Plano de Desenvolvimento Institucional da Universidade Federal do Pará (PDI UFPA 2011-2015) Experiência na elaboração do documento e a importância desse processo para a UFPA Apresentação: Raquel Trindade Borges (Pró-Reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UFPA) Petrolina - Pernambuco - Brasil 22 de Agosto de 2014 Quem é a UFPA? A UFPA foi criada pela Lei nº 3191 de 02 de junho de 1957. Em Belém (PA), ocupa uma área de 450 hectares, às margens do Rio Guamá, onde exerce a maior parte de suas atividades de Ensino, Pesquisa, Extensão e Administração. Em 1986, passou a expandir suas atividades para o interior do Estado criando vários Campi, destinados a serem Polos Regionais de atuação na Graduação, Pós-Graduação e Extensão. Em novembro de 2009 o campus da universidade localizado em Santarém separou-se para formar a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA); Em junho de 2013 o campus Marabá e núcleos agregados a este desligaram-se da UFPA para que pudessem constituir a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA). Alguns números da UFPA Nº de Pró-Reitorias: 07 Nº de Institutos: 14 Nº de Núcleos: 06 Nº de Campi: 13 Nº de Hospitais universitários: 02 Nº de Escola de Aplicação: 01 Nº de Discentes: 55.969 Nº de cursos de Graduação: 74 Nº de cursos de Mestrado Acadêmico: 46 Nº de cursos de Mestrado Profissional: 10 Nº de cursos de Doutorado: 26 O atual Reitor é o Prof. Carlos Edilson Maneschy, eleito para o quadriênio julho 2009junho 2013 e reeleito para o quadriênio julho 2013-junho 2017. O que é o PDI ? •É o Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, como convencionalmente chamado o planejamento estratégico nas IES; é • É o documento que identifica a Instituição de Ensino Superior (IES), no que diz respeito: à sua filosofia de trabalho; à missão a que se propõe (atividade fim e razão de ser da instituição); à sua visão de futuro (o que a instituição pretende ser); às diretrizes institucionais que orientam suas ações, sejam pedagógicas ou administrativas/gerenciais; à sua estrutura organizacional; às atividades acadêmicas que desenvolve e que pretende desenvolver. Dispositivos legais de orientação à elaboração do PDI • EXTERNOS: Lei nº 9.394/96 (LDB) Plano Nacional de Educação – PNE A Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, que estabelece o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino e outras... • INTERNO: Estatuto da UFPA, art. 4º, inciso IV: estabelece o PDI como um dos instrumentos normativos institucionais da UFPA; Por que fazer o PDI ? • • • • • • Base referencial para a avaliação institucional; Constitui compromisso da instituição com o MEC; É requisito aos [para os] atos de credenciamento e recredenciamento; Poderá ser exigido também no âmbito das ações de supervisão realizadas pelo SESu/MEC; Para coordenar as atividades de modo integrado; Para orientar o desenvolvimento e a construção do futuro; Como deve ser a elaboração do PDI ? De forma livre, sem, no entanto, deixar de contemplar os eixos temáticos essenciais relacionados abaixo, pois serão tomados como referenciais das análises subseqüentes, que se realizarão por comissão designada pela SESu/MEC, para este fim. Eixos temáticos essenciais I. Perfil institucional II. Projeto pedagógico institucional – PPI III. Cronograma de implantação e desenvolvimento da instituição e dos cursos (presencial e a distância) IV. Perfil do corpo docente V. Organização administrativa da IES VI. Políticas de atendimento aos discentes VII. Infra-estrutura VIII. Avaliação e acompanhamento do desenvolvimento institucional IX. Aspectos financeiros e orçamentários X. Anexos I. PERFIL INSTITUCIONAL • • • • Breve Histórico da IES; Missão; Objetivos e Metas (Descrição dos objetivos e quantificação das metas com cronograma); Área (s) de atuação acadêmica. II. PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL – PPI • Inserção regional; • Princípios filosóficos e técnico-metodológicos gerais que norteiam as práticas acadêmicas da instituição; • Organização didático-pedagógica da instituição: Plano para atendimento às diretrizes pedagógicos, estabelecendo os critérios gerais para definição de: 1) Inovações consideradas significativas, especialmente quanto à flexibilidade dos componentes curriculares; 2) Oportunidades diferenciadas de integralização curricular; 3) Atividades práticas e estágio; 4) Desenvolvimento de materiais pedagógicos; 5) Incorporação de avanços tecnológicos. • Políticas de Ensino; • Políticas de Extensão; • Políticas de Pesquisa (para as IES que propõem desenvolver essas atividades acadêmicas); • Políticas de Gestão; • Responsabilidade Social da IES (enfatizar a contribuição à inclusão social e ao desenvolvimento econômico e social da região). III. CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA INSTITUIÇÃO E DOS CURSOS (PRESENCIAL E A DISTÂNCIA) Oferta de Cursos As Instituições deverão apresentar dados relativos ao número de vagas, dimensões das turmas, turno de funcionamento e regime de matrícula de seus cursos. Informar ainda a situação atual dos cursos (em funcionamento, em fase de autorização ou de futura solicitação), incluindo o cronograma de expansão na vigência do PDI conforme detalhamento a seguir: • • • • • • • Graduação (Bacharelado, Licenciatura e Tecnologia); Seqüenciais (formação específica, complementação de estudos); Programas Especiais de Formação Pedagógica; Pós-Graduação (lato sensu); Pós-Graduação (stricto sensu); Pólos de EAD (atender Portaria Normativa nº 2 de 10 de janeiro de 2007); Campi e cursos fora de sede. IV. PERFIL DO CORPO DOCENTE • • • • • Composição (titulação, regime de trabalho, experiência acadêmica no magistério superior e experiência profissional não acadêmica); Plano de Carreira; Critérios de seleção e contratação; Procedimentos para substituição (definitiva e eventual) dos professores do quadro;. Cronograma e plano de expansão do corpo docente, com titulação e regime de trabalho, detalhando perfil do quadro existente e pretendido para o período de vigência do PDI. V. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA IES • • • Estrutura Organizacional, Instâncias de Decisão e Organograma Institucional e Acadêmico. Órgãos Colegiados: competências e composição. Órgãos de apoio às atividades acadêmicas. VI. POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AOS DISCENTES • • • • Programas de apoio pedagógico e financeiro (bolsas). Estímulos à permanência (programa de nivelamento, atendimento psico-pedagógico). Organização estudantil (espaço para participação e convivência estudantil). Acompanhamento dos egressos. • • VII. INFRA-ESTRUTURA Infraestrutura física (detalhar salas de aula, biblioteca, laboratórios, instalações administrativas, sala de docentes, coordenações, área de lazer e outros); Biblioteca: Quantificar acervo por área de conhecimento (livros e periódicos, assinatura de revistas e jornais, obras clássicas, dicionários, enciclopédias, vídeos, DVD, CD Rom’s e assinaturas eletrônicas); Espaço físico para estudos; Horário de funcionamento; Pessoal técnico-administrativo; Serviços oferecidos; Formas de atualização e cronograma de expansão do acervo. • Laboratórios: Instalações e equipamentos existentes e a serem adquiridos, indicando sua correlação pedagógica com os cursos e programas previstos; Recursos de informática disponíveis; Relação equipamento/aluno; Descrição de inovações tecnológicas significativas. • • • Recursos tecnológicos e de áudio visual. Plano de promoção de acessibilidade e de atendimento diferenciado a portadores de necessidades especiais (Decreto nº 5.296/04 e Decreto nº 5.773/06). Cronograma de expansão da infraestrutura para o período de vigência do PDI. VIII. AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL • Procedimentos de autoavaliação institucional em conformidade com a Lei nº 10.861/2004 (SINAES). IX. ASPECTOS FINANCEIROS E ORÇAMENTÁRIOS • Demonstração da sustentabilidade financeira, incluindo os programas de expansão previstos no PDI: - Estratégia de gestão econômico-financeira; - Planos de investimentos; - Previsão orçamentária e cronograma de execução (5 anos). X. ANEXOS • Projeto pedagógico do (s) curso (s) solicitado (s) para primeiro ano de vigência do PDI. Razões para a adoção do Balanced Scorecard na elaboração do PDI da UFPA 1 – O BSC fortalece (transforma) o PDI em um verdadeiro instrumento de gestão com foco em objetivos, metas e resultados esperados; 2 – Vários órgãos públicos já utilizam o BSC (Tribunais, Ministérios Públicos, Tribunais de Contas, Universidades Federais, Prefeituras e etc); 3 – Fortalecimento da visão, da missão e dos objetivos da UFPA. Isso ocorre porque o BSC sempre se centraliza na estratégia da instituição e a sua identidade. A cultura organizacional passa a ser constantemente difundida; 4 - Ocorre o alinhamento das ações das equipes, uma vez que todos podem acompanhar o alcance ou a superação de metas estabelecidas; Macroprocesso de Desenvolvimento do PDI na UFPA Planejamento, Mobilização e Treinamento Sensibilização, Palestras, Fóruns, Workshops Avaliação PDI 20012010 Elaboração do Plano, Consultas, Reuniões, Retificações Apresentação da Minuta do PDI ao Reitor Apresentação do Plano ao CONSUN Quem participou da elaboração do PDI da UFPA? DCE, Sindicato, CPA e Outros Hospitais, Núcleos, Escola de Universitec, Aplicação Fadesp Reitoria, ViceOrgãos Reitoria, Pro - Suplemen- Reitorias tares Institutos, Faculdades, Campi Principais ações desenvolvidas para a elaboração do atual PDI da UFPA Out/2009 – Apresentação proposta metodológica p/ novo PDI na CAS Dez/2009 – Evento (Curso) de disseminação da metodologia do BSC Mar/2010 – Portaria designando membros p/ elaboração do PDI Abr/2010 – Criação do site do PDI para a sua divulgação Ago/2010 – Parceria da UFPA com a ENAP p/ construção do PDI Set/2010 – Reunião de avaliação do PDI 2001 – 2010 Set/2010 – Designação dos membros da equipe técnica p/ elaboração do PDI Out/2010 – Explicitação da metodologia/cronograma de atividades Out-Dez/2010 – Entrevistas com gestores e lideranças da UFPA Nov/2010 – Disseminação da metodologia no Fórum de Dirigentes da Capital Dez/2010 - Disseminação da metodologia Fórum dos Coordenadores de Campi Principais ações desenvolvidas para a elaboração do atual PDI da UFPA Dez/2010 - I Workshop de Planejamento Estratégico (Validação da missão, visão, valores e mapa estratégico) Fev/2010 - Disseminação da metodologia Campus de Marabá e Cametá Abr/2011 - Avaliação da evolução do Plano pela CAS Abr/2011 - Disseminação da metodologia nos Hospitais Barros Barreto e Bettina Jun/2011 - II Workshop de Planejamento Estratégico (Validação do painel de desempenho, indicadores, metas, programas e projetos) Jun/2011 - Reuniões com Pró-Reitores p/ elaboração do Projeto Pedagógico Institucional – PPI Principais ações desenvolvidas para a elaboração do atual PDI da UFPA Ago/2011 – Reuniões com a Progep para elaboração da política de desenvolvimento e gestão de pessoal Set/2011 – Disponibilidade da minuta do PDI para a coleta de sugestões e opiniões da comunidade universitária e da sociedade em geral sobre os planos, programas, políticas e prioridades do PDI Out/2011 – Retificações e conclusão da minuta final p/ apreciação do Reitor e Consun Out/2011 – Encaminhamento minuta PDI p/ Reitor e Consun Nov/2011 - Aprovação do PDI 2011-2015 pelo Consun Modelo para a Implementação da Gestão Estratégica O Modelo de Gestão é a estruturação de um processo capaz de garantir que a estratégia será gerenciada pela UFPA. O Modelo de gestão compreende: O estabelecimento das RAEs A definição de papéis e responsabilidades na gestão; O estabelecimento de critérios para avaliação da performance; A estruturação das reuniões de acompanhamento e tomada de decisão; A definição da forma de comunicação dos resultados. Reuniões de Avaliação da Estratégia – RAEs Acontecem com regularidade, pelo menos semestralmente; Reúnem as principais lideranças formais da UFPA; Tem como insumo RELATÓRIOS preparados com o estágio atual da evolução dos objetivos, indicadores e iniciativas; O propósito das reuniões é analisar os resultados, comprometer a equipe com solução dos problemas, Em que consiste a RAE? Acompanhar, de forma permanente, o desempenho dos elementos analíticos do PDI (indicadores, metas, projetos e ações estratégicas), de modo a assegurar o alcance dos objetivos estratégicos descritos no mapa estratégico. Assegurar investimento de tempo no diálogo estratégico. Alinhar o entendimento acerca da estratégia da organização. Aprendizado estratégico: testar e reformular as hipóteses. O papel da Administração Superior na RAE I - Monitorar o processo de gestão estratégica, tendo por base seus principais elementos analíticos (objetivos, indicadores, metas, projetos e ações estratégicas); II - Emitir orientações e recomendações, às diversas Unidades da UFPA, para garantia do eficaz e harmônico desenvolvimento do PDI; III - Decidir sobre aspectos relacionados ao cronograma e metodologia de execução dos projetos e ações estratégicas; IV - Propor, aprovar ou autorizar ajustes em indicadores e metas estratégicas; V - Propor, aprovar ou autorizar alterações, substituições ou encerramento de projetos e ações estratégicas; VI - Aprovar e priorizar, em bases metodológicas predominantemente objetivas, a execução de novos projetos e ações estratégicas; VII - Propor revisões do PDI, a cada ciclo. OBJETIVO: Desenvolver processos de planejamento, gestão e avaliação. Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional - PROPLAN Indicador: Taxa de unidades com plano de gestão alinhado ao PDI. Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional - PROPLAN Fórmula de Cálculo: Nº de unidades com plano de gestão alinhado ao PDI / Total de unidades x 100 Desempenho do ano de 2013 foi auferido até outubro/2013. Considerações do responsável pelo objetivo: Até outubro de 2013, apenas 6 novos PDUs foram entregues. O melhor desempenho de entrega do Plano está nos Institutos (62%) e Campi (60%). Apesar do não atingimento da meta, houve crescimento no seu desempenho, carecendo o indicador de ações adicionais para melhorar o seu desempenho, que serão realizadas através de novas intervenções da PROPLAN junto as Unidades que ainda não elaboraram ou entregaram seus PDUs. De um total de 52 Unidades, 23 enviaram o PDU restando 29 Unidades fazer o mesmo. Projetos / Iniciativas Responsável Gestor PROPLAN Itinerante Raquel Trindade Borges DINFI/DIAVI/DIPLAN Acompanhamento Institucional dos programas de Pós-Graduação – AI-PPG * PROPESP Status * Papéis e Responsabilidades na Gestão Estratégica •Líder do processo de gestão estratégica (garante recursos, mobiliza envolvidos e cobra resultados). •Reitor/Vice e Pró-Reitores •Responsável pela condução do processo de gestão estratégica na instituição e por prestar apoio a todos os envolvidos. Patrocinador •Responsável pela análise de desempenho do objetivo. •Responsável pelo cumprimento das metas Estabelecidas. PROPLAN (UGE) Responsável por Objetivo •Responsável pela execução de todas as etapas do projeto, nos prazos estabelecidos. •Presta informações sobre o andamento do projeto. Responsável por Objetivo Gestor do Projeto Responsável por Objetivo Responsável por Indicador •Responsável pela efetiva coleta do indicador e sua comparação com as metas. •Realiza a análise de desempenho do indicador, subsidiando o responsável pelo objetivo. Avaliação da Performance Indicadores Sinalizador Projetos Significado Resultado Resultado Esperado Meta > = 100% Em andamento e no prazo Atenção 90% < Meta < 100% Em andamento e fora do prazo Abaixo do Resultado Meta < 90% Parado Indicador Indisponível - Concluído Sinalizador Significado Reuniões de Avaliação Estratégica •Periodicidade: Trimestral. •Participantes: Membros da CAS •Foco nos pontos mais críticos do Mapa Estratégico. Reuniões de Gestão Reunião de Avaliação Estratégica RAE Reuniões das Pró-Reitorias •Periodicidade: Mensal. •Participantes: Pró-Reitores, coordenadores, responsáveis por objetivos, gerentes de projetos, PROPLAN e convidados. •Foco nos objetivos de cada Pró-Reitoria PROEG Comunicação para os Membros e Servidores PROPESP PROAD Comunicação para membros e servidores •Boletins de Desempenho Estratégico •Reuniões de Comunicação dos Resultados. PROEX PROGEP PROINTER PROPLAN Processo de Gestão Estratégica Monitoramento da implementação da estratégia: •Aferição dos indicadores •Comparação com as metas •Andamento dos projetos •Relatório de Gestão •Pauta das Reuniões Reuniões de Gestão •Reuniões das PróReitorias •Reuniões de Avaliação Estratégica - RAE •Resultados •Decisões Novas Formulações (revisão de prazos de projetos, priorização, novas ações, etc.) Benefícios da Gestão Estratégica para a UFPA •Agenda comum: foco nas prioridades •Maior integração das ações (menos setoriais e mais institucionais) •Maior controle das ações realizadas e dos seus resultados, promovendo a aprendizagem estratégica •Fórum organizado para a tomada de decisões •Modelo Flexível (permite revisões)