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J:1-1
Transcript PCFLM TAPE J SIDE 1 page 1
Transcript is a continuation of Interview 15 June 1977, 16 June 1977
speakers JP = Jeanne Penvenne change later to J= Jeanne Penvenne
JJ = João Júlio
B = Bandi Albasini Chibindji
S = Silvester José Zuana
F = Francisco Simanga
Zuana and Simanga interviews 17 June 1977 PCFLM
JP and JJ continued...
JP: Havia antigamente muitos Africanos que trabalhavam por conta própria?
JJ: Sim, havia muitos que trabalhavam conta própria e havia muitos que trabalhavam para
patrão.
J: Sim? E...
JJ: Carpinteiro, funilheiro, serralheiro, marceneiro, canalizador, pedreiro.
J: E como a gente aprendia estas coisas? Sempre nas escolas artes e oficinas, ou havia
outra maneira?
JJ: Poder ser assim, aprendia no próprio serviço ou então vinha já a saber nas escolas que
foi educado. Porque as escolas artes e oficinas ensinava isto. Estava uma na Beira como
em Imhambane, vinha ensinar estes artes.
J: E para ser um homem de talho? A gente pode aprender este tipo de coisa numa escola
de artes e oficinas ou não?
JJ: Homem de talho, não, homem de talho não era ensinada na escola, vinha a trabalhar
com um homem la e lá dentro ensinava como se escolpa a carne. Qual e a espécie de
carne, se era da 1 ou da segunda, outras coisas para saber o preço. Era uma arte muito
fácil. E muito facilismo não e...nada.
J: Era muitos Africanos que fazia este serviço?
JJ: Faziam muitos este serviço lá dentro aqui.
J: Usualmente a gente que trabalhava por conta própria ganhava melhor do que a gente
que trabalhava por conta de outrem? JJ: Este depende a sorte de cada firma - de cada
empresa. Pode ser assim: Eu sou carpinteiro produzo de cadeiras, mesas, e as outras
coisas e na certa. Mas se havia um bom cobrador pode tirar melhor num mes do que estar
empregado – um mes isto depende. Ou pode ser não tinha quase nada e melhor se
empregar este, depende de sorte.
J: O Crd conhece os chamados Bairros Indígenas aqui? JJ: Conhece, morei lá.
J: Agora? Há uma lá na S. J. Lhanguene?
JJ: Não, esse onde morava era aqui da Bairro Indígena de Munhuana.
J: Quantos casas tem lá?
JJ: No Bairro quando eu morava lá dizia que havia 512 moradas. Não sei se e verdade
provavelmente, não confirmo mas diziam que e assim.
J: Sabe em que ano este Bairro foi construído?
JJ: O Bairro Indígena de Munhauan foi inaugurado em 194... Não, não foi construído em
194... Eu quando cheguei lá embora já estava pronto mas não estava lá a morar ninguém.
J: Ah então, estava mais ou menos 1942.
JJ: Cheguei cá em 1942 mas já não estava lá ninguém na Bairro Indígena. Em 1942 ainda
não estava a vir ninguém.
J: Mas já havia aquele Bairro Indígena de Ximpamanine. Já foi construído!
JJ: Ximpamanime não sei. Sei este Bairro onde morava 14 no bairro. Ximpamanine se já
estava construído ou não, não sei.
J: E para morar lá no Bairro, não precisava conhecer ninguém. Só a gente que pediu
“Posso morar...”
JJ: Para morar no Bairro Indígena exigiu um requerimento agora do Administrador de
LM agora Maputo - pedimos-nos contribuir uma casa para morar.
J: E era muito gente tentando morar no Bairro.
JJ: Sim. mas só era dentro do prazo de 30 dias já tenho casa. Paga assim ali, passa o
documento, vai pagar a agua lá na Câmara, depois entrega as chaves. A câmara vai abrir
a agua, ligar a agua e tudo aquilo e começa a pagar a renda.
J: E para viajar para o seu trabalho aqui. Como viajava?
JJ: Vinha a pé.
J: Todos os dias.
JJ: Sim, ir para casa a pé. Ha um achibomba, mas a achibomba não chega. E para esperar
a achibomba... Sair a pé muito cedo mas chega aqui na hora de trabalho. If I wait for a
bus it can be a long time and then arrive from the airport already full and I've wasted all
that time if I had gone ahead on foot I would have arrived at work on time, not late and
not have lost all that time. Mas como eu não gosto, estou obrigado a sair da casa muito
cedo a pedar.
J: Era sempre assim? Eu sei que agora esta assim - Claro! Mas era sempre o mesmo.
JJ nods yes
J: Ah pois, não tinha. bastantes achibombas para toda gente?
JJ: Não, não tinha. tinha mas enchia. Para apanhar preciso levar as 5.00 (AM) as 5.30
para apanhar. Mas depois das 5:30 as 6:00 já vinha, cheia. Vinha cheia, mas cheia. Não
tem lugar e a pessoa chega atrasado do serviço...
J: Quem tinha autoridade sobre os shibalos da pousada aqui?
JJ: Quem era o encarregado?
J: Sim
JJ: Era Chefe Pinho
J: O Chefe Pinho; e ele era Africano?
JJ: Não, era Europeu.
J: E o titulo dele era capataz ou não?
JJ: Não, era apontador da 1a classe.
J: Então tinha capataz também lá? JJ: Tinha capataz e indunas que controlava os
contratados para ir os cais a trabalhar as cinco horas. Apanhava na formatura para contar
quantos foi pedidos de cada um de cada zona, sim.
J: Ah sim! e estes capatazes ganhavam melhor do que...
JJ: Não ganhava nada melhor, era 12$ escudos só.
J: A mesma coisa do que os shibalos?
JJ: Evidentemente 12$ escudos. Os shibalos aqui era 6$.
J: Os shibalos 6$ cada dia e o capataz ganhava 12$. Então...mas outra vez... So a pousada
tinha policia também.
JJ: Tinha policia de esquadra?
J: E estes policias foram Africanos ou Europeus?
JJ: Eram Africanos.
J: E eles ganhava mais do que os shibalos?
JJ: Oh, muito mais.
J: E eles moravam aqui na cidade?
JJ: Morava aqui. Alguns a morada dos outros não sei.
J: 0 Crd sabe o que era um alvarás de assimilação antigamente?
JJ: O Alvarás de Assimilação era uma documentação passada na Administração do
concelho.
J: E porque a gente precisava este tipo de alvarás?
JJ: Era uma lei portuguesa que existia para convienter seu alvarás de Assimilação o
indivíduo - da profissão ou diploma da quarta classe.
J: Para mudar a um emprego melhor, para ganhar mais dinheiro a gente precisava...
JJ: Bem, eles diziam que quando e assimilado pagavam melhor do que estava a pagar o
indígena... mas mesmo assim não pagava. Era só assimilado porque mais papelada que
ele passavam ou escrito para...? E que se era condenado podia pagar como assimilado as
multas. Mas para receber... ganhava a mesma do que ganhava os outros. Não... nada.(Não
ganhava nada)
J: O Crd. conhecia muito gente que tinha este tipo de alvarás? JJ: Alguns daqui. Quase
todos aqui. Não sei, não conheço muitos, mas alguns conheço. E na minha terra na Beira
também tinha.
J: Lá era a mesma coisa do que aqui? JJ: Mesma coisa assimilado. Para uma lei de
tribunal, para o governo Português. Porque não podia ficar empregado a um comercio,
que seja numa taverna, numa cervejaria, no balcão, o indígena tinha que ser um
assimilado.
J: O Crd. conhecia alguém que trabalhava como serviçal domestico?
JJ: Serviçal domestico aqui em Maputo. Sim, mas eu podia saber alguém em serviço
domestico mas não saber o nome dele?
J: Oh, não preciso saber o nome. Só quero saber se geralmente este serviçal morava
usualmente na casa do patrão?
JJ: Patrão, os serviçais domésticos que são criados do patrão e o mainato, caseiro, a
criado da mesa... são serviçais do patrão e moravam na casa dele na parte atrás, mas há
alguns que almoço e de patrão mas não dormia na casa dele.
J: O mainato... o que eles faziam?
JJ: Lava a roupa do patrão e passar a ferro.
J: Ah, e usualmente estas pessoas foram homens? Não mulheres?
JJ: Homens em grande parte.
J: E homens solteiros ou casados?
JJ: Casados e solteiros, os dois.
J: E os casados e solteiros todos moravam na casa do patrão.
JJ: Não trabalhava lá e o almoço era a conta de lá...
J: Mas depois
JJ: As cinco horas vamos embora.
J: Pois antigamente havia qualquer tipo de união para os trabalhadores Africanos?
JJ: Não sei, nunca encontrei nenhuma.
J: Quando o Crd precisava comprar peixe, lenha, hortaliça, coisas assim... onde as
comprava?
JJ: Comprava na Bazar ou aqui na Baixa.
J: Há Bazar?
JJ: Em Ximpamanine ou então os domingos a gente comprava, em Ximpamanine quando
quiser comprar e no meia de semana como hoje, procurava aqui (na Baixa)
J: Antes de vir cá na manhã ou durante meio dia ou quando?
JJ: Sim depois do meio-dia pode ir lá comprar ou depois das cinco.
J: Depois das cinco quando você estava andando para casa, pois. Antigamente a gente
que vendia hortaliça coisas assim aqui neste mercado foram Europeus ou Africanos?
Agora todos são Africanos, mas...
JJ: Antigamente havia muitos Europeus.
J: Agora eles foram embora. JJ: Foram-se embora e os Africanos agora fazem este
serviço.
J: O Crd conhecia qualquer Africano que antigamente trabalhava por conta própria
fazendo qualquer coisa que ainda mora aqui? (......break in tape, we continued the last
few minutes of the interview untaped with all material written on his interview sheet)
o 25 Begin with Bandi Albasini Chibindji, 16 June 1977
J: O lancha era do seu pai próprio ou não? E era dum branco, ele trabalhava so para o
patrão.
J: Pode lembrar o nome daquele branco ou não? B: So tinha dado um pouco nome que
não era o próprio, chamado Simbetana.
J: 0 patrão morava em Marracuene ou morava aqui?
B: Não morava lá mesma faz parte da casa lá em Chibuto.
J: E o seu pai era marinheiro para este lancha de Simbetana. E a lancha foi em que Rio?
B: Este lancha carregava milho para cá.
J: De Chibuto para Maputo, break...
J: Foi para escola em Mrr ou não? (Mrr = Marracuene)
B: Sim foi para escola em Mrr em 1927.
J: E que escola?
B: Era da Missão Suíça.
J: Missão Suíça, completou que classe lá?
B: 4 classe.
J: Em que ano completou a quarta classe? B: Foi 1936.
J: Está em Mrr ainda?
B: E o Crd tem irmão e irmãs
B: Tenho.
J: Quantos?
B: Tenho quatro irmãos e 2 irmãs.
J: Os seus irmãos moravam aqui em Maputo ou ainda em Mrr?
B: Em Mrr, Eu também moro em Mrr.
J: Ainda mora la? Quando o Crd vinha para LM a 1 vez?
B: Pela primeira vez, vinha eu a pé. Sim, não trabalhava, só trazia os correios da missão.
Carregava os correios as cartas, não é, da Missão. Vinha para cá para a baixa, Quer dizer
no mesmo dia que saímos de lá as quatro horas as vezes da madrugada. Chegávamos aqui
para dali as do horas, 10 e meia, sim, a pé. Depois ficávamos aqui um dia. 0 dia seguinte
carregava as cartas, correio não é, a leva para a missão.
J: E quando vinha aqui ficava na Missão Suíça aqui?
B: Ficava na Missão Suíça aqui.
J: E para este trabalho era pagado ou não?
B: Não, não, era escola, não é?
J: E os seus irmãos também foram para escola da Missão Suíça ou só você? B: Sim eu, os
meus irmãos não.
J: Eles trabalham... B: Porque eles eram mais velhos do que eu. Escola era muito difícil e
também ficava muito longe. Eu sempre levava 5 quilómetros para apanhar a escola.
J: Então morava na escola sempre? B: Não, ia para escola e voltava para casa.
J: Cada dia.
B: Diariamente sim.
J: E os seus irmãos?
B: Os meus irmãos não, não chegaram no mesmo lugar.
J: Mas trabalhavam....
B: Trabalhavam na África do Sul nas minas.
J: Todos?
B: Todos.
J: E eram recrutados por WNLA?
B: Eram sim.
J: Que língua o Crd falava em casa?
B: Língua Rjonga.
J: O seu primeiro emprego qual era?
B: O primeiro. Era difícil sair da casa para escola, tentei pedir a missão para me arranjar
um lugar para eu trabalhar para poder estudar perto. Depois um missionário me recebeu.
Fazer o serviço da casa dele como servente da mesa.
J: Aqui, não lá?
B: Sim, lá. Em Rikatla foram lá em Mrr. Missionários. Depois quando forcei, entrei na
escola bíblia três anos.
J: Três anos?
B: Sim minha Sra.
J: Qual e o nome daquela escola e...
B: E Chikatla Escola da Missão Suíça a Rikatla.
J: Então estudava lá 3 anos terminou com este estudo em...
B: 1936. Depois fui obrigado aceitar a praça - Quartel como soldado. Depois fiquei la no
quartel em l937.
J: E para ser soldado?
B: Não era preciso ser obrigado.
J: E a gente não pode recusar?
B: Podia recusar fugindo, não é?
J: Ah!
B: Mas era obrigado.
J: Era para qualquer pessoa?
B: Era para qualquer pessoa e não tinha idade limitada naquele tempo este ano... de 2030, 35 ia para tropa.
J: E só ficava lá um ano. Só precisava ficar lá um ano no quartel.
B: Não. Minha sra eu fiquei lá três anos.
J: 1937 ate 1940?
B: Exactamente.
J: E que tipo de pagamento o Crd recebia como soldado?
B: Lá como eu era o cabo tinha 50$ por mes.
J: E cama e comida e nada mais?
B: Nada.
J: Não e muito camarada.
B: Não é muito. Há soldados que tinha 20$ por mes. Eu como era cabo tinha 50$ por
mes.
J: Como cabo morava lá como os outros?
B: Sim sra.
J: E tinha a mesma comida?
B: Mesma comida, dormia nas tarimbas, não tinha chão, era tarimba só. Só era madeira.
J: Então a sua educação - não fazia nada com a sua educação?
B: Nada.
J: Que tipo de trabalho o Crd fazia como cabo?
B: Ali dava instrução aos soldados.
J: Que tipo de instrução?
B: A montagem de espingarda e tudo assim
J: E quantos soldados?
B: Eu tinha uma esquadra de 8 pessoas.
J: E todas estas pessoas foram da sua mesma área mais ou menos?
B: Não, não, de todo o pais. Outros vinha de Inhambane ou vinha de Quelimana, outros
daqui.
J: O quartel estava aqui, e durante todo este tempo o Crd morava aqui.
B: Aqui sim sra.
J: O Crd esta casado?
B: Já estou casado mas não era casado naquele tempo.
J: Então não tinha família?
B: Não não.
J: Deve ser bastante difícil sozinho mas se tinha família durante este tempo... O Crd
estava tentando mandar dinheiro para casa ou não precisava?
B: Bem, mandava lá porque tinha lá mãe e irmãos mais pequenos. Sim, mandava lá mas
não chegava para nada. 50$ por mes.
J: Não e nada. E os meus irmãos lá na África do Sul eles também mandavam?
B: Sim eles ajudavam a mãe. Eles mandavam e também ajudavam a mim. sim.
J: Então eles ganhavam melhor nas minas?
B: Sim são eles quem me ajudavam quando frequentava na escola porque era preciso
pagar na missão durante estes 3 anos pagava 300$ por ano. Para entrar este curso, sim
300$ por ano para entrar em este curso.
J: E era os seus irmãos que ajudava, e lá em casa ficava a sua mãe e...
B: os meus irmãos mais pequenos...
J: E o seu pai ainda vivia?
B: Ele faleceu em 1927 o mesmo ano quando eu comecei estudar na missão break...
J: O Crd era soldado ate 1940 e depois o que fazia?
B: Depois fiz o requerimento para entrar aqui nos Caminhos de Ferro (hereafter CF) Mas
demorou um bocado tinha que trabalhar primariamente na firma Paulino Santos Gil
semanalmente.
J: O que fazia lá?
B: Ali fiquei como contramarca na fabrica.
J: E para ser contramarca, o que a gente fazia como contramarca? Eu não entendo muito
bem este serviço.
B: Como contramarca era preciso contar todas as coisas que entraram na fabrica. Sim.
Mas podia em vista o numero, ou o nome por emvista para a pessoa que vinha precisa as
sacos logo vinha cá. Os meus sacos - e depois carrega as sacos,
J: Pois eu sei, contramarca, E quanto tempo o Crd ficou 1a?
B: Eu só fiquei lá durante 6 meses e depois o meu requerimento como já tinha admitido
foi chamado. Depois foi lá as CF para ser servente. Na Estação central. E ali fiquei como
carregador. Carregava os sacos para os vagões e tal. Depois, houve vagas e comecei
também a requerer, fiz concurso pequeno para ser escriturário. Mesmo concurso porque
não podia ser aceitado sem fazer o concurso.
J: O concurso que fazia lá na noite ou que?
B: Concurso e exame. E exame para saber se sabe ler e escrever e eles então melhorar a
situação.
J: Ah pois!
B: Depois deste exame foi aprovado em 1941 Depois fiquei como servente. 0 serviço era
de dentro... e mesmo assim eu era que fazia a conferencia da carga que entrava para os
comboios que ia para asinhas e tal. E nestas coisas... da mercadoria que entrava e saia
para outras partes e dali. Eu não ficava porque o dinheiro não chegava vinha 12 por dia
(JP notes same as sack carriers, indunas, no need know how read and write) Depois
houve então concurso para o Estão Central. Eu concorri - quando eu passei então para
este vaga fiquei a importância de 12$ por dia.
J: A mesma! B: A Mesma, Depois eu disse que não podia mas como éramos 5 os cabos...
porque dizia que precisava só os cabos que vinha do quartel que tinha prestado o serviço
de quartel éramos 5. Uns quem eram os meus amigos, trabalhavam da fora, não eram da
CF. Um trabalhava na fazenda, outro trabalhava nas obras publicas depois como eu
passei foi chamado outro porque eu não quis trabalhar a mesma importância 12$ por dia,
porque ganhava a mesma coisa, Sim. Da maneira que foi chamado outro para entrar no
escritório central, eu fiquei a espera de outro concurso. Depois houve outro concurso aqui
no secção dos cais. Este era 1945.
J: Então de 1941 ate 1945 trabalhava como servente?
B: A 12$ por dia. Depois quando entrei aqui no ponte cais era como servente também
mas ganhava 15$ esc por dia.
J: A sua educação camarada, não dava por nada? B. Sim, aqui na secção dos cais eu fazia
conferencia dos cartões dos semanais porque havia aqui semanais, mas havia aqui cartões
amarela de 12$ , cartão rosa de 151, a cartão pardo de 20$ e cartão encarnado de 25$.
Pois eu tinha que conferir isso - quer dizer por os números, numeração dos cartões, e por
separados pardo encarnados e tal, e alem disso tinha também cartões dos shibalos. Esses
que vinham da pousada, eu tinha que conferir, saber tudo a numeração deles. Depois
deles iam carregar recebiam um certo numero. Saia para a pousada onde ficava os
contratados.
J: E os contratados nesta tempo ganhava 12$ do dia também mesmo do que os
voluntários?
B: Não esse 12$ foi depois. Tinha primeiramente 10$ por dia depois passaram por 12$.
Tinha 12$ depois. Mas eles não recebiam cá. Só depois de acabar o contracto que
recebiam na terra deles, Sim.
J: Mas para as horas extras?
B: Horas extras eram pagas aqui. Eram uns 3 ou 4$ não sei aquilo mas ganhava, no fim
de semana uns 10$ não sei o que.
J: O Crd. pode lembrar mais ou menos quanto pagava para hora extra? B. Os
contratados? Porque e sempre variável - as vezes 2$ ou 3$. Não vale... Porque eles so
tinham as vezes 3$ ou 6$.
J: Então não pode arranjar muito com este tipo de dinheiro... Então ficava como servente
no ponte cais ganhando 15$ por dia para quanto tempo? B: E depois foi em 1956 passei
como ajudante de escritório.
J: Para quanto dinheiro então? B: 0 dinheiro então tinha 45$ por dia.
J: Mas isso aqui aumentou durante tempo ou não. Quer dizer em 1955 quando o Crd
ainda estava servente no cais, estava ganhando mais do que 15$ por dia ou não? B:
Ganhava menos.
J: Menos? B: Sim porque ganhava 15$ por dia por mês eram 45$ esc depois passar 45$
por dia.
J: Muito mais! E para ser ajudante do escritório? B: Sim 45$ por dia.
J: Como o Crd arranjava este novo emprego. Porque o Crd podia entrar como ajudante do
escritório? B: Era preciso escrever a máquina.
J: Sim, e o Crd sabia escrever a máquina?
B: Sim.
J: E o Crd não precisava, conhecer alguém naquela secção para ajudar o Crd a entrar
naquela secção para este emprego, ou não?
B: Era muito arranjar, não era fácil. Primeiro para ser ajudante do escritório tinha que
arranjar alguém que me importasse.
J: E o Crd tinha um amigo nesta... B: Sim, Sim, foi o inspector, Pinto Maior que me
ajudou ficou como padrinho. Se não fosse isso não podia.
J: E como o seu padrinho , Era preciso fazer alguma coisa para ele mesmo ou só estava
amigos... B: Era preciso dar qualquer coisa; pode ser galinha. Como eu era de fora, não é,
arranjava cabrito.
J: Para o padrinho. B: Para arranjar o padrinho para poder então arranjar - melhorar a
situação.
J: Sim. B: Sem isso não podia, não pude.
J: Parece que tinha muita gente procurando um melhor emprego, pois. Então começava
em 1956 como ajudante do escritório ganhando 45$ por dia e depois? B: Depois em I960,
passei como auxilia de escritório.
J: Ganhava melhor?
B: 65$ por dia.
J: E melhor agora mas também o custo de vida está sempre subindo. B. Sempre, sempre
anda. Era já casado então.
J: Em que ano o Crd casou?
B: Casei em 1943.
J: E a sua mulher, ela e de Maputo, ou Marracuene?
B: E da Marracuene.
J: E ainda com ela lá? B. E Mora lá sim.
J: E tem filhos?
B: Tenho filhos - 6 filhos.
J: E o seu filho mais velho em que ano nasceu?
B: A mais velha nasceu pode ser em 1947.
J: Ah, a mesma idade do que eu. B: Então a Camarada tem 30 anos.
J: Esta semana vou ter trinta anos então.
J: E depois de 1960 auxiliário do escritório e depois?
B: Depois passei por escritório da segunda ate aqui.
J: Em que ano passou para escriturário da segunda. B: 1968.
J: E para passar para ser segunda precisava padrinho durante este tempo também ou não
precisava?
B: Também precisava padrinho mas como este o meu padrinho já tinha ido se embora já,
mas muitos aqui me conhecia, não é. Pois arranja mas havia uma madrinha que ajudoume. Uma senhora que trabalhou na Junta de Exportação para passar a auxiliário.
J: E todos os padrinhos são Europeus.
B: São
J: Claro. E para a ajuda dela precisava dar alguma coisa também, como lenha, cabrito,
coisas assim? B: Sim. como esta sra ela me conheceu, e o marido dela era director de
todos os correios e ela então queria que eu lhe ajudasse lavar a roupa, passa a ferro e tal
sim. Depois la ia lavar roupa dela nas horas vagas.
J: Sempre alguma coisa de troca.
Tape break. Tape is getting fast here because the batteries were getting low.
J: O Crd sempre recebia bom tratamento do seu patrão cá no CF?
B: Bem, os tratos sempre foram bons, o que era só do vencimento... Trabalhava sempre
bem mas...
J: Mas não recebia bastante dinheiro.
B: O mensal era muito pouco.
J: E os outros no escritório, os brancos ganhavam mais?
B: Oh, Sim, sim eles ganhava mais apesar que a gente escrevia a maquina, quer dizer a
gente escrevia a maquina para ajudar a eles, não é? Sempre estava assim. A gente
chegava da manha fazer a limpeza, limpar a mesa e tudo, ou cerrar se foi preciso. Chegar
a hora de trabalho já começar trabalhar com ela a maquina e deixar os trabalhos assim
pronto. Eles que assinava tudo. A gente não pode assinar nada. Não naquele tempo.
J: E em que tempo a gente, como o Crd podia começar a assinar alguma coisa, ter alguma
autoridade no escritório?
B: Isso para assinar não é? Quer dizer, quando vinha os documentos, não é, eram feitos
por nos que escrevem, que não podíamos então assinar. Era só um branco que podia
assinar... isso? 0 preto não tinha nada autoridade.
J: Mas agora tens?
B: Mas agora...(we both laugh!)
J: Então, o Crd. parece tinha biscate de vez em quando como passando o ferro para esta
Sra, mas era só este vez ou não?
B Aquela Sra me ajudava, as vezes porque dava a roupa não é.
J: Ah.
B: Dava, roupa, camisola, o que ela podia dar.
J: Mas para ganhar dinheiro só tinha este serviço.
B: Só tinha este só.
J: Parece que não tinha muito tempo para fazer outra coisa. tape break
J: Quando d Crd vinha para este cidade a primeira vez, o Crd pode lembrar quem era o
mais importante Africano neste cidade? Naquele tempo. Ou era um Africano que o Crd
pensava era mais ou menos importante?
B: O que eu conhecia e o mais importante era o João Albasini. Era misto.
J: Ele era redactor do Brado Africano.
B: Sim, foi ele que me deu este nome, mas como ele faleceu quando eu era a criança, não
é?
J: Sim faleceu em 1922.
B: Sim, ainda era miúdo.
J: Como ele lhe deu este nome?
B: Ele me deu este nome porque ele era amigo do meu pai. 0 meu pai como ele era
marinheiro trouxe muito coisa dali e ele autorizou. Eles eram amigos, depois, não é,
quando a minha mãe deu luz... Então... era amigo do meu pai.
J: E o João Albasini naquele tempo aqui era despachante?
B: Era despachante. Mas ele já morreu.
J: Mas ainda tinha aqui a Associação Grémio Africano?
B: Mas já esta associação era só mulatos, mistos que entrou.
J: E João Albasini também era mulato.
B: Era mulato. Era francês parece.
J: O pai dele era...
B: Francês parece.
J: Mas a mãe dele era...
B: Africana Sim.
J: Da família Mpfumo.
B: Mpfumo.
J: E ainda tem aqui família de João Albasini?
B: Tem mais pouco, tem Luís António Albasini. Ele era chefe do Frigorifico mas parece
que ele já foi-se embora.
J: O João Albasini (JA) podia talvez ser padrinho de alguém, ou não. Pode ajudar alguém
antigamente?
B Acho que ele podia ter ajudado as pessoas.
J: E depois de ele faleceu.
B: Ele faleceu quando eu era miúdo, ficava lá fora não é.
J: Pois havia então depois outros Africanos que tinha uma posição mais ou menos como
JA.
B: Bem, o Enoque Lilombo também que era CANM, os Africanos, e depois este Arouce
(JP
Domingos Arouca see Afro-file index) foi a ultima desta associação.
J: E sabe a Profissão de Enoque Libombo?
B: Enoque Libombo primeiro era cobrador para o firma Paulino Santos Gil
J: E Crd Arouca o que ele fazia?
B: Isto eu não cheguei a conhecer bem, bem o que ele faz.
J: Mas os dois foram Africanos?
B: Foram.
J: E eles faziam parte do Centro Associativo dos Negros. E todos os sócios deste grupo
foram negros, pois não, não eram mulatos?
B: Não, os mulatos eram a aparte... Eles não querem, parece que estes, os negros saíram
da Assoc. dos mulatos - O Grémio Africano e depois fundaram a Associação.
J: Porque havia problemas. Que tipo de problemas?
B: Quer dizer, não entendiam, não é, os mistos, não ligavam aos negros, não é? Diziam
há ligação Africanos e os Africanos ficarem como negros, não é.
J: É sempre a mesma coisa.
J: O Crd era sócio num grupo desportivo.
B: Nunca foi não.
J: Numa chitiki.
B: Não.
J: Uma Asso. Funerário.
B: Não
J: Qualquer tipo de clube.
B: Não
J: Ainda foi para a igreja, missão Suíça aqui.
B: Na igreja foi sim.
J: Ainda
B: Ainda não.
J: Ate quando o Crd foi.
B: Depois da transição nunca foi na igreja.
J: Ah pois. Mas ate a transição?
B: Antes da transição eu ia na igreja.
J: Em Mrr?
Tape ends c.65 -70 we continued to discuss Missão Suíça but not taped it is in the notes.
J:2-1
Tape J Side 2 begin Silvestre José Zuana, 17 - 6 - 1977
J: Quando o Crd vinha para LM a primeira vez procurando serviço como criado, o Crd
vinha sozinho ou não?
S: Sim Sra. Era cá a minha tia.
J: A mesma tia que antigamente morava consigo lá na terra?
S: Não ela era tia materna, estava...
J: Onde em LM a sua tia morava?
S: Em Mafalala.
J: E quando chegou morava com ela?
S: Quando cheguei logo andei arranjei serviço ia arranjar serviço. Porque quando cheguei
a ela, cheguei, por exemplo, hoje e depois o dia seguinte foi arranjar serviço e encontrei
aquele lá na avenida.
J: Na administração do Concelho?
S: Não, tinha que contactar patrão, não é?
J: Sim.
S: E depois encontrei com ele lá na avenida, era Andrade Corvo antigamente, e depois
trabalhei no quintal,
J: E com este contracto o Crd então morava na casa do patrão?
S: Sim. Depois de encontrar o serviço como cheguei ontem e depois no dia seguinte
encontrar o serviço. O patrão que me levou, foi para a casa do patrão, morava lá.
J: O Crd pode lembrar mais ou menos quanto ganhava neste serviço?
S: Eu lembro, lembro muito bem. Quando vim cá tinha 16 anos. Eu lá tinha 40$ escudos
por mes.
J: O Crd tinha cama e comida no casa do patrão?
S: Cama? Não era cama não.
J: Onde dormia?
S: Arranjava sacos, arrumar os sacos, arranjar cobertor.
J: Então o cobertor era do Crd o do patrão.
S: Era de mim.
J: Trazia consigo.
S: Trazia comigo, sim.
J: Que tipo de serviço o Crd fazia como mainato.
S: Sim, era tudo, era mainato, criado de criança, eu era o único que tratava da casa?
J: Então trabalhava lá todo o dia, não podia sair.
S: Não, não, só nos domingos, saía do serviço as 2 ou três horas da tarde e às 6 horas
voltava para serviço outra vez.
J: Era só domingos da tarde, poucas horas?
S: Sim poucas horas.
J: E durante este tempo, Domingo da tarde, usualmente o que o Crd fazia para divertirse?
S: Ia para visitar com a tia. O patrão dizia que precisava ir visitar a tia ver se ela esta boa
esta semana ou não. Mas para visitar lá. Por exemplo, como aqui para Mafalala e quase
meia hora daqui para onde estava a tia, não havia naquele tempo achibomba, depois
chegar ali. Ah esta, ah esta conversa, conversa, mas as 6 horas precisava, voltar para o
serviço.
J: Outra vez, então, quanto tempo o Crd estava trabalhando neste serviço com este
patrão?
S: Ah! Com este patrão, porque como ele era mau e a sra dele era muito mau, era mau,
era mau! Deixei o serviço, ficou a toa então só fiquei lá seis meses só.
J: Então era só 6 meses, mas o Crd disse que ele era mau, o Crd era maltratado?
S: Sim, ele me bateu, deixei.
J: Bateu?
S: Batia. Batia. Batia, Esta sra batia mesmo, sem nenhumas necessidades era porrada, só.
J: E não sabia porque?
S: Uma coisita qualquer coisa não correu no serviço... (He speaks very quickly very
difficult to pick up word for word - he said for example – I was sent to the mkt to buy
fish that kind of flesh colored fish and when I got home Sra. said it was rotten that I had
to take it back. When he took it back the fishmongers couldn’t accept it back so she got
angry and said I must pay for it out of my wages - I asked about strategies on his part to
protect his interests, someone to watch out for him)
J: E o Crd não tinha ninguém? não havia ninguém neste cidade que pode ajudar o Crd
com esta situação?
S: Alguém da autoridade?
J: Sim, alguém da autoridade, ou amigo qualquer coisa?
S: Antigamente, a crda sabe, não havia ninguém, ninguém ... não podia fazer nada.
Quando a pessoa fazia qualquer queixa era para a prisão.
J: A Administração do Concelho?
S: Ach (equivalent to our Horsefeathers!!!)
J: A Secretaria de Negócios Indígenas.
S ACH!!! (follows a too fast but wonderful passage c 5 side 2 about being in the Police
station or ACLM as dom servant with Sra. Police saying Sim Sra, Sim Sra, Sim Sra.
J: Ah, sim nada.
S: Muitos chegaram lá eles começava a falar as questões na ACLM ali. Em vez de eles
conhecer a situação ou outra coisa era purrada ali palmatório Dha! Dha! Dha! (sound of
the palmatório smacking hands) do que descontarem isto aqui o patrão. Era assim não
podia fazer nada, era sim sr, sim sr, sim sr.
J: pois, e o Crd nunca foi palmatoado, mesmo aqui?
S: Só uma vez.
J: Na polícia ou ACLM?
S: Comissariado de Policia.
J: O crd pode lembrar mais ou menos em que ano este acontece?
S: O ano foi no mes de Janeiro de 1937. Já me esqueço o dia.
J: O que acontece Camarada, porque foi lá para ser palmatoado?
S: Por o seguinte. Com aquela vontade de sair a noite, depois de serviço, Crda. (this is
fast for word for word : I went out after work to my aunts house and visited with her,
stayed there but left very early the next day for work, but when I arrived very early the
Sra was up early and she saw me come in and was angry
and yelling at me, but then she calmed down. Later she was angry again, but then calmed
down.) Depois de te calar; ela voltou as nove e tal e me disse vamos embora. A sra, e a
menina iamos ate a Comissariado. Ela chegou ali, quando chegamos ali, ela disse espera
aqui, la fora. Ela entrou e comecou falar, falar, falar, depois ela chegou, depois disse (to
go into the Comissariado because the people there wanted to talk with me) Quando entrei
la a policia ja estava com a palmatorio na mão. Swap, Swap, Swap! Seis para cada.
J: Seis.
S: A Sra frequentou ate deu assim. (Something about FRELIMO getting more support
here in Sul do Save due to this kind of abuse) Porque o tratamento que eles receberem,
muitos, muitos destas Sras faziam assim.
J: Este tempo quando o Crd precisava ir ao Comissariado? era com o seu primeiro patrão
ainda?
S: Ainda, depois quando alargou o serviço foi para Gaza, toda vez para Gaza.
J: Para Gaza, outra vez , então saiu deste patrão e foi imediatamente para Gaza, e quanto
tempo ficava la em Gaza.
S: Ah fiquei lá muito tempo de 1937 ate... e sai de lá em 1944.
J: E o que o Crd estava fazendo lá em Gaza durante este tempo?
S: Ah este tempo quando deixei lá a escola em 1939. E depois foi me empregar em Gaza
numa casa Comercio.
J: Em que cidade?
S: Chai Chai.
J: O Crd pode lembrar o nome do seu patrão nesta casa comercio?
S: JJ da Cruz.
J: Dentre este tempo 1939 ate1944 sempre trabalhava lá ou não?
S: Não 1939 trabalhei lá ate 1950 e depois 1950 até 1961 estive nas missões católicas.
J: O que fazia nas missões?
S: Ensinava ate a 3a classe
J: Como professor estava ainda em Chai Chai.
S: Em Chai Chai sim.
J: Em Chai Chai na casa comercio. 0 Crd pode lembrar quanto ganhava?
S: Lembro~me. Em Gaza foi 100$ por mes, depois aumentou de 120$ mais nada. (I asked
if he got bed and board or clothing, anything in addition to the wage which might
translate into cash terms.)
S: A cama, bom a cama, so deu um quarto, cada um quarto, você arranja por si. 0 quarto
era depois assim não tinha cama, na tinha a esteira (a woven mat made of reeds), não
tinha nada. So dava um quarto e voce arranja na sua vez.
J: Então era só o Crd sozinho.
S: Estive com muitos.
J: Outras pessoas nesta mesma situação?
S: Sim, sim.
J: Então o Crd ja estava, casado ou não?
S: Não, não desde... de 1949... não 1947 em que ano casei.
J: Casou em 1947.
S: Sim.
J: E a sua mulher era de Chai Chai?
S: Era era.
J: Ela também falava Shangaan?
S: Shangaan sim.
J: E depois de 1947 então ela morava consigo?
S: Comigo sim.
J: Lá em Chai Chai, então durante este tempo ainda estava trabalhando na casa comércio?
S: Sim já estava na Casa comercio até 1950. E que eu deixei a casa comércio.
J: Então 1947 até 1950 morava com a sua mulher fora da casa comércio?
S: Sim
J: Lá na cidade?
S: Sim.
J: E a casa onde o Crd morava era do Crd ou era alugada?
S: Era minha.
J: Era sua, construiu aquela...
S: Construi sim.
J: E o terreno?
S: O terreno não era de ninguém.
J: E então não precisava pagar ninguém?
S: Não, não tinha lá o chefe, o regulo gentilica. O regulo chefe gentilica sim.
J: E durante este tempo o Crd nunca precisava servir como soldado ou coisas assim?
S: (No, I was sick, because I was sick no one bothered with me).
J: Então por isso também ninguém pode dizer que o Crd precisava servir shibalo ou
qualquer coisa.
S: Pois, o shibalo também não foi. E tínhamos um papelada medico que não podia servir.
J: Graças a Deus.
S: pois, pois.
J: E quando o Crd começava trabalhar com as missões católicas como professor morava
onde?
S: Na minha casa.
J: Na mesma casa.
S: Mesma casa porque foi lá em Chai Chai, porque quando era professor era na mesma
área onde eu estive.
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