UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS DA LINGUAGEM POUSO ALEGRE, FEVEREIRO DE 2009 SUMÁRIO 2. APRESENTAÇÃO................................................................................................................. 4 3. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................... 6 4. OBJETIVO E PÚBLICO ALVO ........................................................................................... 8 4.1. Objetivo Geral ................................................................................................................. 8 4.2. Objetivos específicos ....................................................................................................... 9 5. REGIME DE FUNCIONAMENTO ..................................................................................... 10 6. ESTRUTURA E PLANO ACADÊMICO DO CURSO ...................................................... 11 6.1. Área de Concentração .................................................................................................... 11 6.2. Linhas de Pesquisa ........................................................................................................ 12 6.2.1. Análise de Discurso ................................................................................................ 12 6.2.2. Língua e Ensino ...................................................................................................... 13 6.3. Atividades de Ensino e Pesquisa ................................................................................... 14 6.3.1. Disciplinas Obrigatórias ......................................................................................... 15 6.3.2. Disciplinas Eletivas ................................................................................................ 16 6.3.3. Estudos Avançados em Pesquisa ............................................................................ 19 7. CORPO DOCENTE ............................................................................................................. 21 8. REQUISITOS PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE ....................................... 25 8.1. Orientação da dissertação de mestrado .......................................................................... 25 8.2. Exame de Qualificação .................................................................................................. 26 8.3. Proficiência em Língua Estrangeira .............................................................................. 26 8.4. Defesa da Dissertação.................................................................................................... 26 9. SELEÇÃO DE ALUNOS..................................................................................................... 26 9.1. Documentos para inscrição no concurso de seleção de mestrado ................................. 27 9.2. Critérios de Avaliação ................................................................................................... 28 10. ESTRUTURA DE PESQUISA .......................................................................................... 28 10.2. Núcleo de Pesquisas em Linguagem – NUPEL .......................................................... 29 10.3. Grupos de Pesquisa ...................................................................................................... 32 11. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 33 2 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Nome do Curso: CIÊNCIAS DA LINGUAGEM Área de Conhecimento: LINGÜÍSTICA (8.01.00.00-7) Instituição: UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ (UNIVÁS) Coordenação Geral: DRA. ENI DE LOURDES PUCCINELLI ORLANDI 3 2. APRESENTAÇÃO Da perspectiva em que se pensa a linguagem em sua relação com a sociedade, ela é concebida como parte do que é o próprio do homem, enquanto ser histórico e simbólico. Nesse sentido, ela adquire importância fundamental. A linguagem, de uma posição marginal e de dependência, vista como mero instrumento transparente, passa a ocupar, a partir de estudos que aliam o conhecimento da língua com o sujeito que a pratica e a história, uma posição básica na compreensão de qualquer objeto das ciências humanas e sociais, em primeira instância, mas também das ciências em geral. Isso porque se passa a compreender que a linguagem tem a sua própria ordem e é mediadora (enquanto trabalho simbólico, isto é, enquanto relação constitutiva e transformadora) face à realidade, seja natural, seja social. Essa mudança de posição, de um lugar periférico para uma posição estruturante do conhecimento, reclama estudos da linguagem que venham ocupar essa posição heurística necessária no desenvolvimento de novos instrumentos científicos, agora considerados como não transparentes e que reclamam gestos de interpretação, de ressignificação. Esses estudos refletem sobre a linguagem como fato social, no processo histórico. Um modo de pensar as ciências da linguagem no domínio das ciências Humanas articula os estudos da linguagem a três regiões teóricas que deslocam noções, tais como elas se constituíram na passagem do século XIX para o XX – o marxismo (e o fato de que a história não é transparente), a psicanálise (e o fato de que o sujeito não é transparente) e a lingüística (com o fato de que a língua não é transparente) – que, em seu conjunto, trazem à reflexão o fato de que os sentidos não são uma questão de conteúdo (o quê), mas de estrutura e de funcionamento (como), ou, em outras palavras, interrogam a noção de interpretação, aí se constituindo os estudos que aliam a linguagem e as condições sócio-históricas em que ela se produz. Ao mesmo tempo em que mostram que a linguagem serve para comunicar e para não 4 comunicar, esses estudos elaboram conceitos, noções e procedimentos analíticos que permitem às ciências observar seus objetos atravessando os efeitos de sentidos que os constituem. Daí seu profícuo aporte científico. Mostrando que vivemos um universo de sentidos estabilizados e ao mesmo tempo sujeitos a equívoco e a deslocamento, esta forma de pensar a linguagem nos disponibiliza um aparato teórico e analítico da interpretação que permite uma relação elaborada com os objetos de linguagem e da própria formação social. Na medida em que se podem distinguir seu dispositivo teórico e seu dispositivo analítico de interpretação, os diferentes cientistas (no interior mesmo de suas disciplinas), após tomarem contato com o dispositivo teórico constituído por esta abordagem, podem voltar-se para seus campos de questões específicos a estas disciplinas, e construírem dispositivos analíticos relevantes para suas teorias próprias elaborando assim os resultados de sua análise de linguagem em acordo com as determinações de suas próprias ciências. Ou seja, este modo de analisar a linguagem, não interpreta, somente, ele produz uma “compreensão”, isto é, constrói a possibilidade de se trabalharem os movimentos da interpretação nas diferentes disciplinas. Por outro lado, para os que trabalham diretamente com linguagem, esta forma de conhecimento, além dessa contribuição que acabamos de referir, põe em relação sistematicamente o próprio da língua (sujeita a falhas) com sua exterioridade, suas condições de produção. Não reduzem assim a linguagem à gramática, mas a pensam no mundo e na história da sociedade em que ela toma forma. Os especialistas da área podem assim trabalhar a sua prática conhecendo como a língua é para saber como ela funciona. A formação de especialistas capazes de descrever o funcionamento de uma língua, no nosso caso o Português, e outras línguas praticadas no Brasil, exige aspectos específicos de formação que dêem condições a estes especialistas de produzirem conhecimento a partir das técnicas de análise dos diversos domínios dos estudos lingüísticos. Pensando o objetivo da 5 relação destas análises com a questão do ensino é necessário formar quadros capazes de compreenderem a história da constituição da língua nacional e sua relação, no caso da história da sociedade brasileira, com o campo de línguas funcionando no Brasil em condições muito diversas. Isto exige a preparação de quadros habilitados a, partindo desta compreensão da língua nacional, encontrar procedimentos próprios a seu ensino, orientados por tomadas de posição no que diz respeito às políticas de línguas relativas à língua nacional na sua relação, também, com as demais línguas. Um caminho para atender este aspecto é pensar a gramática como um objeto histórico na sua relação com a língua nacional. Isto permite pensar a questão da relação do sujeito com sua língua, permitindo também que este sujeito tome a língua não só como objeto formal ou normatizado, mas leve em conta as condições em que as gramáticas são produzidas no jogo de produção da unidade da língua enquanto língua de um Estado-Nação. Por esta via será também possível discutir a questão da língua nacional fora dos dilemas do certo ou errado, de um lado, e do padrão ou as variedades, de outro. O que está em jogo são questões de língua constituídas sócio-historicamente e que exigem uma reflexão discursiva para que não sejam simplificadas. 3. JUSTIFICATIVA A iniciativa da Univás de instalar um mestrado em Ciências da Linguagem é pioneira em relação à área em que se insere, uma vez que parte do pressuposto de que a língua deva ser pensada em sua relação com a sociedade, mas não de uma maneira em que se alia uma exterioridade social, ou um contexto a um funcionamento lingüístico. Ao contrário, a área que se procura aqui estabelecer vê, na relação entre linguagem e sociedade, uma relação contraditória em que a exterioridade é constitutiva. Tal iniciativa está sustentada, ao mesmo tempo, internamente, dados os cursos que acolhe e sua estrutura curricular, e externamente, 6 dada a forma como pode tanto arregimentar interessados formados na região, como criar condições para que novos cursos se beneficiem desse “instrumento” de trabalho refletido. Isso se sustenta no fato de que a noção de instrumento, quando se relaciona linguagem, sociedade e história, não tem nenhuma neutralidade na ciência. Nessa perspectiva, o que faz da atividade científica uma prática é o fato de que as ciências colocam suas questões interpretando seus instrumentos de modo que o ajuste de um discurso científico a si mesmo consiste na apropriação dos instrumentos pela teoria. É em relação à prática científica que esta forma de reflexão aqui proposta produz seus resultados mais substanciais. Na atualidade, o conhecimento da relação entre linguagem e sociedade se configura como fundamental para a elaboração das formas de conhecimento que se abrem para uma relação refletida entre a universidade e a sociedade. Isso porque realiza de maneira nuclear a multidisciplinaridade e a relação da ciência com sua história, uma vez que intervém com a compreensão do próprio discurso (logo, dos efeitos de sentidos) em que esta ciência se constitui. O ideal de abertura, de invenção e de reinvenção, que é o da fundação (da transformação produtora) do objeto científico, assim como o de sua reprodução metódica, estão ligados. Um mestrado como o aqui proposto, pensando a linguagem em sua dimensão social significativa, produz subsídios para que esses processos sejam trabalhados de maneira explícita e elaborada. Em uma forma de sociedade em que cada vez mais se reconhece o nosso sujeito sócio-histórico como um sujeito de conhecimento – seja porque produz ciência, seja porque a consome – o saber elaborado do discurso da ciência é necessário para qualquer cientista. E é isto que estes estudos disponibilizam, tornando o cientista – seja qual for seu domínio de conhecimento – não um sujeito onisciente, mas um sujeito capaz de refletir sobre seus próprios instrumentos. Leva ainda à possibilidade de compreensão de sentidos ainda não gestados, mas que se anunciam pelos modos como a discursividade deixa entrever vestígios de significação na história do saber. Quanto ao especialista de linguagem propriamente dito, 7 estes estudos permitem que ele não só saiba a língua como conheça seu funcionamento em situações de produção sócio-históricas específicas, podendo assim praticá-la com menos automatismo e sem o usual desconhecimento teórico. Ou seja, ele se torna um profissional preparado para assumir de forma ágil sua responsabilidade social na produção do conhecimento com qualidade. Na Univás, a cada ano centenas de alunos se formam em áreas contempladas pelo estudo da linguagem, tendo, portanto, a oportunidade da formação continuada e da formação como pesquisador com o funcionamento do Mestrado em Ciências da Linguagem. Em Minas, por exemplo, o governo estadual lançou o Plano Decenal de Educação, pelo qual cada município deverá elaborar um plano de metas e ações educacionais referente a 2005 até 2014, o qual, com certeza, fará menções à necessidade de formação continuada para os seus professores. Segundo a 32ª Superintendência Regional de Ensino (SRE), em Pouso Alegre, cuja jurisdição abrange 30 municípios da região, são 6.207 professores atuando na educação, entre profissionais da rede municipal, estadual, federal e particular. Desses, pouquíssimos têm titulação de mestre. Esta informação não fica computada na SRE, mas nas secretarias de cada escola. Porém, os pedidos de mudança de categoria, que indicariam a obtenção de um novo título acadêmico desses professores, foram de apenas seis em três anos. Portanto, o curso de Mestrado em Ciências da Linguagem, viria atender a essa demanda, ainda mais por se tratar de um curso multidisciplinar, podendo abrigar pesquisas de diversas áreas do conhecimento, dando especial atenção à relação linguagem e sociedade. 4. OBJETIVO E PÚBLICO ALVO 4.1. Objetivo Geral Formar profissionais capazes de conhecer e praticar a linguagem com excelência. Ouve-se muito falar na falta de capacidade geral das pessoas em relação ao domínio da 8 linguagem. Ora, essa “incapacidade” na realidade não é a incapacidade de falar a língua, pois desde que nascemos “aprendemos” a falar nossa língua. A questão, na verdade, é discursiva, ou seja, do domínio da relação constitutiva da linguagem com a sociedade e a história: como ter domínio sobre os processos discursivos nos quais nos inscrevemos e sob os quais somos constituídos? Em uma sociedade da linguagem e do conhecimento, como a nossa, e em que a urbanidade - que se representa pela escrita em todas suas formas (eletrônicas ou não) - é fundamental para caracterizar nosso sujeito cidadão, o conhecimento para uma prática efetiva e conseqüente da linguagem é uma necessidade básica, e mesmo, um pressuposto. Daí, a necessidade de colocá-la como objeto de pesquisa. Por outro lado, a ciência requer um conhecimento de linguagem, como disse acima, que permita ao sujeito melhor compreender seu objeto, mas também melhor dizê-lo. Além disso, ler ciência é uma prática não só escolar, mas da sociedade como um todo. Para todas essas práticas é preciso ter uma compreensão de linguagem ampla e refletida. Daí o objetivo geral deste curso de Mestrado ser a qualificação, como mestres, de um conjunto de profissionais que instalem ao mesmo tempo novas condições de docência e pesquisa na Universidade e na região, como parte de suas atividades, produzindo uma nova abordagem científica na pesquisa do domínio da linguagem e de outras ciências, através do conhecimento do funcionamento da linguagem. 4.2. Objetivos específicos 1. Contribuir, pela reflexão sobre o funcionamento da linguagem, para a formação de quadros preparados para atuar de modo a não só refletir, mas a atravessar as expectativas imediatas, adiantando/constituindo novas maneiras de ler, de interpretar, de compreender e de produzir linguagem; 9 2. Desenvolver a capacidade de o sujeito praticar a linguagem (escrita e oral), com fluência e conseqüência, sustentado pelo conhecimento de seu funcionamento, capacitando-o para contribuir com eficácia para o ensino e a aprendizagem da língua; 3. Aumentar o nível de compreensão de linguagem em geral, em relação a diferentes discursos, dando acesso aos seus modos de funcionamento, instrumentando o analista no melhor conhecimento de seu objeto de pesquisa; 4. Levar os mestrandos a analisar e assim compreender o funcionamento da linguagem nos diversos domínios disciplinares. 5. REGIME DE FUNCIONAMENTO O Mestrado em Ciências da Linguagem funcionará em regime semestral. O aluno poderá escolher, entre as atividades de ensino e pesquisa oferecidas a cada semestre, aquelas que desejar freqüentar até a conclusão dos créditos exigidos. O aluno do mestrado deve cumprir um mínimo de 30 créditos: 24 créditos em disciplinas, sendo que cada disciplina corresponderá a 4 (quatro) créditos, obedecendo ao regime de aulas semanais e carga horária de 60 h/a no semestre letivo. Das disciplinas cursadas, as três introdutórias são obrigatórias e as restantes ficam à escolha do aluno entre as demais, podendo duas delas serem cursadas em outra instituição de ensino superior (pósgraduação). Em suma, cada aluno cumprirá, no mínimo: três disciplinas introdutórias; uma disciplina específica (escolhida entre as eletivas e relacionada à linha de pesquisa de sua dissertação); duas disciplinas opcionais, entre as eletivas e/ou estudos avançados em pesquisa. 10 A defesa da dissertação corresponderá a 6 (seis) créditos. Até o final do segundo semestre, o aluno deverá apresentar seu projeto de pesquisa, que será avaliado pelo Orientador de Dissertação. Antes da defesa da Dissertação, perante uma banca de examinadores, o candidato deverá passar pelo Exame de Qualificação, que deverá ocorrer até o final do quarto semestre cursado pelo aluno. Para esse Exame, é necessário que o aluno tenha sido aprovado anteriormente no Exame de Proficiência em Língua Estrangeira. O curso de Mestrado em Ciências da Linguagem tem um prazo mínimo de conclusão de 18 meses e máximo de 30 meses, prevista uma prorrogação, em caráter excepcional, de 6 (seis) meses. Também é possível que o aluno tranque sua matrícula por 6 (seis) meses podendo renovar o trancamento pelo mesmo período, com total cessação de suas atividades acadêmicas. 6. ESTRUTURA E PLANO ACADÊMICO DO CURSO 6.1. Área de Concentração O curso possui uma área de concentração: Linguagem e Sociedade. Essa área de concentração, por sua vez, se articula em duas linhas de pesquisa: “Análise de Discurso” e “Linguagem e Ensino” - que se conjugam por um ponto comum e se especificam em suas diferenças. Nessas duas linhas, serão formados mestres em diferentes especialidades. O ponto que norteia a referida área de concentração, e que também é a inovação deste curso, é que tanto a linha de pesquisa em Análise de Discurso como a linha de pesquisa Linguagem e Ensino têm como base a análise da linguagem funcionando na sociedade e na história, análise que, como sabemos, pressupõe a lingüística, mas, diferentemente do lingüista, considera a língua apenas relativamente autônoma na medida em que, para significar, a língua se inscreve na história e, desse modo, trata da relação da língua com os sujeitos e a situação, e não apenas 11 como gramática. Essa forma de pensar a linguagem, articulada às práticas sociais e históricas, pode ser muito fecunda tanto para profissionais que, conhecendo a linguagem em seu modo de produzir sentidos, levam esse conhecimento para a melhor compreensão de seus objetos, como para aqueles que trabalham o próprio ensino da língua e que se beneficiam assim de uma nova forma de pensar seu objeto ou a relação ensino/aprendizagem, incluindo aspectos não presentes em outras formas de estudos lingüísticos. Tanto em um caso, como no outro, expande-se a capacidade desses sujeitos, habilitando-os a práticas mais competentes com a linguagem face a seus objetos de conhecimento específicos. 6.2. Linhas de Pesquisa 6.2.1. Análise de Discurso Pretende-se dar uma formação específica em Análise de Discurso, voltada para a compreensão do funcionamento da linguagem, pensando-se a relação da língua com sua exterioridade (sujeito, situação e memória constitutiva). Desse modo trabalhar-se-ão os processos de significação e os sujeitos em suas relações, levando o mestrando à compreensão de como qualquer objeto de linguagem produz sentidos. Sendo os textos as unidades de análise, visa-se familiarizar o aluno com os modos como o discurso se textualiza, como as formas lingüísticas se articulam, funcionando na produção de efeitos de sentidos. Explicita-se assim a relação da forma como a língua é a matéria específica do discurso e este da ideologia e como isto está presente em qualquer fragmento de linguagem (seja verbal, não-verbal, seja explícito, ou implícito). Objetiva-se preparar este pesquisador, seja ele da área de linguagem ou de outras áreas de conhecimento, a compreender diferentes formas de discurso em seu modo de existência e funcionamento na sociedade. Compreende-se que os processos e sistemas sígnicos, tais como a escrita, desenho, música, cinema, televisão, rádio, jornal, pintura, teatro, computação gráfica, grafismo, estão 12 em permanente crescimento e mutação. O parentesco, troca, migrações e intercursos entre as linguagens são densos e complexos. Como esta é uma relação extremamente presente em nosso cotidiano, sua compreensão é relevante para diversos objetos de reflexão. Com a complexidade trazida pelas novas tecnologias de linguagem, também mais complexos são os mecanismos e a natureza de seu funcionamento. Diante desse modo de presença denso e multifacetado da linguagem, acima referido, o especialista, seja de que área for, deve ter um conhecimento consistente da teoria, do método e dos procedimentos da análise de discurso, para ser capaz de compreender essas diferentes naturezas e situações de linguagem em seu funcionamento, para ter domínio do processo de produção de conhecimento sobre seu objeto. 6.2.2. Língua e Ensino Os professores de língua, pressionados entre conhecimentos produzidos, seja com objetivos formais, seja com objetivos normativos, perdem de vista a maneira como a linguagem funciona, como a língua, enquanto fato social, se articula, em seus bastidores, tendo sua própria forma sujeita a falhas e afetada em sua prática pela maneira como “acontece” em um sujeito que é um sujeito histórico. Pois bem, pensar a relação entre linguagem e sociedade trará a esse especialista da linguagem subsídios que permitam, ao compreender essas determinações do funcionamento da linguagem, dar a conhecer para seu aprendiz de forma mais eficaz o como a língua é. Além disso, como se sabe, nas condições atuais da organização política dos Estados Nacionais, não há a língua em si apenas, mas a língua existe, sobretudo, enquanto um sistema material que funciona em determinadas condições e articulada à maneira como o poder administra institucionalmente a discursividade em suas diferentes necessidades (dever) e possibilidades (poder). Esse profissional da 13 linguagem, que é o professor de línguas, deve estar preparado para saber colocar-se frente às questões postas pela forma e funcionamento da língua na prática de ensino/aprendizagem, e dar condições para que seu aluno o faça, de modo compreensivo e eficiente, em situações de linguagem politicamente significadas. Desse modo ele não estará submerso no poder da linguagem, mas relacionado a ele. Não há conhecimento lingüístico neutro. O ensino de línguas deve, portanto, ter como componente fundamental uma forma de reflexão que seja capaz de apreender a relação Língua/Estado/Nação com suas políticas de língua. Objetiva-se situar nessa linha de pesquisa os projetos que poderão refletir sobre a história desse conhecimento em sua conjunção com as políticas de língua que vão dando forma à própria língua nacional e seus sujeitos (cidadãos) na relação com a língua materna. Ler e escrever, seja na língua materna, seja em uma língua estrangeira, exige do sujeito que ele conheça como uma língua se constitui, como ela funciona para poder ir além do que já está ali posto, ou seja, para que ele assuma sua autoria, não sendo ele mesmo apenas “lido” ou “escrito”, mas para que seja capaz de se constituir em autor de sua leitura e escrita. Desse modo, esta linha abrese para os que visam não só “aplicar” um saber sobre a língua, mas considerar, nesse conhecimento, seus pressupostos teóricos e analíticos para assim se situar em sua prática pedagógica (sabendo por que usa um método e não outro, por que obtém estes e não aqueles resultados etc). 6.3. Atividades de Ensino e Pesquisa As atividades de ensino e pesquisa implicam disciplinas e estudos avançados. As disciplinas do curso são semestrais e distribuem-se em Obrigatórias e Eletivas. As Disciplinas Obrigatórias são de formação geral e as Eletivas são voltadas para áreas que tragam subsídios para as diferentes linhas de pesquisa. Os Estudos Avançados em Pesquisa se caracterizam 14 como instrumentos dos mestrandos no trabalho de desenvolvimento de suas dissertações e como base para seu trabalho de pesquisa. 6.3.1. Disciplinas Obrigatórias 1. Introdução aos Estudos da Linguagem O percurso do conhecimento produzido sobre a linguagem em diferentes épocas, com suas diferentes características; a história da formação dos conceitos e noções em sua relação com as diferentes teorias e níveis de análise da linguagem; as disciplinas de estudo da linguagem e a produção de seus objetos. 2. Introdução à Análise de Discurso Definição de discurso, de teoria do discurso, do método de análise de discurso; noções e procedimentos próprios à análise de discurso; metáfora e paráfrase. A especificidade da análise de discurso situada entre a lingüística e as ciências sociais; a interpretação. O discurso como lugar de observação das relações entre língua e ideologia; a constituição do sujeito e do sentido. 3. Metodologia de pesquisa Construção da unidade do texto; característica e propriedades do texto científico; a heterogeneidade dos textos: polifonia, citação, argumentação; constituição da posição sujeito-pesquisador: formulação da questão, construção de um objeto de pesquisa, relação entre teoria, método e objeto; o processo de escrita do trabalho científico. 15 6.3.2. Disciplinas Eletivas 4. Discurso e Interpretação A interpretação nas diferentes perspectivas teóricas e metodológicas em que tem sido trabalhada: hermenêutica, semiótica, semântica, análise de texto, análise de discurso. A interpretação na relação do sujeito com a linguagem; a relação da interpretação com a ideologia; a relação do analista de linguagem com a interpretação e a compreensão. Análise de Discurso e Análise de Conteúdo. 5. Discurso e Política Consideração dos modos de constituição do sujeito pela/na linguagem; tomada da política como instância em que há simbolização das relações de poder investidas na constituição dos sujeitos e dos sentidos, em seus espaços de vida. 6. As linguagens em suas diferentes materialidades: procedimentos analíticos As diferentes linguagens e seus diferentes modos de significar, seus diferentes funcionamentos discursivos, suas diferentes materialidades significantes. Análises, por procedimentos analíticos próprios; o reconhecimento dos diferentes discursos em suas características e propriedades, e as dos diferentes significantes: linguagem verbal, digital, icônica, grafismo etc. 7. Língua, Sujeito, Ideologia Reflexão sobre a maneira como se articulam Língua, Sujeito e História; historicidade, exterioridade constitutiva, equívoco e deslocamentos de sentidos; estrutura e acontecimento; determinação histórica do sujeito e do sentido; efeito metafórico. A 16 ideologia em termos de linguagem na constituição da posição-sujeito e dos efeitos de sentidos. 8. Linguagem e Ciência A linguagem na pesquisa em ciências humanas e sociais; a linguagem nas ciências exatas e da vida; as noções de significação, de invenção e de divulgação científica; as condições de produção, formulação e circulação do discurso científico. O sujeito da ciência e o sujeito do discurso. 9. Língua, Nação, Estado A relação fundamental entre Língua, Nação e Estado como característica da modernidade; a formação das línguas nacionais; multilinguismo; unidade e variedade lingüística; a produção das políticas lingüísticas; língua e etnia, língua e povo. 10. Língua, Memória e Sociedade Língua e memória. Os Processos de identificação do sujeito com a língua; Língua Nacional. Língua Oficial e Língua Materna; Heterogeneidade Lingüística e Memória na Sociedade e na História; diferentes modos de significar os regionalismos, estrangeirismos, empréstimos, na história dos estudos lingüísticos e do ensino de língua. 11. Texto e Discurso O texto como unidade de sentido em relação à situação; discurso e produção de texto; discurso e interpretação. A atualização do discurso em texto; os mecanismos de 17 textualização; propriedades discursivas da textualidade; relação discurso e texto, sujeito e autor. 12. A linguagem no processo de ensino/aprendizagem O ensino/aprendizagem de língua materna e de língua estrangeira na educação básica. A constituição da linguagem como objeto curricular na sociedade brasileira e análise das práticas de escolarização da linguagem ao longo da História. Políticas lingüísticas para a educação básica. 13. Aquisição da Linguagem Teorias e problemas de aquisição da linguagem. A relação entre fala e escrita quanto à aquisição da linguagem. A constituição do sujeito pela língua. Língua materna e Língua estrangeira. O normal e o patológico na linguagem. 14. Escrita e Oralidade As relações dos sujeitos com a língua; a escrita e oralidade como diferentes relações do sujeito com a história, pela linguagem; discurso da escrita e discurso da oralidade; os sujeitos e a produção da escrita; características da escrita e da oralidade; a noção de escrita e a imprensa. 15. Seminário Avançado de Pesquisa Discussão e orientação de pesquisas em Linguagem e Sociedade em elaboração pelos participantes. 16. Tópicos em Linguagem e Sociedade 18 Leitura e Discussão de textos referentes a temas específicos dentro da área de concentração do programa. 6.3.3. Estudos Avançados em Pesquisa 17. Leitura Individual Orientada Leitura e discussão de textos pelo aluno e pelo professor responsável, mediante programa de leitura previamente aprovado pelo docente. 18. Atividades Complementares Produção científica e intelectual do pós-graduando e participação em eventos científicos pertinentes para a sua área de pesquisa e formação, conforme regulamento próprio (cf. Anexo 1). 19 Quadro geral das atividades de Ensino e Pesquisa ATIVIDADES DE ENSINO E PESQUISA DISCIPLINAS ELETIVAS DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: LINGUAGEM E SOCIEDADE ESTUDOS AVANÇADOS EM PESQUISA Introdução aos Estudos da Linguagem Discurso e Interpretação Leitura Individual Orientada Introdução à Análise de Discurso Discurso e Política Atividades Complementares Metodologia de Pesquisa As Linguagens em suas diferentes materialidades: procedimentos analíticos Língua, Sujeito e Ideologia Linguagem e Ciência Língua, Nação, Estado Língua, Memória e Sociedade Texto e Discurso A Linguagem no processo de Ensino/Aprendizagem Aquisição da Linguagem 20 Escrita e Oralidade Seminário Avançado de Pesquisa Tópicos em Linguagem e Sociedade 7. CORPO DOCENTE O corpo docente do mestrado em Ciências da Linguagem da Univás é composto de nove professores, sendo sete permanentes e dois colaboradores, conforme especifica a relação abaixo: Nome – Andrea Silva Domingues Data da contratação na Instituição – Fevereiro de 2002 Graduação – História – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, 1999. Mestrado – História – PUC – SP, 2002. Doutorado – História – PUC – SP, 2007. Carga horária na instituição – 40h/a – Professor permanente Outras atividades na instituição – Docente do curso de História. Nome – Eni de Lourdes Puccinelli Orlandi Data da contratação na Instituição – Setembro de 2002 Graduação – Letras - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara, 1964. Mestrado – Lingüística – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – USP, 1970. 21 Doutorado – Lingüística – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – USP, 1974. Carga horária na instituição – 40 h/a - Professor permanente Outras atividades na instituição – Coordenadora do Mestrado, pesquisadora 1A do CNPQ, líder de vários grupos coletivos de pesquisa no CNPQ, coordenadora do projeto coletivo “Discurso, Memória e Processos Identitários na Região de Pouso Alegre”, financiado pela Fapemig, na Univás. Nome – João Baptista de Almeida Júnior Data da contratação na Instituição – Agosto de 1988 Graduação – Filosofia - Faculdades Associadas do Ipiranga, 1974. Física - USP, 1975. Mestrado – Metodologia de ensino - Unicamp, 1989. Doutorado – Educação - Universidade Estadual de Campinas, 1997. Carga horária na instituição – 40h/a – Professor colaborador Outras atividades na instituição – Docente do curso de Jornalismo. Nome – Lauro José Siqueira Baldini Data de contratação na Instituição – Março de 2006 Graduação – Letras – Centro Universitário da FundaçãoEducacional Guaxupé, 1995 Mestrado – Lingüística – Instituto de Estudos de Linguagem – Unicamp, 1999. Doutorado – Lingüística – Instituto de Estudos de Linguagem – Unicamp, 2005. 22 Carga horária na instituição – 40h/a – Professor permanente Outras atividades na instituição – Docente do curso de História e orientador de Iniciação Científica. Nome – Maria Onice Payer Data da contratação na Instituição – Setembro de 2002 Ingresso no programa de mestrado – Setembro de 2002 Graduação – Letras - Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Colatina – ES, 1985. Mestrado - Lingüística – Instituto de Estudos de Linguagem – Unicamp, 1992. Doutorado - Lingüística – Instituto de Estudo de Linguagem – Unicamp, 1999. Carga horária na instituição – 40h/a – Professor permanente Outras atividades exercidas na instituição – Docente dos cursos de Letras e Publicidade e Propaganda; coordenadora de Pesquisa na área das Ciências Humanas, líder de grupo de Pesquisa no CNPq: “Práticas de Linguagem, Memória e Processos de Subjetivação”. Nome – Mírian dos Santos Data da contratação na Instituição – 1974 Graduação - Letras – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Fundação Universidade de Itajubá, 1973. Mestrado – Letras: Comunicação e Semiótica na PUC – SP, 1983. Doutorado - Comunicação e Semiótica: Intersemiose na Literatura e nas Artes, na PUC-SP, 2003. 23 Carga horária na instituição – 40h/a – Professor permanente Outras atividades exercidas na instituição – Docente do curso de Letras e Publicidade e Propaganda. Vice-reitora da Univás e coordenadora editorial da Revista Conectiva. Nome – Norida Teotônio de Castro Data da contratação na Instituição – Fevereiro de 2005 Graduação - Psicologia pela UFMG, 1983. Mestrado – Psicologia pela PUC – Campinas – SP, 1993 Doutorado – Comunicação e Semiótica pela PUC – SP, 2000. Carga horária na instituição – 40h/a – Professor colaborador Outras atividades na instituição – Docente do mestrado em Saúde Coletiva. Nome – Ronaldo Teixeira Martins Data da contratação na Instituição – setembro de 2000 Graduação – Letras (Português, Latim e correspondentes literaturas) Universidade Federal de Juiz de Fora – 1994. Mestrado – Lingüística (Área de Concentração Psicolingüística) - Universidade Estadual de Campinas – 1997. Doutorado - Lingüística – (Área de concentração Semântica e Pragmática) Universidade Estadual de Campinas - 2004 Carga horária na instituição – 40h/a – Professor permanente Outras atividades na instituição – Professor do Curso de Letras. Nome – Telma Domingues da Silva 24 Data da contratação na Instituição – Março de 2006 Graduação - Língua e Literatura Portuguesas pela PUC-SP, 1984. Mestrado - Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas, 1995. Doutorado - Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas, 2002. Carga horária na instituição – 40h/a – Professor permanente. Outras atividades na instituição – Docente dos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis 8. REQUISITOS PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE Para obtenção do título de Mestre em Ciências da Linguagem, o aluno deverá satisfazer os seguintes requisitos: - cumprir, após o ingresso, um mínimo de 30 créditos, conforme o disposto no item 5. - Ser aprovado no Exame de Qualificação; - Ser aprovado no Exame de Proficiência em Língua Estrangeira; - Ter aprovada sua dissertação de mestrado. 8.1. Orientação da dissertação de mestrado O aluno escolherá, mediante prévia concordância deste, um Orientador de Dissertação e, sob sua supervisão, elaborará uma dissertação equivalente a seis (6) créditos, sobre tema situado no âmbito da área de concentração do curso de Mestrado em Ciências da Linguagem e de uma das linhas de pesquisa do presente projeto. 25 8.2. Exame de Qualificação O Exame de Qualificação para o mestrado, a ser realizado até o final do quarto semestre do curso, incidirá sobre uma versão desenvolvida do projeto de dissertação apresentado pelo candidato, perante uma comissão de três professores sendo um, necessariamente, o orientador do aluno. 8.3. Proficiência em Língua Estrangeira O exame de Proficiência em Língua Estrangeira tem por objetivo avaliar a capacidade de leitura, interpretação e compreensão de textos científicos em uma língua estrangeira, a ser escolhida pelo candidato. Caso não seja aprovado na prova de proficiência em língua estrangeira no processo seletivo de admissão para o curso de Mestrado em Ciências da Linguagem, o aluno deverá prestar a referida prova até a data de seu Exame de Qualificação, em data ser fixada pelo Conselho de Pós-Graduação, sem o qual não será permitida a realização do referido exame. 8.4. Defesa da Dissertação O candidato deverá defender sua dissertação perante uma Comissão Examinadora de 3 (três) membros doutores, sendo um, necessariamente, o orientador do aluno, e outro, membro externo à instituição, até, no máximo, o final do quinto semestre letivo, freqüentado no Mestrado. 9. SELEÇÃO DE ALUNOS 26 1. O número de vagas para ingresso, a cada ano, para o curso de Mestrado, é de 20 a 30, a critério do Conselho de Pós-Graduação e segundo as disponibilidades do corpo docente. 2. Os candidatos serão selecionados em concurso de seleção, na época prevista pelo Conselho de Pós-Graduação. 3. O exame de seleção será realizado por uma Comissão de Seleção constituída de professores do curso de Mestrado em Ciências da Linguagem. 4. O processo de seleção para o curso de mestrado deverá seguir as seguintes etapas: Análise do curriculum vitae do candidato (classificatória); Prova de proficiência em língua estrangeira (cf. 8.3.); Prova escrita, em que o candidato deverá comentar texto(s) teórico(s), previamente selecionado(s), de caráter eliminatório, cuja nota mínima é de 7,0 pontos; Entrevista com docentes do programa (classificatória). As vagas abertas para o curso serão preenchidas seguindo a classificação final dos alunos no processo de seleção. 9.1. Documentos para inscrição no concurso de seleção de mestrado Serão exigidos os seguintes documentos na inscrição para o exame de seleção anual do mestrado: 1. Formulário de inscrição preenchido; 2. Cópia autenticada do diploma ou certificado de conclusão do curso superior (graduação) e histórico escolar; 27 3. Duas cópias do curriculum vitae devidamente comprovado; 4. Cópia da carteira de Identidade e CPF (anexar cópia de certidão de casamento, se o nome constante na carteira de Identidade não coincidir com o do diploma de graduação); 5. Comprovante de pagamento da taxa de inscrição. 9.2. Critérios de Avaliação 1. Na avaliação da Prova Escrita será considerada a capacidade do candidato para: A) Compreender o texto a ele apresentado; B) Saber formular bem o que pensa relativamente ao tema abordado no texto; 2. Na análise do curriculum vitae serão considerados os seguintes itens: A) Formação acadêmica; B) Participação em eventos relacionados com a área do mestrado ou em sua área de formação; C) Experiência profissional. 3. Na avaliação da entrevista será considerada a habilidade que ele demonstra para refletir sobre as questões de linguagem. 10. ESTRUTURA DE PESQUISA Para que um curso de Pós-graduação cumpra efetivamente seus objetivos é importante criarem-se condições de pesquisa regulares, sistemáticas e bem estabelecidas. Para tal, contamos com os seguintes órgãos: 28 10.1. Biblioteca Como parte integrante deste projeto, a biblioteca da unidade Fátima (Univás) implementou e vem atualizando continuamente o seu acervo de modo a que atenda às necessidades do mestrado e, como conseqüência, do corpo docente da Instituição. Desse acervo consta grande parte dos títulos que serão consultados no curso e outros complementares, segundo a bibliografia deste projeto. 10.2. Núcleo de Pesquisas em Linguagem – Nupel O curso de Mestrado em Ciências da Linguagem conta com um núcleo de pesquisas em linguagem com as seguintes finalidades: Propiciar condições institucionais para abrigar os projetos dos pesquisadores do mestrado, docentes e mestrandos, de acordo com as linhas de pesquisa; Propiciar de modo permanente as condições institucionais de pesquisa na Univás para que se possa progredir no trabalho de docência e pesquisa de pós-graduação; Garantir produção científica de qualidade ao final do curso, assim como oferecer condições de integração com pesquisadores de outras universidades; Sustentar um processo de iniciação científica na área de linguagem da Univás; Garantir um fórum de discussões para os diferentes pesquisadores, garantindo ao mesmo tempo um lugar qualificado de representação da Instituição. Isto dará condições para a criação de uma revista da pós-graduação (multidisciplinar). Este Núcleo é o lugar onde se realizam projetos e se gestam Encontros, Seminários e Jornadas, que buscam dar uma visibilidade maior à Instituição em sua produção intelectual. 29 Além disso, tal núcleo também serve como lugar privilegiado de interlocução com os demais departamentos da universidade. Em 2002, foram promovidos dois eventos pelo Nupel: a 1ª Jornada Internacional de Linguagem, em que estiveram presentes as professora doutoras Francine Mazière (Universidade de Paris XIII) e Simone Delesalle (Universidade de Paris VIII), e que ocorreu no dia 4 de setembro de 2002, com uma carga horária de seis horas; e o Seminário “Cidade, Escrita e Ciências”, que ocorreu no dia 13 de dezembro de 2002, com carga horária de três horas, contando com o professor doutor Eduardo Guimarães e a professora doutora Claudia Castellanos Pfeiffer, ambos da Unicamp, e as professoras doutoras Maria Onice Payer e Professora doutora Eni Orlandi, da Unicamp e Univás. Nos anos de 2003 e 2004 foram também realizadas duas conferências organizadas pelo Nupel. Em 2003, esteve presente o professor doutor Romualdo Dias. Em 2004, a Professora doutora Maria Onice Payer abordou o tema “Linguagem e sociedade contemporânea”, atividade que gerou um artigo publicado na Revista Rua, nº 11. Em 2003, o Nupel promoveu as seguintes atividades: Seminário “Discurso e Corpo”, com a professora doutora Cláudia Wanderley, da Unicamp; o Seminário “Linguagem não verbal: Cinema e Fotografia”, com a professora e mestre Luciane Moreira, da PUCCampinas; a conferência “Antropologia Estética e Análise do Discurso – estudos sobre a sociedade e performance cultural”, com a professora doutora Regina Aparecida Pólo Muller, da Unicamp e a conferência “Pensar o corpo” com a professora doutora Carmem Lucia da Unicamp. Em 2004, foram realizadas as conferências: “Mattoso Câmara Júnior: Lingüista brasileiro”, com o então mestre Lauro José Siqueira Baldini e “Corpos da (na) dança – subjetividades constituídas no discurso corporal”, com a professora doutora Eliana Ferreira da Universidade Federal de Juiz de Fora. 30 Em 2006, houve a realização de palestras com os professores Dra. Maria Teresa Celada (FFLCH/ USP) e Dr. Luiz Francisco Dias (UFMG), e também com os professores da Univás, Guilherme Carrozza, Laila de Castro e Luciana Pereira. Deve-se destacar, em 2007, a realização do I Encontro de Estudos da Linguagem – “A língua e a sociedade moderna”, realizado nos dias 5 e 6 de outubro de 2007 e que contou com os seguintes palestrantes: Professora Doutora Eni Orlandi (coordenadora do mestrado), Professor Doutor Eduardo Guimarães (Unicamp), Professora Doutora Mônica Graciela Zoppi-Fontana (Unicamp), Professor Doutor Ronaldo Teixeira Martins (Univás), Professora Doutora Suzy Maria Lagazzi-Rodrigues (Unicamp), Professora Doutora Telma Domingues da Silva (Univás), Professor Nelson Lambert (Univás), Professora Doutora Cristiane Dias (Unicamp), Professor Doutor Carlos Alberto Zanotti (PUC-Campinas), Professora Doutora Mirian dos Santos (Univás), Professor Guilherme Carrozza (Univás), Professora Doutora Cláudia Castellanos Pfeiffer (Unicamp), Professora Doutora Maria Onice Payer (Univás), Professora Mestre Mary da Costa Bueno, Professor Doutor Lauro Baldini (Univás), Professora Doutora Berenice Maria Rocha Santoro (Univás), Professora Rosângela Alves Dutra e o mestre Adilson Ventura da Silva. Em 2008, dando continuidade ao encontro anterior, deu-se o II Encontro de Estudos da Linguagem – Linguagem, memória e sociedade contemporânea, realizado nos dias 11 e 12 de setembro de 2008 e que contou com os seguintes palestrantes: Professora Doutora Eni Orlandi (Univás), Professora Doutora Regina Muller (Unicamp), Professora Doutora Carolina Rodrigues (Unicamp), Professor Doutor Luciano Migliaccio (FAU/USP), Professor Doutor Luiz Francisco Dias (UFMG), Professor Doutor Romualdo Dias (Unesp) e Professora Doutora Silvana Serrani (Unicamp). 31 10.3. Grupos de Pesquisa Já estão sendo constituídos, no interior do Nupel, grupos de pesquisa para que as atividades de docência e de formação em geral tenham sustentação na pesquisa integrada. Estes grupos são determinados, em sua constituição, pelas linhas de pesquisas aqui elaboradas. Por outro lado, estão presentes na maneira como deverão funcionar as disciplinas dos estudos avançados, em seus seminários, criando-se assim uma sistematicidade na maneira como esses grupos se farão presentes não só nas relações entre docentes da Universidade, mas também entre alunos dos cursos. Além disso, e não menos importante, é preciso observar que a prática desses grupos com sustentação no Nupel inscreve efetivamente a pesquisa no funcionamento da instituição e a liga a outros pesquisadores de outras instituições. Esses grupos de pesquisa deverão estar comprometidos não só com o desenvolvimento da formação do pesquisador como também com resultados que deverão ser publicados para fazer circular o conhecimento produzido no mestrado: artigos para revistas, livros, seminários, comunicações em Congressos e outras formas de tornar públicos e fazer circular resultados de estudos e pesquisa do mestrado. No momento, temos seis grupos de pesquisa em funcionamento, sendo que um deles, “Discurso, memória e processos identitários na região de Pouso Alegre”, coordenado pela Professora Doutor. Eni Orlandi, está sendo financiado pela Fapemig e congrega docentes e alunos de graduação. 32 11. BIBLIOGRAFIA ALTHUSSER, L. Freud e Lacan – Marx e Freud. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2ª ed., 1985. ALTHUSSER, L. Ideologia e Aparelhos Ideológicos de Estado. Lisboa: Presença, 1974. ARNAULD, Antoine, LANCELOT. (1660) Gramática de Port-Royal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. AUROUX, S. A filosofia da linguagem. Campinas: UNICAMP, 1998. AUROUX, S. A revolução tecnológica da gramatização. Campinas: UNICAMP, 1992. AUSTIN, J. L. Quando dizer é fazer. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990. AUTHIER-REVUZ, J. “Heterogeneidade(s) Enunciativa(s)”. In: Caderno de Estudos Lingüísticos (19). Campinas: IEL – UNICAMP, 1995. AUTHIER-REVUZ, J. Palavras incertas. Campinas: UNICAMP, 1998. BAGNO, M. A língua de Eulália. (novela sociolingüística). São Paulo: Contexto, 1997. BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1997. BALDINI, L. J. S. Considerações sobre a vida e a obra de Mattoso Câmara Jr.. Estudos da Língua Gem, Vitória da Conquista, v. 1, p. 115-134, 2005. BALDINI, L. J. S. A NGB e o dicionário de Mattoso Câmara: duas formas de dizer. Revista Brasileira de Letras, São Carlos, v. 1, n. 3/4, p. 57-65, 2002. BALDINI, L. J. S., MILAN RAMOS, J. G. Algumas notas sobre o significante, o acontecimento e a singularidade. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, p. 59-70, 2000. BALDINI, L. J. S. A Nomenclatura Gramatical Brasileira Interpretada, definida, comentada e exemplificada. Sínteses, Campinas, v. 1, p. 59-81, 2000. BALDINI, L. J. S. A NGB e a autoria no discurso gramatical. Línguas e Instrumentos Lingüísticos, Campinas, v. 1, p. 97-107, 1998. BALDINI, L. J. S., LAGAZZI-RODRIGUES, S. M. Mattoso Câmara Jr.: linguiste brésilien. In: ORLANDI, E. P., GUIMARÃES, E. (Org.). Un dialogue atlantique Production des sciences du langage au Brésil. Lyon: ENS Editions, 2007, v. , p. -. BALDINI, L. J. S., RIBEIRO DO VALLE, Maria. . Verdade e ficção em dois filmes brasileiros. In: Anita Simis. (Org.). Cinema e televisão durante a ditadura militar: depoimentos e reflexões. Araraquara: Laboratório Editorial FCL - UNESP, 2005, p. 2743. BALDINI, L. J. S. João Ribeiro e Mattoso Câmara entre os fatos da linguagem. In: 33 ORLANDI, E. P. (Org.). A institucionalização dos estudos de linguagem no Brasil. Campinas: Editora Pontes, 2002. BALDINI, L. J. S. A autoria é algo que se ensina?. In: 16º Congresso de Leitura, 2007, Campinas. Anais do 16º Congresso de Leitura, 2007. BENVENISTE, E. Problemas de Lingüística Geral I e II. Campinas: Pontes, 1995. BOLOGNINI, C. Z., PAYER, M. O. “Línguas de Imigrantes”. In: Ciência e Cultura, Revista da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Ano 57, no. 2, abril/junho 2005. BOURDIEU, P. A economia das trocas lingüísticas. São Paulo: USP, 1996. BURKE, P. (org.). A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Editora da UNESP, 2ª edição, 1990. CAGLIARI, L. C. Análise fonológica. Campinas: Do Autor, 1997. CAGLIARI, L. C. Alfabetização e lingüística. São Paulo: Scipione, 1997. CANCLINI, N. G. Culturas Híbridas - Estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: EDUSP, 1998. CELADA, M. T. (2002) O espanhol para o brasileiro: uma língua singularmente estrangeira. Campinas: Tese de doutorado do IEL/UNICAMP. CELADA, M. T. “En la cafetería – Lección de español. Extrañamientos y distanciamientos con respecto al funcionamiento de la(s) lengua(s)”. In: FERREIRA, A. M. C., JUNGER, C. S. V, SANT’ANNA, A. (orgs.) Ensino de Línguas. Rio de Janeiro, 2006. CELADA, M. T. “Língua Materna, Língua Estrangeira. Um equívoco que provoca a Interpretação”. Anais do II SEAD. Porto Alegre: UFRGS, 2005. CERTEAU, M. “Os Sistemas de Sentido: O Escrito e o Oral. A Oralidade ou o Espaço do Outro: Léry”. In: A escrita da História. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1982. CHARTIER, R. A História Cultural: entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Difel/Bertrand Brasil, 1995. CHAVES DE MELO, G. Iniciação à Filologia portuguesa. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1967. COELHO, J. Teixeira. Semiótica, informação e comunicação. São Paulo: Perspectiva, 1987. COSTA, S. B. B. O aspecto em português. São Paulo: Contexto, 1997. DEELY, J. Semiótica básica. São Paulo: Ática, 1990. 34 DIAS, L. F. Os sentidos do idioma nacional: as bases enunciativas do nacionalismo lingüístico no Brasil. Campinas: Pontes, 1996. DUBOIS, J. Dicionário de Lingüística. São Paulo: Cultrix, 1993. ECO, H., SEBEOK, T. A. (orgs.). O signo de três. São Paulo: Perspectiva, 1991. ELIAS, N. O processo civilizador. São Paulo: Zahar, 1994. FERRARA, L. A estratégia dos signos. São Paulo: Perspectiva, 1981. FERREIRO, E., TEBEROBSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. FIORIN, J. L. Elementos de análise do discurso. São Paulo: Contexto, 1999. FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 2ª edição, 1996. FOUCAULT, M. História da Loucura. São Paulo: Perspectiva, 7ª edição, 2003. FOUCAULT, M. O que é um autor. Lisboa: Passagens, 3ª edição, 1996.. FURTADO, J. F. Diálogos oceânicos, Minas Gerais e as novas abordagens para uma história do Império ultramarino português. Editora da UFMG, 2001. FURTADO, J. F. Homens de negócio, interiorização da metrópole e do comércio em Minas Setecentistas. São Paulo, Editora HUCITEC. 1999. GADET, F., HAK, T. (orgs) Por uma análise automática do discurso. Campinas: UNICAMP, 1997. GADET, F., PÊCHEUX, M. A língua inatingível. Campinas: Pontes, 2004. GALLO, S. L. Discurso da escrita e ensino. Campinas: Unicamp, 1992. GERALDI, J. W. Portos de passagem. São Paulo: M. Fontes, 1997. GUIMARÃES, E. (org). “Línguas do Brasil”. In: Ciência e Cultura, Revista da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Ano 57, no. 2, abril/junho 2005. GUIMARÃES, E. (org). Produção e Circulação do Conhecimento. Campinas: Pontes/CNPQ, 2001. GUIMARÃES, E. “História da gramática no Brasil e ensino”. In: Relatos (5): 7-13. Publicação do Projeto “História das idéias lingüísticas: construção de um saber metalingüístico e a constituição da língua nacional”. DL – IEL – UNICAMP, DL – FFLCH – USP, 1997. GUIMARÃES, E. Texto e argumentação. Campinas, Pontes. 1987 GUIMARÃES, E., ORLANDI, E. P. (orgs.). Língua e cidadania: o Português no Brasil. Campinas: Pontes, 1996. GUIRADO, M. Psicanálise e análise do discurso. São Paulo: Summus, 1995. HAROCHE, C. (1992). Fazer dizer, querer dizer. São Paulo: Hucitec, 1992. 35 HENRY, P. “Construções Relativas e Articulações Discursivas”. In: Cadernos de Estudos Lingüísticos (19). Campinas: IEL - Unicamp, 1990. HENRY, P. A ferramenta imperfeita. Campinas: Editora da UNICAMP, 1992. HJELMSLEV, J. Prolegômenos a uma teoria da linguagem. Paris: Minuit, 1966. HOLANDA, S. B. História geral da civilização brasileira. Tomo I: Colônia. Rio de Janeiro: Beltrand Brasil, 2000. HUYSSEN, A. Seduzidos pela memória. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000. ILARI, R. A lingüística e o ensino da língua portuguesa. São Paulo: Martins Fontes, 1997. INDURSKY, F., LEANDRO FERREIRA, M. C. Os múltiplos territórios da Análise de Discurso. Porto alegre: Sagra Luzzato, 2005. JAKOBSON, R. Lingüística e Comunicação. São Paulo: Cultrix, 1999. LACAN, J. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998 LACAN, J. Outros Escritos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2003 LAMBOTE, M-C. O discurso melancólico. Rio de Janeiro: Cia. de Freud, 1997. LANGACKER, D. W. A linguagem e sua estrutura. Petrópolis: Vozes, 1972. LE GOFF, J. História e Memória. Campinas: Ed. da Unicamp. LIER-DEVITTO, M. F., ARANTES, L. (orgs.) Aquisição, Patologias e Clínica de Linguagem. São Paulo: EDUC/FAPESP, 2006. LOPES, E. Fundamentos da lingüística contemporânea. São Paulo: Cultrix, 1997. LYONS, J. Linguagem e Lingüística. Rio de Janeiro: Livros Técnicos/ Científicos, 1987. MAINGUENEAU, D. Novas tendências em análise do discurso. Campinas: Pontes, 1997. MALMBERG, B. A fonética. Lisboa: Livros do Brasil, 1998. MARCONI, M., PRESOTTO, Z. M. Antropologia. São Paulo: Atlas, 1998. MARTINS, M. R. D. Ouvir Falar - Introdução à Fonética do Português. Brasil: Caminho, 1998. MATTOSO CÂMARA JR. Introdução às línguas indígenas brasileiras. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1975. MATTOSO CÂMARA JR. Problemas de lingüística descritiva. Petrópolis: VOZES, 1984. MATTOSO CÂMARA JR. Dicionário de lingüística e gramática. Petrópolis: Vozes, 1977. MATTOSO CÂMARA JR. Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis: Vozes, 1996. MATTOSO CÂMARA JR. História da Lingüística. Petrópolis: Vozes, 1986. 36 MATTOSO CÂMARA JR. Princípios de Lingüística Geral. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1954. MELASSO, G. J. Introdução à teoria e prática do latim. Brasília: UNB, 1995. NÖTH, W. Semiótica no século XX. São Paulo: Annablume, 1999. ORLANDI, E. P, LAGAZZI, S. (orgs.) Discurso e textualidade. Campinas: Coleção Introdução às Ciências da Linguagem, Pontes. 2006. ORLANDI, E. P. (1996) Interpretação: autoria, leitura e efeitos do trabalho simbólico. Campinas:Pontes, 2ª edição, 1998. ORLANDI, E. P. (1998) “Ética e Política Lingüística”. In: Língua e Instrumentos Lingüísticos (1): 7-16. Campinas: Pontes, 1998. ORLANDI, E. P. (1999) “Do sujeito na história e no simbólico”. In: Escritos (4): 17-27. Campinas: LABEURB. ORLANDI, E. P. (1999) Análise de Discurso – Princípios e Procedimentos. Campinas: Pontes. ORLANDI, E. P. (2000) “O estado, a gramática, a autoria: língua e conhecimento lingüístico”. In: Línguas e instrumentos lingüísticos (4/5): 19-34. Campinas: Pontes. ORLANDI, E. P. (org). História das Idéias Lingüísticas. Campinas: Pontes/UFMT, 2001. ORLANDI, E. P. (org.) (1993) Discurso fundador: a formação do país e a construção da identidade nacional. Campinas: Pontes. ORLANDI, E. P. (org.) A leitura e os leitores. Campinas: Pontes, 1988 ORLANDI, E. P. (org.) Discurso Fundador. Campinas: Pontes, 1993. ORLANDI, E. P. “Ética e Política Lingüística”. In: Língua e Instrumentos Lingüísticos (1). Campinas - SP: Pontes, 1998. ORLANDI, E. P. “Processo de Descolonização e Lusofonia”. In: Línguas e Instrumentos Lingüísticos (19). Campinas: Pontes, 2008. ORLANDI, E. P. A linguagem e seu funcionamento. S.Paulo: Brasiliense, 1983. ORLANDI, E. P. Análise de Discurso – Princípios e Procedimentos. Campinas: Pontes, 1999. ORLANDI, E. P. As formas do Silêncio. No movimento de sentidos. Campinas: Ed. da Unicamp, 1992. ORLANDI, E. P. Discurso e leitura. São Paulo: Cortez, 1990. ORLANDI, E. P. Discurso e Texto. Pontes, Campinas, 2001. ORLANDI, E. P. Interpretação. Vozes, Petrópolis, 1996. ORLANDI, E. P. Língua e Conhecimento Lingüístico. Cortez, São Paulo, 2002. 37 ORLANDI, E. P. Que é Lingüística. Brasiliense, São Paulo, Brasiliense, 1984. ORLANDI, E. P. Política lingüística na América Latina. Campinas: Pontes, 1988. ORLANDI, E. P. Terra à vista. Campinas: UNICAMP, 1ª Ed. 1990, 2ª edição, 2008 ORLANDI, E. P. Língua Brasileira e Outras Histórias, RG editora, Campinas, 2009. ORLANDI, E. P. (org) Gestos de Leitura. Campinas: Editora da UNICAMP, 1994. ORLANDI, E., GUIMARÃES, E., TARALLO, F. Vozes e contrastes. Campinas: Cortez, 1989. PAYER, M. O. Memória da Língua. Imigração e Nacionalidade. 1. ed. São Paulo: Escuta, 2006. v. 1. 229 p. PAYER, M. O. Educação popular e linguagem. Reprodução, Confrontos e Deslocamentos de Sentidos. 2a.. ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1995. v. 1. 96 p. PAYER, M. O. O Trabalho de Memória no Discurso. In: II Encontro de Estudos da Linguagem - Mestrado em Lingüística da Univas, 2008, Pouso Alegre, SP. v. 1. p. 23-31. PAYER, M. O. Processos de Identificação sujeito/língua. Ensino, língua nacional e língua materna. In: Política lingüística no Brasil. Eni P. Orlandi. (Org.). 1 ed. Campinas: Pontes, 2007, v. , p. 113-123. PAYER, M. O. Entre a Língua Nacional e a Língua Materna. In: Análise do discurso no Brasil. Mapeando conceitos, confrontando limites.. Indursky, Freda; Ferreira, Maria Cristina Leandro. (Org.). 1 ed. São Carlos: Claraluz, 2007, v. 1, p. 337-346. PAYER, M. O. Linguagem e sociedade contemporânea. Sujeito, mídia e mercado.. Revista Rua (UNICAMP), Campinas - SP, v. XI, p. 9-26, 2005. PAYER, M. O. Memória da Língua e Ensino. Modos de Aparecimento de uma língua apagada no trabalho do Esquecimento. Organon, Porto Alegre, RS, v. 17, n. 35, p. 221228, 2003. PAYER, M. O. As Diferentes Memórias Discursivas no Processo da Leitura. Leitura: Teoria e Prática, Campinas, SP, v. 19, p. 18-21, 2000. PÊCHEUX, M. “Há uma via para a Lingüística fora do logicismo e do sociologismo?”. In: Escritos (3): 05-16. Campinas: LABEURB – UNICAMP, 1998. PÊCHEUX, M. “Delimitações, Inversões, Deslocamentos”. In: Cadernos de Estudos Lingüísticos, No. 19. Campinas: IEL, Unicamp, 1990. PÊCHEUX, M. Semântica e discurso. Campinas: UNICAMP, 3ª edição, 1997. PÊCHEUX, M., GADET, F. (1981) A língua inatingível – o discurso na história da Lingüística. Campinas: Pontes, 2004. 38 PÊCHEUX, Michel. “Sobre a (des)construção das teorias lingüísticas”. In: Línguas e Instrumentos Lingüísticos (2): 07-32. Campinas: Pontes, 1999. PÊCHEUX, Michel. “Sobre os contextos epistemológicos da Análise de Discurso”. In: Escritos (4): 07-16. Campinas: LABEURB, 2006. PÊCHEUX, Michel. Discurso: estrutura ou acontecimento. Campinas: Pontes, 2ª edição, 1997. PÊCHEUX, Michel. “Há uma via para a Lingüística fora do logicismo e do sociologismo?”. In: Escritos (3): 05-16. Campinas: LABEURB, 2001. PEIRCE, C. S. Semiótica. Trad. J. Teixeira Coelho, São Paulo: Perspectiva, 1977. PEIRCE, C. S. Escritos coligidos. Coleção “Os Pensadores”, vol XXXVI. São Paulo: Abril Cultural, 1974. PEIRCE, C. S. Semiótica e filosofia. Seleção de Octanny S. da Mota e Leônidas Hegenberg. São Paulo: Cultrix, 1972. POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: Mercado de Letras, 1997. RAMOS, P. W. Falo, logo sou. Brasília: UNB, 1983. REN, C. Y. Línguas e sistemas simbólicos. São Paulo: Companhia Nacional, 1977. SANFORD, A. S. Fonologia gerativa. Rio de Janeiro: Zahar, 1976. SANTAELLA, L. A assinatura das coisas: Peirce e a Literatura. Rio de Janeiro: Imago, 1992. SANTAELLA, L. O que é semiótica. São Paulo; Brasiliense, 1983. SANTAELLA, L. Produção de linguagem e ideologia. 2. ed. ver. e ampl., São Paulo: Cortez, 1996b. SANTAELLA, L. Teoria geral dos signos: semiose e autogeração. São Paulo: Ática, 1885. SAUSSURE, F. Curso de Lingüística Geral. São Paulo: Cultrix, 1994. SAUSSURE, F. Escritos de Lingüística Geral. São Paulo: Cultrix, 2004. SOUZA, P. M. C., VILLAÇA KOCH, I. Lingüística Aplicada em português: Morfologia. São Paulo: Cortês, 1997. TEYSSIER, P. História da língua portuguesa. São Paulo: Fontes, 1992. TEYSSIER, P. História da língua portuguesa. São Paulo: Fontes, 1992. VANOYE, F. Usos da linguagem. São Paulo: Pontes, 1996. VILLAÇA KOCH, I. G., TRAVAGLIA, L. C. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1997. 39 VILLAÇA KOCH, I. G., TRAVAGLIA, L. C. Texto e coerência. São Paulo: Cortez, 1989. ZIZEK, S. Eles não sabem o que fazem – o sublime objeto da ideologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1992. ŽIŽEK, S. (org.) Um mapa da ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996. ZIZEK, S. A visão em paralaxe. São Paulo: Boitempo, 2008. ANEXO 1 UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS EUGÊNIO PACELLI MESTRADO EM CIÊNCIAS DA LINGUAGEM REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES DA DEFINIÇÃO Artigo 1º. As Atividades Complementares constituem componente curricular do curso de PósGraduação em Ciências da Linguagem e se caracterizam pelo desenvolvimento de atividades que venham a contribuir para a pesquisa e para a formação do pós-graduando. Parágrafo Único. As Atividades Complementares não são obrigatórias, podendo o pósgraduando optar por outras disciplinas para a integralização da carga horária mínima exigida pelo Programa. DOS OBJETIVOS Artigo 2º. São objetivos gerais das Atividades Complementares: I - Fomentar a freqüentação, pelo pós-graduando, dos fóruns de pesquisa relativos à sua área de formação; II - Incentivar a participação do aluno em atividades acadêmicas e científicas que venham a permitir sua permanente atualização e a troca de experiências; III - Capacitar o aluno para o desenvolvimento das atividades acadêmicas e profissionais inerentes ao seu processo de formação. DA DURAÇÃO E DA CARGA HORÁRIA Artigo 3º. As Atividades Complementares, com carga horária total de 60 (sessenta) horas, terão valor de 1 a 4 créditos, conforme quadro abaixo, e deverão ser cumpridas ao longo do curso de pós-graduação. Parágrafo 1º. O pós-graduando deverá apresentar seus comprovantes de participação nas Atividades Complementares ao Colegiado de curso, acompanhado de requerimento próprio preenchido na Secretaria de Pós-graduação. 40 Parágrafo 2º. Caberá ao Colegiado de Curso a conferência da documentação encaminhada e o deferimento ou não do pedido de convalidação de carga horária, levando em consideração o evento no que diz respeito a sua carga horária e a área a qual ele se enquadra. Artigo 4°. A carga horária deverá ser cumprida, I - nos eventos científicos promovidos pelo Mestrado e pela Universidade; ou II - nos eventos científicos promovidos por terceiros, desde que aceitos pelo Mestrado; ou III - por meio de publicações em revistas e periódicos especializados. Alcance dos Eventos Eventos locais (promovidos pelo Mestrado ou pela Universidade) Eventos regionais (promovidos por terceiros, mas de alcance restrito) Eventos nacionais Eventos internacionais Ouvinte Apresentador de pôster Apresentador de Comunicação Oral 1 crédito 1 crédito 2 créditos 1 crédito 2 créditos 3 créditos 2 créditos 2 créditos 3 créditos 3 créditos 4 créditos 4 créditos PRODUÇÃO CIENTÍFICA E INTELECTUAL Resumo publicado em anais ou programas Resenha publicada Organização de coletânea (com ISBN) na área de atuação Tradução de livro na área de atuação Capítulo ou ensaio de livro (com ISBN) na área de atuação Trabalho completo publicado em anais ou revistas não indexadas Artigo publicado em periódico indexado na área de atuação Projeto concluído e aprovado com financiamento de órgãos externos Produções técnicas Livro (com ISBN) na área de atuação Seminário de pesquisa, exposição, palestra e afins 1 crédito 1 crédito 4 créditos 4 créditos 4 créditos 3 créditos 4 créditos 4 créditos 2 créditos 4 créditos 3 créditos Parágrafo 2°. Para efeito de obtenção de crédito, somente terão efeito as participações em congresso e publicações realizadas durante o período em que o aluno esteve regularmente matriculado no Programa. 41