BENS MÓVEIS E INTEGRADOS 01. Município: Uberlândia 02. Distrito: Sede 03. Acervo: Terno Congo de Camisa Verde 04. Propriedade: Particular 05. Endereço: Rua Feliciano de Moraes, 147 - Aparecida 06. Responsável: Maria Rosária de Fátima Nascimento 07. Designação: Bastão 08. Localização Especifica: Ao lado da cama de Dona Fátima 09. Espécie: Objeto ritualístico 10. Época: desconhecida 11. Autoria: desconhecida 12. Origem: Uberlândia 13. Procedência: Uberlândia 14. Material / Técnica: madeira, verniz, cordões de miçangas brancas e de esferas metálicas, fita plástica dourada, gotas sintéticas vermelhas afixadas com cola de contato, ponteira metálica 15. Marcas / Inscrições / Legendas: 17- Condições de segurança: 19- Documentação fotográfica ( x) Boa ( ) Razoável ( ) Ruim Obs: 18- Proteção Legal: ( ) Federal ( ) Estadual ( ) Municipal (X ) Nenhuma ( ) Tombamento Isolado ( ) Tombamento em Conjunto 16. Descrição: bastão em madeira envernizada, com linhas realizadas com ponta incandescente, cordões de miçangas brancas e de esferas metálicas e fita plástica dourada circundam todo o bastão. Duas gotas sintéticas vermelhas afixadas no alto com cola de contato, na base ponteira metálica. 20- Estado de Conservação: ( ) Excelente ( X) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo 21- Dimensões: Comprimento: 1,14m Obs: 22. Análise do Estado de Conservação: 23. Intervenções – Responsável / Data: 24. Características Técnicas: 25. Características Estilísticas: 26. Características Iconográficas: 27. Dados Históricos: Os bastões, cajados, cedros, caduceus, varas são objetos ritualísticos utilizados pelas mais diversas religiões com os mais diferentes significados. O cedro é símbolo de poder utilizado pelos reis. O cajado é utilizado pelos pastores como apoio nas caminhadas e é símbolo de magia como na história bíblica de Moisés que utiliza seu cajado para abrir as águas do Mar Vermelho. O bastão é um instrumento de ataque e de defesa e também simboliza a detenção do comando de uma situação. Um símbolo fálico, emblema de poder e controle do poder, representa a vontade e a força dominante. Utilizado como instrumento de invocação e também para dirigir, controlar e cortar energias. O bastão com estrias no sentido diagonal e com uma serpente enrolada é símbolo do mito grego Esculápio e representa a sabedoria, a renovação do conhecimento e o poder de curar, adotado pela medicina e pela farmácia como seu símbolo. No mito de Hermes, “deus dos viajantes, patrono dos ladrões e dos trapaceiros, protetor da magia e da adivinhação e responsável pelos golpes de sorte e pelas súbitas mudanças de vida”, duas serpentes enroladas simbolizam os opostos: o bem e o mal, masculino e o feminino. O símbolo da eternidade na mitologia egípcia é um cajado com incisões, fissuras que lembram o entalhe de um reco-reco. 28. Referências Documentais: Sharman-burke, Juliet e Greene, Liz. O Tarô Mitológico – São Paulo: Siciliano, 1988 29. Informações Complementares: Os bastões e os apitos são os instrumentos utilizados pelos capitães de Congado para conduzir seus soldados e reger as músicas executadas pelos tambores. Nos ternos de Moçambique os bastões são utilizados não apenas por capitães como acontece na maioria dos ternos, mas por muitos dançantes, que formam uma ala fazendo coreografias. Em muitas guardas, fiscais e madrinhas utilizam os bastões alinhados ao final do desfile, fechando a apresentação do terno. Alguns bastões são em formato de cobra, outros com carrancas de Pretos Velhos, outros com imagens de Nossa Senhora Aparecida, Santa Efigênia e São Benedito, crucifixos e inscrições diversas, fitas de cetim, alguns enfeitados com contas de lágrima, com ervas (alecrim, arruda, espada de são Jorge), etc. Nas festas de Pretos Velhos nos centros de Umbanda pratica-se uma dança-ritual muito parecida com a realizada pelos moçambiqueiros: tocam as pontas dos bastões no alto, revezando com batidas no chão, dançando em círculo. Quando hasteiam os mastros dando início à festa do Congado, os moçambiqueiros tocam os mastros com seus bastões. Alguns ternos realizam coreografias colocando suas coroas nos bastões e erguendo acima da cabeça. A condução de reis e rainhas, bem como dos santos numa procissão pode em alguns casos vir dentro de um espaço delimitado por condutores de bastões. Quando se quer delimitar um espaço com bastões, os dançantes os colocam na horizontal e com as mãos o moçambiqueiro liga o seu bastão ao bastão do outro, formando uma corrente. 30. Atualização das informações: 31. Ficha Técnica Fotografias: Fabíola Benfica Marra Levantamento: Fabíola Benfica Marra Data: junho de 2007 Elaboração: Fabíola Benfica Marra Data: agosto de 2007 Revisão: Data: