Metodologia Científica
Aula: 12
Tema: Tipos de Pesquisa Científica
Alunos:
Marcos Pereira
Vana Hilma
Rafael Jacaúna
Professor: Dr. Henrique Nou Schneider
PESQUISA - CONCEITOS
O que é Pesquisa ?
Busca de um determinado
conhecimento.
PESQUISA - CONCEITOS
O que é Pesquisa ?
Procedimento racional e sistemático
que tem como objetivo proporcionar
respostas aos problemas que são
propostos.
(GIL, 1946)
Quais são os Tipos de Pesquisas ?
Pesquisa Científica: Tipos e Modalidades
pesquisa-ação
ex post facto
descritiva
Pesquisa-ação
• Entendida como um tipo de (GONÇAVES apud
THIOLLENT , 2005, p.87)
– “pesquisa social com base empírica que é
concebida em estreita associação com uma ação
ou com a resolução de um problema coletivo e no
qual
os
pesquisadores
e
participantes
representativos da situação ou do problema estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo.”
Pesquisa-ação
• Também considerada como uma forma de
engajamento sociopolítico a serviço da causa
das classes populares e dominadas (Op. cit., p.
87);
• Grande diversidade entre [...] as propostas
“eficientizantes” das áreas organizacionais e
tecnológicas (Op. cit., p. 87).
Pesquisa-ação
• Toda pesquisa-ação é do tipo participativo
(Op. cit., p. 87).
– A participação das pessoas implicadas nos
problemas
investigados
é
absolutamente
necessária;
– Tudo que é chamado pesquisa participante não é
pesquisa-ação;
– Há a necessidade [...] de uma ação problemática,
merecendo investigação para ser elaborada e
conduzida.
Pesquisa-ação
• Principais aspectos:
– Ampla e explícita interação entre pesquisadores e
pessoas na situação investigada;
– Ordem de prioridade dos problemas a serem
encaminhadas sob forma de ação concreta;
– Não é constituída pelas pessoas e sim pela
situação social e seus problemas de diferentes
naturezas encontrados nessa situação;
Pesquisa-ação
• Principais aspectos:
– Consiste em resolver, ou pelo menos esclarecer, os
problemas da situação encontrada;
– Acompanhamento das decisões, ações e de toda a
atividade intencional dos atores da situação;
– Não se limita a uma forma de ação (risco de
ativismo): pretende-se aumentar o conhecimento
dos pesquisadores e o conhecimento ou “nível de
consciência” das pessoas e grupos considerados
(Op. cit., p. 87-88).
Pesquisa-ação
• Organizada para realizar os objetivos práticos
de um ator social homogêneo dispondo de
suficiente autonomia para encomendar e
controlar a pesquisa;
• O ator é, frequentemente, uma associação ou
um agrupamento ativo (Op. cit., p.88).
Pesquisa-ação
• Quanto ao contexto:
– Deve ser realizada em uma organização;
• Num terceiro caso, é organizada em meio aberto.
– É possível um estudo dinâmico dos problemas,
decisões, ações, negociações, conflitos e tomadas
de consciência.
Pesquisa-ação
• Aplicações:
– Educação;
– Comunicação Social;
– Serviço Social;
– Organização;
– Tecnologia (particularmente no meio rural);
– Práticas Políticas e Sindicais;
– Urbanismo e Saúde.
Pesquisa-ação
• Utilizada em Ciências Sociais, podendo ser
enriquecida pelas contribuições de outras
linhas compatíveis
– Linha metodológicas concentradas na análise da
linguagem em situação social.
– Oferece subsídios para organizar, ao nível da
observação, no processamento de dados,
experimentação, etc.
Pesquisa ex post facto
• É aquela que acontece após o fato ter sido
consumado.
– Mostra a falta de controle do investigador sobre a
variável independente.
• Muito adotada nas Ciências da Saúde.
• Ocorre pela comparação de dois ou mais
grupos
(amostra)
distintos,
também
denominados casos-controle (GONÇALVES
apud SANTOS, 2005, p. 90).
Pesquisa ex post facto
• Permite identificar dois momentos na coleta
de dados
– As variações da variável independente nos grupos,
bem como o controle das variáveis intervenientes;
– Mensura as variáveis dependentes.
Pesquisa descritiva
• (GONÇALVES apud CERVO; BERVIAN, 2005, p.
91)
– “observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou
fenômenos (variáveis) sem manipulá-los”.
– Preocupa-se em descobrir a frequência com que o
fenômeno ocorre, sua relação e conexão com
outros, sua natureza e características.
• Pretende descrever, com exatidão, os fatos e
fenômenos de determinada realidade
(TRIVIÑOS, 2010, p. 110).
Pesquisa descritiva
• “[...] reside no desejo de conhecer a
comunidade, seus traços característicos, suas
gentes, seus problemas, suas escolas, seus
professores, sua educação, sua preparação
para o trabalho, seus valores, os problemas do
analfabetismo, a desnutrição, [...] etc.”
(TRIVIÑOS, 2010, p. 110).
Pesquisa descritiva
• (GONÇALVES apud CERVO; BERVIAN, 2005, p.
91)
– Utilizada, principalmente, em Ciências Humanas e
Sociais, abordando problemas que não estão
documentados.
– Pode assumir a forma de estudos exploratórios,
pesquisa de opinião, estudos descritivos, pesquisa
de motivação, estudo de caso, pesquisa
documental e pesquisa histórica.
Pesquisa descritiva
• (GONÇALVES apud BARROS; LEHFELD, 2005, p.
91)
– Não há interferência do pesquisador; ele descreve
o objeto de pesquisa.
– Realizada através da aplicação de questionário e
observação sistemática.
– É denominada exploratória quando a pesquisa é
simples e explicativa quando mais complexa.
Pesquisa descritiva
• (GONÇALVES apud GIL, 2005, p.91)
– Habitualmente, são realizadas por pesquisadores
sociais preocupados com a atuação prática.
– Também são as mais solicitadas por instituições
educacionais, empresas comerciais, partidos
políticos, etc.
Pesquisa descritiva
• Estudo de caso (TRIVIÑOS, 2010, p. 110)
– Tem por objetivo aprofundarem a descrição de
determinada realidade.
– O tratamento estatístico é simples quando a
análise é quantitativa.
– Os resultados são válidos apenas para o caso
estudado.
Pesquisa descritiva
• Análise documental (TRIVIÑOS, 2010, p. 111)
– Possibilita ao investigador uma grande quantidade
de informação.
Pesquisa descritiva
• Estudos Causais Comparativos (TRIVIÑOS,
2010, p. 111)
– Também conhecido como Estudos Post Factos.
– Não só determinam como é um fenômeno, mas
também de que maneira e por que ocorre.
– Quando não é possível o controle da variável
independente, realiza-se um estudo causal
comparativo.
Pesquisa descritiva
• Estudos comparativos causais apresentam
muitas limitações (TRIVIÑOS, 2010, p. 111):
– Não permite controle exaustivo sobre as variáveis;
– Difícil se determinar que variáveis estão
relacionadas com o fenômeno;
– Exigem do investigador uma precisa delimitação
de técnicas, métodos, modelos e teorias;
– A população e a amostra devem ser claramente
delimitadas, bem como os objetivos, termos, etc.
Pesquisa descritiva
• Continuação
– Em geral, são criticados, muitas vezes, porque
pode existir uma exata descrição dos fenômenos e
dos fatos.
• Fogem da possibilidade de verificação através da
observação.
– Há a possibilidade de as conclusões serem falsas.
• “Informações manipuladas” por organismos oficiais,
voluntária ou inconscientemente.
Pesquisa descritiva
• Continuação
– O investigador pode não ser tão crítico com as
informações, gerando resultados equivocados
• As técnicas empregadas na coleta de dados pode ser
subjetivas, apenas quantificáveis.
Pesquisa Científica: Tipos e Modalidades
Estudo de Coorte
Levantamento
Explicativa
Estudo de Coorte
• O termo coorte é utilizado para definir um
agrupamento de pessoas que apresentam
alguma característica em comum.
– São agrupadas e observadas durante um
determinado período na expectativa de se
constatar o que lhes acontece.
Estudo de Coorte
• Nos estudos de coorte os sujeitos são
classificados em função da exposição ou não a
um determinado fator durante um período
para o aparecimento, ou não, da
sintomatologia estudada.
Estudo de Coorte
• Os grupos podem se diferenciar em algum
aspecto que o pesquisador considera
importante.
• Seus resultados correspondem à testagem de
hipóteses específicas.
• As pessoas são classificadas conforme os
possíveis fatores de risco que podem ter
relação com o fato que se quer estudar.
Levantamento
• Um projeto de levantamento apresenta uma
descrição quantitativa ou numérica de
tendências, atitudes ou opiniões.
• A partir dos resultados da amostra, o
pesquisador generaliza ou faz afirmações
sobre a população.
Levantamento
• O planejamento de uma seção de método de
levantamento segue um formato padrão.
• Componentes:
– Introduzir os leitores ao objetivo e à justificativa
básicos:
• Identificar o propósito da pesquisa de levantamento,
para inferir sobre algumas características, atitudes ou
comportamentos.
• Indicar por que um levantamento é o tipo ideal para
coletar os dados para o estudo.
Levantamento
• Componentes (continuação):
– Indicar se o levantamento será de corte
transversal, com os dados coletados em um
momento do tempo, ou será longitudinal, com os
dados coletados no decorrer do tempo.
– Especificar a forma de coleta dos dados:
questionários, entrevistas, revisões de registros
estruturados, e observações estruturadas.
Levantamento
• A população e a amostra:
– Identificar a população do estudo e, declarar o seu
tamanho (se puder).
– Identificar se o projeto da amostragem é de face
única ou multifásico.
– Identificar o processo de seleção dos indivíduos:
amostra aleatória ou de conveniência.
Levantamento
• A população e a amostra: (continuação)
– Identificar se o estudo vai envolver estratificação
da população antes da seleção da amostra.
– Discutir os procedimentos para a seleção da
amostra a partir das listas disponíveis.
– Indicar o número de pessoas na amostra e os
procedimentos usados para computar esse
número.
Levantamento
• Instrumentação:
– Apresentar informações detalhadas sobre o
instrumento real de levantamento a ser usado no
estudo proposto.
• Instrumento modificado;
• Instrumento intacto.
Levantamento
• Análise e interpretação dos dados
– Relatar as informações sobre o número de membros
da amostra que retornaram ou não retornaram o
levantamento.
– Discutir o método pelo qual o viés da resposta será
determinado.
– Apresentar uma análise descritiva dos dados.
– Identificar as estatísticas e o programa de estatística
utilizado.
– Apresentar os resultados em tabelas ou figuras e
interpretar os resultados estatísticos.
Pesquisa Explicativa
• Além de registrar e analisar os fenômenos
estudados, busca identificar suas causas
através:
– Método experimental/matemático, ou
– Interpretação possibilitada pelos
qualitativos.
métodos
Pesquisa Explicativa
• Pesquisa que mais aprofunda o conhecimento
da realidade, porque explica a razão, o porquê
das coisas.
• Tipo mais complexo e delicado, pois o risco de
cometer erros é muito grande.
• Emprega o método experimental.
Pesquisa Científica: Tipos e Modalidades
Participante
Histórica
Etiológica
Exploratória
Pesquisa Participante
• A pesquisa é caracterizada pela interação
entre pesquisadores e membros das situações
investigadas. “A descoberta do universo vivido
pela população implica compreender, uma
perspectiva interna, o ponto de vista dos
indivíduos e dos grupos acerca das situações
que vivem” (GIL, 2002, p. 149)
Pesquisa Participante
O que envolve:
a) Determinação das bases teóricas da
pesquisa;
b) Definição das técnicas de coleta de dados;
c) Delimitação da região a ser estudada;
d) Organização do processo de pesquisa;
e) Preparação dos pesquisadores;
f) Elaboração do cronograma de atividades;
Pesquisa Exploratória
• Proporciona maior familiaridade com o problema
• É realizada em área na qual há pouco
conhecimento acumulado e sistematizado.
Esse tipo de pesquisa é muito utilizada no
momento em que o pesquisador entre em contato
com as fontes de coleta de dados, alcançando com
isso “maior familiaridade com o problema, com
vistas a torná-lo mais explicito ou a construir
hipóteses”. (GIL, 1994, P. 41), que facilite seu
encaminhamento e realização.
Pesquisa Exploratória
O que envolve:
a) Levantamento bibliográfico;
b) Entrevista com pessoas que tiveram
experiência prática com o problema;
c) Análise de exemplos que estimulem a
compreensão.
PESQUISA HISTÓRICA
• É toda pesquisa que estuda o passado
– Exemplo: Saber de que forma se deu a
Proclamação da República brasileira.
Possibilitou os historiadores a empregar novos
materiais de investigação e a assimilar novas
linguagens como: depoimento, cinema, teatro,
música, pintura, fotografias, cartas, roupas, etc.
PESQUISA ETIOLÓGICA
• É toda pesquisa que estuda o passado
Esse tipo de pesquisa compreende e estabelece
“relação de casualidade”, definindo também
fatores de risco, pelos quais se podem, mesmo
na ausência de uma conhecimento da causa
identificar população expostas a determinados
riscos (REY, 1998., p 41)
• Exemplo: a etiologia de uma doença.
Pesquisa Etiológica
O que envolve:
• A observação dos indivíduos podendo ser:
a) estudos retrospectivos
b) estudos prospectivos
• Leitura do livro de Hortência, p. 97
ETAPAS DA PESQUISA
Bibliográfica
Teórica e de campo
Pesquisa experimental
Pesquisa-ação
Tema da pesquisa
Conhecer o tema
Determinação do
assunto
Fase exploratória
Levantamento
Coletar os dados
Levantamento
Tema da pesquisa
Bibliografia
Problema
Problema
Estudo de caso
Hipóteses
Lugar da teoria
Fontes
Análise situacional
Testes
Hipóteses
Leitura
Estudo
microetnográfico
Provocar o fenômeno
Seminário
Fichamento
Estudo comparativo
Ampliar resultados
Campo de observação
Organização
Estudo multicaso
Predições
Coleta de dados
Confirmar predições
Aprendizagem
Problema
Planejamento
Redação
Saber formal/informal
Plano de ação
Divulgação externa
ETAPAS DA PESQUISA
Ex post facto
Descritiva
Participante
Exploratória
Elaboração do
problema
Determinação das
bases teóricas
Levantamento
bibliográfico
Hipóteses
Definição das técnicas
de coleta de dados
Entrevistas
Dados coletados
Delimitação da região a
ser estudada
Análise de exemplos
Localização para
investigação
Composição ou
negação das hipóteses
Organização do
processo de pesquisa
Coleta de dados
Representação dos
resultados obtidos
Preparação dos
pesquisadores
Conclusão
Elaboração do
cronograma
Formulação do
problema
Hipóteses
Operacionalização
das variáveis
Análise e
interpretação dos
dados
Apresentação das
conclusões
ETAPAS DA PESQUISA
Coorte
Formulação do problema
Hipóteses
Operacionalização das variáveis
Seleção dos grupos p/ investigação
Acompanhamento dos grupos e verificação
Análise e interpretação dos dados
Apresentação dos resultados
Levantamento
Especificação dos objetivos
Operacionalização dos conceitos
Elaboração do instrumento de coleta de
dados
Pré-teste do instrumento
Seleção da amostra
Coleta e verificação dos dados
Análise e interpretação dos dados
Apresentação dos resultados
Bibliografias
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico.
23ª edição. São Paulo: Cortez, 2007.
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo:
Atlas, 1991.
GONÇALVES, Hortência de Abreu. Manual de Metodologia da
Pesquisa Científica. São Paulo: Avercamp, 2005.
SANTOS, Antônio Raimundo. Metodologia científica: a construção do
conhecimento. 7 ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.
BAPTISTA, Makilim Nunes. Metodologia de Pesquisa em Ciências:
Análises Quantitativa e Qualitativa. Rio de Janeiro: LTC, 2007.
TRIVIÑOS, Introdução a Pesquisa em Ciência Sociais. Atlas, 2010.
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