07 de janeiro de 2013 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira MINERADORAS INVESTEM EM INOVAÇÃO PARA DRIBLAR CUSTOS Jazidas mais profundas e distantes e a questão ambiental são os principais desafios Jazidas minerais cada vez mais profundas e em locais de difícil acesso, somadas à busca por mão de obra especializada são apenas alguns dos desafios enfrentados pelas mineradoras nos últimos anos. Para manter a rentabilidade dos projetos em meio à instabilidades cambiais e desafios operacionais, investir em inovação e consequentemente em tecnologia é essencial. “Só se avança na exploração mineral, especialmente em áreas remotas, quando se equilibra inovação com redução de custos”, explica Luiz Mello, diretor-presidente do instituto tecnológico da Vale. A companhia, que está entre as maiores mineradoras do mundo e processou 322,6 milhões de toneladas de minério de ferro em 2011, neste ano investiu R$ 1,7 bilhão em pesquisa e desenvolvimento de processos e tecnologias voltadas para o trabalho de exploração mineral. Um dos exemplos citados por Mello está no projeto S11D, considerado o maior da história da Vale em minério de ferro, com capacidade de produzir 90 milhões de toneladas por ano. O S11D funciona como uma extensão de Carajás, no Pará. Ali, a companhia decidiu experimentar um novo sistema de transporte do minério e substituiu os pesados caminhões por esteiras rolantes. “O custo de instalação é maior, já o operacional é mais baixo, tem sido uma ótima experiência”, diz Mello. Para o professor Peter Grossman, especialista em tecnologia para mineração e docente da Universidade de Melbourne, na Austrália, nas últimas décadas,a maior disponibilidade de softwares e outras ferramentas para planejamento de operações nas minas, “tem mudado a maneira com que as empresas fazem a exploração mineral”. Na Anglo American, mineradora de origem britânica, desde 2010 funciona um projeto piloto na região de Conceição do Mato Dentro, que é parte do Complexo Minas-Rio, o maior empreendimento da companhia no mundo, com capacidade, na primeira etapa, para captar 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro. Ali, a empresa construiu um galpão de testemunhos de sondagem, onde são avaliadas, armazenadas e pesquisadas as amostras de rochas captadas. “Com isso evitamos o manuseio e transporte dos testemunhos, o que reduz custos e causa menos impactos”, explica Sérgio Botelho, Gerente Geral de Geologia, Planejamento e Processos da Unidade de Minério de Ferro Brasil da Anglo American. Segundo o executivo, a prática permite conhecer melhor o depósito mineral e os processos que vão ocorrer em escala industrial quando o projeto entrar em operação. “Também podemos obter informações sobre o desempenho dos equipamentos, consumo e seleção de reagentes e de energia”, diz. A questão ambiental é outro ponto onde as empresas buscam inovar. Na Anglo American, segundo Botelho, há preocupação especial em priorizar a exploração em áreas onde já há intervenção humana. “Além disso, com pesquisa, reduzimos a necessidade de abertura de acessos e áreas de sondagem.” Na Vale, o menor uso de caminhões e o uso dos navios Valemax, que emitem 35% menos CO2 por tonelada transportada, reduzem o impacto ambiental. A companhia também desenvolveu um sistema que reduz o consumo de água no peneiramento do minério. Na opinião da professora Doreen Thomas, especialista em mineração da Universidade de Melbourne, investir em inovação é essencial não só para reduzir o impacto ambiental, mas para melhor a competitividade. Ela cita os benefícios que tem verificado junto às empresas com o uso de softwares, desenvolvidos para desenhar planos de minas sob condições diferentes. “São ferramentas que agregam valor ao trabalho e melhoram a eficácia”, diz. Fonte: Brasil Econômico Data: 26/12/2012 PRODUÇÃO DE OURO NO PAÍS DEVERÁ CRESCER 28,5% EM 4 ANOS, PREVÊ O IBRAM O Brasil deverá produzir 90 toneladas de ouro em 2016. A estimativa é do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), que prevê assim aumento de 28,5% na produção nacional nos próximos anos. Segundo o instituto, o país vai fechar este ano com 70 toneladas de ouro extraídas do solo. A crise na zona do euro e o baixo crescimento dos Estados Unidos, que levam investidores a buscar fontes mais seguras para investir, são fatores apontados pelo instituto para a maior produção nacional. Em 2010 o Brasil produziu 58 toneladas do metal, enquanto no ano seguinte o volume aumentou oito toneladas. Desde 2008 o preço do ouro no mercado internacional mais que dobrou. Atualmente o Brasil é o terceiro maior produtor mundial do metal. Neste ano o país deverá exportar 47 toneladas, que vão gerar US$ 2,37 bilhões. O IBRAM prevê US$ 1,7 bilhão de investimentos no país em projetos ligados à extração de ouro até 2016. Fonte: Valor Econômico Data: 19/12/2012 POTENCIAL MINERAL NOS MARES A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) está finalizado um relatório sobre o potencial mineral de uma área de 3 mil km² localizada em águas internacionais do Atlântico, em uma região conhecida como Alto do Rio Grande - situada a mais de 1.500 km da costa brasileira. Os pesquisadores encontraram indícios de ferro, manganês e cobalto. Os recursos para continuação do projeto estão no orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na ordem de R$ 90 milhões previstos para os próximos anos. Enquanto isso, no fundo do oceano… A equipe de pesquisadores da CPRM acaba de realizar o primeiro mapeamento do que se encontra sob a água do mar de Fernando de Noronha, a 545 km de Recife. A expedição, realizada em novembro coletou amostras de rochas e sedimentos à profundidade de até 50 m. Como incluiu áreas inseridas em unidades de conservação federais, a companhia solicitou licença do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para realizar a expedição na região. Um dos cuidados adotados para manter o equilíbrio ecológico da ilha, foi o uso de uma câmara acoplada ao casco da embarcação para orientar a ancoragem. O estudo faz parte do Programa de Geologia Marinha, que visa avaliar o potencial mineral e científico da Plataforma Continental Jurídica Brasileira. Para o trabalho, foi adquirido um martelo inercial para coleta de material mais resistente, como as magmáticas e sedimentares. Antes do trabalho de coleta, a equipe do CPRM realizou no início do ano mapeamento do fundo do mar a partir de uma aeronave. A tecnologia, chamada Shoals-1000T, utiliza dois feixes de laser, um verde e um infravermelho. O primeiro registra o relevo e o segundo calcula a lâminad’água. Fonte: In The Mine Data: 20/12/2012 PIAUÍ É O QUARTO ESTADO QUE MAIS REALIZA PESQUISAS MINERAIS NO PAÍS O estado é rico em ferro, níquel, diamante, argila, dentre outros minérios. Os dados são do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM). Com uma vasta riqueza mineral em toda a sua extensão, o Piauí tem atraído cada vez mais a atenção de empresários que desejam investir na extração e comercialização de minérios. Incentivos a realização de pesquisas, bem como o mapeamento mineral estão sendo feitos em todo o território piauiense. Segundo os dados do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), o Piauí ocupa atualmente a quarta posição no ranking dos estados que mais realizam pesquisas minerais, são mais de duas mil áreas de solicitação de estudos e lavras. O estado fica atrás apenas de Minas Gerais, Pará e Bahia. De acordo com Tadeu Maia Filho, secretário estadual da Mineração, o Piauí possui uma grande quantidade de níquel, numa jazida localizada no município de Capitão Gervásio Oliveira. Nesta região, inclusive, as pesquisas para beneficiamento mineral já se encontram em fase de conclusão. Há também a possibilidade de instalação de usina piloto. “O diamante é o outro minério que possui reserva no estado, sendo que as principais ocorrências estão distribuídas nos municípios de Monte Alegre do Piauí e Gilbués. Eles são, geralmente, de pequeno tamanho, aparecendo também os carbonatos”, explica Tadeu Maia Filho ao comentar que o ferro também é uma das principais riquezas do Piauí, visto que o minério encontrase em grande quantidade nas cidades de Paulistana, Curral Novo e Simões. “Já existe um empreendimento em fase de planejamento para instalação nesta região”, ressalta o secretário. A região do cristalino piauiense também tem sido alvo de pesquisas, que incluem a prospecção de minerais como o ouro, ferro, titânio, manganês, diamante, talco, ferro, cromo, platina, dentre outros. Fonte: G1 PI Data: 28/12/2012 APORTE DE R$ 10 MILHÕES EM ARAXÁ Governo inicia investimentos para centro de pesquisas sobre terras-raras, fosfato e nióbio. O governo do estado anunciou ontem um investimento de R$ 10 milhões para iniciar a implantação da Cidade Tecnológica de Araxá, no Alto Paranaíba, um centro de pesquisas e conhecimento voltado para o aproveitamento de terras-raras, fosfato e nióbio, abundantes na região. "Nós hoje vendemos matéria-prima, mas o que queremos é exportar placas fotovoltaicas e geradores eólicos", explica o prefeito do município, Jeová Moreira da Costa (PDT). O anúncio foi feito pelo governador Antonio Anastasia durante a cerimônia de inauguração do Teatro Municipal de Araxá, evento que fez parte das comemorações dos 147 anos da cidade. A verba, segundo o prefeito, será usada para começar a reforma do antigo Hotel Colombo, desapropriado pela prefeitura no início do ano. O espaço compreende uma área total de 20 mil metros quadrados e receberá, além do setor administrativo, cursos de graduação e pós-graduação, projetos de pesquisas e seminários internacionais. Ele vai servir ainda como residência de docentes estrangeiros. Mas a cidade tecnológica propriamente dita será erguida num terreno de 80 hectares localizado ás margens da BR-262. Outra parte dos recursos será direcionada para avançar as negociações com as três universidades com as quais foram firmadas parcerias: Coimbra (Portugal), Salamanca (Espanha) e a Universit of Colorado Bulder (Estados Unidos). "São universidades que já têm centros de pesquisa na área que nos interessa", ressalta o prefeito. Jeová Moreira disse ainda que enviará para análise da Câmara Municipal de Araxá a proposta de instituir a cobrança de royalties das mineradoras instaladas na cidade para a manutenção da cidade tecnológica. As terras-raras são 17 elementos químicos parecidos, que geralmente ocorrem juntos na natureza. Esses minerais são insumos para a produção de equipamentos eletrônicos, superímãs, fertilizantes e combustíveis, entre outros. A China é o principal produtor do planeta e responde por 96% do mercado mundial, que movimenta aproximadamente US$ 5 bilhões por ano. Entretanto, a China anunciou a redução de sua oferta mundial, o que pode ser fundamental para transformar as regiões Sul, Alto Paranaíba e Triângulo em uma nova fronteira minerária do Estado. Reservas - Estima-se que as reservas de Minas Gerais sejam de aproximadamente 4 milhões de toneladas, enquanto o consumo mundial é de aproximadamente 120 mil toneladas/ano. Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), além de Araxá, foram localizadas reservas de terras-raras nas regiões de Poços de Caldas e no Vale do Sapucaí, ambas em Minas, e no Norte do Estado do Rio de Janeiro. A tonelada do insumo é comercializada por aproximadamente US$ 150 mil no mercado internacional. A formação de consórcios entre mineradoras e consumidores é uma alternativa para o desenvolvimento da exploração dessas riquezas no Brasil. Atualmente, a demanda no país, cerca de 1 mil toneladas/ano, é considerada baixa para viabilizar a produção em larga escala desses minerais utilizados na produção de alto valor agregado. De acordo com o relatório "Terras-raras: situação atual e perspectivas" publicado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de impulsionar a exploração das reservas brasileiras, os consórcios podem também estimular a manufatura de produtos com base nesses insumos. No início do ano a mineradora MBAC confirmou parceria com o município e seria a primeira empresa a investir na Cidade Tecnológica do Alto Paranaíba. A companhia tem projeto de investimento estimado em mais de US$ 600 milhões para exploração de terras-raras no município e planeja iniciar a produção no primeiro trimestre de 2016, com a extração inicial de 120 mil toneladas ao ano. Na mesa época, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), anunciou que também fará parte do projeto. Fonte: Diário do Comércio Data: 20/12/2012 MINERAÇÃO FICA DEZ VEZES MAIOR NA DÉCADA A despeito da crise econômica mundial, a produção mineral brasileira deverá fechar 2012 com crescimento expressivo em relação à década passada e em perspectiva de investimento recorde de US$ 75 bilhões até 2016. A estimativa do IBRAM (Instituto Brasileiro da Mineração) é que o valor da produção mineral brasileira atinja US$ 55 bilhões em 2012, um avanço de 900% em relação à marca de 2002 (US$ 5,5 bi). O crescimento da última década colocou o Brasil em posição privilegiada no mercado mundial - os aportes previstos para o país até 2016 correspondem a 20% de todo o investimento global do setor previsto no período. Nesse cenário destacam-se Minas Gerais e Pará com, respectivamente, 48% e 28% da produção nacional. O principal minério explorado é o ferro, cujas exportações totalizaram US$ 41,8 bilhões em 2011. "O boom do setor de mineração mundial na última década trouxe grandes projetos nesses dois Estados", diz Marcelo Tunes, diretor do IBRAM. O avanço, diz Tunes, foi impulsionado pela melhoria tecnológica e pelo melhor conhecimento das reservas já descobertas. O crescimento da produção mineral nacional, contudo, não foi acompanhado por uma expansão da participação da mineração no PIB (Produto Interno Bruto). Segundo o Plano Nacional de Mineração 2030, do Ministério de Minas e Energia, a mineração representava 0,8% do PIB em 1970 e 1,1% em 2008. O documento diz que a participação no PIB não cresceu por causa da expansão de outros setores da economia. "A contribuição da mineração no PIB não é grande, mas ela fornece insumos a outras indústrias e cresceu em importância para o mercado externo", diz Tunes. CRISE O setor, porém, enfrenta agora um cenário de crise mundial. O Índice de Produção Mineral registrou crescimento de 0,97% no primeiro semestre de 2012, segundo dados do DNPFM (Departamento Nacional de Produção Mineral). O valor exportado pela indústria caiu 15,5% no período. Essas quedas foram puxadas por um menor consumo de minério de ferro. "As incertezas quanto ao consumo mundial, em especial ao chinês, vêm se concretizando gradualmente. Um reflexo é a diminuição das exportações brasileiras de ferro para esse país e o impacto na produção nacional", diz um informe do DNPM. Apesar disso, as empresas do setor devem investir US$ 75 bilhões entre 2012 e 2016, prevê o IBRAM. Fonte: Folha de S.Paulo Data: 25/12/2012 MINÉRIO DE FERRO ATINGE MAIOR VALOR EM 7 MESES COM RECUPERAÇÃO CHINESA O preço do minério de ferro subiu para o maior nível em mais de sete meses nesta quintafeira (27) e os contratos futuros do aço atingiram uma nova máxima de cinco meses em Xangai, impulsionados por fortes dados econômicos do maior consumidor mundial dos dois produtos. Baixos estoques de minério de ferro nos portos chineses e traders tomando posições antes do primeiro trimestre --sazonalmente mais forte-- também suportaram preços, disseram os negociadores. O minério com teor de 62% de ferro subiu US$ 4, para US$ 139,40, o nível mais alto desde 9 de maio, segundo o Steel Index. A principal matéria-prima do aço subiu 60% desde que atingiu a mínima de três anos, de US$ 86,70, em setembro. "Chocou-nos ver o minério de ferro subir tão rápido, mas eu acho que o aumento vem na esteira de alguns dados econômicos positivos vindos da China, estoques portuários baixos e comerciantes que tomam posições à frente de janeiro-fevereiro, quando os preços geralmente sobem por estocagem", disse um negociador baseado no Reino Unido. O aumento rápido de preços teve uma influência sobre a decisão da Fortescue Metals Group para retomar sua expansão de minério de ferro, que havia sido suspensa em setembro em meio a uma crise de liquidez. Outras mineradoras de ferro do minério ou produtoras à procura de financiamento também devem se beneficiar o salto dos preços. A brasileira Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, também se beneficiará da alta. "As pessoas ainda se lembram de que os preços recuaram porque a China deixou de comprar por um mês e um pouco no verão e que colocou o medo no mercado de financiamento, mas o fato de que ela se recuperou tão rapidamente vai ajudar algumas dessas empresas, especialmente aquelas que procuram financiar uma parte do desenvolvimento por meio de fluxo de caixa", disse a especialista Colin Hamilton, chefe de pesquisa de commodities da Macquarie. Os futuros do aço em Xangai subiram hoje para uma nova máxima de cinco meses, com operadores atribuindo os ganhos a um cenário positivo para a demanda, bem como a um aumento de custos com a matéria-prima. O contrato mais ativo dos futuros de vergalhões subiu 0,18%, para fechar a 3.885 iuans (620 dólares) a tonelada. O minério está no caminho para a maior alta mensal desde julho de 2009. "Os preços do minério de ferro subiram cerca de US$ 20 neste mês e alguns players veem os ganhos fortes como um sinal de que as siderúrgicas e comerciantes estão dispostos a pagar porque eles estão otimistas sobre a demanda por aço." Em um sinal de que a alta pode ainda continuar, uma carga australiana de minério de 62% de teor de ferro foi negociada a US$ 142 a tonelada no globalORE, disseram operadores. "O recente rali nos preços tem incentivado mais siderúrgicas e comerciantes para reabastecer com antecedência, porque eles estão ansiosos de que os preços podem subir ainda mais", disse um trader de aço. Fonte: Folha de S.Paulo Data: 27/12/2012 COMPANHIAS FOCAM INVESTIMENTOS NO MINÉRIO DE FERRO O minério de ferro deve ganhar no próximo ano uma importância ainda maior nos investimentos tanto de mineradoras quanto de siderúrgicas brasileiras. Com seus mercados ainda tentando se recuperar, as empresas decidiram focar seus investimentos em segmentos mais rentáveis - e o minério de ferro, apesar da queda recente nos preços, ainda tem uma margem de lucro muito positiva. Conhecida por investimentos bilionários e diversificados, a Vale já informou que fará aportes menores daqui para a frente e que dará foco total para o minério de ferro. No início de dezembro, quando apresentou seu programa de investimentos, a empresa afirmou que o projeto Serra Sul, o S11D, em Carajás, receberá atenção total da companhia. A expectativa é de que esse projeto ajude a Vale a reduzir seus custos e, ao mesmo tempo, amplie a qualidade do minério. Com início das operações programadas para 2016, o projeto prevê uma produção anual de 90 milhões de toneladas, com investimentos totais de US$ 19,5 bilhões. O programa de investimentos da Vale para 2013 totaliza US$ 16,3 bilhões, ante os US$ 17,5 bilhões que devem ser efetivamente realizados este ano. No anúncio, o diretor executivo de Finanças e de Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani, frisou que o montante menor não significa que a empresa não está otimista em relação ao futuro, mas está alterando seu foco, mantendo maior atenção em projetos de maior rentabilidade. Segundo Ronaldo Valiño, sócio da PwC Brasil, o foco das mineradoras será sim em investimentos em projetos de menor custo. "As mineradoras continuarão com os investimentos em ampliação e em novas unidades em busca de oportunidades, mas sempre com a preocupação de reduzir os custos de exploração", disse. Foi justamente esse o recado da Vale na apresentação a investidores em Nova York, quando os executivos da empresa frisaram que a base da sua nova estratégia é focar na "eficiência de capital". O gerente sênior de Transações Corporativas da Ernst & Young Terco, Stephen Collins, observa que os projetos de mineração têm uma maturidade longa, o que torna mais complicada a decisão de investir em novas minas diante de um cenário de maior turbulência econômica. Com isso, lembra o especialista, uma das decisões das empresas do setor tem sido a expansão dos ativos já existentes. Fonte: Agência Estado Data: 29/12/2012 ANGLO AMERICAN RECEBE LIBERAÇÃO PARA RETOMAR MINAS-RIO A mineradora britânica Anglo American obteve nesta sexta-feira a última liberação que precisava para retomar por completo a construção do projeto Minas-Rio, seu maior projeto global, informou a empresa. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) emitiu autorização para intervenções em áreas de mata atlântica na região onde será implantada a linha de transmissão de energia da planta de beneficiamento do projeto. Com a liberação do órgão ambiental, foram cumpridas todas as exigências do Ministério Público para retirada da terceira e última ação civil contra as obras. O empreendimento encontra-se em fase de implantação nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, e as obras serão retomadas imediatamente. "Com a anuência do órgão ambiental, a empresa poderá retomar as obras de instalação da linha de transmissão em toda a sua extensão", disse em nota. As obras haviam sido interrompidas em abril de 2012 devido à ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público de Minas Gerais. "A retomada dos trabalhos para a instalação da linha de transmissão é uma conquista", disse Paulo Castellari, presidente da Unidade de Minério de Ferro Brasil da Anglo American, na nota. A linha de transmissão percorrerá um trajeto de aproximadamente 90 quilômetros, da subestação elétrica na cidade mineira de Itabira até o município de Conceição do Mato Dentro, localizado na região central de Minas Gerais, informou a empresa. Em setembro a Anglo American já havia cumprido exigências, liberando a construção do britador primário e de transportadores na área da mina. A execução das obras do projeto está dentro do cronograma para os elementos que não foram afetados por restrições legais e de acesso a terra, com a continuação dos trabalhos para a conclusão do programa de acesso às terras do mineroduto. A primeira fase do Minas-Rio atingirá capacidade de produção de 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro. O projeto inclui uma mina de minério de ferro e uma unidade de beneficiamento em Minas Gerais. Prevê também o maior mineroduto do mundo, com 525 quilômetros de extensão, atravessando 32 municípios mineiros e fluminenses. Também está no projeto um terminal de minério no Porto de Açu, localizado em São João de Barra, no Rio de Janeiro. O primeiro embarque de minério de ferro do Minas-Rio está previsto para o segundo semestre de 2014, informou a empresa. Fonte: Reuters Data: 21/12/2012 MESMO COM CRISE MUNDIAL, MINERAÇÃO BATE RECORDES Estimativa do IBRAM prevê que a produção brasileira chegue a US$ 55 bilhões ao fim deste ano, crescimento de 900% em uma década. Minas e Pará são o destaque, participando com 48% e 28% do total, respectivamente A crise econômica mundial não impediu que o setor da mineração brasileira batesse recordes. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro da Mineração (IBRAM), a produção deve fechar este ano em US$ 55 bilhões -- o valor é 900% superior ao atingido há 10 anos, em 2002. Minas Gerais e Pará são os maiores destaques, participando com 48% e 28% da produção total. “O boom do setor de mineração mundial na última década trouxe grandes projetos nesses dois Estados”, diz Marcelo Tunes, diretor do IBRAM. A despeito da crise econômica mundial, a produção mineral brasileira deverá fechar 2012 com crescimento expressivo em relação à década passada e em perspectiva de investimento recorde de US$ 75 bilhões até 2016. Brasil é o país que menos investe em pesquisa no setor de mineração A estimativa do IBRAM (Instituto Brasileiro da Mineração) é que o valor da produção mineral brasileira atinja US$ 55 bilhões em 2012, um avanço de 900% em relação à marca de 2002 (US$ 5,5 bi). O crescimento da última década colocou o Brasil em posição privilegiada no mercado mundial -- os aportes previstos para o país até 2016 correspondem a 20% de todo o investimento global do setor previsto no período. Nesse cenário destacam-se Minas Gerais e Pará com, respectivamente, 48% e 28% da produção nacional. O principal minério explorado é o ferro, cujas exportações totalizaram US$ 41,8 bilhões em 2011. "O boom do setor de mineração mundial na última década trouxe grandes projetos nesses dois Estados", diz Marcelo Tunes, diretor do IBRAM. O avanço, diz Tunes, foi impulsionado pela melhoria tecnológica e pelo melhor conhecimento das reservas já descobertas. O crescimento da produção mineral nacional, contudo, não foi acompanhado por uma expansão da participação da mineração no PIB (Produto Interno Bruto). Segundo o Plano Nacional de Mineração 2030, do Ministério de Minas e Energia, a mineração representava 0,8% do PIB em 1970 e 1,1% em 2008. O documento diz que a participação no PIB não cresceu por causa da expansão de outros setores da economia. "A contribuição da mineração no PIB não é grande, mas ela fornece insumos a outras indústrias e cresceu em importância para o mercado externo", diz Tunes. O setor, porém, enfrenta agora um cenário de crise mundial. O Índice de Produção Mineral registrou crescimento de 0,97% no primeiro semestre de 2012, segundo dados do DNPFM (Departamento Nacional de Produção Mineral). O valor exportado pela indústria caiu 15,5% no período. Fonte: Minas 247 Data: 25/12/2012 BRASIL É O PAÍS QUE MENOS INVESTE EM PESQUISA NO SETOR DE MINERAÇÃO O Brasil figura entre os dez maiores produtores minerais do mundo, mas, entre os líderes do ranking, é o que menos investe em pesquisa no setor. O país responde por 3% do total do investimento privado mundial em exploração mineral, que chega a US$ 10,7 bilhões. O montante investido pelo Brasil, de US$ 321 milhões, é igual ao da Argentina, cuja área territorial corresponde a menos que um terço da brasileira. O Chile, com o equivalente a apenas 9% do território brasileiro, investiu US$ 535 milhões em pesquisa, o mesmo valor que foi aplicado pelo Peru. Os dados fazem parte do Sistema de Informações e Análises da Economia Mineral Brasileira 2011 do IBRAM (Instituto Brasileiro de Mineração). Apesar da performance ruim na comparação com outros países, os números brasileiros cresceram. Dados do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), do governo federal, mostram que as autorizações para pesquisa de minério de ferro avançaram de 75, em 2000, para 9.098 ao longo do ano passado. Fonte: Folha de S.Paulo Data: 25/12/2012 MINÉRIO DE FERRO GANHA MAIS RELEVÂNCIA NOS PLANOS DE MINERADORAS E SIDERÚRGICAS Commodities. Em busca de mais rentabilidade, Vale já anunciou que deve investir menos em 2013, e que a maior parte dos investimentos vai para o minério de ferro; as siderúrgicas já descartaram ampliar produção de aço e também investirão no minério O minério de ferro deve ganhar no próximo ano uma importância ainda maior nos investimentos tanto de mineradoras quanto de siderúrgicas brasileiras. Com seus mercados ainda tentando se recuperar, as empresas decidiram focar seus investimentos em segmentos mais rentáveis - e o minério de ferro, apesar da queda recente nos preços, ainda tem uma margem de lucro muito positiva. Conhecida por investimentos bilionários e diversificados, a Vale já informou que fará aportes menores daqui para a frente e que dará foco total para o minério de ferro. No início de dezembro, quando apresentou seu programa de investimentos, a empresa afirmou que o projeto Serra Sul, o S11D, em Carajás, receberá atenção total da companhia. A expectativa é de que esse projeto ajude a Vale a reduzir seus custos e, ao mesmo tempo, amplie a qualidade do minério. Com início das operações programadas para 2016, o projeto prevê uma produção anual de 90 milhões de toneladas, com investimentos totais de US$ 19,5 bilhões. O programa de investimentos da Vale para 2013 totaliza US$ 16,3 bilhões, ante os US$ 17,5 bilhões que devem ser efetivamente realizados este ano. No anúncio, o diretor executivo de Finanças e de Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani, frisou que o montante menor não significa que a empresa não está otimista em relação ao futuro, mas está alterando seu foco, mantendo maior atenção em projetos de maior rentabilidade. Segundo Ronaldo Valiño, sócio da PwC Brasil, o foco das mineradoras será sim em investimentos em projetos de menor custo. "As mineradoras continuarão com os investimentos em ampliação e em novas unidades em busca de oportunidades, mas sempre com a preocupação de reduzir os custos de exploração", disse. Foi justamente esse o recado da Vale na apresentação a investidores em Nova York, quando os executivos da empresa frisaram que a base da sua nova estratégia é focar na "eficiência de capital". O gerente sênior de Transações Corporativas da Ernst & Young Terco, Stephen Collins, observa que os projetos de mineração têm uma maturidade longa, o que torna mais complicada a decisão de investir em novas minas diante de um cenário de maior turbulência econômica. Com isso, lembra o especialista, uma das decisões das empresas do setor tem sido a expansão dos ativos já existentes. Freio. A questão das incertezas em relação à demanda futura de minérios e metais, assim como a dificuldade de previsão de preços dos produtos, mesmo para o curto prazo, é um dos principais fatores para a pisada no freio das companhias em relação aos seus investimentos. No setor siderúrgico, o aumento de capacidade em aço é carta fora do baralho. "Todos os projetos de expansão estão suspensos. Aqui está difícil, lá fora está ruim. Por que colocar capacidade nova? Não há viabilidade econômica", disse, recentemente, o presidente do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Melo Lopes. Assim, com foco em redução de custos e maior rentabilidade, as três companhias siderúrgicas de capital aberto no Brasil também elegeram investimentos em minério de ferro como prioritários. Mesmo que o preço do insumo tenha registrado queda ao longo de 2012, o minério possui ainda alta rentabilidade e um cenário muito mais positivo em relação ao aço. No caso da Usiminas, os investimentos em 2013 devem ficar abaixo de R$ 2 bilhões, com uma participação maior desse montante em mineração e menor em siderurgia. No mesmo caminho, a gaúcha Gerdau já abriu que os aportes em minério de ferro serão foco da empresa, por conta da maior rentabilidade. Além disso, a empresa já anunciou que o programa de investimentos de R$ 10,3 bilhões no intervalo entre 2012 e 2016 passará por revisão e o novo montante será divulgado em fevereiro, conforme previsão da empresa. Na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) o mote é o mesmo: cautela na alocação de capital. Fonte: O Estado de S. Paulo Data: 29/12/2012 MPF DENUNCIA 30 POR EXTRAÇÃO DE OURO EM TERRAS INDÍGENAS DE MATO GROSSO Operação Eldorado ocorreu em novembro nos estados de MT, PA e AM. Durante a operação houve conflito entre policiais e índios. Um grupo de 30 pessoas suspeitas de participar de um esquema de exploração ilegal de ouro foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) de Mato Grosso à Justiça Federal, após a Operação Eldorado, desencadeada pela Polícia Federal em novembro nos estados de Mato Grosso, Rondônia, Pará, Amazonas e São Paulo. Na ocasião, 16 pessoas foram presas nessas regiões. Segundo a denúncia, o grupo participava de um esquema de exploração ilegal de ouro em terras indígenas. O grupo pode responder por crime ambiental, formação de quadrilha, usurpação de bens da União, operação ilegal de instituição financeira, receptação qualificada e corrupção passiva e ativa. Quadrilha O primeiro grupo era composto por garimpeiros e proprietários de balsas responsáveis pela extração ilegal do ouro no Rio Teles Pires. Segundo o Ministério Público Federal, a atuação deles era na garimpagem através de dragas no rio, enviando o ouro ilegal a postos de compra nos estados do Pará, Rondônia, Amazonas e Mato Grosso. Já o segundo grupo, de proprietários e responsáveis pelos postos de compra de ouro, atuava como intermediário na venda do minério e se utilizava de permissão de extração garimpeira para legalizá-lo, colocando no Sistema Financeiro Nacional. Os integrantes do último núcleo eram pessoas responsáveis pela logística para o abastecimento das balsas e dos garimpeiros, além de recrutar garimpeiros para a extração ilegal do minério, por controlar e executar despesas. Também era papel desse grupo dar suporte à comercialização do ouro, dissimular a legalidade do negócio e regularizar as embarcações utilizadas nos crimes. Ainda segundo o MPF, com a associação de duas lideranças indígenas, os garimpeiros exploravam ilegalmente o ouro no Rio Teles Pires, dentro das terras indígenas, através de balsas. O minério era transportado para os municípios de Itaituba (PA), Jacareacanga (PA), Porto Velho (RO), Alta Floresta (MT) e Apuí (AM) e comercializado em Postos de Compra de Ouro (PCO) ligados a grandes empresas que distribuem esses valores. Parte do dinheiro desse crime era investida nos maquinários utilizados na extração, recomeçando o esquema. Já em relação às lideranças indígenas, o MPF pediu o arquivamento contra eles por terem participado do esquema, já que não tinham intuito de lucro pessoal. Operação A Operação Eldorado resultou em 28 mandados de prisão temporária e mais 64 de busca e apreensão. Segundo a PF, as investigações tiveram início no mês de fevereiro deste ano. No período, foi constatado que, além dos crimes ambientais praticados, como a exploração ilegal de recursos minerais, destruição de áreas de preservação permanente e poluição, a organização criminosa também é suspeita de praticar crimes contra a ordem financeira, Sistema Financeiro Nacional e lavagem de dinheiro. Em 10 meses de investigação, a polícia constatou que uma das três distribuidoras envolvidas no esquema movimentou algo em torno de R$ 150 milhões. Durante a operação, houve confronto entre agentes da PF e índios na aldeia Teles Pires. Índios da etnia Mundurukú teriam tentado impedir que os agentes destruíssem dragas que seriam utilizadas no garimpo ilegal. No confronto houve tiroteio e pelo menos oito pessoas ficaram feridas, sendo seis índios e dois policiais, além da morte do índio Adenilson Kirixi Munduruku, assassinado com três tiros. O MPF também abriu uma investigação sobre esse conflito entre policiais federais e índios. Fonte: G1 MT Data: 21/12/2012 FREEPOINT FINANCIA MINA DE OURO DA BRAZAHAV EM MATO GROSSO A Freepoint assinou o seu primeiro contrato de financiamento de mineração de metais desde que a companhia, sob a gestão de ex-altos executivos da Sempra, entrou no segmento de trading de metais, há seis meses. A notícia vem à tona duas semanas após a trader norte-americana ter feito a primeira aquisição no setor de petróleo e gás como parte da estratégia do presidente-executivo, David Messer, de criar uma operadora de commodities físicas. Como parte dos termos anunciados nesta quarta-feira, a unidade Freepoint Metal & Concentrates vai financiar o desenvolvimento e a expansão da mina de ouro Salinas, da canadense Brazahav. A trader norte-americana receberá, em troca, todo o ouro e prata produzido na mina, perto de Poconé (MT). A Freepoint não revelou detalhes financeiros do acordo nem quando a mina começará a produzir ouro e prata. Esse acordo de financiamento é o primeiro que a Freepoint fecha desde que comprou o negócio físico de metais e concentrados do JPMorgan Chase no ano passado. A Brazahav herdou a mina de Salinas em novembro, ao comprar 98,6 por cento das ações da Advent Brasil Mineração. Fonte: Reuters Data: 03/01/2013 ANGLO AMERICAN SELLS STAKE IN BRAZILIAN IRON ORE MINE London-based mining giant Anglo American (LON:AAL) announced Friday it is selling its 70% stake in the Amapa iron ore operation in Brazil to Zamin Ferrous. The move highlights major global mining companies efforts to keep focusing on higher-priority assets. Anglo itself has divested more than $5bn in non-core operations since 2009. The company said the terms of the transaction were confidential and that the deal was subject to state regulatory approval. But sources familiar with the matter, cited by Financial Times (subs. required), said the mine is worth about $300 million. The transaction will allow the miner to focus on its flagship Minas Rio project in Brazil, where the miner has battled rising costs and permitting delays. Minas Rio has long been said to be the main concern of Anglo’s board with the performance of outgoing CEO Cynthia Carroll. However, the fact that the company admitted in November the iron ore project would cost $2bn higher than expected, indicates just how seriously project management was lacking. Initial project capex of $3.6bn has been revised on more than one occasion since Minas Rio was acquired in 2007 and now the mine's final bill is predicted to come in at a whopping $8bn. Some analysts put that figure at $8.8bn thanks in part to the fact that Anglo has to compete with Brazil's infrastructure projects associated with the Olympics and Soccer world cup in 2014 and 2016. Add the acquisition cost of $6bn and Minas Rio turns into a minimum $14 billion project, becoming the world's most expensive iron mine with costs of $350 per tonne according to SBG Securities. Compare that to current iron ore prices. The sale of Amapa is expected to be completed this year. Fonte: Mining.com Data: 04/01/2013 GEÓLOGOS IDENTIFICAM JAZIDAS DE DIAMANTES Uma equipe de geólogos do governo federal identificou dezenas de novas áreas pelo país potencialmente ricas em diamantes. A maioria está no Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará. Até então, informações oficiais sobre esses pontos eram escassas ou não existiam. Os detalhes dos achados ainda são mantidos em reserva. A previsão é que sejam divulgados em 2014. O governo avalia que os dados poderão atrair empresas e levar a um aumento da produção de diamantes no país. Os trabalhos fazem parte do projeto Diamante Brasil, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia. As pesquisas de campo começaram em 2010 e desde então geólogos visitaram cerca de 800 localidades em todo o país, recolhendo amostras de rochas, fazendo perfurações e levantando informações sobre as gemas de cada um dos pontos. O objetivo, segundo o geólogo Francisco Valdir Silveira, chefe do Departamento de Recursos Minerais do CPRM e coordenador do projeto é fazer uma espécie de tomografia das áreas diamantíferas no território brasileiro. É um levantamento inédito. O ponto de partida da equipe foi uma lista que a De Beers, gigante multinacional do setor de diamantes, deixou com o governo após anos de investimentos e atividades no Brasil. Da lista constavam coordenadas geográficas de 1.250 pontos, entre os quais muitos kimberlitos, mas nada de detalhes sobre quantidades, qualidade e características das pedras dessas áreas. Kimberlito é um tipo de rocha que serve como um canal do subsolo até a superfície e na qual em geral os diamantes são encontrados. "O projeto Diamante Brasil não foi concebido para descobrir novas áreas de diamantes. Mas a grande surpresa foi que conseguimos registrar novos kimberlitos e áreas com potencial para que outros kimberlitos sejam descobertos", disse Silveira ao Valor. "O projeto já descobriu e cadastrou mais de 50 corpos [possíveis depósitos de diamantes no subsolo]", disse. Em praticamente todos os Estados, segundo ele, a equipe identificou áreas com potencial para produção de diamantes. Várias delas não constavam nem do documento da De Beers. Caso, por exemplo, de um kimberlito descoberto no Rio Grande do Norte. Mas as maiores novidades estão no Norte e Centro-Oeste (Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará). Este ano, com o trabalho de campo praticamente concluído, os geólogos do Diamante Brasil passam a se dedicar mais à descrição dos minerais encontrados e às análises dos furos das sondas. O projeto se encerra em 2014. O diagnóstico ajudará a atrair investimentos de mineradoras e eventualmente ajudar a mobilizar garimpeiros em cooperativas. E com isso, aumentar a produção de diamantes no país. Hoje, a produção nacional é pequena e em grande parte ilegal, diz. Brasil é signatário do Processo de Certificação Kimberley, um acordo internacional chancelado pela ONU, que exige dos países participantes documentação que ateste procedência em áreas legalizadas. Todo o diamante que sai do Brasil é ainda produzido em áreas de aluvião - pedras retiradas de leitos de rio ou do solo. Minas Gerais, Rondônia e Mato Grosso são alguns dos Estados com atividade garimpeira expressiva. O país não tem mina aberta extraindo diamante em rocha primária, no subsolo, onde estão depósitos maiores e as pedras mais valiosas. Os novos achados podem abrir caminho para potenciais novas minas. Reservas dos chamados diamantes industriais e também de gemas (para uso em joias) se espalham pelo país, segundo Silveira. Estes últimos são os que fazem girar mais dinheiro. Um diamante pode ser vendido em um garimpo do Brasil por R$ 2 milhões. Depois, um atravessador de Israel ou da Europa paga R$ 10 milhões pela pedra. E ela pode chegar a Antuérpia, por exemplo, para ser lapidada, ao preço de R$ 17 milhões, R$ 20 milhões. Esses diamantes brutos, grandes e valiosos, também estão no radar do CPRM. O projeto ainda não conseguiu desvendar um mistério sobre a origem dos maiores diamantes do Brasil. O alvo principal é o município de Coromandel e região, no leste de Minas Gerais, onde foram encontrados nas últimas décadas grandes exemplares. Vários acima dos 400 quilates. Silveira diz que os geólogos do CPRM vão testar novos métodos para tentar encontrar os kimberlitos que dão origem a essas pedras. Fonte: Valor Econômico Data: 04/01/2013 OURO DEVE CONTINUAR EM ALTA EM 2013 Preço no mercado internacional eleva as expectativas; em 2012, o metal precioso foi a melhor aplicação. Após três anos como o investimento mais rentável, o ouro deverá continuar a valorizar em 2013, na opinião de especialistas consultados pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO. No ano passado, o metal precioso foi novamente a melhor aplicação no país ao registrar alta de 15,26% na comparação com 2011, impulsionada pelas incertezas na economia internacional e crescimento abaixo da expectativa no Brasil. No final de 2012, o metal precioso estava cotado em R$ 109,80 a grama, contra R$ 95 a grama no ano anterior. O incremento verificado na cotação da commodity foi praticamente o dobro do registrado pelo Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), com elevação de 7,4% na mesma base de comparação. De acordo com o gerente de operações da Reserva Metais, Edson Magalhães, nos últimos três anos a valorização do ouro foi de 76%. "Nos últimos cinco anos, a commodity foi o melhor investimento em quatro", diz. Somente em 2009, por conta da desvalorização do dólar, o metal perdeu a primeira posição entre as aplicações mais rentáveis. Em 2013, as expectativas são positivas, de acordo com Magalhães. "A valorização de 2012 poderá replicar neste ano", afirma. Porém, segundo ele, não é possível afirmar se o metal deverá continuar a ser o mais rentável. Outro fator que leva a expectativa positiva é o comportamento dos preços internacionais nos últimos anos. Em 2011, o mineral chegou a ser cotado acima de US$ 1.900 a onça (equivalente a 28,35 gramas) em função da insegurança gerada pela crise europeia. "Na verdade, a cotação apresentou retração", afirma o diretor Comercial do Grupo OM, Roselito Soares da Silva. Porém, a valorização do dólar frente ao real acabou por compensar as perdas e manteve o ouro como melhor investimento em 2012. No ano passado, a moeda norte americana apresentou alta de 9,4% na mesma base de comparação. Projeções - Segundo ele, as expectativas são que a onça do ouro alcance entre US$ 1.850 e US$ 2.000. Ele explica que a projeção está atrelada ao cenário econômico, como, por exemplo, aos problemas que o Estados Unidos enfrentam com a possibilidade de abismo fiscal. "A França também tem alguns pequenos indícios de instabilidade", diz. Já o analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, afirma que a continuidade do comportamento dos preços dependerá da deterioração do cenário econômico internacional. Além disso, o investimento terá um forte concorrente. "Este ano deverá ser um ano da Ibovespa", afirma. No exercício passado, o mercado de capitais foi fortemente impactado por uma série de fatores, como, por exemplo, a renovação das concessões das empresas de energia elétrica, o que derrubou as ações destas companhias. Mas Galdi lembra que já em dezembro último a Ibovespa apresentou o melhor desempenho em relação aos demais investimentos. Além disso, segundo Galdi, caso seja verificada uma melhora na economia internacional os preços do ouro deverão apresentar uma pequena retração ao longo do atual exercício. A valorização do mineral, além do aumento da demanda global nos últimos anos, vem impulsionando os investimentos na exploração do ouro. Minas Gerais concentra grande parte desses aportes em função de ainda manter reservas significativas. Mineradoras - Entre as empresas que estão realizando inversões está a sul-africana AngloGold Ashanti. O principal projeto da companhia no Estado é a expansão de Córrego do Sítio, em Santa Bárbara (região Central), orçado em R$ 2,07 bilhões. Com isso, a capacidade de produção atingirá 4,1 toneladas de ouro por ano. No Norte de Minas, a Mineração Riacho dos Machados (MRDM), subsidiária da canadense Carpathian Gold Inc., está investindo US$ 160 milhões para reativar uma jazida que era explorada pela Vale S/A até 1997. Em virtude da queda do preço do ouro na época, o negócio foi inviabilizado e a mineradora desativou a mina. Com os aportes, a extração em Riacho dos Machados terá capacidade instalada de 100 mil onças/ano. O início das atividades está previsto para o segundo semestre deste ano. Fonte: Diário do Comércio Data: 03/01/2012 MINÉRIO DE FERRO REGISTRA O MAIOR VALOR EM MAIS DE 1 ANO O preço do minério de ferro na China subiu para quase 150 dólares a tonelada nesta quintafeira, o maior valor desde outubro de 2011, mantendo a escalada dos últimos meses, de acordo com dados do Steel Index. O valor do minério de ferro no mercado à vista subiu 3,4 por cento ante o fechamento de quarta-feira, para 149,80 dólares por tonelada, segundo o indicador, recuperando-se após uma mínima de três anos registrada no início de setembro de 2012. A recuperação dos preços ocorre por conta de uma queda nos estoques na China, maior importador global, e por mais confiança sobre o cenário econômico chinês, segundo avaliações do mercado. Somente em dezembro, o indicador registrou ganhos acumulados de quase 30 dólares por tonelada, o maior aumento mensal desde que o índice começou, em abril de 2009. Desde que atingiu a mínima em três anos em setembro de 2012, de cerca de 87 dólares por tonelada, o minério de ferro subiu mais de 70 por cento. O valor atual é o maior desde os 150,3 dólares de 18 de outubro de 2011, segundo o índice. A queda drástica do minério de ferro em 2012 por preocupações com a economia chinesa teve impacto nas exportações brasileiras no ano passado, além de ter afetado os resultados da Vale, a maior produtora global da commodity. No ano passado, o valor das exportações de minério de ferro do Brasil caiu 25,9 por cento ante 2011, para 31 bilhões de dólares, por conta da queda dos preços, segundo dados do governo brasileiro. O minério de ferro de ferro é o principal produto da pauta de exportações do Brasil. O valor total das exportações de minério de ferro do Brasil atingiu 2,81 bilhões de dólares em dezembro, alta de 6,5 por cento em relação a novembro, graças a uma leve recuperação nos preços, de acordo com dados divulgados na quarta-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). As ações da Vale operavam em queda de quase 1 por cento por volta das 12h30, enquanto o Ibovespa subia 0,19 por cento. Fonte: Reuters Brasil Data: 03/01/2013 MARCO DA MINERAÇÃO EM COMPASSO DE ESPERA O setor de mineração trabalha a pleno vapor. Este ano, deve faturar US$ 55 bilhões, número correspondente a um crescimento da ordem de 10% sobre o faturamento de 2011. Porém, nuvens pesadas estão pela frente. O cenário de incertezas é causado por uma conjunção de dois fatores: o primeiro é a suspensão, pelo governo federal, dos pedidos para pesquisa e autorização de lavra de novas jazidas. O segundo é a indefinição quanto ao marco regulatório do setor mineral. O projeto já está na Casa Civil da Presidência da República, mas não há prazo definido para que seja enviado ao Congresso. Os dois fatos estão entrelaçados. A retenção dos pedidos de pesquisa e autorizações de lavra ocorreu no fim do ano passado e foi comunicada ao setor por meio de uma entrevista à imprensa dada pelo ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, no fim de agosto último. Na entrevista, Lobão condicionou a retomada do processo de liberação à aprovação do marco regulatório. Ele alegou, na entrevista, que o número de licenças já concedidas, tanto para pesquisa quanto para lavra, era muito grande, razão pela qual não acreditava que o setor pudesse sofrer qualquer tipo de interrupção ou redução de suas atividades. Segundo afirmou o ministro, uma boa parte das lavras já outorgadas não é explorada, servindo para especulação. O problema é que o marco regulatório é meio como que uma caixa-preta. Alguns pontos do projeto já foram, extraoficialmente, divulgados. Porém, o texto final a ser enviado ao Congresso ainda é um segredo guardado a sete chaves. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Ministério das Minas e Energia (MME) informou que, como o projeto já está na Casa Civil, qualquer informação sobre o seu conteúdo poderia ser dada apenas pela Casa Civil. A Casa Civil confirmou a informação, mas não deu qualquer previsão de quando o projeto será enviado ao Congresso. Na ausência de informações concretas sobre o que vem pela frente, crescem as especulações. Do que foi divulgado até agora sobre o novo marco regulatório, duas medidas preocupam os empresários do setor. Uma é a substituição das autorizações de lavra por tempo indeterminado por contratos de concessão por tempo determinado. Hoje, uma empresa tem o direito de explorar a mina até sua completa exaustão. A intenção do governo é estabelecer um prazo de duração da autorização de lavra, que poderia ser renovado ou não, dependendo da análise do governo. Outra novidade seria a licitação de províncias minerais. No modelo atual, recebe a autorização de lavra a empresa que primeiro requerer a pesquisa para determinada área e, caso os estudos se mostrem promissores, libera-se a autorização para explorar a mina. O modelo que está sendo proposto prevê que o governo definiria quais seriam estas área, faria os estudos geológicos para definir a extensão da jazida e, em seguida, licitaria a concessão do direito de exploração. Na prática, seria aplicar à mineração o mesmo modelo da exploração petrolífera, no qual as empresas de petróleo compram do governo o direito de exploração de determinadas áreas. Quem pagar mais leva. O governo considera que a realização dos leilões de concessão segue a tendência internacional, conforme já adotaram países como Colômbia e Austrália. Outras duas medidas que comporiam o pacote de reestruturação do setor mineral no Brasil seriam a criação da Agência Nacional de Mineração e o aumento da Compensação Financeira pela Exploração dos Recursos Minerais (CFEM), como é conhecido o royalty cobrado das mineradoras pela exploração mineral. A CFEM varia de um minério para outro. Na média, esse percentual é de 2%. A intenção do governo é de elevá-lo para 4%, conforme afirmou o ministro Lobão em agosto. A criação da agência conta com o apoio das empresas, pois é tida como uma medida que vai modernizar a gestão do setor na área federal e tornar mais ágeis os pedidos. A elevação da alíquota é vista com restrição, mas não é o ponto central das críticas à ideia do governo porque o aumento da alíquota poderia, em tese, ser repassada ao custo do produto. Os pontos de discórdia são a retenção dos pedidos de pesquisa e lavra, a possibilidade de fixação de prazo para as concessões e a abertura de licitação para a exploração de províncias minerais mais nobres. O diretor de Assuntos Minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Marcelo Tunes, considera que a retenção dos pedidos de pesquisa e autorizações de lavra já está causando a redução das atividades do setor, com muitas empresas, principalmente de pesquisa mineral, reduzindo suas atividades. Mas, segundo ele, os reflexos já estão sendo sentidos também pelas empresas que têm jazidas que estão próximas à exaustão e que precisam abrir novas frentes de lavra, como é o caso, segundo ele, da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) em Poços de Caldas, que estava para receber a concessão para explorar outra mina em um local próximo, mas corre o risco de ficar sem matéria-prima se o governo continuar a reter as autorizações. Em seu conjunto, a insegurança jurídica que a situação atual gera vai, de acordo com o diretor do IBRAM, contribuir para reduzir os investimentos, especialmente estrangeiros, no setor, que tem expectativa de aplicar cerca de R$ 75 bilhões até 2016, mas, segundo ele, corre o risco de não ter essa meta atingida. "Os investidores estão sem saber como vão fazer", afirma o diretor do IBRAM. A interrupção do processo também preocupa os trabalhadores do setor. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Ferro e Metais Básicos de Belo Horizonte e Região, Sebastião Alves de Oliveira, a retenção dos pedidos ainda não gerou demissões. Ele, porém, considera inevitável que isso venha a ocorrer se a interrupção perdurar. “Nenhum empresário vai pagar salários à toa. Nenhum setor da economia faz isso”, afirma Sebastião Oliveira, que cobra do governo “providências urgentes” para a liberação dos pedidos de pesquisa e autorizações de lavra retidos. José Mendo Misael, ex-presidente do IBRAM e presidente do Centro de Estudos em Mineração (Ceami), lembra que o chamado “ano mineral”, período estimado entre os primeiros estudos geológicos e o início da operação da mina, corresponde a cerca de 10 anos. Afirma, também, que o percentual de pedidos de pesquisa que se transformam em lavra é muito pequeno – da ordem de 1%. Por essas razões, ele pondera que a interrupção desse processo não pode ocorrer por mais tempo, sob pena de se estar criando um “apagão mineral” no país. No caso do marco regulatório, Marcelo Tunes questiona tanto a licitação quanto a fixação de prazo para exploração das minas. Para ele, o governo perdeu, ao longo dos últimos anos, a capacidade técnica que tinha de fazer pesquisa mineral e apresentar ao mercado estudos que deem segurança quanto ao volume futuro de produção da jazida que estaria sendo licitada. Para ele, seria um retrocesso o governo retomar a pesquisa em um setor no qual a iniciativa privada provou já ter capacidade técnica para fazer os estudos. Com relação ao prazo, Tunes considera o indeterminado a melhor solução porque muitas vezes o minério de melhor qualidade está no fundo da jazida, não na superfície. Nesse caso, o modelo do contrato com limitação de prazo pode gerar distorções. "Se tenho a concessão por prazo indeterminado, posso fazer uma exploração mais racional, em que tento aproveitar ao máximo o minério tanto de maior quanto de menor qualidade. Na concessão por tempo limitado, vou tirar o máximo só do minério de melhor qualidade, deixando o restante de lado." De acordo com o diretor do IBRAM, o modelo das concessões de petróleo não pode ser aplicado na mineração porque, na mesma jazida, costuma haver uma grande variação nas características do minério. Opinião diferente dele tem Hildebrando Herrmann, advogado especializado em direito mineral e professor da Universidade de Campinas (Unicamp). Para ele, a concessão por tempo indeterminado constituiria, do ponto de vista legal, a transferência de um bem da União a uma empresa privada. De acordo com Herrmann, 25 ou 30 anos é um prazo mais que suficiente para que o concessionário recupere seu investimento. Além do mais, ele acredita que, se a exploração for feita de forma correta, o normal é que acontece a renovação da autorização de lavra. "É o que ocorre nos outros países. E não traz nenhum prejuízo para o minerador", afirma o professor da Unicamp, que participou do grupo que foi responsável pelos primeiros estudos para a elaboração do projeto do marco regulatório da mineração. Quanto à licitação de áreas, tal como no modelo do petróleo, Hildebrando Herrmann concorda com o IBRAM. Para ele, o conhecimento geológico que o governo federal tem é muito incipiente. "Sem esse conhecimento, é muito difícil as empresas se aventurarem", afirma Herrmann. Ele lembra que no passado esse modelo chegou a ser tentado, porém sem sucesso. "Nenhuma das áreas foi rentável", afirma o professor da Unicamp, que também critica a intenção do governo de retirar das prefeituras o poder de opinar nas concessões para pesquisa e autorizações de lavra dos chamados "minérios agregados", como areia, brita, cascalho e água mineral. Ele defende que a União se retire dessa área, transferindo a responsabilidade da concessão e fiscalização desses bens minerais para os municípios. Com isso, o governo federal iria, a seu ver, ganhar fôlego para atuar nos minérios que seriam de interesse nacional, como os metálicos. Enquanto não ocorre uma definição por parte do governo em relação a essas questões, o IBRAM corre atrás de uma resposta. Na quinta-feira, dia 13, o presidente-executivo da entidade, Fernando Coura, foi até o ministro Edison Lobão, a quem solicitou a retomada do processo de concessão de licenças de pesquisa e lavra e, ao mesmo tempo, o envio ao Congresso do projeto que institui o novo marco regulatório para o setor. O ministro disse a Coura que tudo isso seria feito o mais rapidamente possível, mas não fixou prazos. Pelo sim, pelo não, o ideal seria que toda essa discussão fosse transferida imediatamente para o Congresso, pois lá, segundo afirma Coura, a questão poderá ser democraticamente discutida com todos os segmentos envolvidos com a mineração até chegar a um consenso. O que não pode, de acordo com ele, é a retomada das autorizações estar condicionada à aprovação do novo marco. Isso porque, segundo Coura, a votação de um projeto complexo como o do marco regulatório da mineração pode demorar vários anos até que se chegue a um texto de consenso entre todos os setores envolvidos com o assunto. Fonte: Correio Braziliense Autor: Marcelo Freitas Data: 29/12/2012 MALOGRO DO ANO Mais um ano se passou, e nada do Código Mineral prometido por Dilma com a correção de índices da CFEM, o royalty mineral. Para os mineradores, nenhuma surpresa: há algum tempo, eles já perceberam as dificuldades do governo em fechar o novo marco regulatório do setor. Tadeu Carneiro, diretor geral da CBMM, acha que o código empacou por ser muito complexo, envolvendo interesses de pelo menos dois ministérios além de Minas e Energia: Fazenda e Planejamento. Já Fernando Coura, presidente do IBRAM, entidade nacional da mineração, oferece uma explicação mais simples e direta para o malogro do código mineral: "Não é prioridade do governo". Fonte: O Tempo Data: 03/01/2012 OURO VOLTOU A SER UM BOM NEGÓCIO O ouro esteve entre as boas aplicações financeiras, em 2012, e deverá continuar atrativo em 2013, conforme o mercado, pois é para ele que as pessoas correm quando há instabilidade econômica. De acordo com Roselito Soares, diretor do OM Grupo, o maior vendedor de ouro e câmbio online do Brasil, os preços de ouro mais que dobraram desde 2008, ano que deu início à crise financeira que quebrou diversos bancos americanos e outras economias mundiais. A sucessiva instabilidade nesse mercado deu a largada para a corrida de investidores por aplicações no metal e tem contribuído para despertar mineradoras e resgatar a produção no Brasil. Ouro II. O Instituto Brasileiro de Mineração prevê que a produção brasileira de ouro deva crescer 28,5% em quatro anos devido às crises financeiras e à busca pelo metal, com investimento de US$ 1,7 bilhão em pesquisa, lavra e beneficiamento. Chegará a 90 toneladas até 2016. Em 2012, a produção nacional fechou em 70 t, ante 66 t em 2011 e 58 t em 2010. Apesar do crescimento, ainda é a metade do que o País produziu no final da década de 1980. Hoje, o Brasil é o terceiro maior produtor de ouro do mundo e deve exportar cerca de 47 toneladas, dando um total de US$ 2,37 bilhões em 2012, segundo estimativas do IBRAM. Os investidores podem comprar ouro de duas formas: na bolsa de valores e no mercado de balcão em casas autorizadas (até pela internet), em barras, cartões, moedas, joias. Pequenas quantidades não têm Imposto de Renda e apenas 1% de IOF. Fonte: Jornal do Comércio Data: 03/01/2013 MINERAÇÃO E INDÚSTRIA IMPULSIONAM CATALÃO (GO) O Brasil que mais cresce As imensas jazidas de titânio, nióbio e fosfato abertas no solo da cidade de Catalão (GO) são um reflexo do avanço da nova fronteira do agronegócio brasileiro. A cidade de 90 mil habitantes viu seu PIB (Produto Interno Bruto) crescer 478% em dez anos até 2010. No período, o valor do PIB per capita saltou para R$ 45,8 mil, superior ao de São Paulo (R$ 39,5 mil). O desempenho se deve à indústria, responsável por metade do PIB de R$ 3,97 bilhões em 2010, e pela extração mineral. Esses setores, por sua vez, são movidos pelas demandas da agricultura. O fosfato é exemplo disso. Utilizado para produzir fertilizantes, atraiu duas gigantes da área para Catalão. Lá a Vale possui um complexo focado na extração mineral e na produção de compostos químicos. Com área de 2.600 hectares (o equivalente a 2.600 campos de futebol), emprega 1.500 profissionais e tem capacidade para produzir 1 milhão de toneladas de rocha fosfática ao ano. Já a britânica Anglo American, por meio da Copebrás, também explora o fosfato na região e emprega 900 de seus 1.300 funcionários. Chega a produzir 1,3 milhão de toneladas de concentrado de fosfato por ano. A localização do município, a 100 km de Uberlândia (MG) e 260 km de Goiânia, ajuda a escoar a produção. "A localização é estratégica, pois no Centro-Oeste é produzida a maior parte dos grãos e do gado do país. De lá a Copebrás abastece a crescente agroindústria regional e nacional", diz Ruben Fernandes, presidente dos negócios de Fosfato e Nióbio da Anglo American. Já o concentrado feito pela Vale em Catalão segue via ferrovia até o porto de Paranaguá (PR) ou é escoado por minerodutos. As gigantes levam para a região empresas como a Ultrafértil, que faz o beneficiamento de minério fosfatado. O rico subsolo de Catalão também possui jazidas de titânio, urânio e terras-raras --elementos minerais de difícil obtenção porque estão muito dispersos pela crosta terrestre. AMPLIAÇÃO Em dez anos, Catalão se firmou também como polo industrial. A oferta de mão de obra abastece os fornecedores de máquinas e equipamentos --são cerca de 50 empresas instaladas no distrito industrial da cidade. Também para aproveitar a boa localização, a John Deere se instalou na cidade em 1999 para produzir colhedoras de cana e pulverizadores. Nos últimos dois anos, a empresa investiu R$ 60 milhões em ampliações. "É uma das fábricas mais modernas do mundo na produção desse tipo de equipamento", afirma Leo Marobin, gerente da fábrica, que tem 660 empregados. Além da logística, o clima --que ajuda na produção de sementes de alta qualidade-- influiu na escolha da DuPont Pioneer do Brasil. A unidade na cidade foi inaugurada em novembro passado. Deve começar a operar neste mês com capacidade para processar 2 milhões de sacas de 40 quilos ao ano. Segundo Roberto de Rissi, diretor da unidade, foram investidos US$ 62 milhões na instalação da fábrica. A Pioneer vai quase duplicar a capacidade atual de produção no Brasil, concentrada em Planaltina (DF). "É a maior e mais moderna unidade de beneficiamento de sementes de soja da empresa no mundo", diz Rissi. Também presente no distrito, a montadora Mitsubishi emprega 2.700 funcionários. A empresa passa por um processo de ampliação que consumirá R$ 1,2 bilhão em investimento. O dinheiro será gasto na construção de uma fábrica de motores, na instalação de uma nova área de pintura, na ampliação da linhas de montagem e na modernização da produção. No primeiro semestre, deve passar a montar na cidade o modelo ASX. Outros dois virão ainda neste ano. Fonte: Folha de S.Paulo Data: 06/01/2013