BENS MÓVEIS E INTEGRADOS 01. Município: Uberlândia 02. Distrito: Sede 03. Acervo: Catupé Azul e Rosa 04. Propriedade: Particular 05. Endereço: Rua Maria Dirce Ribeiro, 488 – Santa Mônica 06. Responsável: Enildon Pereira Silva 07. Designação: Bastão Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 08. Localização Especifica: Quando não está em dia de festa, fica depositado no quarto do Leonardo, o primeiro quarto à direita de quem chega à residência, junto com os instrumentos e o oratório do terno. 09. Espécie: Objeto ritualístico 10. Época: 2003 11. Autoria: Enildon Pereira Silva 12. Origem: Uberlândia 13. Procedência: 14. Material / Técnica: madeira amarelinha, imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro colada na parte superior. Contas de lágrimas dispostas em arame, enrolado por toda a base do bastão, guia de miçangas vermelhas e vidrilhos azuis na parte inferior. Fita de cetim rosa. Ponteira de ferro. 15. Marcas / Inscrições / Legendas: 17- Condições de segurança: ( X) Boa ( ) Razoável ( ) Ruim Obs: 18- Proteção Legal: ( ) Federal ( ) Estadual ( ) Municipal (X ) Nenhuma ( ) Tombamento Isolado ( ) Tombamento em Conjunto 19- Documentação fotográfica 16. Descrição: Bastão feito em madeira amarelinha, com imagem industrializada de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro colada na parte superior. Contas de lágrimas dispostas em arame, enrolado por toda a base do bastão, guia de miçangas vermelhas e vidrilhos azuis na parte inferior. Segundo Enildon, essas contas de lágrima “são o rosário que a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro não está carregado e representa as dificuldades que os negros enfrentam”. Este bastão foi feito num ano em que o terno passava por muitas dificuldades. Fita de cetim rosa enrolada até a base de ferro. 20- Estado de Conservação: ( ) Excelente ( x) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo Obs: 21- Dimensões: Comprimento: Diâmetro: Peso: 22. Análise do Estado de Conservação: 23. Intervenções – Responsável / Data: 24. Características Técnicas: 25. Características Estilísticas: 26. Características Iconográficas: 27. Dados Históricos: Os bastões, cajados, cedros, caduceus, varas são objetos ritualísticos utilizados pelas mais diversas religiões com os mais diferentes significados. O cedro é símbolo de poder utilizado pelos reis. O cajado é utilizado pelos pastores como apoio nas caminhadas e é símbolo de magia como na história bíblica de Moisés que utiliza seu cajado para abrir as águas do Mar Vermelho. O bastão é um instrumento de ataque e de defesa e também simboliza a detenção do comando de uma situação. Um símbolo fálico, emblema de poder e controle do poder, representa a vontade e a força dominante. Utilizado como instrumento de invocação e também para dirigir, controlar e cortar energias. O bastão com estrias no sentido diagonal e com uma serpente enrolada é símbolo do mito grego Esculápio e representa a sabedoria, a renovação do conhecimento e o poder de curar, adotado pela medicina e pela farmácia como seu símbolo. No mito de Hermes, “deus dos viajantes, patrono dos ladrões e dos trapaceiros, protetor da magia e da adivinhação e responsável pelos golpes de sorte e pelas súbitas mudanças de vida”, duas serpentes enroladas simbolizam os opostos: o bem e o mal, masculino e o feminino. O símbolo da eternidade na mitologia egípcia é um cajado com incisões, fissuras que lembram o entalhe de um reco-reco. 28. Referências Documentais: Fotografias e entrevistas realizadas em visitas à residência de Enildon Pereira Silva onde se localiza o quartel do Catupé Azul e Rosa em novembro de 2006. Sharman-burke, Juliet e Greene, Liz. O Tarô Mitológico – São Paulo: Siciliano, 1988 29. Informações Complementares: Os bastões e os apitos são os instrumentos utilizados pelos capitães de Congado para conduzir seus soldados e reger as músicas executadas pelos tambores. Nos ternos de Moçambique os bastões são utilizados não apenas por capitães como acontece na maioria dos ternos, mas por muitos dançantes, que formam uma ala fazendo coreografias. . Em muitas guardas, fiscais e madrinhas utilizam os bastões alinhados ao final do desfile, fechando a apresentação do terno. Alguns bastões são em formato de cobra, outros com carrancas de Pretos Velhos, outros com imagens de Nossa Senhora Aparecida, Santa Efigênia e São Benedito, crucifixos e inscrições diversas, fitas de cetim, alguns enfeitados com contas de lágrima, com ervas (alecrim, arruda, espada de são Jorge), etc. Nas festas de Pretos Velhos nos centros de Umbanda pratica-se uma dança-ritual muito parecida com a realizada pelos moçambiqueiros: tocam as pontas dos bastões no alto, revezando com batidas no chão, dançando em círculo. Quando hasteiam os mastros dando início à festa do Congado, os moçambiqueiros tocam os mastros com seus bastões. Alguns ternos realizam coreografias colocando suas coroas nos bastões e erguendo acima da cabeça. A condução de reis e rainhas, bem como dos santos numa procissão pode em alguns casos vir dentro de um espaço delimitado por condutores de bastões. Quando se quer delimitar um espaço com bastões, os dançantes os colocam na horizontal e com as mãos o moçambiqueiro liga o seu bastão ao bastão do outro, formando uma corrente. 30. Atualização das informações: 31. Ficha Técnica Fotografias: Fabíola Benfica Marra Levantamento: Fabíola Benfica Marra Data: novembro 2006 Elaboração: Fabíola Benfica Marra Data: novembro 2006 Revisão: Data: