PROVA INTEGRADA – 2o TRIMESTRE DE 2014 PROVA A NOME__________________________________________________No________ 2a SÉRIE A compreensão do enunciado faz parte da questão. Não faça perguntas ao examinador. A prova deve ser feita com caneta azul ou preta. É terminantemente proibido o uso de corretor. Respostas com corretor serão anuladas. Esta prova tem VINTE E OITO testes em DEZ páginas. ______ MAT POR SOC MATEMÁTICA – LUÍS CLÁUDIO 1. Um poliedro tem 12 faces pentagonais, o número de diagonais deste poliedro é: a) 60 b) 120 c) 100 d) 300 e) 10 2. Um poliedro convexo de 10 vértices apresenta faces triangulares e quadrangulares. O número de faces quadrangulares, o número de faces triangulares e o número total de faces formam, nesta ordem, uma progressão aritmética. O número de arestas é: a) 10 b) 17 c) 20 d)22 e) 23 3. Um poliedro convexo é formado por 4 faces triangulares, 2 faces quadrangulares e 1 face hexagonal. A soma dos ângulos das faces desse poliedro é: a) 2160 b) 2880 c) 1440 d) 2520 e) 3600 MATEMÁTICA – MARLI 4. Para evitar que João acesse sites não recomendados na Internet, sua mãe quer colocar uma senha no computador formada apenas por m letras A e também m letras B (sendo m par). Tal senha, quando lida da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, não deverá se alterar (Ex.: ABBA) Com essas características, o número máximo de senhas distintas que ela poderá criar para depois escolher uma é igual a a) b) c) d) 2m ! m! m! m! 2 m m ! ! 2 2 2m ! m 3m ! ! 2 2 m! m m ! ! 2 2 e) (2m)! 1 5. Paulo quer comprar um sorvete com 4 bolas em uma sorveteria que possui três sabores de sorvete: chocolate, morango e uva. De quantos modos diferentes ele pode fazer a compra? a) 4. b) 6. c) 9. d) 12. e) 15. 6. Na Copa das Confederações de 2013, no Brasil, onde a seleção brasileira foi campeã, o técnico Luiz Felipe Scolari tinha à sua disposição 23 jogadores de várias posições, sendo: 3 goleiros, 8 defensores, 6 meiocampistas e 6 atacantes. Para formar seu time, com 11 jogadores, o técnico utiliza 1 goleiro , 4 defensores , 3 meio-campistas e 3 atacantes. Tendo sempre Júlio César como goleiro e Fred como atacante, o número de times distintos que o técnico poderá formar é a) 14 000. b) 480. c) 8! + 4! d) 72 000. e) 11! MATEMÁTICA – ARCONCHER 7. O valor numérico da expressão E = sen 50º . cos 20º sen 20º . cos 50º é 3 2 1 b) 4 3 c) 5 a) d) 1 e) 1 2 8. Simplificando a expressão y = sen 2 + sen 2 x . cos x encontramos a) y = sen2x b) y = cos2x c) y = 1 d) y = 0 e) y = π 2 9. Calculando a) 1 b) 2 8 cos 8 encontramos 3 4 2 2 c) 2 d) 3 e) sen 3 2 2 2 3 5 4 2 MATEMÁTICA – MARIA THEREZA 10. (Unesp) Dada a matriz A 2 3 1 2 e definindo-se A0 = I, A1 = A e AK = A A A … A, com k fatores, onde I é uma matriz identidade de ordem 2, k a) b) c) d) e) N e k 2 a matriz A15 será dada por: I. A. A2. A3. A4. 11. (Unesp) Considere as matrizes reais x y então o determinante da matriz z 1 4 5 A x² 2 0 y z e B 4 y z . Se A = Bt (transposta de B), x 1 1 é igual a: 2 a) – 1. b) c) d) e) 0. 1. 2. 3. 12. (Unesp) Considere as matrizes reais 3 × 3 na figura a seguir: Se indicarmos por A e B, respectivamente, os determinantes dessas matrizes, o determinante da matriz é igual a: a) b) c) d) e) - 2A - 2B. 2A + 2B + 1. 2A + 2B. - 2A - 2B - 1. 2A - 2B - 1. _________________________________________________________________________________ RASCUNHO 3 PORTUGUÊS – SANDRA TEXTO PARA AS QUESTÕES 13 E 14: Leia o seguinte texto, que é parte de uma entrevista concedida por Érico Veríssimo a Clarice Lispector: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Érico, por que você acha que não agrada aos críticos e aos intelectuais? Para começo de conversa, devo confessar que não me considero um escritor importante. Não sou um inovador. Nem mesmo um homem inteligente. Acho que tenho alguns talentos que uso bem... mas que acontece serem os talentos menos apreciados pela chamada ―crítica séria‖, como, por exemplo, o de contador de histórias. Os livros que me deram popularidade, como Olhai os lírios do campo, são romances medíocres. Nessa altura me pespegaram* no lombo literário vários rótulos: escritor para mocinhas, superficial etc... O que vem depois dessa primeira fase é bastante melhor mas, que diabo! pouca gente (refiro-me aos críticos apressados) se dá ao trabalho de revisar opiniões antigas e alheias. Por outro lado, existem os ―grupos‖. Os esquerdistas sempre me acharam ―acomodado‖. Os direitistas me consideram comunista. Os moralistas e reacionários me acusam de imoral e subversivo. Havia ainda essa história cretina de ―norte contra sul‖. E ainda essa natural má vontade que cerca todo escritor que vende livro, a ideia de que best-seller tem de ser necessariamente um livro inferior. Some tudo isto, Clarice, e você não terá ainda uma resposta satisfatória à sua pergunta. Mas devo acrescentar que há no Brasil vários críticos que agora me levam a sério, principalmente depois que publiquei O tempo e o vento. (Bons sujeitos!) Clarice Lispector. Entrevistas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007. *‖pespegaram‖: aplicaram. 13. Se a oração sublinhada no trecho ―Os livros que me deram popularidade (L. 05) são romances medíocres‖ for substituída por outra do mesmo tipo sintático, o uso de preposição antes do pronome ―que‖ continuaria a ser desnecessário apenas em: a) que me tornei conhecido. b) que também me orgulho. c) que procuro valorizar. d) que tanto lutei. e) que me refiro. 14. Assinale a afirmação correta sobre as orações sublinhadas no trecho acima. a) As orações ―que não me considero um escritor importante‖ e ―que tenho alguns talentos‖ têm a mesma função sintática: ambas fazem o papel de sujeito da oração principal. b) No texto, o escritor fala sobre sua própria obra. Caso uma outra pessoa falasse sobre Érico Veríssimo, o pronome me da frase ―Os direitistas me consideram comunista‖ deveria ser trocado por lhe. c) Os pronomes relativos que em ―que cerca todo escritor‖ e em ―que vende livro‖ têm a mesma função sintática: sujeito. d) A oração ―de que best-seller tem de ser necessariamente um livro inferior‖ classifica-se como subordinada substantiva objetiva indireta. e) No trecho ―mas devo acrescentar que há no Brasil vários críticos que agora me levam a sério (...)‖, as duas ocorrências são conjunções integrantes, introduzindo orações subordinadas substantivas. 15. (PUCC) A alternativa em que se encontra uma oração subordinada substantiva subjetiva, iniciada com a conjunção que é: a) Os repórteres que o procuraram já saíram. b) Reafirmo meu desejo que todos fiquem à vontade aqui. c) Vai ser difícil que ele atenda nosso pedido. d) Foi tão incisivo em suas declarações que convenceu a todos. e) Pretendemos que todos tenham acesso às facilidades propostas. 4 16. Já na segurança da calçada, e passando por um trecho em obras que atravanca nossos passos, lanço à queima-roupa: - Você conhece alguma cidade mais feia do que São Paulo? - Agora você me pegou, retruca, rindo. Hã, deixa eu ver... Lembro-me de La Paz, a capital da Bolívia, que me pareceu bem feia. Dizem que Bogotá é muito feiosa também, mas não a conheço. Bem, São Paulo, no geral, é feia, mas as pessoas têm uma disposição para o trabalho aqui, uma vibração empreendedora, que dá uma feição muito particular à cidade. Acordar cedo em São Paulo e ver as pessoas saindo para trabalhar é algo que me toca. Acho emocionante ver a garra dessa gente. R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa: uma caminhada pela selva urbana de São Paulo. National Geographic Brasil. Adaptado. Ao reproduzir um diálogo, o texto incorpora marcas de oralidade, tanto de ordem léxica, caso da palavra ―garra‖, quanto de ordem gramatical, como, por exemplo, a) ―lanço à queima-roupa‖ b) ―Agora você me pegou‖. c) ―deixa eu ver‖. d) ―Bogotá é muito feiosa‖. e) ―é algo que me toca”. PORTUGUÊS – RICARDO 17. O ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso declarou [ ... ] que as práticas políticas brasileiras "são erradas e deformadas" e que houve uma regressão para a República Velha no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. "Hoje temos governo e oposição. Os partidos perderam espaço e não existe mais o que se chamava de presidencialismo de coalizão", afirmou FHC durante um evento na Fundação Escola de Sociologia de São Paulo. Segundo ele, atualmente existem apenas dois lados: governo e a oposição. "O governo busca com seus recursos políticos e de outra natureza influenciar a opinião. Não é um bom sistema". [ ... ] Gabriel Bonis. "Governo Lula levou a política do Brasil para a República Velha, diz FHC". Carta Capital. Disponível em: <www.cartacapital.com.br/politica/lula-levou-a-politica-do-brasil-paraa-republica-velha-diz-fhc-221.html>.Acesso em: 12 set. 2013. No texto, ao comparar o governo Lula à República Velha, o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso apresentou algumas características que, segundo ele, seriam comuns aos dois modelos de administração pública, embora tenham sido adotados em períodos distintos da história. Ainda que o ex-presidente Lula tenha governado o Brasil no século XXI e a República Velha tenha ocorrido no período de 1889 a 1930, ele afirma existirem similaridades. De acordo com as afirmações de Fernando Henrique Cardoso, tanto na República Velha como no governo do ex-Presidente Lula, foram comuns práticas como a) a utilização de expedientes como voto aberto, curral eleitoral e eleitores fantasmas para garantir a continuidade de um projeto de poder em detrimento do interesse da maioria da população brasileira. b) a adoção de modelo político pautado em discussões entre grupamentos de diferentes bandeiras e interesses políticos, com representação do povo e constante busca de construção de coalizões para concretizar projetos de interesse coletivo. c) o uso do poder econômico e da máquina governamental para influenciar as decisões políticas de interesse nacional, com redução do poder dos partidos e vigência de um modelo em que o embate político estava limitado à situação e à oposição. d) o monopólio, por parte dos estados mais ricos - São Paulo e Minas Gerais, por exemplo -, mantendo privilégios para a elite e garantindo a destinação de mais verbas para seus estados, aplicadas em obras públicas e na preservação de seu domínio político. e) a centralização do poder político em um único partido, com a existência de outros agrupamentos políticos que, apesar de participarem de um pretenso jogo democrático, eram coagidos por militares a votar em favor do governo. 5 18. [ ... ] cada pessoa singular está realmente presa; está por viver em permanente dependência funcional de outras; ela é um elo nas cadeias que ligam outras pessoas, assim como todas as demais, direta ou indiretamente, são elos nas cadeias que as prendem. Essas cadeias não são visíveis e tangíveis, como grilhões de ferro. São mais elásticas, mais variáveis, mais mutáveis, porém não menos reais, e decerto não menos fortes. E é a essa rede de funções que as pessoas desempenham umas em relação a outras, a ela e a nada mais, que chamamos "sociedade". Norbert Elias. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. De acordo com o sociólogo Norbert Elias, a ideia de sociedade está diretamente ligada à dependência do outro, das pessoas à nossa volta. Não é possível perceber de forma tão imediata essas ligações, mas a existência delas concretiza-se nas relações humanas diretas e indiretas. Ao utilizar termos como dependência funcional, cadeias, grilhões de ferro e rede de funções, Elias define as relações humanas como a) espontâneas, criadas a partir da colaboração direta, sem que interesses específicos norteiem os encontros entre os indivíduos e o funcionamento da sociedade como um todo. b) interdependentes e baseadas no funcionalismo, ou seja, todo e qualquer encontro entre indivíduos pauta-se em interesses individuais e/ou corporativos associados a causas e motivações específicas. c) espontâneas, sob o aspecto individual, e interdependentes, quanto aos aspectos sociais, porém não associadas a interesses específicos, ou seja, não funcionais ou materialistas. d) espontâneas, por meio dos grilhões que associam as pessoas ao materialismo, simulando condições sociais mais nobres, como a interação entre os indivíduos, e não havendo interesse específico por trás das relações. e) socialmente direcionadas por instituições e mecanismos socioeconômicos invisíveis ao olho humano, os quais dizem às pessoas o que fazer, por onde andar, o que consumir, dando-lhes a falsa impressão de livre-arbítrio. PORTUGUÊS – BANDINI 19. Leia o trecho a seguir, extraído de ―Lembrança de morrer‖, do poeta ultrarromântico Álvares de Azevedo: (...) Descansem o meu leito solitário Na floresta dos homens esquecida, À sombra de uma cruz, e escrevam nela — Foi poeta — sonhou — e amou na vida.— Sombras do vale, noites da montanha Que minh'alma cantou e amava tanto, Protegei o meu corpo abandonado, E no silêncio derramai-lhe canto! Mas quando preludia ave d'aurora E quando à meia-noite o céu repousa, Arvoredos do bosque, abri os ramos... Deixai a lua prantear-me a lousa! I. O trecho mostra o subjetivismo e o egocentrismo típicos dos ultrarromânticos, evidenciados pelos versos sentimentais e carregados de autocomiseração. II. O sujeito lírico enfatiza sua solidão, experimentada em vida e prenunciada na morte. O eu lírico que viveu solitário quer ser enterrado num local inabitado. III. Em sua lápide deve constar que o sujeito lírico foi um poeta, teve um ideal e um amor em sua vida (o que daria sentido à ela). IV. A atração pela morte, tão presente em diversas tendências poéticas, não se manifesta tão claramente no ultrarromantismo. Está adequado somente o que se afirma em: a) I e II. b) I, II e III. c) II, III e IV. d) II e III. e) I, III e IV 6 20. Leia o soneto abaixo, de Antero de Quental, as afirmações a seguir e responda: Razão, irmã do Amor e da Justiça, Mais uma vez escuta a minha prece, É a voz dum coração que te apetece (1), Duma alma livre, só a ti submissa. Por ti é que a poeira movediça De astros e sóis e mundos permanece; E é por ti que a virtude prevalece, E a flor do heroísmo medra (2) e viça (3). Por ti, na arena trágica, as nações Buscam a liberdade, entre clarões, E os que olham o futuro e cismam (4), mudos, Por ti, podem sofrer e não se abatem, Mãe de filhos robustos(5), que combatem Tendo o teu nome escrito em seus escudos! (1) Agrada; (2) desenvolve-se; (3) floresce; (4) pensam insistentemente; (5) fortes. I. No primeiro quarteto, o eu lírico dirige-se à Razão, à qual chama irmã do Amor e da Justiça, sugerindo que estes dois grandes valores (ou sentimentos) não serão possíveis onde faltar aquela. II. Somente com o uso da Razão poderá imperar a virtude e desenvolver-se o heroísmo (versos 7 e 8). III. É em nome da Razão que as nações oprimidas, ainda que à custa de muita luta (―na arena trágica‖ (campo de batalha)), conquistam a sua liberdade, vencendo a tirania e a opressão (terceira estrofe). IV. É ainda em nome da Razão que aqueles que se sentem impotentes no presente, apesar de tudo, podem sofrer, mas não se deixam abater, não permitindo, deste modo, que desapareça a sua esperança em relação ao futuro (versos 12 e 13). Está adequado somente o que se afirma em: a) I, II, III e IV. b) II, III e IV. c) I, II e IV. d) II e IV. e) I, III e IV. 21. Leia o trecho a seguir, de ―O Navio Negreiro‖, de Castro Alves: Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura... se é verdade Tanto horror perante os céus... Ó mar! Por que não apagas Co‘a esponja de tuas vagas De teu manto este borrão?... Astros! Noite! Tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão! Aponte a alternativa incorreta a respeito do texto: a) Os versos 3 e 4 constituem o objeto direto do verbo dizer e, pela antítese, expressam o desespero do sujeito lírico. b) O vocativo do verso 1 é retomado em toda a estrofe, por meio de outros vocativos, no mesmo tom de protesto grandiloquente. c) Ao lado de Deus, na sequência dos vocativos, estão as forças grandiosas da natureza, como o mar, os astros, a noite, as tempestades e, num desespero crescente do eu lírico, o tufão. d) Esse ―borrão‖, objeto direto do verbo apagar, constitui uma metáfora de algo vergonhoso que recupera e aprofunda o horror do verso 4. e) No apelo desesperado do sujeito lírico, as grandiosas forças da natureza não são personificadas, mas, sim, coisificadas nos vocativos que as representam. 7 22. Leia os trechos abaixo, (I) do poema ―O sentimento dum ocidental‖, de Cesário Verde, e (II) de ―Adormecida‖, de Castro Alves: (I) Ave-Marias (II) Nas nossas ruas ao anoitecer Há tal soturnidade, há tal melancolia, Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia, Despertam-me um desejo absurdo de sofrer. (...) Vazam-se os arsenais e as oficinas, Reluz, viscoso, o rio, apressam-se as obreiras; E num cardume negro, hercúleas, galhofeiras, Correndo com firmeza, assomam as varinas. Adormecida Uma noite, eu me lembro... Ela dormia Numa rede encostada molemente... Quase aberto o roupão... solto o cabelo E o pé descalço no tapete rente. Vêm sacudindo as ancas opulentas! Seus troncos varonis recordam-me pilastras E algumas, à cabeça, embalam nas canastras Os filhos que depois naufragam nas tormentas. (...) I. Os versos do realista Cesário Verde, ao flagrar o cotidiano urbano, observam mulheres operárias saindo do trabalho. Elas aparecem fortes e masculinizadas (―seus troncos varonis recordam-me pilastras‖). Já no romântico Castro Alves, a musa, longe do ―anjo idealizado‖ dos ultrarromânticos, surge como mulher sensual e desejada. II. Assim como em Cesário Verde, os versos de Castro Alves mostram uma realidade concreta e, muitas vezes, desagradável. O sujeito lírico nesse poema romântico quer se afastar da imagem tentadora e pecaminosa da mulher. III. Os versos de Cesário Verde mostram um eu lírico atento ao espaço e a personagens da cidade. Ele observa o ritmo veloz e as transformações do novo espaço urbano. Já esses versos de Castro Alves não podem ser chamados de ‗condoreiros‘, devido à ausência de marcas típicas de tal estilo. Está completamente adequado somente o que se afirma em: a) I e II. b) I, II e III. c) I e III. d) II e III. e) I. SOCIOLOGIA – PAULO 23. (Unisc 2013) Karl Marx se notabilizou como o cientista social que fundou as bases epistemológicas do Materialismo Histórico a partir das categorias Capital e Trabalho e do método dialético. Segundo o pensador, a história da humanidade se desenvolve a partir da tensão entre essas duas categorias e todas as formas históricas de sociedade, a partir do comunismo primitivo, expressam em si mesmas uma organização específica do trabalho com vistas à produção de bens e acúmulo de riquezas. Nesse sentido, o capitalismo seria uma das formas sociais que se caracteriza pela organização da produção a partir da relação entre capital e trabalho, de tal modo que os donos dos meios de produção (a burguesia) exploram o trabalho objetivando a obtenção do lucro. A categoria econômica que denota o lucro obtido a partir desse processo de exploração do trabalho é denominada por Karl Marx de a) Expropriação. b) Exploração. c) Capitalismo. d) Mais-valia. e) Comunismo. 8 24. (Ueg 2011) Algumas pessoas conseguem mais do que outras nas sociedades – mais dinheiro, mais prestígio, mais poder, mais vida, e tudo aquilo que os homens valorizam. Tais desigualdades criam divisões na sociedade – divisões com respeito a idade, sexo, riqueza, poder e outros recursos. Aqueles no topo dessas divisões querem manter sua vantagem e seu privilégio; aqueles no nível inferior querem mais e devem viver em um estado constante de raiva e frustração [...]. Assim, a desigualdade é uma máquina que produz tensão nas sociedades humanas. É a fonte de energia por trás dos movimentos sociais, protestos, tumultos e revoluções. As sociedades podem, por um período de tempo, abafar essas forças separatistas, mas, se as severas desigualdades persistem, a tensão e o conflito pontuarão e, às vezes, dominarão a vida social. TURNER, Jonathan H. Sociologia: Conceitos e aplicações. São Paulo: Pearson, 2000. p. 111. (Adaptado). A observação da figura e a leitura do texto permitem inferir: a) no plano social, a igualdade humana está explícita em dois setores bem definidos: na Justiça, segundo a qual todos são iguais perante a lei, e na educação, em que todos devem ter oportunidades iguais; essas práticas são vivenciadas pela sociedade brasileira. b) segundo Karl Marx, aqueles que possuem ou controlam os meios de produção têm poder, sendo capazes de manipular os símbolos culturais através da criação de ideologias que justifiquem seu poder e seus privilégios. c) a estratificação de classes existe quando renda, poder e prestígio são dados igualmente aos membros de uma sociedade, gerando, portanto, grupos culturais, comportamentais e organizacionais semelhantes. d) a estratificação, na visão de Karl Marx, mostra que a luta de classes não se polariza entre o ter e o não ter e envolve mais do que a ordem econômica. 25. (Ufu 2013) E se, em toda ideologia, os homens e suas relações aparecem invertidos como numa câmara escura, tal fenômeno decorre de seu processo histórico de vida, do mesmo modo porque a inversão dos objetos na retina decorre de seu processo de vida diretamente físico. MARX, Karl, A ideologia alemã. São Paulo: Hucitec, 1987. p. 37. Com essa famosa metáfora, Marx realiza a definição de ideologia como inversão da realidade, da qual decorre para ele a) a alienação da classe trabalhadora. b) a consciência de classe dos trabalhadores. c) a existência de condições para a práxis revolucionária. d) a definição de classes sociais. 26. (Ufu 2013) Temos um trabalhador numa determinada indústria. Suponhamos que ele conheça o dono da pequena indústria em que trabalha e que tenha até uma boa amizade com ele. Em determinado momento, porém, acontece uma greve. Apesar da amizade entre o trabalhador e seu patrão, provavelmente durante a greve ambos estarão colocados em lados opostos. TOMAZI, Nelson. Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual, 1993. p. 13-14. Este exemplo, tomado para introduzir uma reflexão sobre conceitos elaborados por Marx, em sua crítica à sociedade capitalista, remete, claramente, à noção de ―classes sociais‖, entendida no marxismo como a) Grupos de indivíduos que compartilham os mesmos motivos para realizarem ações sociais. b) Grupos de indivíduos que agem de forma semelhante em face de um mesmo fato social. c) Grupos de indivíduos que possuem a mesma crença com relação aos valores que precedem suas ações. d) Grupos de indivíduos que ocupam uma mesma posição nas relações sociais de produção. 9 27. (Unioeste 2013) O Manifesto do Partido Comunista, escrito por Marx e Engels no ponto de inflexão entre as reflexões de juventude e a obra de maturidade, sintetiza os resultados da concepção materialista da história alcançados pelos dois autores até 1848. A dinâmica do desenvolvimento histórico é então concebida como resultante do aprofundamento da tensão entre forças produtivas e relações de produção, que se expressaria através da luta política aberta. Com base na concepção materialista da história defendida por Marx e Engels no Manifesto, selecione a alternativa correta. a) A história das sociedades humanas até agora existentes tem sido o resultado do agravamento das contradições sociais que, uma vez maturadas, explode através da luta de classes. b) A história das sociedades humanas é o resultado dos desígnios da providência que atuam sobre a consciência dos homens e forjam os rumos do desenvolvimento social. c) A história das sociedades humanas é o resultado de acontecimentos fortuitos e casuais, independentes da vontade dos homens, que acabam moldando os rumos do desenvolvimento social. d) A história das sociedades humanas é o resultado inevitável do desenvolvimento tecnológico, que não só aumenta a produtividade do trabalho, como elimina o antagonismo entre as classes sociais. e) A história das sociedades humanas é o resultado da ação desempenhada pelos grandes personagens que, através de sua emulação moral, guiam as massas no sentido das transformações sociais pacíficas. 28. (Ufpa 2012) Um das importantes preocupações sociológicas é a questão a respeito dos fatores que tornam possível a existência e a evolução das sociedades. A ideia de ―conflito‖ assume uma posição contraditória, por este ser considerado ora como ―motor das transformações‖, ora como fator que ―deixa a sociedade estagnada‖ e impede a evolução. Em relação às consequências do conflito para sociedade, é CORRETO afirmar: a) Para Karl Marx, o regime capitalista é capaz de produzir cada vez mais. A despeito desse aumento das riquezas, a miséria continua sendo a sorte da maioria. Essa contradição irá gerar conflitos que, mais cedo ou mais tarde, desencadearão um processo de reforma da sociedade que a reorganizará com critérios científicos. b) Para Karl Marx, a supressão das contradições de classe deve levar logicamente ao desaparecimento do Estado, pois este é um dos subprodutos ou a expressão dos conflitos sociais. c) O marxismo exclui a possibilidade de haver um paralelismo entre o desenvolvimento das forças produtivas, a transformação das relações de produção, a intensificação da luta de classes e dos conflitos que marcam a marcha para a revolução. d) Durkheim diz que os conflitos entre trabalhadores e empresários demonstram a falta de organização ou a anomia parcial da sociedade moderna, que deve ser corrigida com uma revolução do proletariado, que restaure o consenso social. e) Durkheim acredita que a forma como os indivíduos se organizam socialmente para produzir determina a sua visão de mundo. Ou seja, ele acredita que não é a consciência dos homens que determina a realidade, mas, ao contrário, é a realidade social e principalmente seus conflitos que determina a consciência coletiva. 10