Instituto de Física Universidade de São Paulo Profa. Márcia Regina Dias Rodrigues Depto. Física Nuclear – IF – USP Ed. Oscar Sala, sala 100 [email protected] Objetivos Segunda e terceira aula da Experiência 1 Movimento de esferas metálicas no óleo. Diferentemente do experimento de queda livre, neste experimento a força de resistência do fluido sobre o corpo em movimento é significativa. (1) Verificar se o movimento das esferas metálicas no óleo pode ser descrito pela Lei de Stokes (2) Determinar a viscosidade de um ser pouco significantes no movimento dos corpos Equipamento utilizado para o estudo da queda do corpo. As faíscas provocadas pelos pulsos de alta tensão entre os dois fios marcam um papel encerado Objetivos Terceira aula da Experiência 1 Movimento de esferas metálicas no óleo. Esta semana estudaremos os limites e condições de aplicabilidade do modelo de escoamento laminar para os dados obtidos anteriormente e analisaremos em que condições o movimento das esferas metálicas no óleo pode ser descrito pela Lei de Stokes Movimento de um corpo em um fluido Resistência • Atrito interno AI viscosidade • Deslocamento do fluído DF densidade Número de Reynolds Indicador da importância relativa de DF e AI 𝜌v𝐿 𝐸𝐷𝐹 𝑅𝑒 = ≅ 𝜂 𝐸𝐴𝐼 𝜂 𝜈= 𝜌 Viscosidade cinemática 𝜌v𝐿 𝑅𝑒 = 𝜂 Número de Reynolds Velocidade Limite 𝜌v𝐿 𝑅𝑒 = 𝜂 Dimensão característica (diâmetro) Viscosidade cinemática (Tabelado) Viscosidade cinemática SI prática 1g cm s Ns ou Pa s ( Pascal segundo) 2 m Poise 1P m2 s m2 Stokes 1St 10 s 4 Exemplos Ar T = 20oC Poise 1,2 . 10-3 g/cm3 1P 1 1,8 . 10-4 P Partículas pequenas L 2 . 10-3 cm v 0,2 cm/s Re = 3 . 10-3 AI predomina Bola de futebol L 20 cm Re = 3 . 105 v 2 . 103 cm/s DF predomina g cm s Deslocamento laminar Re baixo AI FS b v FE FP mg Lei de Stokes FS 6 r v Queda de uma esfera num meio viscoso F FSL FP FE onde 4 3 FE r g 3 - Força de empuxo 4 4 3 3 F 6 r v esf r g r g 3 3 4 dv 3 m 6 r v esf r g dt 3 Velocidade limite FS b v FE 4 3 0 6 r v esf r g 3 FP mg 2 esf 2 vL gr 9 Meio Infinito escoamento laminar Modelo 2 esf 2 vL gr 9 y a 2 esf a g 9 2 esf g 9 a x Lei de Stokes Re baixo AI FS 6 r v Paredes próximas – a hipótese do meio infinito não é válida Correção de Landenburg FSL FSL esfera – cilindro de raio R 9r 9r 1 4R 4R 2 Queda de uma esfera num meio viscoso F FSL FP FE onde 4 3 FE r g 3 - Força de empuxo 4 4 3 3 F 6 r v esf r g r g 3 3 dv 4 3 m 6 r v esf r g dt 3 Velocidade limite 4 3 0 6 r v esf r g 3 2 esf 2 vcorr v L gr 9 FS b v FE FP mg Procedimento Validade do modelo - velocidade limite (constante) Avalie experimentalmente se as esferas maiores realmente se deslocam ao longo da região DL com velocidade constante: (a) discuta com os integrantes do grupo quais medidas devem ser realizadas para se determinar isso; (b) lance várias esferas com o mesmo diâmetro e repita o procedimento necessário para obter uma resposta satisfatória. Lembre-se de considerar as incertezas e sua propagação corretamente; (c) discuta com o grupo sobre a necessidade de repetir o procedimento para as esferas menores; (d) a aproximação de velocidade limite constante é válida? 27/08/2015 14 Análise A partir da medida do raio interno R do tubo com óleo, e do raio médio de cada esfera, obtenha o fator a (correção de Ladenburg) para cada tipo de esfera; Avalie os valores numéricos de para cada esfera. Esses são os fatores multiplicativos que corrigirão as velocidades limite medidas anteriormente. Para quais esferas esse fator é mais importante? Por que isso acontece? A partir das velocidades limite medidas na semana anterior e da correção de Ladenburg obtida, calcule as velocidades limite corrigidas: vL; 27/08/2015 15 Análise Incertezas de vL para construir e analisar o gráfico de vL versus r² Analise a propagação de incertezas da função f(,vL)=.vL e responda: Qual a contribuição relativa de cada variável (isto é, e vL) para a incerteza final da função f? Qual das duas variáveis é mais importante? Considerando uma variável x=9r/(4R), podemos escrever: = 1 + x + x². Obtenha a expressão da propagação de incertezas de a em função de x e de sua incerteza. Analisando a expressão acima, calcule a incerteza de para a menor e para a maior esfera. Qual tipo de esfera terá a maior incerteza relativa s/: a maior ou a menor esfera? 27/08/2015 16 Análise Incertezas de vL para construir e analisar o gráfico de vL versus r² Compare a incerteza relativa de calculada acima (isto é, s/) com a incerteza relativa de vL (isto é, svL/vL) para a maior e a menor esfera: alguma das duas grandezas domina a propagação de incertezas para o produto vL? Você pode propor um “atalho” para o cálculo dessa propagação? Calcule as incertezas de vL conforme suas considerações no item anterior; Com os dados de vL e r² de todas as esferas, faça um gráfico de vL versus r² com barras de erros. 27/08/2015 17 50 40 V (cm/s) 30 20 vLimitecorri vLimite 10 0 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 2 0,10 2 r (cm ) 0,12 0,14 0,16 Análise Se os dados seguem o modelo proposto, devem se alinhar numa reta, com o coeficiente angular m dado por: 2 esf a g 9 Identifique a região no gráfico que segue esse comportamento linear. Explique sua escolha e discuta porque há regiões do gráfico que desviam de uma reta. ·Ajuste uma reta aos dados desta região linear e obtenha o valor da viscosidade, utilizando o valor de gIAG considerando essa grandeza sem incerteza. 27/08/2015 19 Análise Calcule a incerteza da viscosidade e compare com o valor disponível em uma tabela fixada nas dependências do laboratório didático. Compare a viscosidade obtida antes e após a correção de Ladenburg com o valor tabelado no laboratório didático; Calcule o número de Reynolds para cada esfera; Para as esferas de diâmetro maior, temos um número de Reynolds maior. É possível encontrar um valor crítico para o número de Reynolds, acima do qual o modelo utilizado não descreve mais os dados? 27/08/2015 20