JB NEWS Informativo Nr. 723 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC Loja Templários da Nova Era nr. 91 (GLSC) Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Florianópolis (SC), 19 de agosto de 2012 Edição deste domingo: 24 páginas em PDF Bloco 1: Almanaque Bloco 2: Opinião: “A Vaidade” – Ir. Nelson Camargo de Mello Bloco 3: “Pra não dizer que não disse das Flores” – Ir. Barbosa Nunes Bloco 4: Verbete da semana do “Vade-Mécum Ma’’cônico “Do Meio-Dia à MeiaNoite”do Ir. João Ivo Girardi Bloco 5: Paranormalidade e Maçonaria (IV) – Ir. Hercule Spoladore Bloco 6: Perguntas e Respostas do Ir. Pedro Juk: (Disposição do Esquadro e Compasso no Grau 2) Bloco 7: Destaques JB Pesquisas e artigos desta edição: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo de plena responsabilidade de seus autores. \ Livros Indicados: Hoje, 19 de agosto de 2012, é o 232º. dia do calendário gregoriano. Faltam 134 para acabar o ano. Eventos Históricos Para aprofundar-se na leitura clique nas palavras sublinhadas. 293 a.C. - O mais antigo templo romano dedicado a Vênus foi fundado no monte Esquilino. 1561 - Rainha Maria Stuart regressa à Escócia. 1666 - Uma incursão militar inglesa ao estuário de Vliestroom destrói 130 navios holandeses na Batalha conhecida como Fogueira de Holmes. 1692 - Julgamento das Bruxas de Salém: cinco mulheres e um clérigo são executados após terem sido acusados de bruxaria. 1920 - O exército bolchevique é derrotado pelos poloneses, em Varsóvia. 1942 - Dieppe - França - Fracassa desembarque dos aliados na Normandia. 1945 - O Vietminh, liderado por Ho Chi Minh, assume o poder em Hanói, Vietnã. 1953 - Os Estados Unidos apoiaram o golpe que derrubou o primeiro-ministro do Irã, Mohammad Mossadeq. O general Zahedi assumiu o poder. 1969 - Fundada a EMBRAER - Empresa Brasileira de Aeronáutica, maior fábrica de aviões do Brasil, e que teve como seu primeiro produto o EMB-110 Bandeirante. 1978 - Extremistas muçulmanos incendiaram um teatro no Irã, provocando a morte de 400 pessoas. 1981 - Entra no ar Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). 1990 - Leonard Bernstein rege, em seu último concerto, a Boston Symphony interpretando a 7ª Sinfonia de Beethoven. 1996 - É inaugurado, em Osasco, SP, o CDT da Anhanguera, complexo de estúdios que pertence ao SBT. 1999 - Em Belgrado, dezenas de milhares de sérvios protestam exigindo a renúncia do presidente da Iugoslávia, Slobodan Milosevic Feriados e Eventos cíclicos Dia Mundial Humanitário Dia Mundial da Fotografia. Este dia é (ou pelo menos era) comemorado como o Dia da Independência no Afeganistão.. Dia da Aviação Agrícola (Decreto 97.669, de 19 de abril de 1989) - Evento local Brasil. Dia do Artista de Teatro. Dia Nacional do Historiador (Brasil). Aniversário de Jardinópolis (Sãofatos Paulo), Brasil (emancipação política). ia maçônicos do dia (Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal) 1831 Na reabertura da Maçonaria no Brasil, fundação da primeira loja maçônica do Estado de São Paulo, ARLS Inteligência nr. 3924 (GOB/SP) de Porto Feliz, anteriormente “Inteligência de Araritaguaba”. 1923 Fundação da Loja Regeneração Campinense nr. 1002, de Campina grande, GOB/PB. 1940 O Marechal Pétain, chefe do governo de Vicky, obedece aos seus senhores nazistas e dissolve o Grande Oriente de França. 1995 Fundação da ARLS Brusque Deutsche Loge nr. 59, de Brusque, que trabalha no Rito Schröder (GOSC) Academia Maçônica de Letras do Brasil. Arcádia Belo Horizonte www.academiamaconicadeletrasdobrasil.blogspot.com Ir.'. Nelson Camargo de Mello Loja Triumpho do Direito - Or.'. de Ibiporã – PR VAIDADE, palavra pequena e de fácil pronunciamento, de tonalidade suave aos ouvidos, porém, encerra em muitas ocasiões, situações gravíssimas no comportamento do ser humano, com conseqüências desastrosas. A vaidade, literalmente falando, é a qualidade do que é vão, vanglória, ostentação, presunção malformada de si, futilidade, e etc. Dessas qualidades a vanglória é perniciosa pois objetiva o indivíduo jactancioso, ou seja, presunçoso, arrogante e frívolo. A presunção malfundada de si traz em seu seio situações embaraçosas, notadamente na Maçonaria, visto que aqui todos tratam-se por Irmãos e presume-se que a verdade deve imperar sempre. Os detentores do altos Graus filosóficos sabem mais que ninguém a se portarem como tal. Essa má fundamentação sobre si levanta claramente suspeitas sobre a idoneidade daquilo falado. A tão propalada vaidade feminina não traz conseqüências pois atém-se tãosomente na área de estética. A masculina quando não se atém às futilidades torna-se algo de preocupação, encerra-se muitas vezes em disputas desnecessárias, gerando graves problemas de ordem interna, principalmente quando essa vaidade inclui fator poder. O fator poder é inerente ao ser humano, na Maçonaria no desbastar da Pedra Bruta, ou seja, no seu próprio burilamento cada um recebe a incumbência de burilar a si próprio e aos que estão a sua volta. Arvorar-se na condição do dever cumprido, de ser possuidor de títulos ou de possuir extensa bagagem maçônica, não contribui em nada para os destinos da Ordem. Maçonaria se faz no dia-a-dia, na conquista permanente de novos adeptos e na tentativa da melhoria constante da espécie humana. A busca incessante e permanente da verdade faz da Sublime Instituição, organização sem similar. A permanência da Maçonaria como instituição respeitável como é, deve necessariamente contar com a renúncia das possíveis vaidades de seus membros para o bem comum. Mas, vemos com freqüência Irmãos desentendidos ou que se fazem de desentendidos, querendo manter a ferro e fogo o seu círculo de poder. Apesar da inerência do poder ao ser humano, o Maçom pelos ensinamentos recebidos não pode a isso se ater. A perpetuação de uma instituição passa, com absoluta certeza, pelo grau de compreensão de seus membros e na renovação sistemática de suas lideranças. Cabe a cada um de seus membros renunciar às vaidades e presunções infundadas para o bem. A título de exemplo, tem Irmãos que gostam de apologizar-se, em descumprir a legislação em vigor, criando com esses atos bolsões de intransigências, que mais tarde derivam-se na mais pura vaidade e arrogância de ser um descumpridor, notadamente, de um poder que não tem coercitividade, que afinal é o caso da Maçonaria. Para vivermos em Igualdade, sem qualquer Grau de subordinação, é muito difícil; porém, dentro da Maçonaria é necessário. Não basta respeitar ao Irmão como homem, deve respeitar como Maçom. Não importa qual o Grau ou Rito que freqüente, importa sim, o respeito pelo ato da Iniciação e pela instituição a que o Maçom pertence. Esta diversidade que o Maçom possui, deve ela crescer sempre em benefício da ordem, e não transformar-se em um poço de orgulho, egoísmo e vaidade. Ter vaidade de ser Maçom é muito bom e proveitoso, mas ser um Maçom vaidoso e refém do poder, com absoluta certeza, não trará qualquer benefício à Ordem e aos Irmãos. O tripé de sustentação da Maçonaria: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, não deve ser distorcido de sua real finalidade. Ao viciar qualquer ensinamento ou distorcê-lo é um perjúrio, os Irmãos devem ter consciência disso. As reuniões costumeiras e obrigatórias, deveriam servir como bálsamo às nossas dificuldades e angústias do dia-a-dia. Infelizmente não é isso que amiúde presenciamos, a praxe é uma guerra surda no sentido de manter posições, ou seja, o "statu quo ante", isso é incompatível com o princípio da Sublime Instituição. Entre um homem simplesmente vestido de Avental e um Maçom, tem uma diferença significativa. O valor monetário que cada um possui, não deveria servir de nível para o empreendimento das ações internas. Cada expressão monetária entregue para a guarda e aplicação de cada Irmão, feita pelo G:. A:. D:. U:., deve ser entendida como encargo e não como alavanca do bem ou do mal. Cada centavo de real confiado a cada um, vai ser exigida a respectiva prestação de contas. A parábola dos talentos vem a isso confirmar. Ninguém é dono de nada, apenas o seu guardião, os Irmãos devem isso se lembrar, o nivelamento pelo valor monetário disponível por cada um, não serve para a caracterização do reconhecimento e vinculação maçônica. Cada Irmão deve ser entendido e aceito independentemente, o que vale e significa muito para a Maçonaria são os fatores intrínsecos, isto é, os fatores internos da Ordem, a sua irradiação de valores humanos, hauridos por seus membros em Loja. A Maçonaria é uma escola de humanismo e disso ninguém pode duvidar. Tanto no estudo da filosofia, da filologia e no campo social, a Maçonaria incute aos seus adeptos essa capacidade de modificação no comportamento e na visão geral da sociedade, notadamente, nas condutas de moral e ética. Portanto, dentro da ordem, não há espaço para as vaidades pessoais, devemos sim, preservá-la e mantê-la fora dessas situações tão comprometedoras de seu futuro. Não temos o direito de atentar contra seus sublimes princípios. Meus Irmãos reflitamos nossas atitudes. “SE AS JOIAS SÃO MÓVEIS, NINGUÉM PODE SE PERPETUAR NO PODER, PORQUE A MAÇONARIA É UMA SOCIEDADE DE IGUAIS” Ir Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, delegado de polícia aposentado, professor e Grão-Mestre da Maçonaria Grande Oriente do Estado de Goiás – [email protected] Produzindo este artigo em todas as manhãs das quintasfeiras, envolvido psicologicamente, como toda a população brasileira, inspirava-me abordar a “Ação Penal 470”, pela inteligência do povo designada “Mensalão”, que começou a tomar dimensões inéditas graças à imprensa. Foi um esquema de compra de votos de parlamentares. Agora, no julgamento que é um teatro de grande audiência, acusado pelo procurador geral da República, Roberto Gurgel, que pediu a condenação dos 36 réus, em 5 horas de uma peça jurídica profunda, mas muito pedagógica, entendida e aceita pela população, como narrativa detalhada e verdadeira dos fatos. Segundo o procurador, foi o “mais atrevido e escandaloso caso de corrupção e desvio público”. No princípio do “Contraditório” e da “Ampla Defesa”, assegurado pela Constituição Federal, os renomados advogados, alguns nem tanto, mas aproveitando a exposição na televisão para se promoverem, manifestam-se especialmente, em relação, segundo eles, a inexistência de provas. Desqualificam o processo. Afirmam que o julgamento parece tortura. Dizem que não há provas que o Mensalão tenha existido, desvinculam os clientes das ações ilícitas. Quanto a Marcos Valério, disse seu advogado: “Ele é um homem de prestígio, premiado diversas vezes pelo que conquistou e não por alianças ilegais, sendo muito pacato”. O ex ministro da Justiça, orientador do ex-presidente Lula, Márcio Thomaz Bastos, argumenta inocência para seu cliente. Outro defensor disse: “Lavagem de dinheiro é ideia fantasmagórica”, contestam as acusações de Gurgel, declarando: “A denúncia trouxe diversas armadilhas”, e não concordam com a definição de “quadrilha”, utilizada no processo. Outro defensor: “O STF deve separar mensageiros de mensaleiros”, e por fim, em defesa do ex-deputado Roberto Jefferson, que denunciou o esquema em 2006, o advogado Luiz Francisco Correa Barbosa, trouxe o ex-presidente Lula ao debate, afirmando: “Ele não só sabia, como ordenou o que vinha acontecendo aqui no Congresso”. Outra defesa disse que os depoimentos constantes do processo são de indivíduos não confiáveis, criticando na mesma linha de outros defensores dos réus, que o Ministério Público não foi capaz de apresentar provas. Pensava no título deste artigo assim: “Todos são inocentes. Condene-se o procurador geral da República”. A linguagem específica usada por juristas em suas mais diversas atuações, contem expressões e palavras na construção de textos. Às vezes, torna-se difícil a compreensão e interpretação do povo que não é detentor da competência jurídica. Mas, é extremamente capaz de fazer o seu julgamento, sobretudo neste momento em que a imprensa é muito investigativa e as redes sociais são vias imediatas, em poucas horas disseminando notícias e conclamando para avaliações sobre os mais diversos fatos. Na imprensa, nas redes sociais e na voz do povo que nasce de maneira espontânea no meio da atual sociedade brasileira, a verdade está com o procurador geral da República, Roberto Gurgel, na sua peça acusatória. Não tenho grande expectativa quanto ao julgamento que se inicia. Comenta-se que poderá acontecer um empate. O que seria um resultado histórico desastroso para a justiça brasileira que tem na sua cúpula, 11 cidadãos integrando o Supremo Tribunal Federal e que acreditamos serem sensíveis ao clamor público. Embora ministros do STF, desembargadores e juízes Brasil afora, repetidamente tenham afirmado: “Pelo clamor não deve haver julgamento e sim pelos autos”. Agora, saio do ambiente que nos entristece quanto a atos de corrupção praticados por aqueles que deveriam ser o exemplo e devem ser julgados com isenção e sem interferência político-partidária, para chegar a Geraldo Vandré, paraibano, nascido em 1935, advogado, um dos maiores compositores brasileiros, cuja honra tive em participar de uma entrevista coletiva concedida à imprensa, na TV Anhanguera, juntamente com jornalistas goianos. Geraldo Vandré na composição “Fica mal com Deus”, assim falou com o Grande Arquiteto do Universo: “Fica mal com Deus quem não sabe dar, Fica mal comigo quem não sabe amar. Pelo caminho vou, como quem vai chegar. Quem quiser comigo ir, tem que vir do amor, tem que ter pra dar.” A composição, “Pra não dizer que não falei de flores”, também conhecida como “Caminhando”, cantada e interpretada por Geraldo Vandré, transformou-se em hino de resistência do movimento civil e estudantil que fazia oposição à ditadura durante o governo militar e foi censurada. Ficou em segundo lugar no 3° Festival Internacional da Canção, perdendo para “Sabiá”, de Chico Buarque e Tom Jobim. Anteriormente em 1966, Geraldo Vandré ficou em primeiro lugar com sua música “Disparada”, que foi interpretada por Jair Rodrigues, ao lado de “A Banda”, de Chico Buarque. “Nas escolas, nas ruas, campos, construções, Somos todos soldados, armados ou não, Caminhando e cantando e seguindo a canção, Somos todos iguais braços dados ou não, Os amores na mente, as flores no chão, A certeza na frente, a história na mão, Caminhando e cantando e seguindo a canção, Aprendendo e ensinando uma nova lição, Caminhando e cantando e seguindo a canção, Somos todos iguais braços dados ou não, Nas escolas nas ruas, campos, construções, Caminhando e cantando e seguindo a canção”. O refrão: “Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, foi interpretado como um chamado à luta armada contra o momento vivido pelo país naquela época. Em 1968, com o Ato Institucional n° 5, Vandré foi obrigado a exilar-se, indo para o Chile e França, voltando ao Brasil em 1973, quando ficou vigiado de perto pelos militares, sem poder expressar o retrato do Brasil à época. Posteriormente, abandonando a vida artística, passando a atuar como advogado. O título “Pra não dizer que não falei de flores”, fica ao seu critério se quiser alterálo para “Todos são inocentes. Condene-se o procurador geral da República”. O autor, Ir. João Ivo Girardi é Obreiro da Loja Obreiros de Salomão nr. 39 (Blumenau) e este verbete é um dos mais de 3.000 constantes de sua obra de 700 páginas, intitulada “Vade-Mécum Maçônico - Do Meio-Dia à MeiaNoite”. Contato: [email protected] JUSTIÇA MAÇÔNICA: 1. Extraído da Constituição e do Regulamento Geral da GLSC: A Justiça Maçônica será exercida: I - nas Lojas: a) pelo Conselho de Mestres-Maçons; b) pelo Conselho de Mestres Instalados. II - na Grande Loja: a) pelas Grandes Luzes e Grandes Dignidades, em 1º grau; b) pela Assembleia Plenária, em 2º grau, c) pelo Conselho de ex-Grão-Mestres. Ao Conselho de Mestres Instalados compete processar e julgar o Venerável Mestre, os Vigilantes e os Ex-Veneráveis Mestres. O Conselho será composto por, no mínimo 5 Mestres Instalados. Se insuficiente o número de Mestres Instalados da própria Loja, será o Conselho completado por Mestres Instalados de outras Oficinas da Grande Loja, especialmente convidados para esse fim. Ao Conselho de Mestres Maçons compete processar e julgar os Obreiros em primeiro grau, reunido em sessão de Câmara do Meio, especialmente convocada para esse fim. A denúncia, nas Lojas competirá ao Orador, e na Grande Loja, ao Grande Orador. Em todas as instâncias e em qualquer fase do processo poderá haver sindicâncias, inquéritos e assessoramento de comissões técnicas a fim de produzir-se prova suficiente ao esclarecimento da verdade. Tem o acusado o direito a estar presente no julgamento e nomear defensor, sempre na pessoa de Mestre Maçom ou de Mestre Instalado, ao menos que este pretenda defender-se em causa própria. A decisão nos Colegiados será tomada por maioria absoluta, mediante votação pessoal e secreta. Se considerada procedente a denúncia, serão aplicadas as seguintes penalidades. I - ao maçom: exclusão do Quadro da Loja e perda de seus direitos maçônicos. O Obreiro que se sentir prejudicado poderá recorrer à Assembleia Plenária. 2. Como se ensina em Maçonaria, reto é o passo do justo e reto é o seu caminho. O preceito do maçom é este: devemos fazer aos outros aquilo que queremos que nos façam. É preciso lembrar que essa norma deve ser positiva, pois, no caso contrário não será maçônica. 3. No Grau 7, a virtude a ser desenvolvida é o espírito da justiça. Por isso é que os iniciados nesse grau recebem o título de Preboste e Juízes. Esse simbolismo é baseado em uma tradição que diz que ter Salomão instituído, após a construção do Templo, um tribunal composto por sete Prebostes e Juízes, que se incumbiam de ouvir e julgar as reclamações que o povo apresentava. 4. A sabedoria que deve ser cultivada para quem administra a distribuição da justiça é a de que o espírito humano não deve ficar preso a limitações dogmáticas. Essa assertiva vale tanto para os dogmas da religião como para os princípios da ordem jurídica. As religiões têm seus pontos indiscutíveis, que são os artigos de fé; os ordenamentos jurídicos têm suas cláusulas pétreas, que não devem ser contestadas sob pena de ser derrubado até mesmo o Estado que, as inspirou. A própria Maçonaria tem seus Landmarks, postulados que orientam e dão uniformidade à pratica maçônica; todavia, quando chegar o momento, se for necessário, mesmo os artigos de fé e as cláusulas pétreas podem ser discutidos e, se verificada a sua inadequação, devem ser derrogados. 5. Henry C. Clausen em seu Comentários sobre Moral e Dogma, assim pontifica: Na Maçonaria, aprendemos que a Justiça imparcial protege as pessoas, propriedades, felicidade e reputação. Envolve punição e a possibilidade também de retribuição e arrependimento pelo mal cometido e pelas perversidades. Todo criminoso, todos que proferem palavras fúteis, e todos que praticam más ações se apresentam destituídos de tudo, apenas com sua culpa, perante Deus. Existe a Justiça Divina, assim como a Justiça do homem. O que foi feito ou omitido nunca poderá ser apagado. E uma verdade inegável que a maldade e a injustiça, uma vez cometidas ou omitidas, não podem ser desfeitas. As consequências são eternas. A maldade contém a sua própria penalidade retroativa. Reparação ou remorso poderão resultar em perdão, porém, o ato ou Omissão jamais são apagados. A Maçonaria tenta refrear os homens da injustiça que contém piedade e misericórdia. Não devemos olhar com desprezo para quem causa desgraça e ofende; mas sim, deve haver preocupação de nossa parte como ele poderá se recuperar. Lembre-se de que você, também, algum dia, poderá aparecer diante da Justiça, se já não tiver aparecido; ou talvez você tenha escapado à apreensão! Aqueles investidos com o poder de julgar quer como Juiz ou júri, devem agir com paciência, corretamente e com imparcialidade, isentos de preconceitos, prejuízos e considerações pessoais, e analisar com cuidado os fatos e argumentos antes de tomarem uma decisão. Nossa grande meta é encontrar os meios mais eficazes de impedir e lidar com o mal e a injustiça, e de reforçar as leis de Deus e dos homens. 6. A Justiça aparece representada no Painel Alegórico do Grau de Aprendiz como uma das borlas colocadas nos ângulos da Orla Dentada. 7. Máximas: A justiça é a mães de todas as virtudes e a fraternidade as aproxima. (A). - A causa que defendemos, não é só nossa, ela é igualmente a causa de todo o Brasil. Uma República Federal baseada em sólidos princípios de justiça e recíprocas conveniências uniria hoje todas as Províncias irmãs, tornando mais forte e respeitada a Nação Brasileira. (Bento Gonçalves). - A moral é filha da justiça e da consciência - é uma religião universal. (Antoine Rivarol). - Faz o que for justo. O resto virá por si só. (Goethe). - A primeira igualdade, é a justiça. (Victor Hugo). - Se ages contra a justiça e eu te deixo agir, então a injustiça é minha. (Gandhi). - A justiça atrasada não é justiça; senão injustiça qualificada e manifesta. (Rui Barbosa). 8. Complementos da GLSC: Justiça Maçônica: (...) A Maçonaria, como Escola inimitável de Alta Moral, não se preocupa e nem propaga entre seus Iniciados os princípios metafísicos que conformam a justiça divina, mesmo porque ela é indemonstrável aos padrões de conhecimento humano, já que se lastreia nos pressupostos de amor e fé - um amor que não é sentido nos moldes humanos e uma fé que se sente, mas não se explica por nenhum meio ou forma cientificamente conhecida. A Maçonaria e todos os maçons aceitam e creem e esperam essa Justiça Divina, sem, contudo, discuti-la na sua conformação. A justiça que a Maçonaria prega, por ela e em nome dela é exatamente esta nossa justiça humana, muito mais conhecida e sentida pelo seu lado oposto ou negativo - a injustiça. Não é, por conseguinte, uma justiça própria, uma justiça construída pela Maçonaria, só para fins internos maçônicos. É esta mesma justiça profana comutativa, também chamada de equitativa, distributiva, socializável, mas ainda não idealmente socializada que ela, a Maçonaria, se bate para que impere na Humanidade, porquanto só assim reinarão a Paz, a Harmonia, a Fraternidade, a União, o Amor e a Felicidade entre todos os homens na face da Terra. Com o mesmo peso que pesares serás pesado, eis uma síntese singela da justiça humana. Ao longo da História da Humanidade a ideia de justiça assim evoluiu: Na Grécia Antiga, Platão, a ela ser referindo, chamava-a de Suprema Virtude, e Aristóteles a conceituava numa beleza literária como nunca se igualou em nossos dias. Dizia ele que ela, a Justiça, é a mais bela das virtudes morais, maravilhosa como a Estrela Vésper, o astro da noite, ou a Estrela d`Alva, o astro da manhã. Em Roma, Cícero a denominava como rainha e senhora de todas as virtudes. Na Hierosofia Cristã, S. Agostinho era veemente: Sem justiça a vida não seria possível, e se não fosse, não haveria mérito em viver-se. Bem mais tarde o filósofo alemão Immanuel Kant expressaria com outras palavras a mesma ideia agostiniana: Se esta pudesse desaparecer, não teria sentido e nenhum valor a vida dos homens sobre a Terra. Aramburo, notável filósofo cubano assentou: Possamos todos nós estar seguros de que a justiça existe na natureza da sociedade humana como a luz e o calor existem na natureza do sol, e o vapor d’água e a eletricidade existem na atmosfera terrestre. Em que pese aos fatos incontestáveis de ter a Justiça sua base primeira e mais coesa na própria natureza humana e, em particular, na consciência social do homem; em que pese ao acerto de ser a Justiça a mais excelsa de todas as virtudes, mesmo assim continuam atormentadoras, desafiantes, certas questões basilares e respeitantes ao verdadeiro conceito do que seja ou venha a ser a Justiça, qual é a sua estrutura, e, acima de tudo, qual é o seu conteúdo. (C1ºIA). (...) A Maçonaria Universal não abre mão das clássicas concepções de justiça, ao mesmo tempo escudar suas lutas e pregações numa filosofia de respeito e dignificação do Homem como ente capaz de construir uma sociedade onde prevaleçam os ideais supremos de paz profunda, harmonia irradiante e justiça niveladora, hauridos nos mais puros e alevantados sentimentos de Fraternidade. Como conclusão geral deflui: I - A Justiça não é um conceito puramente lógico, vazio de conteúdo. II - A Justiça não se desliga da Ética. Não são conceitos iguais, mas estão sempre intimamente unidos porque a convivência social exige que as condutas humanas sejam pautadas de acordo com os postulados da Moral. Justiça sem conteúdo moral é uma ideia estéril para o desenvolvimento e progresso da sociedade humana. III - Respeito à dignidade da pessoa, quando se trata de sopesar, entre os fins individuais e os coletivos na distribuição da justiça. IV - Sem Justiça não há Paz e sem esta fica comprometida a Liberdade. V - Nuvens negras reveladoras de dificuldades, complicações e lutas da vida atual não devem destruir as esperanças e anelos de que a Justiça será soerguida entre os homens como instrumento indispensável de Paz e Harmonia Social. VI - A Ciência, as doutrinas religiosas monoteístas e os ideais democráticos de uma grande parte da Humanidade ainda estão dominados por umas quantas ideias fundamentais de conteúdo ético, capazes de, por si sós, apontarem o norte verdadeiro de nossas ações no seio da comunidade. VII - A Paz há de ser sempre a resultante de um ideal supremo de Justiça, e não de um simples e relativo equilíbrio de forças e poderes. A Declaração Universal dos Direitos do Homem é um exemplo vivo desta afirmação. VIII - Tudo pode estar em crise, menos a ideia de Justiça; nunca esteve ela tão despertada na consciência dos homens e dos povos quanto está hoje em dia, muito embora e paradoxalmente sejam as realizações de justiça as que mais são eclipsadas e enfraquecidas. IX - Quem planeja e constrói o futuro somos nós mesmos. A Justiça e a Paz neste mundo são obras humanas, e, portanto, a nós homens - especialmente os maçons - cabe especificamente essa tarefa de construir sobre os alicerces dos valores culturais do passado e nos quais sempre estiveram presentes a ideia e o ideal de Justiça. X - Justiça e Caridade, Paz e Amor são conceitos entre si íntimos e interpenetráveis. XI - A Justiça Social que hoje todos nós ambicionamos, para ser eficaz há de estar unida à Caridade Social. XII - Enquanto perdurar o clima de antagonismo, tensões e receios em que hoje vivemos, dificilmente brilhará em nosso mundo a paz e a justiça, exatamente porque num ambiente de egoísmo e materialismo não pode florescer a Justiça. Esta, como sentimento, como virtude, como valor espiritual, não pode ser dissociada do conjunto dos demais sentimentos, valores e ideais nobres, necessários para o desenvolvimento de uma vida social harmônica e plenamente humana. Tem-se dito que todo o problema do nosso tempo é um problema de Amor. XIII - Esperemos que a Justiça, repleta de conteúdo moral e num ambiente de compreensão e fraternidade entre os homens, chegue, algum dia não demasiado distante, a imperar no mundo. Esta, a ideia e o ideal de justiça que convém à Maçonaria. Esta é uma grande esperança de todos os Maçons. Esta, a grande e gratificante tarefa que devem empreender e dela se orgulhar todos os Iniciados na Arte Real. (CII1ºIA). Rituais: (...) a Justiça de Salomão, justiça maçônica, é pronta e rápida como os raios que emanam da Espada Flamígera. (RA). (V. Borlas, Direito, Espada Flamígera, Injustiça, Juízes, Júri, Justiça, Preboste, Salomão). Comentário Atual: No julgamento da Ação Penal 470 no STF, conhecida como Mensalão, um dos advogados de defesa de um dos réus cita a frase: Ainda há juízes em Berlim: A frase ‘Ainda há juízes em Berlim’ remete a um caso que se tornou famoso. Estamos em 1745, na Prússia. Um moleiro tinha o seu moinho nas cercanias do palácio do rei Frederico II, déspota esclarecido, amigo dos intelectuais. Um dos bajuladores do soberano tentou removê-lo dali, porque julgava que aquilo maculava a paisagem. Ele se negava a sair. Frederico o chamou para saber a que se devia a sua resistência. E ele, então, teria dito a célebre frase: Ainda há juízes em Berlim. Para o moleiro, a Justiça, aquela com a qual contava, não haveria de distingui-lo do rei. A história parece verdadeira. A frase é coisa de escritor. É de autoria de François Andrieux, que escreveu, em versos, o conto O Moleiro de Sans-Souci. Apenas para lembrar, Frederico II da Prússia é um personagem de destaque na história da Maçonaria dos Altos Graus. De um internauta: Já que não há culpados, os advogados dos réus deveriam procurar um bóson de Higgs do mensalão: aquele que dá massa de dinheiro as “partículas” dos partidos. PARANORMALIDADE E MAÇONARIA ( IV) Cadeia de União Efeitos à distância Autor: Ir Hercule Spoladore LOJA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS “BRASIL” Londrina – PR - A Cadeia de União teria sua origem na Maçonaria Operativa, onde os profissionais da construção, os pedreiros, os canteiros que eram talhadores de pedra usavam uma corrente de ferro para delimitar a área de construção. Fincavam no chão em torno destas construções, estacas de madeiras as quais eram inseridas em cada elo da corrente. Na entrada desta área era deixada uma abertura através de dois postes de madeira, área delimitada geralmente tinha a forma retangular. No Rito de Schröder ou Alemão a Cadeia de União é obrigatória no final de cada Sessão. Ela é uma prática ritualística nos demais Ritos, menos no Trabalho de Emulação (ou ainda impropriamente chamado de Rito de York Inglês no Brasil), no qual não existe Cadeia de União e ignora esta prática. No Rito de Schröder ela é feita com os Irmãos dando-se as mãos naturalmente. Nos demais Ritos os Irmãos cruzam os antebraços, o direito sobre o esquerdo e dão-se as mãos. Diga-se de passagem, que esta prática foi introduzida na Maçonaria única e exclusivamente para a transmissão da Palavra Semestral. Nada mais. Nada de esoterismo, religião ou explicações científicas a respeito. Entretanto, os introdutores deste procedimento maçônico não poderiam imaginar que hoje em pleno século XXI a Cadeia de União, através dos enxertos ritualísticos criasse novos usos, num sincretismo religioso, esotérico todo especial, que nada tem a ver com a verdadeira Maçonaria. Interessante notar que a “criação” transcendeu aos criadores. As atuais finalidades da Cadeia de União são: alem da transmissão da Palavra Semestral que muito pouco os maçons a usam, porque não lhes é solicitada, as orações em corrente para Irmãos ou parentes enfermos, em favor de Irmãos falecidos, ou quando dois Irmãos estão em desavença, e também ela é usada até em sessões fúnebres. Não nos importa se ela do ponto de vista de seu aparecimento na Ordem ela teria uma finalidade única, os seus usos atuais seriam apenas um enxerto a mais. Afinal, o Rito Escocês Antigo e Aceito em especial aqui no Brasil é o maior depositário de enxertos, invenções e compilações e achismos que se conhece no mundo da Maçonaria. Vamos conceituar o nosso ponto de vista e relaciona-lo com a Cadeia de União com o que ainda chamamos de paranormalidade, pois acreditamos que dentro em breve será considerado como absolutamente com uma manifestação normal da mente humana. Os Irmãos quando vão para as sessões semanais de suas lojas, durante as horas que precedem o início das mesmas, já terão a mente aberta e preparada e estarão firmes no propósito de assistir as referidas sessões. Entram em loja, a qual é aberta dentro de um ritmo determinado pelo ritual, baixa iluminação, é invocado o nome de Deus. Se o condutores dos trabalhos o fizer de maneira bastante ordenada, com boa dicção com emoção e não ficar gaguejando, e os Irmãos estiverem entre si em boa harmonia, não resta a menor dúvida que cada Irmão entrará em um relaxamento especial e muitos, em ondas Alpha. Cada um tornar-se-á uma pilha psíquica que se carregará de uma energia mais ou menos uniforme. Dentro de uma hora de Sessão, as mentes dos Irmãos deverão estar vibrando num mesmo cumprimento de onda e todos voltados para uma mesma finalidade com a mesma identidade de pensamento, mesmo que durante a Sessão haja alguma opinião em contrário. Afinal, a Maçonaria adota a Dialética que é a arte de dizer e contraditar, para se chegar a uma verdade. E esta forma democrática que cada Irmão tem para expressar a sua maneira de pensar independente, não influirá na vibração uníssona de uma sessão maçônica. As ondas Alpha emitidas pelo cérebro foram descobertas pelo médico alemão Hans Berger em 1924, quando ele estudava o fenômeno da telepatia em um paciente paranormal, vibrando o cérebro neste cumprimento de onda em 8 a 13 hertz por segundo. Nesta situação o indivíduo estará bastante relaxado, porem lúcido, alerta, predominado o pensamento lógico e intelectual, quando haverá uma série de condições mentais, que o colocam num estado de consciência bastante elevado, ou seja, o ideal para se produzirem fenômenos paranormais ou então simplesmente de alteração de consciência. Muito embora os fenômenos paranormais, na maioria das vezes, não têm hora para serem produzidos. Se no final da sessão for realizada uma Cadeia de União, a qual é executada formando-se um círculo fechado, irmãos concentrados de mãos dadas, formar-se-á uma bateria psíquica. Adiantaríamos ainda mais, uma verdadeira usina ou central de energia mental muito poderosa. Esta energia poderá tal qual o jato de água saido de uma torneira espalhando-se irregularmente, mas que se regulado poderá ser direcionado para um determinado fim. Geralmente as Cadeias de União são feitas em intenção a algum Irmão enfermo. Enfim, ela terá o poder de uma oração poderosa. Ressaltamos que pelo conhecimento que temos dos resultados da ação desta força mental, ela poderá agir mental ou fisicamente. Se ela pode influenciar a cura de um enfermo, é obvio que tendo o comando mental dos Irmãos que a estão emitindo energia, ela poderá ser usada também em um leque de opções bastante abrangente. Digamos que uma delas seria em prol de paz mundial, por exemplo. Imaginem, sabendo-se que só no Brasil temos cerca de 6.000 Lojas maçônicas. Se cada loja executar este procedimento ritualístico no final de cada sessão conforme se pratica no Rito Alemão e com uma finalidade nobre, temos a absoluta certeza de que alguma coisa boa em algum lugar da Terra irá ocorrer. Um estranho fenômeno ocorre numa cidade da França onde os praticantes da Meditação Transcendental se reúnem anualmente. Lá, são recebidos como sinal de bom agouro porque todos os anos durante o tempo em que são realizadas estas reuniões, a criminalidade diminue, as pessoas ficam mais calmas e alegres e sempre algo de bom acontece. Diz-se que na capital de um Estado brasileiro aconteceu um fato digno de ser mencionado e que nos foi relatado por respeitáveis Irmãos daquela cidade. Um Irmão engenheiro politraumatizado por um acidente automobilístico, estava na UTI em coma profundo, assistido naquele momento por médicos maçons, a partir da hora em que lhe canalizaram os efeitos mentais de uma Cadeia de União, começou a recobrar os sentidos e acabou ficando curado. Simples coincidência? Atualmente freqüenta sua loja normalmente. Esta informação foi pesquisada junto a vários Irmãos que houveram por bem declinar seus nomes. É lógico, este assunto é considerado “tabu”. E ninguém gosta de comentar. É um verdadeiro segredo. Encaixaria nesta situação, uma das máximas dos ocultistas: “o visível é a manifestação do invisível”. Temos Irmãos por este Brasil adentro que aceitam esta afirmação com muita convicção. Entretanto, a corrente dos maçons ditos “autênticos” que melhor deveriam ser chamados de documentais, se opõem em idéias à corrente dos “místicos” não aceitando estes conceitos. No caso do Irmão em coma, seu cérebro estava em nível mental chamado de ondas delta (0,5 á 3,5 c/s). Do ponto de vista elétrico, pode-se chegar de duas maneiras a este comprimento de onda: através do coma profundo, ou então através de exercícios mentais especiais de maneira lúcida, isto é, sem anular os sentidos. Em ambos os casos desaparecem os bloqueios entre consciente e o subconsciente. No estado em que se encontrava o referido Irmão foi até mais fácil seu cérebro receber as emanações oriundas das concentrações cerebrais dos Irmãos justamente pela ausência destas barreiras, ou seja, estava totalmente receptivo. Este mesmo procedimento tem sido usado pelas chamadas correntes de orações que as denominações cristãs usam e muito tem favorecido tantos enfermos. Então se pode perguntar se quem participa de uma Cadeia de União com esta finalidade estaria praticando procedimentos religiosos dentro de nossos templos? Ledo engano. As religiões que assim procedem estão apenas se utilizando de um processo mental já conhecido há milhares de anos, ou seja, da energia psíquica, que lhes dão os mais variados nomes e as mais diferentes explicações. No entanto, sabemos que a mente humana é uma fonte infinita de energia cósmica e esta independe das religiões. Alguns Irmãos de algumas denominações cristãs evangélicas por uma questão de princípios religiosos se recusam participar da Cadeia de União, alegando que a mesma não poderá ser usada como se estivessem os Irmãos orando, em favor de algum Irmão enfermo já que as orações para este fim, somente poderão ser realizadas dentro de seus templos. Questão de ponto de vista e de fé. Não entraremos em debate quando existir fé na polêmica, porque respeitamos a maneira de pensar de todos os nossos Irmãos. Parece que os Irmãos de um modo geral gostam de participar de uma Cadeia de União em favor de algum enfermo, mas quando se trata de comentar seus efeitos, seus resultados, o bem que ela causou, eles emudecem. Preferem não comentar. Apenas alguns ousam. Em todo o nosso trabalho fizemos questão de evidenciar uma energia que todos nós temos, sem a necessidade de sermos paranormais e que quando somada a dos demais Irmãos ela se torna muito poderosa formando uma verdadeira bateria, e que esta bateria psíquica não é apanágio das religiões. Trata-se apenas de uma capacidade mental especial que o GADU deu a cada ser humano. Resta somente sabermos condensa-la e usa-la sempre para o Bem, de preferência fora dos templos, já que a Cadeia de União foi criada tão somente para a transmissão da Palavra Semestral. O Ir Hercule Spoladore estará na Loja “Templários da Nova” em Florianópolis na quinta-feira (23) onde falará sobre a “Bilocação de Consciência” Contato: [email protected] O presente bloco, a cargo do Ir. Pedro Juk, está sendo apresentado às quartas-feiras sábados e domingos. Disposição do Esquadro e o Compasso no Grau 2 Questão apresentada pelo Respeitável Irmão José Aparecido dos Santos, Loja Justiça, Grande Oriente do Paraná (COMAB), Oriente de Maringá, Estado do Paraná. [email protected] Surgiu uma dúvida e isto já vem em várias sessões de trabalho o qual solicito deste nobre amigo, irmão em efetuar um estudo e dar o seu retorno sobre o tema abaixo; - Disposição do Esquadro e Compasso sob o Livro da Lei no Altar dos Juramentos, sendo no Grau de Companheiro (REAA). Sempre tenho visto a colocação do Compasso e o Esquadro com um das hastes por baixo e a outra livre, sendo que a haste que fica do lado da Coluna Norte por baixo e a outra haste livre por cima do Compasso na Coluna Sul. Mas, tendo amigos, irmãos que citam que deve ser ao contrário e ficando a haste da Coluna Norte por cima e a haste da Coluna Sul por baixo e em pequena compreensão, o correto é a haste da Coluna Norte por baixo e a haste da Coluna Sul por cima do Compasso, devido o Companheiro já ter parte de sua compreensão e poder se dirigir para outra Coluna. Peço o vosso estudo e retorno. CONSIDERAÇÕES Antes do comentário propriamente dito deixo aqui algumas ponderações que penso serem necessárias. Assim estas abordarão o tema de maneira tradicional e sustentada pela razão. Também não tenho a intenção de ferir ou desrespeitar esse ou aquele ritual legalmente aprovado e em vigências nas três Obediências brasileiras. Assim os rituais, mesmo que se desencontrem com os meus comentários, primeiro eles devem ser inquestionavelmente obedecidos na forma da Lei. Questioná-los é a questão e nunca os desobedecer. A dúvida apresentada. A disposição entrelaçada entre as hastes do Compasso e os ramos do Esquadro tem o sentido de indicar a evolução do Obreiro, dada à consideração de que existe na Maçonaria Especulativa a intenção de preparar o Homem pelo aprimoramento moral e intelectual. Alguns Ritos, como é o caso do Escocês Antigo e Aceito ainda preceituam uma evolução que se embasa na tese de que a materialidade é apenas e tão somente uma manifestação de exterioridade, o que leva uma indicação simbólica para dois instrumentos imprescindíveis para a edificação de uma boa obra – o Esquadro, nesse caso como emblema representativo da matéria, enquanto que o Compasso, também nesse caso como insígnia da espiritualidade, respeitadas aqui quaisquer convicções e crenças do material humano. Dado a isso, os instrumentos imprescindíveis compõem junto com o Livro da Lei a importante tríade conhecida da Maçonaria francesa como as Três Grandes Luzes Emblemáticas e na inglesa como as Três Luzes Maiores. No tocante a essa importância evolutiva, o Livro da Lei é o código de moral sobre o qual o Obreiro presta a sua obrigação para cumprir e respeitar o que nele está escrito, enquanto que o Esquadro e o Compasso tendem a representar essa compreensão ao longo da vida. É exatamente daí que a Moderna Maçonaria representa os seus universais três graus de evolução – Aprendiz, Companheiro e Mestre. Como? Dispondo os dois instrumentos em três posições distintas conforme o Grau. Dadas essas breves considerações, o Esquadro e o Compasso como componentes das Luzes Emblemáticas não são os mesmos de cunho operativos, literalmente usados nas construções do passado. Há que se notar que o Esquadro e o Compasso dispostos sobre o Livro da Lei compreendem os Paramentos da Loja e indicam inclusive que a mesma está aberta, ou em trabalho. Não é dado a ninguém retirar qualquer desses instrumentos para uso em passagens ritualísticas, pois para isso, existem outros que suprem a necessidade, se for o caso, que representam o trabalho operativo. Assim o conjunto das Três Grandes Luzes Emblemáticas fica visível para observação de todos os ocupantes do Canteiro (Loja) como um código de moral e compromisso assistido. Todo esse resumo acima descrito tem a intenção de chamar atenção para o seguinte: O Esquadro e o Compasso como componentes das Luzes Emblemáticas não sugerem de maneira alguma o trabalho operativo, senão uma indicação de resultado obtido pelos obreiros. Conforme a evolução e o aperfeiçoamento do trabalho a disposição dos instrumentos simboliza a situação alcançada. No Rito Escocês Antigo e Aceito, o número de Luzes acesas sobre o Altar ocupado pelo Venerável e as mesas dos Vigilantes têm relação imediata com a disposição do Esquadro e o Compasso – mais Luzes, mais esclarecimento. Dadas essas considerações, o Esquadro componente das Três Luzes Emblemáticas, não é operativo, portanto não possui cabo e é de ramos iguais. A sua relação simbólica, nesse caso identifica a materialidade humana. Apenas a título de esclarecimento, o Esquadro de ramos desiguais, ou com cabo, é aquele preso ao colar do Venerável e tido como a joia do Mestre que dirige os trabalhos. Esse tipo de Esquadro (operativo, ou com cabo) no rigor da tradição não deveria ser usado sobre o Livro da Lei. Infelizmente, não é isso que se vê na unanimidade dos rituais, onde muitos ritualistas não se aperceberam a existência de diferença simbólica entre ambos. Esses equívocos acabam por trazer dúvidas onde muitos Irmãos perguntam se o lado menor fica a direita ou à esquerda na armação simbólica da Loja. Ora, se bem compreendida a Arte, esse Esquadro não tem cabo, é de ramos iguais, portanto, não faz qualquer sentido a questão. Agora vem o caso do Compasso e o entrelaçamento com o Esquadro sobre o Livro da Lei no Grau em questão. Da mesma forma como o lado do inexistente cabo do Esquadro nesse caso, não existe qualquer regra racional que indique qual haste do Compasso fique por sobre o ramo do Esquadro. Isso tanto faz. Basta que os instrumentos sejam entrelaçados no Segundo Grau, já que essa indicação representa o equilíbrio e tanto para à direita como para à esquerda não altera essa concepção. Teses que indicam que deve ser para o Sul por ser o lado do Companheiro em Loja são meras especulações. Esquadro e Compasso com integrantes dos Paramentos da Loja não representam Aprendizes e Companheiros, todavia um conjunto emblemático sugerindo que os trabalhos da Loja estão mais aprimorados. Outro aspecto: No Rito Escocês original o Altar dos Juramentos fica no Oriente diante do Altar ocupado pelo Venerável Mestre. Pois bem o Oriente é o Leste e no Leste não tem nem Norte nem Sul, o quadrante é simplesmente o Oriente. Para quem ainda possa sustentar a tese de que a ponta da haste aponte para o Sul, então os ramos do Esquadro apontam para onde? Tem mais. E os formatos de trabalho como é o caso do Inglês (Emulação, por exemplo) que o Livro fica voltado para o Mestre da Loja (Venerável). Como ficaria a tese de para onde estaria a ponta livre do Compasso, já que este fica voltado para o Oriente? Mesmo o Rito Americano (York) onde o Altar dos Juramentos é colocado no centro do Templo. Nesse caso para a ponta livre apontar verdadeiramente para o Sul, terse-ia que abrir o Compasso a cento e oitenta graus? Não menos interessante seria a de se achar uma maneira pela qual um dos ramos do Esquadro apontasse diretamente para o Norte. Finalizando, penso que em não raras vezes muitos Irmãos procuram dourar a pílula sem que antes observassem o sentido racional da proposta doutrinária maçônica. Nada está disposto na Loja por mero acaso, todavia para quaisquer considerações a respeito, devemos antes deixar de lado a licenciosidade, bem como o fator do que “se acha”. Também fica aqui o alerta de que pesquisar não o ato puro e simples de se ler escritos em livros e já se imaginar que aquilo é Verdade. Pela própria constituição da Maçonaria, tanto pelo seu sincretismo como pelo caráter sigiloso, não se encontram conclusões claras e objetivas. Para tanto existem métodos que nos conduzem a aproximarmo-nos da Verdade, não sem antes percorrermos um longo caminho espinhoso e paciencioso. Todo aquele que se envereda pela pesquisa e historiografia da Ordem, fará o seu primeiro progresso quando compreender que em Maçonaria, raramente se encontram conceitos prontos. Até pode acontecer, porém a questão é a arte de perscrutar a sua veracidade. T.F.A. - PEDRO JUK - [email protected] JULHO/2012. Na dúvida pergunte ao JB News ( [email protected] ) que o Ir Pedro Juk responde ( [email protected] ) XLV (45º.) Encontro do Dia do Maçom Termina hoje (19) o XLV 45º. ) Encontro do Dia do Maçom. O Encontro que reúne mais de 1.200 pessoas em Florianópolis teve início ontem com uma agradável programação com início às 09h00, mais dirigida para Veneráveis e Vigilantes das Lojas jurisdicionadas da GLSC. Um dos pontos altos foi no período da tarde no Templo da Grande Loja de Santa Catarina com a Sessão Plenária, com a presença de aproximadamente 900 pessoas. Uma excepcional Sessão sob a poresidência dos trabalhos a cargo do Sereníssimo Grão-Mestre, Ir. João Eduardo Noal Berbigier. À noite, no Lagoa Iate Clube, LIC, após o qualitativo jantar, houve o baile de gala. Para encerramento dos trabalhos deste domingo a programação é a seguinte: 11:00 h 12:30 h 15:00 h Abertura do Salão Principal (LIC) Almoço – Premiação de fantasias (Blocos de Lojas e individuais) Apresentação das Lojas Organizadoras do XLVI Encontro do Dia do Maçom (Chapecó) Premiação Lojas com maior delegação e maior representação Encerramento O XLV (45º.) Encontro do Dia do Maçom, tem a coordenação e organização das Lojas do 2º. Distrito da GLSC, Lojas 14 de Julho nº 03; Pitágoras nº 15; Solidariedade nº 28; Universo II nº 57; Cavaleiros da Luz nº 64 e Templários da Nova Era nº 91. Veja alguns registros fotográficos: GM Ir. João Eduardo Berbigier O Templo Nobre da GLSC lotado A saudação ao Pavilhão Nacional A chama que será levada pelo Ir. Marcos Bedin para Chapeço, sede do próximo Encontro Da esquerda para a direita João Carlos da Silveira (Secretário Adjunto da CMSB) ; Wilson Filomeno (PGM da GLSC) : Flávio Graff (Deputado do GM) : João Eduardo Noal Berbigier (GM da GLSC) ; Wilson Steinwandter (Coordenador Geral do 45o. Encontro) ; Airton Edmundo Alves (PGM da GLSC) e Alaor Francisco Tissot (GM do GOSC). Rádio Sintonia 33 & JB News Música, Cultura e Informação o ano inteiro. Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33.com.br Luz! Tema abordado com belíssimo vídeo explicativo abordado na Sessão Branca de ontem do XILV Encontro do Dia do Maçom, no Templo da GLSC Fotografia dos anos 70 com o registro da visita do Ir Luiz Gonzaga (O Rei do Baião) à Loja Maçônica Calixto Nóbrega, nº 15, fundada em 19 de Dezembro de 1952, sediada a Rua Francisco Almeida de Figueiredo, na cidade de Sousa – PB. Domingo é dia dos versos do Ir. Sinval. Os de hoje falam de um sonhado jantar... Ir Sinval Santos da Silveira* Conto poético: UMA CONFISSÃO INACREDITÁVEL Assisti a muitos acontecimentos, durante o período em que trabalhei, quando adolescente, numa casa de comércio. Era um bar. Na época, não existiam embalagens descartáveis, como atualmente. As garrafas eram reaproveitadas. Valiam dinheiro. Um jovem comparecia ao bar do meu pai, todas as semanas, e vendia-lhe garrafas vazias. Isto perdurou por muitos anos. O bar foi vendido, permanecendo, apenas, as histórias pitorescas, em minha família. A que mais me marcou foi, após 40 anos, da sua venda, receber um telefonema de um homem, pela voz, muito angustiado, querendo comigo conversar. Marcamos o dia, hora, e local do encontro. Lembrei-me dele. Era aquele jovem que vendia garrafas, agora um homem, já com idade avançada. Confessou-me que todas, absolutamente todas, as garrafas que vendeu, naquela época, foram furtadas do depósito, que ficava nos fundos daquele comércio. Portanto, meu pai comprava as garrafas que já lhe pertenciam. Presenciei, após esta confissão, aquele homem chorar copiosamente, embora decorridos mais de 40 anos dos acontecimentos, por ele relatados. Fez uma estimativa da fraude, e queria me devolver aquele dinheiro, pois o tormento de consciência era insuportável, e agravado, mais ainda, quando tomou conhecimento do falecimento de meu pai. A emoção foi muito forte, e choramos juntos... nada me devia. Eu o perdoei, de todo o coração, ressaltando os seus méritos, por aquele gesto inusitado, só visto numa pessoa depurada pela absorção dos ensinamentos da vida. Fiquei muito feliz, e ele em paz. Veja mais poemas do autor: Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/ * Sinval Santos da Silveira Obreiro da ARLS.·. Alferes Tiradentes e Grande Orador da M.·. R.·. Grande Loja de Santa Catarina