Pág. 1
1º SIMULADO
2011
PARA A:
ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO EXÉRCITO
CONCURSO DE ADMISSÃO / 2011
PROVAS DE MATEMÁTICA, PORTUGUÊS E REDAÇÃO
Domingo, 27 de março de 2011.
INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DO SIMULADO
1. Confira a Prova
– Seu simulado contém 8 (oito) páginas impressas, numeradas de 01 (um) a 8 (oito).
– Neste simulado existem 14 (quatorze) questões de Matemática, 14 (quatorze) questões de Português. Na página 8 (oito) está
impressa a orientação para a Prova de Redação.
– Além deste caderno de questões, você receberá uma folha para escrever a sua redação. Essa folha deverá ser entregue ao Fiscal do
Simulado juntamente com seu Cartão de Respostas. Você poderá usar, como rascunho, as folhas em branco deste caderno.
2. Condições de Execução do Simulado
– O tempo total de duração do simulado é de 4 (quatro) horas e 30 (trinta) minutos. Os 15 (quinze) minutos iniciais são destinados à
leitura da prova e ao esclarecimento de dúvidas. Os 15 (quinze) minutos finais são destinados ao preenchimento das opções
selecionadas pelo candidato no Cartão de Respostas.
– O simulado começará às 13 (treze) horas e terminará às 17 (dezessete) horas e 30 (trinta) minutos.
– Em caso de alguma irregularidade, na impressão ou montagem do seu simulado, chame o Fiscal do Simulado. Somente nos
primeiros 15 (quinze) minutos será possível esclarecer as dúvidas.
– Ao terminar o seu simulado, coloque o seu Cartão de Respostas no lugar indicado para sua turma.
3. Cartão de Respostas
– Escolha a única resposta certa dentre as opções apresentadas em cada questão, assinalando-a, com caneta esferográfica de tinta azul
ou preta, no Cartão de Respostas.
INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO CARTÃO DE RESPOSTAS
– Alvéolos circulares são os pequenos círculos vazios do cartão. O candidato deverá preenchê-los apenas com caneta esferográfica de
tinta azul ou preta.
– Observe o quadro abaixo para evitar que sua marcação, mesmo certa, seja invalidada pela leitora óptica:
Provas de Matemática, Português e Redação – Modelo B
Pág. 2
PROVA DE MATEMÁTICA
Escolha a única alternativa correta, dentre as opções apresentadas, que responde ou completa cada questão,
assinalando-a, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta, no Cartão de Respostas.
1
( )
Num laboratório, a temperatura obtida em determinada experiência, em graus centígrados, é dada pela função
, onde t é o tempo em segundos (
). É correto afirmar que a temperatura
[A]
é sempre positiva.
[B]
máxima é 20 graus.
[C]
máxima ocorre para t=4s.
[D] nunca será igual a zero.
[E]
2
mínima é -10 graus.
Considere A o conjunto solução da inequação
e B o domínio da função definida por
( )
√
. Nessas
condições, AUB é dado por
3
[A]
*
|
+.
[B]
{
|
}.
[C]
{
|
[D] *
|
+.
[E]
|
}.
Dadas as funções ( )
[A]
4
{
}.
.
[B]
.A raiz real da equação
( )
1.
[C]
2.
[D] .
( )
( )
, ( )+
[E]
( )
( )
é
inexistente.
É correto afirmar que
[A]
a função ( )
[B]
a função ( )
[C]
a função ( )
é impar.
é injetora ,mas não é sobrejetora.
é crescente para todo elemento de seu domínio.
[D] a coordenada y do vértice da função ( )
[E]
a função ( )
é o valor mínimo de f.
é par.
5
Fernando, na tentativa de entender melhor as interações entre sequências, tomou uma primeira sequência * +
de quatro termos sendo esta uma progressão geométrica de razão . A seguir, subtraindo 2 unidades do primeiro
termo e k unidades do quarto termo da primeira sequência, obteve uma segunda sequência * +
que, como
pode observar, era uma progressão aritmética. A seguir, para obter uma terceira sequência, somou os elementos das
+
duas primeiras sequências, ou seja, *
. Por fim, para obter uma última seqüência * +
, a
partir da terceira, subtraiu 2 unidades do terceiro termo e 7 unidades do quarto termo, gerando, para sua surpresa,
uma outra progressão aritmética. Assim, Fernando deduziu as seguintes afirmativas abaixo:
I - O valor da expressão (
) é 2.
-.
II - A razão pertence ao intervalo III - O valor de
pode ser escrito como , com
IV - A soma dos 4 termos da 1ª sequência é 65.
.
Pode-se afirmar que:
[A]
Todas as afirmativas estão corretas.
[B]
Existem apenas 3 afirmativas corretas.
[C]
Existem apenas 2 afirmativas corretas.
[D] Existe apenas 1 afirmativa correta.
[E]
6
Todas as afirmativas estão erradas.
Sabendo que
.
/
Julgue os itens abaixo
I - A matriz inversa da matriz
é:
.
/
II - Se multiplicarmos a 1ª coluna por 7 e a matriz por 4, então o determinante da nova matriz será o mesmo que
o determinante de multiplicado por 28.
III IV -
.
.
/.
Pode-se afirmar que:
[A]
As afirmativas I e IV estão corretas.
[B]
As afirmativas I, II e IV estão corretas.
Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501
Provas de Matemática, Português e Redação – Modelo B
[C]
Pág. 3
Todas as afirmativas estão corretas.
[D] As afirmativas II e III estão erradas.
[E]
7
As afirmativas I, III e IV estão corretas.
Considere que:
|
|
|
|
Então o valor √
[A]
24.
[B]
20.
[C]
30.
é
[D] 42.
[E]
36.
8
Numa papelaria, uma pessoa comprou 3 lapiseiras, 7 canetas e 1 caderno por R$ 31,50. Outro cliente, comprou 4
lapiseiras, 10 canetas e 1 caderno por R$ 42,00. Se um cliente comprou 1 lapiseira, 1 caneta e 1 caderno sai por:
[A]
R$ 17,50
[B]
R$ 16,50
[C]
R$ 12,50
[D] R$ 10,50
[E]
9
,
produto
R$ 9,50
e
são números naturais tais que
[A]
14.
[B]
12.
[C]
17.
e
. Se
assume o maior valor possível, calcule o
[D] 20.
[E]
18.
10
O braço de um soldado ferido deve ser enrolado em uma atadura. Suponha que o braço tenha uma forma
aproximadamente cilíndrica com cerca de 30 cm de comprimento e 20 cm de circunferência. Se cada rolo de atadura
mede 1 m por 10 cm e se cada porção do braço deve receber quatro voltas de atadura, então será necessária a
seguinte quantidade de rolos de atadura:
[A]
1.
[B]
2.
[C]
3.
[D] 4.
[E]
11
5.
Na figura a seguir, O é o centro do círculo cujo raio é R
Então, o valor de “b” pode ser escrito, em função de R e de a, como:
[A]
b = 2a
[B]
b = (R2 – a2) / a
[C]
b = R2 / a
[D] b = R2 + a2.
[E]
b = 3a / 2.
Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501
Provas de Matemática, Português e Redação – Modelo B
Pág. 4
12
A base de uma pirâmide de vértice V é um hexágono regular ABCDEF, sendo AB = 6 cm. A aresta lateral VA é
perpendicular ao plano da base e igual ao segmento AD. Calcule, em cm2, a soma das áreas das faces VCD e VED:
[A] 18 7
[B] 36 7
[C] 28 3
[D] 14 3
[E]
13
21
Um prisma regular hexagonal é cortado por um plano perpendicular a uma aresta de uma base, segundo um
quadrado de diagonal
[A]
4,5.
[B]
9,0.
[C]
2,5.
6 m. Calcule, em m3, o volume do prisma.
[D] 5,0.
[E]
14
10,0.
Na figura abaixo está representado um cubo de volume “V” e suas diagonais. O apótema da pirâmide destacada mede:
[A]
3
V
2
3
[B] 2 V
2
[C]
3
V
2
[D]
3
3
[E] 2 V
3
V
2
Final da Prova de Matemática
PROVA DE PORTUGUÊS
Escolha a única alternativa correta, dentre as opções apresentadas, que responde ou completa cada
questão, assinalando-a, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta, no Cartão de Respostas.
Leia o texto a seguir e responda a questão 15 a 17.
O Relógio
Eu tinha medo de dormir na casa do meu avô. Era um sobrado colonial enorme, longos corredores,
escadarias, portas grossas e pesadas que rangiam, vidros coloridos nos caixilhos das janelas, pátios calçados
com pedras antigas... De dia, tudo era luminoso. Mas, quando vinha a noite e as luzes se apagavam, tudo
mergulhava no sono: pessoas, paredes, espaços. Menos o relógio... De dia, ele estava lá também. Só que era
diferente. Manso, tocava o carrilhão a cada quarto de hora, ignorado pelas pessoas absorvidas por suas rotinas.
Acho que era porque durante o dia ele dormia. Seu pêndulo regular era seu coração que batia, seu ressonar, e
suas músicas eram seus sonhos, igual aos de todos os outros relógios. De noite, ao contrário, quando todos
dormiam, ele acordava, e começava a contar estórias. Só muito mais tarde vim a entender o que ele dizia:
“Tempus fugit”. E eu ficava na cama, incapaz de dormir, ouvindo sua marcação sem pressa, esperando a música
do próximo quarto de hora. Eu tinha medo. Hoje, acho que sei por quê: ele batia a Morte. Seu ritmo sem pressa
não era coisa daquele tempo da minha insônia de menino. Vinha de muito longe. Tempo de musgos crescidos em
paredes úmidas, de tábuas largas de assoalho que envelheciam, de ferrugem que aparecia nas chaves enormes e
negras, da senzala abandonada, dos escravos que ensinaram para as crianças estória de além-mar – “dingue-ledingue que eu vou para Angola, dingue-le-dingue que eu vou para Angola” – de grandes festas e grandes
tristezas, nascimentos, casamentos, sepultamentos, de riqueza e decadência... O relógio batera aquelas horas –
e se sofrera, não se podia dizer, porque ninguém jamais notara mudança alguma em sua indiferença pendular.
Exceto quando a corda chegava ao fim e o seu carrilhão excessivamente lento se tornava num pedido de socorro:
“ Não quero morrer...” Aí, aquele que tinha a missão de lhe dar corda – (pois este não era privilégio de qualquer
um. Só podia tocar no coração de relógio aquele que já, por muito tempo, conhecesse os seus segredos) – subia
numa cadeira e, de forma segura e contada, dava voltas na chave mágica. O tempo continuaria a fugir... Todas
aquelas horas vividas e morridas estavam guardadas. De noite, quando todos dormiam, elas saíam. O passado só
sai quando o silêncio é grande, memória do sobrado. E o meu medo era por isto: por sentir que o relógio, com
seu pêndulo e carrilhão, me chamava para si e m e incorporava naquela estória que eu não conhecia, mas só
imaginava. Já havia visto alguns dos seu sinais imobilizados, fosse na própria mágoa do espaço da cada, fosse
nos velhos álbuns de fotografia, homens solenes de colarinho engomado e bigode, família paradigmáticas,
maridos assentados de pernas cruzadas, e fiéis esposas de pé, ao seu lado, mão docemente pousada no ombro
do companheiro. Mas nada mais eram que fantasmas desaparecidos no passado, deles não se sabendo sem
Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501
Provas de Matemática, Português e Redação – Modelo B
Pág. 5
mesmo o nome. “Tempus fugit”. O relógio toca de novo. Mais um quarto de hora. Mais uma hora no quarto, sem
dormir...Sentia que o relógio me chamava para o seu tempo, que era o tempo de todos aqueles fantasmas, o
tempo da vida que passou. Depois o sobradão pegou fogo. Ficaram os gigantescos barrotes de pau-bálsamo
fumegando por mais de uma semana, enchendo o ar com seu perfume de tristeza. Salvaram-se algumas coisas.
Entre elas, o relógio. Dali saiu para uma casa pequena. Pelas noites adentro ele continuou a fazer a mesma
coisa. E uma vizinha que não suportou a melodia do “Tempus fugit” pediu que ele fosse reduzido ao silêncio. E a
alma do relógio teve de ser desligada.
Tenho saudade dele. Por sua tranquila honestidade, repetindo sempre, incansável, “Tempus fugit”. Ainda
comprarei um outro que diga a mesma coisa. Relógio que não se pareça com este meu, no meu pulso, que marca
a hora sem dizer nada, que tem estórias para contar. Meu relógio só me diz uma coisa: o quanto eu devo correr,
para não me atrasar. Com ele, sinto-me tolo como o Coelho da estória de Alice, que olhava para seu relógio,
corria esbaforido, e dizia: “Estou atrasado, estou atrasado...”
Não é curioso que o grande evento que marca a passagem do ano seja uma corrida, corrida de São Silvestre?
Correr para chegar, aonde?
Passagem de ano é o velho relógio que toca o seu carrilhão.
O sol e as estrelas entoam a melodia eterna: “Tempus fugit”.
E porque temos medo da verdade que só aparece no silêncio solitário da noite, reunimo-nos para espantar o
terror, e abafamos o ruído tranquilo do pêndulo com enormes gritarias. Contra a música suave da nossa verdade,
o barulho dos rojões...
Pela manhã, seremos, de novo, o tolo Coelho de Alice:
“Estou atrasado, estou atrasado...”
Mas o relógio não desiste. Continuará a nos chamar à sabedoria:
1
Quem sabe que o tempo está fugindo descobre, subitamente, a beleza única do momento que nunca mais será...
(Rubem Alves)
15
O texto, quanto à forma, foi escrito em prosa; quanto ao conteúdo é
[A]
narrativo.
[B]
dissertativo.
[C]
narrativo-descritivo.
[D] dissertativo-narrativo.
[E]
descritivo.
16
“...homens solenes de colarinho engomado e bigode, famílias paradigmáticas...” O adjetivo em negrito
caracteriza o substantivo “famílias” como
[A]
modelo.
[B]
problema.
[C]
antiquíssima.
[D] atual.
[E]
17
ideal.
Segundo o autor, o homem corre
[A]
quando tem medo da verdade.
[B]
se tiver medo da verdade.
[C]
porque tem medo e quer ocultar a verdade.
[D] embora tenha medo e queira ocultar a verdade.
[E]
tal qual o medo da verdade.
Leia o texto a seguir e responda a questão 18
O País Dos Relógios
Todo relógio tem que trabalhar. Para que um país cresça, os relógios sabem que têm um trabalho a cumprir:
marcar o tempo, a vida e a história, marchar em direção ao futuro.
Se no país dos Relógios todos os relógios trabalhassem, todos trabalhariam menos e teriam mais horas para se
divertir, brincar e ver o tempo voar.
Mas, no País dos Relógios, nem tudo funciona como um relógio, pois aumenta a cada dia o número de relógios
que param de trabalhar, que ficam desempregados. Desempregados , alguns relógios ficam amalucados, cheios
de tiques, pois não têm taques para comer. Outros se tornam camelôs, vendendo horas mortas, minutos
perdidos e trações de segundos. E há os relógios parados que se tornam assaltantes, roubando o tempo dos
outros. Adiantando seu lado, badalando e dando corda à incompetência, relógios governantes estão com defeito
e funcionando mal.
No País dos Relógios Parados, o presente não presenteia e o passado não passa. O país perde tempo. E como
tempo é dinheiro, o País dos Relógios Parados e seus habitantes ficam cada dia mais pobres, mais pobres...
É por causa disso que se costuma dizer que existem países adiantados e países atrasados.
(Folhinha de São Paulo)
18
Não se pode deduzir do texto a ideia de que um país exige:
[A]
uma organização social.
Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501
Provas de Matemática, Português e Redação – Modelo B
Pág. 6
[B]
de cada homem uma função na sociedade.
[C]
que todo homem tenha direito ao trabalho e ao lazer.
[D] reflexão sobre causas e consequências do desemprego.
[E]
19
direitos e deveres desiguais, só dessa forma teremos “países adiantados”.
Leia o texto abaixo.
“Mariana, que nunca se casa, mas é exímia em fazer casa para botão, após arrumar a casa, tentava aprender a
fazer cálculos com três casas decimais. E há quem diga que casa não atrapalha.”
Assinale a afirmação correta em relação à palavra casa.
[A]
Trata-se de uma derivação regressiva.
[B]
Só tem significação denotativa, não podendo sequer ser usada em sentido conotativo.
[C]
É polissêmica.
[D] É oxítona.
[E]
20
A palavra “casa” é um homônimo homógrafo, mas não homófono.
Assinale a alternativa em que há erro na partição de sílabas:
[A]
en-trar, es-con-der, bis-ne-to.
[B]
i-da-de, co-o-pe-rar, ré-gu-a.
[C]
des-cen-der, pos-so, a-tra-vés.
[D] des-to-ar, es-tô-ma-go, on-tem.
[E]
pre-des-ti-nar, ex-tra, e-xer-cí-cio.
21
O latim infãns –antis, aquele que não fala, vem do verbo fari (falar), acrescido da partícula de negação in-. O infante
(ifante no século VIII, diz Antônio Geraldo da Cunha, em Dicionário Etmológico) é a criança, aquele que não pode ou não
sabe falar. O soldado da infantaria é assim chamado porque carece de direito de réplica, lembra a linguista Argentina
Ivonne Bordelois em “A palavra Ameaçada” (Vieira&Lent). O infante virou sinônimo de soldado de infantaria no século
XVII, vindo do italiano “soldado a pé”. Infantil consolidou-se no século XVII, vindo do latim tario infantilis.
(Revista Língua, pág. 63-nO 1):
[A]
Pode-se afirmar que todas as incidências do fonema /m/ nas palavras: “também”, “chamado” e “lembra” constituem dígrafos.
[B] Em relação à origem do nome “infantarias”, pode-se afirmar que se trata de palavra derivada do nome primitivo fari a
partir da análise do fonema -ãs.
[C] “Joaquim se achava onipotente, onipresente e onisciente na vida de todas as pessoas daquele transporte tão precário; pois
para ele, a vida daqueles passageiros do ônibus da avenida 7 era mais um filme visto em muitas sessões do programa Corujão da Rede
Globo”. Pode-se afirmar que o elemento oni-, presente nas quatro palavras sublinhadas do texto, corresponde a um morfema.
[D] Infantaria, do latim ifans, deu origem ao termo Infante, curiosamente a mesma palavra que deu origem à infância.
[E]
22
A formação da palavra “infante” dá-se por hibridismo.
Os vocábulos também, saguão, joia, pia e água possuem, respectivamente:
[A]
ditongo crescente, tritongo, ditongo crescente, hiato, ditongo decrescente.
[B]
ditongo crescente, hiato, tritongo, hiato, ditongo crescente.
[C]
hiato, tritongo, tritongo, ditongo crescente, ditongo crescente.
[D] ditongo crescente, ditongo crescente, ditongo decrescente, ditongo crescente, hiato.
[E]
ditongo decrescente, tritongo, ditongo decrescente, hiato, ditongo crescente
Leia o texto a seguir e responda a questão 23
Onde nasci, todos os moradores usam um sistema moderníssimo de comunicação: o telefone molecular.
Lá, quando a gente quer se comunicar com alguém, chama um moleque e ele, rapidinho, leva o recado.
23
Em relação à situação exposta no texto, assinale a resposta correta.
[A] O falante brinca, usando uma palavra criada por analogia (isto é, semelhança na forma) com outra de mesmo campo de
significação.
[B]
Infere-se do texto que o nenhum morador do local retratado no texto deixa de usar o telefone celular.
[C]
O humor ocorre a partir do jogo de palavras criado entre molecular e celular.
[D] “Onde” e “lá” são vocábulos que retomam termos que já foram ditos.
[E]
24
Assinale o item em que não há possibilidade de ocorrer leitura ambígua.
[A]
[B]
[C]
[D]
[E]
25
A primeira frase lida, isoladamente, sugere um sistema realmente moderno.
Deixe o cigarro correndo.
Vendo carne aos fregueses sem pelanca.
Meias para mulheres pretas.
Camas para crianças de ferro.
O aluno que estuda vence cedo ou tarde.
Considere os textos abaixo:.
Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501
Provas de Matemática, Português e Redação – Modelo B
Pág. 7
Texto I
Maior amor nem mais estranho existe
que o meu, que não sossega a coisa amada
e quando a sente alegre fica triste
e se a vê descontente, dá risada.
[...]
(Vinícius de Moraes)
Texto II
Vasco da Gama, o forte Capitão,
Que tamanhas empresas se oferece,
De soberbo e de altivo coração,
A quem Fortuna sempre favorece,
Pera se aqui deter não vê razão,
Que inabitada a terra lhe parece.
[...]
(Luís de Camões)
Texto III
STELLA- Cala a boca, Rudi.
RUDI- Stella, eu te amei muito, até demais. Mas era um sentimento primitivo, animal, sem nenhuma lógica... .
Agora eu mudei.
(Marcelo Paiva)
Os textos I, II, III, quanto ao gênero literário ao qual pertencem, classificam-se respectivamente em:
[A]
Lírico, Lírico e Épico.
[B]
Lírico, Épico e Lírico.
[C]
Lírico, Dramático e Épico.
[D] Lírico, Épico e Dramático.
[E]
26
Dramático, Épico e Lírico.
Assinale a opção que contém os itens corretos.
I - A Literatura brasileira nasceu de um processo caracterizado pela luta entre a originalidade e a imitação,
consequência da nossa condição de país colonizado.
II - O período do Brasil - colônia apresenta obras que, mesmo inconscientemente, já começaram a se diferenciar
daquelas produzidas na metrópole.
III - A rigor, não existiu, no Brasil - colônia, o estilo clássico da Renascença europeia.
IV - Por motivos catequéticos, dentre outros, a produção do Pe. José de Anchieta está relacionada em seu
conteúdo, a uma visão teocêntrica medieval e não uma visão antropocêntrica renascentista.
[A]
I, II, III, IV.
[B]
I, II, III.
[C]
I,III, IV.
[D] II, III.
[E]
27
III, IV.
Considere as seguintes características:
I - Valorização da natureza como padrão de harmonia.
II - Dilaceramento do homem entre os apelos carnais e valores do espírito,
III - Figuração do poeta e da musa como personagens integradas na vida amena do campo.
As características acima estão corretamente associadas a dois estilos de época em:
[A]
Romantismo em I; Arcadismo em II e III.
[B]
Arcadismo em I e II; Barroco em III.
[C]
Arcadismo em I e III; Barroco em II.
[D] Arcadismo em II; Romantismo em III.
[E]
Quinhentismo em I e III; Barroco em II.
Leia o texto a seguir e responda a questão 28
Deixa louvar da corte a vã grandeza!
Quanto me agrada mais estar contigo
Notando as perfeições da Natureza!
(Bocage)
28
Os versos acima remetem às seguintes características árcades, EXCETO:
[A]
fuga da cidade.
[B]
passionalismo.
[C]
bucolismo.
[D] racionalismo.
[E]
idealização amorosa.
Final da Prova de Português
Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501
Provas de Matemática, Português e Redação – Modelo B
Pág. 8
PROVA DE REDAÇÃO
“A história não quer se repetir - o amanhã não quer ser outro nome do hoje -, mas a obrigamos a se converter em
destino fatal quando nos negamos a aprender as lições que ela, senhora de muita paciência, nos ensina dia após dia.
Segundo a voz de quem manda, os países do sul do mundo devem acreditar na liberdade de comércio (embora não
exista), em honrar a dívida (embora seja desonrosa), em atrair investimentos (embora sejam indignos) e em entrar no
mundo (embora pela porta de serviço).
Entrar no mundo: o mundo é o mercado. O mercado mundial, onde se compram países. Nada de novo. A América Latina
nasceu para obedecê-lo, quando o mercado mundial ainda não se chamava assim, e aos trancos e barrancos
continuarmos atados ao dever de obediência.
Essa triste rotina dos séculos começou com o ouro e a prata, e seguiu com o açúcar, o tabaco, o guano, o salitre, o cobre,
o estanho, a borracha, o cacau, a banana, o café, o petróleo... O que nos legaram esses esplendores? Nem herança nem
bonança. Jardins transformados em desertos, campos abandonados, montanhas esburacadas, águas estagnadas, longas
caravanas de infelizes condenados à morte precoce e palácios vazios onde deambulam os fantasmas.
Agora é a vez da soja transgênica, dos falsos bosques da celulose e do novo cardápio dos automóveis, que já não
comem apenas petróleo ou gás, mas também milho e cana-de-açúcar de imensas plantações. Dar de comer aos carros
é mais importante do que dar de comer às pessoas. E outra vez voltam as glórias efêmeras, que ao som de suas
trombetas nos anunciam grandes desgraças.
Nós nos negamos a escutar as vozes que nos advertem: os sonhos do mercado mundial são os pesadelos dos países
que se submetem aos seus caprichos. Continuamos aplaudindo o sequestro dos bens naturais com que Deus, ou o
Diabo, nos distinguiu, e assim trabalhamos para a nossa perdição e contribuímos para o extermínio da escassa
natureza que nos resta.
Exportamos produtos ou exportamos solos e subsolos? Salva-vidas de chumbo: em nome da modernização e do progresso, os bosques industriais, as explorações mineiras e as plantações gigantescas arrasam os bosques naturais,
envenenam a terra, esgotam a água e aniquilam pequenos plantios e as hortas familiares. Essas empresas todopoderosas, altamente modernizadas, prometem mil empregos, mas ocupam bem poucos braços. Talvez elas bendigam
as agências de publicidade e os meios de comunicação que difundem suas mentiras, mas amaldiçoam os camponeses
pobres. Os expulsos da terra vegetam nos subúrbios das grandes cidades, tentando consumir o que antes produziam. O
êxodo rural é a agrária reforma; a reforma agrária ao contrário.
Terras que poderiam abastecer as necessidades essenciais do mercado interno são destinadas a um só produto, a
serviço da demanda estrangeira. Cresço para fora, para dentro me esqueço. Quando cai o preço internacional desse
único produto, alimento ou matéria-prima, junto com o preço caem os países que de tal produto dependem. E quando a
cotação subitamente vai às nuvens, no louco sobe e desce do mercado mundial, ocorre um trágico paradoxo: o
aumento dos preços dos alimentos, por exemplo, enche os bolsos dos gigantes do comércio agrícola e, ao mesmo
tempo, multiplica a fome das multidões que não podem pagar seu encarecido pão de cada dia.
O passado é mudo? Ou continuamos sendo surdos?”
(As veias abertas da América Latina - Eduardo Galeano)
Redija um texto dissertativo-argumentativo com base no tema presente no texto motivador.
OBSERVAÇÕES:
1.
2.
3.
4.
5.
–
–
–
–
–
–
–
–
–
Seu texto deve ter, obrigatoriamente, de 25 (vinte e cinco) a 30 (trinta) linhas.
Aborde o tema sem se restringir a casos particulares ou específicos a uma determinada pessoa.
Formule uma opinião sobre o assunto e apresente argumentos que defendam seu ponto de vista.
Não se esqueça de atribuir um título ao texto.
A redação será considerada inválida (grau zero) nos seguintes casos:
modalidade diferente da dissertativa;
insuficiência vocabular, excesso de oralidade e/ou graves erros gramaticais;
constituída de frases soltas, sem o emprego adequado de elementos coesivos;
fuga ao tema proposto;
texto ilegível;
em forma de poema ou outra que não em prosa;
linguagem incompreensível ou vulgar;
texto com qualquer marca que possa identificar o candidato; e
texto em branco ou com menos de 18 (dezoito) ou mais de 38 (trinta e oito) linhas.
6. Se sua redação tiver entre 18 (dezoito) e 24 (vinte e quatro) linhas, inclusive, ou entre 31 (trinta e uma) e 38 (trinta e
oito) linhas, também inclusive, sua nota será diminuída, mas não implicará grau zero.
Final da Prova de Redação
Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501
Provas de Matemática, Português e Redação – Modelo B
RASCUNHO DA REDAÇÃO
Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501
Pág. 9
Download

Mat, Por e Red