................................... 84 Outras Ações Relevantes ...................................... 89 DEZEMBRO/2012 2 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Estrutura Organizacional do CFB P ara consolidar trabalho pela 14ª. o proposto e 15ª. Gestões, o CFB contou com uma estrutura organizacional colegiada que é constituída como disposto na Figura 1. Conforme expõe o Regimento Interno do CFB, o órgão de fiscalização financeira e administrativa é a Comissão de Tomada de Contas (CTC). Comissões Permanentes As são: Figura 1 – Organograma do CFB FONTE: Regimento Interno do CFB Comissão de Ética Profissional (CEP), Comissão de Legislação e Normas (CLN), Comissão de Licitação (CLI), Comissão de Divulgação (CDV) e as Temporárias são as especiais, constituídas para fins não específicos de outras Comissões; de inquérito ou sindicância, destinada a apurar fato determinado; e externas, destinadas a representar o Conselho Federal nos atos a que deva comparecer. A 14ª. Gestão foi composta pelas seguintes Comissões Permanentes, cujas atribuições estão dispostas após a Figura 2: DEZEMBRO/2012 3 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) C ompete a cada Comissão Permanente, de acordo com o Regimento Interno do Conselho Federal de Biblioteconomia: a) A Comissão de Tomada de Contas (CTC) é um órgão de assessoramento do Plenário com a função de verificar se foram devidamente recebidas as importâncias pertencentes ao CFB, bem como controlar o recebimento de legados, doações e subvenções; fiscalizar Figura 2 – Comissões Permanentes da 14ª. periodicamente os serviços de Gestão do CFB Tesouraria e Contabilidade do CFB, examinando livros e demais documentos relativos à gestão financeira; examinar os comprovantes de despesas pagas, quanto à validade das autorizações e quitações respectivas; solicitar ao Presidente os elementos necessários ao desempenho de suas atribuições, inclusive assessoramento técnico; solicitar esclarecimentos ao Tesoureiro do CFB, bem como aos Tesoureiros dos CRB, sempre que julgar necessário; solicitar esclarecimentos ao Contador do CFB, bem como aos contadores dos CRB, sempre que houver necessidade; e baixar normas disciplinadoras de sua organização e de seus serviços, baseadas nas atribuições fixadas no Regimento Interno; b) A Comissão de Ética Profissional (CEP) é um órgão de assessoramento da Diretoria e do Plenário, com competência para analisar e encaminhar ao Presidente do CFB parecer prévio, visando autorização de abertura de processo ético ou não, quando de denúncia ou apuração de transgressão de natureza ética ou administrativa praticada por Conselheiros Federais ou Regionais, no exercício do mandato, para posterior decisão do Tribunal Especial de Ética Profissional; proceder à instauração e instrução do devido processo ético disciplinar, na forma das disposições do Código de Ética do Profissional Bibliotecário, da Resolução CFB N. 399/93 e demais disposições legais pertinentes; apreciar e emitir parecer nos processos disciplinares encaminhados ao CFB em grau de recurso, interpostos contra decisões proferidas pelos Plenários dos CRB, emitindo parecer; emitir parecer sobre outros assuntos de natureza ética, quando solicitado pelo Plenário ou pela Diretoria; propor ao Plenário normas e procedimentos a serem adotados pelas CEP dos CRB, orientando-as quanto ao seu cumprimento; exercer sua função, no que concerne a outros aspectos da ética não mencionados nos incisos anteriores e previstos nos RI, em atendimento a determinações da Diretoria e/ou Plenário; apresentar relatórios escritos dos fatos constatados. DEZEMBRO/2012 4 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) c) A Comissão de Legislação e Normas (CLN) é um órgão de assessoramento da Diretoria e do Plenário com a responsabilidade de emitir pareceres nos assuntos submetidos ao seu exame, por determinação do Presidente, sob orientação da Consultoria Jurídica; pronunciar-se em matéria de aplicação de interpretação das normas para orientação dos trabalhos dos CRB e CFB, acompanhando a execução das diligências; oficiar nos processos que justifiquem as medidas de sindicância, inquérito e suspensão de autonomia dos Conselhos Regionais, acompanhando a execução das diligências; elaborar e propor a expedição de normas que facilitem a uniforme aplicação da legislação, a base da doutrina e jurisprudência ou solucionar em questões de caráter geral, relativas ao exercício das atividades vinculadas à Biblioteconomia; manter organizada e armazenada a legislação e a jurisprudência necessária ao desempenho de suas atividades; estudar e elaborar anteprojeto de regulamentação complementar ou de alteração de legislação relativa ao exercício das atividades vinculadas à Biblioteconomia; acompanhar, na esfera do Poder Executivo e Legislativo, o andamento dos projetos e processos que envolvam interesse da Biblioteconomia e de seus profissionais; providenciar assistência e orientação jurídica aos Conselhos Regionais, por determinação do Presidente; dar encaminhamento a todas as consultas que lhes sejam regularmente encaminhadas, sob orientação da Consultoria Jurídica; estudar, planejar, elaborar e propor ao Presidente do CFB a publicação da legislação referente ao exercício e a fiscalização da profissão de bibliotecário, dos atos, resoluções, acórdãos, portarias e pareceres. d) A Comissão de Licitação (CLI) é composta de 3 (três) membros eleitos pelo Plenário, pelo período de um ano com a responsabilidade de cumprir, rigorosamente, o disposto na Lei N. 8.666/93, mantendo um cadastro de fornecedores de bens e serviços; emitido e fazendo publicar edital de licitação no DOU, bem como publicando demais documentos licitatórios, tais como tomada de preços, cartas convite e outros pertinentes; analisando e julgando as propostas do objeto da licitação; encaminhando o processo ao Presidente do CFB para homologação; baixando normas disciplinadoras de sua organização e de seus serviços, baseadas nas atribuições fixadas neste Regimento e nas disposições legais aplicáveis à matéria. e) A Comissão de Divulgação (CDV) funciona como órgão de assessoramento da Diretoria e do Plenário com objetivo de estudar, planejar e propor ao CFB publicação referente a assuntos profissionais da área da Biblioteconomia, bem como os relativos às atividades do CFB e dos CRB, bem como sua divulgação; solicitar aos Bibliotecários, estudos de caráter informativo sobre assuntos de interesse da área da Biblioteconomia e de atuação do CFB e CRBs; divulgar nacionalmente as atividades do CFB; promover a impressão de publicações e a divulgação de matérias doutrinária, informativa, crítica, noticiosa e de qualquer outro gênero, para difusão da Biblioteconomia; promover a difusão nacional e internacional da Biblioteconomia através da divulgação de matérias doutrinárias e informativas; supervisionar a organização e a edição das publicações periódicas do CFB, devidamente autorizada pelo Plenário; remeter as publicações, através do SAD, aos Conselheiros Federais efetivos e suplentes, aos CRB e aos DEZEMBRO/2012 5 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Bibliotecários registrados nos Conselhos, bem como a todas as instituições interessadas e aos órgãos de divulgação em geral; orientar a organização e manutenção, no SAD, de cadastro de endereços necessários à remessa sistemática das publicações; adquirir, registrar, guardar e conservar livros, folhetos, jornais, revistas e outras publicações de interesse da área, controlando o empréstimo e a utilização, juntamente com o SAD; adquirir elaborar, guardar e conservar o material áudio - visual próprio a apresentações do CFB em palestras, cursos e treinamentos, bem como controlar o seu empréstimo e utilização contando, para isto, com o auxilio do SAD. A 14ª. Gestão, com intuito de compor amplamente suas ações e em cumprimento a o que expõe o Regimento Interno, constituiu Comissões Temporárias para fins não específicos das demais Comissões já constituídas. Deste modo, a Figura 3 apresenta a composição destes órgãos. As Comissões Temporárias acima apresentadas foram criadas com objetivo de: a) A Comissão de Cadastro (CC) é responsável pelo cadastramento e a manutenção de informações atualizadas sobre todos os bibliotecários registrados no Sistema CFB/CRB bem como das bibliotecas existentes no país. Objetivo deste trabalho é empregar a variedade de informações a serem disponibilizadas para elaboração de diagnósticos sobre as condições da demanda e oferta de trabalhos de existentes no país. Figura 3 – Comissões Temporárias da 14ª. Gestão do CFB b) A Comissão de Ensino (CE) tem como finalidade deliberar sobre questões pertinentes ao ensino da Biblioteconomia no país, contribuindo para melhoria na qualidade da formação do profissional brasileiro. c) A Comissão de Memória (CM) tem a escopo de assessorar a Diretoria e o Plenário nos assuntos ligados à preservação da memória do Sistema CFB/CRB. A estrutura organizacional do CFB conta ainda com Consultoria Jurídica (CONJUR), e com órgãos de apoio administrativo e financeiro que assumem a denominação de Setor Administrativo (SAD) e Setor Contábil e Financeiro (SCF). DEZEMBRO/2012 6 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) 7 Estrutura Organizacional do Sistema CFB/CRB O Sistema CFB/CRB, constituído em 2007, é composto pelo ente gestor (CFB) e os entes executores (CRB). Cabe destacar que no momento da constituição o Sistema CFB/CRB contava com 16 membros, contudo, em vista de problemas administrativos, o CRB-12 foi fechado em 2009, ficando composto como exposto na Figura 4. Figura 4 – Composição do Sistema CFB/CRB DEZEMBRO/2012 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Arquitetando um caminho inovador C aminhar é preciso. Para projetar uma caminhada eficaz três perguntas se tornam importantes para a gestão do CFB (2007/2012): Quem é o Conselho Federal de Biblioteconomia? Qual a trajetória percorrida em seus 40 anos de existência? Onde o CFB deseja chegar? A resposta a todas elas demandava por um árduo caminho a ser percorrido, entretanto nem sempre chegar é o mais importante. A trajetória e o foco se configuraram em um primeiro momento de reflexão. Muito trabalho é executado pelos diversos organismos criados com objetivo de fiscalizar a ação de uma categoria em benefício da sociedade, contudo, em muitos casos, ele é realizado inaptamente, ou seja, sem planejamento de execução, sem garantia do cumprimento do prazo previamente estabelecido e sem a estimativa de custo total das ações desencadeadas. A falta de planejamento não permite dirigir presente pensando no futuro, dessa maneira, por exemplo, os serviços passam a ter uma seqüência ou uma rotina diária de improviso e indeterminação, gerando incerteza na eficácia da ação. Diante de tais questões tornou-se imperioso para o CFB, procurar constituir estratégias que possibilitassem cada vez mais atuar com eficácia, o que implicou na necessidade de decidir sobre o melhor caminho a percorrer. Para tomar tal decisão fez-se necessário buscar e utilizar informações sobre questões inerentes as atividades intrínsecas e extrínsecas do CFB e componentes importantes que permitissem não só decidir, mas agir com inovação, empreendedorismo, determinação do fazer organizacional. Perante tal quadro, tornou-se imprescindível que o CFB envidasse esforços para promover a gerencia informacional de seus contextos internos e externos. Para tal, reuniu uma série de técnicas, expostas na figura 5, para delinear seu novo modelo de gestão. Figura 5 – Modelos de gestão e o Sistema CFB/CRB Os princípios norteadores da gestão empreendedora e inovadora, inicialmente assumidos pelo Conselho Federal, consideraram essenciais a construção de um projeto a ser constituído politicamente, entendendo o termo político no sentido de algo articulado, discutido coletivamente para, posteriormente, se configurar em uma proposta dos atores que compunham, naquele momento, o Conselho Federal e Conselhos Regionais de Biblioteconomia. DEZEMBRO/2012 8 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Assim percebido, o arcabouço da proposta, foi pautado na visão de que: a) A constituição de um projeto político pressupõe a configuração de uma unidade de ação e esta demanda inicialmente pela construção de uma identidade coletiva; b) A construção da identidade para o Sistema CFB/CRB pressupõe o levantamento da filosofia, valores, diretrizes, objetivos e demais itens que a caracterizarão; c) A edificação de um projeto coletivo implica no estabelecimento de um planejamento estratégico para o Sistema CFB/CRB que possa favorecer o entendimento da visão de onde se pretende chegar. Para operacionalização dessa proposta, elegeram-se os seguintes objetivos específicos: a) Examinar o contexto que envolve o processo de formação do profissional bibliotecário no âmbito do ensino médio e superior; b) Discutir variáveis que compõem o cenário da atuação profissional; c) Traduzir aspectos da conjuntura que envolve o mercado de trabalho do profissional bibliotecário. Tais elementos possibilitaram a construção de um cenário que viabilizou a constituição dos princípios norteadores do Sistema CFB/CRB, consolidados a partir de um estudo de Inteligência que prospectou as ações que foram desencadeadas e compõem este Relatório de Gestão. Considerando a quantidade de variáveis que compuseram o estudo, bem como os resultados obtidos, a Figura 6 permite a visualização do mapa conceitual constituído para permitir o entendimento dos aspectos exógenos ao CFB. A Figura 6 demonstra as relações que constituíram o estudo, de modo a permitir um amplo entendimento da sua composição. Figura 6 – Análise contextual DEZEMBRO/2012 9 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) A análise contextual conduziu a duas decisões tomadas no contexto da 14ª. Gestão do CFB: a) Constituir, por meio de um projeto estruturante, o Sistema CFB/CRB capaz de atender aos elementos identificados; b) Compor um projeto político implicaria em mobilizar a sociedade em geral, os profissionais em formação e formados e os formadores. Neste contexto ainda, o CFB deliberou por criar momentos de reflexões para constituir uma proposta de trabalho que se configurou na composição de workshops para promover as discussões necessárias, ficando o projeto estruturante composto dos elementos expostos na Figura 7: Figura 7 – Projeto Estruturante O Programa Estruturante, anteriormente denominado de projeto, viabilizou uma série de tomadas de decisão que conduziram ao entendimento da cultura sistêmica a fim de que os serviços oferecidos pudessem ser permeados pela eficácia e eficiência organizacional. No que tange ao Programa Mobilizador, função primeira do estudo, o Sistema CFB/CRB, então constituído, deliberou por conduzir uma articulação, em nível nacional, em torno de uma proposta denominada de Biblioteca escolar – construção de uma rede de informação para o ensino público. Assim vista, a inovação e o empreendedorismo viabilizaram uma série de decisões que amparam uma proposta contundente de trabalho e conduziram a governança corporativa almejada. DEZEMBRO/2012 10 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) A constituição de um Programa Estruturante e um Programa Mobilizador corroborou para delinear o trabalho executado, compreendendo na integração de diversas fases como pode ser observado na Figura 8. Pela exposição da Figura 8 é fundamental Figura 8 – Fases do Processo de Planejamento do Sistema CFB/CRB destacar que a metodologia adotada para prospectar as ações futuras com base nas decisões tomadas se amparou nos desafios vivenciados por uma entidade que atua em um país de dimensões continentais como o Brasil de modo descentralizado, o que justifica a existência de uma organização com a definição clara de políticas que possibilitem a fluidez das informações, o trabalho em equipe com uma melhor distribuição de responsabilidades e a democratização da tomada de decisões, enfatizando a coordenação de ações entre os diferentes atores do Sistema. Por este motivo a opção pelo planejamento estratégico participativo foi a adotada visando criar as condições de participação para as diferentes instâncias do Sistema. Considerando a arquitetura estabelecida pelo processo participativo de planejamento do Sistema CFB/CRB, o relato de sua execução será exposto a partir dos dois eixos básicos constituídos: Programa Estruturante e Programa Mobilizador. DEZEMBRO/2012 11 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Programa Estruturante A ssim denominado pela capacidade de alavancar a performance do Sistema CFB/CRB, o Programa Estruturante objetivou qualificar sua estrutura operacional de modo a promover a eficácia e eficiência do atendimento de suas demandas a partir da concepção de soluções de curto e médio prazos que potencializassem foco no acolhimento dos profissionais, assegurassem a auto-sustentabilidade e ampliasse e aprimorasse as boas práticas executadas dentro do Sistema. O Programa Estruturante se constituiu em 9 (nove) projetos em 18 (dezoito) ações. Para atender aos objetivos propostos, foram eleitos 4 (quatro) ambientes principais de ação, os quais contemplaram: os Aspectos Legais, Articulação Política, Eficácia Gerencial e Fiscalização, entendendo que: a) Aspectos Legais: ambiente que se ocupou em examinar a aplicação da legislação específica que está relacionada com o contexto de atuação do Sistema CFB/CRB está relacionado; Figura 9 – Programa Estruturante do Sistema CFB/CRB b) Articulação Política: ambiente destinado a atuar na identificação de políticas de fomento para a área da Biblioteconomia no Brasil, a partir de uma agenda de ações articuladas entre os membros, órgãos de governo, movimentos sociais e outros setores; c) Eficácia Gerencial: ambiente dedicado a constituir ações que qualificassem a operacionalidade dos processos executados pelo Sistema CFB/CRB; d) Fiscalização: ambiente prospectado para ampliar o foco da fiscalização orientativa, preventiva ou punitiva, que é praticada para orientar, prevenir, reprimir e punir violação ás regras legais atinentes à profissão do Bibliotecário. Para cada ambiente eleito foram constituídos projetos estruturantes com objetivo de diligenciar a obtenção dos objetivos prospectados em conformidade com o exposto na Figura 10: DEZEMBRO/2012 12 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) O Programa Estruturante composto pelos quatro itens acima expostos, propiciou a criação de nove projetos estruturantes, os quais perpassaram pela necessidade de observar os seguintes aspectos: Figura 10 – Projetos Estruturantes do Sistema CFB/CRB a) Legislação Interna do Sistema CFB/CRB com intuído de averiguar sua aderência ao ato criador dos Conselhos Federal e Regionais; b) Legislação Externa do Sistema CFB/CRB na expectativa de identificar os atos legais que impactam nas atividades das autarquias federais bem como aqueles que direta ou indiretamente estão relacionados com o espaço de atuação dos bibliotecários; c) Articulação Nacional na perspectiva de agregar às ações que o Sistema CFB/CRB passou a desenvolver, parceiros que atuassem em todo o território nacional; d) Articulação Estadual na percepção de agregar as ações que o Sistema CFB/CRB passou a desenvolver, parceiros que atuassem nas jurisdições dos Conselhos Regionais; e) Planejamento considerando a exigência de compor as atividades a partir da percepção da realidade de modo a averiguar melhores os caminhos a serem percorridos estruturando as ações de modo adequado bem como reavaliando todo o processo planejado. De fato, a inserção da cultura do planejamento no Sistema CFB/CRB tinha como eixo central promover o lado racional da ação. f) Organização, cujo foco foi constituir um conjunto bem determinado de procedimentos, divididos e seqüenciados de modo a promover a realização eficaz e eficiente do trabalho a ser executado pelo Sistema CFB/CRB para cumprir com sua missão; g) Direção no sentido de influenciar pessoas no sentido de que agissem com convicção em prol dos objetivos do Sistema CFB/CRB; h) Controle configurando aqueles se fizeram necessários em função dos atos empreendidos a partir da implantação do Programa Estruturante bem como consolidando os que estavam em uso; i) Sistema Integrado de gestão visando que unificar todos os componentes e processos do Sistema CFB/CRB em uma estrutura complexa, possibilitando trabalhar com objetivos coesos, ou em outras palavras, com sinergia. Com um sistema interativo e em constante DEZEMBRO/2012 13 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) comunicação, a expectativa foi de transformar as partes (Conselhos Federal e Regionais) no todo, em que cada função estivesse alinhada de acordo com os objetivos comuns para melhorar a eficiência e o desempenho do Sistema CFB/CRB. Os nove projetos estruturantes acima elencados se desdobraram em dezoito Ações Estruturantes que estão retratadas na Figura 11: Figura 11 – Ações Estruturantes do Sistema CFB/CRB As Ações Estruturantes foram caracterizadas pela elaboração de estratégias, estudos e projetos necessários à execução das propostas almejadas, visando à melhoria da mobilidade para o cumprimento do plano. Contudo, pela complexidade da problemática sobre a qual o Plano objetivou intervir, em especial tendo em vista as inúmeras carências estruturais identificadas no, foi necessário que as ações executivas fossem subsidiadas por um conjunto de ações estruturantes. Estas se destinam a criar condições complementares para que os objetivos visados pelas ações executivas pudessem ser efetivamente alcançados. Ademais, para que se assegurassem às ações executivas e estruturantes o desempenho desejado em termos de viabilidade, foi necessário constituir suportes para as ações específicas de planejamento, monitoramento e controle. Deste modo, foram prospectadas e executadas as seguintes ações: a) Legislação Interna do Sistema CFB/CRB, com o intuito de examinar todas as Resoluções do CFB de modo a identificar as carentes de alteração, propor sua atualização e por meio de revogação ou alteração e ainda dimensionar um modelo que possibilitasse oferecer maior visibilidade ao conjunto legislador do Sistema; b) Legislação Externa do Sistema CFB/CRB, na intenção de identificar o conjunto de atos legais externos que o Sistema CFB/CFB deve atentar quando da execução de suas atividades; c) Articulação Política Nacional, visando mapear nos contextos nacional, estaduais e municipais, qual a legislação em tramitação que impactaria, positiva ou negativamente, DEZEMBRO/2012 14 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) na área. Deste modo, foram observados em âmbito nacional o banco de dados das atividades legislativas do Senado da República (http://www.senado.gov.br/) e Câmara Federal (http://www2.camara.leg.br/) o que permitiu identificar a situação, por exemplo do Projeto De Lei Da Câmara (PLC) Nº 324 de 2009, do Deputado Federal Lobbe Neto que dispôs sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País e se configurou na Lei nº12.244/2010. d) Articulação Política Estadual, no âmbito de cada estado federativo, coube a cada Conselho Regional efetuar o mapeamento nos estados de sua jurisdição junto às assembléias legislativas estaduais e as câmaras municipais de vereadores. e) Planejamento Estratégico. As ações de planejamento criaram as bases técnicas para o desempenho dos programas propostos, permitindo o correto dimensionamento das ações de curto prazo e dando indicação dos marcos de desempenho que deveriam ser atingidos no período de implementação da Ação Estruturante. Foi dimensionado a partir na metodologia de Bryson (1989), sistematizada por Barbalho (1997) um modelo de planejamento estratégico, o qual foi adotado por todos os entes do Sistema, sendo constituído em forma de oficina apresentada na Figura 12: DEZEMBRO/2012 15 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 16 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Figura 12 – Oficina de Planejamento Estratégico dos Conselhos Regionais Para efetivar o planejamento estratégico do Conselho Federal de Biblioteconomia e posterior consolidação dos planejamentos executados tanto nos Regionais como no Federal a fim de compor as estratégias de ação para o Sistema CFB/CRB, foi constituída uma oficina de trabalho para os Conselheiros Federais a partir dos elementos expostos a pela Figura 13, executado para a 15ª gestão. DEZEMBRO/2012 17 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 18 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 19 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 20 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 21 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Figura 13 – Oficina de planejamento estratégico do CFB f) Planejamento Operacional. A partir do estabelecimento das estratégias, foram constituídos mecanismos para operacionalizar as ações deliberadas. Deste modo, considerando ainda que os Conselhos Regionais e Federal devem, por força de seus Regimentos Internos, apresentar um plano de metas e um relatório anuais, tais procedimentos foram padronizado com intuito de viabilizar a estratificação de dados para compor o cenário do Sistema CFB/CRB. Tais documentos compõem o modelo PROGERENCIALMOD 2 – Plano de Metas, do Manual de Gestão do Sistema CFB/CRB. DEZEMBRO/2012 22 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) g) Diagnóstico Tecnológico foi elaborado visando levantar a situação em que se encontravam os Conselhos Regionais que tange a sua estrutura de tecnologia para dimensionar as medidas necessárias a fim de implantar o Sistema CFB/CRBs. Com a revelação de um quadro totalmente heterogêneo, o CFB efetuou a aquisição de computadores para todos os Conselhos Regionais visando deixar o equipamento dedicado ao sistema SPW. h) Sistema Integrado de Gestão. Com intuito de disponibilizar via Internet informações Cadastrais, Financeiras, Protocolo, Processos de Fiscalização, Atividades Fiscais, Contabilidade dos Conselhos Regionais de Biblioteconomia para o CFB além de criar o ambiente para o recadastramento e perfil dos profissionais de Biblioteconomia, o Sistema CFB/CRB, após analisar todos os sistemas disponíveis no país, deliberou pela adoção do SPW, cuja estrutura de comunicação está exposta na Figura 14. Figura 14 – Estrutura de comunicação do SPW i) Repositório Institucional. Visando oferecer transparência corporativa, elemento essencial para a governança, o Sistema CFB/CRB constituiu um espaço para disponibilizar várias coleções. A implantação seguiu as seguintes etapas: preparação da infra-estrutura tecnológica; seleção das Comunidades e Sub Comunidades – (CLN, Memória, Diretoria, Conjur, CRBs); customização da estrutura do DSpace (CFB); criação dos metadados, por tipo de coleção (CLN, Memória) e elaboração de manual (CLN, Memória). A Figura 15 apresenta as telas desenvolvidas para o Repositório. DEZEMBRO/2012 23 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Figura 15 – Repositório Institucional Atualmente, as comunidades existentes no Repositório Institucional estão assim compostas: Espaço para o Bibliotecário, com 62 documentos; Gestão do Sistema CFB/CRB, 9; Legislação, 190 registros e Publicações do Sistema CFB/CRB, disponibilizando 108, totalizando 369. j) Portal Corporativo. Com o objetivo de promover funcionalidades como agregar conteúdos, colaboração, conhecimento e aplicativos transacionais, todos em uma interface única para atender a diferentes necessidades e regras do Sistema CFB/CRB foi composto um Portal Corporativo. A transparência promovida visou criar um sistema de busca e indexação de conteúdo, permitir a categorização do conteúdo e conhecimento usando tags e conceitos de web.2.0, permitir a ajuda de colaborares existentes dentro do Sistema CFB/CRB, reunir todos os entes em um único espaço, mas respeitando a personalização para que o conteúdo ideal seja entregue para o usuário, de acordo com seu interesse, integração de sistemas além da segurança para todas as aplicações e login único. A Figura 16 expõe a página principal do Portal Corporativo. DEZEMBRO/2012 24 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Figura 16 – Portal Corporativo em 26.12.2012 k) Manual de Gestão. Preocupado com o caráter de algo público, o Sistema CFB/CRB, na expectativa de promover uma gestão democrática, que expressasse a vontade de participação da sociedade civil, buscou consolidar um instrumento capaz de viabilizar uma ação integrada que promova sua eficácia. Deste modo, foi concebido um Manual de Gestão para representas uma forma de organizar e atender regularmente aos objetivos e finalidades para o qual o Sistema CFB/CRB foi criado, qual seja: garantir o acesso à informação a todo o cidadão brasileiro. Com a padronização dos procedimentos a serem executados foi constituído um instrumento de racionalização de métodos, de aperfeiçoamento do sistema de comunicações, favorecendo a integração dos diversos processos organizacionais que são desenvolvidos no contexto amplo dos organismos que integram o Sistema. O Manual de Gestão (Figura 17) foi composto em três volumes totalizando 254 páginas, dispondo os seguintes conteúdos: VOLUME I – PROCEDIMENTO PRODUTIVO BÁSICO Com 100 páginas, este volume apresenta: I. Princípios de gestão, compreendendo os elementos norteadores das ações do Sistema CFB/CRB constituído pela exposição da missão, responsabilidades, objetivos, valores, políticas e indicadores de desempenho; II. Processo Produtivo Básico, que destaca o desenvolvimento das atividades que envolvem os processos de fiscalização, ética, econômico/financeiro, divulgação e legislação. DEZEMBRO/2012 25 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) l) VOLUME II – PROCEDIMENTO PRODUTIVO DE APOIO Neste volume, as 45 páginas expõem: I. Processo Gerencial, descrevendo os níveis gerenciais da organização envolvendo a descrição da estrutura organizacional dos entes que integram o Sistema CFB/CRB, a saber: Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) e Conselhos Regionais de Biblioteconomia (CRB); bem como as questões inerentes ao planejamento, a organização e a secretaria bem como a gestão de documentos; II. As questões que envolvem a área de recursos humanos para atuarem no Sistema CFB/CRB; III. A licitação, com Figura 17 – Capa do Manual de Gestão destaque para os modelos, tipos e modos de comunicação visando oferece transparência a captação de prestadores de serviços ou fornecedores de bens. VOLUME III – ANEXOS E MODELOS Neste volume foram alocados nas 109 páginas, todos os itens que contemplam, de forma direta ou indireta, os procedimentos dos processos expostos. Capacitação. Visando promover a capacitação e a conscientização dos colaboradores do Sistema CFB/CRB foram realizados treinamentos para melhor utilização do SPW em momentos distintos: com todos os Conselhos Regionais em Brasília e com aqueles que necessitaram de habilitação específica. No intuito de favorecer a qualificação da fiscalização foram também realizados dois treinamentos dos fiscais di Sistema CFB/CRB. m) Indicadores de Desempenho. Para atender a política de compartilhar informações e melhores práticas para otimização das ações do sistema em busca da excelência dos resultados, foram composto indicadores visando mensurar a qualidade das DEZEMBRO/2012 26 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) ações do Sistema CFB/CRB em dois níveis: (a) os indicadores de satisfação (dos clientes/usuários) que se apóiam na avaliação dos vários serviços oferecidos; e (b) os indicadores de desempenho buscam medir a eficiência e a eficácia. Estes indicadores, que demandam de implantação, estão dispostos no Manual de Gestão do Sistema CFB/CRB. n) Relatório Anual. O Art. 4°, da Resolução CFB N.º 73, de 12 de dezembro de 2005, determina que os entes do Sistema CFB/CRB deverão anualmente prestar contas das ações realizadas apresentando, dentre outros documentos, um relatório de atividades. Com intuito de padronizar tal documento para permitir a análise dos dados e mensurar como o Sistema atuou, foi composto um padrão para apresentação do relatório, como disposto no Manual de Gestão por meio do modelo PROGERENCIALMOD 3 – Relatório Anual de Atividades, no Volume III. o) Plano de Cargos e Salários. A composição de um conjunto de normas e critérios definidos para orientar a administração salarial dos entes do Sistema CFB/CRB foi fator determinante para que um modelo de plano de cargos e salários, o qual foi encaminhado para os Conselhos Regionais efetuarem as devidas adaptações de submeter a aprovação da Delegacia do Trabalho de sua jurisdição. Com tal instrumento, foi possível efetuar dois concursos públicos (2009 e 2010) para todo o Sistema CFB/CRB a fim de compor, com respeito a legislação em vigor, o quadro de colaboradores. Tais concursos foram realizados em parceria com o Instituto Quadrix, uma instituição de caráter privado, de interesse público, sem fins lucrativos, permitindo a realização de concurso público para todos os cargos indicados pelos Conselhos Federal e Regionais. p) Padrão de Penalidades. No âmbito judicial uma atividade ilegal é um ato de transgressão de uma lei vigente na sociedade. Em vista do disposto na Lei N° 4.084 e conjugando os esforços de implantar uma regra de execução das punições a serem aplicadas pelo Sistema CFB/CRB, foram constituídos os Padrões de Penalidades a serem aplicados pelos entes, o qual se encontra sob avaliação dos Conselhos Regionais. Configurar o Programa Estruturante demandou por um esforço amplo para que as ações descritas se conformassem de modo articulado visando permitir uma ampla discussão e articulação entre os entes além de favorecer o desenvolvimento da cultura sistêmica. Deste modo, um novo modelo de relacionamento foi constituído, o qual está amplamente descrito no tópico a seguir que visa relatar os passos estabelecidos para favorecer a implantação de tudo o que foi prospectado. DEZEMBRO/2012 27 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Mecanismos de Ação O contexto contemporâneo tem exigido das organizações agilidade nas suas decisões para que elas possam atender as demandas oriundas do espaço onde atuam. Neste aspecto, não se furtam os conselhos de profissões regulamentadas que atuam para favorecer um melhor fazer profissional de modo a garantir para a coletividade a oferta de um serviço de qualidade. Para atuar com tal agilidade, o Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), quando da posse da 14ª. Gestão, constituiu um planejamento estratégico e passou a implementá-lo com intuito de promover uma ação que vise sucesso das propostas efetuadas. O planejamento estratégico, por sua vez, deve nortear as ações necessárias para alcançar as metas e depende de objetivos claros, ações viáveis e meios disponíveis. Embora tais questões sejam fundamentais para conduzir um órgão como CFB, o planejamento estratégico não se constitui em algo que não possa ser alterado, motivo pelo qual o entendimento de onde se desejaria chegar, como se queria e quais as trajetórias a serem percorridas para atender as necessidades expostas pelo ambiente macro e micro onde atua sofreram alguns delineamentos. Ademais, o CFB em consonância com as demandas e compreendendo que elas são de extrema relevância para a consolidação de novas práticas de gestão integrada, deparou-se com problemas relacionados com a falta de informação devidamente analisada que pautasse sua tomada de decisão quanto aos rumos a serem delineados para constituir um órgão de classe forte, com intenso papel de um agente de excelência na promoção e fortalecimento da ação do profissional de Biblioteconomia. Para atender a esse interesse da sociedade, o Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) foi instalado em 1966 e, neste espaço de tempo, vem atuando no sentido de desempenhar seu papel enquanto um órgão público descentralizado, dotado de personalidade jurídica de direito público. DEZEMBRO/2012 28 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Deste modo, foram constituídos fóruns de trabalho que conduziram para a estruturação do Sistema CFB/CRBs e que permitiram o cumprimento de metas estratégicas anteriormente delineadas e atualmente redimensionadas, conforme poderá ser observado no exposto a seguir. Workshop do Sistema CFB/CRB a) I Workshop: realizado em Fortaleza-CE, em setembro de 2007, o evento procurou situar os Conselhos Regionais sob a ótica de um amplo estudo de inteligência realizado com intuito de responder a uma questão primordial: o que os Conselhos Federal e Regionais devem fazer para cumprir com o disposto na Lei n° 4084/62? Após a análise dos estudos efetuados, a decisão estratégica de constituir o Sistema CFB/CRB apontou para a necessidade de estabelecer um planejamento estratégico capaz de prospectar as ações de modo a permitir uma eficaz atuação do Sistema. As reflexões para constituição de tal planejamento conduziram para a composição de programa tático denominado de Estruturante visando profissionalizar as atividades executadas por meio da composição de um Manual de Gestão. DEZEMBRO/2012 29 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 30 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 31 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 32 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 33 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Figura 18 – I Workshop do Sistema CFB/CRB b) II Workshop: realizado em Brasília-DF, em março de 2008, esta reunião de trabalho teve como foco a constituição de um programa mobilizador do Sistema CFB/CRB em atenção as reflexões oriundas do planejamento estratégico. O foco das ações recaiu sobre as bibliotecas escolares a partir da proposta preliminar apresentada pelo CRB-8 e se DEZEMBRO/2012 34 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) consolidaram pelo documento Biblioteca Escolar: construção de uma rede de informação para o Ensino Público, elaborado pela Diretoria do CFB. Figura 19 – II Workshop do Sistema CFB/CRB c) III Workshop: realizado em Brasília, em setembro de 2008, esta reunião de trabalho visou delinear as ações a serem desencadeadas para o Programa Mobilizador, bem como compor grupos de trabalho para estudar temáticas de impacto no Sistema CFB/CRB como legislação, educação à distância, estrutura de bibliotecas além do Manual de Gestão. DEZEMBRO/2012 35 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 36 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Figura 20 – III Workshop do Sistema CFB/CRB DEZEMBRO/2012 37 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) d) IV Workshop: realizado em Brasília, em março de 2009, este encontro se caracterizou pela prestação de contas do trabalho realizado pela 14ª Gestão, bem como pela apresentação do trabalho para os novos gestores dos Conselhos Regionais, eleitos em 2008. DEZEMBRO/2012 38 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 39 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 40 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 41 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 42 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 43 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 44 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 45 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 46 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 47 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 48 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 49 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 50 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 51 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 52 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 53 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 54 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 55 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Figura 21 – IV Workshop do Sistema CFB/CRB e) V Workshop: realizado em João Pessoa, em outubro de 2009, o evento viabilizou a apresentação dos estudos realizados pelos Conselhos Regionais assim como pelo levantamento de questões de impacto no Sistema CFB/CRB. DEZEMBRO/2012 56 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Figura 22 – V Workshop do Sistema CFB/CRB f) VI Workshop: realizado em Aracaju-SE o evento reuniu treze dos quatorze Conselhos Regionais e a Diretoria do CFB, no mês de maio. O responsável pelo Sistema SPW de gerenciamento de sistemas de informática apresentou a nova versão do software, a qual foi precedida de um treinamento oferecido a conselheiros e funcionários de conselhos regionais em dois dias que antecederam o evento. O treinamento ocorreu na sede do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-SE), que gentilmente cedeu espaço para a sua realização. Foram igualmente discutidos temas como o aprimoramento do Manual de Gestão do Sistema CFB/CRB, resoluções que regulamentam as atividades dos conselhos, propostas de temas de estudos a serem desenvolvidos e as ações a partir da aprovação da Lei n. 12.244, que trata da universalização da biblioteca escolar. DEZEMBRO/2012 57 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 58 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 59 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 60 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 61 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 62 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 63 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 64 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 65 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 66 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 67 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 68 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 69 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 70 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 71 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Figura 23 – VI Workshop do Sistema CFB/CRB g) VII Workshop: o evento ocorreu em Belo Horizonte-MG, no mês de outubro e as atividades consistiram em dar continuidade à metodologia praticada no Workshop anterior com relação aos grupos de trabalho para consolidar o Manual de Gestão, notadamente para o padrão de penalidades proposto. A ideia é de que seja estabelecido um padrão a ser adotado por todo o Sistema CFB/CRB, visando garantir a adoção de critérios comuns para orientar as decisões quanto à penalização a ser imputada, DEZEMBRO/2012 72 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) conforme as infrações cometidas. Paralelamente aos trabalhos realizados pelos grupos, ocorreu o treinamento de bibliotecários fiscais de conselhos regionais, coordenados pelos CRB 6 e 8, quando oportunizou-se a troca de experiências, a divulgação das boas práticas, as dificuldades vivenciadas e as soluções possíveis, de forma a constituir uma convergência de procedimentos que certamente resultarão em benefícios a todo o processo fiscalizatório exercido pelos Regionais. Figura 24 – VII Workshop do Sistema CFB/CRB DEZEMBRO/2012 73 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) 74 h) VIII Workshop: ocorreu no dia 10 de dezembro, na cidade de Gramado-RS com a participação dos CRB 1, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 e única relacionada aos padrões de penalidades a ser aplicado pelo Sistema. O evento contou com a participação de conselheiros regionais e assessores jurídicos. No que tange à aplicação de penalidade ao leigo, em discordância com a Conjur do CFB, houve total concordância dos assessores sobre tal questão a os presentes acordoram que todos os Regionais deveriam, após ouvir Plenárias e as Conjur, emitirir comunicado ao CFB. Quanto aos padrões de penalidades para pessoas jurídicas, eles foram aprovados para aplicação e após 1 (um) ano seriam reavaliados pelo Sistema CFB/CRB. Figura 25 – VIII Workshop do Sistema CFB/CRB i) IX Workshop: Curitiba, maio de 2011, tratou de temas sobre o processo de transição dos Conselhos Regionais, o Pacto pela Biblioteconomia, o controle externo e a fiscalização dos Conselhos Profissionais (TCU), a trajetória e ações para aplicação da Lei 12.244 e o trabalho de advocacy em prol das Bibliotecas Públicas e Escolares. Na oportunidade também foi realizado o encontro de Consultores Jurídicos do Sistema CFB/CRB. DEZEMBRO/2012 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) j) X Workshop: em São Paulo, outubro de 2011, o evento discutiu um modelo para a transição das gestões dos Conselhos Regionais, levantando temas que deveriam ser tratados e destacados junto aos novos Conselheiros Regionais. DEZEMBRO/2012 75 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 76 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 77 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 78 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 79 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 80 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Figura 26 – X Workshop do Sistema CFB/CRB k) XI Workshop: Brasília, março de 2012, abordou as seguintes temáticas: processo de transição; pacto pela Biblioteconomia; Controle Externo dos e Fiscalização dos Conselhos Profissionais (TCU); trajetória e ações para aplicação da Lei 12.244 e advocacy em prol das Bibliotecas Públicas e Escolares. DEZEMBRO/2012 81 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 82 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Figura 27 – XI Workshop do Sistema CFB/CRB DEZEMBRO/2012 83 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Programa Mobilizador C om o intuito de realizar um amplo esforço nacional, visando promover maior qualidade no ensino público por meio da criação e implantação de uma rede de informação dinâmica e eficaz, o Sistema CFB/CRB compôs o Programa Mobilizador Biblioteca Escolar – construção de uma rede de informação para o ensino público a partir de uma proposição inicial do Conselho Regional de 8ª Região. A justificativa para a implantação do Programa indicou que o país há muito tempo, se ressentia da falta de bibliotecas nas escolas, embora dados oficiais mostrassem que havia um vertiginoso crescimento da oferta de acervo nas escolas de ensino básico em detrimento a promoção de serviços que permitam o acesso aos saberes existentes nas coleções distribuídas. Apontou ainda que a oferta de um serviço eficiente de informação para a formação de autonomia crítica do cidadão brasileiro perpassava pela concepção de uma competência informacional, função também da biblioteca escolar. Ao apontar as estratégias que deveriam ser adotadas para execução da proposta, elencou possíveis parceiros e responsáveis. A partir da composição do Programa Mobilizador, as ações desenvolvidas para contribuir efetivamente para a melhoria da qualidade do ensino no território nacional, de modo a retirar o Brasil de uma situação difícil no que tange à circulação da informação e do conhecimento na escola pública em geral, envolveram as atividades expostas na Figura 28. Figura 28 – Trajetória do Programa Mobilizador As cinco ações expostas acima envolveram as atividades a seguir descritas. a) Contato com parceiros. Diversos parceiros foram contados, como: Associação Brasileira de Ensino em Ciência da Informação (ABECIN), Associação Nacional de Pesquisa e PósGraduação em Ciência da Informação (ANCIB), Câmara dos Deputados, Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, Conselho Nacional de Secretários de Educação, Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições (FEBAB), Federação Internacional das Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA), Fundação ABRINQ, Fundação Airton Sena, Fundação DEZEMBRO/2012 84 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Roberto Marinho, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), Instituto PróLivro, Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), Ministério da Cultura, Ministério da Educação, Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados, Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, Presidência do Senado Federal, UNESCO, UNICEF, Organização dos Estados IberoAmericanos, Sindicato dos Bibliotecários do Estado do Paraná, Sindicato dos Bibliotecários e Auxiliares de Biblioteca do Estado de Minas Gerais, Sindicato dos Bibliotecários no Estado da Bahia Figura 29 – Documento do Programa Mobilizador (SINDIBIBLIO), Sindicato dos Bibliotecários no Estado de São Paulo (SINBIESP), Sindicato dos Bibliotecários no Estado do Rio de Janeiro, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Instituto Ecofuturo, dentre outras. Os conatos foram realizados por meio da visita de membros da Diretoria do CFB as entidades, sendo entregue o documento oficial do Programa (Figura 29). A maioria das instituições empenhou seu apoio ao Programa. Figura 30 – Convite para a exposição Biblioteca Escolar b) Constituição do ato legislador. O Projeto de Lei n. 1.831/2003, de autoria do Deputado Federal Antonio Adolpho Lobbe Neto (PSDB–SP), com apenso do Projeto de Lei n. 3.230, da Deputada Federal Vanessa Grazziotin (PCdoB–AM), dispôs sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País foi aprovado por unanimidade pelo Congresso Nacional e seguiu para o Senado passando a ser o Projeto de Lei da Câmara n. 324 (PLC n.324/2009). No Senado, o relato do Senador Cristovam Buarque foi aprovado e a Lei n. 12.244 DEZEMBRO/2012 85 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) foi sancionada em 24 de maio de 2010 pelo Presidente da República. O Sistema CFB/CRB atuou ativamente neste processo realizando em novembro de 2009, a exposição intitulada Biblioteca Escolar – um mundo de saber espera por você (Figura 30). Ademais, um intenso trabalho de advocacy foi realizado junto a Deputados Federais e Senadores visando oferecer celeridade à aprovação da lei. c) Estabelecimento de um padrão nacional de bibliotecas escolares. Em vista da estratégia traçada pelo Programa Mobilizador Biblioteca Escolar: construção de uma rede de informação para o Ensino Público, a Diretoria do CFB buscou parceria com o Grupo Estudo em Bibliotecas Escolares (GEBE), coordenado pela Profª Drª Bernadete Campello, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), visando constitui um referencial para a qualidade das bibliotecas escolares do país. Deste modo, por ocasião do VII Workshop do Sistema CFB/CRB, realizado em Belo Horizonte-MG, em outubro de 2010, houve a apresentação dos padrões para biblioteca escolar. O diagnóstico realizado pelo Grupo de Estudos de Biblioteca Escolar da Universidade Federal de Minas Gerais (GEBE/UFMG), referente aos padrões para bibliotecas escolares no Brasil, foi apresentado ao Sistema CFB/CRB por sua coordenadora, a Profa. Bernadete Campello. O estudo intitulado Biblioteca escolar como espaço de produção do conhecimento – Parâmetros para criação e avaliação de bibliotecas escolares (Figura 31), originou-se de parceria firmada com o CFB, e constitui importante parâmetro para as ações a serem desenvolvidas em prol da educação. A expectativa por esses resultados eram muito grandes, devido à aprovação da Lei n. 12.244 em maio de 2010, e pela inexistência desses parâmetros em nível nacional. Em todas as oportunidades em que se discutem os temas relacionados às bibliotecas escolares, surgem de imediato questões como a determinação de uma série de requisitos necessários à implantação desses equipamentos e dos respectivos serviços, dadas as peculiaridades da realidade educacional do país. Dúvidas de ordem técnica, de espaço, acervo e serviços, dentre outros, pontuam essas discussões e geram divergências compreensíveis justamente pela Figura 31 – Padrões estabelecidos pela UFMG ausência de tais DEZEMBRO/2012 86 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) padrões. Assim, o trabalho executado com excelência e dedicação pelo GEBE vem suprir a lacuna existente e contribui definitivamente para superar as dificuldades comuns tanto à rede pública, quanto à rede privada de ensino. Posteriormente, em reunião com o professor Marcelo Soares Pereira da Silva, diretor de Políticas de Formação, de Materiais Didáticos e de Tecnologia para a Educação Básica, do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, foi entregue o documento contendo os padrões para biblioteca escolar. A parceria do CFB com o GEBE constituiu um passo decisivo para a implantação dessas bibliotecas na rede pública de ensino. d) Ampliação da formação de profissionais para atuarem nas bibliotecas escolares. A necessidade de formar um maior contingente de bibliotecários no país sem abrir mão da qualidade, em vista da implantação de diversos projetos nacionais que envolvem a contratação de profissionais, motivou Sistema CFB/CRB a constituir uma parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB) para a oferta do curso de bacharelado em Biblioteconomia na modalidade a distância. A oferta de cursos desta natureza é uma realidade em todo mundo. Experiências de sucesso estão presentes no México, Estados Unidos, Japão, Europa, Austrália, Colômbia e outras regiões que enfrentam problemas para qualificar presencialmente bibliotecários. Ademais, analisando o cenário brasileiro, em especial a oferta de cursos a distância para outras áreas, bem como a legislação brasileira sobre esta modalidade de ensino, o Sistema CFB/CRB ponderou que a disponibilidade desta abordagem educacional deveria ocorrer independente de qualquer esforço da instituição a qual seria obrigada, por força de decisões judiciais, de efetuar o registro de profissionais assim formados, independente da qualidade oferta. Diante tais cenários, entendeu o Sistema CFB/CRB intervir em um processo desta natureza, de modo a assegurar a qualidade. Para tal o Conselho Federal de Biblioteconomia constituiu um grupo de respeitados especialistas da área para a elaboração do Projeto Pedagógico. A proposta já entregue e aprovada pela CAPES/UAB, é composta por três marcos: situacional, conceitual e operacional. O primeiro destaca a diminuição de vagas para formação de bibliotecários no país, segundo os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o que afeta substancialmente a quantidade de profissionais formados anualmente, além de destacar que a Lei 12.244/2010 determinou a contratação de 175 mil bibliotecários até 2020. O segundo, o conceitual, constituiu a formação com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais aprovadas pelo Ministério da Educação para a área de Biblioteconomia (Parecer CNE/CES nº 492/2001 e Resolução CNE/CES nº 19/2001), bem como pelas orientações emanadas pela Associação Brasileira de Educação em Ciência da Informação (ABECIN), estabelecendo os seguintes eixos temáticos, exposto na Figura 32. Além destes acima expostos, um eixo básico composto por disciplinas como: Língua Portuguesa, Produção de Textos, Estatística, Informática Aplicada ao Ensino a Distância, dentre outras. Do total 2.400 horas/aula são destinadas aos eixos relacionados à Biblioteconomia; 240 horas/aula destinadas à formação básica; 240 horas/aula destinadas aos estágios curriculares obrigatórios; 45 horas destinadas ao DEZEMBRO/2012 87 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) desenvolvimento de atividades complementares. O Curso de Biblioteconomia na modalidade a distância só será ofertado por universidades públicas, federais, estaduais ou municipais que já possuam o curso na modalidade presencial, motivo pelo qual o projeto pedagógico expõe as condições necessárias para a execução a proposta considerando que a qualidade deve ser prioridade absoluta da universidade interessada, de modo a atender as demandas e necessidades do mundo do trabalho de seu entorno A execução do projeto, a cargo das instituições integrantes do Sistema UAB, se efetuará nos Polos que são as unidades operacionais onde são desenvolvidas as atividades pedagógicas e administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a distância. Os polos oferecem a infraestrutura física, tecnológica e pedagógica para que os alunos possam acompanhar os cursos na modalidade a distância. Figura 32 – Eixos do Projeto Pedagógico e) Articulações com o Ministério da Educação (MEC), governos estaduais e municipais. Diversas foram as ações realizadas junto a todas as esferas governamentais visando a implantação da Lei n. 12.244/2010. Junto ao MEC foram realizadas diversas reuniões com intuito de promover a articulação política ampla no País em prol da implantação das bibliotecas escolares. O Sistema CFB/CRB constituiu minuta de projeto de lei para ser encaminhada as Assembléias Legislativas estaduais visando a composição dos Sistemas Estaduais de Bibliotecas Escolares, bem como organizou um modelo de oficio para ser encaminhado pelos Conselhos Regionais para todos os prefeitos e governadores brasileiros. DEZEMBRO/2012 88 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) Outras Ações Relevantes A execução dos Programas Estruturante e Mobilizador oportunizaram o contato com diversos segmentos da sociedade brasileira permitindo que outras ações de grande relevância fossem executadas em prol do cumprimento da missão do Sistema CFB/CRB. a) Fórum das Entidades da Biblioteconomia e Ciência da Informação no Brasil. A partir das articulações efetuadas no GT-6 da Associação Nacional de Pesquisa e PósGraduação em Ciência da Informação (ANCIB) foi constituído um espaço para articulação entre as entidades representativas da profissão no Brasil em prol do fortalecimento do relacionamento entre as entidades profissionais e acadêmicas da Biblioteconomia e Ciência da Informação. O Sistema CFB/CRB atuou ativamente na consolidação deste espaço oferecendo a Oficina de Capacitação na Tecnologia de Organização, a qual culminou com o estabelecimento do planejamento estratégico do Fórum. b) Biblioteca Pública. Por iniciativa do Deputado Federal José Stédile (PSB/RS), foi estabelecido a Frente Parlamentar em Defesa da Biblioteca Pública. Visando contribuir de modo efetivo para que a ação se tornasse algo efetivo, o Sistema CFB/CRB ofereceu ao Deputado uma minuta de projeto de lei para universalização da biblioteca pública. Tal projeto, hoje Projeto de Lei 3727/2012, tramita na Câmara dos Deputados. c) Publicações. No período em relato, o Sistema CFB/CRB publicou inúmeros Boletins Eletrônicos e duas obras dedicadas a discutir as questões éticas nas práticas bibliotecárias intituladas: A ética na sociedade, na área de informação e da atuação profissional e Ética profissional na prática do bibliotecário (Figura 33). Figura 33 – Obras de Ética Publicadas DEZEMBRO/2012 89 RELATÓRIO DA GESTÃO DO CFB (2007/2012) DEZEMBRO/2012 90