UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, CAMPUS DE TOLEDO SANDRA CRISTINA PETRI CONTROLE E ORGANIZAÇÃO DE ESTOQUES NO SERVIÇO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTO DE MERCEDES/PR TOLEDO 2010 SANDRA CRISTINA PETRI CONTROLE E ORGANIZAÇÃO DE ESTOQUES NO SERVIÇO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTO DE MERCEDES/PR Relatório Final de Estágio Supervisionado do Curso de Secretariado Executivo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Toledo, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Secretariado Executivo. Orientadora: Professora Patrícia Stafusa Sala Battisti, Ms. TOLEDO 2010 TERMO DE APROVAÇÃO SANDRA CRISTINA PETRI CONTROLE E ORGANIZAÇÃO DE ESTOQUES NO SERVIÇO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTO DE MERCEDES Relatório Final de Estágio Supervisionado aprovado como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Secretariado Executivo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Toledo, pela banca examinadora formada por: Orientador: Professora: Patrícia Stafusa Sala Battisti Colegiado do Curso de Secretariado Executivo, Campus de Toledo Professora: Débora Andrea Liessem Vigorena Colegiado do Curso de Secretariado Executivo, Campus de Toledo Professor: Marcio Alberto Goebel Colegiado do Curso de Secretariado Executivo, Campus de Toledo Toledo, 22 de novembro de 2010 AGRADECIMENTOS Primeiramente quero agradecer a Deus que sempre iluminou meu caminho, principalmente nesses quatro anos de jornada. Agradeço aos meus pais Valmor e Leonita, por me incentivarem a conquistar meus objetivos e me apoiarem durante esses anos até à minha formação. Durante todos esses anos foram para mim um exemplo de força, coragem e perseverança para nunca desistir diante dos obstáculos encontrados. De forma especial ao meu noivo Marlon, todo o meu amor pela compreensão e paciência, pelas palavras de ânimo e por acreditar em mim. Agradeço a minha sobrinha Sarah, que embora não tivesse conhecimento disso, iluminou meus pensamentos para elaboração deste trabalho com sua alegria e seu carinho. Meu sincero agradecimento aos meus colegas de trabalho Núbia, Nilson e Romírio, pela ajuda e contribuição durante esse trabalho. Não posso esquecer das minhas amigas Adriana, Bruna e Nayara, pela amizade e por sempre levantarem o meu astral e me ajudarem em momentos de dificuldades. Aos professores Vanessa Sala e Márcio Goebel pela ajuda e conselhos, em especial, à minha orientadora Patrícia Sala pela contribuição ao longo dessa jornada através de tantos ensinamentos e conhecimento. Levo isso comigo juntamente com o exemplo de profissionalismo. Sem vocês seria impossível, obrigada. RESUMO Este trabalho de estágio supervisionado do curso de Secretariado Executivo – Campus de Toledo, teve como objetivo principal organizar, classificar e codificar os materiais no estoque do SEMAE – Serviço Municipal de Água e Esgoto do Município de Mercedes/Paraná, a fim de controlar as entradas e saídas dos itens, diminuir os custos e saber com maior precisão a quantidade de materiais existentes em estoque. Este trabalho teve, ainda, como objetivo mostrar a importância da administração de materiais para o estoque do Departamento e também a importância da análise ABC, sendo feito uma classificação dos itens e através da qual pode-se perceber quais itens merecem maior atenção e tratamento quanto à sua administração. Através da aplicação dos conhecimentos adquiridos no decorrer do curso de Secretariado Executivo, e, para que os objetivos fossem alcançados inicialmente utilizou-se a pesquisa-diagnóstico na qual foi explorado o ambiente para definir os problemas existentes e pode-se perceber que existiam pontos falhos no estoque. Em seguida, foi realizada a pesquisa bibliográfica, para entender a dinâmica da gestão de estoques e para se aprofundar mais sobre o tema tratado. Para diagnosticar o problema utilizou-se da técnica de observação e para apresentar soluções para o problema diagnosticado, utilizou-se da proposição de planos. Após a observação no estoque e o levantamento dos dados, usou-se a técnica de observação participativa. Para finalizar, utilizou-se a pesquisa qualitativa analisandose os dados indutivamente e colocando em prática a gestão de estoques. Por fim, constatou-se que o desenvolvimento do estágio foi realizado com sucesso, o qual proporcionou muitas melhorias para o Departamento. Palavras-chave: Administração de materiais. Controle de estoque. Planejamento de estoques. ABSTRACT This supervised training work from the Executive secretarial Course at Unioeste – campus of Toledo, aimed mainly to organize, classify and codify the stock materials at SEMAE - Municipal services of water and sewerage system from the city of Mercedes/Paraná in order to control the entry and exit of the items diminishing the costs to know precisely the quantity of the materials in stock. This work still aimed to show the administration importance of the materials to the department stock and also the ABC analysis. Being done a classification of the items it was possible to realize which items deserve a major attention and treatment in relation to their administration. By applying the acquired knowledge throughout the course of Executive Secretariat in order to reach the goal it was used the diagnostic research to explore the environment to define the existing problems distinguishing the failure at the stock. Then, a bibliographic research was held to understand the dynamic of stock management to be aware of this topic. The technique of observation was held to diagnose the problem and to present solutions to this the proposition of plans was also used. After observing and collecting data at the stock the participating observation technique was employed. Then the qualitative research was also employed to analyze data inductively to apply the stock management. Finally the training development succeeded achieving many improvements to this department. Key-words: Materials management. Stock control. Stock planning. RESUMEN Esto trabajo de prácticas supervisadas del curso de Secretariado Ejecutivo – Campus de Toledo, tuvo como objetivo principal organizar, clasificar y codificar los materiales en el estoque del SEMAE – Servicio Municipal de Agua y Agoto del Municipio de Mercedes/Paraná, a fin de controlar las entradas y salidas de los ítems, disminuir los costos y saber con más precisión la cantidad de materiales existentes en estoque. Esto trabajo tuvo, aún, como objetivo, mostrar la importancia de la administración de materiales para el estoque del Departamento y también la importancia del análisis ABC, siendo hecho una clasificación de los ítems y por medio de ella se puedo percibir cuáles ítems merecen mayor atención y tratamiento cuanto a su administración. Por medio de la aplicación de los conocimientos adquiridos en el transcurrir del curso de Secretariado Ejecutivo, y, para que los objetivos fueran alcanzados inicialmente se utilizó la investigación-diagnóstico en la cual fue explorado el ambiente para definir los problemas existentes y se puede percibir que existían puntos fallos en el estoque. Enseguida, fue realizada la investigación bibliográfica, para entender la dinámica de la gestión de estoque y para profundizarse más sobre el tema tratado. Para diagnosticar el problema se utilizó de la técnica de observación y para presentar soluciones para el problema diagnosticado, se utilizó de la proposición de planes. Después de la observación del estoque y el levantamiento de los datos, se usó la técnica de observación participativa. Para finalizar, se utilizó la investigación cualitativa analizándose los datos inductivamente y colocando en práctica la gestión de estoque. Por fin, se constató que el desarrollo de las prácticas fue realizado con éxito y proporcionó muchas mejorías para el Departamento. Palabras-llave: Administración de materiales. Control de estoque. Planificación de estoque. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 9 2 OBJETIVOS ................................................................................................. 11 2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 11 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 11 3 JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 12 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 14 4.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ............................................................. 14 4.2 ESTOQUES ................................................................................................. 15 4.2.1 Controle de estoques ................................................................................... 17 4.2.2 Informatização para controle de estoques ................................................... 18 4.2.3 Método de classificação ABC....................................................................... 20 4.3 GESTÃO DE ESTOQUES ........................................................................... 21 4.3.1 Estoques de segurança................................................................................ 23 4.3.2 Classificação e codificação de materiais ...................................................... 24 4.3.3 Tempo de reposição e ponto de pedido ....................................................... 27 4.3.4 Estoque máximo .......................................................................................... 28 4.4 ALMOXARIFADO ......................................................................................... 29 4.4.1 Arranjo físico (Layout) .................................................................................. 30 5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................... 32 6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS ............................................................................................... 34 6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL ........................................................... 34 6.1.1 Caracterização e estrutura organizacional ................................................... 34 6.1.2 Histórico da organização .............................................................................. 36 6.1.3 Ambiente organizacional .............................................................................. 38 6.1.4 Operacionalização da organização .............................................................. 41 6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO ....................................................... 44 6.3 IMPLEMENTAÇÃO DO ESTÁGIO NA EMPRESA....................................... 46 6.3.1 Sugestões e recomendações ....................................................................... 50 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 52 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 54 APÊNDICES ................................................................................................ 57 ANEXOS ...................................................................................................... 73 9 1 INTRODUÇÃO As exigências do mercado atual determinam a importância de um gerenciamento de estoques nas empresas, utilizando para isso um sistema que ajude para que seu controle se torne eficaz. Assim, o objetivo da administração de estoques é duplo: ao mesmo tempo em que se deve manter níveis mais baixos possíveis os custos de estocagem, de encomenda e de recebimento de materiais; é necessário ter uma disponibilidade suficiente de materiais estocados para garantir a realização das operações. Nesse sentido, para uma empresa que possui vários itens em estoque, é importante saber os custos de cada item e sua relativa importância. De acordo com Dias (1997), a classificação ABC permite identificar aqueles itens que justificam maior atenção e tratamento quanto à sua administração. Pinheiro (2005) diz que alguns itens dentro do estoque podem ter uma grande quantidade física, mas pouco valor financeiramente. Outros itens, entretanto, podem ter pequena quantidade física, mas grande valor financeiro. Assim, o método ABC é uma ferramenta simples e eficaz para a classificação dos itens no estoque. A gestão de estoques está cada vez mais presente nas empresas ajudandoas a alcançarem melhores resultados, para tanto, a tecnologia contribui para que isso ocorra com maior rapidez, porém, é preciso ter organização e planejamento para obter os melhores resultados. No entanto, para obter agilidade é necessário coletar corretamente as informações e controlar as atividades funcionais dentro da organização. Assim, através da organização dos itens em estoque, o Departamento do SEMAE alcançará resultados com maior precisão, utilizando uma planilha no excel. Segundo Viana (2002), atingir um equilíbrio entre o estoque e o consumo é termo primordial nas empresas, para que isso ocorra é necessário implantar várias técnicas e rotinas fazendo com que todo o gerenciamento de materiais seja controlado para não ocorrerem falhas. Tendo em vista a importância da organização dos estoques para uma empresa, e devido ao fato de não haver o tratamento adequado quanto a isso no almoxarifado do SEMAE, uma vez que os materiais encontravam-se sem 10 classificação e identificação, constatou-se a necessidade de uma organização no estoque, para que, quando necessário, fossem encontrados com maior rapidez. Isso evitará a perda de tempo na localização dos materiais e maior precisão na hora de saber quando comprá-los, evitando que ocorra a falta do mesmo. Dessa forma, será criado uma planilha no excel que auxiliará no controle dos itens em estoque. Portanto, isso se torna viável para o Departamento em virtude de ser uma importante ferramenta para o controle do estoque, pois oferece informações necessárias, bem como possibilita a obtenção rápida e precisa das informações, reduzindo as incertezas durante o processo de reposição dos materiais. 11 2 2.1 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Organizar e implantar um sistema de gestão de estoques no Departamento do SEMAE – Serviço Municipal de Água e Esgoto. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) identificar e classificar os materiais existentes no estoque; b) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos; c) organizar o estoque; d) separar os itens por grau de importância; e) elaborar um método para organizar os materiais estocados a fim de controlar entradas e saídas; f) selecionar um software para o controle do estoque. 12 3 JUSTIFICATIVA Segundo Ballou (1995), o objetivo da administração de materiais é dispor o material certo, no local certo e em condições de uso para o menor custo possível. Para isso é necessário estabelecer níveis de estoque e a sua localização. Ballou (1995, p. 213) afirma que “o controle de estoques é uma questão de balancear os custos de manutenção de estoques, de aquisição e de faltas”. Para Dias (1997), a função da administração de estoques é elevar o efeito do feedback de vendas que não foram realizadas. Ou seja, a administração de estoques deve diminuir o capital investido em estoques, pois ele é caro e aumenta continuamente. Ainda de acordo com o autor, sem estoque é impossível uma empresa trabalhar, pois ele funciona como um dispositivo entre os processos desde a produção até a venda final do produto. De acordo com Camargo e Amarante (1999), a meta principal de qualquer empresa é aumentar o lucro sobre o capital investido em equipamentos, vendas e em estoques. Para isso, a empresa deve usar o capital para que ele não permaneça inativo. Segundo Martins e Laugeni (1999), a escolha de um melhor sistema de estocagem de uma empresa é feita de acordo com o espaço disponível, o número de itens em estoque e suas variedades como também a velocidade de giro, pois todo armazenamento de material gera determinados custos, tais como: depreciação, deteriorização, obsolescência, salários, conservação e outros. Diante das dificuldades que o Departamento do SEMAE tinha em controlar o estoque e identificar os itens de maior giro, foi feito primeiramente uma organização dos materiais e uma classificação e posteriormente uma codificação. Desta forma, cada item terá um código que permitirá controlar as entradas e saídas dos materiais e também saber a quantidade existente em estoque através de uma planilha feita no excel. Se a coleta de dados e o lançamento desses dados forem feitos de maneira adequada, esta planilha oferece muitas vantagens, pois através desta hà grande facilidade em atualizar o valor do estoque, possibilitando comparar o que se tem estocado e o que terá que comprar para evitar a falta de algum material. Martins (2004) diz que inventários devem ser realizados com frequência, para que não ocorram faltas e nem excessos de materiais, podendo imediatamente ser apontados 13 e corrigidos. Assim, através deste, poderá se saber onde cada item está localizado e quanto de cada item existe, ou ainda, se já está na hora de comprá-lo. Diante disso, percebeu-se a necessidade de organizar o estoque do SEMAE, pois o mesmo apresenta pontos falhos, tais como: falta de organização dos materiais estocados, ausência de inventários e de métodos para classificá-los de acordo com sua importância, entre outras coisas. Essa organização no almoxarifado do SEMAE possibilitará muitas melhorias para o bom funcionamento do estoque como: saber o total de itens existentes, facilidade na localização dos materiais, além de um ambiente mais agradável, associado a qualidade de vida no trabalho e produtividade, sendo aceita pela maioria dos administradores pois é uma associação imediata e positiva, gerando fatores como: maior disposição para o trabalho, melhoria do clima interno e maior comprometimento dos colaboradores. Diante das vantagens apontadas, este projeto justifica-se, pois minimizará o investimento em estoque sem prejudicar a prestação de serviços. Com isso, o SEMAE poderá operar com maior eficiência, gerando maior produtividade. 14 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A fundamentação teórica foi elaborada através de pesquisa e embasamento em várias bibliografias. Dessa forma, neste capítulo, apresentam-se conceitos em relação à administração de materiais, em seguida será abordado o tema estoques, no qual estão inseridos os assuntos: controle de estoques, informatização para o controle de estoques e método de classificação ABC. Posteriormente, serão abordados os temas gestão de estoques, estoques de segurança, classificação e codificação de materiais, tempo de reposição e ponto de pedido e estoque máximo e para finalizar, almoxarifado e arranjo físico. 4.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS Segundo Chiavenato (1991) o conceito de administração de materiais é o mais amplo de todos dentro da administração, pois envolve os fluxos de materiais, desde a programação de produtos, compras, armazenamento no almoxarifado, movimentação de materiais até o armazenamento de produtos acabados, envolvendo todas as funções relacionadas com os mesmos, desde sua chegada à empresa até sua saída direcionada aos clientes. Ou seja, consiste em ter os materiais necessários na quantidade, no local e no tempo certo à disposição para seus clientes. Ainda de acordo com o autor, a administração de materiais é fundamental para qualquer empresa que produza itens ou serviços de valor econômico, onde precisam ser adequadamente administrados. As quantidades devem ser planejadas e controladas para que não ocorram faltas paralisando a produção, nem excessos aumentando os custos desnecessariamente. Assim, sua administração visa abastecer, de modo contínuo, a empresa com o material necessário para suas atividades. Sua importância é melhor compreendida quando os itens necessários não estão disponíveis no instante em que se precisa para atender às necessidades de 15 produção ou operação. Uma boa administração significa coordenar a movimentação de materiais de acordo com as exigências da operação. De acordo com Ballou (1993), a administração torna-se reconhecida quando os produtos não estão disponíveis no momento que a produção ou o cliente necessita, porque assim sente-se a importância do estoque e de um almoxarifado organizado. A aplicação do controle de estoque visa fornecer elementos para verificar a quantidade de materiais, diminuir os gastos e organizar o local destinado à armazenagem. Um dos objetivos da administração é eliminar do estoque todos os itens que não tem rotatividade, por materiais com alta rotatividade, ou seja, tem como função principal o controle de produção e estoque, e também a distribuição dos mesmos. O que resulta na redução de custos e no aperfeiçoamento do desempenho da produção de uma organização quando executada adequadamente. Assim, é fundamental ter um almoxarifado adequado e um estoque definido para poder usá-lo, evitando que ocorra a falta de material necessário para a realização das tarefas. 4.2 ESTOQUES Estoque é a composição de materiais tais como: matérias primas, materiais em processamento, materiais semi-acabados e materiais acabados, que não são utilizados no mesmo instante pela empresa, mas que precisam existir em razão de futuras necessidades. Assim, o estoque constitui todo o sortimento de materiais que a empresa possui e utiliza no processo de produção de seus produtos e serviços. (CHIAVENATO, 1991). Os estoques constituem a relação entre os processos de compra e venda, desempenhando um papel importante na flexibilidade operacional da empresa. De acordo com Chiavenato (1991), os estoques tendem a oscilar sendo difícil controlálos, pois os materiais se transformam rapidamente através do processo produtivo, e a cada momento podem ser classificados de maneira diferentes. De um lado, quando o estoque é obtido para uso futuro, representa capital parado e passa a ser visto como um mal necessário, exigindo um grande esforço para controlar e reduzir 16 tal investimento. De outro lado, torna-se também difícil determinar qual é realmente o estoque mínimo e depender da confiabilidade dos fornecedores. Dessa maneira, os estoques não podem ser muito grandes, pois causa desperdício e capital parado, nem podem ser muito pequenos, pois podem ocorrer riscos de falta de materiais, consequentemente o não atendimento aos clientes. Para tanto, a empresa precisa conhecer seus estoques através do levantamento de dados e informações sobre os mesmos. A necessidade de uma empresa em relação ao estoque depende da estrutura e do nível desejado de serviço ao cliente. Segundo Bowersox e Closs (2001, p. 41), “o objetivo básico da gerência de estoque é obter máxima rotatividade, satisfazendo ao mesmo tempo os compromissos com o cliente”. Sendo assim a manutenção de estoque implica riscos de investimento e de possibilidade de obsolência. Visto como um recurso produtivo que no final da cadeia de suprimentos criará valor para o consumidor final, os estoques assumem papel ainda mais importante. Hoje todas as empresas procuram, de uma forma ou de outra a obtenção de uma vantagem competitiva em relação a seus concorrentes, e a oportunidade de atendê-los prontamente, no momento e na quantidade desejada, é grandemente facilitada com a administração eficaz dos estoques. (MARTINS, 2004, p. 133). Os estoques existem para que as empresas possam atender às necessidades dos clientes e também para amenizar o fluxo de mercadorias envolvidos no processo de produção. Sua principal razão de existir consiste na proteção contra as incertezas vindas dos fornecedores. De acordo com Ballou (1993), manter um nível mínimo de estoques torna-se necessário para a empresa. Contudo, a manutenção dos estoques causam custo de armazenagem e custo financeiro do investimento de capital de giro. Por isso, é necessário um processo de gestão eficiente dos mesmos. As vantagens apresentadas por Ballou (1993) em relação à correta gestão de estoques são: serviços de atendimento ao consumidor; os estoques agem como um dispositivo entre a demanda e o suprimento; podem proporcionar economia nas compras e protegem contra o aumento de preços e contingências, mas, para isso, é necessário um sistema logístico que proporcione respostas rápidas, pois as informações são essenciais para se ter essa eficiência. Para o bom funcionamento 17 da organização, portanto, é necessário um bom controle de estoques, assunto tratado a seguir. 4.2.1 Controle de estoques De acordo com Dias (1997), o estoque é necessário para que a empresa tenha um número mínimo de materiais, podendo ser: matéria prima, produtos em fabricação e produtos acabados. Sendo que, o setor de controle de estoque é responsável por acompanhar e controlar o nível de estoque e o investimento envolvido. Para organizar um setor de controle de estoques, inicialmente devem-se descrever suas principais funções que são: a) determinar “o quê” deve permanecer em estoque. Número de itens; b) determinar “quando” se deve reabastecer os estoques. Periodicidade; c) determinar “quanto” de estoque será necessário para um período pré-determinado; quantidade de compra; d) acionar o departamento de compras para executar a aquisição de estoque (comprar); e) receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades; f) controlar os estoques em termo de quantidade e valor e fornecer informações sobre a posição do estoque; g) manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados; e, h) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados. (DIAS, 1997, p. 25). De acordo com Dias (1997), vários aspectos dos estoques devem ser observados antes de montar um sistema de controle. Um deles refere-se aos diferentes tipos de estoque existentes. Outro diz respeito aos diferentes pontos de vista quanto ao nível adequado de estoque que deve ser mantido para atender as necessidades da empresa. Um terceiro ponto seria a relação entre o nível de estoque e o capital necessário envolvido. Segundo Ballou (1993), o controle de estoques exerce grande influência na rentabilidade da empresa, pois utiliza capital que poderia ser investido de outras maneiras. Ainda, através de um controle exato dos estoques, consegue-se analisar quando será necessário realizar um pedido para reposição de materiais, indicar 18 perda de material, conhecer a disponibilidade do material e o valor monetário do estoque e do custo de cada item. Dias (1997) afirma que uma das funções do sistema de controle de estoques é fornecer informações sobre a posição do estoque. Isso facilita o processo de gestão, reduz os tempos de ressuprimento, melhora da qualidade de atendimento ao cliente e oferece facilidades nas negociações entre fornecedores e empresa. Além desses benefícios, a confiabilidade das informações de um sistema de controle de estoques pode proporcionar a troca das mesmas e de tempos de ressuprimento com fornecedores, proporcionando um melhor gerenciamento. Para um adequado controle de estoques, é preciso identificar os produtos que entram e, os que saem do almoxarifado, saber onde colocá-los e de que forma, para que quando deles se precisar se saiba onde encontrá-los com maior facilidade. Esse controle serve, ainda, para verificar quando o material está acabando, quantas peças ainda existem, ou ainda, qual produto não precisará ser comprado, pois, pode ocorrer de várias peças que estão ali, já nem estejam mais em uso. Desta forma, torna-se necessário um controle de estoque definido e adequado, oferecendo conhecimento ao administrador, para que o mesmo possa tomar decisões em relação à situação de sua empresa. Portanto, “o objetivo básico do controle de estoque é evitar a falta de material, sem que esta diligência resulte em estoques excessivos às reais necessidades da empresa” (FERNANDES,1987, p. 61). Assim, para ter um melhor controle e maior rapidez, a informática veio como uma ferramenta essencial para contribuir para o controle dos estoques. 4.2.2 Informatização para controle de estoques O desempenho e a eficácia dos estoques podem ser aumentados e a incerteza reduzida, juntando-se as necessidades de informação (previsões, pedidos, composição de estoque) para toda a empresa. A importância do controle de estoques é que a empresa pode a qualquer hora saber a quantidade de mercadoria que tem. Sendo que, o acompanhamento dos materiais em estoque através de sistemas informatizados é essencial, principalmente em empresas que trabalham 19 com grande quantidade de itens, onde o controle manual pode não ser confiável e de difícil realização. Assim, as atividades resultantes do controle de estoque se aplicam as empresas como um sistema. Este sistema consiste em várias partes que quando conciliadas formam um todo e buscam alcançar determinados objetivos ou até mesmo realizar certas funções. Esse conjunto de procedimentos, recursos materiais, patrimoniais e humanos servem para controlar as informações em relação a quantidade de estoques. Sendo que, os sistemas de informação são aplicados para atender as necessidades da empresa. Portanto, estes sistemas precisam estar em conjunto com as atividades que a empresa exerce. A decisão sobre os melhores sistemas para a organização é avaliada diante de suas necessidades e readequada para isso. Através de sua utilização consegue-se agilizar o acesso às informações e melhorar os resultados em relação ao tempo e custo no processo de compra. Contudo, se a empresa não mantiver as informações disponíveis e atualizadas sobre os itens em estoque, o uso do sistema, perde sua agilidade e confiabilidade. Segundo Ballou (1993), um controle informatizado, além de proporcionar um melhor diagnóstico, contribui para a previsão de vendas, o que afeta as decisões de compras. A preocupação das empresas é que um sistema informatizado ofereça informações precisas sobre os estoques, eliminando possíveis erros de dados. Assim, os sistemas de controle de estoques consistem em coordenar o fluxo de entrada e saída de mercadorias. Para Pinheiro (2005) um sistema de controle de estoque para uma empresa deve levar em conta dentre várias coisas, os diferentes itens estocados, como também a importância de cada item no conjunto do estoque; para isso, faz-se necessário investir em um sistema para processar as informações podendo assim obter maior precisão no controle do mesmo. De acordo com Dias (1997), um sistema desde o planejamento da obtenção dos materiais até a colocação do material ao cliente final pode ser desenvolvido através de meio computadorizados, preocupando-se com fatores básicos para o dimensionamento dos estoques, que é quando repor os itens e não quanto comprar. Tendo isso em vista, Pinheiro (2005) diz que um sistema de controle de estoque que não seja informatizado, contribui desfavoravelmente para o levantamento dos dados necessários à tomada de decisão para reposição dos 20 estoques, pois leva muito tempo e pode não apresentar os estoques disponíveis em tempo hábil, bem como não apresentam confiabilidade suficiente em decorrência da possibilidade de erros quando da efetivação de seus registros. Dividir o estoque em classes facilita o controle do mesmo. Ballou (1993) afirma que uma das melhores maneiras de classificar os estoques é de acordo com a natureza de sua demanda. Quando há grande diversidade de materiais de alta rotatividade num estoque, pode-se usar um método de controle chamado ABC, obtendo-o através da ordenação dos itens conforme a sua relativa importância. 4.2.3 Método de classificação ABC Segundo Dias (1997) a curva ABC, também denominada Curva de Pareto, é um importante instrumento para o administrador. Ela permite identificar os itens que necessitam maior atenção e tratamento quanto à sua administração. Obtém-se a curva ABC através da ordenação dos itens conforme a sua importância. Ainda de acordo com o autor, a definição das classes A, B e C obedece apenas a critérios de bom senso dos controles a serem estabelecidos. Em geral são colocados, no máximo, 20% dos itens na classe A, 30% a classe B e os 50% restantes na classe C. Essas porcentagens poderão variar de empresa para empresa de acordo com as diferentes necessidades de tratamentos administrativos a serem aplicados. Para Ching (1999), o método ABC atende ao propósito de que cada produto deve ser classificado de acordo com seus requisitos antes de estabelecer uma política adequada de estoque. Para o autor, 20% dos itens são responsáveis por 80% do valor desse item. Assim, 20% dos clientes da empresa representam 80% das vendas realizadas, ou seja, 20% dos produtos são responsáveis por 80% das vendas de todos os produtos. Dias (1997) diz que os itens da classe A, são os itens mais importantes e que merecem uma atenção individualizada. Os itens da classe B são os itens em situação intermediária entre as classes A e C. Os itens da classe C são os itens menos importantes que justificam menor atenção por parte da administração. Ainda de acordo com o autor, de posse dos dados pode-se construir a curva ABC (APÊNDICE 5), sendo traçado um eixo cartesiano em que na abscissa é 21 registrado o número de itens e no eixo das ordenadas, são marcadas as somas relativas aos valores de consumo. A uniformidade desses dados é de grande relevância para as conclusões da curva, principalmente quando esses dados são numerosos. No entanto, a curva ABC pode apresentar comportamentos diferentes. Ela forma uma reta quando todos os itens têm o mesmo valor. Se os valores mais altos são de poucos itens, ocorre uma forte concentração. Na curva ABC o estoque é analisado de forma que o consumo seja confrontado com os valores, resultando no custo total gasto pela empresa e, após isso, são classificados de acordo com o grau de importância de cada item. Entretanto, de acordo com Martins (2004), quando uma empresa não considera a importância de cada item em relação à operação do sistema, este processo pode não ter seus resultados satisfatórios. Em um sistema produtivo, uma simples peça de baixo preço unitário e adquirida em pequenas quantidades, geralmente está classificada como um item da classe C. Apesar disso, esta peça pode ser fundamental no processo de produção e, se por ventura ocorra uma falha e falte essa peça, a realização de serviço poderá ser interrompida. 4.3 GESTÃO DE ESTOQUES A gestão de estoques é uma atividade conjunta com o gerenciamento da cadeia de suprimentos. De acordo com Viana (2002), a gestão é um conjunto de atividades que visa, através das políticas de estoques, ao pleno atendimento das necessidades da empresa, com a máxima eficiência e ao menor custo, através do maior giro possível para o capital investido em materiais. O objetivo fundamental da gestão de estoques consiste, essencialmente, no equilíbrio entre estoque e consumo, o que será obtido mediante as seguintes atribuições, regras e critérios: a) impedir a entrada de materiais desnecessários, mantendo em estoques somente os de real necessidade da empresa; b) centralizar as informações que possibilitem o permanente acompanhamento e planejamento das atividades de gestão; c) definir os parâmetros de cada material incorporado ao sistema de gestão de estoques, determinando níveis de estoque respectivo (máximo, mínimo e segurança); 22 d) determinar, para cada material, a quantidade de compras, por meios dos respectivos lotes econômicos e intervalos de parcelamento; e) analisar e acompanhar a evolução dos estoques da empresa; f) desenvolver e implantar política de padronização de materiais; g) ativar o setor de compras para que as encomendas referentes a materiais com variação nos consumos tenham suas entregas aceleradas, ou para programar encomendas em andamento, em face das necessidades da empresa; h) decidir sobre a regularização ou não de materiais entregue além da quantidade permitida, portanto em excesso; i) realizar frequentemente estudos, propondo alienação, para que os materiais obsoletos e inservíveis sejam retirados dos estoques. (VIANA, 2002, p. 117). Para Ching (1999), uma gestão de estoques refere-se ao planejamento do estoque, seu controle e seu feedback sobre o planejamento. O planejamento consiste na determinação dos valores que o estoque terá com o decorrer do tempo; o controle consiste no registro dos dados reais; e, o feedback na comparação dos dados de controle com os dados do planejamento. Para Wanke (2000), uma política de estoque depende de quatro questões: quanto e quando pedir materiais, quanto manter nos estoques de segurança e onde localizar. Cada uma dessas questões passa por diversas análises relacionadas ao valor agregado do produto, a previsibilidade de demanda e as exigências dos clientes em relação aos prazos de entrega e disponibilidade dos itens. Uma boa gestão de estoques consiste em manter no almoxarifado, materiais suficientes para o giro do negócio, evitando sobras ou falta de produtos. Consequentemente uma má gestão de estoques ocasionará a existência de sobras de materiais, gerando consequências graves, como: ocupação de espaço, aumento nos custos de armazenagem, risco de desvalorização do estoque (obsolência) e capital empatado, como, indisponibilidade de recursos para novos investimentos. A gestão de estoques visa, portanto, manter os recursos ociosos expressos pelo inventário, em equilíbrio ao nível econômico dos investimentos. E isto é obtido mantendo estoques mínimos, sem correr o risco de não tê-los em quantidades suficientes e necessárias para manter a produção e o consumo. Através da gestão de estoques o administrador pode verificar se os mesmos estão sendo bem utilizados, se estão bem localizados nos setores que deles se utilizam, se estão bem manuseados e bem controlados. Assim, se faz necessário um estoque mínimo, também chamado estoque de segurança, que é a quantidade mínima que deve existir em estoque. 23 4.3.1 Estoques de segurança Conhecer e medir as incertezas nos processos logísticos é o primeiro passo para uma boa política de gestão de estoques. A criação de indicadores advindas dessas incertezas é essencial para o correto dimensionamento dos estoques de segurança, garantindo o nível de serviço desejado ao menor custo total de operação (FONSECA E GUIMARÃES, 2004). Segundo Pozo (2001) o estoque de segurança ou estoque mínimo, é a quantidade mínima de materiais que precisa existir. Sua função é a de cobrir eventuais atrasos pelo fornecedor ou até mesmo um aumento na demanda de algum produto. Estes devem existir para minimizar as incertezas nos estoques. Pois, na hora de comprar os materiais se torna difícil identificar o tamanho deste estoque e a quantidade existente. No entanto, muitas empresas determinam de maneira errada seus estoques de segurança, pois não se baseiam em dados concretos. Consequentemente isso ocasiona custos desnecessários que poderiam ser evitados. De acordo com Viana (2002), quando o estoque de segurança é atingido pelo estoque em declínio, indica a condição crítica do material, desencadeando providências, como, por exemplo, a ativação das encomendas, objetivando evitar a ruptura do estoque. Sua quantidade é calculada em função do nível de atendimento fixado pela empresa, em função da importância operacional e do valor do material, além dos desvios entre os consumos estimados e os realizados e o prazo médio de reposição. A melhor forma é adotar um sistema de segurança que supra toda e qualquer variação do sistema, porém, isso implicará custo elevadíssimo e que a empresa poderá não suportar. Então, a solução é determinar um estoque de segurança que possa otimizar os recursos disponíveis e minimizar os custos envolvidos (POZO, 2001, p. 66). Pinheiro (2005) diz que através de um estoque de segurança, o sistema de revisão periódica atenta para a reposição do material em ciclos de tempos iguais ou períodos, e deve ser direcionado de forma que previna o consumo acima do normal e/ou os atrasos de entrega durante esse período e durante o tempo da reposição dos materiais. Alguns itens podem apresentar maior consumo do que outros, assim, 24 a revisão deverá ser realizada para cada item em particular. Neste sistema a quantidade pedida será a necessidade de demanda do próximo período. Segundo Bowersox e Closs (2001) estoques de segurança existem para diminuir as incertezas de demanda durante o prazo de ressuprimento. Eles impedem que ocorram problemas inesperados em alguma fase produtiva, interrompendo assim as atividades sucessivas de atendimento da demanda. O que ocorre geralmente nas empresas é um aumento no número de itens comprados, muitas vezes desnecessários, pois aumenta o tempo em que o material fica parado no estoque, levando a capital empatado. Para saber quais incertezas são relevantes para a definição de políticas de estoques e que custos elas estão gerando para a empresa, é preciso entender todo o processo logístico, desde o processo de requisição de um pedido até o atendimento ao cliente, passando pela produção de produtos acabados e aquisição de matérias primas. Assim, é possível definir indicadores referentes às incertezas do processo e quantificá-las. A finalidade dos estoques de segurança é, portanto, não afetar o processo produtivo e, principalmente, não ocasionar transtornos ao cliente por falta de material. Tendo isso em vista, as empresas devem manter estoques para que não haja falta de produtos, pois ocorrendo determinada falta, às vezes não é possível a substituição imediata de um item, podendo levar certo tempo até o material chegar ao local desejado. Por isso, as empresas precisam manter estoques e mantê-los bem organizados para não ocorrerem faltas como também estoques demasiados. De acordo com Araújo (1986, p. 211), “é imprescindível o bom controle dos estoques para se atingir a meta das boas aquisições de uma empresa”. 4.3.2 Classificação e codificação de materiais Um sistema de classificação é importante para qualquer departamento de materiais. Sem essa classificação é difícil existir um controle eficiente dos estoques, administrar a armazenagem correta dos materiais e obter uma operacionalização adequada no almoxarifado. 25 Para Viana (2002), grande parte do sucesso no gerenciamento de estoques depende fundamentalmente da classificação dos materiais, sendo que essa classificação pode servir também para identificar e definir prioridades. A classificação de um material serve para agrupá-lo de acordo com sua forma, peso, tipo, dimensão etc. Deve-se ter o cuidado para que essa classificação não seja confundida com outro material mesmo este sendo semelhante, assim a classificação deve ser feita para que cada material ocupe seu devido lugar. “Classificar material significa ordená-lo segundo critérios adotados, agrupando-o de acordo com a semelhança, sem, contudo causar confusão ou dispersão no espaço e alteração na qualidade” (DIAS, 1997, p. 177). Mesmo as pequenas empresas podem ter em estoque uma grande quantidade de itens diferentes. Por isso se torna essencial ter um processo de classificação que impeça a duplicação dos materiais e que permita através dessa classificação, que cada item seja localizado facilmente. De acordo com Viana (2002), para atender as necessidades de cada empresa, é necessária uma divisão que oriente as várias formas de classificação. Como existem vários tipos, a classificação deve ser analisada em conjunto, visando propiciar decisões e resultados que contribuam para diminuir os riscos de falta. Assim, “o objetivo da classificação de materiais é definir uma catalogação, simplificação, especificação, normalização, padronização e codificação de todos os materiais componentes do estoque na empresa” (DIAS, 1997, p. 176). A simplificação de um material significa reduzir a quantidade de um item utilizado para o mesmo fim. Com isso, favorece a normalização, diminuindo as despesas e evitando que o material oscile. Junto com a simplificação é necessária a especificação do material que é uma descrição bem detalhada possibilitando que o consumidor e/ou fornecedor entenda melhor qual o tipo de material requisitado, visto que da especificação depende o ressuprimento necessário às atividades da empresa. A normalização é a forma que devem ser utilizados os materiais para suas diversas finalidades e a padronização e a identificação dos materiais, para que tanto os usuários como no almoxarifado possam atender e requisitar um material quando necessário. A padronização é aplicada também no caso de peso, medida e formato. Após a realização da classificação pode ser feito a codificação, esta realizada através de números ou letras, representando todas as informações 26 necessárias com base na classificação obtida do material. Assim, de acordo com Viana (2002), a codificação nada mais é do que uma variação da classificação de materiais. A partir de uma análise dos materiais da empresa, o objetivo da codificação é “propiciar aos envolvidos a solicitação de materiais por seu código, em lugar do nome habitual, e possibilitar a utilização de sistemas automatizados de controle” (VIANA, 2002, p. 94). Ainda de acordo com o autor, os sistemas automatizados de controle objetivam facilitar a comunicação interna na empresa em relação a materiais e compras, evitar a duplicidade de itens no estoque, facilitar a padronização de materiais e o controle contábil dos estoques. Segundo Dias (1997), uma codificação representativa deve ser utilizada para uma perfeita localização dos materiais em cada local no almoxarifado. Um conjunto de códigos deve indicar o posicionamento de cada material no estoque, facilitando assim as operações de movimentação, inventário, etc. Para Viana (2002), uma codificação é boa quando a simples visualização do código por aqueles que o manuseiam permite identificar, de modo geral, o material. Para Dias (1997), os sistemas de codificação mais utilizados são: o alfabético, alfanumérico, numérico ou decimal e código de barras. No sistema alfabético o material é codificado através de letras, sendo utilizado um conjunto de letras suficientes para preencher toda a identificação do material. Pelo seu limite com relação a quantidade de itens e de difícil memorização, este sistema está caindo em desuso. O sistema alfanumérico é uma combinação de letras e números e permite um número de itens em estoque superior ao sistema alfabético. Normalmente é dividido em grupos e classes. O sistema decimal é o mais utilizado pelas empresas, pois possibilita maiores informações de cada item em estoque. De acordo com Viana (2002), esse tipo de codificação divide os materiais em grandes grupos, numerando-os de 01 a 99. Após isso são divididos em subclasses, numerando-os de 001 a 999. Cada material é classificado sob títulos gerais, relacionados com suas características. E cada um dos títulos de classificação geral é submetido a uma nova divisão que individualiza os materiais. 27 O código de barras, de acordo com Viana (2002), pode ser usado para aprimorar qualquer processo que envolva controle de mercadorias. Esse sistema também é ideal para operações com grande número de itens. Ainda segundo Viana (2002), as principais vantagens desse sistema são: rapidez; economia; aplicação no armazenamento; financeiras; dispensa de etiquetação de cada produto com o preço; operações de descontos sobre determinados itens ou promoções. Assim, o código de barras tem aplicações muito viáveis, pois através do armazenamento de dados em um computador, o leitor do código de barras pode reconhecer o material sem a necessidade de digitá-lo. Isso torna o processo mais ágil, pois com uma rápida leitura do código de barras, o estoque estará visível instantaneamente a partir do momento em que chega a entrega e poderá ser feita imediatamente a reconciliação com o pedido. O resultado final deste processo é eficaz refletindo num estoque sempre atualizado e, desta forma, evita problemas com a falta de estoque. Cada empresa possui um método para classificar e codificar seus materiais, no entanto, o mais importante é que o método utilizado possa melhorar a qualidade, trazendo mais agilidade no processo de manuseio dos materiais estocados. 4.3.3 Tempo de reposição e ponto de pedido Segundo Dias (1997), uma das informações essenciais para poder calcular o estoque mínimo é o tempo de reposição, ou seja, é o tempo que foi gasto desde a verificação do estoque que precisa ser reposto até a chegada do material no almoxarifado. Esse tempo de acordo com Dias (1997) pode ser dividido em três partes: a) emissão do pedido: é o tempo desde o pedido de uma compra até chegar no fornecedor; b) preparação do pedido: é o tempo que o fornecedor leva para fabricar e separar os produtos, emitir o faturamento e colocá-los em condições para o transporte; 28 c) transporte: é o tempo desde a saída do fornecedor até o recebimento dos produtos pela empresa. De acordo com Pascoal (2008) em razão da existência de materiais que o tempo de reposição não pode ser determinado com certeza, o mesmo deve ser realizado de forma mais realista possível, pois as variações que ocorrem durante esse tempo podem mudar toda a estrutura do sistema de estoques. No entanto, Dias (1997) afirma que determinado material precisa ser reposto quando o estoque atingiu o ponto de pedido, isto é, quando o estoque desse material estiver abaixo ou igual à certa quantidade, chamado de ponto de pedido. Esse estoque disponível normalmente é chamado de estoque virtual, ou seja: estoque virtual = estoque físico + saldo de fornecimento. Assim, Pascoal (2008) diz que deve-se fazer uma nova reposição do estoque, quando o estoque virtual estiver abaixo ou igual à determinada quantidade predeterminada, como adequado que é o ponto de ressuprimento ou ponto de pedido. Ainda de acordo com a autora, para realizar o cálculo do estoque disponível, deve-se considerar: o estoque existente, os fornecimentos em atraso e, os fornecimentos em aberto. O ponto de pedido é representado pelo saldo do item em estoque, quantidade de reposição até a entrada de um novo ressuprimento no almoxarifado, pode ser determinado pela seguinte fórmula: PP = C x TR x E.Mn, onde: PP = ponto de pedido; C = consumo médio mensal; TR = tempo de reposição; E.Mn = estoque mínimo (DIAS, 1997, p. 59). Portanto, o ponto de pedido é um indicador, e quando o estoque virtual alcançá-lo, deverá ser reposto o material, sendo que a quantidade existente no saldo seja suficiente para suportar o consumo durante o tempo de reposição. 4.3.4 Estoque máximo Segundo Dias (1997), o estoque máximo é igual à soma do estoque mínimo mais o lote de compra, representado pela seguinte fórmula: E. Mx = E. Mn + lote de compra. 29 Ainda de acordo com o autor, esse lote de compra pode ser econômico ou não, pois no processo entre a compra e o consumo, o estoque irá alterar entre os limites máximos e mínimos ou, sempre que um dos dois limites variarem. Segundo Viana (2002), a finalidade principal do estoque máximo é indicar a quantidade de ressuprimento, por meio da análise do estoque virtual. O estoque máximo ainda poderá sofrer limitações em relação ao espaço para seu armazenamento. Podendo diminuir o tamanho do lote e o estoque mínimo, quando a falta de material tornar-se maior, evitando assim, a paralisação da produção ou a execução de uma tarefa por falta de estoque. Portanto, estoque máximo é a quantidade máxima de mercadoria que a empresa deve estocar, procurando evitar custos desnecessários para a empresa. 4.4 ALMOXARIFADO “O almoxarifado se incube de armazenar os materiais iniciais, como as matérias primas e outros materiais adquiridos de terceiros” (CHIAVENATO, 1991, p. 116). Segundo Araújo (1986), a missão de um almoxarifado é servir como reservatório, guardando na medida do possível, temporariamente os produtos. Sua organização dependerá deste caráter transitório, no sentido de proporcionar maior facilidade na entrada e saída dos produtos, para que o seu período seja o mais breve possível e para que o estoque se torne suficiente para as necessidades normais. Ainda de acordo com o autor, o almoxarifado é o intermediário entre a matéria prima e o produto, bem como os clientes que vão receber o produto pronto. Um perfeito controle realizado pelo almoxarifado é uma das causas de sua eficiência e importância. Segundo Araújo (1986), ao estabelecer sistemas de controle visa-se obter várias informações como: quantidade de material na data considerada; última aquisição e preço; nome e endereço do fornecedor; preço médio; cálculos sobre o estoque em relação ao consumo; dados de consumo; entre outras. 30 Para armazenar corretamente os materiais no almoxarifado deve-se ter cuidados especiais, através de um sistema de instalação e layout adequado, proporcionando condições físicas ideais e preservando a qualidade dos materiais, buscando uma melhor ocupação e arrumação do lugar. Pois, o almoxarifado é o intermediário entre a empresa e o cliente e deve estar sempre bem organizado para que não ocorra a falta de material e para que não se compre material em excesso. As empresas que têm um almoxarifado bem organizado e um controle dos itens sabem com exatidão os materiais que lá se encontram, possibilitando saber o período que é necessário realizar uma nova compra e quanto material é preciso comprar. Percebe-se que algumas medidas são fáceis de serem executadas para manter o controle no almoxarifado, mas exigem um layout adequado. A empresa que possui um almoxarifado bem estruturado e controle sobre seus estoques obtém com maior precisão a quantidade de materiais estocados, gerando benefícios a empresa e ao cliente. 4.4.1 Arranjo físico (Layout) O arranjo físico é a disposição física dos equipamentos e materiais de forma adequada em relação ao processo produtivo, planejando o espaço físico a ser ocupado e utilizado. Para Chiavenato (1991), significa a colocação dos diversos produtos para proporcionar a produção de produtos e/ou serviços. O objetivo do layout é disponibilizar cada item em seu lugar, para que este não atrapalhe e nem ocupe espaço em excesso, podendo assim ser dividido com outro produto, mas, é necessário efetuar a coleta das características dos produtos e instalações. Tendo isso em vista, e de acordo com Martins e Laugeni (1999), são necessárias as seguintes informações: especificação do produto, suas características, a quantidade, a sequência de montagem, o espaço necessário para cada item (incluindo espaço para o operador se movimentar), e informação sobre o recebimento e estocagem de matérias primas. 31 O layout adequado proporciona melhor utilização da área disponível da empresa, tornando o fluxo de trabalho eficiente e reduzindo custos. Para que exista uma boa estruturação, é necessário que haja uma perfeita limpeza, uma boa iluminação e ventilação, e um local apropriado que seja destinado somente aos produtos. Através do layout do almoxarifado adequado, a qualidade dos serviços tende a aumentar, influenciando melhor produtividade e gerenciamento dos estoques. A realização de uma operação eficiente e efetiva de armazenagem depende muito da existência de um bom layout, que determina, tipicamente, o grau de acesso ao material, os modelos de fluxo de material, os locais de áreas obstruídas, a eficiência da mão-de-obra e a segurança do pessoal e do armazém (VIANA, 2002, p. 309). Enfim, o layout está relacionado ao estoque, onde cada item será colocado, é o espaço que este ocupará. É através dele que se poderá saber, por exemplo, se haverá necessidade de ter que aumentar a estrutura destinada ao estoque. 32 5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para Lakatos e Marconi (1995), a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. Significa muito mais do que apenas procurar a verdade, é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos. Segundo Ferrari (1982, p. 20), “metodologia é um procedimento racional arbitrário de como atingir determinado resultado. É a forma de proceder ao longo de um caminho”. A metodologia é a explicação minuciosa e detalhada de toda ação desenvolvida no caminho do trabalho de pesquisa. Para que fossem atingidos os objetivos mencionados para obter um melhor controle nos estoques no almoxarifado do SEMAE, inicialmente partiu-se para a pesquisa-diagnóstico, na qual explorou-se o ambiente para definir os problemas existentes. Em seguida foi realizada a pesquisa bibliográfica, pois se utilizou de dados teóricos para explicar o problema em questão a partir de referências teóricas. De acordo com Gil (1996, p. 48), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Visto que o problema apresentado no almoxarifado do SEMAE é o de falta de um controle de estoques adequado, fez-se o uso da proposição de planos, no qual o foco está em apresentar soluções para o problema já diagnosticado. Para diagnosticar o problema, utilizou-se a técnica de observação que de acordo com Lakatos e Marconi (1991, p. 144), “é uma fonte rica para a construção de hipóteses realizada dos fatos ou da correlação existente entre eles. As hipóteses terão a função de comprovar ou não essas relações e explicá-las”. De posse dos dados coletados analisou-se a real situação dos materiais. Assim constatou-se a existência de falhas que impediam o adequado funcionamento do estoque. Para isso, utilizou-se a técnica de observação participativa, que segundo Lakatos e Marconi (1991) consiste na participação real do pesquisador com o grupo, sendo feito uma observação do estoque atual, a partir de um levantamento de dados. Através do conhecimento do setor e de seu funcionamento, realizou-se uma coleta de informações sobre os materiais existentes no estoque, dentre outras 33 coisas, verificou-se o estado de conservação dos itens e fez-se uma classificação e codificação dos materiais. Por fim, a abordagem de pesquisa utilizada será a qualitativa através de análise de documentos, visto que ela tem como objetivo situações complexas ou particulares. Para Roesch (1999) “a pesquisa qualitativa e seus métodos de coleta e análise de dados são apropriados para uma fase exploratória da pesquisa”. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave. Ele analisa seus dados indutivamente, sendo que o processo e seu significado são os focos principais da abordagem. Segundo Oliveira (1998), as pesquisas que se utilizam da abordagem qualitativa possuem a facilidade de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos e apresentar contribuições no processo de mudança. Assim, a partir dessa técnica de pesquisa e de um levantamento das reais condições que se encontram os materiais no almoxarifado, será definido um ou mais métodos a serem adotados para o bom funcionamento do mesmo. 34 6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS Neste capítulo será apresentado o diagnóstico organizacional do Departamento do SEMAE relatado antes da proposta de estágio. Também será abordado sobre a operacionalização e implementação do estágio pelo qual, através da avaliação e interpretação dos dados, identificou-se a problemática existente no estoque e após feito esse levantamento procurou-se apresentar as contribuições práticas que o estágio proporcionou para o Departamento. 6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL 6.1.1 Caracterização e estrutura organizacional O estágio foi realizado especificamente no SEMAE - Sistema Municipal de Água e Esgoto de Mercedes. Está situado à rua Dr. Osvaldo Cruz, 555, Centro. É um Departamento vinculado a Secretaria de Viação, Obras e Serviços Públicos junto a Prefeitura deste Município. Seu ramo de atividade é a prestação de serviço de água potável. Atua especificamente na cidade de Mercedes, região Oeste do Estado do Paraná. Por se tratar de prestação de serviço público, não possui mercado concorrente. O SEMAE tem a seguinte estrutura organizacional, representada no organograma abaixo: 35 Diretoria Executiva Divisão de controle, Divisão de faturamento e Divisão de manutenção e análise e pesquisa emissão de faturas ampliação da rede de água e esgoto Figura 1 - Organograma do SEMAE Fonte: Dados da empresa (2009) As atribuições e competências do Departamento do SEMAE estão dispostas no Decreto n° 034/2006, que aprova, além destas, o regimento do Departamento de água e esgoto (MERCEDES, 2006). A estrutura organizacional do SEMAE é composta pela diretoria executiva, divisão de controle, análise e pesquisa, divisão de faturamento e emissão de faturas e divisão de manutenção e ampliação da rede de água e esgoto, especificados a seguir: a) diretoria executiva: assessorar o Prefeito nos assuntos pertinentes a área de atuação do Departamento; dirigir, orientar, controlar e fiscalizar os trabalhos do Departamento; aplicar as sanções cabíveis, havendo expressa autorização legal, no caso de infração cometida por servidor sob sua direção; zelar e diligenciar pelo atendimento das normas técnicas relativas ao desempenho das atividades do Departamento; promover e colaborar com as políticas públicas de saneamento básico e qualidade da água, juntamente com órgãos da administração pública direta ou indireta; b) divisão de controle, análise e pesquisas: efetuar estudos e pesquisas objetivando o aperfeiçoamento dos serviços de água e esgoto, bem como das instalações e equipamentos utilizados; reunir e organizar dados técnicos e científicos relacionados as atividades do Departamento; inspecionar as dosagens de tratamento químico da água; coordenar a limpeza periódica das casas de tratamento de água; 36 programar a limpeza dos reservatórios e caixas elevadas; prestar as informações requisitadas pelo Diretor do Departamento; c) divisão de faturamento e emissão de faturas: organizar e manter atualizado cadastro das unidades consumidoras; realizar o atendimento ao consumidor; acompanhar a arrecadação do montante devido pelos usuários; manter registro do consumo de água possibilitando a realização de estudos e estatísticas; manter histórico de cada unidade consumidora; receber as solicitações de ligação de imóvel à rede de abastecimento de água, assim como, de desligamento e religação de unidade consumidora; receber as solicitações de alteração de categoria da unidade consumidora, adotando as medidas cabíveis; notificar os consumidores inadimplentes e requisitar a suspensão do fornecimento de água, caso necessária; também controlar estoques, função está que será abordada nesse estágio; d) divisão de manutenção e ampliação da rede de água e esgoto: proceder a ligação, desligamento e religação de unidade consumidora à rede de abastecimento de água e tratamento de esgoto; proceder à suspensão do fornecimento de água; proceder à substituição de hidrômetros; realizar qualquer outro serviço relativo aos serviços de abastecimento de água ou tratamento de esgoto (MERCEDES, 2006). 6.1.2 Histórico da organização Considerando que o SEMAE faz parte da estrutura administrativa do Município, justifica-se o histórico referente à criação do Município de Mercedes. Sua criação ocorreu em 25 de julho de 1960, assim, nesse ano, Mercedes passa a ser um distrito do recém-formado Município de Marechal Cândido Rondon. O Município de Marechal Cândido Rondon busca ao longo das administrações estruturar o distrito de Mercedes, com instalações de infra-estrutura à população que ali residia como energia elétrica, telefonia, rede de água, escolas, hospital e demais obras e serviços necessários para a localidade. Estes dados revelam que o distrito foi ampliando sua infra-estrutura, buscando o desenvolvimento 37 regional pautado na modernização da agricultura e no crescimento urbano. Esse desenvolvimento foi criando condições e anseios de emancipação política do distrito de Mercedes. Assim, em 1990, Mercedes desmembrou-se do Município de Marechal Cândido Rondon, sendo oficialmente criado em 13 de setembro de 1991 e instalado no dia 1° de janeiro de 1993. No entanto, mesmo com a emancipação do Município de Mercedes, o sistema de água continuou sendo administrado pelo SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto que é uma autarquia do Município de Marechal Cândido Rondon, criado pela lei n° 223/66, de 19 de agosto de 1966 (SAAE, 2009). Em 2005, ao quarto mandato administrativo do Município, iniciou-se um estudo de viabilização de administração própria do sistema de água, o qual se concretiza a partir de maio de 2006, implantado como um Departamento da Secretaria de Viação, Obras e Serviços Públicos na estrutura administrativa do Município, denominado Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE). No início da administração, o SEMAE atendia aproximadamente 800 famílias com o sistema de água potável, hoje, decorrido três anos de administração própria, ampliou-se para 1.220 famílias, contando atualmente com sete funcionários, dos quais três são concursados e os outros quatro possuem cargos comissionados. O SEMAE conta com cinco sistemas distintos de Abastecimento de Água potável, que estão localizadas na Sede e nos Distritos do Município: Novo Rio do Sul, Sanga Forquilha, Arroio Guaçú e Três Irmãs. Os recursos financeiros provenientes do Sistema de água, através das receitas vindas diretamente do consumo de água, das ligações e religações, multas e juros, é direcionado totalmente ao departamento, o qual se destina exclusivamente na infra-estrutura do mesmo. Sendo usado para melhorar e ampliar as redes de água, atendendo melhor à população e beneficiando mais famílias com água potável. Em função das Águas do SEMAE serem de mananciais subterrâneos, as mesmas são classificadas como classe Especial pela Resolução do CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente, n° 57/2005, necessitando para ser consumida, apenas, de simples desinfecção (SEDU,2009). Portanto, o tratamento da água distribuída para os consumidores de água do SEMAE se resume em: adição 38 de cloro para prevenir possíveis contaminações bacteriológicas do manancial ou que possam adentrar ao longo da rede de distribuição. As coletas de água são realizadas semanalmente em pontos estratégicos dos cinco sistemas existentes no SEMAE, após a realização das coletas, o material é levado para o laboratório do SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto do Município de Marechal Cândido Rondon. Se houver contaminação em algum ponto, se faz a coleta novamente em um ponto antes e em um ponto depois do local onde houve a contaminação. Depois de realizado as análises, os laudos são enviados para o Departamento do SEMAE. Os mesmos são analisados pela responsável técnica do Departamento e um resumo dos resultados é informado no verso das faturas de água, também são fixados os resultados no mural do Paço Municipal, bem como no principal jornal de circulação do Município. A água é tratada e fornecida à população pelo SEMAE, dentro dos padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria 518/GM do Ministério da Saúde, com o objetivo de oferecer à população uma água tratada e de boa qualidade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009). 6.1.3 Ambiente organizacional Há uma série de fatores que influenciam o desenvolvimento do SEMAE, entre eles estão o clima e a migração. O clima na região oeste é subtropical úmido mesotérmico, possui tendência de concentração das chuvas, sem estação seca definida predominantemente na região, sendo, portanto, o fator climático de grande relevância para o SEMAE, pois como a região não possui uma estação seca definida, não ocorre a falta de água e, assim, não se faz necessário o racionamento de água à população. Outro fator que reflete positivamente para o SEMAE é a migração. A vinda de pessoas de outras regiões é muito grande, o que tem aumentado consideravelmente o número de habitantes no Município que possui 4.713 mil habitantes dos quais 23,1% vivem no perímetro urbano e 76,9% concentram-se na zona rural (IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2007). O número de habitantes interage e muito com o funcionamento do SEMAE, portanto, todos 39 esses são fatores que contribuem para a sustentabilidade e crescimento do Sistema de água. Pois com o aumento da população, aumenta também a demanda e pedidos de novas ligações, além de aumentar o faturamento, aumenta também, o número de famílias recebendo água potável. A região Oeste do Paraná é extremamente agrícola, onde especificamente na cidade de Mercedes, a maioria da população concentra-se na zona rural, sendo, portanto, a agricultura e a pecuária as bases da economia do Município com a produção de soja, milho, trigo, mandioca, fumo, suinocultura e criação de bovinos com grande produção de leite. A agricultura é a grande vilã da poluição das águas com metais pesados derivados do uso de agrotóxicos, sendo que o uso de defensivos agrícolas está intimamente ligado à poluição das águas e à deteriorização do solo, as práticas agrícolas inadequadas levam à perda da camada fértil do solo, que depois é corrigido com componentes químicos. Esse processo é intenso principalmente nos cultivos de soja e milho. Depois da aplicação dos agrotóxicos, a primeira chuva leva a descarga química para os rios, poluindo as águas. Preocupado com essa poluição, o SEMAE realiza o monitoramento através de coletas e análises de água, semanalmente. Assim, o SEMAE busca atender uma demanda maior da sociedade com água potável diminuindo, portanto, o consumo de água não tratada. A água é um dos recursos naturais fundamentais para as diferentes atividades humanas e para a vida de uma forma geral. O Brasil detém 13% das reservas de água doce do Planeta, que são de apenas 3%. Esta visão de abundância favoreceu o desenvolvimento de uma consciência de inesgotabilidade e sem a devida preocupação com a escassez. A elevada taxa de desperdício de água no Brasil, chega a 70%, comprovando essa despreocupação. Preocupado com a inesgotabilidade e em relação ao mau uso da água existente no Município, sendo comprovado através de visitas técnicas às residências, onde se percebe o desperdício e o uso indevido da água com relação aos consumidores principalmente nos meses de estiagem, o SEMAE realiza semestralmente a medição nos poços e captações de água, onde através de gráficos, analisa o volume do nível da água. Em relação à tecnologia, a mesma passou a fazer parte da comunicação humana, assim como, passou a participar da maioria das atividades desenvolvidas pela humanidade ao longo de seu desenvolvimento. Tendo isso em vista, o SEMAE 40 utiliza da tecnologia, associando à transmissão da informação e de dados, que contribui para o processo de comunicação que o SEMAE necessita, para o envio de arquivos para o Estado de Santa Catarina, onde é feita a impressão das faturas de água. Também está em fase de implantação, um novo sistema de operacionalização dos dados, com mais melhorias e informações, incluindo o código de barras nas faturas, que até então não existe, assim contribuindo para maior precisão nas faturas. A localização geográfica do Município não é totalmente favorável para atender a demanda do SEMAE, pois para chegar a determinadas localidades que apresentam escassez de água, os investimentos necessários são de grande vulto, e os mesmos dependem da liberação de verbas, através de esferas Estadual e Federal. Este ato implica em certa demora, pois o mesmo depende da assinatura de convênio, adequação do mesmo no orçamento do Município e de processos licitatórios. Portanto, o departamento é uma estrutura dependente do Município, tanto na legislação, como em processos licitatórios e aquisições de materiais e equipamentos. De acordo com as legislações, o SEMAE segue as normas exigidas pelo Ministério da Saúde, através da Portaria n° 518/GM, que estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Também, através da Suderhsa/IAP que o SEMAE atua, pois qualquer interferência que se pretenda realizar na quantidade ou na qualidade das águas é necessária autorização do Poder Público. Um exemplo é a Outorga que é um ato administrativo mediante o qual o Poder Público faculta ao outorgado o uso de recursos hídricos, por prazo determinado, nos termos e nas condições expressas no respectivo ato (SUDERHSA, IAP, 2009) 41 6.1.4 Operacionalização da organização O SEMAE possui uma cultura organizacional norteada pelos seguintes valores: equidade, honestidade, transparência, democracia, sustentabilidade e responsabilidade social. Sua missão é planejar, coordenar, executar e manter os serviços de água potável e de esgoto sanitário no Município, através da prestação de serviços com qualidade, atuando de forma socialmente responsável. A preocupação com as questões educacionais e ambientais do Município é grande, para isso o SEMAE possui alguns projetos, dentre eles o de reflorestamento com árvores nativas, nas minas e poços de água, que é uma parceria com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, com a Secretaria de Educação e com as escolas municipais e estaduais do Município, sempre visando à preservação da água. Também faz anualmente a distribuição de materiais explicativos, com recomendações de como utilizar e de como cuidar desse bem tão precioso, conscientizando à população a preservar os mananciais e as fontes existentes. Preocupado em se manter atualizado em termos de tecnologia, foi adquirido um novo equipamento para a coleta de dados, operacionalizado por um computador de mão (Pocket) e incorporado ao trabalho diário dos funcionários. Isso é um exemplo de que o SEMAE utiliza a tecnologia em benefício de seus colaboradores. Pois esse equipamento tornou o trabalho dos funcionários mais ágil, podendo assim designar o tempo a mais para atender à população, e econômico, buscando não substituir a mão de obra, mas sim, a redução de custos. Considerando que o Município, a partir de 2006, assumiu a administração do sistema de abastecimento de água de Mercedes, criando, para tanto, o Departamento de Água e Esgoto, foi necessário estipular a fixação dos preços relativos aos serviços de abastecimento de água potável, para a garantia e ampliação dos mesmos, fixando os preços dos serviços, bem como, o valor das multas e juros exigíveis em função de inadimplência ou infração das unidades consumidoras. De acordo com o Decreto n° 048/2006, o valor do serviço de abastecimento de água potável será fixado em razão da categoria a que pertence à unidade consumidora, conforme a seguinte classificação: 42 I urbana, categoria que abarca todas as residências situadas em perímetro urbano; II rural, categoria que abrange todas as propriedades rurais do Município, assim como as chácaras situadas em zona suburbana; III comercial, categoria que se compõe pelos diversos estabelecimentos comerciais existentes no Município; IV industrial, categoria composta pelos empreendimentos industriais (MERCEDES, 2006). Depois de fixado a categoria pertencente a cada unidade consumidora, a cobrança dos valores se dará por meio de fatura emitida pelo Departamento de Água e Esgoto, devendo as quantias devidas serem quitadas nos estabelecimentos credenciados pelo Município. Em relação ao sistema de remuneração o mesmo é de salários fixos, sem horas-extras ou qualquer tipo de compensação, realizado através de depósito bancário, efetuado no último dia útil de cada mês, sendo feita à emissão de holerites. Os salários variam de acordo com o cargo e função exercida. O processo de seleção é através de concurso público e cargo comissionado. O concurso público é regido e executado conforme legislação própria. É de caráter eliminatório e classificatório, e visa o provimento das vagas do Quadro de Pessoal. Os candidatos aprovados, através de prova escrita e prova de títulos, são convocados através de Edital de Convocação. Após a convocação passam por avaliações por um período de três anos, se aprovados, são efetivados. Os cargos comissionados (de confiança) são de escolha exclusivamente do Prefeito. Os funcionários concursados possuem plano de cargos e carreira, são avaliados constantemente por uma comissão de avaliação designada pelo Prefeito, sendo que a avaliação de desempenho objetiva: a) oportunizar a efetivação após estágio probatório; b) aprimorar o quadro funcional de forma a promover a melhoria dos serviços prestados à população; c) aferir e avaliar o desempenho do servidor ocupante de cargo de carreira; d) promover a adaptação do servidor ao trabalho, possibilitando seu desenvolvimento profissional. 43 O servidor ocupante do cargo será avaliado de acordo com os seguintes fatores: assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, responsabilidade e eficiência. Quanto ao aspecto do crescimento e do desenvolvimento dentro da organização, destaca-se que este somente é focado para os cargos exercidos por funcionários concursados, pois os mesmos possuem plano de cargos e carreira. O SEMAE possui uma escala hierárquica que deve ser seguida e respeitada. Em âmbito geral quem toma as decisões é o diretor, porém quando as decisões são de grande influência, ultrapassando o poder do mesmo, consulta-se o Prefeito ou o Chefe de Gabinete. Entretanto, em linhas gerais, o estilo gerencial adotado pelo SEMAE é o democrático. O diretor procura discutir os problemas e tomar as decisões em grupo, raramente isso é feito de forma individual, pois o mesmo estimula a participação dos colaboradores na tomada de decisão e na exposição de idéias, para que todos os funcionários se comuniquem e trabalhem em equipe. Os colaboradores são considerados responsáveis pelos serviços que executam e espera-se que estes demonstrem iniciativa, disciplina, organização, produtividade e cultivo de bons relacionamentos dentro e fora do departamento. Ainda assim, o diretor tem autonomia para tomar decisões que podem ou não refletir na opinião de seus colaboradores subordinados. De acordo com a gestão de qualidade, os colaboradores realizam reuniões mensais para discutirem as adversidades encontradas na área, facilitando assim tomada de decisões, no entanto, não existe um programa de qualidade definido. Outro aspecto relevante é o treinamento anual e a participação em encontros regionais sobre água, visando sempre à melhoria no atendimento e desenvolvimento dos serviços prestados pelo departamento aos seus munícipes. Quanto às condições de trabalho as mesmas são seguras, pois os funcionários utilizam de equipamentos obrigatórios para sua maior segurança e para o bom funcionamento da operação. O ambiente de trabalho é higienizado, as salas são iluminadas e os equipamentos são adequados, fatores que auxiliam na produtividade das tarefas diárias desenvolvidas pelos colaboradores. A relação entre funcionários é amigável, sem formalidades, o que torna o ambiente de trabalho ainda mais agradável, contribuindo também para a produtividade. 44 6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO Através do diagnóstico realizado no Departamento do SEMAE e do projeto de estágio, foi possível analisar os processos administrativos do mesmo. A partir dos dados coletados, verificou-se a existência de falhas em relação ao controle de materiais no estoque e percebeu-se a necessidade de uma organização geral dos itens (ANEXO 1). Outro problema encontrado com relação aos materiais do almoxarifado foi em relação à organização dos mesmos. Os materiais não possuíam qualquer identificação e estavam todos misturados (ANEXO 2). Com isso, além de dificultar sua localização também faz com que os funcionários necessitem de mais tempo na procura do material quando necessário. Também detectou-se que não existe uma pessoa responsável pelos materiais no almoxarifado. Todos os funcionários têm acesso aos materiais que lá se encontram. Assim como não existe uma pessoa responsável pelo almoxarifado, também não existe nenhum controle dos materiais. Por não existir nenhum sistema para controlar as entradas e saídas dos materiais, não se sabe quanto material tem em estoque ou quanto foi utilizado, nem se sabe com precisão a data para fazer uma nova encomenda. Isso gera transtornos, sendo que muitas são as vezes que ocorre a falta de material, pois o processo entre a encomenda do produto até seu destino final pode levar dias, causando assim certa demora na execução das tarefas, e em decorrência da falta de espaço no almoxarifado, não há como manter muitos itens em estoque. Para realizar esse controle, existe o sistema de requisição de material (ANEXO 8) sendo possível através desse, registrar manualmente e especificar os materiais que foram utilizados para a execução das tarefas. Porém, essas requisições acabam sendo guardadas dentro de pastas, não sendo feito nenhuma baixa dos itens do estoque, dessa forma, o controle se torna ineficaz. Quanto ao espaço físico, o almoxarifado não comporta a necessidade real dos materiais em estoque. As prateleiras não são suficientes para armazenar todos os itens. Com isso, alguns materiais são armazenados dentro de baldes plásticos e no chão (ANEXO 3). Materiais maiores como barras de cano (que totalizam até 6 metros cada), são armazenados em outro local, devido a carência de espaço 45 mencionada no almoxarifado. A consequência disso é que os materiais ficam em diferentes locais e no momento de sua utilização há uma demanda de maior tempo para sua localização. Segundo Viana (2002, p. 272), “o almoxarifado deverá possuir instalações adequadas, bem como recursos de movimentação e distribuição suficientes a um atendimento rápido e eficiente”. Além disso, notou-se a existência de itens obsoletos, danificados e sujos nas prateleiras (ANEXO 4) que acabam utilizando espaço que poderia ser usado para a guarda de outros itens mais importantes. Por se tratar de um órgão público, a compra de materiais é feita através de licitações e contratos. A licitação destina-se a garantir, avaliar e selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração. Na licitação para compra, a Administração especifica o material a ser adquirido, indicando, para isso, a qualidade e a quantidade a ser comprada, bem como as condições em que deseja adquirir. Em relação aos contratos, a vigência é de janeiro a dezembro de cada ano, podendo retirar junto aos fornecedores os materiais durante o ano conforme necessidade. Assim, no início de cada ano, é feito um relatório contendo a quantidade de materiais necessários que serão utilizados no decorrer do ano. Devido ao fato de não haver um sistema informatizado para controle dos materiais e não se saber a real demanda de anos anteriores faz-se uma suposição da totalidade dos materiais que terão que ser comprados para todo o ano. Os materiais de consumo utilizados no dia a dia como, conexões, cola, etc., as compras são feitas através da modalidade licitação convite. Que de acordo com Viana (2002, p. 255), “consiste na solicitação escrita a pelo menos três interessados no ramo do objeto, para que apresentem suas propostas, no prazo mínimo de cinco dias”. Assim, são enviados convites para três empresas do Município, onde o representante de cada empresa traz um envelope com o preço por escrito e a empresa que propor menor preço, ganha a licitação. Para a compra de materiais utilizados para a manutenção e ampliação das redes e para os produtos químicos, as compras são feitas através da modalidade pregão. Nesse processo, os representantes das empresas interessadas que estão presentes competem entre si dando lances, assim como na modalidade licitação convite a empresa que oferecer o menor preço vence a licitação. Para o pregão, a 46 divulgação é feita através do site da Prefeitura do Município e de publicação em jornal. 6.3 IMPLEMENTAÇÃO DO ESTÁGIO NA EMPRESA Conforme abordado anteriormente, o estoque do SEMAE encontrava-se sem qualquer identificação e codificação. Para isso, o primeiro procedimento utilizado foi a organização dos materiais. O processo adotado foi anotar cada item e sua quantidade em um caderno para depois lançá-los em uma planilha no excel e obter um controle eficaz para que quando necessário, saber a quantidade existente no estoque assim como a saída. A fim de possuir um processo contínuo, é necessário alimentar a planilha diariamente. Após essa contagem, constatou-se um total de mais de 3.000 itens. Outro fator levantado através desse procedimento foi a verificação da existência de vários itens obsoletos, sem nenhuma utilidade. Muitos materiais foram jogados no lixo, gerando um aumento no espaço e uma maior economia, possibilitando uma estocagem mais adequada. Também através deste procedimento, foram colocados cada item separadamente em uma prateleira para posteriormente fazer a identificação adequada para localizá-los mais facilmente (ANEXO 5). Antes, encontravam-se todos desorganizados e até mesmo em baldes plásticos no chão do almoxarifado. Isso acarretava em uma grande quantidade de materiais estragados, sujos e que não tinha nenhuma relação com os itens que estavam ali, como: telefone estragado, caixas de papelão, garrafas pet, vassouras, etc., como pode-se observar na figura (ANEXO 6). O segundo procedimento adotado foi a classificação dos materiais através do sistema decimal (APÊNDICE 1). Sendo o mais utilizado pelas empresas devido a sua simplicidade. Este método consiste em classificação geral, classificação individualizadora e classificação definidora. Dias (1997, p. 174) afirma que “o objetivo de um sistema de localização de materiais deverá ser estabelecer os meios necessários a perfeita identificação dos materiais estocados”. Na classificação geral os materiais foram classificados sob títulos gerais: 47 01 – Conexões 02 – Materiais de vedação 03 – Anéis 04 – Canos 05 – Cavaletes 06 – Cloro 07 – Chaves 08 – Registros 09 – Válvulas 10 – Estopas 11 – Materiais de segurança 12 – Materiais diversos Todos os materiais foram classificados sob títulos gerais de acordo com suas características. A partir desses títulos gerais, fez-se uma nova classificação, denominada de classificação individualizadora, a qual como o próprio nome diz individualiza cada item. Devido a diversidade de itens esta classificação torna-se necessária. Por exemplo, o código 01 – conexões, ficando subdividido da seguinte maneira: 01 – Conexões 02 – Bucha de redução 03 – Cap 04 – Colar 05 – Curva 06 – Cruzeta 07 – Derivação “T” 08 – Joelho 09 – Luva Essa codificação ainda não é suficiente por faltar uma definição dos vários tipos de itens. Por essa razão cada classificação individualizadora recebe uma nova codificação, codificando-os alternadamente para que se precisar ou entrar outro material, poder codificá-lo na ordem. Por exemplo, o código 01 – conexões: 001 – Adaptador com registro manopla PVC 20 x ¾ 003 – Adaptador PP 20 x ¾ PN rosca fêmea 005 – Adaptador PP 20 x ¾ PN rosca macho 48 007 – Adaptador PVC 1 ½ x 50 mm Após essa codificação constatou-se exatamente a quantidade total de cada material. Assim, cada item recebeu seu código, feito em papel cartão fixando-os em cada prateleira (ANEXO 7). Com isso, os materiais ficaram bem organizados, proporcionando mais agilidade na sua localização. Também foi criado uma ficha de prateleira (APÊNDICE 2) feita de papel cartão, imprimindo-se para cada folha duas fichas, minimizando-se assim os custos. Essa ficha destina-se a controlar o material no próprio local em que está estocado. Seu uso adequado evita a necessidade de estar contando a real existência dos itens. Ela permanece junto ao material ou pode ser arquivada em fichários e é movimentada cada vez que o material é retirado ou inversamente, ou seja, quando se registrar novas entradas. No estoque do SEMAE essa ficha está arquivada em fichários, sendo que cada item possui sua ficha. Nela deverá se preencher a data, a entrada e/ou devolução, a saída e o saldo do produto utilizado, assim como, assinar o nome no campo “retirado e/ou devolvido” pelo funcionário que retirou e/ou devolveu o material. Esse controle deve ser realizado diariamente, para assim conseguir obter maior eficácia no controle. Segundo Araújo (1986), todo processo de controle em um almoxarifado depende, para a sua exatidão, da baixa dos materiais fornecidos. Esta baixa é dada de acordo com as requisições apresentadas ao almoxarifado, o qual fornece o que foi solicitado e conserva a requisição em seu poder, como comprovante das entregas efetuadas. Por isso, mesmo efetuando as baixas na planilha do excel, as fichas e as requisições de material são arquivadas em pastas dentro de um armário para se preciso conferir com os dados obtidos. Outro método utilizado e demonstrado para a empresa foi a utilidade da curva ABC, que visa saber quais itens merecem maior atenção. Por isso, depois de feita a contagem dos materiais, criou-se uma tabela especificando o material, a quantidade de peças, o valor unitário e o valor total dos itens (APÊNDICE 3). Em seguida, foram ordenados os materiais de acordo com a totalidade de itens em ordem decrescente através do seguinte cálculo: quantidade de itens multiplicado pelo custo é igual a totalidade de materiais, conforme (APÊNDICE 4). Através destes cálculos, pode-se fazer um somatório do total de itens, obtendo o 49 percentual em relação a quantidade de materiais em estoque, não podendo ser realizado pelo valor do consumo anual, por não obter-se os dados dos anos anteriores. Através dessa tabela, foi possível realizar uma análise ABC da quantidade de itens em estoque, a qual foi feita dia 04 de junho de 2010. Através destes dados foi construído o gráfico da curva ABC, na qual o eixo X corresponde aos produtos e o eixo Y corresponde ao percentual acumulado de cada item, conforme figura abaixo: Figura 2 - Gráfico da Curva ABC Fonte: Dados da pesquisa (2010) Assim, conforme Dias (1997, p. 88), “a definição das classes A, B e C obedecem apenas a critérios de bom senso. Em geral são colocados, no máximo, 20% dos itens na classe A, 30% na classe B e os 50% restantes na classe C”. Sendo que essas porcentagens podem variar em cada caso, relacionando as diferentes necessidades de tratamento aplicadas. Dessa forma, depois de feito uma análise com o total de itens em estoque e seu devido custo constatou-se que a classe A - 20% dos itens corresponde a 82,42% do valor investido em estoque; a classe B – 30% dos itens corresponde a 13,30% do valor investido em estoque e; a classe C – 50% dos itens corresponde a 4,28% do valor investido em estoque. 50 6.3.1 Sugestões e recomendações Com o decorrer deste trabalho, verificou-se que o Departamento pode aprimorar-se ainda mais através de aquisições de ferramentas. Para tanto, seguem abaixo algumas sugestões e recomendações para melhorar ainda mais o controle dos estoques. Um sistema de controle de estoque é uma ferramenta bastante confiável para a empresa, pois, através do desenvolvimento de um sistema que controle as entradas e saídas dos materiais, a descrição dos itens, preços e quantidades, poderá também se ter em mãos um relatório contendo a movimentação, o cadastro dos produtos, a requisição de saída além de poder registrar informações com todos os dados dos fornecedores. Assim, sugere-se a adoção de um sistema informatizado e que o mesmo fique instalado no almoxarifado do Departamento para que os funcionários que têm contato direto com o mesmo, possam fazer um controle mais rigoroso e eficiente devido a grande variedade dos itens em estoque. Essa aquisição traria para o Departamento mais agilidade no processo, uma vez que pode-se registrar as saídas e/ou entradas logo que o material entrar ou sair do local e consequentemente, poderá se saber com maior rapidez a quantidade de produtos existentes no estoque e o momento em que se deve comprar outros itens para reposição. Ressalta-se que foi feito o orçamento de um sistema informatizado para o controle dos estoques (ANEXO 9) que contemplaria todos os itens mencionados acima, mas não foi possível a realização do mesmo, por se tratar de um órgão público o mesmo precisa ser realizado através de licitações, o mesmo encontra-se em fase de avaliação ainda, ficando assim como sugestão para execução futura. Outro sistema de grande utilidade para o controle de estoques é o código de barras. Pois através da codificação e de um correto lançamento dos dados no sistema, o lançamento das entradas e saídas se torna mais prático, ágil e sem erros, o que pode ocorrer se lançados manualmente. Com relação as prateleiras no almoxarifado, sugere-se a pintura das mesmas ou a troca das prateleiras de madeira para as prateleiras de aço. Pois, as prateleiras de aço têm uma melhor aparência, o que deixa o ambiente mais agradável. 51 Outra sugestão refere-se a capacitação e ao treinamento dos funcionários. Devido a grande variedade e disponibilidade de produtos e marcas, é importante que conheçam as características dos produtos, trazendo mais agilidade e qualidade nos serviços prestados. É de fundamental importância que os mesmos estejam atualizados tanto em relação aos serviços, quanto em relação aos equipamentos que utilizam diariamente ou que por ventura possam adquirir futuramente visando a satisfação e atendimento aos consumidores como também a execução mais adequada dos serviços prestados aos usuários do abastecimento de água. Dessa forma, recomenda-se que o Departamento continue com o projeto implantado, sendo que essa continuidade só acontece com o comprometimento e sensibilização dos colaboradores, deixando os materiais sempre organizados e codificados, para que quando precisar seja fácil sua localização. É fundamental classificar, codificar e organizar os produtos que entram bem como efetuar as baixas dos itens que saem do almoxarifado. Só assim o Departamento obterá um controle eficiente dos materiais em estoque. Contudo, sabe-se que a curva ABC é de grande valia para a gestão de materiais; ela permite identificar quais itens são prioritários no conjunto do estoque. Por isso, recomenda-se que o Departamento continue utilizando a curva ABC, que de acordo com Ballou (1993, p. 224), “tanto o capital investido em estoque como os custos operacionais podem ser diminuídos, se reconhecermos que nem todos os itens estocados merecem a mesma atenção por parte do administrador”. Através dela, a administração poderá saber, por exemplo, na hora da compra, quais itens merecem maior importância e quais os itens que geram maiores custos para o Departamento. 52 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS A administração de materiais gerencia as atividades de movimentação e de estoque, incluindo não somente o movimento de peças e materiais, mas também as atividades relacionadas a devolução deles. Abrange, assim, não apenas as atividades de compra, mas também a movimentação de materiais. Ela utiliza-se de várias atividades para atender as necessidades de produção ou para repor os produtos antecipando-se às necessidades, oferecendo assim um bom nível de serviço. Assim, os materiais devem ser administrados e controlados para que não ocorra a falta de algum produto ou que paralise a produção, nem excessos, pois aumentam os custos desnecessariamente. De acordo com Chiavenato (1991, p. 35), a “administração de materiais consiste em ter os materiais necessários na quantidade certa, no local certo e no tempo certo à disposição dos órgãos que compõem o processo produtivo da empresa”. Em razão da importância dos estoques e visando a rentabilidade do capital aplicado, é necessário estabelecer níveis de estoque, isso reduz investimento desnecessário e possibilita o funcionamento normal da produção, evitando possíveis interrupções. Geralmente, o armazenamento de materiais em estoque é um dos investimentos mais altos em uma empresa. Nesse sentido, o desenvolvimento deste estágio, tanto para o Departamento quanto para a estagiária gerou benefícios. Para o Departamento, porque assim pode-se fazer um levantamento de todos os itens em estoque, também organizar e identificar os mesmos gerando economia e qualidade de vida no trabalho. Para a estagiária, porque pôde colocar em prática os conhecimentos aprendidos no curso de Secretariado Executivo, além da experiência adquirida na área do objeto de estudo. Ainda ressalta-se que o Departamento, ciente das mudanças que o estágio poderia proporcionar, disponibilizou todas as informações necessárias para a realização das atividades nas várias etapas deste projeto. Nessa perspectiva, houve um reconhecimento por parte da empresa dos esforços desprendidos, assim como, do reconhecimento que a teoria aliada a prática pode gerar melhoras tanto financeiras quanto no ambiente de trabalho. 53 Dessa forma, conclui-se que as propostas sugeridas foram viáveis para o Departamento, pois percebeu-se que a falta de organização nos materiais estocados causavam prejuízos por não se saber quando é necessário fazer uma nova compra e quanto material é preciso comprar. Portanto, constatou-se que os resultados esperados foram alcançados com sucesso tanto por parte do Departamento quanto por parte da estagiária. 54 REFERÊNCIAS ARAÚJO, Jorge Sequeira de. Almoxarifados: administração e organização. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 1986. BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transporte, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas,1993. ______. Logística empresarial: transporte, distribuição física. São Paulo: Atlas,1995. administração de materiais e BOWERSOX, Donald J. CLOSS, David J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2001. CAMARGO, André de S. Arruda. AMARANTE, Felipe G. C. do. Artigo: Gestão de estoques. Universidade Federal de Santa Catarina. EPS – 5236. Gerência de Materiais. Florianópolis, 1999. CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à administração de materiais. São Paulo: Makron, McGraw-Hill, 1991. CHING, Hong Yuh. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada. São Paulo: Atlas, 1999. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: edição compacta. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1997. FERNANDES, José Carlos de F. Administração de material: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 1987. FERRARI, Alfonso Trujillo. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1982. 55 FONSECA, David Pires. GUIMARÃES, Leovani Marcial. Artigo: Logística interna: Tratamento de incertezas no dimensionamento de estoques de segurança. INCITEL, 2004. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1996. IAP. Site oficial do IAP. Disponível em: <http://www.iap.pr.gov.br/> Acesso em 04 mai. 2009. IBGE, 2007. Site oficial do IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/> Acesso em 13 mai. 2009. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1991. ______. Metodologia do trabalho científico. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1995. MARTINS, Petrônio G. 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São Paulo: Atlas, 2000. 57 APÊNDICES 58 APÊNDICE 1 - CODIFICAÇÃO DOS ITENS EM ESTOQUE ITEM MATERIAL CODIFICAÇÃO 1 Adaptador c/ registro manopla PVC 20 x 3/4 01.01.001 2 Adaptador PP 20 x 3/4 PN Rosca Fêmea 01.01.003 3 Adaptador PP 20 x 3/4 PN Rosca Macho 01.01.005 4 Adaptador PVC 1 1/2 x 50 mm 01.01.007 5 Adaptador PVC Rosca Macho 25 x 3/4 01.01.009 6 Adaptador PVC Rosca Macho 32/1 01.01.011 7 Adaptador PVC Rosca Macho 40/1 1/4 01.01.013 8 Adaptador PVC Rosca Macho 60/2 01.01.015 9 Adaptador PVC Rosca Macho 75/2 ½ 01.01.017 10 02.01.001 11 Adesivo Plástico Frasco de 1000 ml Adesivo Plástico Frasco de 175 g 12 Anel de Borracha JE PBA DN 50/60 03.01.001 13 Anel de Borracha JE PBA DN 60/75 03.01.003 14 Anel de Borracha JE PBA DN 75/85 03.01.005 15 Arco de Serra Metal 12.01.001 16 Bucha de Redução Soldável Curta 25 x 20 01.02.001 17 Bucha de Redução Soldável Curta 32 x 25 01.02.003 18 Bucha de Redução Soldável Curta 40 x 32 01.02.005 19 Bucha de Redução Soldável Curta 50 x 40 01.02.007 20 Bucha de Redução Soldável Longa 32 x 20 01.02.009 21 Bucha de Redução Soldável Longa 40 x 25 01.02.011 22 Bucha de Redução Soldável Longa 50 x 25 01.02.013 23 Bucha de Redução Soldável Longa 50 x 32 01.02.015 24 Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 25 01.02.017 25 Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 32 01.02.019 26 Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 40 01.02.021 27 Bucha de Redução Soldável Longa 75 x 50 01.02.023 28 Bucha de Redução Soldável Longa 85 x 60 01.02.025 29 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 20 mm 04.01.001 30 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 25 mm 04.01.003 31 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 32 mm 04.01.005 32 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 40 mm 04.01.007 33 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 50 mm 04.01.009 34 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 60 mm 04.01.011 35 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 75 mm 04.01.013 36 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 85 mm 04.01.015 37 Cap PVC Soldável 25 mm 01.03.001 02.01.003 59 38 Cap PVC Soldável 32 mm 01.03.003 39 Cap PVC Soldável 40 mm 01.03.005 40 Cap PVC Soldável 50 mm 01.03.007 41 Cap PVC Soldável 60 mm 01.05.009 42 Cavalete 05.01.001 43 Chaves de Regulagem Grande 07.01.000 44 Cloro Granulado Tambor c/300 kg 06.01.000 45 Colar 32 mm 01.04.001 46 Colar 40 mm 01.04.003 47 Colar 50 mm 01.04.005 48 Colar 60 mm 01.04.007 49 Colar 85 mm 01.04.009 50 Colar 110 mm 01.04.011 51 Curva Longa PVC 20 mm 01.05.001 52 Curva Longa PVC 25 mm 01.05.003 53 Curva Longa PVC 32 mm 01.05.005 54 Curva Longa PVC 40 mm 01.05.007 55 Curva Longa PVC 50 mm 01.05.009 56 Curva Longa PVC 60 mm 01.05.011 57 Curva PAD 20 mm 01.05.013 58 Curva PAD 32 mm 01.05.015 59 Curva PAD 60 mm 01.05.017 60 Curva PAD 3/4 01.05.019 61 Cruzeta 25 mm Soldável 01.06.001 62 Derivação "T" 20 mm PP 01.07.001 63 Derivação "T" 20 mm PVC Soldável 01.07.003 64 Derivação "T" 25 mm PVC Soldável 01.07.005 65 Derivação "T" 32 mm PP 01.07.007 66 Derivação "T" 32 mm PVC Soldável 01.07.009 67 Derivação "T" 40 mm PVC Soldável 01.07.011 68 Derivação "T" 50 mm PVC Soldável 01.07.013 69 Derivação "T" 60 mm PVC Soldável 01.07.015 70 Derivação "T" 32 x 25 PVC Soldável 01.07.017 71 Derivação "T" 40 x 25 PVC Soldável 01.07.019 72 Derivação "T" 40 x 32 PVC Soldável 01.07.021 73 Estopa p/ limpeza (pet contendo 200gr) 10.01.000 74 Espátula N° 10 12.01.003 75 Fita Veda Rosca (25m) 02.01.005 76 Furador de Cano 12.01.005 60 77 Grosa 12.01.007 78 Guarniação para Hidrômetro 12.01.009 79 Hidrômetro LAOMJ 6iB1 Classe B Qn 1,5m³/h 05.02.001 80 Joelho Misto 25 x 1/2 01.08.001 81 Joelho Misto 25 x 3/4 01.08.003 82 Joelho 20 mm Soldável 01.08.005 83 Joelho Roscável 3/4 01.08.007 84 Joelho Soldável 25 mm 01.08.009 85 Joelho Soldável 32 mm 01.08.011 86 Joelho Soldável 40 mm 01.08.013 87 Joelho Soldável 45° 20 mm 01.08.015 88 Joelho Soldável 45° 25 mm 01.08.017 89 Joelho Soldável 45° 32 mm 01.08.019 90 Joelho Soldável 45° 40 mm 01.08.021 91 Joelho Soldável 45° 50 mm 01.08.023 92 Joelho Soldável 50 mm 01.08.025 93 Joelho Soldável e com Rosca 25 x 1/2 01.08.027 94 Joelho Soldável e com Rosca 25 x 3/4 01.08.029 95 Jogo de Chaves de Fenda 12.01.011 96 Lacre Azul 11.01.001 97 Lixa 100 12.01.013 98 Luva 20 mm Soldável 01.09.001 99 Luva de Correr 150 mm 01.09.003 100 Luva de Correr JE PBA 20 mm 01.09.005 101 Luva de Correr JE PBA 25 mm 01.09.007 102 Luva de Correr JE PBA 32 mm 01.09.009 103 Luva de Correr JE PBA 40 mm 01.09.011 104 Luva de Correr JE PBA 50 mm 01.09.013 105 Luva de Correr JE PBA 60 mm 01.09.015 106 Luva de Correr JE PBA 75 mm 01.09.017 107 Luva de Correr JE PBA 85 mm 01.09.019 108 Luva de Correr JE PBA 110 mm 01.09.021 109 Luva de Correr JE PBA DN 40/50 01.09.023 110 Luva de Correr JE PBA DN 50/60 01.09.025 111 Luva de Correr JE PBA DN 60/75 01.09.027 112 Luva de Correr JE PBA DN 75/85 01.09.029 113 Luva de Redução Soldável 32 x 25 01.09.031 114 Luva de Redução Soldável 40 x 32 01.09.033 115 Luva de Redução 60 x 50 01.09.035 61 116 Luva Mista 25 x 3/4 01.09.037 117 Luva Mista 32 x 1 PVC Rosca Fêmea 01.09.039 118 Luva Soldável 25 mm 01.09.041 119 Luva Soldável 32 mm 01.09.043 120 Luva Soldável 40 mm 01.09.045 121 Luva Soldável 50 mm 01.09.047 122 Mangueira PAD c/ 50m 32mm 04.02.001 123 Pasta Lubrificante p/ Tubos PBA (2,4kg) 11.02.001 124 Pasta Lubrificante p/ Tubos PBA 400 gr 11.02.003 125 Registro Esfera Cabeça Quadrada 08.01.001 126 Registro de Pressão com Castelo 25 mm Sold 08.01.002 127 Registro Esfera Borboleta PVC 3/4 08.01.005 128 Registro VS PVC 32 08.01.007 129 Registro VS PVC 40 08.01.009 130 Registro VS PVC 50 08.01.011 131 Registro VS PVC 60 08.01.013 132 Reparo de registro de pressão 25 mm 08.02.001 133 Serra Metal 12.01.015 134 Solução Limpadora Frasco de 1000 cm³ 02.01.007 135 Tubo Defofo Barra 6m 150 mm 04.03.001 136 Tubo PBA Barra 6m 40/50 mm 04.03.003 137 Tubo PBA Barra 6m 60/75 mm 04.03.005 138 Tubo PBA Barra 6m 75/85 mm 04.03.007 139 Tubo PBA Barra 6m 100/110 mm 04.03.009 140 Válvula de Retenção de pé 1 1/2 09.01.000 Fonte: Dados da pesquisa (2010) 62 APÊNDICE 2 - FICHAS DE PRATELEIRA FICHA Nº: 0001 FICHA DE PRATELEIRA MATERIAL DATA ENTRADA/ DEVOLUÇÃO CÓDIGO SAÍDA SALDO RETIRADO/ DEVOLVIDO POR Fonte: autor (2010) FICHA Nº: 0002 FICHA DE PRATELEIRA MATERIAL DATA Fonte: autor (2010) ENTRADA/ DEVOLUÇÃO CÓDIGO SAÍDA SALDO RETIRADO/ DEVOLVIDO POR 63 APÊNDICE 3 - MATERIAIS EM ESTOQUE ITEM MATERIAL QUANT VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL 1 Adaptador c/ registro manopla PVC 20 x 3/4 10 8,00 80,00 2 Adaptador PP 20 x 3/4 PN Rosca Fêmea 21 1,70 35,70 3 Adaptador PP 20 x 3/4 PN Rosca Macho 21 1,40 29,40 4 Adaptador PVC 1 1/2 x 50 mm 10 3,20 32,00 5 Adaptador PVC Rosca Macho 25 x 3/4 2 0,70 1,40 6 Adaptador PVC Rosca Macho 32/1 25 1,30 32,50 7 Adaptador PVC Rosca Macho 40/1 1/4 1 2,40 2,40 8 Adaptador PVC Rosca Macho 60/2 5 8,00 40,00 9 Adaptador PVC Rosca Macho 75/2 1/2 1 10,50 10,50 10 Adesivo Plástico Frasco de 1000 ml 40 22,50 900,00 11 Adesivo Plástico Frasco de 175 g 30 7,00 210,00 12 Anel de Borracha JE PBA DN 50/60 60 1,60 96,00 13 Anel de Borracha JE PBA DN 60/75 20 1,80 36,00 14 Anel de Borracha JE PBA DN 75/85 20 1,80 36,00 15 Arco de Serra Metal 10 18,00 180,00 16 Bucha de Redução Soldável Curta 25 x 20 6 0,25 1,50 17 Bucha de Redução Soldável Curta 32 x 25 5 0,40 2,00 18 Bucha de Redução Soldável Curta 40 x 32 5 0,95 4,75 19 Bucha de Redução Soldável Curta 50 x 40 2 2,20 4,40 20 Bucha de Redução Soldável Longa 32 x 20 10 0,95 9,50 21 Bucha de Redução Soldável Longa 40 x 25 1 1,80 1,80 22 Bucha de Redução Soldável Longa 50 x 25 6 1,80 10,80 23 Bucha de Redução Soldável Longa 50 x 32 10 1,80 18,00 24 Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 25 10 2,80 28,00 25 Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 32 20 4,80 96,00 26 Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 40 20 5,10 102,00 27 Bucha de Redução Soldável Longa 75 x 50 1 7,20 7,20 64 28 Bucha de Redução Soldável Longa 85 x 60 10 7,80 78,00 29 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 20 mm 1 7,50 7,50 30 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 25 mm 22 8,50 187,00 31 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 32 mm 20 18,20 364,00 32 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 40 mm 11 27,30 300,30 33 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 50 mm 30 32,80 984,00 34 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 60 mm 60 46,00 2760,00 35 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 75 mm 10 68,70 687,00 36 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 85 mm 10 87,50 875,00 37 Cap PVC Soldável 25 mm 34 0,80 27,20 38 Cap PVC Soldável 32 mm 1 0,85 0,85 39 Cap PVC Soldável 40 mm 6 1,85 11,10 40 Cap PVC Soldável 50 mm 5 3,20 16,00 41 Cap PVC Soldável 60 mm 4 3,80 15,20 42 Cavalete 2 38,00 76,00 43 Chaves de Regulagem Grande 4 20,00 80,00 44 Cloro Granulado Tambor c/300 kg 6 1050,00 6300,00 45 Colar 32 mm 35 3,30 115,50 46 Colar 40 mm 48 4,10 196,80 47 Colar 50 mm 35 4,10 143,50 48 Colar 60 mm 68 4,10 278,80 49 Colar 85 mm 19 4,10 77,90 50 Colar 110 mm 8 4,10 32,80 51 Curva Longa PVC 20 mm 4 0,65 2,60 52 Curva Longa PVC 25 mm 4 1,10 4,40 53 Curva Longa PVC 32 mm 20 2,90 58,00 54 Curva Longa PVC 40 mm 9 4,80 43,20 55 Curva Longa PVC 50 mm 10 6,40 64,00 56 Curva Longa PVC 60 mm 3 15,60 46,80 57 Curva PAD 20 mm 33 1,70 56,10 58 Curva PAD 32 mm 13 4,20 54,60 59 Curva PAD 60 mm 9 18,50 166,50 60 Curva PAD 3/4 24 2,20 52,80 61 Cruzeta 25 mm Soldável 2 10,50 21,00 62 Derivação "T" 20 mm PP 15 5,80 87,00 63 Derivação "T" 20 mm PVC Soldável 8 0,65 5,20 64 Derivação "T" 25 mm PVC Soldável 42 0,95 39,90 65 Derivação "T" 32 mm PP 16 13,80 220,80 66 Derivação "T" 32 mm PVC Soldável 8 1,15 9,20 67 Derivação "T" 40 mm PVC Soldável 11 3,00 33,00 68 Derivação "T" 50 mm PVC Soldável 5 2,80 14,00 65 69 Derivação "T" 60 mm PVC Soldável 8 14,20 113,60 70 Derivação "T" 32 x 25 PVC Soldável 14 6,80 95,20 71 Derivação "T" 40 x 25 PVC Soldável 3 6,00 18,00 72 Derivação "T" 40 x 32 PVC Soldável 4 6,40 25,60 73 Estopa p/ limpeza (pet contendo 200gr) 4 1,80 7,20 74 Espátula N° 10 5 4,00 20,00 75 Fita Veda Rosca (25m) 9 3,50 31,50 76 Furador de Cano 3 120,00 360,00 77 Grosa 5 15,00 75,00 78 Guarniação para Hidrômetro 500 0,60 300,00 79 Hidrômetro LAOMJ 6iB1 Classe B Qn 1,5m³/h 28 98,00 2744,00 80 Joelho Misto 25 x 1/2 34 1,70 57,80 81 Joelho Misto 25 x 3/4 60 1,70 102,00 82 Joelho 20 mm Soldável 2 0,45 0,90 83 Joelho Roscável 3/4 20 1,50 30,00 84 Joelho Soldável 25 mm 113 0,45 50,85 85 Joelho Soldável 32 mm 23 0,70 16,10 86 Joelho Soldável 40 mm 11 1,80 19,80 87 Joelho Soldável 45° 20 mm 15 0,45 6,75 88 Joelho Soldável 45° 25 mm 25 0,60 15,00 89 Joelho Soldável 45° 32 mm 15 1,20 18,00 90 Joelho Soldável 45° 40 mm 15 1,85 27,75 91 Joelho Soldável 45° 50 mm 10 2,55 25,50 92 5 2,55 12,75 50 1,00 50,00 150 1,40 210,00 95 Joelho Soldável 50 mm Joelho Soldável e com Rosca 25 x 1/2 Joelho Soldável e com Rosca 25 x 3/4 Jogo de Chaves de Fenda 2 15,00 30,00 96 Lacre Azul 21 0,85 17,85 97 Lixa 100 50 1,45 72,50 98 Luva 20 mm Soldável 9 0,90 8,10 99 Luva de Correr 150 mm 20 8,50 170,00 100 Luva de Correr JE PBA 20 mm 6 6,30 37,80 101 Luva de Correr JE PBA 25 mm 30 5,50 165,00 102 Luva de Correr JE PBA 32 mm 24 8,80 211,20 103 Luva de Correr JE PBA 40 mm 19 10,50 199,50 104 Luva de Correr JE PBA 50 mm 8 17,40 139,20 105 Luva de Correr JE PBA 60 mm 5 19,80 99,00 106 Luva de Correr JE PBA 75 mm 5 14,80 74,00 107 Luva de Correr JE PBA 85 mm 4 14,80 59,20 93 94 66 108 Luva de Correr JE PBA 110 mm 1 28,50 28,50 109 Luva de Correr JE PBA DN 40/50 30 11,00 330,00 110 Luva de Correr JE PBA DN 50/60 60 4,80 288,00 111 Luva de Correr JE PBA DN 60/75 10 9,80 98,00 112 Luva de Correr JE PBA DN 75/85 12 9,90 118,80 113 Luva de Redução Soldável 32 x 25 1 1,35 1,35 114 Luva de Redução Soldável 40 x 32 2 3,20 6,40 115 Luva de Redução 60 x 50 1 5,20 5,20 116 Luva Mista 25 x 3/4 73 0,80 58,40 117 Luva Mista 32 x 1 PVC Rosca Fêmea 12 1,80 21,60 118 Luva Soldável 25 mm 30 0,45 13,50 119 Luva Soldável 32 mm 14 0,85 11,90 120 Luva Soldável 40 mm 19 1,85 35,15 121 Luva Soldável 50 mm 9 2,25 20,25 122 Mangueira PAD c/ 50m 32mm 1 50,00 50,00 123 Pasta Lubrificante p/ Tubos PBA (2,4kg) 1 52,00 52,00 124 Pasta Lubrificante p/ Tubos PBA 400 gr 5 6,80 34,00 125 Registro Esfera Cabeça Quadrada 14 18,50 259,00 126 Registro de Pressão com Castelo 25 mm Sold 61 9,50 579,50 127 Registro Esfera Borboleta PVC 3/4 200 9,50 1900,00 128 Registro VS PVC 32 20 11,50 230,00 129 Registro VS PVC 40 3 17,50 52,50 130 Registro VS PVC 50 1 18,50 18,50 131 Registro VS PVC 60 6 35,00 210,00 132 Reparo de registro de pressão 25 mm 4 8,50 34,00 133 Serra Metal 30 3,50 105,00 134 Solução Limpadora Frasco de 1000 cm³ 50 24,80 1240,00 135 Tubo Defofo Barra 6m 150 mm 10 280,00 2800,00 136 Tubo PBA Barra 6m 40/50 mm 2 55,00 110,00 137 Tubo PBA Barra 6m 60/75 mm 2 78,00 156,00 138 Tubo PBA Barra 6m 75/85 mm 3 128,00 384,00 139 Tubo PBA Barra 6m 100/110 mm 1 198,00 198,00 5 66,00 330,00 140 Válvula de Retenção de pé 1 1/2 Fonte: Dados colhidos no estoque do SEMAE (2010) 67 APÊNDICE 4 - MATERIAIS EM ORDEM DECRESCENTE Item 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Material Cloro Granulado Tambor c/300 kg Tubo Defofo Barra 6m 150 mm Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 60 mm Hidrômetro LAO MJ 6iB1 Classe B Qn 1,5m³/h Registro Esfera Borboleta PVC 3/4 Solução Limpadora Frasco de 1000 cm³ Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 50 mm Adesivo Plástico Frasco de 1000 ml Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 85 mm Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 75 mm Registro de Pressão com Castelo 25 mm Soldável Tubo PBA Barra 6m 75/85 mm Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 32 mm Furador de Cano Luva de Correr JE PBA DN 40/50 Válvula de Retenção de pé 1 1/2 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 40 mm Guarniação para Hidrômetro Luva de Correr JE PBA DN 50/60 Colar 60 mm Registro Esfera Cabeça Quadrada Registro VS PVC 32 Derivação "T" 32 mm PP Luva de Correr JE PBA 32 mm Quant. Custo Total/Item Somat. Perc. 6 1050,00 6300,00 6.300,00 19,628 10 280,00 2800,00 9.100,00 28,351 60 46,00 2760,00 11.860,00 36,950 28 98,00 2744,00 14.604,00 45,499 200 9,50 1900,00 16.504,00 51,418 50 24,80 1240,00 17.744,00 55,281 30 32,80 984,00 18.728,00 58,347 40 22,50 900,00 19.628,00 61,151 10 87,50 875,00 20.503,00 63,877 10 68,70 687,00 21.190,00 66,017 61 9,50 579,50 21.769,50 67,823 3 128,00 384,00 22.153,50 69,019 20 18,20 364,00 22.517,50 70,153 3 120,00 360,00 22.877,50 71,275 30 11,00 330,00 23.207,50 72,303 5 66,00 330,00 23.537,50 73,331 11 27,30 300,30 23.837,80 74,267 500 0,60 300,00 24.137,80 75,201 60 4,80 288,00 24.425,80 76,099 68 4,10 278,80 24.704,60 76,967 14 18,50 259,00 24.963,60 77,774 20 11,50 230,00 25.193,60 78,491 16 13,80 220,80 25.414,40 79,179 24 8,80 211,20 25.625,60 79,836 68 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 Adesivo Plástico Frasco de 175 g Joelho Soldável e com Rosca 25 x 3/4 Registro VS PVC 60 Luva de Correr JE PBA 40 mm Tubo PBA Barra 6m 100/110 mm Colar 40 mm Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 25 mm Arco de Serra Metal Luva de Correr (ferro) 150 mm Curva PAD 60 mm Luva de Correr JE PBA 25 mm Tubo PBA Barra 6m 60/75 mm Colar 50 mm Luva de Correr JE PBA 50 mm Luva de Correr JE PBA DN 75/85 Colar 32 mm Derivação "T" 60 mm PVC Soldável Tubo PBA Barra 6m 40/50 mm Serra Metal Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 40 Joelho Misto 25 x 3/4 Luva de Correr JE PBA 60 mm Luva de Correr JE PBA DN 60/75 Anel de Borracha JE PBA DN 50/60 Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 32 Derivação "T" 32 x 25 PVC Soldável 30 7,00 210,00 25.835,60 80,491 150 1,40 210,00 26.045,60 81,145 6 35,00 210,00 26.255,60 81,799 19 10,50 199,50 26.455,10 82,421 1 198,00 198,00 26.653,10 83,038 48 4,10 196,80 26.849,90 83,651 22 8,50 187,00 27.036,90 84,233 10 18,00 180,00 27.216,90 84,794 20 8,50 170,00 27.386,90 85,324 9 18,50 166,50 27.553,40 85,843 30 5,50 165,00 27.718,40 86,357 2 78,00 156,00 27.874,40 86,843 35 4,10 143,50 28.017,90 87,290 8 17,40 139,20 28.157,10 87,723 12 9,90 118,80 28.275,90 88,094 35 3,30 115,50 28.391,40 88,453 8 14,20 113,60 28.505,00 88,807 2 55,00 110,00 28.615,00 89,150 30 3,50 105,00 28.720,00 89,477 20 5,10 102,00 28.822,00 89,795 60 1,70 102,00 28.924,00 90,113 5 19,80 99,00 29.023,00 90,421 10 9,80 98,00 29.121,00 90,726 60 1,60 96,00 29.217,00 91,025 20 4,80 96,00 29.313,00 91,325 14 6,80 95,20 29.408,20 91,621 69 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 Derivação "T" 20 mm PP Chaves de Regulagem Grande Adaptador c/ registro manopla PVC 20 x 3/4 Bucha de Redução Soldável Longa 85 x 60 Colar 85 mm Cavalete Grosa Luva de Correr JE PBA 75 mm Lixa 100 Curva Longa PVC 50 mm Luva de Correr JE PBA 85 mm Luva Mista 25 x 3/4 Curva Longa PVC 32 mm Joelho Misto 25 x 1/2 Curva PAD 20 mm Curva PAD 32 mm Curva PAD 3/4 Registro VS PVC 40 Pasta Lubrificante p/ Tubos PBA Joelho Soldável 25 mm Joelho Soldável e com Rosca 25 x 1/2 Mangueira PAD c/ 50m 32mm Curva Longa PVC 60 mm Curva Longa PVC 40 mm Adaptador PVC Rosca Macho 60/2 Derivação "T" 25 mm PVC Soldável 15 5,80 87,00 29.495,20 91,892 4 20,00 80,00 29.575,20 92,141 10 8,00 80,00 29.655,20 92,391 10 7,80 78,00 29.733,20 92,634 19 4,10 77,90 29.811,10 92,876 2 38,00 76,00 29.887,10 93,113 5 15,00 75,00 29.962,10 93,347 5 14,80 74,00 30.036,10 93,577 50 1,45 72,50 30.108,60 93,803 10 6,40 64,00 30.172,60 94,003 4 14,80 59,20 30.231,80 94,187 73 0,80 58,40 30.290,20 94,369 20 2,90 58,00 30.348,20 94,550 34 1,70 57,80 30.406,00 94,730 33 1,70 56,10 30.462,10 94,905 13 4,20 54,60 30.516,70 95,075 24 2,20 52,80 30.569,50 95,239 3 17,50 52,50 30.622,00 95,403 1 52,00 52,00 30.674,00 95,565 113 0,45 50,85 30.724,85 95,723 50 1,00 50,00 30.774,85 95,879 1 50,00 50,00 30.824,85 96,035 3 15,60 46,80 30.871,65 96,181 9 4,80 43,20 30.914,85 96,315 5 8,00 40,00 30.954,85 96,440 42 0,95 39,90 30.994,75 96,564 70 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 Luva de Correr JE PBA 20 mm Anel de Borracha JE PBA DN 60/75 Anel de Borracha JE PBA DN 75/85 Adaptador PP 20 x 3/4 PN Rosca Fêmea Luva Soldável 40 mm Pasta Lubrificante p/ Tubos PBA 400 gr Reparo de registro de pressão 25 mm Derivação "T" 40 mm PVC Soldável Colar 110 mm Adaptador PVC Rosca Macho 32/1 Adaptador PVC 1 1/2 x 50 mm Fita Veda Rosca (25m) Joelho Roscável 3/4 Jogo de Chaves de Fenda Adaptador PP 20 x 3/4 PN Rosca Macho Luva de Correr JE PBA 110 mm Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 25 Joelho Soldável 45° 40 mm Cap PVC Soldável 25 mm Derivação "T" 40 x 32 PVC Soldável Joelho Soldável 45° 50 mm Luva Mista 32 x 1 PVC Rosca Fêmea Cruzeta 25 mm Soldável Luva Soldável 50 mm Espátula N° 10 Joelho Soldável 40 mm 6 6,30 37,80 31.032,55 96,682 20 1,80 36,00 31.068,55 96,794 20 1,80 36,00 31.104,55 96,906 21 1,70 35,70 31.140,25 97,017 19 1,85 35,15 31.175,40 97,127 5 6,80 34,00 31.209,40 97,233 4 8,50 34,00 31.243,40 97,339 11 3,00 33,00 31.276,40 97,442 8 4,10 32,80 31.309,20 97,544 25 1,30 32,50 31.341,70 97,645 10 3,20 32,00 31.373,70 97,745 9 3,50 31,50 31.405,20 97,843 20 1,50 30,00 31.435,20 97,936 2 15,00 30,00 31.465,20 98,030 21 1,40 29,40 31.494,60 98,121 1 28,50 28,50 31.523,10 98,210 10 2,80 28,00 31.551,10 98,297 15 1,85 27,75 31.578,85 98,384 34 0,80 27,20 31.606,05 98,469 4 6,40 25,60 31.631,65 98,548 10 2,55 25,50 31.657,15 98,628 12 1,80 21,60 31.678,75 98,695 2 10,50 21,00 31.699,75 98,760 9 2,25 20,25 31.720,00 98,824 5 4,00 20,00 31.740,00 98,886 11 1,80 19,80 31.759,80 98,948 71 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 Registro VS PVC 50 Bucha de Redução Soldável Longa 50 x 32 Derivação "T" 40 x 25 PVC Soldável Joelho Soldável 45° 32 mm Lacre Azul Joelho Soldável 32 mm Cap PVC Soldável 50 mm Cap PVC Soldável 60 mm Joelho Soldável 45° 25 mm Derivação "T" 50 mm PVC Soldável Luva Soldável 25 mm Joelho Soldável 50 mm Luva Soldável 32 mm Cap PVC Soldável 40 mm Bucha de Redução Soldável Longa 50 x 25 Adaptador PVC Rosca Macho 75/2 1/2 Bucha de Redução Soldável Longa 32 x 20 Derivação "T" 32 mm PVC Soldável Luva 20 mm Soldável Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 20 mm Bucha de Redução Soldável Longa 75 x 50 Estopa p/ limpeza (pet contendo 200gr) Joelho Soldável 45° 20 mm Luva de Redução Soldável 40 x 32 Derivação "T" 20 mm PVC Soldável Luva de Redução 60 x 50 1 18,50 18,50 31.778,30 99,005 10 1,80 18,00 31.796,30 99,061 3 6,00 18,00 31.814,30 99,117 15 1,20 18,00 31.832,30 99,173 21 0,85 17,85 31.850,15 99,229 23 0,70 16,10 31.866,25 99,279 5 3,20 16,00 31.882,25 99,329 4 3,80 15,20 31.897,45 99,376 25 0,60 15,00 31.912,45 99,423 5 2,80 14,00 31.926,45 99,467 30 0,45 13,50 31.939,95 99,509 5 2,55 12,75 31.952,70 99,549 14 0,85 11,90 31.964,60 99,586 6 1,85 11,10 31.975,70 99,620 6 1,80 10,80 31.986,50 99,654 1 10,50 10,50 31.997,00 99,687 10 0,95 9,50 32.006,50 99,716 8 1,15 9,20 32.015,70 99,745 9 0,90 8,10 32.023,80 99,770 1 7,50 7,50 32.031,30 99,793 1 7,20 7,20 32.038,50 99,816 4 1,80 7,20 32.045,70 99,838 15 0,45 6,75 32.052,45 99,859 2 3,20 6,40 32.058,85 99,879 8 0,65 5,20 32.064,05 99,895 1 5,20 5,20 32.069,25 99,912 72 Bucha de Redução Soldável Curta 40 x 32 Bucha de Redução Soldável Curta 50 x 40 5 0,95 4,75 32.074,00 99,926 2 2,20 4,40 32.078,40 99,940 4 1,10 4,40 32.082,80 99,954 4 0,65 2,60 32.085,40 99,962 1 2,40 2,40 32.087,80 99,969 5 0,40 2,00 32.089,80 99,976 1 1,80 1,80 32.091,60 99,981 6 0,25 1,50 32.093,10 99,986 2 0,70 1,40 32.094,50 99,990 1 1,35 1,35 32.095,85 99,995 2 0,45 0,90 32.096,75 99,997 Cap PVC Soldável 32 mm 140 1 0,85 Fonte: Dados colhidos no estoque do SEMAE em 04/06/2010 0,85 32.097,60 100,000 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 Curva Longa PVC 25 mm Curva Longa PVC 20 mm Adaptador PVC Rosca Macho 40/1 1/4 Bucha de Redução Soldável Curta 32 x 25 Bucha de Redução Soldável Longa 40 x 25 Bucha de Redução Soldável Curta 25 x 20 Adaptador PVC Rosca Macho 25 x 3/4 Luva de Redução Soldável 32 x 25 Joelho 20 mm Soldável 73 ANEXOS 74 ANEXO 1 - MATERIAIS DESORGANIZADOS Fonte: Dados da pesquisa (2010) 75 ANEXO 2 - MATERIAIS MISTURADOS E SEM IDENTIFICAÇÃO Fonte: Dados da pesquisa (2010) 76 ANEXO 3 - MATERIAIS ARMAZENADOS EM BALDES PLÁSTICOS Fonte: Dados da pesquisa (2010) 77 ANEXO 4 - MATERIAIS SUJOS E OBSOLETOS Fonte: Dados da pesquisa (2010) 78 ANEXO 5 - MATERIAIS CLASSIFICADOS NAS PRATELEIRAS Fonte: Dados da pesquisa (2010) 79 ANEXO 6 - ITENS SEM RELAÇÃO COM OS MATERIAIS EM ESTOQUE Fonte: Dados da pesquisa (2010) 80 ANEXO 7 - MATERIAIS CODIFICADOS E IDENTIFICADOS Fonte: Dados da pesquisa (2010) 81 ANEXO 8 – REQUISIÇÃO DE MATERIAL Fonte: Dados da empresa (2010) 82 ANEXO 9 - ORÇAMENTO DE UM SISTEMA INFORMATIZADO PARA CONTROLE DE ESTOQUE 83 Fonte: Dados da empresa (2010)