JB NEWS
Informativo Nr. 723
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Loja Templários da Nova Era nr. 91 (GLSC)
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Florianópolis (SC), 19 de agosto de 2012
Edição deste domingo:
24 páginas em PDF
Bloco 1: Almanaque
Bloco 2: Opinião: “A Vaidade” – Ir. Nelson Camargo de Mello
Bloco 3: “Pra não dizer que não disse das Flores” – Ir. Barbosa Nunes
Bloco 4: Verbete da semana do “Vade-Mécum Ma’’cônico “Do Meio-Dia à MeiaNoite”do Ir. João Ivo Girardi
Bloco 5: Paranormalidade e Maçonaria (IV) – Ir. Hercule Spoladore
Bloco 6: Perguntas e Respostas do Ir. Pedro Juk: (Disposição do Esquadro e
Compasso no Grau 2)
Bloco 7: Destaques JB
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo de plena responsabilidade de seus autores.
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Livros Indicados:
Hoje, 19 de agosto de 2012, é o 232º. dia do calendário gregoriano.
Faltam 134 para acabar o ano.
Eventos Históricos
Para aprofundar-se na leitura clique nas palavras sublinhadas.
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293 a.C. - O mais antigo templo romano dedicado a Vênus foi fundado no monte Esquilino.
1561 - Rainha Maria Stuart regressa à Escócia.
1666 - Uma incursão militar inglesa ao estuário de Vliestroom destrói 130 navios holandeses na
Batalha conhecida como Fogueira de Holmes.
1692 - Julgamento das Bruxas de Salém: cinco mulheres e um clérigo são executados após terem
sido acusados de bruxaria.
1920 - O exército bolchevique é derrotado pelos poloneses, em Varsóvia.
1942 - Dieppe - França - Fracassa desembarque dos aliados na Normandia.
1945 - O Vietminh, liderado por Ho Chi Minh, assume o poder em Hanói, Vietnã.
1953 - Os Estados Unidos apoiaram o golpe que derrubou o primeiro-ministro do Irã, Mohammad
Mossadeq. O general Zahedi assumiu o poder.
1969 - Fundada a EMBRAER - Empresa Brasileira de Aeronáutica, maior fábrica de aviões do
Brasil, e que teve como seu primeiro produto o EMB-110 Bandeirante.
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1978 - Extremistas muçulmanos incendiaram um teatro no Irã, provocando a morte de 400 pessoas.
1981 - Entra no ar Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).
1990 - Leonard Bernstein rege, em seu último concerto, a Boston Symphony interpretando a 7ª
Sinfonia de Beethoven.
1996 - É inaugurado, em Osasco, SP, o CDT da Anhanguera, complexo de estúdios que pertence
ao SBT.
1999 - Em Belgrado, dezenas de milhares de sérvios protestam exigindo a renúncia do presidente
da Iugoslávia, Slobodan Milosevic
Feriados e Eventos cíclicos
Dia Mundial Humanitário
Dia Mundial da Fotografia.
Este dia é (ou pelo menos era) comemorado como o Dia da Independência no Afeganistão..
Dia da Aviação Agrícola (Decreto 97.669, de 19 de abril de 1989) - Evento local Brasil.
Dia do Artista de Teatro.
Dia Nacional do Historiador (Brasil).
Aniversário de Jardinópolis (Sãofatos
Paulo), Brasil
(emancipação
política). ia
maçônicos
do dia
(Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1831 Na reabertura da Maçonaria no Brasil, fundação da primeira loja maçônica do
Estado de São Paulo, ARLS Inteligência nr. 3924 (GOB/SP) de Porto Feliz,
anteriormente “Inteligência de Araritaguaba”.
1923 Fundação da Loja Regeneração Campinense nr. 1002, de Campina grande,
GOB/PB.
1940 O Marechal Pétain, chefe do governo de Vicky, obedece aos seus senhores
nazistas e dissolve o Grande Oriente de França.
1995 Fundação da ARLS Brusque Deutsche Loge nr. 59, de Brusque, que trabalha
no Rito Schröder (GOSC)
Academia Maçônica de Letras do Brasil.
Arcádia Belo Horizonte
www.academiamaconicadeletrasdobrasil.blogspot.com
Ir.'. Nelson Camargo de Mello
Loja Triumpho do Direito - Or.'. de Ibiporã – PR
VAIDADE, palavra pequena e de fácil pronunciamento, de tonalidade suave aos
ouvidos, porém, encerra em muitas ocasiões, situações gravíssimas no comportamento
do ser humano, com conseqüências desastrosas.
A vaidade, literalmente falando, é a qualidade do que é vão, vanglória,
ostentação, presunção malformada de si, futilidade, e etc. Dessas qualidades a vanglória
é perniciosa pois objetiva o indivíduo jactancioso, ou seja, presunçoso, arrogante e
frívolo.
A presunção malfundada de si traz em seu seio situações embaraçosas,
notadamente na Maçonaria, visto que aqui todos tratam-se por Irmãos e presume-se que
a verdade deve imperar sempre. Os detentores do altos Graus filosóficos sabem mais
que ninguém a se portarem como tal. Essa má fundamentação sobre si levanta
claramente suspeitas sobre a idoneidade daquilo falado.
A tão propalada vaidade feminina não traz conseqüências pois atém-se tãosomente na área de estética. A masculina quando não se atém às futilidades torna-se
algo de preocupação, encerra-se muitas vezes em disputas desnecessárias, gerando
graves problemas de ordem interna, principalmente quando essa vaidade inclui fator
poder. O fator poder é inerente ao ser humano, na Maçonaria no desbastar da Pedra
Bruta, ou seja, no seu próprio burilamento cada um recebe a incumbência de burilar a si
próprio e aos que estão a sua volta.
Arvorar-se na condição do dever cumprido, de ser possuidor de títulos ou de
possuir extensa bagagem maçônica, não contribui em nada para os destinos da Ordem.
Maçonaria se faz no dia-a-dia, na conquista permanente de novos adeptos e na tentativa
da melhoria constante da espécie humana. A busca incessante e permanente da
verdade faz da Sublime Instituição, organização sem similar.
A permanência da Maçonaria como instituição respeitável como é, deve
necessariamente contar com a renúncia das possíveis vaidades de seus membros para
o bem comum.
Mas, vemos com freqüência Irmãos desentendidos ou que se fazem de
desentendidos, querendo manter a ferro e fogo o seu círculo de poder. Apesar da
inerência do poder ao ser humano, o Maçom pelos ensinamentos recebidos não pode a
isso se ater.
A perpetuação de uma instituição passa, com absoluta certeza, pelo grau de
compreensão de seus membros e na renovação sistemática de suas lideranças. Cabe a
cada um de seus membros renunciar às vaidades e presunções infundadas para o bem.
A título de exemplo, tem Irmãos que gostam de apologizar-se, em descumprir a
legislação em vigor, criando com esses atos bolsões de intransigências, que mais tarde
derivam-se na mais pura vaidade e arrogância de ser um descumpridor, notadamente,
de um poder que não tem coercitividade, que afinal é o caso da Maçonaria.
Para vivermos em Igualdade, sem qualquer Grau de subordinação, é muito difícil;
porém, dentro da Maçonaria é necessário.
Não basta respeitar ao Irmão como homem, deve respeitar como Maçom. Não
importa qual o Grau ou Rito que freqüente, importa sim, o respeito pelo ato da Iniciação
e pela instituição a que o Maçom pertence.
Esta diversidade que o Maçom possui, deve ela crescer sempre em benefício da
ordem, e não transformar-se em um poço de orgulho, egoísmo e vaidade.
Ter vaidade de ser Maçom é muito bom e proveitoso, mas ser um Maçom
vaidoso e refém do poder, com absoluta certeza, não trará qualquer benefício à Ordem e
aos Irmãos.
O tripé de sustentação da Maçonaria: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, não
deve ser distorcido de sua real finalidade. Ao viciar qualquer ensinamento ou distorcê-lo
é um perjúrio, os Irmãos devem ter consciência disso.
As reuniões costumeiras e obrigatórias, deveriam servir como bálsamo às nossas
dificuldades e angústias do dia-a-dia. Infelizmente não é isso que amiúde presenciamos,
a praxe é uma guerra surda no sentido de manter posições, ou seja, o "statu quo ante",
isso é incompatível com o princípio da Sublime Instituição.
Entre um homem simplesmente vestido de Avental e um Maçom, tem uma
diferença significativa.
O valor monetário que cada um possui, não deveria servir de nível para o
empreendimento das ações internas. Cada expressão monetária entregue para a guarda
e aplicação de cada Irmão, feita pelo G:. A:. D:. U:., deve ser entendida como encargo e
não como alavanca do bem ou do mal. Cada centavo de real confiado a cada um, vai ser
exigida a respectiva prestação de contas. A parábola dos talentos vem a isso confirmar.
Ninguém é dono de nada, apenas o seu guardião, os Irmãos devem isso se lembrar, o
nivelamento pelo valor monetário disponível por cada um, não serve para a
caracterização do reconhecimento e vinculação maçônica. Cada Irmão deve ser
entendido e aceito independentemente, o que vale e significa muito para a Maçonaria
são os fatores intrínsecos, isto é, os fatores internos da Ordem, a sua irradiação de
valores humanos, hauridos por seus membros em Loja.
A Maçonaria é uma escola de humanismo e disso ninguém pode duvidar. Tanto
no estudo da filosofia, da filologia e no campo social, a Maçonaria incute aos seus
adeptos essa capacidade de modificação no comportamento e na visão geral da
sociedade, notadamente, nas condutas de moral e ética.
Portanto, dentro da ordem, não há espaço para as vaidades pessoais, devemos
sim, preservá-la e mantê-la fora dessas situações tão comprometedoras de seu futuro.
Não temos o direito de atentar contra seus sublimes princípios.
Meus Irmãos reflitamos nossas atitudes.
“SE AS JOIAS SÃO MÓVEIS, NINGUÉM PODE SE PERPETUAR NO PODER, PORQUE A MAÇONARIA
É UMA SOCIEDADE DE IGUAIS”
Ir Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, delegado de polícia aposentado, professor e
Grão-Mestre da Maçonaria Grande Oriente do Estado de Goiás – [email protected]
Produzindo este artigo em todas as manhãs das quintasfeiras, envolvido psicologicamente, como toda a
população brasileira, inspirava-me abordar a “Ação Penal
470”, pela inteligência do povo designada “Mensalão”,
que começou a tomar dimensões inéditas graças à
imprensa.
Foi um esquema de compra de votos de
parlamentares. Agora, no julgamento que é um teatro de
grande audiência, acusado pelo procurador geral da
República, Roberto Gurgel, que pediu a condenação dos 36 réus, em 5 horas de uma
peça jurídica profunda, mas muito pedagógica, entendida e aceita pela população,
como narrativa detalhada e verdadeira dos fatos. Segundo o procurador, foi o “mais
atrevido e escandaloso caso de corrupção e desvio público”.
No princípio do “Contraditório” e da “Ampla Defesa”, assegurado pela
Constituição Federal, os renomados advogados, alguns nem tanto, mas aproveitando
a exposição na televisão para se promoverem, manifestam-se especialmente, em
relação, segundo eles, a inexistência de provas.
Desqualificam o processo. Afirmam que o julgamento parece tortura. Dizem que
não há provas que o Mensalão tenha existido, desvinculam os clientes das ações
ilícitas. Quanto a Marcos Valério, disse seu advogado: “Ele é um homem de prestígio,
premiado diversas vezes pelo que conquistou e não por alianças ilegais, sendo muito
pacato”.
O ex ministro da Justiça, orientador do ex-presidente Lula, Márcio Thomaz
Bastos, argumenta inocência para seu cliente. Outro defensor disse: “Lavagem de
dinheiro é ideia fantasmagórica”, contestam as acusações de Gurgel, declarando: “A
denúncia trouxe diversas armadilhas”, e não concordam com a definição de
“quadrilha”, utilizada no processo.
Outro defensor: “O STF deve separar mensageiros de mensaleiros”, e por fim, em
defesa do ex-deputado Roberto Jefferson, que denunciou o esquema em 2006, o
advogado Luiz Francisco Correa Barbosa, trouxe o ex-presidente Lula ao debate,
afirmando: “Ele não só sabia, como ordenou o que vinha acontecendo aqui no
Congresso”.
Outra defesa disse que os depoimentos constantes do processo são de
indivíduos não confiáveis, criticando na mesma linha de outros defensores dos réus,
que o Ministério Público não foi capaz de apresentar provas.
Pensava no título deste artigo assim: “Todos são inocentes. Condene-se o
procurador geral da República”.
A linguagem específica usada por juristas em suas mais diversas atuações,
contem expressões e palavras na construção de textos. Às vezes, torna-se difícil a
compreensão e interpretação do povo que não é detentor da competência jurídica.
Mas, é extremamente capaz de fazer o seu julgamento, sobretudo neste momento em
que a imprensa é muito investigativa e as redes sociais são vias imediatas, em
poucas horas disseminando notícias e conclamando para avaliações sobre os mais
diversos fatos.
Na imprensa, nas redes sociais e na voz do povo que nasce de maneira
espontânea no meio da atual sociedade brasileira, a verdade está com o procurador
geral da República, Roberto Gurgel, na sua peça acusatória.
Não tenho grande expectativa quanto ao julgamento que se inicia. Comenta-se
que poderá acontecer um empate. O que seria um resultado histórico desastroso para
a justiça brasileira que tem na sua cúpula, 11 cidadãos integrando o Supremo
Tribunal Federal e que acreditamos serem sensíveis ao clamor público. Embora
ministros do STF, desembargadores e juízes Brasil afora, repetidamente tenham
afirmado: “Pelo clamor não deve haver julgamento e sim pelos autos”.
Agora, saio do ambiente que nos entristece quanto a atos de corrupção
praticados por aqueles que deveriam ser o exemplo e devem ser julgados com
isenção e sem interferência político-partidária, para chegar a Geraldo Vandré,
paraibano, nascido em 1935, advogado, um dos maiores compositores brasileiros,
cuja honra tive em participar de uma entrevista coletiva concedida à imprensa, na TV
Anhanguera, juntamente com jornalistas goianos.
Geraldo Vandré na composição “Fica mal com Deus”, assim falou com o Grande
Arquiteto do Universo: “Fica mal com Deus quem não sabe dar, Fica mal comigo
quem não sabe amar. Pelo caminho vou, como quem vai chegar. Quem quiser
comigo ir, tem que vir do amor, tem que ter pra dar.”
A composição, “Pra não dizer que não falei de flores”, também conhecida como
“Caminhando”, cantada e interpretada por Geraldo Vandré, transformou-se em hino
de resistência do movimento civil e estudantil que fazia oposição à ditadura durante o
governo militar e foi censurada. Ficou em segundo lugar no 3° Festival Internacional
da Canção, perdendo para “Sabiá”, de Chico Buarque e Tom Jobim.
Anteriormente em 1966, Geraldo Vandré ficou em primeiro lugar com sua música
“Disparada”, que foi interpretada por Jair Rodrigues, ao lado de “A Banda”, de Chico
Buarque.
“Nas escolas, nas ruas, campos, construções, Somos todos soldados, armados
ou não, Caminhando e cantando e seguindo a canção, Somos todos iguais braços
dados ou não, Os amores na mente, as flores no chão, A certeza na frente, a história
na mão, Caminhando e cantando e seguindo a canção, Aprendendo e ensinando uma
nova lição, Caminhando e cantando e seguindo a canção, Somos todos iguais braços
dados ou não, Nas escolas nas ruas, campos, construções, Caminhando e cantando
e seguindo a canção”.
O refrão: “Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora,
não espera acontecer”, foi interpretado como um chamado à luta armada contra o
momento vivido pelo país naquela época. Em 1968, com o Ato Institucional n° 5,
Vandré foi obrigado a exilar-se, indo para o Chile e França, voltando ao Brasil em
1973, quando ficou vigiado de perto pelos militares, sem poder expressar o retrato do
Brasil à época. Posteriormente, abandonando a vida artística, passando a atuar como
advogado.
O título “Pra não dizer que não falei de flores”, fica ao seu critério se quiser alterálo para “Todos são inocentes. Condene-se o procurador geral da República”.
O autor, Ir. João Ivo Girardi é Obreiro da Loja
Obreiros de Salomão nr. 39 (Blumenau) e este
verbete é um dos mais de 3.000 constantes de
sua obra de 700 páginas, intitulada
“Vade-Mécum Maçônico - Do Meio-Dia à MeiaNoite”.
Contato: [email protected]
JUSTIÇA MAÇÔNICA:
1. Extraído da Constituição e do Regulamento Geral da GLSC: A Justiça Maçônica será exercida: I - nas
Lojas: a) pelo Conselho de Mestres-Maçons; b) pelo Conselho de Mestres Instalados. II - na Grande Loja: a)
pelas Grandes Luzes e Grandes Dignidades, em 1º grau; b) pela Assembleia Plenária, em 2º grau, c) pelo
Conselho de ex-Grão-Mestres. Ao Conselho de Mestres Instalados compete processar e julgar o Venerável
Mestre, os Vigilantes e os Ex-Veneráveis Mestres. O Conselho será composto por, no mínimo 5 Mestres
Instalados. Se insuficiente o número de Mestres Instalados da própria Loja, será o Conselho completado por
Mestres Instalados de outras Oficinas da Grande Loja, especialmente convidados para esse fim. Ao Conselho
de Mestres Maçons compete processar e julgar os Obreiros em primeiro grau, reunido em sessão de Câmara
do Meio, especialmente convocada para esse fim. A denúncia, nas Lojas competirá ao Orador, e na Grande
Loja, ao Grande Orador. Em todas as instâncias e em qualquer fase do processo poderá haver sindicâncias,
inquéritos e assessoramento de comissões técnicas a fim de produzir-se prova suficiente ao esclarecimento da
verdade. Tem o acusado o direito a estar presente no julgamento e nomear defensor, sempre na pessoa de
Mestre Maçom ou de Mestre Instalado, ao menos que este pretenda defender-se em causa própria. A decisão
nos Colegiados será tomada por maioria absoluta, mediante votação pessoal e secreta. Se considerada
procedente a denúncia, serão aplicadas as seguintes penalidades. I - ao maçom: exclusão do Quadro da Loja e
perda de seus direitos maçônicos. O Obreiro que se sentir prejudicado poderá recorrer à Assembleia Plenária.
2. Como se ensina em Maçonaria, reto é o passo do justo e reto é o seu caminho. O preceito do maçom é este:
devemos fazer aos outros aquilo que queremos que nos façam. É preciso lembrar que essa norma deve ser
positiva, pois, no caso contrário não será maçônica.
3. No Grau 7, a virtude a ser desenvolvida é o espírito da justiça. Por isso é que os iniciados nesse grau
recebem o título de Preboste e Juízes. Esse simbolismo é baseado em uma tradição que diz que ter Salomão
instituído, após a construção do Templo, um tribunal composto por sete Prebostes e Juízes, que se incumbiam
de ouvir e julgar as reclamações que o povo apresentava.
4. A sabedoria que deve ser cultivada para quem administra a distribuição da justiça é a de que o espírito
humano não deve ficar preso a limitações dogmáticas. Essa assertiva vale tanto para os dogmas da religião
como para os princípios da ordem jurídica. As religiões têm seus pontos indiscutíveis, que são os artigos de fé;
os ordenamentos jurídicos têm suas cláusulas pétreas, que não devem ser contestadas sob pena de ser
derrubado até mesmo o Estado que, as inspirou. A própria Maçonaria tem seus Landmarks, postulados que
orientam e dão uniformidade à pratica maçônica; todavia, quando chegar o momento, se for necessário,
mesmo os artigos de fé e as cláusulas pétreas podem ser discutidos e, se verificada a sua inadequação, devem
ser derrogados.
5. Henry C. Clausen em seu Comentários sobre Moral e Dogma, assim pontifica: Na Maçonaria, aprendemos
que a Justiça imparcial protege as pessoas, propriedades, felicidade e reputação. Envolve punição e a
possibilidade também de retribuição e arrependimento pelo mal cometido e pelas perversidades. Todo
criminoso, todos que proferem palavras fúteis, e todos que praticam más ações se apresentam destituídos de
tudo, apenas com sua culpa, perante Deus. Existe a Justiça Divina, assim como a Justiça do homem. O que
foi feito ou omitido nunca poderá ser apagado. E uma verdade inegável que a maldade e a injustiça, uma vez
cometidas ou omitidas, não podem ser desfeitas. As consequências são eternas. A maldade contém a sua
própria penalidade retroativa. Reparação ou remorso poderão resultar em perdão, porém, o ato ou Omissão
jamais são apagados. A Maçonaria tenta refrear os homens da injustiça que contém piedade e misericórdia.
Não devemos olhar com desprezo para quem causa desgraça e ofende; mas sim, deve haver preocupação de
nossa parte como ele poderá se recuperar. Lembre-se de que você, também, algum dia, poderá aparecer
diante da Justiça, se já não tiver aparecido; ou talvez você tenha escapado à apreensão! Aqueles investidos
com o poder de julgar quer como Juiz ou júri, devem agir com paciência, corretamente e com imparcialidade,
isentos de preconceitos, prejuízos e considerações pessoais, e analisar com cuidado os fatos e argumentos
antes de tomarem uma decisão. Nossa grande meta é encontrar os meios mais eficazes de impedir e lidar com
o mal e a injustiça, e de reforçar as leis de Deus e dos homens.
6. A Justiça aparece representada no Painel Alegórico do Grau de Aprendiz como uma das borlas colocadas
nos ângulos da Orla Dentada.
7. Máximas: A justiça é a mães de todas as virtudes e a fraternidade as aproxima. (A). - A causa que
defendemos, não é só nossa, ela é igualmente a causa de todo o Brasil. Uma República Federal baseada em
sólidos princípios de justiça e recíprocas conveniências uniria hoje todas as Províncias irmãs, tornando mais
forte e respeitada a Nação Brasileira. (Bento Gonçalves). - A moral é filha da justiça e da consciência - é
uma religião universal. (Antoine Rivarol). - Faz o que for justo. O resto virá por si só. (Goethe). - A primeira
igualdade, é a justiça. (Victor Hugo). - Se ages contra a justiça e eu te deixo agir, então a injustiça é minha.
(Gandhi). - A justiça atrasada não é justiça; senão injustiça qualificada e manifesta. (Rui Barbosa).
8. Complementos da GLSC: Justiça Maçônica: (...) A Maçonaria, como Escola inimitável de Alta Moral,
não se preocupa e nem propaga entre seus Iniciados os princípios metafísicos que conformam a justiça
divina, mesmo porque ela é indemonstrável aos padrões de conhecimento humano, já que se lastreia nos
pressupostos de amor e fé - um amor que não é sentido nos moldes humanos e uma fé que se sente, mas não
se explica por nenhum meio ou forma cientificamente conhecida. A Maçonaria e todos os maçons aceitam e
creem e esperam essa Justiça Divina, sem, contudo, discuti-la na sua conformação. A justiça que a
Maçonaria prega, por ela e em nome dela é exatamente esta nossa justiça humana, muito mais conhecida e
sentida pelo seu lado oposto ou negativo - a injustiça. Não é, por conseguinte, uma justiça própria, uma
justiça construída pela Maçonaria, só para fins internos maçônicos. É esta mesma justiça profana
comutativa, também chamada de equitativa, distributiva, socializável, mas ainda não idealmente socializada
que ela, a Maçonaria, se bate para que impere na Humanidade, porquanto só assim reinarão a Paz, a
Harmonia, a Fraternidade, a União, o Amor e a Felicidade entre todos os homens na face da Terra. Com o
mesmo peso que pesares serás pesado, eis uma síntese singela da justiça humana. Ao longo da História da
Humanidade a ideia de justiça assim evoluiu: Na Grécia Antiga, Platão, a ela ser referindo, chamava-a de
Suprema Virtude, e Aristóteles a conceituava numa beleza literária como nunca se igualou em nossos dias.
Dizia ele que ela, a Justiça, é a mais bela das virtudes morais, maravilhosa como a Estrela Vésper, o astro da
noite, ou a Estrela d`Alva, o astro da manhã. Em Roma, Cícero a denominava como rainha e senhora de
todas as virtudes. Na Hierosofia Cristã, S. Agostinho era veemente: Sem justiça a vida não seria possível, e se
não fosse, não haveria mérito em viver-se. Bem mais tarde o filósofo alemão Immanuel Kant expressaria com
outras palavras a mesma ideia agostiniana: Se esta pudesse desaparecer, não teria sentido e nenhum valor a
vida dos homens sobre a Terra. Aramburo, notável filósofo cubano assentou: Possamos todos nós estar
seguros de que a justiça existe na natureza da sociedade humana como a luz e o calor existem na natureza do
sol, e o vapor d’água e a eletricidade existem na atmosfera terrestre. Em que pese aos fatos incontestáveis de
ter a Justiça sua base primeira e mais coesa na própria natureza humana e, em particular, na consciência
social do homem; em que pese ao acerto de ser a Justiça a mais excelsa de todas as virtudes, mesmo assim
continuam atormentadoras, desafiantes, certas questões basilares e respeitantes ao verdadeiro conceito do
que seja ou venha a ser a Justiça, qual é a sua estrutura, e, acima de tudo, qual é o seu conteúdo. (C1ºIA).
(...) A Maçonaria Universal não abre mão das clássicas concepções de justiça, ao mesmo tempo escudar suas
lutas e pregações numa filosofia de respeito e dignificação do Homem como ente capaz de construir uma
sociedade onde prevaleçam os ideais supremos de paz profunda, harmonia irradiante e justiça niveladora,
hauridos nos mais puros e alevantados sentimentos de Fraternidade. Como conclusão geral deflui: I - A
Justiça não é um conceito puramente lógico, vazio de conteúdo. II - A Justiça não se desliga da Ética. Não
são conceitos iguais, mas estão sempre intimamente unidos porque a convivência social exige que as
condutas humanas sejam pautadas de acordo com os postulados da Moral. Justiça sem conteúdo moral é uma
ideia estéril para o desenvolvimento e progresso da sociedade humana. III - Respeito à dignidade da pessoa,
quando se trata de sopesar, entre os fins individuais e os coletivos na distribuição da justiça. IV - Sem Justiça
não há Paz e sem esta fica comprometida a Liberdade. V - Nuvens negras reveladoras de dificuldades,
complicações e lutas da vida atual não devem destruir as esperanças e anelos de que a Justiça será soerguida
entre os homens como instrumento indispensável de Paz e Harmonia Social. VI - A Ciência, as doutrinas
religiosas monoteístas e os ideais democráticos de uma grande parte da Humanidade ainda estão dominados
por umas quantas ideias fundamentais de conteúdo ético, capazes de, por si sós, apontarem o norte
verdadeiro de nossas ações no seio da comunidade. VII - A Paz há de ser sempre a resultante de um ideal
supremo de Justiça, e não de um simples e relativo equilíbrio de forças e poderes. A Declaração Universal
dos Direitos do Homem é um exemplo vivo desta afirmação. VIII - Tudo pode estar em crise, menos a ideia
de Justiça; nunca esteve ela tão despertada na consciência dos homens e dos povos quanto está hoje em dia,
muito embora e paradoxalmente sejam as realizações de justiça as que mais são eclipsadas e enfraquecidas.
IX - Quem planeja e constrói o futuro somos nós mesmos. A Justiça e a Paz neste mundo são obras humanas,
e, portanto, a nós homens - especialmente os maçons - cabe especificamente essa tarefa de construir sobre os
alicerces dos valores culturais do passado e nos quais sempre estiveram presentes a ideia e o ideal de Justiça.
X - Justiça e Caridade, Paz e Amor são conceitos entre si íntimos e interpenetráveis. XI - A Justiça Social
que hoje todos nós ambicionamos, para ser eficaz há de estar unida à Caridade Social. XII - Enquanto
perdurar o clima de antagonismo, tensões e receios em que hoje vivemos, dificilmente brilhará em nosso
mundo a paz e a justiça, exatamente porque num ambiente de egoísmo e materialismo não pode florescer a
Justiça. Esta, como sentimento, como virtude, como valor espiritual, não pode ser dissociada do conjunto dos
demais sentimentos, valores e ideais nobres, necessários para o desenvolvimento de uma vida social
harmônica e plenamente humana. Tem-se dito que todo o problema do nosso tempo é um problema de Amor.
XIII - Esperemos que a Justiça, repleta de conteúdo moral e num ambiente de compreensão e fraternidade
entre os homens, chegue, algum dia não demasiado distante, a imperar no mundo. Esta, a ideia e o ideal de
justiça que convém à Maçonaria. Esta é uma grande esperança de todos os Maçons. Esta, a grande e
gratificante tarefa que devem empreender e dela se orgulhar todos os Iniciados na Arte Real. (CII1ºIA).
Rituais: (...) a Justiça de Salomão, justiça maçônica, é pronta e rápida como os raios que emanam da
Espada Flamígera. (RA). (V. Borlas, Direito, Espada Flamígera, Injustiça, Juízes, Júri, Justiça, Preboste,
Salomão).
Comentário Atual: No julgamento da Ação Penal 470 no STF, conhecida como Mensalão, um dos
advogados de defesa de um dos réus cita a frase: Ainda há juízes em Berlim: A frase ‘Ainda há juízes em
Berlim’ remete a um caso que se tornou famoso. Estamos em 1745, na Prússia. Um moleiro tinha o seu
moinho nas cercanias do palácio do rei Frederico II, déspota esclarecido, amigo dos intelectuais. Um dos
bajuladores do soberano tentou removê-lo dali, porque julgava que aquilo maculava a paisagem. Ele se negava
a sair. Frederico o chamou para saber a que se devia a sua resistência. E ele, então, teria dito a célebre frase:
Ainda há juízes em Berlim. Para o moleiro, a Justiça, aquela com a qual contava, não haveria de distingui-lo
do rei. A história parece verdadeira. A frase é coisa de escritor. É de autoria de François Andrieux, que
escreveu, em versos, o conto O Moleiro de Sans-Souci. Apenas para lembrar, Frederico II da Prússia é um
personagem de destaque na história da Maçonaria dos Altos Graus.
De um internauta: Já que não há culpados, os advogados dos réus deveriam procurar um bóson de Higgs
do mensalão: aquele que dá massa de dinheiro as “partículas” dos partidos.
PARANORMALIDADE E MAÇONARIA ( IV)
Cadeia de União
Efeitos à distância
Autor: Ir Hercule Spoladore
LOJA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS “BRASIL”
Londrina – PR -
A Cadeia de União teria sua origem na Maçonaria Operativa, onde os
profissionais da construção, os pedreiros, os canteiros que eram talhadores de pedra
usavam uma corrente de ferro para delimitar a área de construção.
Fincavam no chão em torno destas construções, estacas de madeiras as
quais eram inseridas em cada elo da corrente.
Na entrada desta área era deixada uma abertura através de dois postes de
madeira, área delimitada geralmente tinha a forma retangular.
No Rito de Schröder ou Alemão a Cadeia de União é obrigatória no final de
cada Sessão. Ela é uma prática ritualística nos demais Ritos, menos no Trabalho de
Emulação (ou ainda impropriamente chamado de Rito de York Inglês no Brasil), no qual
não existe Cadeia de União e ignora esta prática. No Rito de Schröder ela é feita com os
Irmãos dando-se as mãos naturalmente. Nos demais Ritos os Irmãos cruzam os
antebraços, o direito sobre o esquerdo e dão-se as mãos.
Diga-se de passagem, que esta prática foi introduzida na Maçonaria única
e exclusivamente para a transmissão da Palavra Semestral. Nada mais. Nada de
esoterismo, religião ou explicações científicas a respeito.
Entretanto, os introdutores deste procedimento maçônico não poderiam
imaginar que hoje em pleno século XXI a Cadeia de União, através dos enxertos
ritualísticos criasse novos usos, num sincretismo religioso, esotérico todo especial, que
nada tem a ver com a verdadeira Maçonaria.
Interessante notar que a “criação” transcendeu aos criadores. As atuais
finalidades da Cadeia de União são: alem da transmissão da Palavra Semestral que
muito pouco os maçons a usam, porque não lhes é solicitada, as orações em corrente
para Irmãos ou parentes enfermos, em favor de Irmãos falecidos, ou quando dois Irmãos
estão em desavença, e também ela é usada até em sessões fúnebres.
Não nos importa se ela do ponto de vista de seu aparecimento na Ordem
ela teria uma finalidade única, os seus usos atuais seriam apenas um enxerto a mais.
Afinal, o Rito Escocês Antigo e Aceito em especial aqui no Brasil é o maior depositário
de enxertos, invenções e compilações e achismos que se conhece no mundo da
Maçonaria.
Vamos conceituar o nosso ponto de vista e relaciona-lo com a Cadeia de
União com o que ainda chamamos de paranormalidade, pois acreditamos que dentro em
breve será considerado como absolutamente com uma manifestação normal da mente
humana.
Os Irmãos quando vão para as sessões semanais de suas lojas, durante as
horas que precedem o início das mesmas, já terão a mente aberta e preparada e
estarão firmes no propósito de assistir as referidas sessões. Entram em loja, a qual é
aberta dentro de um ritmo determinado pelo ritual, baixa iluminação, é invocado o nome
de Deus. Se o condutores dos trabalhos o fizer de maneira bastante ordenada, com boa
dicção com emoção e não ficar gaguejando, e os Irmãos estiverem entre si em boa
harmonia, não resta a menor dúvida que cada Irmão entrará em um relaxamento
especial e muitos, em ondas Alpha. Cada um tornar-se-á uma pilha psíquica que se
carregará de uma energia mais ou menos uniforme. Dentro de uma hora de Sessão, as
mentes dos Irmãos deverão estar vibrando num mesmo cumprimento de onda e todos
voltados para uma mesma finalidade com a mesma identidade de pensamento, mesmo
que durante a Sessão haja alguma opinião em contrário. Afinal, a Maçonaria adota a
Dialética que é a arte de dizer e contraditar, para se chegar a uma verdade. E esta forma
democrática que cada Irmão tem para expressar a sua maneira de pensar independente,
não influirá na vibração uníssona de uma sessão maçônica.
As ondas Alpha emitidas pelo cérebro foram descobertas pelo médico
alemão Hans Berger em 1924, quando ele estudava o fenômeno da telepatia em um
paciente paranormal, vibrando o cérebro neste cumprimento de onda em 8 a 13 hertz
por segundo.
Nesta situação o indivíduo estará bastante relaxado, porem lúcido, alerta,
predominado o pensamento lógico e intelectual, quando haverá uma série de condições
mentais, que o colocam num estado de consciência bastante elevado, ou seja, o ideal
para se produzirem fenômenos paranormais ou então simplesmente de alteração de
consciência. Muito embora os fenômenos paranormais, na maioria das vezes, não têm
hora para serem produzidos.
Se no final da sessão for realizada uma Cadeia de União, a qual é
executada formando-se um círculo fechado, irmãos concentrados de mãos dadas,
formar-se-á uma bateria psíquica. Adiantaríamos ainda mais, uma verdadeira usina ou
central de energia mental muito poderosa.
Esta energia poderá tal qual o jato de água saido de uma torneira
espalhando-se irregularmente, mas que se regulado poderá ser direcionado para um
determinado fim. Geralmente as Cadeias de União são feitas em intenção a algum Irmão
enfermo. Enfim, ela terá o poder de uma oração poderosa.
Ressaltamos que pelo conhecimento que temos dos resultados da ação
desta força mental, ela poderá agir mental ou fisicamente.
Se ela pode influenciar a cura de um enfermo, é obvio que tendo o
comando mental dos Irmãos que a estão emitindo energia, ela poderá ser usada
também em um leque de opções bastante abrangente. Digamos que uma delas seria em
prol de paz mundial, por exemplo.
Imaginem, sabendo-se que só no Brasil temos cerca de 6.000 Lojas
maçônicas. Se cada loja executar este procedimento ritualístico no final de cada sessão
conforme se pratica no Rito Alemão e com uma finalidade nobre, temos a absoluta
certeza de que alguma coisa boa em algum lugar da Terra irá ocorrer.
Um estranho fenômeno ocorre numa cidade da França onde os praticantes
da Meditação Transcendental se reúnem anualmente. Lá, são recebidos como sinal de
bom agouro porque todos os anos durante o tempo em que são realizadas estas
reuniões, a criminalidade diminue, as pessoas ficam mais calmas e alegres e sempre
algo de bom acontece.
Diz-se que na capital de um Estado brasileiro aconteceu um fato digno de
ser mencionado e que nos foi relatado por respeitáveis Irmãos daquela cidade. Um
Irmão engenheiro politraumatizado por um acidente automobilístico, estava na UTI em
coma profundo, assistido naquele momento por médicos maçons, a partir da hora em
que lhe canalizaram os efeitos mentais de uma Cadeia de União, começou a recobrar os
sentidos e acabou ficando curado. Simples coincidência? Atualmente freqüenta sua loja
normalmente. Esta informação foi pesquisada junto a vários Irmãos que houveram por
bem declinar seus nomes. É lógico, este assunto é considerado “tabu”. E ninguém gosta
de comentar. É um verdadeiro segredo.
Encaixaria nesta situação, uma das máximas dos ocultistas: “o visível é a
manifestação do invisível”. Temos Irmãos por este Brasil adentro que aceitam esta
afirmação com muita convicção. Entretanto, a corrente dos maçons ditos “autênticos”
que melhor deveriam ser chamados de documentais, se opõem em idéias à corrente dos
“místicos” não aceitando estes conceitos.
No caso do Irmão em coma, seu cérebro estava em nível mental chamado de
ondas delta (0,5 á 3,5 c/s). Do ponto de vista elétrico, pode-se chegar de duas maneiras
a este comprimento de onda: através do coma profundo, ou então através de exercícios
mentais especiais de maneira lúcida, isto é, sem anular os sentidos. Em ambos os casos
desaparecem os bloqueios entre consciente e o subconsciente. No estado em que se
encontrava o referido Irmão foi até mais fácil seu cérebro receber as emanações
oriundas das concentrações cerebrais dos Irmãos justamente pela ausência destas
barreiras, ou seja, estava totalmente receptivo.
Este mesmo procedimento tem sido usado pelas chamadas correntes de
orações que as denominações cristãs usam e muito tem favorecido tantos enfermos.
Então se pode perguntar se quem participa de uma Cadeia de União com
esta finalidade estaria praticando procedimentos religiosos dentro de nossos templos?
Ledo engano. As religiões que assim procedem estão apenas se utilizando de um
processo mental já conhecido há milhares de anos, ou seja, da energia psíquica, que
lhes dão os mais variados nomes e as mais diferentes explicações. No entanto,
sabemos que a mente humana é uma fonte infinita de energia cósmica e esta independe
das religiões.
Alguns Irmãos de algumas denominações cristãs evangélicas por uma
questão de princípios religiosos se recusam participar da Cadeia de União, alegando
que a mesma não poderá ser usada como se estivessem os Irmãos orando, em favor de
algum Irmão enfermo já que as orações para este fim, somente poderão ser realizadas
dentro de seus templos. Questão de ponto de vista e de fé. Não entraremos em debate
quando existir fé na polêmica, porque respeitamos a maneira de pensar de todos os
nossos Irmãos.
Parece que os Irmãos de um modo geral gostam de participar de uma
Cadeia de União em favor de algum enfermo, mas quando se trata de comentar seus
efeitos, seus resultados, o bem que ela causou, eles emudecem. Preferem não
comentar. Apenas alguns ousam.
Em todo o nosso trabalho fizemos questão de evidenciar uma energia que
todos nós temos, sem a necessidade de sermos paranormais e que quando somada a
dos demais Irmãos ela se torna muito poderosa formando uma verdadeira bateria, e que
esta bateria psíquica não é apanágio das religiões. Trata-se apenas de uma capacidade
mental especial que o GADU deu a cada ser humano. Resta somente sabermos
condensa-la e usa-la sempre para o Bem, de preferência fora dos templos, já que a
Cadeia de União foi criada tão somente para a transmissão da Palavra Semestral.
O Ir Hercule Spoladore
estará na Loja “Templários da Nova” em Florianópolis
na quinta-feira (23) onde falará sobre a “Bilocação de Consciência”
Contato: [email protected]
O presente bloco,
a cargo do Ir. Pedro Juk,
está sendo apresentado às
quartas-feiras sábados e domingos.
Disposição do Esquadro e o Compasso
no Grau 2
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão José Aparecido
dos Santos, Loja Justiça, Grande Oriente do Paraná (COMAB),
Oriente de Maringá, Estado do Paraná. [email protected]
Surgiu uma dúvida e isto já vem em várias sessões de trabalho o qual
solicito deste nobre amigo, irmão em efetuar um estudo e dar o seu retorno sobre o
tema abaixo;
- Disposição do Esquadro e Compasso sob o Livro da Lei no Altar dos Juramentos,
sendo no Grau de Companheiro (REAA).
Sempre tenho visto a colocação do Compasso e o Esquadro com um das hastes por
baixo e a outra livre, sendo que a haste que fica do lado da Coluna Norte
por baixo e a outra haste livre por cima do Compasso na Coluna Sul.
Mas, tendo amigos, irmãos que citam que deve ser ao contrário e ficando
a haste da Coluna Norte por cima e a haste da Coluna Sul por baixo e em
pequena compreensão, o correto é a haste da Coluna Norte por baixo e a
haste da Coluna Sul por cima do Compasso, devido o Companheiro já ter parte de
sua compreensão e poder se dirigir para outra Coluna.
Peço o vosso estudo e retorno.
CONSIDERAÇÕES
Antes do comentário propriamente dito deixo aqui algumas ponderações que penso
serem necessárias. Assim estas abordarão o tema de maneira tradicional e sustentada
pela razão. Também não tenho a intenção de ferir ou desrespeitar esse ou aquele
ritual legalmente aprovado e em vigências nas três Obediências brasileiras. Assim
os rituais, mesmo que se desencontrem com os meus comentários, primeiro eles
devem ser inquestionavelmente obedecidos na forma da Lei. Questioná-los é a
questão e nunca os desobedecer.
A dúvida apresentada. A disposição entrelaçada entre as hastes do Compasso e os
ramos do Esquadro tem o sentido de indicar a evolução do Obreiro, dada à
consideração de que existe na Maçonaria Especulativa a intenção de preparar o
Homem pelo aprimoramento moral e intelectual. Alguns Ritos, como é o caso do
Escocês Antigo e Aceito ainda preceituam uma evolução que se embasa na tese de
que a materialidade é apenas e tão somente uma manifestação de exterioridade, o
que leva uma indicação simbólica para dois instrumentos imprescindíveis para a
edificação de uma boa obra – o Esquadro, nesse caso como emblema representativo
da matéria, enquanto que o Compasso, também nesse caso como insígnia da
espiritualidade, respeitadas aqui quaisquer convicções e crenças do material
humano. Dado a isso, os instrumentos imprescindíveis compõem junto com o Livro
da Lei a importante tríade conhecida da Maçonaria francesa como as Três Grandes
Luzes Emblemáticas e na inglesa como as Três Luzes Maiores.
No tocante a essa importância evolutiva, o Livro da Lei é o código de moral sobre o
qual o Obreiro presta a sua obrigação para cumprir e respeitar o que nele está
escrito, enquanto que o Esquadro e o Compasso tendem a representar essa
compreensão ao longo da vida. É exatamente daí que a Moderna Maçonaria
representa os seus universais três graus de evolução – Aprendiz, Companheiro e
Mestre. Como? Dispondo os dois instrumentos em três posições distintas conforme
o Grau.
Dadas essas breves considerações, o Esquadro e o Compasso como componentes
das Luzes Emblemáticas não são os mesmos de cunho operativos, literalmente
usados nas construções do passado. Há que se notar que o Esquadro e o Compasso
dispostos sobre o Livro da Lei compreendem os Paramentos da Loja e indicam
inclusive que a mesma está aberta, ou em trabalho. Não é dado a ninguém retirar
qualquer desses instrumentos para uso em passagens ritualísticas, pois para isso,
existem outros que suprem a necessidade, se for o caso, que representam o trabalho
operativo. Assim o conjunto das Três Grandes Luzes Emblemáticas fica visível para
observação de todos os ocupantes do Canteiro (Loja) como um código de moral e
compromisso assistido.
Todo esse resumo acima descrito tem a intenção de chamar atenção para o seguinte:
O Esquadro e o Compasso como componentes das Luzes Emblemáticas não
sugerem de maneira alguma o trabalho operativo, senão uma indicação de resultado
obtido pelos obreiros. Conforme a evolução e o aperfeiçoamento do trabalho a
disposição dos instrumentos simboliza a situação alcançada. No Rito Escocês
Antigo e Aceito, o número de Luzes acesas sobre o Altar ocupado pelo Venerável e
as mesas dos Vigilantes têm relação imediata com a disposição do Esquadro e o
Compasso – mais Luzes, mais esclarecimento.
Dadas essas considerações, o Esquadro componente das Três Luzes Emblemáticas,
não é operativo, portanto não possui cabo e é de ramos iguais. A sua relação
simbólica, nesse caso identifica a materialidade humana.
Apenas a título de esclarecimento, o Esquadro de ramos desiguais, ou com cabo, é
aquele preso ao colar do Venerável e tido como a joia do Mestre que dirige os
trabalhos. Esse tipo de Esquadro (operativo, ou com cabo) no rigor da tradição não
deveria ser usado sobre o Livro da Lei. Infelizmente, não é isso que se vê na
unanimidade dos rituais, onde muitos ritualistas não se aperceberam a existência de
diferença simbólica entre ambos.
Esses equívocos acabam por trazer dúvidas onde muitos Irmãos perguntam se o lado
menor fica a direita ou à esquerda na armação simbólica da Loja. Ora, se bem
compreendida a Arte, esse Esquadro não tem cabo, é de ramos iguais, portanto, não
faz qualquer sentido a questão.
Agora vem o caso do Compasso e o entrelaçamento com o Esquadro sobre o Livro
da Lei no Grau em questão. Da mesma forma como o lado do inexistente cabo do
Esquadro nesse caso, não existe qualquer regra racional que indique qual haste do
Compasso fique por sobre o ramo do Esquadro. Isso tanto faz. Basta que os
instrumentos sejam entrelaçados no Segundo Grau, já que essa indicação representa
o equilíbrio e tanto para à direita como para à esquerda não altera essa concepção.
Teses que indicam que deve ser para o Sul por ser o lado do Companheiro em Loja
são meras especulações. Esquadro e Compasso com integrantes dos Paramentos da
Loja não representam Aprendizes e Companheiros, todavia um conjunto
emblemático sugerindo que os trabalhos da Loja estão mais aprimorados.
Outro aspecto: No Rito Escocês original o Altar dos Juramentos fica no Oriente
diante do Altar ocupado pelo Venerável Mestre. Pois bem o Oriente é o Leste e no
Leste não tem nem Norte nem Sul, o quadrante é simplesmente o Oriente. Para
quem ainda possa sustentar a tese de que a ponta da haste aponte para o Sul, então
os ramos do Esquadro apontam para onde?
Tem mais. E os formatos de trabalho como é o caso do Inglês (Emulação, por
exemplo) que o Livro fica voltado para o Mestre da Loja (Venerável). Como ficaria
a tese de para onde estaria a ponta livre do Compasso, já que este fica voltado para o
Oriente?
Mesmo o Rito Americano (York) onde o Altar dos Juramentos é colocado no centro
do Templo. Nesse caso para a ponta livre apontar verdadeiramente para o Sul, terse-ia que abrir o Compasso a cento e oitenta graus? Não menos interessante seria a
de se achar uma maneira pela qual um dos ramos do Esquadro apontasse
diretamente para o Norte.
Finalizando, penso que em não raras vezes muitos Irmãos procuram dourar a pílula
sem que antes observassem o sentido racional da proposta doutrinária maçônica.
Nada está disposto na Loja por mero acaso, todavia para quaisquer considerações a
respeito, devemos antes deixar de lado a licenciosidade, bem como o fator do que
“se acha”. Também fica aqui o alerta de que pesquisar não o ato puro e simples de
se ler escritos em livros e já se imaginar que aquilo é Verdade. Pela própria
constituição da Maçonaria, tanto pelo seu sincretismo como pelo caráter sigiloso,
não se encontram conclusões claras e objetivas. Para tanto existem métodos que nos
conduzem a aproximarmo-nos da Verdade, não sem antes percorrermos um longo
caminho espinhoso e paciencioso.
Todo aquele que se envereda pela pesquisa e historiografia da Ordem, fará o seu
primeiro progresso quando compreender que em Maçonaria, raramente se
encontram conceitos prontos. Até pode acontecer, porém a questão é a arte de
perscrutar a sua veracidade.
T.F.A. - PEDRO JUK - [email protected] JULHO/2012.
Na dúvida pergunte ao JB News ( [email protected] )
que o Ir Pedro Juk responde ( [email protected] )
XLV (45º.) Encontro do Dia do Maçom
Termina hoje (19) o XLV 45º. ) Encontro do Dia do Maçom.
O Encontro que reúne mais de 1.200 pessoas em Florianópolis teve início
ontem com uma agradável programação com início às 09h00, mais
dirigida para Veneráveis e Vigilantes das Lojas jurisdicionadas da GLSC.
Um dos pontos altos foi no período da tarde no Templo da Grande Loja
de Santa Catarina com a Sessão Plenária, com a presença de
aproximadamente 900 pessoas. Uma excepcional Sessão sob a
poresidência dos trabalhos a cargo do Sereníssimo Grão-Mestre, Ir. João
Eduardo Noal Berbigier.
À noite, no Lagoa Iate Clube, LIC, após o qualitativo jantar, houve o
baile de gala.
Para encerramento dos trabalhos deste domingo a programação é a
seguinte:
11:00 h
12:30 h
15:00 h
Abertura do Salão Principal (LIC)
Almoço –
Premiação de fantasias (Blocos de Lojas e individuais)
Apresentação das Lojas Organizadoras do XLVI Encontro do
Dia do Maçom (Chapecó)
Premiação Lojas com maior delegação e maior representação
Encerramento
O XLV (45º.) Encontro do Dia do Maçom, tem a coordenação e
organização das Lojas do 2º. Distrito da GLSC, Lojas 14 de
Julho nº 03; Pitágoras nº 15; Solidariedade nº 28; Universo II
nº 57; Cavaleiros da Luz nº 64 e Templários da Nova Era nº
91.
Veja alguns registros fotográficos:
GM Ir. João Eduardo Berbigier
O Templo Nobre da GLSC lotado
A saudação ao Pavilhão Nacional
A chama que será levada pelo Ir. Marcos Bedin para Chapeço, sede do próximo Encontro
Da esquerda para a direita João Carlos da Silveira (Secretário Adjunto da CMSB) ; Wilson
Filomeno (PGM da GLSC) : Flávio Graff (Deputado do GM) : João Eduardo Noal Berbigier
(GM da GLSC) ; Wilson Steinwandter (Coordenador Geral do 45o. Encontro) ; Airton
Edmundo Alves (PGM da GLSC) e Alaor Francisco Tissot (GM do GOSC).
Rádio Sintonia 33 & JB News
Música, Cultura e Informação o ano inteiro. Rede
Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33.com.br
Luz! Tema abordado com belíssimo vídeo explicativo abordado
na Sessão Branca de ontem do XILV Encontro do Dia do Maçom, no Templo da GLSC
Fotografia dos anos 70 com o registro da visita do Ir Luiz Gonzaga (O Rei do Baião) à Loja
Maçônica Calixto Nóbrega, nº 15, fundada em 19 de Dezembro de 1952, sediada a Rua Francisco
Almeida de Figueiredo, na cidade de Sousa – PB.
Domingo é dia dos versos do Ir. Sinval.
Os de hoje falam de um sonhado jantar...
Ir Sinval Santos da Silveira*
Conto poético: UMA CONFISSÃO INACREDITÁVEL
Assisti a muitos acontecimentos, durante o período
em que trabalhei, quando adolescente, numa casa
de comércio.
Era um bar.
Na época, não existiam embalagens descartáveis, como
atualmente.
As garrafas eram reaproveitadas.
Valiam dinheiro.
Um jovem comparecia ao bar do meu pai, todas as
semanas, e vendia-lhe garrafas vazias.
Isto perdurou por muitos anos.
O bar foi vendido, permanecendo, apenas, as histórias
pitorescas, em minha família.
A que mais me marcou foi, após 40 anos, da sua venda,
receber um telefonema de um homem, pela voz, muito
angustiado, querendo comigo conversar.
Marcamos o dia, hora, e local do encontro.
Lembrei-me dele. Era aquele jovem que vendia garrafas,
agora um homem, já com idade avançada.
Confessou-me que todas, absolutamente todas, as garrafas
que vendeu, naquela época, foram furtadas do depósito, que
ficava nos fundos daquele comércio.
Portanto, meu pai comprava as garrafas que já lhe pertenciam.
Presenciei, após esta confissão, aquele homem chorar
copiosamente, embora decorridos mais de 40 anos dos
acontecimentos, por ele relatados.
Fez uma estimativa da fraude, e queria me devolver aquele
dinheiro, pois o tormento de consciência era insuportável,
e agravado, mais ainda, quando tomou conhecimento do
falecimento de meu pai.
A emoção foi muito forte, e choramos juntos... nada me devia.
Eu o perdoei, de todo o coração, ressaltando os seus méritos,
por aquele gesto inusitado, só visto numa pessoa depurada
pela absorção dos ensinamentos da vida.
Fiquei muito feliz, e ele em paz.
Veja mais poemas do autor:
Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/
* Sinval Santos da Silveira
Obreiro da ARLS.·. Alferes Tiradentes e Grande Orador da
M.·. R.·. Grande Loja de Santa Catarina
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Informativo nr. 0723