UNIVERSIDAD NACIONAL DEL SANTA FACULTAD DE CIENCIAS D.A. Biología, Microbiología y Biotecnología E.A.P. Biología en Acuicultura ASIGNATURA DE TECNOLOGÍA POST COSECHA UNIDAD II TRANSFORMACIÓN DE PRODUCTOS HIDROBIOLÓGICOS Clase 7 Principios del ahumado: Composición y propiedades del humo. Métodos: Ahumado en frío y en caliente Blgo. Pesq. Walter Reyes Avalos, M.C. Docente Cuáles son los diferentes métodos para ahumar pescados? Cuál es el mejor método de ahumado? Cómo realzar el color, sabor, aroma y la conservación de los pescados sometidos al proceso de ahumado? Cuáles son los peligros ocasionados com el proceso de ahumado? Qué especies y formas de presentación del producto ahumado son mas interesantes para la comercialización? Perdida de agua y acción del humo y temperatura - barreras físicas y químicas Productos ahumados - variación de la concentración de sal, color, textura y forma de presentación. 2. PROCESO DE PRODUCCIÓN, PROPIEDADES DEL HUMO COMPOSICIÓN, EFECTOS 2.1 - PROCESO DE PRODUCIÓN DE HUMO Producción en dos etapas = pirólisis y oxidación Principales componentes de la madera Pirólisis de la celulosa ácido catalizador Celulosa glicosan) deshidratación glucosa 1,6-dehidroglucosa(- ác. acético, peq furanos e fenoles Pirólise da hemicelulose Decomposição térmica Hemicelulose derivados furanos ác. carboxílicos alifáticos degradação Pentosanas Furanos madera dura ---------- pentosanas (humo es mas ácida) madera blanda --------- hexosanas Y decomposición térmica celulosa e hemicelulosa carbohidratos mayor clase carbonilas aroma Fenóis diferença da madeira dura e mole (Baltes et al.,1981) Madeira mole 4-metilguaiacol siringol, 4-metilsiringol, 4-propinilsiringol Determinação da proporção siringol/guaicol e seus derivados Queima de madeira dura - mais ácidos carbônicos alifáticos 2.2 - COMPOSICIÓN DEL HUMO Composición del humo Sustancias gaseosas = fenoles, ácidos orgânicos, carbonilas Sustancias no volátiles = alcatran, resinas, cenizas Compleja, reactiva y depende de la madera y TºC de quemado Fatores que influencian la composición del humo Temperatura de quema, aire , flujo de humo, técnicas de geración de humo (leña, fricción, aire caliente,vapor seco superarecido), tipo y cantidad de madera quemada/tiempo de quema, enfriamiento Humo presenta mas de 400 compuestos 48 ácidos, 22 alcoles, 131 carbonilos, 22 ésteres, 75 fenoles, 46 furanos, 16 lactones y 50 compuestos Classficación - cuatro grupos (SCHINDLER, 1994) cor, aroma e sabor componentes policíclicos (benzopireno e dibenzoantraceno) 1º)Compostos fenólicos – aroma, antioxidante e bactericida mais importantes Sabor, aroma, antioxidante, bactericida 30 a 300 mg de fenóis/kg cresol guaiacol • 2º) Ácidos carbônicos - bactericida e aroma • ácido fórmico, acético e ácido benzóico 3º ) Compostos carbonilicos aldeídos alifáticos = formaldeído – maior bactericida difusão rápida in natura - (50 mg/kg) 4º) Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs - C20H10) especial relevância = 40 compostos cancerígenos caracterização estrutural Mecanismo de formação dos HPAs - não conhece exato (250ºC–350ºC,atingindo até 800ºC) - combustão da lignina compostos anel-aromático (TºC) Quantidade limite máximo - 1,0 ppb Quantidade em temperatura da queima - 0,095 a 0,179 ppb Indicador de HPAs = determinação benzo(a)pireno (1 a 20%) Fatores que influenciam sobre substância cancerígena temperatura de geração da fumaça produzir fumaça fora da câmara de defumação elevado tempo de defumação contato direto do peixe com a fumaça Degradação do HPAs = Tempo de estocagem x Embalagem 2.3 – EFEITOS E PROPRIEDADES DA FUMAÇA a) COLORACIÓN DEL AHUMADO Reações químicas escurecimento não enzimático = Maillard Fumaça x fenóis e carbonilas (formaldeído, coniferaldeído, sinapaldeído, glioxal, furfural, metilglioxal) Peixe lisina, arginina, glicina, histidina Coloración= camarelo-dorado claro a marron-oscuro(madera) Pigmentación = extratos extraídos sementes de urucum (Bixa orellana)(Carvalho et al.,1993) Factores que influencian la coloración - sal, pH, tiempo, O2 Filés sem pigmentação Filés com pigmentação b) AROMA DEL AHUMADO aroma o “buquê” Fumaça + Calor + fenóis, compostos dicarbonilicos, ácidos orgânicos (ácidos acético e fórmico) siringol Calor 2,6-dimetoxifenol Mudanças físicas e químicas Sal c) SABOR DEL AHUMADO d) CONSERVANTE DEL HUMO Compostos bactericidas (compostos fenólicos, álcoois, e os ácidos benzóicos, acéticos e fórmicos, formaldeído y formol) Acción conservante limitada a la superfície Acción antioxidante - fenoles (pirocatecol, hidroquinona, guaiacol, eugenol, isoeugenol, salicilaldeído, ácido 2hidroxibenzóico e ácido 4-hidroxibenzóico) y menores ácidos orgânicos e) ENDURECIMENTO DEL AHUMADO efecto de los aldehídos - (curtidores) formaldeído, glioxal 3. IMPREGNACIÓN O DEPOSICIÓN DEL HUMO Factores influencian sobre cantidad x velocidad a) DENSIDAD DEL HUMO b) VELOCIDAD DEL AIRE EM EL AHUMADOR c) HUMEDAD RELATIVA DEL AIRE EM EL AHUMADOR d) HUMEDAD DE LA SUPERFICIE DEL PRODUCTO 4.TIPOS DE COMBUSTIBLES PARA EL AHUMADO Combustibles provenientes de dos fuentes: a) FUENTE DE CALOR – madera, carbón, eléctrica, gas b) FUENTE DE HUMO – madera (tronco, pedasos, aserrín) humo líquido MADEIRA Utilizar - Madeira dura (cedro) Evitar - Madeira mole (pinho ou outras coníferas - resinas) Madeiras impregnadas de cola (compensados) fuligem sabor e aroma desagradável Madeiras mais indicadas – frutíferas, eucalipto rosa, cedro Estocagem da madeira - locais protegidos de chuva Forma de utilización de la madera – pedasos, aserrín, hojas 5. TIPOS DE DEFUMADORES Muitos defumadores- proporcionam bons resultados Escolha do tipo de defumador capacidade de uso, durabilidade, facilidade de obtenção ou construção, economia, eficiência, etc. Tamanhos e formas de defumadores Material de confecção dos defumadores alvenaria, tambores, concreto, chapas de ferro, aço inoxidável Partes que compõem um defumador a)Câmara de defumação – local depositador os produtos (conter varais -fumeiros ou ganchos) b)Chaminé – parte superior para controle do fluxo de fumaça c)Termômetro –controle de temperatura d)Gerador de fumaça – localizado no exterior do defumador 6. MÉTODOS OU TIPOS DE DEFUMAÇÃO Variação do método - produtos desejados, tipos de defumadores, madeiras, etc. Três importantes fases - salmouragem, secagem e defumação Métodos de defumação Processado de forma tradicional - a quente ou a frio Defumação eletrostática Defumação líquida - muito utilizada atualmente a) AHUMADO EN FRIO x b) AHUMADO EN CALIENTE Objetivo Temperatura da câmara - variação no processo Umidade da câmara de defumação Tempo de defumação Método de salga Teor de sal do produto Necessidade de dessalga Teor de umidade final do produto Textura do produto Cocção do músculo Presença de substâncias cancerígenas Vida útil Tabela 9 - Parâmetros comparativos entre os métodos de defumação a frio e a quente Parâmetros Métodos de defumação a QUENTE a FRIO Temperatura da câmara (ºC) 40 a 90 < 40 Umidade relativa do defumador (%) 14 30 Período de defumação (horas) 4-5 120-240 Teor de sal do produto (%) 2,5 a 3 7 - 15 Umidade final do produto (%) 55-65 45-55 Textura do produto macia Dura Fonte: Okada (1972) citada por NUNES (1999) modificada Tabela 10 – Comparação entre os métodos de defumação a frio e a quente do pescado Métodos de defumação Parâmetros a QUENTE a FRIO Grau de saturação da salmoura Temperatura 70% a 80% 90% a 100% 65 a 120ºC 30 a 40ºC Período de defumação 4 a 6 horas 1 a 10 dias Necessidade de dessalga Sem dessalga Com dessalga Teor de sal do produto 4% 7% a 15% Umidade do produto 60% a 70% 45% a 55% Vida útil do produto Menor Maior Presença de substâncias cancerígenas Consistência Maior Menor Firme Dura Necessidade de cozimento Não Sim Fonte: MORAIS E ESPÍNDOLA FILHO (1995) c) AHUMADO LÍQUIDO Consiste - simples condensação da fumaça (água) ou reter os componentes da fumaça em suportes físicos (líquidos ou sólidos) Suportes líquidos - água, azeite, vinagre ou sol. hidroalcoólicas Suportes sólidos - açúcares, amidos, hidrolisados de proteínas e sistemas coloidais (gelatina) (GORBATOV et al., 1971; SCHINDLER, 1997). Elimina - alcatrão e os HPAs Composição da fumaça líquida comercial – variável (madeira) Diferentes tipos de aromas - óleo vegetal, fumaça líquida aquosa, condensados de fumaça (superfumaça); preparações aromáticas de fumaça sólida; aromas de fumaça solúveis ou aromas de fumaça líquida tamponada Forma de aplicação - diretamente sobre o produto (câmara) aspersão (chuveiro, irrigação ou atomização) imersão Irrigação - meio de chapas perfuradas (baixa manutenção) Chuveiro - através de bicos de ducha (tempo de contato e concentração podem variar com produto) Atomização - dispersão em partículas muito finas, onde o bico atomizador condensa uma mistura de ar comprimido e fumaça líquida que se expande novamente na câmara de defumação atomização produz - fumaça seca e estável (age por absorção) Quantidades utilizadas - 0,2 a 0,5% (peso/volume) Benefícios da defumação por fumaça líquida poluição do ar e eliminação carga residual de serragem; Processo realizado sem riscos de fogo e/ou explosão; Uniformidade controlada da cor e sabor defumado; Vários perfis aromáticos, diversificando o produto; Possibilidade de controlar a forma de aplicação; Simplicidade da limpeza e manutenção das instalações; Fim da coleta de alcatrão, cinzas e outros resíduos; produtividade com redução dos custos do processo; Elimina a presença de elementos carcinogênicos; Possui propriedades antioxidantes e bacteriostáticas; Razões econômicas (instalações e geradores de fumaça). 7. Fluxograma do Processo de defumação Limpeza Lavagem, descamação, evisceração, Corte (filetagem) e lavagem Sal Salmouragem ou Salga seca Salga úmida Lavagem em água corrente DRENAGEM Secagem Parcial A FRIO 25 a 35ºC DEFUMAÇÃO A QUENTE 50 A 85ºC Peixe Limpeza e lavagem Cortes (Filetagem) e limpeza Imersão na salmoura com fumaça líquida OU Salmouragem Pré-secagem Pré-secagem Imersão, Chuveiro ou Atomização Aplicação superficial da fumaça líquida Secagem em estufa com circulação de ar forçada Embalagem Acondicionamento e Estocagem Fonte: adaptado de GONÇALVES e PRENTICE-HERNÁNDEZ (1998 a,b). Figura 10 - Fluxograma das etapas do processamento de defumação LÍQUIDA de pescado. Figura 9 a – Forma de colocar os peixes para drenagem, secagem e defumação 8. CARACTERÍSTICAS ASSOCIADAS AO PRODUTO 8.1) Espécies de peixes com possibilidades para a defumação Produção do produto - disponibilidade regional Modo geral – qualquer peixe pode ser defumado Finalidade de escolher a espécie Espécie de peixe de água doce x água salgada Espécie de escama x couro Teor de lipídio – Gordo x magro 8.2) Forma de apresentação do produto Diferentes formas - tamanho, produto desejado e preferência do consumidor Quanto ao tamanho Outras opções - acondicionados em óleo comestível em molho de tomate pescado defumado seco (Nigéria) Figura 10 a – Forma de apresentação de peixes defumados 8.3) Rendimentos e perdas ocorridas na defumação Fatores que influenciam no rendimento Forma de apresentação do produto (filé, postas, inteiro, etc.) Espécie Categoria de peso do peixe Método de defumação empregado (a frio ou a quente) Tempo de salga e concentração de sal Tipo de produto final desejado Fatores que influenciam nas perdas no processo de defumação Origem do material in natura (teor de gordura, condições de conservação) Menor desidratação peixes gordurosos Características do produto final Parâmetros do processo (tempo e temperatura) 8.4) Valor nutricional do produto Processo de defumação - parcialmente Alterações na composição centesimal Proteína e lipídios - perda umidade Aminoácidos - redução da lisina e de aminoácidos sulfurados - reações entre os grupos carbonilas na fumaça com os aminogrupos, enquanto os fenóis e polifenóis reagem com os grupos sulfidrilas das proteínas coloração - lisina utilizada na reação de “Maillard” Vitaminas - leve niacina e riboflavina e a tiamina de 2 a 25% Ácidos graxos polinsaturados 8.5) Microbiologia do produto Microbiota natural - difere distribuição na natureza Muco superficial (102 a 106 ufc/g), brânquias (103 a 107 ufc/g) e trato intestinal (103 a 108 ufc/g) e ausente no músculo Defumação atua na microflora - PRANDL et al. (1994) Fumaça - bactericida e fungicida (formaldeído-20-50 mg/kg) Limites exigidos pela Legislação Fatores que influenciam na estabilidade microbiológica Nível de salga (salmouragem) Quantidade de calor Componentes de fumaça Duração do fluxo de fumaça Efeito da desidratação no processo de defumação - Aw 9. ADIÇÃO DE PRODUTOS PARA MAIOR TEMPO DE CONSERVAÇÃO Uso de antioxidantes - tocoferol, TBHQ 0,02% Sorbato de potássio e Benzoato de sódio - proporção de 0,4% preservativos (antifúngico e inibe crescimento de bactérias) Nitrito e nitrato 10. VIDA ÚTIL DOS DEFUMADOS Fatores que afetam vida-de-prateleira Espécie, qualidade inicial e higiene Tipo de corte (inteiro eviscerado, filetado) Concentração de sal e teor de umidade Método de defumação - tempo x temperatura Composição da fumaça (fenólicos e carbonílicos) Tipo de embalagem, temperatura de estocagem 11. ÍNDICES DE QUALIDADE DO DEFUMADO Qualidade do produto final – grau de salga, tipo de defumação e secagem, combinados com o prétratamento, limpeza, escolha da espécie e qualidade inicial do pescado a ser processado Superfície brilhante e ausência de sais, coloração uniforme, dourada e textura firme (secagem e conteúdo de sal) 12. CUIDADOS IMPORTANTES PARA OBTENÇÃO DE UM BOM PRODUTO DEFUMADO 12.1 - Local de cultivo 12.2 - Qualidade origem, abate, evitar contaminação sucos digestivos, gelo 12.3 – Material in natura – fresco qualidade, em gelo (camadas),distribuição homogênea de gelo 12.4 - Material in natura - congelado congelamento rápido e estocados (-28ºC) 12.5 - Preparação lavagem, remover a viscosidade, sangue e escamas 12.6 - Salmouragem tempo ( tamanho e espessura do peixe e concentração de sal) 12.7 - Suspensão drenagem ao ambiente/sala refrigerada, inspeção (imperfeções) 12.8 - Fornos tradicionais limpeza, chamas, não acelerar processo,cinzas, serragem úmida 12.9 - Embalagem não embalar peixe quente, esfriar em estantes (circulação de ar) 12.10 - Estocagem por curto tempo – local refrigerado 12.11 - Estocagem por longo tempo - -28ºC 12.12 - Transporte do peixe defumado congelado manter as condições de congelamento, uso de gelo seco 12.13 - Higiene do local e pessoal 13. CONSIDERAÇÕES FINAIS Produto de qualidade Procedência do peixe Cuidados no abate e limpeza Aplicação de uma adequada metodologia Uso de madeira e sistema de queima (adequados) Aspecto visual do produto Embalagem e estocagem adequadas Boa rotina de limpeza desinfecção (programa sanitização) Implantação do sistema HACCP (Hazard Analysis Critical Control Point) Tabela 1 – Diferenças entre a composição madeira dura e madeira mole Componentes Fenol 0-cresol m-cresol p-cresol guaiacol Pirocatecol 4-metilguaiacol 4-metilpirocatecol 4-metilresorcinol 4-etilguaiacol siringol 4-vinilguaiacol 4-alilguaiacol 4-metilsiringol 4-etilsiringol 4-vinilsiringol 4-alilsiringol 4-propenulsiringol fenólica Porcentagem relativa em: Madeira dura Madeira mole 4 4 2 2 2 2 2 1 8 10 6 8 7 10 2 4 3 4 3 5 12 3 3 5 2 4 9 3 11 11 3 1 3 1 10 2 Fonte: Baltes et al. (1981), citados por MAGA (1987) da 0.45µg/kg 0.26µg/kg 0.49µg/kg 2.69µg/kg Tabela 7: Concentração de B(a)P em camadas superficiais (invisível) e em camadas inferiores (carne). Intervalo de tempo Imediatamente após a defumação Camada superficial Camadas inferiores Após 7 dias de estocagem Camadas superficiais Camadas inferiores a Concentração B(a)Pa (g/kg) 10,61 0,00 1,28 0,09 Média das duplicatas. Fonte: SIMKO (1991) Tabela 8: Modificações nas concentrações de B(a)P em peixe defumado durante a estocagem Tempo de estocagem (dias) 0 1 2 3 4 6 7 a média das duplicatas Fonte: SIMKO (1991) Concentraçãoa de B(a)P (g/kg) 0,58 0,42 0,22 0,21 0,19 0,12 0,12 Filetagem 20% (2:1) 30 min Salmouragem Lavar Pigmentação Drenagem 50ºC/60 min Fria = 30 a 40ºC/5h Solução água com extrato de urucum (6mL/15min) 60 min Secagem Defumação Quente = 50 a 80ºC/3h Figura 3 – Tipos de defumadores Figura 4 – Tipos de defumadores Figura 5 – Tipos de defumadores Figura 6 – Defumadores industriais Qualidade microbiológica e vida útil de filés de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) defumados e armazenados sob refrigeração ou congelamento Métodos de defumação Condições de armazenamento Períodos de armazenamento após a defumação M1= defumado a C1 = resfriamento frio com pigmentação P1 = 7 dias M2 = defumado a C2 = congelamento frio sem pigmentação P2 = 14 dias M3 = defumado a quente, com pigmentação P3 = 21 dias M4 = defumado a quente, sem pigmentação P4 = 28 dias Tabela 1- Contagem de coliformes fecais (ufc/g), Staphylococcus sp. e Salmonella sp analisados nos filés in natura e logo após os processos de defumação Legislação(1) Microrganismos In natura Técnica de defumação Defumado In natura Frio (T1) nº Coliformes fecais* Staphylococcus sp.* Salmonella sp. 2 2 3 < 10 < 10 5,9 x 10 - - 9,4 x 10 Ausente Ausente Presente 4 2 1,3 x 10 3 6,6 x 10 Ausente Quente (T2) Redução nº redução 97,80% 1,3 x 10 99,78% 92,98% 7,4 x 10 99,92% 1 Ausente Figura 1 – Médias transformadas ln (x + 0,5) dos valores observados de microrganismos nos filés defumados a frio e a quente, com e sem pigmentação (*) letras minúsculas iguais para cada microrganismo analisado, não diferem entre si, pelo teste de Tukey (P>0,05). Tabela 11 - Variação do rendimento em função da espécie e tamanho do peixe Surubim, Pintado Fresco ou congelado Grande = > 15 kg Médio = 10-15 kg) Pequeno = < 10 kg Rendimento após salga 24 horas e defumação 4 h (Líq./Natural) 50% 45% 40% Truta arco-íris Inteira e eviscerada Grande = 300 - 400 g Médio = 200 – 300 g Pequeno = < 200 g Rendimento após salga 24 horas e defumação 4 h (Líq./Natural) 80% 70% 65% Fonte: VEIGA, M, citado por PINTO NETO (1995) Tabela 12 - Rendimentos obtidos no processo de defumação Espécie tamanho Arenque Grande Arenque Médio Arenque pequeno Surubim Fonte: NUNES (1999) Forma de Tempo de apresentação defumação 1 a 15 dias 1 a 15 dias 1 a 15 dias Inteiro eviscerado rendimento 51% a 78% 42% a 76% 39% a 75% 40% a 50% Tabela 13 - Variação no rendimento – tamanho x tempo de defumação Arenque Tamanho Peixe fresco Cura Secagem (7 dias) em ar DEFUMAÇÃO 1 dia Grande Peso (g) 240,0 227,7 216,3 189,5 Rendimento 100% 94,9% 90,1% 78,8% Médio Peso (g) 215,0 201,2 159,9 163,9 Rendimento 100% 93,4% 90,9% 76,0% Pequeno Peso (g) 199,0 188,6% 183,4 150,3 Rendimento 100% 94,5% 92,0% 75,4% Fonte: VEIGA, M, citado por PINTO NETO (1995) 3 dias 10 dias 15 dias 170,3 70,9% 135,0 56,2% 122,9 51,2% 141,5 65,6% 105,3 48,8% 91,7 42,5% 128,0 64,1% 90,9 45,5% 77,5 38,8% Tabela 14 – Valores médios de peso e rendimento de filé e, perdas ocasionadas no processamento de defumação da matrinxã (Brycon cephalus) Formas de Processamento QUENTE FRIO Peso do Filé (g) In defumado Natura 397,66 390,57 252,87 261,33 Rendimento do Filé Perdas no processamento (%) (%) Defumado Filetagem Defumação Totais In natura 53,21 51,63 33,83 34,46 Teste F 0,62 ns 2,73 ns 0,48 ns 0,17 ns C.V. (%) 7,78 6,10 15,03 13,72 ns **- significativo (P<0,01) - não significativo (P>0,05) Fonte: SOUZA et al. (2001) 46,80 48,37 19,37 17,08 66,17 65,45 2,73 ns 6,71 17,26** 9,63 4,03ns 0,62 Tabela 16 - Composição centesimal* da matéria-prima e do produto final Componentes In natura Defumado Umidade (%) 69,38 1,03 59,79 0,28 Proteína - (N x 6,25) (%) 22,30 0,15 16,80 0,11 Gordura (%) 15,21 0,25 12,43 1,06 Cinza (%) 2,45 0,02 1,09 0,02 I.P (meq. peróxido/kg 6,76 0,37 8,84 0,38 gordura)** I.P (meq. peróxido/kg amostra) 0,84 0,05 1,34 0,06 TBA (mg MA/Kg amostra) 0,040 0,002 0,060 0,001 * feita em quadruplicata ** unidade expressa em meq. peróxido/kg gordura para efeito de comparação com dados citados na literatura. Fonte: GONÇALVES & PRENTICE-HERNÁNDEZ (1999) Tabela 17 - Variação na composição do arenque x tempo de defumação Composição Arenque fresco DEFUMAÇÃO 5 dias 10 dias 15 dias Água (%) 77,50 58,25 44,50 36,50 Proteínas (%) 14,30 28,37 33,94 37,43 Lipídios (%) 5,35 6,95 8,45 14,50 Cinzas (%) 2,21 10,35 13,68 15,34 NaCl (%) 0,92 9,50 9,70 9,60 Aw 0,98 0,89 0,85 0,82 Fonte: VEIGA, M, citado por PINTO NETO (1995) Tabela 18 - Análise microbiológica da matéria-prima in natura e produto defumado a base de anchova. Análises In natura Legislação* Defumado Legislação* 5,5 x 102 u.f.c ----- 1,1 x 102 ----- N.M.P Coliformes totais 7,8/g ----- u.f.c ----- N.M.P Coliformes fecais ausente máx. 102/g ausente máx. 102/g Staphylococcus aureus ausente máx. 103/g ausente máx. 103/g Vibrio parahaeomolyticus ausente máx. 5 x 103/g ----- ----- Pesquisa de Salmonella ausente ausente ausente ausente ----- ----- ausente máx. 5 x 103/g Contagem total Clostrídeos sulfito redutores CNNPA (4); u.f.c = unidades formadoras de colônias Fonte: GONÇALVES & PRENTICE-HERNÁNDEZ (1998) Tabela 19 - Vida útil de pescado defumado a frio Produto Temperatura Filé de bacalhau 16ºC 0ºC 2-6 dias 4-10 meses -9,5ºC - Filé de haddock 2-6 dias 4-10 meses - - - Filé de salmão 2-5 dias 4-10 meses - - - Tru3ta inteira 3-7 dias 6-10 meses - - - -20ºC - Peixe magro - - 1-3 meses Peixe gordo - - <1-2 meses 2-5 meses Fonte: FAO (1970) adaptado por NUNES (1999) -29ºC - 3,5-10 meses 7->12 meses 4,5->9 meses