ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES Jornal J de Umbanda Carismática UCA www.umbandacarismatica.org.br [email protected] Ano Vl - Nº 71 - Julho/2012 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 2 - Julho/2012 Dirigente Espiritual do NÚCLEO e Redatora Mãe Mônica Caraccio ([email protected]) Diretor Responsável - Marco Caraccio ([email protected]) Redação: Al. dos Quinimuras,264 - Plto. Paulista São Paulo - SP - CEP: 04068-000 Telefone: (11) 3483-1223 Jornalista Responsável : Eduardo Monteiro - MTB: 21.275 Assessoria de Redação : Teresinha B. Matazo Diretor Jurídico : Dr. Roque Gomes da Silva - OAB/SP: 177.413 Assessora: Dra. Aline Paulino Grell - OAB/SP: 255.021- [email protected] Assessoria Contábil: Madureira Contábil Tel : (11) 2893-1446 www.mundocontabil.com.br/madureiracontabil e-mail : [email protected] Revisão de Texto: Silvana Klabunde ([email protected]) Editoração e Arte: Gabriela Caraccio ([email protected]) O Jornal de Umbanda Carismática é uma publicação sem fins lucrativos distribuída gratuitamente para divulgar e ampliar os conhecimentos da Umbanda Carismática, sob a responsabilidade do Núcleo Cultural e Social de Umbanda Carismática Luz de Oxalá Força de Oxum - CNPJ: 08.307.583/0001-00, registrada como personalidade jurídica sob o nº 0104028 de 20 de Dezembro de 2005 registrado no 6º Cartório de Títulos e Documentos. As matérias e informações contidas nos artigos e espaços reservados aos colaboradores são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente nossa opinião. CAPA SERGIO GUERRA Menino Muhimba de nome Vemundia, na Tamba. FOTO: www. umbandacarismatica.org.br Foto de Marcos Antonio EDITORIAL Axé a todos! Fico muito feliz com cada fechamento do JUCA – Jornal de Umbanda Carismática. São várias informações legais, aprendizados únicos de pessoas que há muito tempo vivenciam a busca pela evolução do espírito e muitos bons exemplos. Da mesma forma, fico satisfeitíssima em saber que o jornal percorre tantos lugares diferentes, que entra em tantas casas, em tantas mentes e em tantos corações se enraizando como uma fortíssima árvore frutífera. É muito bom saber que a função do jornal não é ditar uma verdade absoluta ou defender uma vertente única, e sim, abrir a mente para que novas possibilidades sejam percebidas, pensadas e avaliadas. Nas aulas que ministro, costumo afirmar que a Umbanda é entendida e praticada de várias formas, seguindo doutrinas, tradições e Forças diferentes, portanto, não há como ditar ‘o certo’ ou ‘o errado’. Mas, é necessário abrir a mente para as possibilidades e para o bom senso. É imprescindível saber discernir e encontrar lógica ou fundamento nos atos e nas ações dentro dos rituais umbandistas. “Fazer por fazer”, “ser por ser” ou “estar por estar” não é mais a função ou a energia da Umbanda. É muito claro para mim o quanto a Umbanda está evoluindo, o quanto está diferente daquela Umbanda de quinze anos atrás. Os elementos usados, as falas dos Guias, as formas de trabalhos espirituais, as oferendas, os locais de fazer as oferendas, até as necessidades das pessoas mudaram. Tudo está diferente, a sociedade, a vida e as necessidades, e a Umbanda precisa acompanhar esse processo. Mesmo porque, ela, a Umbanda, é uma religião que está muito próxima das pessoas e de suas necessidades gerais. Assim, penso que essas transformações precisam ser acompanhadas pelos seus médiuns e pelas suas lideranças, inclusive pelos seus assistidos. E para isso, nada melhor que leitura, estudo, conhecimento, olhar, percepção e muita, muita compaixão. Aquela compaixão que nos coloca no lugar, no tempo, no espaço e na vida do outro. Aquela que nos faz compreender que todos têm suas dores, e que não existe maior dor do que a ‘dor que se sente’. Aquela que permite o novo e que nos faz seres humanos mais humildes. Enfim, espero que o JUCA ajude nesse processo e que continue assim, sendo recebido com tanto carinho e entusiasmo. Que a Luz de Oxalá nos Ilumine e que as Forças de Oxum nos unam na Fé em Olorum! Mãe Mônica Caraccio Ou é do meu jeito ou não tem jeito Às vezes a raiva tem origem na mentalidade “ou é do meu jeito ou não tem jeito”. Se você sente raiva quando as coisas não saem do seu jeito, pense no seguinte: se nosso jeito é o perfeito por que estamos neste mundo? Estamos nesse mundo para mudar nossa percepção, mudar nossos sentimentos, mudar de ideia. Existimos para poder mudar nossa maneira de observar os fatos. Talvez o que percebemos como sendo o certo simplesmente não seja. Se quisermos enxergar uma nova realidade, temos que parar de empurrar nossa realidade goela abaixo e estar abertos para enxergar um jeito novo. Yehuda Berg - Kabbalah Centre ACESSE www.minhaumbanda.com.br e se encante um pouco mais com a Umbanda ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES EXPEDIENTE: JUCA - Jornal de Umbanda Carismática JUCA Jornal de Umbanda Carismática ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES www. umbandacarismatica.org.br GRUPOS DE ESTUDO Julho/2012 - 3 JUCA Jornal de Umbanda Carismática www.umbandacarismatica.org.br O PODER DAS ERVAS, PEDRAS E ÁGUAS * Um estudo detalhado das Ervas, Pedras e Águas dos Ori- xás e o uso ritualístico, energético, fitoterápico e litoterápico desses elementos naturais. * Aprenda como preparar banhos, defumações, beberagens, receitas naturais de forma simples e rápida, e principalmente de acordo com suas necessidades. * Usando o Bom Senso, o Equilibrio e o Conhecimento * Ministrados e Coordenados por Mãe Mônica Caraccio Redatora do JUCA - Jornal de Umbanda Carismática; Sacerdotisa de Umbanda coroada por Pai Rubens Saraceni; Ialorixá coroada pelo Babalaô Ronaldo de Linares; Mestre em Radiestesia e Radiônica formada entre outros pelo SENAC/SP; Formação Teológica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP; Bacharel em Ciências da Religião. Pontos Riscados e a Pemba na Lei de Umbanda A Pemba é o instrumento mais poderoso da Umbanda, além de Mágico, é Sagrado. O Ponto Riscado na Umbanda é Poder de Magia e traz toda a Força Misteriosa da Escrita Astral, tem o poder de fechar, trancar, abrir, quebrar, direcionar, harmonizar, transformar e equilibrar qualquer Energia, tanto do Terreiro como dos Médiuns. Um estudo estimulante, que facilitará um pouco mais o entendimento dessa imensa Sabedoria escrita pela Espiritualidade. * Alguns temas desse estudo: POUC Tipos e formas de traçados dos pontos riscados; Elementos usados nos pontos riscados; Uso e mistérios da Pemba na Umbanda; Símbolos sagrados e símbolos consagratórios; Leitura dos pontos riscados e seus significados AS VA Ún Enco ico ntro GAS 02 de SETEMBRO DOMINGO - das 13h30 às 19h00 INFORMAÇÕES e INSCRIÇÕES doMINGO www.umbandacarismatica.org.br [email protected] Das 13h30 às 19h00 DIA 29 de JULHO - teórica DIA 05 de AGOSTO - prática Tel. (11) 3483-1223 Al. dos Quinimuras, 264 Próximo Metrô São Judas Nenhum anúncio funciona sem sua ajuda. Há cada vez menos tempo para agir contra a crise climática. Saiba como você pode ajudar em acesse www.greenpeace.org.br www. umbandacarismatica.org.br JUCA Jornal de Umbanda Carismática 4 - Julho/2012 ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES www. umbandacarismatica.org.br JUCA Jornal de Umbanda Carismática ervas na UMBANDA Na Umbanda, especificamente, utilizamos ervas e flores em quase todos os rituais, inclusive nas giras e nas oferendas ritualísticas. Já os banhos de ervas são, de maneira geral, utilizados para que haja uma troca energética, é uma importante “ferramenta” natural que nos auxilia e nos proporciona enorme bem. Certamente que o melhor banho é aquele que o Guia ou o Pai/Mãe Espiritual aconselha ou Na Umbanda, especificamente, utilizamos ervas e flores em quase todos os rituais, inclusive nas giras e nas oferendas ritualísticas. Já os banhos de ervas são, de maneira geral, utilizados para que haja uma troca energética, é uma importante “ferramenta” natural que nos auxilia e nos proporciona enorme bem. Certamente que o melhor banho é aquele que o Guia ou o Pai/Mãe Espiritual aconselha ou orienta, afinal, é importante ir de acordo com nossas reais necessidades, aquelas que muitas vezes não conhecemos ou entendemos. Sei que algumas vezes essas informações não chegam até nós e Umbanda é pé no chão! aí, precisamos buscar um pouco de conhecimento, alguns punhados de bom senso e uma pitada de intuição misturados com muita coerência e fé. Lidar com erva e planta (ou mesmo com banho de erva) é extremamente complexo. Elas, penso eu, são como gente, cada uma tem uma preferência, uma forma específica de melhor viver, florescer, doar, ceder ou se defender. Elas possuem um jeito especial e particular de “falar” conosco e que, dependendo de nossa energia, também “respondem” de forma especial e particular; isso quer dizer que um banho de ervas, dependendo da energia pessoal de cada um, pode causar reações diferentes entre nós. Portanto, é importante ter boas orientações, ok? Mas vale saber, existem algumas ervas e flores que são harmonizadoras e que não causam malefício algum, portanto, podem ser jogadas da cabeça (coroa) para baixo, Todo umbandista já deve ter ouvido a frase “umbanda é pé no chão”. Mas será que todos sabem o porquê de ficarmos descalços em nossos terreiros? São três motivos principais: O primeiro é que o solo representa a morada dos nossos antepassados e quando estamos descalços tocando com os pés no chão, estamos entrando em contato com estes ancestrais e, consequentemente, com todo o conhecimento e a sabedoria que esse passado guarda. O segundo motivo é o respeito ao solo sagrado e à todo trabalho espiritual e energético realizado no terreiro. Imaginem as inúmeras impurezas e sujeiras dos sapatos misturados com diversos atos ritualísticos da Umbanda como o ‘bater cabeça’. O terceiro ponto, também importante, é a percepção de que os médiuns servem de “antena” quando a energia é muito densa, assim se eles estiverem descalços, sem inclusive nas crianças. Essas ervas/ flores são: camomila, alfazema, rosa branca e sálvia. E para aqueles que conhecem um pouco mais sobre ervas e Orixás, vale muito a pena unir a energia do dia da semana e do Orixá com as ervas, ou seja, aproveitar, por exemplo, terçafeira – dia da semana que é relacionado a Ogum - para tomar banho com ervas de Ogum. Um AXÉ todo especial no banho que se potencializa com nossa louvação e fé. Vejam ao lado algumas ervas específicas aos dias da semana e aos Orixás, mas esclareço que dependendo da doutrina ou da tradição religiosa outras relações entre os dias da semana e os Orixás acontecem, por exemplo, existem terreiros que relacionam domingo com Nanã Buruque e outros ainda, com Oxalá, portanto, não esqueçam do bom senso, da coerência e da boa orientação. Julho/2012 - 5 Segunda-feira– Exu, Almas, Obaluaye – levante, folha de fumo, arruda, folha de figo. Importante tomar cuidado com essas ervas, elas são fortes e servem para descarrego, dessa forma, podem causar reações energéticas. Terça-feira – Ogum – espada de Ogum, losna, aroeira, abre-caminho, jurubeba, São Gonçalinho, folha de manga, folhas de romã, samambaia, salgueiro. Quarta-feira – Xangô – barba de velho, hortelã, erva de São João, lírio, urucum. Quinta-feira – Oxóssi – acácia-jurema, samambaia, capim limão, guiné, alecrim, erva doce, eucalipto, manjericão. Sexta-feira – Oxalá – boldo (tapete de Oxalá), narciso, hortelã, erva cidreira, eucalipto, alecrim, levante, alfavaca, girassol, avenca e manjerona. Sábado – Iemanjá/Oxum – hortelã, lágrima de nossa senhora, rosa branca, boldo, avenca, folha de laranjeira, jasmim, alfazema, açucena, ipê amarelo, alfavaca, poejo. Domingo - Linha das Crianças ou Ibejadas – levante, verbena, rosas, erva doce, guaraná, alecrim, trevo, folhas de anil. Por Mãe Mônica Caraccio www.minhaumbanda.com.br nenhum material isolante entre o corpo e o chão, a energia negativa se dissipa naturalmente no solo. É uma forma de garantir a segurança do médium para que não acumule ou leve determinadas energias consigo. Além disso, podemos dizer também que realizar os trabalhos espirituais descalços é uma forma de representar a humildade e a simplicidade do rito umbandista. Vale saber que o ‘pés descalços’ era símbolo de escravidão, quando liberto, a primeira coisa que os negros procuravam fazer era comprar sapatos, o que de certa forma, faziam com que eles fossem inclusos na sociedade formal. O significado da “conquista” dos sapatos era tão profundo que muitas vezes eles eram colocados em lugar de destaque na casa para que todos os vissem. No entanto, ao chegar ao terreiro, espaço que havia sido transformado magisticamente em solo africano, os sapatos tornavam-se novamente apenas um símbolo de valores da sociedade branca e eram deixados do lado de fora. Ali os negros sentiamse novamente na África e podiam retornar à sua condição de guerreiros, sacerdotes, príncipes, caçadores, etc. Por Mãe Mônica Caraccio 6 - Julho/2012 www. umbandacarismatica.org.br JUCA Jornal de Umbanda Carismática O S S A I N A Umbanda pode alterar o destino de um indivíduo, que o tenha doloroso, para dar-lhe a felicidade? Isso é relativo. A verdadeira felicidade na Terra, tal qual sonhamos, é impossível, porque todos temos corpo de matéria e esta está sujeita a vicissitudes e necessidades; a transformações psicológicas e instabilidades emocionais; a ciclos magnéticos e imposições biológicas; a injunções do espírito e impulso dos instintos, culminando em decadência e morte. A única felicidade possível na Terra é a paz de espírito ou mental. Só nos mundos espirituais elevados o ser encontra a verdadeira felicidade. Estará livre das frequentes reencarnações, que são dolorosas para o espírito já aprimorado. Outrossim, a felicidade é interpretada de modo diferente pelas pessoas encarnadas. Uns a encontram no vício e nos prazeres ilícitos: são os irresponsáveis; outros, no sexo e nas paixões desenfreadas: são os insensatos; estes a põem nas riquezas, cobiça e usura: são os ambiciosos; esses, no estudo e nos conhecimentos intelectuais sem moral: são os falsos sábios; aqueles, na fama, no poder e na glória terrena: são os egoístas; aqueloutros, na beleza física fugaz: são os ingênuos; há os que a colocam no amor à humanidade: são os espiritualistas; existem até os que a sentem na própria dor: são os santos ... Retirado do livro “Umbanda Perguntas e Respostas” de J. Edson Orphanake É o orixá guardião de todos os segredos das folhas, raízes e cascas. Sua atuação é fundamental para a realização das cerimônias e rituais do Candomblé. Através das rezas apropriadas, esse orixá consegue despertar o poder das folhas, que são detentoras de um poderoso axé. A simbiose entre água e terra resultam na fertilidade e renovação da natureza. As plantas, portanto, possuem os poderes desses dois elementos. C O N T A A JUCA L E N D A Jornal de Umbanda Carismática Ossain era o único orixá que sabia reconhecer e despertar os poderes mágicos das plantas e usá-los para curar as enfermidades, ou nos rituais litúrgicos. Ele sabia, como ninguém, fazer misturas mágicas com os vegetais, raízes e folhas. Os outros orixás também tinham o desejo de possuir suas próprias folhas, bem como o conhecimento necessário Esse orixá é também o grande curandeiro do orum (céu), que, com sua habilidade e conhecimento em manipular as folhas, consegue produzir o remédio eficaz para as doenças do homem. Ossain também usa esse conhecimento para preparar poções mágicas e encantamentos para os mais diversos fins. Seus segredos ele não revela, por isso o culto de Ossain é restrito a poucas pessoas. para receber o axé proveniente delas, mas Ossain não revelava seus segredos e não deixava ninguém apanhar folhas em suas florestas. Oyá (Yassan) não aceitava essa situação, pois sua aldeia estava sendo assolada por doenças, e nada podia ser feito. Foi, então, que ela pediu a Ossain que lhe desse algumas folhas e seus respectivos encantamentos, mas receba por e-mail No Brasil, os filhos desse orixá sofrem o fenômeno da incorporação, durante os rituais sagrados. Já na África, essas possessões são muito raras. Lá, os babalorixás, que são detentores dos segredos de Ossain, podem, até mesmo, manter um diálogo com ele, quando estão perto dos assentamentos. Ossain vive isolado nas matas e florestas, não existindo relatos sobre uniões com outros orixás. este negou-se a fazê-lo. Oyá ficou muito contrariada, não se conformando com uma atitude tão insensível. Sua fúria incontrolável fez levantar o vento. E o vento foi tão forte, que as folhas se desprenderam das árvores, voando para todos os cantos da floresta. Ossain gritava: “Minhas folhas, minhas folhas”. A cabaça com os segredos ficou exposta por algum CAD tempo, possibilitando aos orixás a oportunidade de absorver uma pequena parte desse conhecimento. Assim, os orixás cataram suas folhas, que seriam utilizadas em seus rituais sagrados; porém, não podiam dispensar a ajuda de Ossain, pois ele sempre será o grande sábio da floresta. Retirado do livro “Candomblé Um caminho para o conhecimento” de Eduardo De Lascio AST Gratu www.umbandacarismatica.org.br RE- itame nte SE ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES A Felicidade ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES www. umbandacarismatica.org.br JUCA Jornal de Umbanda Carismática Julho/2012 - 7 8 - Julho/2012 JUCA Jornal de Umbanda Carismática DA MORTE O medo da morte resulta do instinto de conservação, que trabalha em favor da manutenção da vida. A vida, no entanto, são todos os acontecimentos existenciais que ocorrem durante a reencarnação – no corpo – como fora dele – em Espírito. O desconhecimento da imortalidade, as informações fragmentárias, as lendas e fantasias, os mistérios, a ignorância vestiram a morte de inusitadas e irreais expressões, que não correspondem à realidade. O fenômeno da morte diz respeito ao fatalismo biológico das transformações moleculares do corpo. Com o desaparecimento da forma, suspeitou-se que haveria o aniquilamento da essência, como se essa fosse derivada da matéria e não a sua responsável. Para atenuar-se o desconhecimento, compuseram-se os funerais, as cerimônias e ritos fúnebres, ocultando a face inevitável da legitimidade imortal. Esses recursos são valiosos para os familiares, parentes e amigos que se desobrigam das responsabilidades humanas, na Terra, e dos deveres afetivos para com os que são desalojados do corpo. Para o Espírito somente valem os sentimentos, as preces e vibrações de autêntica afeição e honesta intercessão, especialmente os próprios pensamentos e atos mantidos durante a experiência carnal. Em outras circunstâncias, porque a fantasia concebeu o Divino Poder com sentimentos arbitrários e apaixonados, que perdoa e pune irremissivelmente, as consciências culpadas temem-lhe o encontro, quando seriam duramente castigadas, elaborando, inconscientemente, mecanismos de evasão. Às vezes se torna tão grave, o medo da morte, que portadores de transtornos psicológicos matam-se para não aguardarem a morte, em terrível atitude paradoxal. Não houvesse a morte física, e o sentido da vida desapareceria, assim como a finalidade da luta, da conquista de valores e do desenvolvimento intelecto-moral do ser. Analisando-se a sobrevivência – fenômeno natural e consequência da vida – a existência terrestre adquire significado, e a dimensão de tempo um grande valor. Por ignorar-se quando ocorrerá a fatalidade orgânica, todo minuto e cada ação constituem admiráveis bênçãos, e devem ser utilizados com sabedoria e propriedade, vivendo-os intensamente. A compreensão da vida como um todo, feito de etapas, estimula a conquista dos patamares do progresso, ainda mais pela sua marcha ascensional. Fosse limitada ao período berço-túmulo, todos os labores perderiam o seu conteúdo ético e os esforços esvair-se-iam na consumpção do nada. Considerando a energia psíquica valiosa e atuante, a mente, desatrelada do cérebro, prossegue independente dele, e a vida estua. Desse modo, enfrentando-se com equilíbrio o conceito da sobrevivência, a morte desaparece, e o medo que possa inspirar transforma-se em emulação para enfrentá-la com uma atitude psicológica saudável e rica de motivações, quando ocorrer naturalmente. Vício mental arraigado, o medo do fim converte-se em esperança de um novo princípio. Retirado do livro “Autodescobrimento – uma busca interior” de Divaldo Franco pelo espírito Joanna de Ângelis CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS Com referência à dissimulação retro escrita, tal ocorrência pode suceder tanto com médiuns novatos como com muitos médiuns experientes, devido a circunstâncias tais como indisposições corriqueiras: nervosismo, cansaço, agitação, problemas, indiferença e outras, havidas durante o dia, que os impedem de concentrar-se perfeitamente. Porém, todo médium experiente sabe quando seus guias autênticos se aproximam para manifestarem. Uns sentem parte do corpo adormecida; outros sentem leve formigamento; estes sentem breve calor invadir lhe o corpo; aqueles, um friozinho; aqueloutros, um estremecimento; há quem note o corpo pender para um lado: existe quem observe ficar o corpo leve; médiuns há que perce- bem uma vibração tomar-lhe o organismo obscurecendo lhe a mente; alguns, notam um arrepio percorrer lhe a espinha ou outro local. Conclusão: todos percebem e reconhecem certas e determinadas características já conhecidas e familiares de seus próprios guias e protetores. Logicamente, quando tais não acontecem, então algo anormal, ou melhor, alguma entidade estranha está tentando acercar-se, tomar-lhe o corpo e invadir lhe a mente. Quem já está acostumado com seus guias, conhece-lhes o jeito e a maneira de se aproximarem e nenhuma preocupação podem ter a respeito da verdadeira identidade de seus verdadeiros protetores. Retirado do livro “Mediunidade e seus problemas” de J. Edson Orphanake .....Por volta de 1935, quando já estavam em funcionamento seis das sete Tendas mencionadas anteriormente, o Caboclo das Sete Encruzilhadas demorava-se na definição do fundador da Tenda de São Jerônimo. Dizia, o Caboclo, que o dirigente adequado não havia aparecido. Numa noite de quinta-feira, durante uma reunião doutrinária, José Alvares Pessoa, espírita e grande estudioso de todas as correntes espiritualistas, não dando muito crédito aos relatos que ouvira sobre os magníficos trabalhos espirituais realizados em Neves, resolveu ir pessoalmente a Tenda Nossa Senhora da Piedade. Logo que chegou à porta da sala onde se reuniam os médiuns do Caboclo das Sete Encruzilhadas, esse interrompeu a palestra dizendo: “Já podemos fundar a Tenda São Jerônimo. O seu dirigente acaba de chegar”. O Capitão Pessoa, como era chamado, foi tomado de surpresa pois era desconhecido naquele ambiente. Não havia anunciado a sua visita, apensas viera para comprovar os fatos que lhe haviam narrado. Após um breve diálogo, o Caboclo demonstrou conhecer a fundo o Capitão Pessoa que foi convencido a assumir a responsabilidade da fundação e direção da Tenda São Jerônimo. O Capitão Pessoa, até então, desconhecia o que era Umbanda, fato que podemos observar em sua entrevista a Leal de Souza e que está transcrita na página 439 do livro de Roger Bastide chamado As Religiões Africanas no Brasil. Segundo o Capitão Pessoa, “a fundação da Umbanda foi decidida em Niterói (Estado do Rio) há mais de trinta anos, em uma macumba que ele visitava pela primeira vez. Até ali, ele fora um espírita kardecista. o pai-de-santo investiu-o dos poderes de presidente da Tenda de São Jerônimo, que deveria funcionar na Capital, e lhe disse que importava organizar a Umbanda como religião”. Retirado do livro “Umbanda e sua história” de Diamantino F. Trindade (Hanamatan) ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES MEDO www. umbandacarismatica.org.br ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES www. umbandacarismatica.org.br Simplesmente Afaste-se Com a experiência dos anos, aprendemos uma Para nós médiuns, um dos testes mais difíceis no dia-a-dia diz respeito a situações em que de repente nos vemos atuando no drama pessoal de certas pessoas (de baixa energia), um papel ao qual não nos candidatamos. Se elas costumam se queixar cronicamente, nós nos tornamos seus simpatizantes (mesmo que por educação) ou seus conselheiros, o que é pior. Há os casos em que nos atacam, com raiva, discordando das orientações recebidas, especialmente quando indicamos que estão se colocando como vítimas e que a lamúria não leva a lugar algum. Seja qual for o jogo, estamos desperdiçando um tempo e energia valiosos com a frustração e ou raiva do outro. Ajudar o próximo não é sofrer junto. Julho/2012 - 9 JUCA Jornal de Umbanda Carismática uma solução simples para as pessoas sobre as quais a razão parece não exercer nenhum efeito. Afastar-se delas – não com raiva ou medo, e sim com neutralidade. Se você se sentir receoso ou culpado por se afastar, lembre-se de que ao recusar-se, sem julgamentos, a permitir que essas pessoas drenem sua energia ou o arrastem em direção ao buraco negro da vida delas, você não estará sendo covarde, esquivo ou insensível, e sim corajoso, sábio e piedoso. Se alguém estiver lhe causando uma frustração desnecessária, não tente lutar ou raciocinar. Simplesmente afaste-se do campo de força negativo dessa pessoa. Caso você seja obrigado a permanecer no mesmo aposento que ela em casa ou no trabalho, mesmo assim você pode erguer um escudo mental de proteção. Sorria e não diga absolutamente nada ou declare, com calma e firmeza: "Não creio que possa falar com você neste momento." Retome então tranqüilamente às suas atividades. A pessoa poderá não gostar da mensagem, mas sem dúvida a receberá. Não devemos ter medo de desagradar e nem tampouco precisamos ser simpáticos a todos que nos chegam. Não permita ser influenciado ou intimidado pela negatividade. Sempre podemos nos afastar. Especialmente aos médiuns, procurem ter mecanismos de defesa e não fiquem "disponíveis" para as vítimas do mundo, nem tentem ajeitar a vida de todos. Defendam-se não se expondo. Mantenham-se energéticamente "blindados" e disponíveis para o trabalho mediúnico, que tem dia e horário certo para os sofredores do corpo e da alma. MUITO IMPORTANTE Não ofereçam ajuda espiritual a ninguém, deixem que peçam. Este é um mecanismo simples de proteção. Quando você oferece, está se expondo, pois o outro pode estar aceitando só por educação. Por Pai Norberto Peixoto Dirigente da Choupana do Caboclo Pery UMBANDA É DE TODOS, NEM TODOS SÃO DA UMBANDA Um dia, hão de chegar, altivos e de peito impune, pessoas a dizer-lhe: sou umbandista, tenho fé em Oxalá, tenho mediunidade... com altivez e força tal que chegarão a lhe impressionar. Mas quando olhar bem seu semblante, você o verá opaco, translúcido e sem o calor de um verdadeiro entusiasta e batalhador em prol da mediunidade umbandista. A Umbanda é uma corrente para todos, mas nem todos se dedicam a ela como deveriam. O verdadeiro umbandista sente, vive, respira, se alimenta espiritualmente nela, não com fanatismo, mas sim com dedicação aflorada no fundo d´alma. Ser umbandista é difícil por ser muito fácil; é só ser simples, honesto e verdadeiro. Não batam no peito e digam ser umbandistas de verdade, mas procurem demonstrar com trabalho, luta, dedicação e, principalmente, emoção de estar trabalhando nessa corrente. Eu lhe garanto que a recompensa será só sua. Falange Protetora Retirado do livro “Umbanda é Luz” de Wilson T. Rivas Defumação com Incenso: O incenso é um dos perfumes místicos por excelência, pode ser queimado em qualquer ritual inclusive sozinho; é o perfume da redenção de Nosso Senhor e da glória de Nossa Senhora. É o perfume dos anjos! Com ele poderá ser invocado as mais altas entidades da Aruanda. Defumação com Benjoin: O benjoin é o perfume dos intelectuais, o perfume da inspiração dos poetas, dos escritores, dos trabalhos mentais e artísticos; é o perfume dos filhos de Xangô e associado ao incenso também é o perfume de Cosme e Damião. Também poderá ser queimado sozinho ou associado ao incenso pois juntos têm o poder de inspirar as pessoas a mentalizarem coisas que elas desejam. Defumação com Mirra: Sempre evitamos o uso de mirra em nossas defumações pois este perfume representa a vida e a morte terrena; deve ser usada somente em defumações especiais, no ritual do primeiro batismo e nos rituais de pompas fúnebres. Aqueles que gostam de trabalhar com a linha das almas é que a usam muito. Por Mãe Mônica Caraccio www. umbandacarismatica.org.br JUCA Jornal de Umbanda Carismática 10 - Julho/2012 ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES www. umbandacarismatica.org.br JUCA Jornal de Umbanda Carismática Julho/2012 - 11 (11) 2063-6464 Imagens, Guias e Colares de UMBANDA e CANDOMBLÉ l A N Ç A M E N TO INCENSO Queima Sem Brasa LUAR produzido com resinas de altíssima qualidade aroma incomparáveL - Alfazema - Sorte - Vence Tudo - Chama Dinheiro - Quebra Demanda - Abre Caminho - entre vários outros aromas 12 - Julho/2012 JUCA Jornal de Umbanda Carismática Por falta de dia específico de trabalho (muitas casas já o fazem), o Povo do Oriente atua entre os Exus (confundindo-se/misturando-se aos Exus Ciganos) para esclarecimento e prática da caridade. Este povo subordina-se a Xangô Caô (São João Batista, o evangelizador) em trabalhos de cura, esclarecimento e bondade. Nos casos graves de infestação de quiumbas e obsessores, o Povo do Oriente entra em ação, retirando-os, pois domina-os admiravelmente. Sua guia é cor-de-rosa e são compostos por espíritos de grandes conhecimentos, envergadura moral e luz. É comum, por falta de oportunidade de trabalho específico nas casas de Umbanda, tomarem formas de pretos-velhos e caboclos para dirigirem-se ao povo na caridade. Notamos os seguintes povos: balham para amor, dinheiro e felicidade. São conhecedores profundos da magia cigana e européia. a de um grande matemático de que já ouvimos falar). Zartur, são mestres na sabedoria oriental e excelentes doutrinadores. Chefiam falanges de cura espiritual e material. Nelas vêm espíritos ligados ao espiritismo kardecista, padres, magos cientistas do Oriente. Incluem-se também nelas entidades da Assíria, Caldéia, Persas e outros povos do Oriente Antigo. São hábeis doutrinadores e profundos conhecedores da magia negra e branca, do qual são mestres. Povo Médico e Cientista, chefiados por José de Arimatéia, comandam falanges que aprimoram (antes de serem conhecidas no plano material) descobertas científicas para o avanço da humanidade. Agrega todos aqueles que dedicaram suas vidas em prol do conhecimento humano para o bem. Falange dos Maias e Toltecas chefiados por Itaraici. Falange dos Egípcios, AstePovo Hindu, chefiados por cas, Incas chefiados por Inhoari. Falange dos Árabes e Marroquinos chefiados por Jimbaruê. Povo Cigano do Oriente Assemelha-se em funções ao Povo (usam frutas em suas oferendas, vinhos licorosos, usam facas como firmadores magnéticos à semelhança de ponteiras de aço, não usam a cor preta nas vestes, entabulam portunhol, são calorosos e gentis). Tra- Hindu quanto ao aspecto doutrinário. Japoneses, Chineses, Mongóis e Esquimós chefiados por Ori do Oriente. A única entidade japonesa (provavelmente esta Linha é Falange dos Índios Caraíbas, Gauleses, Romanos e antigos povos europeus, chefiados pelo Imperador Romano Marcus. Do mesmo modo, há pretosvelhos orientais, há caboclos do Oriente (os “Oguns do Oriente”) que se apresentam sob a forma de árabes, sarracenos ou soldados romanos antigos na atividade de guarda e proteção ao trabalho destas falanges. Retirado do livro “Umbanda: crença, saber e prática” de Míriam de Oxalá (Míriam Prestes) ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES LINHA DO ORIENTE www. umbandacarismatica.org.br ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES www. umbandacarismatica.org.br Oração Para o Povo do Oriente Salve ó Bandeira Branca, Salve São João Batista, Salve estrela de David, e seus seis lados, Mestre Jesus, Buda, Sta. Maria Madalena, Sta. Sara Kali, São Lázaro, arcanjos, serafins, querubins, anjos protetores nos auxiliem neste momento, nesta corrente de luz, rogai ao universo, a Arquiteto do Alá, em nosso favor e, levai nossos pedidos (mencionar o pedido) para que ele seja aceito Somos capazes?... Engolindo o choro . São Miguel, São Rafael, São Gabriel, Baltazar, Melchior, Gaspar, Reis do oriente, venham nos ajudar forças egípcias, chinesas, indianas, árabes, ciganos, beduínos, videntes, profetas, magia de ponto, de pó, astrologia, pura manifestação das almas batizadas em águas sagradas. Salve o Povo do Oriente! Salve os quatro cantos do mundo! Guerreiros, reis, príncipes, Santos e Santas do bem, doutores de branco, doutores da lei, mandamentos sagrados, sangue, suor, vitória de homens coroados. Baptista é quem nos comanda, fonte de pura energia, pirâmides preciosas, rosas brancas no deserto, luz em nossas vidas, amparo de almas, linha branca bendita. Assim seja!!! Julho/2012 - 13 JUCA Jornal de Umbanda Carismática Em 1941, a viúva de José Cândido Xavier, Geni Pena, enlouqueceu. As rezas, os passes, as sessões de leitura do Evangelho no Centro Luiz Gonzaga foram inúteis. Chico teve de internar a cunhada num hospício em Belo Horizonte. Arrasado, ele acompanhou a doente até o quarto, ficou ao seu lado algumas horas e voltou para casa à noite. Estava arrasado. O filho caçula da moça, paralítico, chorava na cama, sozinho. Chico se ajoelhou e começou a rezar. As lágrimas corriam, ele se lembrava do irmão, se sentia culpado, impotente. De repente, Emmanuel entrou em cena, incomodado com a choradeira: - Por que você chora? Chico contou o drama da cunhada, lamentou a situação do sobrinho e foi interrompido por um sermão do recémchegado: - Não. Você está chorando por seu orgulho ferido. Você aqui tem sido instrumento para cura de alguns casos de obsessão, para a melhoria de muitos desequilibrados. Quando aprouve ao Senhor que a provação viesse para debaixo de seu teto, você está com o coração ferido, porque foi obrigado a recorrer à assistência médica, o que, aliás, é muito natural. Uma casa de saúde mental, um hospício, é uma casa de Deus. ...Chico foi! Chico ouviu as críticas em silêncio, mas, entre um soluço e outro, pediu a recuperação da cunhada o mais rápido possível. O discurso se estendeu: - Imaginemos a Terra como sendo o Palácio da Justiça, e a mulher de José como sendo uma pessoa incursa em determinada sentença da justiça. Eu sou o advogado dela e você é serventuário do Palácio da Justiça. Nós estamos aqui para rasgar ou para cumprir o processo? - Para cumprir – respondeu Chico e, ainda aos prantos, insistiu: - O senhor tem que saber que ela é minha irmã também. Emmanuel perdeu a paciência de vez: - Eu me admiro muito, porque, antes dela, você tinha lá dentro, naquela casa de saúde, trezentas irmãs e nunca vi você ir lá chorar por nenhuma. A dor Xavier não é maior do que a dor Almeida, do que a dor Pires, do que a dor Soares, a dor de toda a família que tem um doente. Se você quer mesmo seguir a doutrina que professa, em vez de chorar por sua cunhada, tome o seu lugar ao lado da criança que está doente, precisando de calor humano. Substitua nossa irmã e exerça, assim, a fraternidade. Chico engoliu o choro, enxugou o rosto e abraçou o sobrinho. Retirado do livro: As vidas de Chico Xavier de Marcel Souto Maior www. umbandacarismatica.org.br JUCA Jornal de Umbanda Carismática 14 - Julho/2012 ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES www. umbandacarismatica.org.br JUCA Jornal de Umbanda Carismática Os cinco maiores arrependimentos dos pacientes terminais Julho/2012 - 15 Recentemente foi publicado nos Estados Unidos um livro que tem tudo para se transformar em um best seller daqueles que ajudam muita gente a mudar sua forma de enxergar a vida. The top five regrets of the dying (algo como “Os cinco principais arrependimentos de pacientes terminais”) foi escrito por Bonnie Ware, uma enfermeira especializada em cuidar de pessoas próximas da morte. Para analisar a publicação, convidamos a Dra. Ana Cláudia Arantes – geriatra e especialista em cuidados paliativos do Einstein – que comentou, de acordo com a sua experiência no hospital, cada um dos arrependimentos levantados pela enfermeira americana. Confira abaixo. 1. Eu gostaria de ter tido coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim. “À medida que a pessoa se dá conta das limitações e da progressão da doença, esse sentimento provoca uma necessidade de rever os caminhos escolhidos para a sua vida, agora reavaliados com o filtro da consciência da morte mais próxima”, explica Dra. Ana Cláudia. “É um sentimento muito frequente nessa fase. É como se, agora, pudessem entender que fizeram escolhas pelas outras pessoas e não por si mesmas. Na verdade, é uma atitude comum durante a vida. No geral, acabamos fazendo isso porque queremos ser amados e aceitos. O problema é quando deixamos de fazer as nossas próprias escolhas”, explica a médica. “Muitas pessoas reclamam de que trabalharam a vida toda e que não viveram tudo o que gostariam de ter vivido, adiando para quando tiverem mais tempo depois de se aposentarem. Depois, quando envelhecem, reclamam que é quando chegam também as doenças e as dificuldades”, conta. 2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto. “Não é uma sensação que acontece somente com os doentes. É um dilema da vida moderna. Todo mundo reclama disso”, diz a geriatra. “Mas o mais grave é quando se trabalha em algo que não se gosta. Quando a pessoa ganha dinheiro, mas é infeliz no dia a dia, sacrifica o que não volta mais: o tempo”, afirma. “Este sentimento fica mais grave no fim da vida porque as pessoas sentem que não têm mais esse tempo, por exemplo, pra pedir demissão e recomeçar”. Dica da especialista 3. Eu gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos. “Quando estão próximas da morte, as pessoas tendem a ficar mais verdadeiras. Caem as máscaras de medo e de vergonha e a vontade de agradar. O que importa, nesta fase, é a sinceridade”, conta. “À medida que uma doença vai avançando, não é raro escutar que a pessoa fica mais carinhosa, mais doce. A doença tira a sombra da defesa, da proteção de si mesmo, da vingança. No fim, as pessoas percebem que essas coisas nem sempre foram necessárias”. “A maior parte das pessoas não quer ser esquecida, quer ser lembrada por coisas boas. Nesses momentos finais querem dizer que amam, que gostam, querem pedir desculpas e, principalmente, querem sentir-se amadas. Quando se dão conta da falta de tempo, querem dizer coisas boas para as pessoas”, explica a médica. 4. Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos. “Nem sempre se tem histórias felizes com a própria família, mas com os amigos, sim. Os amigos são a família escolhida”, acredita a médica. “Ao lado dos amigos nós até vivemos fases difíceis, mas geralmente em uma relação de apoio”, explica. “Não há nada de errado em ter uma família que não é legal. Quase todo mundo tem algum problema na família. Muitas vezes existe muita culpa nessa relação. Por isso, quando se tem pouco tempo de vida, muitas vezes o paciente quer preencher a cabeça e o tempo com coisas significativas e especiais, como os momentos com os amigos”. “Dependendo da doença, existe grande mudança da aparência corporal. Muitos não querem receber visitas e demonstrar fraquezas e fragilidades. Nesse momento, precisam sentir que não vão ser julgados e essa sensação remete aos amigos”, afirma. 5. Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz. “Esse arrependimento é uma conseqüência das outras escolhas. É um resumo dos outros para alguém que abriu mão da própria felicidade”. “Não é uma questão de ser egoísta, mas é importante para as pessoas ter um compromisso com a realização do que elas são e do que elas podem ser. Precisam descobrir do que são capazes, o seu papel no mundo e nas relações. A pessoa realizada se faz feliz e faz as pessoas que estão ao seu lado felizes também”, explica. “A minha experiência mostra que esse arrependimento é muito mais dolorido entre as pessoas que tiveram chance de mudar alguma coisa. As pessoas que não tiveram tantos recursos disponíveis durante a vida e que precisaram lutar muito para viver, com pouca escolha, por exemplo, muitas vezes se desligam achando-se mais completas, mais em paz por terem realmente feito o melhor que podiam fazer. Para quem teve oportunidade de fazer diferente e não fez, geralmente é bem mais sofrido do ponto de vista existencial”, alerta. “Minha dica é a seguinte: se você pensa que, no futuro, pode se arrepender do que está fazendo agora, talvez não deva fazer. Faça o ca“O que fica bastante claro quando vejo histórias como essas é que as minho que te entregue paz no fim. Para que no fim da vida, você possa pessoas devem refletir sobre suas escolhas enquanto têm vida e tempo dizer feliz: eu faria tudo de novo, exatamente do mesmo jeito”. para fazê-las”. enviado por Paula Oliveira 16 - Julho/2012 Havia certa vez um homem que dizia o nome de Deus. Quando o coração lhe doía por uma criança que chorava, ou por um pobre que mendigava, ele andava até a floresta, acendia o fogo, entoava canções e dizia as palavras. E Deus o ouvia... O tempo passou. Voltou à mesma floresta. Mas não carregava fogo nas mãos. Só lhe restou cantar as canções e dizer as palavras. E Deus o atendeu ainda assim. Um tempo mais longo se foi. Sem fogo nas mãos, sem forças nas pernas, não alcançou a floresta. Mas do seu quarto saíram as mesmas canções e as mesmas palavras. E Deus lhe disse que sim. Chegou a velhice. Nem floresta nem fogo ou canções. Restaram as palavras. E o mesmo milagre ocorreu. Por fim, sem fogo ou floresta, sem canção ou palavras. Só mesmo o infinito desejo e o silêncio: e Deus atendeu... O Guia É um Ser Espiritual desig nado para nos guiar e orientar. Nos aju da no discernir situaçõe s, direcionandonos sempre para um ca minho de fé, amor e tra balho religioso. O Mentor É um Ser Espiritual que tem a função de nos ensinar, aconselhar e orientar so bre a Eterna Sabedoria Divina. Ex ecuta ações relacionad as à evolução do ser humano e da hu manidade. O Protetor É um Ser Espiritual que devido a sua ligação de amor e cumprimen to das Leis Divinas, protege-nos das for ças negativas não perm itindo que as ações malignas exerçam sua influência negativa. É a proteção espiritual que todos têm e sentem, independente de religião , crença ou fé. Por Mãe Mônica Carac cio O Guia guia o Mentor inspira o Protetor protege e você, faz o que??? FALSA MEDIUNIDADE animismo Toda e qualquer expressão de mediunidade exige disciplina, educação, correspondente conduta moral e social do No qual o médium pensa que está incorporado com uma entidade, mas na realidade está vazio: ele está apenas sugestionado. Isso acontece com médium mal preparados, com aqueles que não cumprem suas obrigações de desenvolvimento: não se concentram, não mentalizam, não renovam as suas imantações, não se preparam. Para evitar o animismo, basta cumprir todos os passos da preparação correta. seu portador, a fim de facultar-lhe a sintonia com Espíritos Superiores. O médium irresponsável, não é apenas aquele que, ignorando os recursos de que se encontra investido, gera embaraços e perturbações, tombando nas malhas da própria mistificação pusilanimidade, mas também, aqueles outros que, Existe mas, felizmente, é uma minoria dos casos. Ela pode se apresentar de forma direta ou indireta. esclarecidos da gravidade do compromisso, se permitem - Mistificação Direta ocorre quando o médium, com má fé e propositalmente, mistifica, finge, engana propositadamente; esta é uma das condições mais baixas de um médium, e é inadmissível. - Mistificação Indireta ocorre quando é o espírito quem mistifica, embora o médium esteja agindo corretamente. Pode acontecer, por exemplo, que um espírito de pouca vibração se apresente como uma alta entidade do astral e comece a dar conselhos errados. O espírito mistificador pode ser identificado porque o trabalho mediúnico ocorre de forma diferente da habitual; para evitá-lo, o médium deve ser bem preparado, de modo a poder identificar os sintomas de aproximação das várias entidades. retirado do livro “Umbanda - A caminho da luz” de Paulo Newton de Almeida Ed. Pallas deslizes morais, veleidades típicas do caráter doentio, terminando vitimados pelas obsessões cruéis. Manoel Philomeno de Miranda (espírito) psicografia de Divaldo Franco ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES E DEUS ATENDEU... Por Rubem Alves www. umbandacarismatica.org.br JUCA Jornal de Umbanda Carismática ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES Motumbá www. umbandacarismatica.org.br JUCA Jornal de Umbanda Carismática Julho/2012 - 17 LIVRARIA E ARTIGOS RELIGIOSOS Artigos de Umbanda, Candomblé e Esotéricos; Roupas Brancas; Camisetas Exclusivas; Livros; Imagens; Ervas; Pedras; Incensos; Guias; Velas a Preços Imbatíveis e muito mais... R. PARACATU 206 AV. 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