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Saúde
Ginecologia ainda é tabu na adolescência
Data: 18/09/2003
A adolescência é a fase da vida em que diversas mudanças físicas e psicológicas acontecem. As
meninas são as que mais expõem seus medos, demonstram suas preocupações e se interessam em
entender o funcionamento do corpo. Para atender a essas adolescentes e crianças, a ginecologia
criou uma sub-especialidade chamada infanto puberal.
Conforme a idade, a visita médica tem uma temática diferente. Até os dois anos de idade, a
principal queixa é a aderência dos pequenos lábios, que pode ser observada ao nascimento ou
posteriormente, pela mãe. Entre dois e sete anos é freqüente o pediatra pedir uma avaliação do
ginecologista por corrimento vaginal de repetição. A partir dos sete ou oito anos, quando a menina
já tem uma noção maior de higiene, a queixa principal é o desenvolvimento do corpo, o
crescimento dos seios e dos pelos pubianos, estatura, menstruação e puberdade precoce.
A maioria das meninas menstrua entre os 12 e 14 anos, gerando um grande número de perguntas
relacionadas ao ciclo menstrual, irregularidade menstrual, cólica e hemorragia. Aos 15 anos, idade
em que a menina começa a namorar, as dúvidas sobre sexualidade e anticoncepção são as mais
freqüentes.
Segundo Daniella S. Castellotti, ginecologista infanto puberal do Instituto Paulista de
Ginecologia e Obstetrícia, “essa proximidade da adolescente com o ginecologista é muito
importante, pois diminui o número de meninas grávidas ou com doenças sexualmente
transmissíveis, além de ajudá-las a se conhecer melhor e se proteger, aumentando sua auto-estima.
De acordo com números do Ministério da Saúde, no ano passado, meninas entre 15 e 19 anos
deram à luz a 1 milhão de bebês”.
Por ser uma divisão não muito conhecida da ginecologia, dúvidas como a obrigatoriedade do
exame físico em adolescentes, como ele ocorre, se causa dor e qual a idade ideal para a primeira
consulta são comuns.
“Uma das maiores preocupações das adolescentes começa ainda na sala de espera,
enquanto aguardam com as mães. Algumas querem que a mãe entre, outras preferem
que ela aguarde do lado de fora e outras ainda, que a mãe entre, mas se retire em um
determinado momento da consulta. Todas essas situações podem ser resolvidas com
uma conversa”, explica Daniella. “Outro ponto bastante questionado é o sigilo da
consulta, que é, quase sempre, obrigatório”, acrescenta.
Este material é parte integrande do site www.castellotti.com.br
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