ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA O DIRETOR DE TURMA E A RELAÇÃO ESCOLA/FAMÍLIA ANÁLISE DOS RESULTADOS DO INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO Directores de Turma do Ensino Secundário 2010/11 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA 1. Introdução No âmbito dos objetivos explicitados no Contrato de Autonomia da Escola Secundária Eça de Queirós (ESEQ) ‐ diminuir as taxas de abandono escolar, melhorar dos resultados escolares, bem como otimizar a qualidade de serviço prestado à comunidade escolar, a ESEQ decidiu elaborar e aplicar um inquérito por questionário aos respetivos diretores de turma. O diretor de turma (DT) assume‐se como elemento chave na relação educativa escola‐
família, uma vez que a sua ação se desenvolve junto de todos os intervenientes nela envolvidos: alunos, professores, pais, funcionários e estruturas de orientação e apoio educativo. Neste sentido, a ESEQ decidiu ampliar e aprofundar o conceito segundo o qual a atuação do DT influencia o conhecimento que a escola tem das famílias dos alunos, em particular na relação com os encarregados de educação (EE), e promove a relação escola/família. Desta forma, apresenta‐se como oportuno conhecer as motivações subjacentes ao exercício do cargo de DT, as relações estabelecidas com os vários atores educativos, aprofundar estratégias que os DT utilizam para conhecer as famílias dos alunos, bem como os benefícios/desvantagens que esse conhecimento pode trazer à relação escola/família. O objetivo primordial deste trabalho a construção de um instrumento de observação e análise da relação educativa (sob a forma de um questionário) que permitisse identificar as conceções e práticas referidas pelos DT na relação com as famílias dos alunos de modo a, conhecendo‐as melhor, podermos intervir de forma a melhorar o sucesso escolar, reduzir o abandono escolar e prestar um melhor serviço à população. Foram definidos como objetivos específicos: − Perceber a importância atribuída pelos DT ao conhecimento das famílias; − Analisar a forma como a escola está organizada para receber, acolher, e promover a participação dos EE; − Identificar razões que levam os DT a chamar os EE e quais as estratégias que desenvolvem para incentivar a sua participação; − Descrever as conceções de direção de turma e de colaboração escola‐família preconizadas pelos DT; − Conhecer as estratégias que os DT utilizam para se relacionarem com as famílias; − Perceber como transmitem as informações recolhidas aos restantes elementos do Conselho de Turma (CT) e às outras estruturas de orientação educativa; − Identificar os tipos de colaboração escola‐família com as estratégias implementadas pelos DT para conhecerem as famílias dos alunos; − Apreender algumas perceções sobre as vantagens e inconvenientes da relação escola‐
família. O presente estudo foi aplicado a todos os Diretores de Turma da ESEQ (39 DT de 44 turmas), tendo sido coordenado pelas Coordenadoras dos Diretores de Turma – Margarida Almeida e Albertina Anjo – que também elaboraram o inquérito e analisaram os seus resultados. O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 2 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA 2. Metodologia Este estudo contou com a colaboração dos DT do Ensino Secundário. Dado que existe apenas uma turma do Ensino Básico, e sendo a Diretora desta turma também responsável pelo tratamento de dados, entendeu‐se que a mesma não deveria fazer parte da amostra. Assim, o universo inicial de 39 directores de turma passou a ser de 38 (5 têm a seu cargo duas turmas cada), tendo 36 preenchido e devolvido o questionário, representando uma taxa de retorno de 94,7%. O inquérito por questionário insere‐se num estudo relativo ao tema “O diretor de turma e a relação escola‐família”, destinando‐se a recolher a opinião dos DT da ESEQ. As questões caracterizavam‐se por duas tipologias de respostas: catorze grupos com respostas fechadas e quatro grupos com respostas abertas. Relativamente às questões de resposta fechada, os inquiridos expressaram a sua opinião referindo‐se à frequência da ação que se pretendeu avaliar, expressa numa escala com as seguintes correspondências: 1‐
2‐
3‐
4‐
5‐
Nunca, Raramente, Ocasionalmente Frequentemente Sempre No que concerne às respostas abertas, pretendeu‐se que os DT apresentassem o seu parecer relativamente às questões apresentadas, sem condicionar as hipóteses de resposta, de modo a tornar mais livre e profícuo o âmbito de reflexão, partindo do individual para o global. Pretendeu‐se que os DT respondessem às questões numa perspetiva de apresentar uma visão global sobre as suas vivências, um conjunto de perceções relativo ao desempenho deste cargo e possíveis sugestões para o otimizar, sem a preocupação em quantificar rigorosamente situações vividas. De notar que cada DT elabora no final do ano um relatório circunstanciado sobre o trabalho desenvolvido na direção de turma, não sendo este inquérito um instrumento que pretenda duplicar as informações aí constantes. As respostas obtidas foram registadas numa folha de cálculo, foi contabilizado o número de escolhas que obteve cada um das opções, sendo esses valores apresentado em números e/ou transformados em percentagens Os resultados decorrentes das respostas dadas pelos 36 DT sobre “O diretor de turma e a relação escola‐família” são apresentados sob a forma de gráficos e tabelas. Os dados foram compilados pelas Coordenadoras dos Diretores de Turma, que elaboraram os inquéritos e redigiram o presente relatório. O questionário aplicado encontra‐se anexo ao presente relatório. O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 3 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA 3. Tratamento da Informação 3.1.
Elementos de Referenciação Os DT da ESEQ apresentam muita experiência no exercício do cargo (Gráfico 1). De notar que a maior parte dos inquiridos possui uma experiência que se situa entre os 10 e os 24 anos. Gráfico 1 ‐ Anos de experiência como DT 0
1
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3
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5
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7
8
1 a 4 anos 5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 30 anos
Não …
Não 25 a 30 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos
responderam
N.º de Professores
2
3
6
6
5 a 9 anos
1 a 4 anos 7
4
8
Verifica‐se que a maior parte dos DT são do sexo feminino, sendo apenas 8 do sexo masculino. (Gráfico 2) Gráfico 2 – Distribuição dos DT por sexo Masculino
Feminino
22%
78%
O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 4 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA Os 36 DT distribuem‐se pelos três anos de escolaridade da seguinte forma, conforme se pode visualizar no Gráfico 3: Gráfico 3 ‐ N.º de DT por anos de escolaridade 14
13
13
12
12
11
11
10
10.º ano
11.º ano
12.º ano
No que diz respeito a ser DT a pedido do próprio, constata‐se que 73% desempenhou o cargo tendo indicado vontade em exercer tal função, contrariamente a 27% que afirma não ter solicitado o exercício desta incumbência (Gráfico 4). Gráfico 4 – Desempenho do cargo de DT por iniciativa própria Não
Sim
27%
73%
De acordo com a Tabela 1, ter um bom conhecimento sobre o enquadramento e normativos legais das funções de DT assume‐se como uma perceção frequente para um número elevado de DT (52%), enquanto 44% afirma ter sempre essa perceção. Apenas 1 DT (2,7%) afirma ter um bom conhecimento, ocasionalmente. Um número elevado de DT (58,3%) indica ter sempre um bom conhecimento sobre o meio envolvente da sua escola, alguns DT (33,3%) afirmam possuir esse conhecimento, frequentemente e apenas 3 (8,3%), ocasionalmente. No que diz respeito ao bom conhecimento sobre as famílias dos alunos, um número superior a metade dos DT (58%) refere ter frequentemente um bom conhecimento, um número reduzido (16,6%) assinala, sempre e alguns (25%), ocasionalmente. Tabela 1 – Conhecimento dos DT sobre legislação, meio e família Ter bom conhecimento sobre: Nunca Raramente Ocasionalmente Frequentemente Sempre Enquadramento e normativos legais 0 0 1 19 16 Meio envolvente da minha escola 0 0 3 12 21 0 0 9 21 6 Famílias dos alunos da direção de turma O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 5 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA Constata‐se que a maioria dos DT (Gráfico 5) gosta de exercer o cargo, destacando‐se o facto de metade assinalar esse gosto como sendo frequente, 25% indica gostar sempre, e 22% ocasionalmente. As principais razões apontadas que justificam o gosto pelo desempenho do cargo resumem‐se a: ‐ Um relacionamento mais próximo com alunos; ‐ A possibilidade de ajudar e acompanhar o processo educativo dos alunos; ‐ Um conhecimento mais aprofundado da tríade escola/família/alunos. Como fator de desagrado pelo exercício do cargo, foi referido, sobretudo, o excesso de burocracia. Gráfico 5 – Satisfação em ser DT Nunca
0%
Sempre
25%
Raramente
3%
Ocasionalmente
22%
Frequentemente
50%
O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 6 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA 3.2.
Questões Fechadas Quando questionados sobre a importância que a “Escola” atribui à função do DT, nos diversos itens apresentados, conclui‐se que a perceção dos DT face à importância que lhe é atribuída, nas escolas em geral e na ESEQ em particular, é elevada, tendo sido a maior parte das opções registadas no parâmetro Frequentemente e Sempre (Tabela 2). As respostas oscilam mais quando se questiona o cuidado especial na nomeação e acompanhamento dos DT na ESEQ, sendo que, ainda assim, a maior parte das respostas (63%) está situada no parâmetro Frequentemente. Tabela 2 – Importância dada à função do DT Importância dada à função do DT pela “Escola” Nunca Raramente Ocasionalmente Frequentemente Sempre Existe Reconhecimento sobre a importância dos DT nas Escolas 0 6 6 15 9 Existe cuidado especial na nomeação e acompanhamento dos DT na ESEQ 1 1 7 23 4 A ESEQ entende o DT como interface entre famílias, alunos e professores/Escola 0 1 1 14 20 Existe apoio da direção da ESEQ na resolução de problemas 0 0 1 11 24 O contributo do DT no processo educativo apresenta uma importância crucial de acordo com o exposto na Tabela 3. Porém, quando questionados sobre a importância do perfil pessoal no exercício do cargo, verifica‐se uma maior oscilação na avaliação efetuada, o que revela a não primazia das competências pessoais no desempenho profissional. Tabela 3 – Contributo do DT no processo educativo O DT tem um contributo no processo educativo: Nunca Raramente Ocasionalmente Frequentemente Sempre Relevante na interação e resolução de problemas com as famílias 0 1 5 14 16 Relevante para a resolução de problemas através da interação com os alunos 0 0 0 13 23 Relevante para a resolução de problemas através da interação com os outros professores 0 0 7 10 19 Relevante para a resolução de problemas através da interação com os EE 0 0 1 16 19 Determinado essencialmente pelo seu perfil pessoal 1 2 7 16 10 O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 7 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA Na relação/interação do DT com os alunos, os DT evidenciam uma grande disponibilidade e apoio na resolução de problemas, podendo os resultados obtidos no último indicador da Tabela 4 – “Ajudar os alunos na resolução de problemas com os EE” ‐ ser interpretado como uma preocupação de não intromissão no contexto familiar. Ainda neste âmbito, destaca‐se o Gráfico 6 que explicita claramente o encaminhamento dos alunos para os serviços específicos como prática consolidada e normalizada. Tabela 4 – Relação/interação do DT com os alunos O DT tem a preocupação de: Nunca Raramente Ocasionalmente Frequentemente Sempre Procurar saber as necessidades de acompanhamento dos alunos 0 1 1 16 18 Disponibilizar‐se para ouvir os alunos 0 1 4 9 22 Ajudar os alunos na resolução de problemas com os seus pares 0 0 3 9 24 Ajudar os alunos na resolução de problemas com os professores 0 0 2 10 24 Ajudar os alunos na resolução de problemas com os EE 0 3 8 9 16 Gráfico 6 – Encaminhamento para serviços específicos 35
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Nunca
0
Raramente
1
Ocasionalmente
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Frequentemente
Sempre
O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 8 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA A intervenção do DT junto dos EE na recolha e divulgação de informação também se afigura como uma prática interiorizada e recorrente estabelecida na comunicação DT/família (Tabela 5). Todavia, tal como sucedeu na Tabela 4, os DT parecem interferir em menor grau quando questionados sobre a frequência com que fornecem pistas para os EE ajudarem os seus educandos em casa (Gráfico 7). Tabela 5 – Relação/interação do DT com as famílias O DT, junto de EE, tem a preocupação de: Nunca Raramente Ocasionalmente Frequentemente Sempre Recolher informações sobre os alunos 0 0 1 12 23 Pedir a colaboração para a resolução de problemas
0 0 0 11 25 Informar sobre projetos, pessoas ou serviços 0 0 2 11 23 Gráfico 7 – DT que dão a conhecer aos EE formas de ajudar os educandos em casa 15
15
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Nunca
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Frequentemente
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O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 9 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA Quando inquiridos sobre os motivos impeditivos de uma maior participação na vida escolar por parte dos EE, os DT assinalaram com maior índice de frequência a vida profissional dos EE, a falta de tradição participativa dos EE e ainda o facto de estes julgarem que só são chamados à escola em caso de existirem problemas (Tabela 6). Este indicador sublinha a opinião dos DT sobre a confiança que os EE depositam na ESEQ, sendo este reforçado pela avaliação muito positiva feita relativamente à confiança que os EE têm nos professores. Tabela 6 – Opinião dos DT sobre os motivos que dificultam a participação dos EE na vida escolar Motivos apresentados: Nunca Raramente Ocasionalmente Frequentemente Sempre Falta de confiança nos professores 13 12 9 1 1 Dificuldade de transporte 2 13 16 5 0 Os EE consideram que a escola deve resolver os problemas dos seus educandos 0 3 12 19 2 Horários das atividades/reuniões 2 6 17 10 1 Falta de atividades, para além das reuniões convocadas pelos DT ou Direção da Escola 6 9 10 9 2 Os EE pensam só ser chamados quando há problemas 2 1 7 22 4 Pouca tradição participativa 0 0 6 22 8 Falta de interesse escolar pela vida do aluno 2 7 19 6 2 Trabalho/vida profissional 0 0 3 20 13 Quando confrontados com os cinco motivos (Gráfico 8) pelos quais os EE são chamados à escola, as perceções dos DT são as seguintes: ‐ Os EE são chamados uma vez (25) ou mais (9), por período, por questões de aproveitamento; ‐ O absentismo é a razão mais frequente que os DT indicaram para convocar os EE (18 DT indicaram a frequência máxima); ‐ Os EE nunca são chamados à escola, na opinião de 28 DT, para participar em atividades a eles dirigidas; ‐ A perceção dos DT relativamente à frequência com que convocam os EE por motivos de indisciplina ou de alteração de comportamentos, parece indicar que esta é pouco variável, dependendo do perfil de alunos que constituem a turma. O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 10 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA Gráfico 8 – Motivos pelos quais os EE são chamados e sua frequência 28
30
25
25
18
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13
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9
1011
7 7
9
9
6 6 6
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5
2
0
6
2
0
0
0
Indisciplina Alteração de comportamentos
Nunca
1 ou 2 vezes por ano
Aproveitamento
Absentismo
1 vez por período Organizar actividades para EE
2 ou + vezes por período
Do mesmo modo, e coincidindo com as perceções recolhidas no Gráfico 8, a perceção dos DT relativamente aos motivos pelos quais os EE se deslocam à escola (Tabela 7) tem que ver, sobretudo, com o aproveitamento/avaliação de final de período; a assiduidade/justificação de faltas e os contactos de rotina. Já no que diz respeito à menor frequência de contactos e motivos associados, os DT assinalaram os “Critérios de correção das provas de avaliação”, a “Integração do educando no grupo turma” e o “Pedido de acompanhamento do SPO”. Mais uma vez, parece que é da opinião dos DT que os EE revelam confiança nos professores e na escola que os educandos frequentam. Tabela 7 – Motivos do contato com DT, por iniciativa do EE Motivos apresentados: Nunca Raramente Ocasionalmente Frequentemente Sempre Metodologias dos professores 9 6 15 5 1 Avaliação de final de período 5 1 6 13 11 Critérios de correção das provas de avaliação
19 8 7 2 0 Integração do educando no grupo turma 4 12 15 5 0 Questões familiares 4 6 16 8 2 Problemas de saúde 3 2 21 8 2 Justificação de faltas 1 5 7 17 6 Insucesso escolar 2 6 16 11 1 Contacto de rotina 1 1 16 14 4 Pedido de acompanhamento do SPO 1 15 13 7 0 O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 11 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA Foi solicitado aos DT que se pronunciassem sobre as atitudes dos EE (Gráfico 9) aquando dos contactos estabelecidos com os DT. De facto, o diálogo e a cooperação prevalecem nas relações estabelecidas, apresentando a arrogância e a contestação uma frequência pouco significativa. Estas relações positivas parecem contribuir de modo inequívoco (Gráfico 10) para que se reforce a relação escola/família, a qual, para a maioria dos DT, contribui para o “aproveitamento e comportamento do aluno”, ”facilita o trabalho do professor” e “melhora o desempenho do professor”. Gráfico 9 – Atitude dos EE nos contatos com os DT 25
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20
19
18
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13
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9
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0 0 0
2 0
0
Diálogo/Cooperação
Nunca
Arrogância
Raramente
Ocasionalmente Contestação
Frequentemente
Sempre
Gráfico 10 – Vantagens da boa relação escola/família 25
20
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14
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Raramente
11
9
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Nunca
7
Ocasionalmente Frequentemente
Sempre
5
2
2
0 0
0 0
1
0
Aproveitamento e comportamento do aluno
Facilitação do trabalho do professor
Desempenho do professor
O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 12 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA Quando confrontados com as possíveis desvantagens resultantes da participação dos EE na ESEQ (Gráfico 11), apesar de pouco relevantes, os DT assinalaram aspetos relacionados com o processo de ensino/aprendizagem em sala de aula e consequentes efeitos na avaliação dos educandos: “Expressão de opiniões sobre questões pedagógicas sem o devido conhecimento”; “Pressão sobre a avaliação/classificação”; “Manifestação de descontentamento sem ouvir os professores.” Gráfico 11 – Desvantagens resultantes da participação dos EE 10
Expressão de opiniões sobre questões pedagógicas sem o devido conhecimento
Pressão sobre avaliação/classificação
13
11
10
14
Abuso nos contactos
3 0
9
23
20
7
12
8
4
20
12
4 0
Manifestação de descontentamento sem ouvir os professores
24
Utilização de conhecimentos pessoais a fim de ultrapassar a hierarquia do DT
Expressão de opiniões sobre a direcção da ESEQ
7
19
4
11
29
5
4
10
10
2 10
Expressão de opiniões sobre funções a desempenhar pelo DT
Agressão verbal 34
0
Nunca
Raramente
Ocasionalmente
5
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020
20
Frequentemente
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35
40
Sempre
É da perceção dos DT que a coordenação dos professores do CT (Tabela 8) se processa com frequência, nas diversas atividades desenvolvidas, sendo esta mais difícil quando tem em consideração a especificidade de cada turma e de cada aluno. Tendo em conta a relação com outros elementos das Estruturas de Orientação Educativa (Tabela 9), os DT manifestaram que estabelecem uma articulação consistente ao nível das referidas estruturas, bem como das famílias. Menos constante se afigura esta articulação quando os DT são inquiridos sobre a partilha de informação com os seus pares (Gráfico 12). Tabela 8 – Coordenação de atividades e dos professores do CT Atividades: Nunca Raramente Ocasionalmente Frequentemente Sempre Promoção da articulação de estratégias entre o conselho de turma 0 0 7 16 13 Promoção da discussão sobe critérios de avaliação e comportamento 0 0 6 18 12 Coordenação da adequação de atividades, conteúdos e métodos de trabalho a cada turma e a cada aluno 0 1 11 17 7 O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 13 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA Tabela 9 ‐ Relação/articulação com os outros elementos das Estruturas de Orientação Educativa Nunca Raramente Ocasionalmente Frequentemente Sempre Na relação/articulação: Estabelecimento de canais de comunicação com as estruturas de Orientação Educativa 0 0 4 11 21 Participar na discussão de estratégias a adotar com as famílias mais problemáticas 0 6 9 14 7 Cooperar na realização de planos de apoio com as famílias que deles necessitam 2 5 8 11 10 Gráfico 12 – Partilha de informação com outros DT 15
8
5
2
6
Apesar da variedade de “Tipo de contactos” apresentados na Questão 15, tratada no Gráfico 13, as opções assinaladas mostram um grande índice de utilização das mesmas. Salienta‐se a opção “Mensagens via internet (mail/moodle)” que revela um reduzido recurso a estas tecnologias como meio de comunicação. Gráfico 13 ‐ Contactos estabelecidos durante o ano letivo 2010/2011 com os EE Mensagens via internet (mail/moodle)
27
9
Mensagens orais através dos alunos
10
Encontros ocasionais com o DT
10
26
26
0
Documentos enviados pelo DT
36
15
Recados na caderneta/destacáveis de impressos
Não
21
1
Telefonemas
Expressão de opiniões sobre a direção da ESEQ
0
Atendimentos Individuais
0
Reuniões coletivas com os EE 0
0
Sim
35
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36
36
5
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25
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35
40
O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 14 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA 3.3.
Questões Abertas O instrumento utilizado deu a possibilidade, nas questões abertas, de apresentar vários descritores (3 possibilidades em cada uma das questão 6, 16 e 18; 5 possibilidades na questão 17), pelo que a apresentação dos mesmos sucede em função da sua frequência, sendo o cálculo da percentagem efetuado em função do número de inquiridos, os quais podem apresentar um leque de mais do que 1 descritor, sendo, deste modo, a percentagem calculada em função do universo de DT e não da totalidade do número de respostas apresentadas. Relativamente à questão n.º 6, foram sugeridas as atividades que a seguir se apresentam como reforço da relação da escola com a família: a) Um elevado número de DT (44,4%) indicou a realização de atividades pelos alunos, como meio privilegiado para chamar os Encarregados de Educação à escola. Foram referidas como exemplos de atividades as exposições de trabalhos, apresentações de projetos, peças de teatro, eventos desportivos, espetáculos de índole cultural e recreativa e feiras para venda de produtos. b) Um número considerável de DT (25%) referiu a importância e pertinência da realização de encontros/sessões de formação dirigidos aos Encarregados de Educação, no sentido de os sensibilizar e, também, responsabilizar pelo acompanhamento do percurso escolar dos seus educandos. Esta formação deveria ser dinamizada por especialistas na área da educação. c) A realização de uma festa de encerramento do ano escolar foi sugerida por um número reduzido de DT (5,6%). d) O reforço de canais/meios de comunicação entre Encarregado de Educação e DT foi apontado pelo mesmo número de DT (5,6%). Estes destacaram o recurso à plataforma Moodle, disponibilização do número de telemóvel pelo DT e contactos via e‐mail. e) O mesmo número de DT (5,6%) sugeriu realização de reuniões extraordinárias com os Encarregados de Educação nos casos de turmas problemáticas. f) Outras sugestões, registadas por apenas 1 DT (2,7%): • Reunião anual com professores do Conselho de Turma e Encarregados de Educação; • Melhores condições (espaço físico) de atendimento aos Encarregados de Educação; • Colaboração mais ativa com a Associação de Pais e consequente intervenção mais eficaz desta associação junto dos DT; • Reunião intercalar com os Encarregados de Educação para além das habituais do final de cada período; • Realização de conselhos de turma extraordinários no caso de turmas problemáticas. g) 50% dos DT não responderam a esta questão. O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 15 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA Gráfico 14 – Atividades de reforço da relação escola/família 50,0%
44,4%
25,0%
5,6%
5,6%
5,6%
2,7%
Na questão n.º 16, os DT assinalaram as seguintes dificuldades sentidas no desempenho da sua função (Gráfico 15): a) A falta de cooperação e de disponibilidade dos Encarregados de Educação no acompanhamento da vida escolar dos seus educandos, (47%); b) O excesso de burocracia, mormente o trabalho de índole administrativa e excesso de impressos a preencher, (44,4%); c) A falta de tempo para tratamento de assuntos inerentes a direções de turma problemáticas, (25%); d) Encontrar soluções para os problemas que envolvem alunos, Encarregados de Educação, professores do Conselho de Turma, órgãos de gestão intermédia e Direção da ESEQ (19,4%); e) Conseguir uma articulação eficaz entre escola e família, (8,3%); f) A constante alteração dos normativos legais, (8,3%); g) A falta de espaço privado para atendimento dos Encarregados de Educação, (8,3%); h) O tratamento do excesso de faltas dos alunos, (5,5%); i) O apoio insuficiente disponibilizado pelo Secretário do Conselho de Turma, (5,5%); j) Outras dificuldades (2,7% cada, correspondente a 1 DT) como: •
A interação com alguns professores do Conselho de Turma; O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 16 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA •
Ter 2 direções de turma; •
A falta de tempo para falar com os alunos individualmente; •
A aplicação de legislação inadaptada à realidade; •
Dificuldades de impressão na sala dos DT; •
Reuniões de CDT desnecessárias; •
A indisciplina dos alunos; •
Conjugar as responsabilidades do cargo DT com as tarefas de professor; •
Conseguir um bom ambiente entre alunos e professores do Conselho de Turma; •
A falta de reconhecimento da importância do papel de DT pelos pares; •
A heterogeneidade de comportamentos e estratégias pedagógicas dos diferentes professores do Conselho de Turma; •
A falta de reconhecimento e mérito profissional no desempenho do papel de DT por parte de instâncias superiores, de modo a contribuir para a progressão na carreira. •
Um DT afirmou não ser detentor de qualquer dificuldade. Gráfico 15 – Dificuldades sentidas no exercício da função de DT a) Falta de cooperação e de disponibilidade dos EE
47,0%
b) Excesso de burocracia
44,4%
c) Falta de tempo
25,0%
d) Encontrar soluções para os problemas 19,4%
e) Falta de uma articulação eficaz entre escola e família
8,3%
f) Constante alteração dos normativos legais
8,3%
g) Falta de espaço privado para atendimento dos EE 8,3%
h) Tratamento do excesso de faltas dos alunos 5,5%
i) Apoio insuficiente disponibilizado pelo Secretário
5,5%
j) Outras situações
l) Não responderam
2,7%
19,5%
O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 17 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA Na questão nº 17, foram mencionados os requisitos básicos no perfil de um DT. Os DT responderam de forma expressiva num grupo de características que foram referidas 10 vezes cada, como se comprova na Tabela 10: Tabela 10 – Requisitos do perfil do DT Requisitos básicos no perfil de um DT Total de respostas num universo de 36 % Motivado para o cargo 10 27,7% Com boa capacidade de se relacionar com todos
10 27,7% Organizado 10 27,7% Comunicador e dialogante 10 27,7% Saber ouvir 8 22,2% Rigoroso e humano 7 19,4% Capaz de resolver problemas 7 19,4% Interesse e empatia pelos alunos 6 16,6% Conhecedor da legislação 5 13,8% Líder 5 13,8% Simpático 5 13,8% Disponível 4 11,1% Responsável 4 11,1% Competente 4 11,1% Tolerante 3 8,3% Bom senso 3 8,3% Paciente 3 8,3% Bom observador 2 5,5% Bom professor 1 2,7% Relações públicas 1 2,7% Possuidor de autoestima e autoconfiança 1 2,7% Firme e amigo 1 2,7% Atento e informado 1 2,7% Capaz de prevenir situações problemáticas 1 2,7% Mediador do processo educativo 1 2,7% Domínio de informática 1 2,7% Boa memória 1 2,7% Discreto 1 2,7% Frontal 1 2,7% Empenhado 1 2,7% Assumir‐se como “cara” da ESEQ 1 2,7% Referências O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 18 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA No que concerne à questão nº 18, os DT pronunciaram‐se relativamente às práticas inovadoras que contribuem para a otimização do desempenho do cargo de DT. Das respostas recolhidas e de acordo com o Gráfico 16 verificou‐se que: a) Um número considerável de DT (25%) sugeriu a implementação/adoção do livro de ponto eletrónico como instrumento facilitador do tratamento de faltas dos alunos. b) Alguns DT (11,1%) sublinharam a necessidade da redução de procedimentos burocráticos. c) Alguns DT (8,3%) referiram o lançamento informático de toda a informação relativa aos alunos e o acesso imediato à mesma pelos Encarregados de Educação. d) Um número reduzido de DT (5,5%) sugeriu a promoção de encontros entre Encarregados de Educação, professores e alunos da turma. e) O mesmo número de DT (5,5%) referiu que os registos de contacto com os Encarregados de Educação deveriam ser de preenchimento com cruzes, num regime mais simplificado. f) Cada uma das práticas abaixo registadas foi assinalada apenas por 1 DT (2,7%): • Criação de uma plataforma informática onde os serviços, articulados com a direção de turma (NAE e SPO), pudessem recolher informações, evitando o preenchimento de inúmeros formulários; • As reuniões de final de período com os Encarregados de Educação deveriam contar com a presença de todos os docentes do Conselho de Turma; • Realização de uma reunião anual (2º período) com os Encarregados de Educação e todos os docentes do Conselho de Turma; • Generalização do uso de correio eletrónico como meio de comunicação mais célere, mais económico e menos burocrático; • Cada DT deve gerir o seu horário de acordo com as necessidades da turma; • Retirar ao DT funções que são específicas de outros serviços da escola; • Melhorar as instalações para atender os Encarregados de Educação e trabalhar no serviço de direção de turma; • O programa de faltas deveria contemplar a marcação de faltas às aulas de apoio; • O desempenho como DT não carece de práticas inovadoras para ser otimizado. Gráfico 16 – Sugestões de práticas inovadoras para o exercício de DT a) Implementação/adopção do livro de ponto electrónico 25,0%
b) Necessidade da redução de procedimentos burocráticos
11,3%
c) Lançamento informático de informação dos alunos
8,3%
d) Promoção de encontros entre alunos, EE e professores
5,5%
e) Registos de contacto com os EE mais simplificados
5,5%
f) Outras situações
g) Não responderam
2,7%
41,0%
O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 19 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA 4. Conclusão Os resultados obtidos no presente inquérito por questionário são, na globalidade, bastante positivos, constatando‐se que a maioria dos DT revela gosto no desempenho desta função, a qual, também, na maioria dos casos, foi solicitada pelos mesmos. De salientar que a perceção global dos DT é a da valorização desta figura e do seu contributo primordial em todo o desenrolar do processo educativo. Apesar disto, foram assinalados alguns aspetos que merecem reflexão, a fim de otimizar exercício deste cargo deveras importante. Alguns DT referem, por exemplo, que a interferência dos EE na escola se verifica, sobretudo, quando pretendem tratar de questões relacionadas com o aproveitamento dos seus educandos. Assim, encontra‐se a seguir registado, em síntese, o conjunto de perceções dos DT acerca dos pontos fortes, dos pontos fracos e das sugestões relevados no presente relatório: Pontos Fortes Pontos Fracos • Bom conhecimento da legislação/meio/família • Apoio da Direção da ESEQ aos DT na resolução dos • Excesso de burocracia problemas • Reduzida partilha de informação com os pares • Cuidado especial na nomeação e acompanhamento dos DT na ESEQ • Quase inexistência de atividades destinadas aos EE • Articulação consolidada entre os DT e as estruturas de apoio educativo • Falta de cooperação e de disponibilidade dos EE no acompanhamento da vida escolar dos seus • Grande disponibilidade e apoio dos DT aos alunos e educandos famílias • Falta de tempo para tratamento de assuntos • Recolha e divulgação de informação sistemática inerentes a direções de turma problemáticas junto dos EE e dos membros do CT • Confiança dos EE na ESEQ e nos seus professores • Diálogo e cooperação dos EE na relação com os DT Sugestões • Desenvolvimento de meios informáticos aos níveis: ‐ da comunicação com os EE; ‐ da adoção do livro de ponto eletrónico com registo imediato no programa de faltas do DT; ‐ da criação de uma plataforma que permita manipular todos os dados inerentes às estruturas de apoio e outras, reduzindo a replicação no preenchimento de impressos. • Promoção de actividades para os EE; • Promoção de sessões de formação para os EE; • Realização de reuniões de EE mais frequentes no caso de turmas problemáticas; • Reforço do cuidado na nomeação dos DT. O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 20 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA Sendo da perceção geral que a boa relação entre a escola e a família favorece o bom aproveitamento e comportamento do aluno, facilita o trabalho do professor e o seu desempenho, é da vontade da ESEQ ir ao encontro das sugestões que tornem estes objetivos exequíveis. A aplicação e o preenchimento do questionário “O Diretor de Turma e a relação escola‐família” permitiram que os Diretores de Turma refletissem sobre as conceções e práticas na relação escola‐família e consequente análise por parte da Direção da Escola e das Coordenadoras de Directores de Turma. Os resultados obtidos poderão ser um contributo para a melhoria da qualidade de serviço prestado à comunidade escolar. A Coordenadora dos Directores de Turma do Ensino Básico – Margarida Costa Almeida A Coordenadora dos Directores de Turma do Ensino Secundário – Maria Albertina Anjo Póvoa de Varzim, 8 de Julho de 2011 O Director José Eduardo Lemos O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 21 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA Anexos O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 22 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA 5. Inquérito Caro(a) colega, Este questionário insere‐se num estudo relativo ao tema “O director de turma e a relação escolafamília”, destinando‐se a recolher a opinião dos Directores de Turma da ESEQ do Ensino Básico e Secundário. O questionário é anónimo. Não há, evidentemente, respostas certas ou erradas, sendo as mesmas tratadas no seu conjunto. Pretende‐se que as respostas dadas considerem uma experiência global como Director de Turma, à excepção das questões que se referem explicitamente ao presente ano lectivo. Pedimos que responda com sinceridade e clareza. Agradecemos a sua colaboração. Questionário Assinale a opção que corresponde à sua opinião. A escala varia entre 1 (pontuação mínima) e 5 (pontuação máxima). A escala apresentada refere‐se à frequência da acção que se pretende avaliar. Esta apresenta as seguintes correspondências: 1‐ nunca, 2‐raramente, 3‐ ocasionalmente, 4 ‐ frequentemente e 5 ‐ sempre. 1 1.a) 1.b) 1.c) 1.d) 1.e) 1.f) 1.g) Elementos de referenciação Possuo uma experiência de ________ anos como Director(a) de Turma (DT). Sexo: M_____ / F______ Sou DT de uma/ duas turma(s) do ______º ano. Actualmente, sou DT a meu pedido. S/N _________
Tenho um bom conhecimento sobre o enquadramento e normativos legais das funções de DT.
1 2 3 4 5
Tenho um bom conhecimento sobre o meio envolvente da minha escola.
1 2 3 4 5
Tenho um bom conhecimento sobre as famílias dos alunos da minha direcção de turma.
1 2 3 4 5
Gosto de ser DT. 1 2 3 4 5
Porque: 2 2.a) 2.b) 2.c) 2.d) 2.e) A minha opinião sobre a importância que a “Escola” dá à função do DT: Existe reconhecimento explícito sobre a importância dos DTs nas escolas.
Existe um cuidado especial na nomeação e acompanhamento dos DTs na ESEQ.
Existe articulação/troca de experiências entre os vários DTs na ESEQ.
A ESEQ entende o DT como interface entre Famílias, Alunos e Professores /Escola.
Existe apoio da Direcção da ESEQ na resolução de problemas.
3 Em minha opinião, o DT tem um contributo no processo educativo: 3.a) 3.b) 3.c) 3.d) 3.e) Relevante na interacção e resolução de problemas com as famílias.
A interacção com os Alunos é relevante para a resolução de problemas.
A interacção com os outros Professores é relevante para a resolução dos problemas.
A interacção com o Encarregado de Educação (EE) é relevante para a resolução dos problemas.
A eficácia do DT depende essencialmente do seu “perfil pessoal”.
O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família 1 2 3 4 5
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Página 23 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA 4 4.a) 4.b) 4.c) 4.d) 4.e) 4.f) Na minha relação/interacção com os alunos: Procuro saber quais as necessidades de acompanhamento dos alunos na escola e/ou em casa.
Disponibilizo‐me para escutar e apoiar os alunos em aspectos das suas vidas não directamente relacionados com a vida escolar. Ajudo os alunos a resolverem problemas com os restantes elementos da turma.
Ajudo os alunos a resolver problemas com os outros professores.
Disponibilizo‐me para ajudar os alunos a resolver problemas com os EE.
Encaminho os alunos com dificuldades para pessoas ou serviços que os possam ajudar a resolver problemas. 1 2 3 4 5
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Na minha relação/articulação com as famílias dos alunos: 5 5.a) 5.b) 5.c) 5.d) 5.e) Recolho junto dos EE informações importantes para o acompanhamento dos alunos.
Peço a colaboração dos EE para tentar solucionar problemas dos seus educandos(as).
Dou a conhecer aos EE formas concretas de ajudar os educandos(as) em casa.
Informo os EE sobre projectos, pessoas ou serviços que os possam ajudar a resolver problemas.
Outros: 1 2 3 4 5
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6 Na minha opinião, a relação da escola com a família pode ser reforçada através das seguintes actividades: 6.a) 6.b) 6.c) 7 7.a) 7.b) 7.c) 7.d) 7.e) 7.f) 7.g) 7.h) 7.i) 7.j) Considero que os motivos que dificultam a participação dos EE na vida escolar são: Falta de confiança nos professores. Dificuldades de transporte. Os EE julgam que a escola deve resolver os problemas dos seus educandos.
Horários das actividades / reuniões. Falta de actividades para além das reuniões convocadas pelos DT ou Direcção da Escola.
Os EE pensam que só são chamados quando há problemas.
Pouca tradição participativa. Falta de interesse escolar pela vida do aluno. Trabalho / vida profissional. Outro: 1 2 3 4 5
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8 Em média (estimativa), no conjunto da minha actual direcção de turma, convoco os EE pelos motivos e com a frequência seguintes: 8.a) Indisciplina Nunca 1/2 vezes por ano 1 vez por período 2 ou mais vezes por período 8.b) alteração de comportamentos 8.c) Aproveitamento
8.d) Absentismo
8.e) Organizar actividades para EE O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 24 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA 9 9.a) 9.b) 9.c) 9.d) 9.e) 9.f) 9.g) 9.h) 9.i) 9.j) 9.k) Motivos que conduziram ao contacto com o DT por iniciativa dos EE: Metodologias dos professores.
Avaliação de final de período.
Critérios de correcção das provas de avaliação. Integração do educando no grupo turma. Questões familiares. Problemas de saúde. Justificação de faltas. Insucesso escolar. Contacto de rotina. Pedido de acompanhamento do SPO. Outro: 1 2 3 4 5
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10 10.a) 10.b) 10.c) Segundo a minha percepção, nos contactos que estabeleço com os EE, estes costumam revelar: Diálogo / cooperação. Arrogância. Contestação. 1 2 3 4 5
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11 11.a) 11.b) 11.c) 11.d) Na minha opinião, as vantagens da boa relação escola‐família reflectem‐se: No aproveitamento e no comportamento do aluno.
Na facilitação do trabalho do professor. No desempenho do professor.
Outros: 1 2 3 4 5
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12 12.a) 12.b) 12.c) 12.d) 12.e) 12.f) 12.g) 12.h) 12.i) Situações que já me trouxeram inconvenientes resultantes da participação dos EE: Agressão verbal. Expressão de opiniões sobre funções a desempenhar pelo DT.
Expressão de opiniões sobre a Direcção da ESEQ. Utilização de conhecimentos pessoais para passar por cima da hierarquia do DT.
Manifestações de descontentamento sem ouvir os professores.
Abuso nos contactos. Pressão sobre avaliação / classificação. Expressão de opiniões sobre questões pedagógicas sem conhecimento devido.
Outros: 1 2 3 4 5
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13 13.a) 13.b) 13.c) Na coordenação das actividades e dos professores da minha direcção de turma: 13.d) Promovo a articulação de estratégias entre o Conselho de Turma.
Promovo a discussão sobre critérios de avaliação e comportamento.
Coordeno a adequação de actividades, conteúdos e métodos de trabalho à situação concreta do grupo‐turma e à especificidade de cada aluno. Outros: 1 2 3 4 5
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Página 25 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA 14 14.a) 14.b) 14.c) 14.d) 14.e) Na relação/articulação com os outros elementos das Estruturas de Orientação Educativa: Estabeleço canais de comunicação com as estruturas de Orientação Educativa. (SPO, NAE, …)
Participo na discussão de estratégias a adoptar com as famílias mais problemáticas.
Coopero na realização de planos de apoio com as famílias que deles necessitam.
Troco informações com outros DTs, a fim de procurar estratégias diversificadas para com as famílias dos alunos. Outros: 1 2 3 4 5
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15 Durante o presente ano lectivo mantive com os EE da turma que dirijo os seguintes contactos: (Se indicar sim, faça uma estimativa do número de vezes que ocorreram e indique‐o à frente) 15.a) 15.b) 15.c) 15.d) 15.e) 15.f) 15.g) 15.h) 15.i) Reuniões colectivas com EE. Atendimentos individuais. Telefonemas. Recados na caderneta / destacáveis de impressos. Documentos enviados pelo DT.
Encontros ocasionais com o DT. Mensagens orais através de alunos. Mensagens via Internet (mail / moodle). Outros. S/N ____ S/N ____ S/N ____ S/N ____ S/N ____ S/N ____ S/N ____ S/N ____ S/N ____ 16 16.a) 16.b) 16.c) Em meu entender, as três principais dificuldades do DT são as seguintes: 17 17.a) 17.b) 17.c) 17.d) 17.e) Em meu entender, os cinco requisitos básicos no perfil de um DT são os seguintes: 18 Na minha opinião, o desempenho do cargo de DT pode ser optimizado com as seguintes práticas inovadoras: 18.a) 18.b) 18.c) As coordenadoras dos DT O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 26 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA Índice Geral 1. Introdução .................................................................................................................................................... 2 2. Metodologia ................................................................................................................................................. 3 3. Tratamento da Informação .......................................................................................................................... 4 3.1. Elementos de Referenciação ............................................................................................................... 4 3.2. Questões Fechadas .............................................................................................................................. 7 3.3. Questões Abertas .............................................................................................................................. 15 4. Conclusão ................................................................................................................................................... 20 5. Inquérito ..................................................................................................................................................... 23 Índice Geral ......................................................................................................................................................... 27 Índice de gráficos ................................................................................................................................................ 27 Índice de Tabelas ................................................................................................................................................ 28 Índice de gráficos Gráfico 1 ‐ Anos de experiência como DT ........................................................................................................... 4 Gráfico 2 – Distribuição dos DT por sexo ............................................................................................................ 4 Gráfico 3 ‐ N.º de DT por anos de escolaridade .................................................................................................. 5 Gráfico 4 – Desempenho do cargo de DT por iniciativa própria ......................................................................... 5 Gráfico 5 – Satisfação em ser DT ......................................................................................................................... 6 Gráfico 6 – Encaminhamento para serviços específicos ..................................................................................... 8 Gráfico 7 – DT que dão a conhecer aos EE formas de ajudar os educandos em casa ........................................ 9 Gráfico 8 – Motivos pelos quais os EE são chamados e sua frequência ........................................................... 11 Gráfico 9 – Atitude dos EE nos contatos com os DT .......................................................................................... 12 Gráfico 10 – Vantagens da boa relação escola/família ..................................................................................... 12 Gráfico 11 – Desvantagens resultantes da participação dos EE ........................................................................ 13 Gráfico 12 – Partilha de informação com outros DT ......................................................................................... 14 Gráfico 13 ‐ Contactos estabelecidos durante o ano letivo 2010/2011 com os EE .......................................... 14 Gráfico 14 – Atividades de reforço da relação escola/família ........................................................................... 16 Gráfico 15 – Dificuldades sentidas no exercício da função de DT ..................................................................... 17 Gráfico 16 – Sugestões de práticas inovadoras para o exercício de DT ............................................................ 19 O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 27 ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS – PÓVOA DE VARZIM ‐ SERVIÇO DE DIREÇÃO DE TURMA Índice de Tabelas Tabela 1 – Conhecimento dos DT sobre legislação, meio e família .................................................................... 5 Tabela 2 – Importância dada à função do DT ...................................................................................................... 7 Tabela 3 – Contributo do DT no processo educativo .......................................................................................... 7 Tabela 4 – Relação/interação do DT com os alunos ............................................................................................ 8 Tabela 5 – Relação/interação do DT com as famílias .......................................................................................... 9 Tabela 6 – Opinião dos DT sobre os motivos que dificultam a participação dos EE na vida escolar ................ 10 Tabela 7 – Motivos do contato com DT, por iniciativa do EE ............................................................................ 11 Tabela 8 – Coordenação de atividades e dos professores do CT ...................................................................... 13 Tabela 9 ‐ Relação/articulação com os outros elementos das Estruturas de Orientação Educativa ................ 14 Tabela 10 – Requisitos do perfil do DT .............................................................................................................. 18 O Diretor de Turma e a Relação Escola/Família Página 28 
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O Director de Turma e a Relação escola/Família_2010/11