UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS - CCET CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL AMANDA GIL CARDOSO DE LIMA LARISSA BRITO DA SILVA ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTO ENTRE UMA UNIDADE HABITACIONAL CONVENCIONAL VERSUS UNIDADE HABITACIONAL SUSTENTÁVEL COM SELO CASA AZUL BELÉM 2013 AMANDA GIL CARDOSO DE LIMA LARISSA BRITO DA SILVA ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTO ENTRE UMA UNIDADE HABITACIONAL CONVENCIONAL VERSUS UNIDADE HABITACIONAL SUSTENTÁVEL COM SELO CASA AZUL Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade da Amazônia – UNAMA, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil, Orientador: Prof. M.Sc. André Clementino de Oliveira Santos. BELÉM 2013 AMANDA GIL CARDOSO DE LIMA LARISSA BRITO DA SILVA ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTO ENTRE UMA UNIDADE HABITACIONAL CONVENCIONAL VERSUS UNIDADE HABITACIONAL SUSTENTÁVEL COM SELO CASA AZUL Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade da Amazônia – UNAMA, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil, BANCA EXAMINADORA ________________________________________ ANDRÉ CLEMENTINO DE OLIVEIRA SANTOS, Prof. M.Sc. em Engenharia de Produção/PUC-RJ) (ORIENTADOR) ________________________________________ LUIZ EMERSON LIMA DA SILVA, Esp. Gestão Ambiental/UFPA – PA e Gerenciamento e Gestão da Qualidade na Industria da Construção Civil/UFPA (CAIXA ECONOMICA FEDERAL). ________________________________________ FRANCISCO CÉSAR BARROS, Esp. Tecnologia da informação – (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL). Apresentado em: 10/12/2013. Conceito: ______________________ BELÉM 2013 “Para conseguir grandes coisas, é necessário não apenas planejar, mas também acreditar; não apenas agir, mas também sonhar.” Anatole France – Escritor Francês. AGRADECIMENTOS À Deus, por fazer-se presente em minha vida e me guiar por esta caminhada. Aos meus pais, Rosane e Sérgio, que durante toda a minha vida estiveram ao meu lado, apoiando e incentivando-me a buscar meus sonhos, sem vocês eu não seria nada, essa vitória é nossa. À minha irmã e melhor amiga Cássia, que se tornou meu porto seguro, me ajudando a seguir em frente nos momentos de dificuldade. À minha família, por ser tão família, tão minha. Ao meu orientador, Mestre André Clementino de Oliveira Santos, por toda a paciência e dedicação. Por ter me aceitado como orientanda e me guiado nesse trabalho. Aos Mestres e Professores que conheci nesta Universidade, enriqueceram meu intelecto, dividindo comigo seus conhecimentos e experiências. A todos os Engenheiros, Arquitetos, Técnicos, Estagiários, Pedreiros, Carpinteiros, Ferreiros, Encanadores, Betoneiros e Serventes que me ajudaram a progredir como profissional. Ao meu namorado, Yuri Andrade, que foi de fundamental importância, por toda dedicação, apoio e principalmente paciência, obrigada por permanecer ao meu lado, nos momentos mais difíceis. A minha amiga e colega de trabalho, Larissa Brito, pela amizade, companheirismo, paciência e motivação durante todos esses anos, obrigada, sem você essa vitória não seria possível. Aos amigos, pela compreensão nos meus momentos de ausência e pelas infinitas demonstrações de carinho. AMANDA GIL CARDOSO DE LIMA AGRADECIMENTOS Agradeço a DEUS, por me guiar, me proteger e pelas oportunidades que me foram dadas na vida. A Ele, dirijo minha maior gratidão, por fazer de mim uma pessoa abençoada. Agradeço aos meus pais, Luis Carlos e Eliane, com imenso carinho, orgulho, admiração e respeito, por este momento de felicidade e realização. Vocês me deram a vida e me ensinaram a vivê-la com dignidade. Proporcionaram-me uma infância maravilhosa, cheia de alegrias e diversão, e uma vida acadêmica e adulta repleta de ensinamentos e responsabilidades, que levarei por toda a minha vida. Obrigada por sempre estarem ao meu lado, sendo compreensivos, amorosos e dedicados. Ao meu irmão, Luis Gustavo, aos meus familiares, e aos meus amigos pela companhia constante, pelas palavras de incentivo, pelos momentos de alegria, carinho, cuidado e amizade e, por torcerem sempre por mim. Ao meu namorado, Vitor, por ser meu grande companheiro, por me proteger e me dar força. Seu amor, carinho, incentivo, paciência e dedicação foram primordiais para esta conquista. Ao meu orientador, Mestre André Clementino de Oliveira Santos, pelos ensinamentos, amizade e paciência na condução deste trabalho. À minha amiga e companheira de TC, Amanda Gil por acreditar em mim e em nossa competência em realizar este trabalho, além de compartilhar momentos bons e difíceis desde o começo do curso. Obrigada pelo carinho, força e por me fazer rir diversas vezes. À Universidade da Amazônia, por ter sido minha segunda casa durante estes cinco anos. Aos Mestres e Professores que conheci graças a esta Universidade e que dividiram seus conhecimentos e suas experiências comigo. Aos colegas de curso, pelos cinco anos em que estivemos juntos, pelas experiências trocadas e por todos os momentos alegres que passassem juntos. O meu muito obrigado a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram na minha formação para que este sonho pudesse hoje ser realizado. Larissa Brito da Silva RESUMO O estudo apresentado consiste em analisar a implantação e desenvolvimento da sustentabilidade em empreendimentos habitacionais em construção no município de Vizeu, localizado no Nordeste do Estado do Pará. Trata-se de um conjunto habitacional que conta com 496 unidades habitacionais de baixa renda construídos com recursos do Minha Casa Minha Vida, programa do Governo Federal Brasileiro, que conta com gerenciamento do Ministério das Cidades e operacionalizado pela Caixa Econômica Federal. O estudo apresenta um comparativo entre a implantação de uma unidade habitacional convencional e uma unidade habitacional sustentável de acordo com as exigências do projeto Selo Casa Azul. Como resultado, o desenvolvimento do trabalho possibilitou analisar os custos envolvidos, sua instalação e operação desse sistema e sua viabilidade. Palavras-chave: Sustentabilidade; Análises de Custo; Caixa Econômica Federal; Casa de baixa renda. VII ABSTRACT The present study consists of analyzing the implementation and development of sustainability in housing projects under construction in the municipality of Vizeu, northeastern state of Pará. This is a housing estate that includes 496 low-income houses built with funds of the Minha Casa Minha Vida program of Brazilian Federal government, which includes management of the Ministry of Cities and is operated by the Caixa Economica Federal. The study compares the implementation of a conventional housing unit and a sustainable housing unit according to the project requirements of Selo Casa Azul. As a result, the development of work has enabled analyzing the costs involved, its installation and operation of this system and its feasibility. Keywords: Sustainability, Cost Analysis; Caixa Econômica Federal; Low-income Houses. VIII SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS LISTA DE GRÁFICOS LISTA DE TABELAS LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 1. INTRODUÇÃO 1.1. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA 1.2. JUSTIFICATIVA 1.3. HIPÓTESE 1.4. OBJETIVOS 1.4.1. Objetivo Geral 1.4.2. Objetivos Específicos 2. REFERENCIAL TÉORICO 2.1. SUSTENTABILIDADE 2.2. SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL 2.3. SUSTENTABILIDADE DO AMBIENTE E SUA CERTIFICAÇÃO 3. PROJETO SELO CASA AZUL – CAIXA ECONOMICA FEDERAL 3.1. SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO – SELO CASA AZUL 3.1.1. Pré-requisitos gerais de projetos 3.1.2. Categorias e critérios 3.2. CRITÉRIOS SELECIONADOS 3.2.1. Qualidade Urbana 3.2.1.1. Qualidade do Entorno – Infraestrutura 3.2.1.2. Qualidade do Entorno – Impactos 3.2.2. Projeto e Conforto 3.2.2.1. Paisagismo 3.2.2.2. Local para coleta seletiva 3.2.2.3. Equipamentos de Lazer Sociais e Esportivos 3.2.2.4. Desempenho Térmico – Vedações 3.2.2.5. Desempenho Térmico – Orientação do Sol e Ventos 3.2.2.6. Ventilação e Iluminação Natural de Banheiros 3.2.3. Eficiência Energética 3.2.3.1. Lâmpadas de Baixo Consumo – Áreas Privativas 3.2.3.2. Dispositivos Economizadores – Áreas Comuns 3.2.3.3. Sistema de aquecimento solar 3.2.3.4. Medição Individualizada – Gás 3.2.4. Conservação de Recursos Materiais 3.2.4.1. Qualidade de Materiais e Componentes 3.2.4.2. Componentes Industrializados ou pré-fabricados 3.2.4.3. Formas e Escoras Reutilizáveis 3.2.4.4. Gestão de RCD 3.2.4.5. Cimento de Alto Forno e Pozolânico 3.2.4.6. Pavimentação com RCD - Resíduos de Construção e Demolição 3.2.4.7. Facilidade de Manutenção da Fachada 3.2.4.8. Madeira Plantada ou Certificada 3.2.5. Gestão da Água 3.2.5.1. Medição Individualizada XI XII XIII XIV 15 15 15 17 17 17 17 18 18 20 22 25 25 26 27 29 30 30 31 33 34 34 35 35 36 37 37 38 38 39 39 40 40 41 41 42 43 44 44 45 46 46 3.2.5.2. Dispositivos Economizadores – Bacia Sanitária 3.2.5.3. Dispositivos Economizadores – Arejadores 3.2.5.4. Dispositivos Economizadores – Registro Regulador de Vazão 3.2.5.5. Aproveitamento de Águas Pluviais 3.2.5.6. Retenção de Águas Pluviais 3.2.5.7. Infiltração de Águas Pluviais 3.2.5.8.Áreas Permeáveis 3.2.6. Práticas Sociais 3.2.6.1. Educação para gestão de RCD 3.2.6.2. Educação Ambiental dos Empregados 3.2.6.3. Orientação aos Moradores 3.3. VERIFICAÇÃO DO ATENDIMENTO AOS CRITÉRIOS DO SELO 3.3.1. Uso da logomarca Selo casa Azul da CAIXA 4. ESTUDO DE CASO 4.1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO 4.1.1 Localização e acesso à área 4.1.2 O terreno estudado 4.1.3. Lotes 4.1.4. Sistema Viário 4.1.5. Ajardinamento e Arborização 4.1.6. Área de lazer 4.2. ORÇAMENTOS 4.3. ANÁLISE DE VIABILIDADE 5. CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXOS 46 47 48 49 50 51 52 53 53 53 54 55 56 57 57 57 57 58 58 58 59 59 62 70 73 76 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Mapa de localização do empreendimento e entorno imediato 31 Figura 2: Mapeamento de fatores de risco 33 Figura 3: Exemplo de dispositivo economizador, arejador 47 Figura 4: Componentes economizadores 49 Figura 5: Logomarcas do SCA 56 Figura 6: Grau de envolvimento do setor 66 XI LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Comparativo dos itens adicionados no novo orçamento 60 Gráfico 2: Comparativo dos serviços apresentados nos orçamentos 61 Gráfico 3: Preocupação da População em relação ao aquecimento global 68 XII LISTA DE TABELAS Tabela 1: Níveis de gradação do Selo Casa Azul 26 Tabela 2: Limites de avaliação e localidades para o selo nível bronze. 27 Tabela 3: Orçamento Resumido sem o SCA 59 Tabela 4: Orçamento Resumido com o SCA 60 Tabela 5: Comparativo dos valores adicionais 61 Tabela 6: Comparativo de gastos e lucros 65 Tabela 7: Visão do consumidor 66 XIII LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT ACV ART BREEAM CASBEE Associação Brasileira de Normas Técnicas Análise do Ciclo de Vida Anotação de Responsabilidade Técnica Building Research Establishment Environmental Assessment Method Comprehensive Assessment Sytem for Building Efficient CBCS CEF CMMAD Conselho Brasileiro de Construção Sustentável Caixa Econômica Federal Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente e CNUMAD Desenvolvimento CO2 Dióxido de Carbono CP Coeficiente de Permeabilidade CTE Centro de Tecnologia de Edificações DATec Documento de Avaliação Técnica DOF Documento de Origem Florestal GBTool Green Building Tool IP Índice Pluviométrico KPa Quilo pascal LEED Leadership in Energy and Environmental Design MCMV Minha Casa Minha Vida NBR Norma Brasileira OUT Outubro PBQP-H Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Hábitat PGRCC Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civi R$ Reais RCD Resíduos de Construção e Demolição RSD Resíduos Sólidos Domiciliares SCA Selo Casa Azul Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção SINAPI Civil SINAT Sistema Nacional de Avaliações Técnicas de Produtos Inovadores SINDUSCON Sindicato da Indústria da Construção Civil TBL Triple Bottomline XIV 15 1. INTRODUÇÃO 1.1 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA As empresas não estão sensíveis à questão ambiental, ou seja, elas investem em projetos que não levam em consideração técnicas que não agridam o meio ambiente, o que em longo prazo, trará consequências não só aos ecossistemas, mas também, às gerações futuras. Com relação a esse aspecto, a construção civil tem uma importância significativa em face da grande demanda do setor. Para Cunha e Guerra (2000), os impactos ambientais são, na grande maioria, causados pelo avanço das novas tecnologias, com o rápido crescimento da população e infraestrutura, as necessidades pois o de crescimento novas construções, desordenado que principalmente vem ocorrendo de sem infraestrutura adequada para recebê-lo, contribuiu bastante para vários danos ambientais observados atualmente. Outros dados importantes sobre o impacto da construção civil no meio ambiente foram destacados na revista "Notícias da Construção" do SINDUSCON-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), podendo-se destacar: Geração de 35 a 40% de todo resíduo produzido na atividade humana; A construção e reforma dos edifícios produzem anualmente perto de 400 kg por habitante, volume quase igual ao do lixo urbano; A produção de cimento gera de 8 a 9% de todo o CO2 emitido no Brasil, sendo 6% somente na descarbonatação do calcário. Por essas razões que a implantação desse tipo de projetos no âmbito da construção civil, é de grande importância para a preservação de recursos naturais, não só durante a execução e manutenção, mas como também, durante o uso dos mesmos. 1.2. JUSTIFICATIVA Segundo Laurimar Coelho, em reportagem publicada no site da Revista Techné, tem se que: “Ser sustentável no Brasil não é fácil. Muitos consumidores 16 duvidam da reputação e da qualidade dos produtos e serviços sustentáveis... acham que tudo o que é sustentável é mais caro e não tem ampla oferta no mercado, além de desconhecerem os critérios que os tornam verdes. No Brasil, apenas 29% das empresas desenvolvem alguma ação de modo a organizar uma rede de fornecedores socialmente responsáveis e 31% possuem políticas para efetivar "compras verdes”. Pesquisas realizadas por empresas de consultoria especializadas no segmento de construções sustentáveis mostram que empreendimentos verdes reduzem em até 30% o consumo de energia, em 50% o consumo de água, em 35% a emissão de CO2 e em até 90% o descarte de resíduos, além de garantir um ambiente interno mais saudável e produtivo”. “A China é mesmo um país de contrastes e muitas contradições. Ao mesmo tempo em que acrescenta quase 2 bilhões de metros quadrados de área construída por ano, em obras imponentes de todos os tipos, submete ainda mais da metade de sua população, de 1,3 bilhão de habitantes, a sobreviver com dois dólares por dia. São 700 milhões de pessoas nessa situação. Outros 90 milhões vivem com ainda menos, um dólar ao dia, de acordo com o Banco Mundial. E a base da pirâmide econômica chinesa, cerca de 120 milhões de trabalhadores, não recebe benefícios trabalhistas. Mas o número de ricos chineses, daqui a apenas três anos, deverá ser equivalente à soma atual das populações do Brasil, Argentina e Venezuela. A classe média já chega a 100 milhões de pessoas e deverá ter 400 milhões em poucos anos. Com tanta gente e tanto progresso, a questão ambiental preocupa o mundo. A China emite quase 14% dos gases que poluem a atmosfera e consome 34% do petróleo do planeta, o que tem tornado péssima a qualidade do ar das grandes cidades chinesas.” (REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO – Página 20, Edição Nº 62/Ano 6). Observa-se que a partir do estudo comparativo de custos que será realizado entre uma habitação convencional e outra habitação sustentável, poderá concluir se a certificação SCA encarece ou não o custo total do empreendimento. Caso essa certificação realmente eleve o valor final do projeto, vale ressaltar que após a entrega do imóvel de acordo com a CEF (2012), a certificação promove a redução de pelo menos 30% no consumo de energia e 40% no consumo de água. Além de diminuir os custos fixos mensais, ainda há a racionalização dos recursos naturais, sendo assim, com o passar dos anos essa economia mensal acaba por compensar o valor gasto na execução do projeto, onde trará novas 17 diretrizes no modo de se construir, fazendo com que a sociedade obtenha ações cada vez mais sustentáveis. 1.3. HIPÓTESE O custo de uma unidade habitacional sustentável não onera significativamente os orçamentos da obra, onde se devem incentivar as construtoras a adotarem projetos habitacionais que minimizem os impactos ambientais. 1.4. OBJETIVOS 1.4.1. Objetivo Geral Este trabalho tem como o objetivo principal comparar o custo da implantação de uma unidade habitacional convencional com uma unidade habitacional sustentável. 1.4.2. Objetivos Específicos Vários exemplos de que o mundo está à beira de um colapso ambiental já podem ser notados em diversos locais do planeta. E para minimizar esses impactos uma solução seria uma padronização na forma de pensar sobre os problemas mundiais. - Analisar os orçamentos de uma unidade habitacional convencional e uma unidade habitacional sustentável; - Identificar a variação percentual de custo entre os dois tipos de unidade habitacional; - Analisar os possíveis benefícios que podem beneficiar o empresário, se o mesmo aderir e se enquadrar no projeto SCA. 18 2. REFERENCIAL TÉÓRICO Neste capítulo serão apresentadas referenciais teóricos sobre sustentabilidade, certificações, Selo Casa Azul e características essenciais para a composição deste projeto. 2.1. SUSTENTABILIDADE O Desenvolvimento Sustentável, que tem como objetivo alcançar o atendimento às necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade das gerações futuras em atender suas próprias necessidades, embora largamente difundido, ainda vem sendo pouco empregado na indústria da construção civil. Segundo Colaço (2008), podem-se definir as cinco dimensões de um desenvolvimento sustentável da seguinte forma: - Sustentabilidade Social: criação de um processo de desenvolvimento sustentado por uma civilização com maior equidade na distribuição de renda e de bens, de modo a reduzir a diferença entre os padrões de vida de grupos sociais. - Sustentabilidade econômica: alcançada através da gestão e utilização mais eficientes dos recursos e de um fluxo constante de investimentos públicos e privados. - Sustentabilidade ecológica: alcançada através do aumento da capacidade de utilização dos recursos, limitação do consumo dos combustíveis fósseis e dos produtos facilmente esgotáveis e não renováveis, redução da geração de resíduos e da poluição, bem como reutilização e reciclagem dos recursos limitados. - Sustentabilidade espacial: dirigida para obtenção de uma configuração e distribuição tipo rural e urbana mais equilibrada e uma melhor e mais planejada distribuição geográfica dos grupos sociais, do patrimônio a edificar e da localização das novas atividades econômicas. - Sustentabilidade cultural: procura por raízes endógenas de processos de modernização e de sistemas agrícola integrados, que facilitem a geração de soluções especificas para o local, o ecossistema, a cultura e área. Existem diversas definições para o desenvolvimento sustentável. Segundo John (2010), todas apontam para o fato de que o desenvolvimento da humanidade nos últimos 250 anos, permitiu enormes ganhos em relação à expectativa e 19 qualidade de vida, porém vem alterando significativamente o equilíbrio do planeta e ameaça a sobrevivência da espécie. No meio acadêmico é consenso que a sobrevivência do planeta requer profundas transformações na sociedade industrial, com alterações nos padrões tecnológicos de produção, hábitos de consumo e até mesmo raízes culturais. É também consenso que a transformação da cadeia produtiva da construção é fundamental neste processo. A sustentabilidade já é o principal motor da inovação tecnológica em todos os setores, inclusive o da construção. Aqueles, empresas e profissionais, que se posicionarem na vanguarda colherão os principais benefícios. Está fartamente comprovado que as fontes de energia usualmente utilizadas, além de outras atividades do homem, estão em conflito com os sistemas naturais da Terra. Pode-se identificar nas notícias diárias: encolhimento de florestas, erosão de solos, expansão de desertos, aumento constante dos níveis de dióxido de carbono (CO2), queda de lençóis freáticos, aumento da temperatura, tempestades mais destrutivas, derretimento de geleiras, elevação do nível do mar, morte de recifes de coral e o início da maior extinção de plantas e animais desde o desaparecimento dos dinossauros, há 65 milhões de anos. Essas tendências, que assinalam uma relação cada vez mais conturbada entre a tecnologia e o ecossistema da Terra, estão causando prejuízos econômicos cada vez maiores e colocando em risco a sustentabilidade do planeta. Com o passar dos anos, esta situação poderá subjugar as forças mundiais do progresso e levar ao declínio econômico. Um dos grandes desafios da atual geração é conseguir reverter essas tendências, antes que a deterioração ambiental induza a um declínio econômico de longo prazo, como ocorreu com tantas outras civilizações anteriores. No Brasil, a dificuldade em preservar o meio ambiente é agravada pelos grandes desafios que o setor da construção civil ainda deve enfrentar em termos de déficit habitacional e infraestrutura para transporte, comunicação, abastecimento de água, saneamento, energia, atividades comerciais e industriais (DEGANI, 2010). Para Aulicino (2008) a construção civil é a principal responsável pelas modificações na paisagem natural, uma vez que é fornecedora de toda a infraestrutura para o desenvolvimento das atividades humanas. De acordo com Araújo (2009), a etapa de construção de um edifício responde por uma parcela significativa dos impactos negativos causados ao meio ambiente, 20 principalmente os consequentes às perdas de materiais e à geração de resíduos e os referentes às interferências na vizinhança da obra e nos meios físico, biótico e antrópico do local onde a construção é edificada. 2.2. SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL Desde o final do último milênio, cada vez mais tem aumentado a preocupação com meio ambiente em quase todo o mundo. As armas nucleares usadas na Segunda Guerra Mundial (1939/45) levaram o mundo a pensar coletivamente e, com seu término, a criação da Organização das Nações Unidas – ONU foi uma das manifestações dessa preocupação. Seu surgimento veio corroborar com a ideia de um planeta mais seguro e em paz, onde todas as nações pudessem viver em harmonia (CAMARGO, 2003). Contudo, além do risco das armas nucleares, foram identificados outros potenciais impactos globais. Tal atenção começou a ser manifestada por volta de 1968, quando ocorreu uma série de protestos estudantis – inicialmente na França, e depois em todo o mundo ocidental – contra o modelo de desenvolvimento socioeconômico do capitalismo industrial (CAMARGO, 2003). Na década de 1960, emergiu o ambientalismo, o qual teve como objetivo principal chamar a atenção para as consequências devastadoras que o desenvolvimento tecnológico de então poderia provocar em relação ao planeta e ao ser humano (CASTELNOU, 2010). O despertar ecológico intensificou-se a partir de então, especialmente com as crises do petróleo de 1972 e 1975, as quais apontaram para a fragilidade do modelo energético em que o progresso ocidental se assentava. Somou-se a isto o estudo da ONU sobre as possíveis mudanças climáticas, que levantaram novamente as questões ambientais como fundamentais para o quadro contemporâneo. Aos poucos, o ecologismo – em que se priorizava essencialmente a preservação da natureza, em uma atitude conservacionista ao extremo – transformou-se em ambientalismo, no qual já se incluía a ideia de um desenvolvimento equilibrado, unindo sociedade e meio ambiente. A conscientização ambiental disseminou-se, embora não de forma uniforme e global, passando-se do conceito de “ecodesenvolvimento” para o de “desenvolvimento sustentável”, surgido em meados da década de 1980 (CASTELNOU, 2010). 21 Em 1987, o Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CMMAD e publicado posteriormente com o título Our Common Future (“Nosso Futuro Comum”), apresentou uma nova perspectiva sobre o desenvolvimento mundial, que passaria a ser designado como “sustentável”. Esse novo modelo de desenvolvimento deveria “satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades” (BRUNDTLAND, 1992). Em 1992, como a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNUMAD, no Rio de Janeiro (RJ), a qual ficou mundialmente conhecida como ECO’92, passou-se a considerar não somente a preservação ambiental, mas também a equidade social e econômica, o que fez fortalecer o chamado “desenvolvimento socioambiental”. A partir de então, consideram-se também os direitos humanos juntamente com os aspectos da sustentabilidade. No atual movimento sócio ambientalista, percebe-se que a questão do desenvolvimento sustentável deve ser tratada de modo diferenciado em países ricos e países pobres ou subdesenvolvidos. Um fruto da ECO’92 foi a publicação da Agenda 21, que, mais que um documento, constitui-se numa proposta de planejamento participativo, o qual procura analisar a situação de cada país, região ou município, visando planejar o futuro de forma sustentável. Depois da Agenda 21, o termo “ecodesenvolvimento”, primeiramente usado na Conferencia de Estocolmo, em 1972, passou a incorporar a questão da sustentabilidade com ênfase nos aspectos regionais, através do estimulo à utilização de recursos e práticas locais, preferindo-se a expressão “desenvolvimento sustentável”. Segundo Sachs (2008), desenvolvimento sustentável corresponderia a uma abordagem fundamentada na harmonização de objetivos econômicos, ambientais e sociais. Esses três pilares da sustentabilidade recebem o nome de Triple BottomLine – TBL. Logo, ao se falar em sustentabilidade deve-se sempre entender que esta se refere, minimamente, a três esferas do desenvolvimento sustentável: a esfera econômica, a esfera ambiental e a esfera social. 22 2.3. SUSTENTABILIDADE DO AMBIENTE CONSTRUÍDO E SUA CERTIFICAÇÃO As atividades de construção civil são consideradas como aquelas que mais consomem os recursos naturais do planeta, sendo responsáveis por uma parte significativa das emissões dos gases do efeito estufa. Sabe-se que ela utiliza 40% da matéria-prima em nível global (JODIDIO, 2009). Edwards (2004) indica que 50% de todos os recursos mundiais destinam-se à construção; 45% da energia gerada é utilizada para aquecer, iluminar e ventilar edifícios e 5% para construí-los; 40% de toda a água utilizada no mundo destina-se a abastecer as instalações sanitárias e outros usos dos edifícios; 60% da melhor terra cultivável que se deixa de utilizar para a agricultura é usada para a construção e 70% da madeira mundial é empregada na construção de edifícios. Soma-se a tudo isto o fato de as emissões de gás carbônico (CO2) terem aumentado acentuadamente desde a Revolução Industrial (1750-1830), sofrendo um acréscimo considerável na industrialização dos séculos XIX e XX; e hoje atingirem índices alarmantes apesar dos acordos internacionais – como aquele firmado em 1992, no Rio de Janeiro (RJ) – e da melhoria dos conhecimentos e da tecnologia acerca da eficiência energética dos edifícios. De qualquer forma, os métodos construtivos tradicionais usados em grande parte do planeta não produzem os níveis de poluição de um edifício moderno, e isto acabou inspirando alguns arquitetos e engenheiros que procuravam utilizar as suas próprias técnicas construtivas para produzir estruturas que fossem simultaneamente duráveis e verdadeiramente sustentáveis, buscando novos caminhos para a construção civil (JODIDIO, 2009). Tanto para a arquitetura como para a engenharia civil, o conceito de sustentabilidade é complexo. Basicamente, grande parte do desenho sustentável está relacionada à economia de energia através do uso de técnicas como a da Análise do Ciclo de Vida– ACV, que tem o objetivo de manter o equilíbrio entre o capital inicial investido e o valor das atividades a longo prazo. No entanto, projetar de forma sustentável também significa criar espaços que sejam saudáveis, economicamente viáveis e sensíveis as necessidade sociais (EDWARDS, 2004). De acordo com Wines (2000), a arquitetura do novo milênio tem a missão de resgatar os frágeis fios da conectividade com a natureza, perdida por mais de um século. Já Yeang (1999) observa que para se projetar e construir é preciso estudar e analisar holisticamente o ecossistema em que irá se inserir a construção, a fim de 23 poder compreender detalhadamente todos seus componentes e processos, assim como a sua suscetibilidade a alterações e intervenções previstas no projeto. Além desses fatores, para uma construção ser considerada sustentável, ela devia incluir, também, os aspectos sociais que se estendem desde o projeto, pensando-se na mão-de-obra do entorno até o canteiro de obras com responsabilidade social (SANTOS, 2009). Logo, conclui-se que para se obter uma construção mais sustentável vários fatores são envolvidos, os quais precisam ser analisados tanto isolada como integralmente. Diante dessa complexidade, a sustentabilidade na construção necessita de uma análise pluridimensional e interdisciplinar, o que nem sempre acontece, recaindo em situações de obras que, na maioria das vezes, falham em alguns aspectos (em que se mostram nitidamente insustentáveis). O objetivo dos sistemas de certificação ambiental é avaliar o desempenho da construção e o funcionamento dos edifícios de modo a fornecer indicações aos especialistas sobre as diversas áreas analisadas, tais como a sua localização, o seu uso eficiente da água, o seu uso eficiente da energia, a qualidade ambiental interna, entre outras (VALENTE, 2009). De acordo com Silva (2003), “o primeiro sinal da necessidade de se avaliar o desempenho de edifícios veio exatamente com a constatação de que mesmo os países que acreditavam dominar os conceitos de “Green building” não possuíam meios para verificar o quão “verdes” eram de fato seus edifícios”. Ressalta-se que é importante não apenas construir sustentavelmente, mas também comprovar que a obra de fato segue tais pressupostos, principalmente após a ocupação dos usuários. Trata-se de uma garantia para o cliente, para o mercado e uma maneira de se propagar com credibilidade, associando a publicidade com as novas construções (SILVA, 2003). De acordo com Valente (2009) existem órgãos certificadores que visam certificar a etapa de construção, eles são reconhecidos pelo mercado nacional ou internacional, e acreditados junto às grandes entidades normalizadoras. A necessidade de se encontrar parâmetros mais objetivos para se aferir o grau de sustentabilidade das construções fez com que surgissem vários sistemas de 24 avaliação em todo o mundo, atendendo a uma demanda por critérios de medição e, por fim, de certificação. O primeiro sistema de avaliação ambiental foi lançado em 1990 no Reino Unido, denominando-se Building Research Establishment Environmental Assessment Method– BREEAM, o qual serviu de base para outras metodologias de certificação orientadas para o mercado, como: o HKBEAM (Hong Kong), o Leadership in Energy and Environmental Design – LEED (EUA), o Green Star (Austrália) e o Comprehensive Assessment Sytem for Building Efficient- CASBEE (Japão) (FOSSATI, 2008). Além desses métodos, existem sistemas centrados no desenvolvimento metodológico e na fundamentação científica (orientados para pesquisa) como o Building Environmental Performance Assessment Criteria e o Green Building Tool – GBTool (SILVA, 2003). O sistema de certificação brasileiro mais difundido é odenominado de Alta Qualidade Ambiental - AQUA, porém também são usados para análise de edificações nacionais o GBTool, já que o Brasil faz parte da criação dessa metodologia; e o conhecido Selo Casa Azul da Caixa Econômica Federal - CEF, ao qual iremos aprofundar neste estudo. 25 3. PROJETO SELO CASA AZUL – CAIXA ECONOMICA FEDERAL Segundo Maria Fernanda Ramos Coelho, presidente da Caixa Econômica Federal “Com o Selo Casa Azul CAIXA, busca-se reconhecer os projetos de empreendimentos que demostrem suas contribuições para a redução de impactos ambientais, avaliados a partir de critérios vinculados aos seguintes temas: qualidade urbana, projeto e conforto, eficiência energética, conservação de recursos materiais, gestão da água e práticas sociais. Ao se projetar uma habitação, é necessário aproveitar ao máximo as condições bioclimáticas e geográficas locais, estimular o uso de construções de baixo impacto ambiental, garantir a existência de áreas permeáveis e arborizadas, adotar técnicas e sistemas que propiciem ouso eficiente de água e energia, bem como realizar a adequada gestão de resíduos. A habitação também deve ser duradoura e adaptar-se às necessidades atuais e futuras dos usuários, criando um ambiente interior saudável e proporcionando saúde e bemestar aos moradores.” Através do empreendimentos Selo Casa habitacionais, Azul, é possível podendo-se, dessa classificar forma, projetos de reconhecer os empreendimentos que utilizem conscientemente os recursos naturais, valendo-se de soluções mais eficientes aos problemas encontrados no dia-a-dia tanto da construção do empreendimento, como da vida dos seus habitantes. “O Selo se aplica a todos os tipos de projetos de empreendimentos habitacionais propostos à CEF para financiamento ou nos programas de repasse. Podem se candidatar ao Selo as empresas construtoras, o Poder Público, empresas públicas de habitação, cooperativas, associações e entidades representantes de movimentos sociais.” GUIA CEF. Selo Azul Boas Práticas para Habitação mais Sustentável.” (CEF, 2010). 3.1. SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO – SELO CASA AZUL O método utilizado pela CEF para a concessão do SCA, se baseia no atendimento aos critérios pré-estabelecidos no GUIA, existem três níveis de gradação do Selo Casa Azul, cada um está relacionado ao número mínimo de critérios atendidos, os quais serão verificados durante a análise de viabilidade técnica do empreendimento. 26 Tabela 1: Níveis de gradação do Selo Casa Azul Fonte: (CEF, 2010). A adesão ao Selo é voluntária, então para obtê-lo, é necessário que o empreendedor manifeste interesse, para que dessa forma o projeto possa vir a ser analisado sob a ótica deste instrumento. 3.1.1. Pré-requisitos gerais de projetos A CEF exige um conjunto de documentos e requisitos fundamentais para seus financiamentos e programas para geração de empreendimentos sustentáveis. Dessa forma, o proponente deve apresentar os documentos obrigatórios: projetos dados pela Prefeitura, alvarás, licenças, declaração de viabilidade de atendimento das concessionárias de água e energia, dentre outros documentos que são necessários a regulamentação do projeto e da execução do mesmo; o projeto deve, também, estar de acordo com as regras dos programas operacionalizados pela CEF de acordo com a linha de financiamento ou produto de repasse. Todo e qualquer projeto candidato ao Selo deve estar de acordo com as regras da Ação Madeira Legal e ter o Documento de Origem Florestal (DOF) apresentado até o fim da obra (CEF, 2010). O Selo também faz exigências em relação à acessibilidade, de acordo com o Guia Selo Casa Azul: o projeto deve prever o atendimento à NBR 9050, além de atender ao percentual mínimo de unidades habitacionais adaptadas, conforme legislação municipal ou estadual. No caso de ausência de legislação específica, os empreendimentos devem contemplar o percentual mínimo de 3% de unidades habitacionais adaptadas (CEF, 2010). 27 3.1.2. Categorias e critérios São ao todo cinquenta e três critérios avaliativos, divididos em seis categorias que estabelecem o tipo de classificação do projeto como mostra o Quadro 1 e 2. E os níveis de gradação e pontuação mínimas podem ser vistos na Tabela 1. Outro quesito importante é a apresentação até o final da obra, do Documento de Origem Florestal (DOF) e a declaração informando o volume as espécies e a destinação final das madeiras utilizadas na obra (CEF, 2010). Tabela 2: Limites de avaliação e localidades para o selo nível bronze. Fonte: (CEF, 2010). 28 Quadro 1: Resumo Categorias, critérios e classificação. Fonte: (CEF, 2010). 29 Quadro 2: Categorias, Critérios e Classificações (continuação). Fonte: (CEF, 2010). 3.2. CRITÉRIOS SELECIONADOS Para que o empreendimento obtenha o Selo Ouro, devem-se selecionar, além dos dezenove critérios obrigatórios, mais doze critérios, chamados de critérios de livre escolha. Os critérios foram escolhidos com base nas informações sobre a região, atendendo às necessidades do entorno e dos futuros moradores. Abaixo estão listados e explicados os critérios obrigatórios e os critérios opcionais. 30 3.2.1. Qualidade Urbana 3.2.1.1. Qualidade do Entorno – Infraestrutura Este critério tem como objetivo proporcionar aos moradores qualidade de vida, considerando a existência de infraestrutura, serviços, equipamentos comunitários e comércio disponíveis no entorno do empreendimento. (CEF,2010). Seguindo o guia (CEF, 2010), é necessário que os itens listados abaixo, façam parte da malha urbana onde o empreendimento será executado: Rede de abastecimento de água potável; Pavimentação; Energia Elétrica; Iluminação Pública; Esgotamento sanitário com tratamento no próprio empreendimento ou em ETE da região; Drenagem; Uma linha de transporte público regular, com pelo menos uma parada acessível por rota de pedestres de, no máximo, um quilômetro de extensão; Dois pontos de comércio e serviços básicos acessíveis por rota de pedestres de, no máximo, um quilômetro de extensão. Caracteriza atividades de comércio e serviços básicos a existência de mercado/feira livre (obrigatório), farmácia (obrigatório), padaria, lojas de conveniência, agência bancária, posto de correios, restaurantes e comércio em geral. Uma escola pública de ensino fundamental acessível por rota de pedestres de, no máximo, 1,5 quilômetros de extensão; Um equipamento de saúde (posto de saúde ou hospital) a, no máximo, 2,5 quilômetros de distância; 31 Um equipamento de lazer acessível por rota de pedestres de, no máximo, 2,5 quilômetros de extensão. Caracterizam equipamentos de lazer locais de encontro, praças, quadras de esportes, parques, pistas de skate, playground, sendo, no mínimo, dois equipamentos para cada 500 unidades habitacionais. Não será exigido esse item no caso de previsão de equipamento de lazer na área interna do empreendimento. A validação deste item será feita a partir da análise da documentação, sendo esta, um mapa, com a localização do empreendimento, demonstrando as distâncias relativas aos serviços e equipamentos citados anteriormente, do projeto e da vistoria técnica. Figura 1: Exemplo de mapa de localização do empreendimento e entorno imediato. Os serviços e equipamentos relevantes, assim como as distâncias até o centro geométrico do terreno do empreendimento, devem ser claramente identificados. Fonte: (CEF, 2010). Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.1.2. Qualidade do Entorno – Impactos 32 Buscar o bem-estar, a segurança e a saúde dos moradores, considerando o impacto do entorno em relação ao empreendimento em análise (CEF, 2010). O critério exige a comprovação através de um mapa de localização do empreendimento e entorno “imediato”, com descrição da vizinhança do entorno, a inexistência, em um raio de pelo menos 2,5 quilômetros, marcado a partir do centro geométrico do empreendimento, de fatores considerados prejudiciais ao bem-estar, à saúde ou à segurança dos moradores, dentre eles: Fontes de ruídos excessivos e constantes, como rodovias, aeroportos, alguns tipos de indústrias. Odores e poluição excessivos e constantes, provenientes de ETE, lixões e alguns tipos de indústrias. O procedimento de avaliação consiste em análise da documentação, do projeto e vistoria técnica ao local do empreendimento para confirmação do atendimento. Devem ser verificados fatores perceptíveis durante a vistoria técnica, como odores, ruídos e outros aspectos que possam gerar impacto negativo ao empreendimento. Empreendimentos que não atendam ao critério inicial de 2,5 quilômetros poderão pleitear o Selo, desde que a proposta inclua resoluções necessárias para diminuição dos níveis de risco, ou ao menos se tornem incômodos aceitáveis. 33 Figura 2: Exemplo de mapeamento de fatores de risco. O mapa de localização do empreendimento e seu entorno imediato deverá descrever a vizinhança do empreendimento e demonstrar que não há fatores de risco aos moradores num raio de 2,5 quilômetros, marcado a partir do centro geométrico do empreendimento. Fonte: (CEF, 2010). Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.2. Projeto e Conforto Esta categoria trata dos aspectos relacionados ao planejamento e à concepção do projeto do empreendimento, considerando-se, principalmente, os aspectos relativos à adaptação da edificação às condições climáticas, às características físicas e geográficas locais, bem como a previsão de espaços na edificação destinados a usos e fins específicos (CEF, 2010). Além de considerar os aspectos citados acima, o empreendimento candidato ao Selo Casa Azul, deve atentar à outros fatores como, orientação solar, direção dos ventos e elementos paisagísticos que possa vir a minimizar ou extinguir o uso de elementos artificiais para condicionamento da temperatura (IETKA, 2011). 34 O projeto deve respeitar as condições climáticas de cada região, sendo assim, cada projeto estabelecerá padrões específicos referentes à região a qual o empreendimento será implantado, proporcionando, dessa forma, a melhoria do conforto humano. 3.2.2.1. Paisagismo Auxiliar no conforto térmico e visual do empreendimento, mediante regulação de umidade, sombreamento vegetal e uso de elementos paisagísticos. O indicador será existência de arborização ou demais elementos paisagísticos que propiciem melhor desempenho térmico nas paredes da edificação (CEF, 2010). Documentação necessária: Projeto paisagístico; Inclusão dos insumos e serviços na documentação técnica (memorial descritivo; planilhas orçamentárias e cronograma físico-financeiro). Além dos critérios acima, o Guia Selo Casa Azul (CEF, 2010), ressalta que a documentação deverá conter a indicação das espécies arbóreas e suas dimensões previstas para o atendimento proposto. Os indicadores avaliados serão a existência de arborização, cobertura vegetal e/ou demais elementos paisagísticos que propiciem adequada interferência às partes da edificação onde se deseja melhorar o desempenho térmico (CEF, 2010). Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.2.2. Local para coleta seletiva Critério que viabiliza a separação dos recicláveis (resíduos sólidos domiciliares – RSD) nos empreendimentos. O indicador para avaliação do critério será a existência de local adequado em projeto para coleta, seleção e armazenamento de material reciclável. O local destinado ao armazenamento do material reciclável deve ser de fácil acesso, ventilado e de fácil limpeza, com 35 revestimento em material lavável e com ponto de água para limpeza/lavagem do espaço (CEF, 2010). Documentação requerida: Projeto de arquitetura com a indicação de locais para coleta, seleção e armazenamento. Inclusão em documentação técnica (memorial descritivo, planilhas orçamentárias e cronograma físico-financeiro). Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.2.3. Equipamentos de Lazer Sociais e Esportivos Critério obrigatório cujo objetivo é incentivar práticas saudáveis de convivência e entretenimento dos moradores, mediante a implantação de equipamentos de lazer, sociais e esportivos nos empreendimentos. Tem como indicador a existência de equipamentos ou espaços como bosques, ciclovias, quadra esportiva, sala de ginástica, salão de jogos, salão de festas e parque de recreação infantil, dentre outros (CEF, 2010). Documentação necessária para esse critério: Projeto de arquitetura com a indicação dos equipamentos. Inclusão em documentação técnica (memorial descritivo, planilhas orçamentárias e cronograma físico-financeiro). Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.2.4. Desempenho Térmico – Vedações Critério obrigatório que tem como objetivo proporcionar ao usuário melhores condições de conforto térmico, conforme as diretrizes gerais para projeto correspondentes à zona bioclimática do local do empreendimento, controlando-se a ventilação e a radiação solar que ingressa pelas aberturas ou que é absorvida pelas vedações externas da edificação. O indicador está no atendimento às condições arquitetônicas gerais expressas nas Tabelas A, B, C, D e E (anexo) e de acordo com a zona bioclimática onde se localiza o empreendimento. 36 Documentação necessária: Projeto de arquitetura com indicação e/ou descrição dos itens atendidos; Tabelas A, B, C, D e E assinaladas e preenchidas; Demonstração gráfica de projeção dos sombreamentos das aberturas; Detalhamentos, caso necessário; Simulações de desempenho, caso necessário. Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.2.5. Desempenho Térmico – Orientação do Sol e Ventos Critério obrigatório que objetiva proporcionar ao usuário condições de conforto térmico mediante estratégias de projeto, conforme a zona bioclimática do local do empreendimento, considerando-se a implantação da edificação em relação à orientação solar, aos ventos dominantes e à interferência de elementos físicos do entorno, construídos ou naturais. O indicador é definido pelo atendimento às condições arquitetônicas gerais expressas na Tabela F (anexo) quanto à estratégia de projeto, de acordo com a zona bioclimática onde se localiza o empreendimento (CEF, 2010). Para a documentação será necessário o projeto de implantação e arquitetura com indicação/descrição dos itens atendidos. As estratégias adotadas no projeto devem ser justificadas em face de implantação, geometria solar, localização de aberturas e demais componentes, mostrando a insolação do local, a direção e frequências dos ventos predominantes, elementos físicos do entorno e demais parâmetros climáticos que se encontrem disponíveis, como temperatura, umidade, nebulosidade etc., bem como, através do projeto, uso de cartas solares, máscaras, ou mediante simulação computacional, se necessário (CEF, 2010). O projeto deve apresentar estratégias relacionadas ao clima no qual está inserido, como intuito de proporcionar maior conforto aos moradores, diminuindo os gastos energéticos da habitação. Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.2.6. Ventilação e Iluminação Natural de Banheiros 37 O objetivo deste critério é melhorar a salubridade do ambiente, além de reduzir o consumo de energia nas áreas dos banheiros. Indicador será a existência de janela voltada para o exterior da edificação com área mínima de 12,5% da área do ambiente (área correspondente à iluminação e ventilação) (CEF, 2010). Documentação necessária: Projeto de arquitetura com indicação/descrição dos itens atendidos, assinalando em planta/corte as janelas dos banheiros, com porcentagem da área em relação ao piso do ambiente, de forma a que atenda à solicitação deste critério. O Guia (CEF, 2010), ainda ressalta que não será considerado o uso de poços ou prismas para o atendimento a este item. A ventilação natural proporciona maior salubridade aos usuários, evitando problemas causados pela umidade nos banheiros. Além disso, ao considerar-se a ventilação e a iluminação natural, estarão sendo poupados gastos de energia elétrica com aparelhos exaustores e sistemas que usem ventilação e iluminação artificial (CEF, 2010). Avaliação: Critério de livre escolha. 3.2.3. Eficiência Energética Para o desenvolvimento de projetos habitacionais mais sustentáveis, devemse buscar projetos que visam à redução no consumo de energia elétrica e um aumento do uso de fontes renováveis, através de ações efetivas que reduzam o consumo ocasionado por usos finais, como gastos com eletrodomésticos, uso de energia elétrica para aquecimento de água e de iluminação artificial (CEF, 2010). Neste sentido, a categoria de Eficiência Energética trata das medidas que devem ser adotadas nos empreendimentos, de modo a torná-los mais eficientes com relação à conservação de energia, reduzindo o consumo e otimizando a quantidade de energia gasta no uso dos mais diversos aparelhos domésticos. Incentiva uso de fontes alternativas de energia, dispositivos economizadores e medições individualizadas, proporcionando assim uma redução nas despesas mensais dos usuários (CEF, 2010). 38 3.2.3.1. Lâmpadas de Baixo Consumo – Áreas Privativas Este critério tem como objetivo reduzir o consumo de energia elétrica mediante ouso de lâmpadas eficientes. A contestação do item será feita através da verificação da existência de lâmpadas de baixo consumo e potência adequada em todos os ambientes da unidade habitacional, principalmente nos empreendimentos de habitação de interesse social. Documentação necessária: Memorial descritivo especificando o tipo de lâmpadas com selo Procel ou etiqueta Nível de Eficiência A do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), do Inmetro. Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.3.2. Dispositivos Economizadores – Áreas Comuns Objetiva a redução do consumo de energia elétrica mediante a utilização de dispositivos economizadores e/ou lâmpadas eficientes nas áreas comuns. Comprovação a partir da existência de sensores de presença, minuterias ou lâmpadas eficientes em áreas comuns dos condomínios. Documentação necessária: Projeto de instalações elétricas. Memorial descritivo especificando o tipo de dispositivo a ser utilizado e/ou o tipo de lâmpadas eficientes com selo Procel ou etiqueta Nível A no PBE/Inmetro. Inclusão dos insumos/serviços cronograma físico-financeiro. Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.3.3. Sistema de aquecimento solar em planilhas orçamentárias e 39 Tem como finalidade reduzir o consumo de energia elétrica ou de gás para o aquecimento de água. Indicador é a existência de sistema de aquecimento solar de água com coletores selo Ence/Procel Nível A ou B, fração solar entre 60% e 80%, aquecimento auxiliar com reservatório dotado de resistência elétrica, termostato e timer, ou chuveiro elétrico ou aquecedora gás, projetado e operado em série com o sistema solar, com equipamentos fornecidos por empresa certificada pelo Qualisol6 (CEF, 2010). Documentação necessária: Projeto do sistema de aquecimento solar de água. Anotação de responsabilidade técnica do projeto de SAS. Memorial descritivo com as especificações técnicas do equipamento. Inclusão dos insumos/serviços em planilhas orçamentárias e cronograma físico-financeiro. Avaliação: Critério de livre escolha. 3.2.3.4. Medição Individualizada – Gás Objetiva proporcionar aos moradores o gerenciamento do consumo de gás da sua unidade habitacional, conscientizando-os sobre seus gastos e possibilitando a redução do consumo. Tem como indicador a existência de medidores individuais, certificados pelo INMETRO (CEF, 2010). Documentação necessária: Projeto de instalações de gás e memorial descritivo com as especificações técnicas do equipamento. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do projeto. Inclusão dos insumos/serviços cronograma físico-financeiro. em planilhas orçamentárias e 40 O benefício socioambiental está relacionado à economia no consumo de gás, já que a medição individual facilita o controle de gastos e incentiva a redução do consumo para o usuário, revertendo-se em benefício próprio (CEF, 2010). Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.4. Conservação de Recursos Materiais A indústria da construção civil, hoje, é o setor que mais conome recursos materiais, sendo assim pode-se concluir que a maior geração de resíduos materiais provém da construção civil. Segundo o Guia (CEF, 2010), o fluxo constante de materiais estende-se durante todo o ciclo de vida de uma construção, que tem início com as atividades de preparação do terreno, passando pelas atividades de uso, limpeza e manutenção, até o fim da vida útil do edifício ou de suas partes, onde grandes quantidades de resíduo serão gerados. 3.2.4.1. Qualidade de Materiais e Componentes Tem como objetivo evitar o uso de produtos de baixa qualidade, reduzindo o consumo de recursos naturais utilizados na correção e os custos de correção de defeitos, além de melhoraras condições de competitividade dos fabricantes que operam em conformidade com a normalização. A avaliação se dará através da comprovação da não utilização de produtos feitos por empresas classificadas como “não qualificadas” ou “não conformes” nas listas divulgadas pelo Ministério das Cidades, Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Hábitat (PBQP-H). (CEF, 2010). Documentação necessária: Memorial descritivo especificando que os produtos a serem utilizados provêm de fabricantes que constam da relação de fabricantes e de produtos, conforme os Programas Setoriais de Qualidade (PSQ) do PBQP-H5. O Guia (CEF, 2010), ainda ressalta que No caso de propostas de programas de crédito imobiliário (recursos do FGTS6, FDS7, FAR8 e FAT9), devem ser especificadas, em memorial descritivo, até três marcas/modelos dos produtos. 41 Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.4.2. Componentes Industrializados ou pré-fabricados. Segundo o Guia (CEF, 2010), ao utilizar peças pré-fabricadas ou industrializadas tende-se a reduzir as perdas de materiais e a geração de resíduos, colaborando para a redução do consumo de recursos naturais pelo emprego de componentes industrializados. A constatação da adesão ao critério se dará a partir da verificação da adoção de um sistema construtivo de componentes industrializados montados em canteiro, projetados de acordo com as normas ou com aprovação técnica no âmbito do Sinat (Sistema Nacional de Aprovação Técnica), do Ministério das Cidades, demonstrando conformidade com a norma de desempenho NBR 15575 (ABNT, 2008). O Guia (CEF, 2010) especifica que o sistema será considerado industrializado quando dois, dentre os seguintes itens, forem compostos de componentes industrializados: (a) fachadas; (b) divisórias internas; (c) estrutura de pisos (lajes) e escadas; (d) pilares e vigas. Documentação necessária: Projeto executivo demonstrando que o sistema construtivo é composto de componentes industrializados. Memorial descritivo com as especificações técnicas. Inclusão dos insumos/serviços em planilhas orçamentárias e cronograma físico-financeiro. Anotação de responsabilidade técnica do projeto (ART). Aprovação técnica emitida pelo Sinat dentro do prazo de validade se for o caso. Avaliação: Critério de livre escolha. 3.2.4.3. Formas e Escoras Reutilizáveis Tem por finalidade reduzir o emprego de madeira em aplicações de baixa durabilidade, que constituem desperdício, e incentivar o uso de materiais 42 reutilizáveis. Para este critério, o indicador admite duas soluções alternativas: A primeira seria existência de projetos de formas, executado de acordo com a NBR 14931/2004 (Execução de estruturas de concreto – Procedimento); a segunda solução seria a existência de especificação de uso de placas de madeira compensada plastificada com madeira legal ou sistema de formas industrializadas reutilizáveis e cimbramentos com regulagem (CEF, 2010). Documentação necessária: Projeto de formas de acordo com a NBR 14931. Memorial descritivo descrevendo o sistema de fôrmas, com previsão do uso de compensado plastificado, selagem dos topos, cimbramento com regulagem de altura grossa (pinos) e fina, e indicação da quantidade de reutilizações. Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.4.4. Gestão de RCD Este critério visa reduzir a quantidade de resíduos de construção e demolição e seus impactos no meio ambiente urbano e nas finanças municipais, por meio da promoção ao respeito das diretrizes estabelecidas nas Resoluções n. 307 e n. 348 do CONAMA (estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil). O indicador é atribuído à existência de um “Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PGRCC” para a obra, bem como a apresentação dos documentos de comprovação de destinação adequada dos resíduos gerados ao final da obra (CEF, 2010). Documentação necessária: Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PGRCC, contendo: Descrição e quantificação das estruturas a serem demolidas, se for o caso; Estimativa da geração de resíduos de cada classe, discriminado os gerados pelas demolições, por cortes e escavações e pela construção; Identificação do local de triagem, identificando o(s) possível (eis) fornecedor (es) do serviço de triagem, que devem estar obrigatoriamente de acordo com a NBR 15112 (ABNT, 2005a); 43 Identificação dos equipamentos de acondicionamento para transporte interno e externo da obra; Descrição do fluxo e dos equipamentos de transporte de resíduos no canteiro; Destinação de cada classe de resíduos, o(s) possível (eis) fornecedor (es) do serviço de triagem, que devem estar obrigatoriamente de acordo com a NBR 15113 (ABNT, 2005b) e NBR 15114 (ABNT, 2005c); Mecanismo de controle que demonstre a destinação legal das diferentes classes de resíduos (recibos, notas fiscais disponíveis para verificação em canteiro de obra e entregues ao final da obra). A adoção das práticas recomendadas para o gerenciamento de resíduos facilita a reciclagem e viabiliza a destinação legal. Mesmo em regiões onde sistema público não ofereça condições legais de destinação, a separação dos resíduos nas diferentes classes possibilita o reuso da fração mineral em aterros para correção de nível, dentro ou fora do canteiro (CEF, 2010). Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.4.5. Cimento de Alto Forno e Pozolânico Critério que tem como objetivo a redução das emissões de CO2 associadas à produção do clínquer de cimento Portland e redução do uso de recursos naturais não renováveis escassos (calcário) através de sua substituição por resíduos (escórias e cinzas volantes) ou materiais abundantes (pozolana produzida com argila calcinada). O indicador do atendimento à exigência do critério será a especificação do uso de cimentos CP III ou CP IV para a produção de concreto estrutural e não estrutural (CEF, 2010). Documentação necessária: Memorial descritivo especificando cimentos CP III ou CP IV em concreto estrutural e não estrutural. Inclusão dos insumos/serviços em planilha orçamentária. O Guia (CEF, 2010), atenta para o fato de que em algumas regiões do País, estes tipos de cimento podem não estar disponíveis. 44 Avaliação: Critério de livre escolha. 3.2.4.6. Pavimentação com RCD - Resíduos de Construção e Demolição, utilizados como agregados reciclados. Critério que tem como intuito reduzir a pressão sobre recursos naturais não renováveis por meio do uso de materiais reciclados e pela promoção de mercado de agregados reciclados. O indicador deste critério é o projeto de pavimento especificando o uso de agregados produzidos pela reciclagem de resíduos de construção e demolição (CEF, 2010). Documentação necessária: Memorial descritivo e projeto viário especificando a utilização de agregados reciclados em bases e sub-bases da pavimentação urbana, conforme a NBR 15115 (ABNT, 2005). Informação da empresa ou entidade fornecedora do material. A experiência nacional indica que o uso de agregados reciclados como base de pavimentação é uma alternativa segura de reciclagem (CEF, 2010). Avaliação: Critério de livre escolha. 3.2.4.7. Facilidade de Manutenção da Fachada Tem como finalidade reduzir as atividades de manutenção e os impactos ambientais associados à pintura frequente da fachada, que apresentam custos elevados, particularmente para moradores de habitação de interesse social. Especificação de sistema de revestimento de fachada com vida útil esperada superior a 15 anos, como placas cerâmicas, rochas naturais, revestimentos de argamassa, orgânica ou inorgânica, pigmentada, pinturas inorgânicas (à base de cimento) ou texturas acrílicas de espessura média >1mm (CEF, 2010). Documentação necessária: Memorial descritivo especificando o uso de um revestimento de fachada durável. 45 Inclusão dos insumos/serviços em planilha orçamentária e cronograma físicofinanceiro de obra. O Guia (CEF, 2010) ainda ressalta os benefícios socioambientais da ação: Redução dos custos de manutenção. Economia de recursos naturais não renováveis. Redução da geração de resíduos. Avaliação: Critério de livre escolha. 3.2.4.8. Madeira Plantada ou Certificada Tem por finalidade reduzir a demanda por madeiras nativas de florestas não manejadas pela promoção do uso de madeira de espécies exóticas plantadas ou madeira nativa certificada. Compromisso de uso de madeira plantada de espécies exóticas ou madeira certificada (CEF, 2010). Documentação necessária: Memorial descritivo especificando o uso de madeira de espécies exóticas – que são necessariamente plantadas – como o eucalipto, o pínus, a teca ou outras nativas certificadas pelo FSC13 ou Cerflor14, em todas as etapas da construção e apresentando as quantidades estimadas. Declaração de compromisso do proponente de uso exclusivo destes produtos na obra. O Guia (CEF, 2010) ressalta que a apresentação do DOF15, não se aplica a este critério, pois o documento já é obrigatório para todos os projetos candidatos ao Selo, sendo, portanto, um pré-requisito no caso do uso de madeiras nativas, frisa também, que a avaliação será feita a partir da apresentação da documentação comprobatória da aquisição de madeira certificada e/ou notas fiscais de aquisição de madeira exótica ao final da obra. Avaliação: Critério de livre escolha. 3.2.5. Gestão da Água 46 A gestão da água em edifícios é indispensável para um uso mais sustentável deste insumo, pois contribui para mitigar os problemas de escassez, amenizar a poluição em águas superficiais e profundas e, ainda, reduzir os riscos de inundação em centros urbanos (CEF, 2010). 3.2.5.1. Medição Individualizada Possibilitar aos usuários o gerenciamento do consumo de água de sua unidade habitacional, de forma a facilitar a redução de consumo. O indicador é a existência de sistema de medição individualizada de água. Documentação necessária: Inclusão de toda a documentação técnica (projetos, memorial descritivo com as especificações técnicas, planilha orçamentária e cronograma), atendendo às recomendações da concessionária local, às normas técnicas da ABNT e dos fabricantes qualificados pelo PBQP-H. Não será levada em conta, para o atendimento a este item, a medição individualizada de água em loteamentos, uma vez que isto já está condicionado à regularidade da edificação. Neste caso, deve ser considerado obrigatório o atendimento ao Critério. Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.5.2. Dispositivos Economizadores – Bacia Sanitária Proporcionar a redução do consumo de água. A contestação de seguimento do critério será feita a partir da existência, em todos os banheiros e lavabos, de bacia sanitária dotada de sistema de descarga com volume nominal de seis litros e com duplo acionamento. Documentação necessária: Inclusão de toda a documentação técnica (projetos, memorial descritivo com as especificações técnicas, planilha orçamentária e cronograma), atendendo às normas técnicas da ABNT e de fabricantes qualificados pelo PBQP-H. 47 Existência de orientações quanto ao uso e à manutenção da tecnologia no manual do proprietário. O Guia (CEF, 2010) ainda ressalta que podem ser consideradas outras bacias economizadoras, que tenham sistema de descarga com volume nominal inferior a seis litros, com apresentação da respectiva referência técnica ou que estejam em conformidade com as normas da ABNT. Em caso de tecnologia inovadora, deve ser apresentado o Documento de Avaliação Técnica – DATec, conforme as diretrizes do Sistema Nacional de Avaliações Técnicas de Produtos Inovadores – SINAT. Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.5.3. Dispositivos Economizadores – Arejadores Item que tem como objetivo proporcionar a redução do consumo de água e maior conforto ao usuário, propiciado pela melhor dispersão do jato em torneiras. A avaliação do item será feita a partir da existência de torneiras com arejadores nos lavatórios e nas pias de cozinha das unidades habitacionais e áreas comuns do empreendimento (CEF, 2010). Figura 3: Exemplo de dispositivo economizador, arejador. Fonte: (CEF, 2010). Documentação necessária: Inclusão de toda a documentação técnica (projetos, memorial descritivo com as especificações técnicas, planilha orçamentária e cronograma), em 48 conformidade com as normas técnicas da ABNT e de fabricantes qualificados pelo PBQP-H. O Guia (CEF, 2010), ressalta que em locais com pressão hidráulica superior a 40 KPa e inferior a 100 KPa, o arejador pode ser substituído pelo registro regulador de vazão. Em caso de tecnologia inovadora, deve ser apresentado o Documento de Avaliação Técnica – DATec, conforme as diretrizes do Sistema Nacional de Avaliações Técnicas de Produtos Inovadores – SINAT (CEF, 2010). Segundo o Guia (CEF, 2010), a instalação de arejadores de água contribui para os seguintes benefícios ambientais diretos e indiretos: Redução do consumo de água e consequente redução do volume de esgotos a serem coletados e tratados, o que contribui para a preservação da qualidade das águas superficiais; Redução de insumos utilizados tanto no tratamento da água quanto no tratamento de esgoto, tais como energia, sulfato de alumínio, cal, cloro, flúor e outros. Avaliação: Critério de livre escolha. 3.2.5.4. Dispositivos Economizadores – Registro Regulador de Vazão Proporcionar a redução do consumo de água nos demais pontos de utilização é o objetivo deste critério. A comprovação da existência de registro regulador de vazão em pontos de utilização do empreendimento, tais como chuveiro, torneiras de lavatório e de pia será o indicador da adesão ao item (CEF, 2010). 49 Figura 4: Componentes economizadores: 1 (a) registro regulador de vazão para chuveiro; 1 (b) registro regulador de vazão para torneiras. Fonte: (CEF, 2010). Documentação necessária: Inclusão de toda a documentação técnica (projetos, memorial descritivo com as especificações técnicas, planilha orçamentária e cronograma), em 10. O Guia (CEF, 2010), salienta que em locais com pressão hidráulica superior a 40 KPa e inferior a 100 KPa, o registro regulador de vazão pode ser substituído pelo arejador. Em caso de tecnologia inovadora, deve ser apresentado o Documento de Avaliação Técnica - DATec, conforme as diretrizes do Sistema Nacional de Avaliações Técnicas de Produtos Inovadores - SINAT. Avaliação: Critério de livre escolha. 3.2.5.5. Aproveitamento de Águas Pluviais Reduzir o consumo de água potável para determinados usos, tais como em bacia sanitária, irrigação de áreas verdes, lavagem de pisos, lavagem de veículos e espelhos d’água. Existência de sistema de aproveitamento de águas pluviais independente do sistema de abastecimento de água potável para coleta, armazenamento, tratamento e distribuição de água não potável complano de gestão, de forma a evitar riscos para a saúde. O sistema deverá apresentar redução mínima de 10% no consumo de água potável. Documentação necessária: Projeto do sistema de captação, reserva e distribuição, com a descrição do sistema de tratamento. 50 Memorial de cálculo do aproveitamento da água pluvial e capacidade do reservatório. Projeto de comunicação visual (cores diferenciadas de tubulações, avisos nos pontos de utilização). Manual de uso e operação. Inclusão de toda a documentação técnica (projetos, memorial descritivo com as especificações técnicas, planilha orçamentária e cronograma), em conformidade com a NBR 15527 (ABNT, 2007). O Guia (CEF, 2010) deixa claro que as limitações técnicas devem ser observadas para a implantação do sistema, tais como o regime pluviométrico (intensidade e distribuição de chuvas durante o ano) ou a superfície de coleta. Avaliação: Critério de livre escolha. 3.2.5.6. Retenção de Águas Pluviais Tem como objetivo permitir o escoamento das águas pluviais de modo controlado, com vistas a prevenir o risco de inundações sem regiões com alta impermeabilização do solo e desonerar as redes públicas de drenagem. A avaliação será feita a partir da constatação da existência de reservatório de retenção de águas pluviais, com escoamento para o sistema de drenagem urbana nos empreendimentos com área de terreno impermeabilizada superior a 500m². Documentação necessária: Projeto do reservatório de retenção. Memória de cálculo do volume do reservatório (V= 0,15 x Ai x IP x t), sendo V = volume do reservatório (m³); Ai = área impermeabilizada (m²); IP = índice pluviométrico (m/h); t = tempo de duração de chuva (considerado de uma hora). Inclusão dos serviços em toda a documentação técnica (memorial descritivo com as especificações técnicas, planilha orçamentária e cronograma). 51 Para o atendimento a este critério, está sendo adotado o cálculo do volume do reservatório constante na Lei Estadual n. 12.526/07 (SÃO PAULO, 2007). No caso específico de São Paulo, o IP considerado é de 0,06m/h; porém, para fins de cálculo, deverá ser considerado o IP local. Devem ser observadas as limitações técnicas para a implantação do sistema, tais como o regime pluviométrico (intensidade e distribuição de chuvas durante o ano) (CEF, 2010). Avaliação: Critério de livre escolha. 3.2.5.7. Infiltração de Águas Pluviais Critério que visa permitir o escoamento de águas pluviais de modo controlado ou favorecer a sua infiltração no solo, com vistas a prevenir o risco de inundações, reduzira poluição difusa, amenizar a solicitação das redes públicas de drenagem e propiciar a recarga do lençol freático. Avaliação do critério será feita a partir da verificação da existência de reservatório de retenção de águas pluviais com sistema para infiltração natural da água em empreendimentos com área de terreno impermeabilizada superior a 500m². Documentação necessária: Projeto de sistema de infiltração com memória de cálculo, caracterização do solo, altura do lençol freático no seu nível mais alto e locação do sistema. Projeto de implantação, memória de cálculo mostrando o valor da vazão de águas pluviais a ser lançada na rede de drenagem urbana, após a Implantação do sistema. Manual de operação do sistema. Indicação de toda a documentação técnica (projetos, memorial de cálculo, memorial descritivo, planilha orçamentária e outros). A implantação de sistemas de drenagem de águas pluviais e de controle na fonte possibilita que, em cada elemento de ocupação urbana, seja residencial, seja comercial ou industrial, haja redução da vazão de contribuição para os sistemas de drenagem urbana. Desta forma, o efeito multiplicativo de redução da vazão de 52 contribuição, devido à adoção de vários pontos de controle na fonte, pode evitar o aumento das vazões máximas a jusante de uma bacia hidrográfica urbana, minimizando a ocorrência de enchentes (CEF, 2010). 3.2.5.8. Áreas Permeáveis Segundo o Guia (CEF, 2010) o critério tem como objetivo manter, tanto quanto possível, o ciclo da água coma recarga do lençol freático, prevenir o risco de inundações em áreas com alta impermeabilização do solo e amenizar a solicitação das redes públicas de drenagem urbana. O indicador será a existência de áreas permeáveis em, pelo menos, 10% acima do exigido pela legislação local. No caso de inexistência de legislação local, será considerado, para atendimento a este item, um coeficiente de permeabilidade (CP) igual ou superior a 20%, considerando-se o cálculo do coeficiente de impermeabilização do solo obtido pela relação entre a superfície impermeável e a superfície total do terreno, aplicados os seguintes coeficientes: Superfícies totalmente impermeabilizadas, tais como coberturas, calçadas, vias – 0,9; Vias pavimentadas com componentes de juntas largas – 0,6; Vias de macadame sem alcatrão – 0,35; Caminhos em cascalho ou brita – 0,2; Superfícies arborizadas – 0,05. Documentação necessária: Projeto de implantação Memória de cálculo do coeficiente de impermeabilização do solo, obtido pela relação entre a superfície impermeável e a superfície total do terreno. Ressalvas: O coeficiente corresponde à relação entre as superfícies permeáveis e superfície total do terreno: 53 O item só deixa de ser obrigatório para empreendimentos que não dispõe de área disponível no térreo, como nos casos de edifícios com ocupação de 100% da área do lote. Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.6. Práticas Sociais Categoria “Práticas sociais” busca promover a sustentabilidade do empreendimento por meio de ações que abranjam os diversos atores envolvidos, voltadas à ampliação da consciência ambiental, e possam contribuir para a redução de algumas desigualdades sociais (CEF, 2010). 3.2.6.1. Educação para gestão de RCD Realizar atividades educativas e de mobilização para os empregados envolvidos no empreendimento tendo em vista a execução das diretrizes do plano. O indicador desse critério é a existência de plano educativo sobre a gestão de RCD (CEF, 2010). Documentação necessária: Plano educativo sobre a gestão de RCD. Relatório e demais documentos necessários para a comprovação da execução do plano educativo. Esta atividade está vinculada e deve ser realizada juntamente com o critério “Gestão de resíduos de construção e demolição” da categoria “Conservação de recursos materiais” (CEF, 2010). Avaliação: Critério obrigatório. 54 3.2.6.2. Educação Ambiental dos Empregados Segundo o Guia (CEF, 2010), o objetivo deste critério é prestar informações e orientar os trabalhadores sobre a utilização dos itens de sustentabilidade do empreendimento, notadamente sobre os aspectos ambientais. Indicador de cumprimento do critério será a existência de plano de atividades educativas, para os empregados, sobre os itens de sustentabilidade do empreendimento. Documentação necessária: Plano de educação ambiental a ser implantado, totalizando a carga horária mínima de quatro horas e abrangência de 80% dos empregados. Relatório e demais documentos necessários para a comprovação da execução do plano de educação ambiental para os empregados. Avaliação: Critério obrigatório. 3.2.6.3. Orientação aos Moradores Prestar informações e orientar os moradores quanto ao uso e à manutenção adequada do imóvel, considerando-se os aspectos de sustentabilidade previstos no projeto. A avaliação será feita através da existência de ao menos uma atividade informativa sobre os aspectos de sustentabilidade previstos no empreendimento, que inclua a distribuição do manual do proprietário (ilustrado, didático e com conceitos de sustentabilidade), a ser disponibilizado até a entrega do referido empreendimento (CEF, 2010). Documentação necessária: Minuta do manual do proprietário. Plano da ação informativa a ser desenvolvida com os moradores. Relatório e demais documentos necessários para a comprovação da execução do plano da ação informativa com os moradores, como a relação de participantes, fotos, ata da reunião etc. Com a ação de orientar os futuros moradores quanto ao uso e manutenção da edificação, pretendem-se proporcionar espaços de discussão e informação que 55 estimulem a reflexão e a mudança de comportamento, baseados no conhecimento das alternativas sustentáveis adotadas ao empreendimento (CEF, 2010). Avaliação: Critério obrigatório. 3.3. VERIFICAÇÃO DO ATENDIMENTO AOS CRITÉRIOS DO SELO É necessário que o empreendimento candidato, seja executado conforme os itens especificados no projeto, sendo este, previamente, já aprovado pela CEF. As práticas sociais previstas em projeto deverão ser implementadas juntamente com a orientação aos moradores em relação a manutenção, reposição e uso dos dispositivos, sendo divulgado todos os itens incorporados no projeto. Caso haja alguma mudança durante execução da obra, em relação ao projeto que interfira nos critérios pré-definidos pela CEF, a mesma deverá ser comunicada. Os documentos que devem ser apresentados devem estar de acordo com os modelos da CEF, todos datados e assinados pelo responsável técnico e pelo representante legal (CEF, 2010). Durante a execução da obra, serão feitas medições mensais ou vistorias específicas com a intenção de verificar se o empreendimento está realmente executando e atendendo os itens propostos em projeto. Caso houver divergências entre o projeto e a execução, será apresentada no Relatório de Acompanhamento de Empreendimento uma notificação, onde a CEF solicitará uma justificativa e correção dos itens não conformes, dentro de um determinado prazo. Se a inconformidade apontada não for solucionada, o empreendimento poderá perder a autorização do uso da logomarca do Selo Casa Azul e ficará impedido de concorrer ao selo por um período de dois anos. Em caso de desistência de uso do Selo por parte do proponente, deverá ser comunicado à CEF, por escrito, antes da contratação do empreendimento e poderá incorrer na substituição de todos os documentos do processo e nova análise da engenharia, não havendo devolução de taxa de análise (CEF, 2010). Será aplicada uma multa no valor de 10% do valor de investimento, se após o prazo dado pela CEF, não forem sanadas as inconformidades. A multa será paga a título de ressarcimento por danos causados ao não cumprimento das obrigações firmadas e pela divulgação indevida da marca Selo Casa Azul (CEF, 2010). 56 De acordo com o Guia Casa Azul (CEF, 2010), uma taxa de análise do projeto, será cobrada, sendo essa a única despesa que o proponente terá na concessão do selo, a qual será emitida na entrega da documentação. 3.3.1. Uso da logomarca Selo casa Azul da CAIXA Poderá fazer o uso da logomarca, em materiais publicitários e após o término da execução da obra, os empreendimentos que receberem o selo, sendo permitida a instalação de uma placa metálica, onde haverá a divulgação da graduação do projeto. As logomarcas do Selo Casa Azul CEF, nos níveis ouro, prata e bronze, podem ser visualizadas na Figura 1 (CEF, 2010). Figura 5: Logomarcas do SCA; Níveis Azul níveis Ouro, Prata e Bronze. Fonte: CEF,(2010) 57 4. ESTUDO DE CASO Diante das informações obtidas através do orçamento da unidade habitacional e das condições necessárias para se obter o Selo Casa Azul, foi elaborado um estudo de caso com o intuito de apresentar o loteamento estudado, seus orçamentos detalhados, e analisar a projeção desse estudo comparativo entre a unidade habitacional convencional e a unidade sustentável com Selo Casa Azul CEF. 4.1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO Será usado como base, o projeto do programa MCMV, do Governo Federal em parceria com os estados e municípios, gerido pelo Ministério das Cidades e operacionalizado pela CEF. O Programa – MCMV – Entidades – PMCMV-E – tem como objetivo atender as necessidades de habitação da população de baixa renda nas áreas urbanas, garantindo o acesso à moradia digna com padrões mínimos de sustentabilidade, segurança e habitabilidade (CEF, 2013). A unidade habitacional que usaremos como projeto padrão será executada no município de Viseu, localizado no noroeste o Estado do Pará, e está entre as 496 Unidades habitacionais que farão parte de Conjunto Residencial, o qual contará com Centro Comunitário, Espaço Comunitário e Quadra Esportiva. 4.1.1 Localização e acesso à área O empreendimento Conjunto Residencial, localizado na estrada de acesso a vila do Bombom, no município de Viseu (PA). Trata-se de um loteamento a ser executado cuja contratante CEF, com recursos do FAR. 4.1.2 O terreno estudado 58 A área de intervenção destinada a habitação compreende cerca de 154.945,64 m² (cento e cinquenta e quatro, novecentos e quarenta e cinco e sessenta e quatro mil metros quadrados) e abriga 496 lotes. Os lotes terão dimensão de 10 metros X 20 metros (sendo 10 metros de frente por 20 metros de fundo). A disposição espacial no terreno foi definida em função do aproveitamento e funcionamento global do Residencial e melhor Implantação da infraestrutura urbana. 4.1.3. Lotes Em cada lote será construído uma unidade habitacional com 41,39 m² (quarenta e um e trinta e nove metros quadrados), contendo sala estar/jantar, 02 (dois) quartos, banheiro, circulação, cozinha e área de serviço (externa) o afastamento frontal da residência em relação ao limite do terreno é de 5,00 metros os afastamentos laterais são de 1,34 metros e 1,34 metros pelos lados direito e esquerdo respectivamente, o afastamento do fundo da residência ao limite do lote é de 6,95 metros, contando ainda com 1,20 metros de passeio público após o limite do terreno. Os lotes serão entregues demarcados com piquetes (Construtora Responsável, 2013). 4.1.4. Sistema Viário As ruas foram definidas no sentido de facilitar o tráfego veículos de passeio e de serviços. Para isso foi adotado o sistema de ruas arteriais e secundárias todas paralelas de acordo com a classificação. As vias artérias foram definidas com 8,00 metros (oito metros) de largura e ambas e as secundárias com 7,00 metros (sete metros) de largura e ambas serão vias de mão dupla (Construtora Responsável, 2013). 4.1.5. Ajardinamento e Arborização 59 Foram definidas áreas verdes nas quais serão feitas intervenções paisagísticas, com mudas de árvores, com o intuito de favorecer o conforto térmico do local (Construtora Responsável, 2013). 4.1.6. Área de lazer Na quadra central será construída 01(uma) praça contendo um espaço comunitário, 02(duas) Quadras poliesportiva com piso em concreto acabado e pintado, cercado por alambrado e iluminado para práticas esportivas e lazer, o qual será incorporado ao conjunto arquitetônico. A praça será dotada de banco em concreto aparente, passeio público em concreto. O Playground será constituído de brinquedos confeccionados em madeira (Construtora Responsável, 2013). 4.2. ORÇAMENTOS Para dar inicio ao estudo de caso, foi utilizado o orçamento base do empreendimento preenchido com os valores obtidos através da tabela SINAPI referente à OUT/13. O preço total da construção de uma unidade habitacional sem os critérios para obtenção do Selo foi de R$ 44.765,15 (Quarenta e quatro mil setecentos e sessenta e cinco reais e quinze centavos). A Tabela 3 apresenta o orçamento resumido. Este valor leva em conta um BDI de 16%. O orçamento detalhado é demonstrado no ANEXO VIII. Tabela 3: Orçamento Resumido sem o SCA ITEM 1 2 3 4 5 6 7 8 9 SERVIÇOS SERVIÇOS PRELIMINARES INFRA-ESTRUTURA SUPRA-ESTRUTURA PAREDES E PAINEIS COBERTURA E PROTEÇÕES REVESTIMENTO E PINTURA PAVIMENTAÇÃO INSTALAÇÕES E APARELHOS COMPLEMENTAÇÕES CUSTO DIRETO DA CONSTRUÇÃO VALOR R$ 1.549,40 R$ 4.114,42 R$ 372,41 R$ 8.889,26 R$ 6.670,03 R$ 6.247,87 R$ 4.447,63 R$ 5.657,48 R$ 642,15 R$ 38.590,66 PESO 4,01% 10,66% 0,97% 23,03% 17,28% 16,19% 11,53% 14,66% 1,66% 100,0% 60 BDI (%) CUSTO TOTAL DA CONSTRUÇÃO 16,00 R$ 44.765,15 Fonte: Autores, (2013). Para a construção de uma unidade habitacional sustentável com critérios para obtenção do Selo Casa Azul, obteve-se o valor total da construção de R$ 53.142,38 (Cinquenta e três mil cento e quarenta e dois reais e trinta e oito centavos). A Tabela 4 apresenta o orçamento resumido da unidade habitacional já com a adição dos critérios e obrigatórios aplicáveis a unidade habitacional sustentável. O orçamento detalhado é demonstrado no ANEXO IX. Tabela 4: Orçamento Resumido com o SCA ITEM 1 2 3 4 5 6 7 8 9 SERVIÇOS SERVIÇOS PRELIMINARES INFRA-ESTRUTURA SUPRA-ESTRUTURA PAREDES E PAINEIS COBERTURA E PROTEÇÕES REVESTIMENTO E PINTURA PAVIMENTAÇÃO INSTALAÇÕES E APARELHOS COMPLEMENTAÇÕES CUSTO DIRETO DA CONSTRUÇÃO BDI (%) CUSTO TOTAL DA CONSTRUÇÃO VALOR R$ 1.549,40 R$ 4.114,42 R$ 372,41 R$ 10.881,16 R$ 7.226,18 R$ 6.247,87 R$ 4.447,63 R$ 9.271,45 R$ 1.701,88 R$ 45.812,41 PESO 3,38% 8,98% 0,81% 23,75% 15,77% 13,64% 9,71% 20,24% 3,71% 100,0% 16,00 R$ 53.142,38 Fonte: Autores, (2013). A diferença entre os dois orçamentos apresentados é de R$ 8.377,23 (Oito mil trezentos e setenta e sete reais e vinte e três centavos). Este valor representa um acréscimo de 18,71% ao orçamento original, analisado no Gráfico 1. Gráfico 1: Comparativo dos itens adicionados no novo orçamento. Fonte: Autores, 2013. Tabela 5: Comparativo dos valores adicionais. 61 CONVENCIONAL SUSTENTÁVEL ACRÉSCIMO ACRÉSCIMO % PAREDES E PAINEIS R$ 8.889,26 R$ 10.881,16 R$ 1.991,90 18,31% COBERTURA E PROTEÇÕES R$ 6.670,03 R$ 7.226,18 R$ 556,15 7,70% INSTALAÇÕES E APARELHOS R$ 5.657,48 R$ 9.271,45 R$ 3.613,98 38,98% COMPLEMENTAÇÕES R$ 642,15 R$ 1.701,88 R$ 1.059,73 62% VALOR TOTAL DO ACRÉSCIMO R$ 7.221,76 VALOR TOTAL DO ACRÉSCIMO COM BDI (16%) R$ 8.377,24 Fonte: Autores, 2013. Após efetuar a adição dos requisitos necessários no orçamento para que se obtenha o Selo Casa Azul, verifica-se o aumento de um percentual de mais de 18% no item de paredes e esquadrias, aumento de 7,70% na cobertura e proteções da unidade habitacional, 39,98% nas instalações elétricas e hidráulicas e 62% nas complementações da unidade habitacional com Selo Casa Azul. O Gráfico 2 mostra um comparativo dos serviços entre os orçamentos apresentados. Gráfico 2: Comparativo dos serviços apresentados nos orçamentos. Fonte: Autores, 2013. 4.3. ANÁLISE DE VIABILIDADE O atendimento aos critérios definidos pelo Selo Casa Azul, de forma a atender ao nível ouro, causou um encarecimento no custo final do empreendimento, como visto a cima. Entretanto, sabe-se que alguns dos critérios exigidos, seriam inviáveis para a região de aplicação do conjunto, como por exemplo, a instalação de gás, a qual se adequaria a um conjunto habitacional formado por edifícios, pela facilidade de instalação, manutenção e medição. Apesar de o comparativo ter demonstrado uma elevação no custo da habitação sustentável, o professor Vanderley John, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, acredita que é possível construir com menor impacto ambiental sem elevação dos custos. “A sustentabilidade possui três vetores: ambiental, social e econômico, os quais devem ser balanceados, e somente soluções viáveis economicamente, socialmente justas e de baixo impacto ambiental 62 podem ser consideradas. Assim, é perfeitamente possível fazer construção sustentável sem aumentar o custo, reduzindo o impacto ambiental de forma significativa e melhorando o desempenho social”. Segundo ele, existem produtos no mercado com menor impacto ambiental, mas que possuem os mesmos custos, como, por exemplo, o Cimento de Alto Forno, um dos critérios de livre escolha dentro do Selo, e que foi escolhido por nós, para elaboração do orçamento da habitação sustentável, ou até mesmo, alguns produtos que custam um pouco mais, porém não agregam grandes alterações nos custos finais da construção, afirma também, que outro item importante para a diminuição desses gastos, é a redução de desperdícios de materiais, ou até a reutilização dos mesmos, outro item especificado pelo Selo e atendido por nós na elaboração do orçamento, só este item pode reduzir em 3% o custo de construção típico. Entretanto, o Selo adota soluções tecnológicas avançadas que reduzem ainda mais os impactos ambientais, buscando benefícios econômicos durante a fase de uso, que compensariam o custo de construção, caso o construtor, fosse também, posteriormente o usuário do empreendimento. Porém, levando em consideração que a construção sustentável fosse um empreendimento comercial, estas soluções aumentariam o custo da construção, causando diminuição do lucro para o empreendedor, sendo assim quais seriam as vantagens de se adotar medidas sustentáveis? Segundo Danusa Nascimento, Gerente Técnica de Projetos Especiais e Consultora em Sustentabilidade Corporativa do Centro de Tecnologia de Edificações, vários são os ganhos e resultados proporcionados. Podemos ressaltar alguns tópicos de maior relevância para as incorporadoras e construtoras: Estabelecimento da sustentabilidade como valor estratégico da empresa; Difusão dos conceitos de sustentabilidade nos diversos níveis da organização, visando à motivação pessoal e profissional dos diversos agentes; Desenvolvimento de diretrizes de processos e produtos comprometidos social e ambientalmente, criando diferenciais competitivos a serem percebidos pelos seus clientes e partes envolvidas; 63 Detecção de oportunidades de otimização dos processos e redução de custos pela diminuição dos impactos ambientais e sociais e pelo compromisso com o desenvolvimento do capital humano e intelectual de seus colaboradores; Desenvolvimento e seleção de fornecedores de materiais, serviços e equipamentos que atendam às diretrizes ambientais e critérios sociais; Melhoria nas relações com as partes envolvidas (público interno, consumidores e clientes, comunidade, governo e fornecedores, sociedade, meio ambiente, vizinhança de empreendimentos, sindicatos, órgãos de controle ambiental, etc.); Padronização e controle do desempenho econômico, ambiental e social da empresa e de seus processos e produtos; Estruturação dos indicadores de monitoramento do desempenho e emissão de relatórios socioambientais; Desenvolvimento e consolidação da cultura de sustentabilidade na empresa, permitindo sua inserção entre as organizações que atendem aos indicadores de sustentabilidade definidos por várias entidades envolvidas com o assunto, entre elas o ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial da BOVESPA; Melhoria da imagem corporativa da empresa pelas práticas sociais e ambientais aplicadas e comunicação desse diferencial aos clientes e partes interessadas. A adoção de medidas socioambientais proporciona um grande valor à imagem coorporativa da empresa, que pode ser comunicado aos clientes, colaboradores e as demais partes interessadas. Além disto, este tipo de abordagem, quando desenvolvida em empreendimentos, projetos e obras, agrega diferenciais nos produtos e serviços a serem comercializados. Danusa utiliza como exemplo o valor do aluguel de edifícios de escritórios certificados Green Building (LEED) que têm se situado em valores 15% maior que edifícios concorrentes de mesmo perfil, e também, a economia gerada nas taxas condominiais de um empreendimento sustentável, em especial devido à economia de energia e de água. 64 Nelson Kawakami, CEO e Diretor Executivo do Green Building Council Brazil – GBC, explica por que a adoção da construção sustentável é importante: “Por que traz os benefícios dos três sustentáculos da sustentabilidade. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia comparando 100 empreendimentos que foram feitos com a Certificação LEED e 100 que não foram deixou claro que, nos projetos sustentáveis, é possível reduzir a energia utilizada (em 30%), a emissão de CO2 (em 35%), o uso de água (de 30 a 50%) e a geração de resíduos (de 50 a 60%)”. Esses benefícios econômicos, também podem ser percebidos na construção verde, em termos de negócios. “Outro estudo do WGBC (World Green Building Council) e da editora McGraw Hill, realizado nos mercados americano e europeu, mostrou que de 8% a 9% dos respondentes indicam redução no custo operacional; 7,5%, crescimento no valor de revenda; 6,6%, crescimento na taxa de retorno; 3,5%, crescimento na taxa de ocupação e 3%, crescimento do valor de aluguel.” (FEBRABAN, 2010) A Tishman Speyer é uma das maiores desenvolvedoras imobiliárias do mundo, estando há 13 anos no mercado brasileiro, se especializou na construção de edifícios que preenchem os requisitos do selo green building (edifício verde), um dos seus empreendimentos é o Ventura Corporate Towers, no Centro do Rio. A empresa possui dados numéricos que comprovam que a construção sustentável pode ser lucrativa. A tabela abaixo traz uma comparação entre a compra de um apartamento de um prédio tradicional e de um sustentável. No segundo caso, paga-se R$ 120/mês a mais, porém em 20 anos tem-se uma redução no condomínio de R$ 180/mês, de forma que o comprador sai recebendo R$ 60/mês. Tabela 6: Comparativo de gastos e lucros do investimento em um prédio sustentável. Caro que sai barato... CON R$ STRU 360. ÇÃO 000, TRA 00 DICI ONA L ENTRADA R$75 mil FINANCIAMENTO R$285.000,00 CUSTO MENSAL: Condomínio + luz + água = R$ 960 PRESTAÇÃO 240 x R$3.030 Apto de 120m² (3D, 2S...) 5 0 a n os 65 Preço de Venda R$ 3 mil/m² Custo de construção R$ 1,5 mil/m² 20 anos 20 anos Financiamento de 20 anos a 1% a.m. Custo Operacional de R$ 8/m² ECONOMIA MENSAL DE R$ 180 ENTRADA R$75 mil CON STRU R$ ÇÃO 370. TRA 800, DICI 00 ONA FINANCIAMENTO L R$285.000,00 20 anos 5 0 CUSTO MENSAL: Condomínio + luz + água = R$ 780 PRESTAÇÃO 240 x R$3.030 20 anos 5% a n os Custo adicional na Construção Economia 1,5/m² operacional R$ 240 x R$120,00 s R$ -10.800 GANHO MENSAL 240 x R$ 60 - 20 anos GANHO MENSAL 360 x R$ 180 - 30 anos POUPANÇA R$ 54 Fonte: FEBRABAN, 2010. Segundo a FEBRABAN, Federação Brasileira de Bancos, um estudo feito pelo Centro de Tecnologia de Edificações (CTE) e pela assessoria Criactive com 104 empresas brasileiras, que representam 41% do volume de obras no país, mostrou: 66 Figura 6: Grau de envolvimento do setor. (FEBRABAN, 2010) Hoje, a maior parte das empresas deixa de investir em selos sustentáveis, pela falta de informação em relação ao setor, os principais motivos são: custo, pelo fato desse tipo de construção dispender maior valor de investimento e as empresas não possuírem o conhecimento de que esses valores podem ser revestidos em lucros futuros; fatores culturais; incentivo; fornecedores e o cliente. Existe a seguinte questão: os consumidores brasileiros estariam dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis? Várias empresas da área realizaram pesquisas sérias para obter respostas concretas para essa questão, que possui grande influência no poder de decisão das empresas, podendo modificar esse quadro de receio em novos investimentos em selos verdes. A Tabela 7 demonstra quanto o consumidor estaria disposto a pagar por um produto com selo sustentável. Tabela 7: Visão do consumidor Fonte: Banco de Dados Sustentax / c&C, 2010. Visão do Consumidor Brasileiro (2009) “92% dos brasileiros têm consciência de que a temperatura da Terra está aumentando e 90% acham que a questão é muito grave ou grave.”(Banco de dados SustentaX / Pesquisa CNI/IBOPE) “86% disseram estar dispostos a recompensar empresas que possuem ações sustentáveis.” “48% disseram estar dispostos a pagar 10% a mais por um produto sustentável.” Fonte: Banco de dados SustentaX / Pesquisa realizada pelas agências de publicidade Z+, Media Contacts e Mobext, do grupo francês Havas, via Internet, com 2.532 consumidores brasileiros. 67 Marcelo Takaoka, Diretor do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), sugere a seguinte questão, “Renda é igual a impostos, que é igual a consumo, investimento e poupança.” Como dito anteriormente, tratar a questão da sustentabilidade significa fazer economia. “A CEF fez uma pesquisa na qual foram observados dois bairros diferentes, um com questões ambientalmente responsáveis e outro comum, e a economia que se constatou na manutenção da casa sustentável foi de R$ 51 mensais. Aparentemente, o valor é baixo, mas para uma família que ganha de dois a três salários mínimos, significa algo em torno de 7 a 10% do orçamento familiar. E para o sistema financeiro isso se traduz em maior capacidade de pagamento.” (FEBRABAN, 2010) Segundo Newton Figueiredo, Fundador e Presidente do Grupo Sustentax, o Brasil tem a população mais preocupada do mundo com o aquecimento global, portanto, existe um campo fértil para o desenvolvimento de soluções sustentáveis no país. Podemos perceber isso, ao analisar o gráfico abaixo. Gráfico 3: Preocupação da População em relação ao aquecimento global. 68 Fonte: Banco de dados SustentaX / Pew Research Center 2008 Por isso a importância de Instituições como a CEF, lançarem programas de incentivo a esse tipo de investimento. Existe hoje uma preocupação da população em relação à questão ambiental, e como podemos ver demonstrados nos valores das pesquisas acima, essa preocupação não está retida a uma pequena parcela da população brasileira, ela engloba mais da metade da mesma. Essa disposição da população em pagar a mais por produtos com certificações sustentáveis, demonstra que as Empresas podem começar a investir em construções verdes, pois existe mercado. Além das vantagens citadas acima a responsabilidade socioambiental também gera facilidades em relação ao funding. No panorama internacional há vários fundos de investimento, inclusive Banco Mundial, que têm explicitado em suas regras de financiamento e concessão de crédito as exigências de sustentabilidade empresarial e de empreendimentos. Em relação ao cenário nacional, na concessão de créditos imobiliários, já existem bancos que estão fazendo exigências referentes a medidas sustentáveis. A CEF está criando diretrizes de sustentabilidade para seus empreendimentos, em 69 junho de 2012, durante a semana da Conferência Rio+20, a CEF lançou a linha Crédito Verde, que trouxe condições diferenciadas para atividades sustentáveis. “O Crédito Verde engloba taxas reduzidas para o financiamento de veículos ecoeficientes, a linha de crédito Ecoeficiência Empresarial, composta de vários produtos para Pessoa Jurídica, e taxas especiais para empresas da construção civil que desejam financiar habitações sustentáveis por meio do Selo Casa Azul.” (CEF, 2012). Para projetos que possuem o Selo Casa Azul CEF, as taxas podem chegar a 8,8% a.a. em linhas de crédito de apoio à construção de empreendimentos habitacionais que utilizam recursos da poupança (SBPE). A linha Ecoeficiência Empresarial, que inclui produtos com vantagens nas taxas de juros, prazos e carências, tem como objetivo financiar o setor empresarial, buscando a melhoria de seus processos produtivos, havendo assim redução no consumo de matérias-primas e insumos, além de financiar projetos de geração de energias sustentáveis, transporte eficiente e gestão de resíduos. “A linha é voltada para os segmentos de Produção Mais Limpa (crédito para melhorar os processos produtivos das empresas); Eficiência Energética (investir em máquinas e equipamentos mais eficientes); Energias Renováveis (financiar projetos de energias renováveis – biomassa, eólica, solar, hidrelétrica); Modais de Transporte Eficiente (financiar ônibus elétricos ou a etanol; e financiar linha de produção); Gestão de Resíduos (financiar projetos para gestão de resíduos sólidos); e Hotéis Mais Eficientes (melhoria da ecoeficiência no setor hoteleiro).”(CEF, 2012). 5. CONCLUSÃO 70 A partir da comparação dos dois orçamentos, pode-se perceber um aumento de 18,56% no custo de execução da habitação, seguindo os critérios do SCA. Entretanto, foi detectado a existências de alguns fatores que, muito provavelmente, dificultariam o cumprimento dos critérios do SCA durante a construção das habitações, sendo também, os principais fatores de elevação do custo final, como por exemplo, sistema de aquecimento solar, no caso, como o aquecimento seria individual, a instalação teria de ser feita por unidade habitacional, acarretando na elevação significativa do custo final do serviço, tendo em vista que este trabalho utilizou como base um loteamento do MCMV, esse tipo de instalação seria mais pertinente a um edifício, além disso, as condições bioclimáticas da região não exigem que as casas possuam sistema de aquecimento, por não haver inverno, ou períodos de baixas temperaturas, pelo contrário, a maior parte do ano o clima é quente, e é considerado inverno, as épocas de chuva, que não trazem grandes diminuições nas temperaturas usuais da região, sendo assim, não se faz necessário sistema de aquecimento de água ou de ambiente. Outro fator, que possui grande peso no custo final é a medição individualizada de gás. Por se tratar de um loteamento, um projeto de instalação de gás, além de encarecer o empreendimento, também causaria dificuldades em relação à própria instalação do projeto, por se tratar de um conjunto habitacional, é aberto, ou seja, não possui portaria ou muros, que o tornem um condomínio, seria complicado, então, a criação de uma estação que pudesse abrigar os cilindros de gás GLP, e que ficasse em uma área onde não houvesse grande trânsito de pessoas, além disso, ainda existe o risco de furtos e depredação por pessoas que não residam no local. Por se tratar de um conjunto habitacional destinado a famílias de baixa renda, ainda existe o fato de que essas famílias não possuem gastos significativos com gás, dessa forma, poderiam ser estudadas outras maneiras ou outras ações sustentáveis a serem inseridas em casos como este, que haja algum tipo de característica do local ou dos futuros moradores, que venha impedir a realização dos projetos ou que os mesmos não se façam necessários. Entretanto, após as pesquisas demonstradas anteriormente, pode-se perceber que grande parte da população está aberta a investir em imóveis com Selos Verdes, tendo em vista, que muitos empresários, se mantinham alheios ao mercado sustentável pelo fato de imaginarem que a elevação dos preços dos 71 empreendimentos acarretaria na diminuição da demanda de vendas, a empresa Sustentax afirma, através de suas pesquisas, que 51% dos clientes pagariam até 10% a mais em um produto com um selo verde, e 26% pagariam até 20%, como mencionado acima a unidade de habitação sustentável custará 18,71% a mais do que a casa convencional, valor que está acima da porcentagem considerada aceitável pela maioria consumidores, no entanto, deve-se levar em consideração que os custos orçamentários foram baseados em apenas uma unidade do loteamento, sabe-se que quando há compra de materiais e serviços em grande escala, exemplo o próprio loteamento de Viseu com 496 unidades habitacionais, é usual haver negociações entre fornecedores e compradores para redução de preços, sendo assim, é possível considerar que os empreendedores podem ter uma margem ainda maior, no diz respeito a quanto o consumidor se propõe a pagar, dessa forma, existe possibilidade de diminuir o acréscimo percentual e aproxima-lo da margem mais baixa de aceitação dos consumidores. Ainda podemos ressaltar a vantagem comercial da sustentabilidade como valor estratégico da empresa, tendo comprovação de que empresas que possuem selos verdes possuem melhor imagem, o desenvolvimento desses processos comprometidos com valores socioambientais criam diferenciais competitivos, que são levados em consideração por clientes e futuros investidores. Além disso, o governo também está buscando incentivos para que não somente empresários passem a investir em sustentabilidade, mas a própria população: Jahnke et al. (2012), o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) é um imposto previsto no artigo 156 da Constituição Federal de 1988. Sendo de competência municipal instituir impostos sobre propriedade urbana, como um apartamento, sala comercial ou uma casa. Com o intuito de incentivar o modelo sustentável surgiram projetos de Leis Municipais versando sobre a possível redução do IPTU quando forem constatadas práticas sustentáveis ou que promovam ações benéficas ao meio ambiente. Alguns desses projetos de descontos integram Leis Municipais, como em Guarulhos (Lei nº 6.793/10), Curitiba (Lei nº 9.806/00), Sorocaba (Lei nº 9.571/11), Araraquara (Lei nº 7.152/09), São Vicente (Lei nº 634/2010) dentre outras cidades. Outros órgãos de grande importância e diretamente ligados ao governo, também estão dando incentivos a empreendedores que apliquem selos sustentáveis 72 à seus produtos, exemplo a CEF, concederá, aos empreendedores que participem Selo Casa Azul ou invistam em Linhas de Crédito Verde, 100% de financiamento, com juros máximo de 1,92% ao ano, sabemos que a taxa de juros varia entre 8,8% e 9,2%. O empresário terá até 150 meses para pagar, com mais seis meses de carência, o empresário terá condições de investir e ao mesmo tempo atender os requisitos básicos para a obtenção de licenciamento ambiental. “Em apenas 15 dias, o empresário pode obter a linha de crédito. “As instituições financeiras estão sendo chamadas à contribuir para a sustentabilidade, por meio de atividades fins. A CEF escolheu a linha de crédito, somada a outras ações como o financiamento para melhorias em infraestrutura urbana”, explicou Jean. A substituição de máquinas e equipamentos antigos por outros mais modernos é a medida encontrada para que o consumo de energia seja menor e sejam aproveitadas as energias renováveis.”(CEF,2012). A partir da análise dos fatores citados acima, como comprovação de mercado viável, melhorias na imagem coorporativa e ainda, a facilidade e os ótimos valores de financiamento oferecidos pela CEF, levando em consideração os descontos nos juros do financiamento ao ano, e comparando ao acréscimo percebido nos orçamentos, pode-se pensar que balanceando os custos totais, existe a possibilidade de não onerar significativamente o valor final, dessa forma podemos concluir que o investimento em práticas socioambientais, como o Selo Casa Azul, apesar de estar acima do valor que a maioria da população estaria disposta a pagar, ainda assim, é viável. REFERÊNCIAS 73 AULICINO, P.; Análise de Métodos de Avaliação de Sustentabilidade do Ambiente Construído: o Caso dos Conjuntos Habitacionais. Dissertação de Mestrado. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – Departamento de Engenharia Civil, 2008. ARAÚJO. V. M. Praticas recomendadas para gestão mais sustentável de canteiros de obras. 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Barcelona: Gustavo Gili, 1999. 76 ANEXOS ANEXO I – Planta Baixa da Unidade Habitacional 77 ANEXO II – Parcelamento Urbanístico 78 ANEXO III – Secção A 79 80 ANEXO IV – Secção B 81 ANEXO V – Elevação 01 82 83 ANEXO VI – Locação 84 ANEXO VII – Planta de Cobertutra 85 Tabela A: Zonas bioclimáticas 86 Tabela A: Zonas bioclimáticas (cont.) 87 Tabela A: Zonas bioclimáticas (cont.) 88 Tabela A: Zonas bioclimáticas (cont.) 89 Tabela B: Desempennho Térmico – Vedações Legenda U = transmitância térmica (W/(m²K)) – o inverso da resistência térmica (RT), sendo RT o somatório do conjunto de resistências térmicas correspondentes às camadas de um elemento ou componente, incluindo as resistências superficiais internas e externas. CT = capacidade térmica dos componentes (KJ/m².K) – quociente da capacidade térmica de um componente pela sua área. α = absortância à radiação solar – quociente da taxa de radiação solar absorvida por uma superfície pela taxa de radiação solar incidente sobre esta mesma superfície. A = área de piso do ambiente. FV = fator de ventilação. 90 Tabela C.1: Desempenho térmico – vedações – Paredes Legenda U = transmitância térmica (W/(m²K)) – o inverso da resistência térmica (RT), sendo RT o somatório do conjunto de resistências térmicas correspondentes às camadas de um elemento ou componente, incluindo as resistências superficiais internas e externas. CT = capacidade térmica dos componentes (KJ/m².K) – quociente da capacidade térmica de um componente pela sua área. A = área de piso do ambiente. A Transmitância e Capacidade Térmica de paredes e coberturas que não constam nas Tabelas D e E podem ser calculadas conforme a NBR 15220-2. 91 Tabela C.2: Desempenho térmico – vedações – Aberturas e Coberturas * A Transmitância e Capacidade Térmica de paredes que não constam na Tabela D podem ser calculadas conforme a NBR 15220-2. ** Para sala com cozinhas conjugadas considerar o somatório das áreas da sala e cozinha e aplicar os criterios do ambiente (salas). *** Recomenda-se que na zona 8 a porcentagem de iluminação dos ambientes não seja superior a 20%. 92 Legenda A = Área de piso do ambiente Tabela D: Tipologias – Paredes 93 Tabela D: Tipologias – Paredes (cont.) 94 Tabela E: Tipologias – Coberturas 95 Tabela E: Tipologias – Coberturas (cont.) 96 Tabela F: Estratégias 97 98 Tabela F: Estratégias (cont.) 99 ANEXO VIII: ORÇAMENTO UNIDADE HABITACIONAL CONVENCIONAL SERVIÇO 1.1 . 1.2 1 SERVIÇO S PRELIMI NARES E GERAIS 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 Despesas iniciais/Mobilização (cópias, licenças, taxas e impostos) Manutenção e operação do canteiro de obras Placa da obra (2 und de 6 x 3 m) Barração de madeira para a obra Administração local Limpeza do lote Cerca em mourão de concreto com tela galvanizada de Ø 7,5cm com 2 metros de altura Unid. Quant. Custo Unitário Unid. 1,00 R$ 100,80 R$ 100,80 6,50 mês m² m² mês m² 1,50 0,07 0,79 1,50 200,00 R$ 10,08 R$ 312,00 R$ 228,86 R$ 33,66 R$ 2,31 R$ R$ R$ R$ R$ 15,12 21,84 180,80 50,49 462,00 0,98 1,41 11,66 3,26 29,80 m² 5,96 R$ 120,67 R$ 719,19 46,39 R$ 1.550,24 100% CUSTO TOTAL DO ÍTEM 2.1 2 INFRA ESTRUT URA 2.2 Trabal hos em Terra Funda ções e Outros Serviç os 3.1 2.1.2 Escavação manual 2.1.3 Aterro compactado 2.1.4 Reaterro compactado 2.2.1 Fundação corrida concreto com seixo 15 Mpa 2.2.2 Baldrame em bloco de concreto 9x19x39 cm 2.2.3 Concreto p/ enchimento dos blocos 15 Mpa m² m³ m³ 41,39 4,97 8,28 R$ 2,96 R$ 26,67 R$ 55,74 R$ 23,19 R$ R$ R$ R$ 122,51 132,55 461,53 - 2,98 3,22 11,21 0,00 m³ 4,97 R$ 428,19 R$ 2.128,10 51,70 m² 15,72 R$ 69,99 R$ 1.100,24 26,73 m³ 0,40 R$ 428,19 R$ 171,28 4,16 R$ 4.116,21 100% R$ 372,32 100,00 R$ 372,32 100% m³ Canaleta em concreto pré-moldado 9x19x39 cm m² CUSTO TOTAL DO ÍTEM 4 4.1 Alvenarias PAREDE SE ESQUA DRIAS % Ítem Total % 4,02 2.1.1 Locação da obra CUSTO TOTAL DO ÍTEM 3 PERCI NTA E PILARE S Custo Total 4.1.1 Alvenaria de tijolo cerâmico 6 furos 4.1.2 Verga em concreto armado SUBTOTAL 4.2.1 P2 - Portas 80x210cm 4.2 Esquadrias completa padrão UV núcleo colméia Madeir 4.2.2P2 - Fechadura para a Portas comp. SUBTOTAL 4.3.1 P1 - Porta de abrir tipo 4.3 Esquadrias veneziana em alumínio de 0,80x2,10 4.3.2 B2 - Balancim de de alumínio alumínio e vidro canelado 1,20 x 0,50 m 4.3.3 J1 - Janela de alumínio e vidro de correr central 1,50 x 1,20 m 4.3.4 J2 - Janela de alumínio e vidro de correr central 2,00 x 1,20 m 8,27 R$ 45,02 m² 106,83 R$ 45,02 R$ 4.809,49 96,62 m³ 0,21 R$ 802,00 R$ 168,42 3,38 R$ 4.977,91 100% un 3,00 R$ 328,88 R$ 986,64 92,40 un 3,00 R$ 27,06 R$ 81,18 7,60 R$ 1.067,82 100% m² 3,36 R$ 270,90 R$ 910,22 32,01 m² 0,60 R$ 235,69 R$ 141,41 4,97 m² m² 3,60 2,40 R$ 286,88 R$ 286,88 R$ R$ 1.032,77 688,51 36,32 24,21 10,67 0,96 12,90 2,77 100 4.3.5 B1 - Balancin de alumínio com vidro canelado 0,60 x 0,50 m SUBTOTAL m² 0,30 R$ 235,69 CUSTO TOTAL DO ÍTEM 5 COBERT URAS E PROTEÇ ÕES 5.1 Telhados 5.2.1 Impermeabilização de baldrame com tinta asfáltica bilizações SUBTOTAL 5.2 Impermea- Extern os 7 PAVIMEN TAÇÃO 6.2.2 Reboco liso 6.2.3 Emboço 6.2.4 Cerâmica 30x30cm SUBTOTAL 6 REVESTI MENTOS 6.3 Forros 6.4 Pintur as 7.1 Cerâmica 7.2 Cimentado 6.3.1 Lambril PVC c/ entarugamento em madeira SUBTOTAL 6.4.1 Textura Acrílica (1 demão) sobre selador Parede externa 6.4.2 Textura PVA (1 demão) sobre selador Parede interna 6.4.3 Imunização de madeira R$ 2.843,62 100% R$ 8.889,35 68,51 R$ 57,47 R$ 3.937,27 60,03 m² 68,51 R$ 33,92 R$ 2.323,86 35,43 m m 30,54 7,75 R$ 6,48 R$ 12,85 R$ R$ 197,90 99,59 3,02 1,52 R$ 6.558,62 100% R$ 111,41 100,00 R$ 111,41 100% R$ 6.670,03 m² 7.2.1 Concreto 15MPA 7.2.2 Camada Niveladora 7.2.3 Calçada de proteção l=50 cm 7.2.4 Acesso em rampa de concreto SUBTOTAL 33,06 R$ 3,37 128,03 R$ 4,01 R$ 513,40 19,37 23,22 104,81 23,22 R$ 20,48 R$ 10,83 R$ 22,69 R$ R$ R$ 475,55 1.135,09 526,86 17,94 42,82 19,87 m² 78,39 R$ 4,01 R$ R$ 2.650,90 314,34 100% 27,60 m² m² m² 77,19 1,20 1,20 R$ 10,01 R$ 20,48 R$ 22,69 R$ R$ R$ 772,67 24,58 27,23 67,85 2,16 2,39 R$ 1.138,82 100% R$ 904,25 100,00 R$ 904,25 100% m² 36,17 R$ 25,00 m² 77,19 R$ 9,02 R$ 696,25 44,81 m² m² 104,81 68,51 R$ 5,98 R$ 3,37 R$ R$ 626,76 230,88 40,33 14,86 R$ 1.553,89 100% CUSTO TOTAL DO ÍTEM 7.1.1 Lajota cerâmica 30x30 m² SUBTOTAL 7.3.1 Rodapé ceramico h=7 cm Soleira 7.3.2 Soleiras em concreto se pré-moldado Peitori 7.3.3 Peitoril em concreto pré- 7.3 Rodapés 2,49 m² CUSTO TOTAL DO ÍTEM Revest imento 6.1.1 Chapisco 1:3 interno s m² Interno 6.1.2 Emboço s m² 6.1.2 Reboco liso m² 6.1.3 Cerâmica 30x30cm m² SUBTOTAL 6.2.1 Chapisco 1:3 externo 6.2 70,71 7,37 5.1.1 Estrutura de madeira para telha cerâmica tipo Plan 5.1.2 Cobertura em telha cerâmica tipo Plan 5.1.3 Encaliçamento de beirais e cumeeiras 5.1.4 Cumeeiras SUBTOTAL 6.1 R$ 36,17 R$ 35,04 R$ R$ 6.247,86 1.267,40 100,00 m³ m² 2,90 36,17 R$ 358,96 R$ 21,32 R$ R$ R$ 1.267,40 1.040,98 771,14 100% 42,10 31,18 m² 15,90 R$ 30,27 R$ 481,29 19,46 m³ 0,50 R$ 358,96 R$ 179,48 7,26 R$ 2.472,89 100% ml 35,40 R$ 8,25 R$ 292,05 41,23 m m 4,30 6,80 R$ 37,50 R$ 37,50 R$ R$ 161,25 255,00 22,77 36,00 16,99 0,29 6,87 2,95 2,34 4,03 3,28 6,41 101 s moldado SUBTOTAL CUSTO TOTAL DO ÍTEM 8 INSTALA ÇÕES E COMPLE MENTOS 8.1 Hidro- sanitárias R$ 708,30 R$ 4.448,59 100% Joelho CPVC HID com bucha de latão JSR 90º 22 MM x 1/2" Tee CPVC soldável com bucha de latão 22 MM x 1/2" Registro de gaveta com canopla cromado 3/4" Registro de esfera 3/4" com alavanca Adaptador soldável com flange livre p cx d'água 25x3/4" Adaptador soldável com flange livre p cx d'água 32x1" Adaptador pvc rígido JSR 25x3/4" Adaptador pvc rígido JSR 20x1/2" Luva pvc JSR de 20x1/2" Curva 90º soldável 25mm Curva 90º soldável 32mm Tee pvc soldável 20mm Joelho pvc de redução 25 x 20mm Joelho pvc de 20mm Joelho pvc JS de 25mm Niple pvc 3/4" Joelho pvc rígido JSR 25 x 3/4" Tubo pvc HID JS CL.15 32 MM Tubo pvc HID JS CL.15 25 MM Tubo pvc HID JS CL.15 20 MM Tubo CPVC 28 MM Vaso sanitário Lavatório em louça branco sem coluna padrão popular com torneira metálica cromada, sifão e válvula em pvc Tanque em mármore sintético 22L com torneira metálica cromada, sifão e válvula em pvc Pia em mármore sintético L=1,20 M ( 1 cuba) com torneira metálica cromada, sifão e válvula em pvc Chuveiro Caixa d'água em polietileno capac. 500L com bóia e sistema de limpeza Engate plástico 1/2" X 0,40 M Tubo pvc esg 50mm Tubo pvc esg 40mm Tubo pvc esg 75mm Tubo pvc esg 100mm Joelho pvc esg 45° 40 mm Joelho pvc esg 90° 40 mm Joelho pvc esg 90° 50 mm Curva pvc 90º longa 100mm Luva simples esgoto 100mm Luva simples esgoto 50mm Luva simples esgoto 40mm und 3,00 R$ 4,66 R$ 13,98 0,31 und 3,00 R$ 8,32 R$ 24,96 0,55 und 4,00 R$ 23,00 R$ 92,00 2,04 und 2,00 R$ 35,64 R$ 71,28 1,58 und 2,00 R$ 9,70 R$ 19,40 0,43 und 1,00 R$ 15,63 R$ 15,63 0,35 und 4,00 R$ 9,87 R$ 39,48 0,88 und und und und und 1,00 1,00 11,00 2,00 4,00 R$ 7,47 R$ 3,63 R$ 3,97 R$ 4,96 R$ 3,83 R$ R$ R$ R$ R$ 7,47 3,63 43,67 9,92 15,32 0,17 0,08 0,97 0,22 0,34 und und und und 3,00 3,00 2,00 2,00 R$ 4,16 R$ 3,68 R$ 3,99 R$ 8,83 R$ R$ R$ R$ 12,48 11,04 7,98 17,66 0,28 0,24 0,18 0,39 und 2,00 R$ 5,26 R$ 10,52 0,23 m 6,00 R$ 3,30 R$ 19,80 0,44 m 42,00 R$ 1,93 R$ 81,06 1,80 m m und 18,00 24,00 1,00 R$ 1,27 R$ 26,13 R$ 142,45 R$ R$ R$ 22,86 627,12 142,45 0,51 13,90 3,16 und 1,00 R$ 122,60 R$ 122,60 2,72 und 1,00 R$ 132,21 R$ 132,21 2,93 und und 1,00 1,00 R$ 150,00 R$ 10,88 R$ R$ 150,00 10,88 3,33 0,24 und und m m m m und und und und und und und 1,00 2,00 12,00 1,00 18,00 18,00 1,00 2,00 4,00 1,00 1,00 6,00 1,00 R$ 367,22 R$ 3,90 R$ 3,71 R$ 2,06 R$ 6,05 R$ 6,19 R$ 5,43 R$ 4,59 R$ 4,24 R$ 25,34 R$ 9,33 R$ 4,85 R$ 3,36 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 367,22 7,80 44,52 2,06 108,90 111,42 5,43 9,18 16,96 25,34 9,33 29,10 3,36 8,14 0,17 0,99 0,05 2,41 2,47 0,12 0,20 0,38 0,56 0,21 0,65 0,07 1,84 102 Bucha redução esgoto 50 x 40mm Junção 45º simples esgoto 50 x 50MM Cx. Sifonada c/ grellha quadr. (100 X 100 X 50 MM ) Ralo sifonado pvc redondo 100 x 40MM Adesivo para pvc Cx.gordura sifon. D= 35 x 55 cm Caixa de passagem D= 45cm Caixa de inspeção D= 45cm Pernadas em concreto prémoldada para tanque e pia Escavação manual Reaterro compactado Tanque séptico - 0,80 X 1,95 X 1,50M, inclusive tampa Filtro anaeróbico - 1,00 X 1,80M, inclusive tampa Sumidouro - 1,20 X 1,80M, inclusive tampa Seixo SUBTOTAL 8.2 Eletricas Tomada simples com placa 4"x2" 10A-250V Tomada tripolar com placa 4"x2" 10A - 600V Tomada 2P+T, (Para chuveiro) Conjugado 1 interruptor e 1 tomada tripolar Conjugado 2 interruptor e 1 tomada tripolar Quadro de distribuição p 06 disjuntores Disjuntor term 1P-40A Disjuntor term 1P-30A Disjuntor term 1P-15A Disjuntor term 1P-70A Bocal em baquelite base E-27 Eletroduto PVC frexível corrugado 1/2" Eletroduto PVC flexível corrugado 1 1/4" Caixa de luz eletroduto roscável 4" X 2" Cabo de cobre isol. PVC 70°/ 750 V 2,5 mm² Cabo de cobre isol. PVC 70°/ 750 V 4,0 mm² Cabo de cobre isol. PVC 70°/ 750 V 10 mm² Cabo de cobre nu 10mm² Isolador Bucha e arruela 3/4" Bucha e arruela 1/2" Curva F°F° para eletroduto 90° 1 1/4" Fita isolante 3M - 19 mm X 20 mm Haste terra 5/8" x 3,00 m com conector Caixa premoldada para aterramento Ponto de telefone Ponto antena TV SUBTOTAL und 2,00 R$ 1,61 R$ 3,22 0,07 und 2,00 R$ 7,99 R$ 15,98 0,35 und 2,00 R$ 27,56 R$ 55,12 1,22 und tb 1,00 2,00 R$ 15,36 R$ 5,50 R$ R$ 15,36 11,00 0,34 0,24 und und und 1,00 1,00 1,00 R$ 52,00 R$ 52,00 R$ 52,00 R$ R$ R$ 52,00 52,00 52,00 1,15 1,15 1,15 und m³ m³ 4,00 8,00 5,00 R$ 18,10 R$ 24,47 R$ 24,47 R$ R$ R$ 72,40 195,76 122,35 1,61 4,34 2,71 und 1,00 R$ 500,00 R$ 500,00 11,09 und 1,00 R$ 500,00 R$ 500,00 11,09 und m³ 1,00 1,00 R$ 500,00 R$ 134,39 R$ R$ 500,00 134,39 11,09 2,98 R$ 4.510,22 100% und 4,00 R$ 9,24 R$ 36,96 3,22 und und 4,00 1,00 R$ 8,75 R$ 15,77 R$ R$ 35,00 15,77 3,05 1,37 und 3,00 R$ 15,90 R$ 47,70 4,16 und 2,00 R$ 8,59 R$ 17,18 1,50 und und und und und und 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 5,00 R$ 47,70 R$ 5,68 R$ 3,94 R$ 3,94 R$ 6,02 R$ 2,25 R$ R$ R$ R$ R$ R$ 47,70 5,68 3,94 3,94 6,02 11,25 4,16 0,49 0,34 0,34 0,52 0,98 vr 9,00 R$ 6,84 R$ 61,56 5,36 vr 1,00 R$ 12,72 R$ 12,72 1,11 und 15,00 R$ 4,49 R$ 67,35 5,87 M 182,00 R$ 1,80 R$ 327,60 28,54 M 20,00 R$ 2,73 R$ 54,60 4,76 M M und par par 20,00 3,00 2,00 4,00 10,00 R$ 6,05 R$ 5,81 R$ 3,58 R$ 0,93 R$ 0,77 R$ R$ R$ R$ R$ 121,00 17,43 7,16 3,72 7,70 10,54 1,52 0,62 0,32 0,67 und 1,00 R$ 8,89 R$ 8,89 0,77 rl 2,00 R$ 12,20 R$ 24,40 2,13 und 1,00 R$ 33,76 R$ 33,76 2,94 und und und 1,00 1,00 1,00 R$ 46,06 R$ 82,58 R$ 40,00 R$ R$ R$ 46,06 82,58 40,00 4,01 7,20 3,49 R$ 1.147,67 100% R$ 5.657,89 CUSTO TOTAL DO ÍTEM 11,69 2,97 103 9 COMPLE MENTAÇ ÕES DAOBRA 9.1 Escapula de embutir par 9.2 Limpeza Final 9.3 Placa de identificação da casa 9.4 Fornecimento e Assentamento de Poste em ferro galvanizado a quente D = 3" - 7,00 m c/ cap, 02 armações secundárias (2 estribos e 1 estribo) - com base concretada BDI (%) CUSTO TOTAL DA CONSTRUÇÃO R$ 22,00 R$ 44,00 6,85 m² un 41,39 1,00 R$ 1,14 R$ 28,47 R$ R$ 47,18 28,47 7,35 4,43 un 0,50 R$ 1.045,00 R$ 522,50 81,37 R$ 642,15 100% CUSTO TOTAL DO ÍTEM CUSTO DIRETO DA CONSTRUÇÃO 2,00 R$ 38.594,64 16,00 R$ 44.769,78 1,66 100% 1,16 104 ANEXO IX: ORÇAMENTO UNIDADE HABITACIONAL SUSTENTAVEL SERVIÇO 1 SERVIÇ OS PRELI MINAR ES E GERAI S 2 INFRA ESTRU TURA Unid. Quant. 1.1 . Despesas iniciais/Mobilização (cópias, licenças, Unid. taxas e impostos) 1,00 Unitário R$ 100,80 R$ 100,80 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 Manutenção e operação do canteiro de obras Placa da obra (2 und de 6 x 3 m) Barração de madeira para a obra Administração local Limpeza do lote Cerca em mourão de concreto com tela galvanizada de Ø 7,5cm com 2 metros de altura CUSTO TOTAL DO ÍTEM mês m² m² mês m² m² 1,50 0,07 0,79 1,50 200,00 5,96 R$ 10,08 R$ 312,00 R$ 228,86 R$ 33,66 R$ 2,31 R$ 120,67 R$ 15,12 0,98 R$ 21,84 1,41 R$ 180,80 11,66 R$ 50,49 3,26 R$ 462,00 29,80 R$ 719,19 46,39 2.1 Trabalhos 2.1.1 Locação da obra em Terra 2.1.2 Escavação manual 2.1.3 Aterro compactado 2.1.4 Reaterro compactado Fundaçõ 2.2.1 Fundação corrida concreto es e com seixo 15 Mpa Outros 2.2.2 Baldrame em bloco de concreto 9x19x39 cm Serviços 2.2.3 Concreto p/ enchimento dos blocos 15 Mpa CUSTO TOTAL DO ÍTEM m² 41,39 R$ 2,96 R$ 1.550,24 100% R$ 122,51 2,98 m³ m³ m³ m³ 4,97 8,28 4,97 R$ 26,67 R$ 55,74 R$ 23,19 R$ 428,19 R$ 132,55 R$ 461,53 R$ 0,00 R$ 2.128,10 3,22 11,21 0,00 51,70 m² 15,72 R$ 69,99 R$ 1.100,24 26,73 m³ 0,40 R$ 428,19 R$ 171,28 4,16 Canaleta em concreto pré-moldado 9x19x39 cm m² 8,27 R$ 45,02 4.1.1 Alvenaria de tijolo cerâmico 6 furos 4.1.2 Verga em concreto armado SUBTOTAL m² 106,83 R$ 45,02 m³ 0,21 R$ 802,00 4.2.1 P2 - PORTAS DE MADEIRA ALMOFADADA SEMI-OCA 1A, 80X210X3CM, INCLUSO ADUELA 2ª, ALIZAR 2ª E DOBRADIÇAS un 3,00 R$ 421,53 4.2.2 P2 – FECHADURA DE EMBUTIR COMPLETA P ARA PORTAS EXTERNAS, PADRAO DE ACABAMENTO POPULAR SUBTOTAL un 3,00 R$ 56,15 4.3 Esquadrias 4.3.1 P1 -PORTA DE ABRIR EM ALUMINIO TIPO VENEZIANA, COM GUARNICAO 0,80x2,10 m² 3,36 R$ 424,69 de alumínio 4.3.2 B2 - Balancim de alumínio e vidro canelado 1,20 x 0,50 m m² 0,60 R$ 315,06 R$ 189,04 4,23 4.3.3 J1 - Janela de alumínio e vidro de correr central 1,50 x 1,20 m 4.3.4 J2 - Janela de alumínio e vidro de correr central 2,00 x 1,20 m m² 3,60 R$ 509,25 R$ 1.833,30 41,01 m² 2,40 R$ 386,04 R$ 926,50 20,73 2.2 3.1 3 PERCINT AE PILARES Custo Custo Total % Ítem Total % 6,50 3,38 R$ 4.116,21 100% R$ 372,32 100,0 0 R$ 0,00 0,00 8,98 R$ 372,32 100% R$ 4.809,49 96,62 0,81 CUSTO TOTAL DO ÍTEM 4 4.1 Alvenarias PARED ES E ESQUA DRIAS 4.2 Esquadrias Madeira R$ 168,42 3,38 R$ 4.977,91 100% R$ 1.264,59 88,25 R$ 168,45 10,86 11,75 R$ 1.433,04 100% R$ 1.426,96 31,92 3,13 105 4.3.5 B1 - Balancin de alumínio com vidro canelado 0,60 x 0,50 m SUBTOTAL m² 0,30 R$ 315,06 R$ 94,52 2,11 R$ 4.470,32 100% 9,76 CUSTO TOTAL DO ÍTEM R$10.881,27 5.1 Telhados 5.1.1 Estrutura de madeira para cobertura 5.1.2 Cobertura em telha de fibrocimento SUBTOTAL 5 COBER TURAS 5.2 Impermea5.2.1 Impermeabilização de E baldrame com tinta asfáltica PROTE bilizações ÇÕES SUBTOTAL m² 68,51 R$ 57,47 R$ 3.937,27 55,34 m² 68,51 R$ 46,38 R$ 3.177,49 44,66 m² 33,06 R$ 3,37 R$ 7.114,76 100% R$ 111,41 100,0 0 15,53 R$ 111,41 100% 0,24 CUSTO TOTAL DO ÍTEM 6.1 6.2 6 REVES TIMENT 6.3 OS 6.4 6.1.1 Chapisco 1:3 interno m² 128,03 R$ 4,01 R$ 7.226,17 R$ 513,40 19,37 6.1.2 Emboço 6.1.2 Reboco liso 6.1.3 Cerâmica 30x30cm SUBTOTAL m² m² m² 23,22 104,81 23,22 R$ 20,48 R$ 10,83 R$ 22,69 R$ 475,55 R$ 1.135,09 R$ 526,86 17,94 42,82 19,87 m² m² m² m² 78,39 77,19 1,20 1,20 R$ 4,01 R$ 10,01 R$ 20,48 R$ 22,69 R$ 2.650,90 100% R$ 314,34 27,60 R$ 772,67 67,85 R$ 24,58 2,16 R$ 27,23 2,39 5,79 6.2.1 Chapisco 1:3 externo 6.2.2 Reboco liso 6.2.3 Emboço 6.2.4 Cerâmica 30x30cm SUBTOTAL 6.3.1 Lambril PVC c/ entarugamento em madeira SUBTOTAL m² 36,17 R$ 25,00 R$ 1.138,82 100% R$ 904,25 100,0 0 2,49 Forros 6.4.1 Textura Acrílica (1 demão) sobre selador Parede externa m² 77,19 R$ 9,02 R$ 904,25 100% R$ 696,25 44,81 1,97 Pinturas 6.4.2 Textura PVA (1 demão) sobre selador Parede interna m² 104,81 R$ 5,98 R$ 626,76 40,33 6.4.3 Imunização de madeira m² 68,51 R$ 3,37 R$ 230,88 14,86 Revestim entos Internos Externos R$ 1.553,89 100% 3,39 CUSTO TOTAL DO ÍTEM 7.1 Cerâmica 7.1.1 Lajota cerâmica 30x30 m² 36,17 R$ 35,04 R$ 6.247,86 R$ 1.267,40 100,0 0 SUBTOTAL 7.2.1 Concreto 15MPA 7.2.2 Camada Niveladora 7.2.3 Calçada de proteção l=50 cm 7.2.4 Acesso em rampa de concreto SUBTOTAL m³ m² m² m³ 2,90 36,17 15,90 0,50 R$ 358,96 R$ 21,32 R$ 30,27 R$ 358,96 R$ 1.267,40 100% R$ 1.040,98 42,10 R$ 771,14 31,18 R$ 481,29 19,46 R$ 179,48 7,26 2,77 7.2 Cimentado 7.3.1 Rodapé ceramico h=7 cm 7.3.2 Soleiras em concreto prémoldado 7.3.3 Peitoril em concreto prémoldado SUBTOTAL ml m 35,40 4,30 R$ 8,25 R$ 37,50 R$ 2.472,89 100% R$ 292,05 41,23 R$ 161,25 22,77 5,40 7.3 Rodapés Soleiras e Peitoris m 6,80 R$ 37,50 7 PAVIME NTAÇÃ O R$ 255,00 36,00 R$ 708,30 100% CUSTO TOTAL DO ÍTEM 8 8.1 HidroINSTAL AÇÕES E COMPL Joelho CPVC HID com bucha de latão JSR 90º 22 MM x 1/2" und 3,00 R$ 4,66 R$ 4.448,59 R$ 13,98 0,20 1,55 106 EMENT OS sanitárias Tee CPVC soldável com bucha de latão 22 MM x 1/2" und 3,00 R$ 8,32 R$ 24,96 0,36 Registro de gaveta com canopla cromado 3/4" Registro de esfera 3/4" com alavanca Adaptador soldável com flange livre p cx d'água 25x3/4" und 4,00 R$ 23,00 R$ 92,00 1,32 und 2,00 R$ 35,64 R$ 71,28 1,02 und 2,00 R$ 9,70 R$ 19,40 0,28 Adaptador soldável com flange livre p cx d'água 32x1" Adaptador pvc rígido JSR 25x3/4" Adaptador pvc rígido JSR 20x1/2" Luva pvc JSR de 20x1/2" Curva 90º soldável 25mm Curva 90º soldável 32mm Tee pvc soldável 20mm Joelho pvc de redução 25 x 20mm Joelho pvc de 20mm Joelho pvc JS de 25mm Niple pvc 3/4" Joelho pvc rígido JSR 25 x 3/4" Tubo pvc HID JS CL.15 32 MM Tubo pvc HID JS CL.15 25 MM Tubo pvc HID JS CL.15 20 MM Tubo CPVC 28 MM Vaso sanitário com caixa acoplada e acionamento duplo und 1,00 R$ 15,63 R$ 15,63 0,22 und und und und und und und und und und und m m m m und 4,00 1,00 1,00 11,00 2,00 4,00 3,00 3,00 2,00 2,00 2,00 6,00 42,00 18,00 24,00 1,00 R$ 9,87 R$ 7,47 R$ 3,63 R$ 3,97 R$ 4,96 R$ 3,83 R$ 4,16 R$ 3,68 R$ 3,99 R$ 8,83 R$ 5,26 R$ 3,30 R$ 1,93 R$ 1,27 R$ 26,13 R$ 267,91 R$ 39,48 R$ 7,47 R$ 3,63 R$ 43,67 R$ 9,92 R$ 15,32 R$ 12,48 R$ 11,04 R$ 7,98 R$ 17,66 R$ 10,52 R$ 19,80 R$ 81,06 R$ 22,86 R$ 627,12 R$ 267,91 0,57 0,11 0,05 0,63 0,14 0,22 0,18 0,16 0,11 0,25 0,15 0,28 1,16 0,33 8,99 3,84 Lavatório em louça branco sem coluna padrão popular com torneira metálica cromada, sifão e válvula em pvc Tanque em mármore sintético 22L com torneira metálica cromada, sifão e válvula em pvc und 1,00 R$ 122,60 R$ 122,60 1,76 und 1,00 R$ 132,21 R$ 132,21 1,90 Pia em mármore sintético L=1,20 M ( 1 cuba) com torneira metálica cromada, sifão e válvula em pvc und 1,00 R$ 150,00 R$ 150,00 2,15 Chuveiro cromado und 1,00 R$ 40,25 Caixa d'água em polietileno capac. 500L com bóia e sistema de limpeza Misturador para o sistema de aquecimento solar Engate plástico 1/2" X 0,40 M Tubo pvc esg 50mm Tubo pvc esg 40mm Tubo pvc esg 75mm Tubo pvc esg 100mm Joelho pvc esg 45° 40 mm Joelho pvc esg 90° 40 mm Joelho pvc esg 90° 50 mm Curva pvc 90º longa 100mm Luva simples esgoto 100mm Luva simples esgoto 50mm Luva simples esgoto 40mm Bucha redução esgoto 50 x 40mm Junção 45º simples esgoto 50 x 50MM Cx. Sifonada c/ grellha quadr.(100 X 100 X 50 MM ) und 1,00 R$ 367,22 und 1,00 R$ 78,00 und m m m m und und und und und und und und und 2,00 12,00 1,00 18,00 18,00 1,00 2,00 4,00 1,00 1,00 6,00 1,00 2,00 2,00 R$ 3,90 R$ 3,71 R$ 2,06 R$ 6,05 R$ 6,19 R$ 5,43 R$ 4,59 R$ 4,24 R$ 25,34 R$ 9,33 R$ 4,85 R$ 3,36 R$ 1,61 R$ 7,99 und 2,00 R$ 27,56 R$ 55,12 0,79 Ralo sifonado pvc redondo 100 x 40MM Adesivo para pvc Cx.gordura sifon. D= 35 x 55 cm Caixa de passagem D= 45cm Caixa de inspeção D= 45cm und 1,00 R$ 15,36 R$ 15,36 0,22 tb und und und 2,00 1,00 1,00 1,00 R$ 5,50 R$ 52,00 R$ 52,00 R$ 52,00 R$ 11,00 R$ 52,00 R$ 52,00 R$ 52,00 0,16 0,75 0,75 0,75 R$ 40,25 234,2 8 R$ 367,22 5,27 R$ 78,00 163,5 2 R$ 7,80 0,11 R$ 44,52 0,64 R$ 2,06 0,03 R$ 108,90 1,56 R$ 111,42 1,60 R$ 5,43 0,08 R$ 9,18 0,13 R$ 16,96 0,24 R$ 25,34 0,36 R$ 9,33 0,13 R$ 29,10 0,42 R$ 3,36 0,05 R$ 3,22 0,05 R$ 15,98 0,23 107 8.2 Eletricas Pernadas em concreto prémoldada para tanque e pia und 4,00 R$ 18,10 R$ 72,40 1,04 Arejador de Torneira Regulador de vazão de chuveiro Medição Individualizada de água Reaproveitamento de Água Escavação manual Reaterro compactado Tanque séptico - 0,80 X 1,95 X 1,50M, inclusive tampa Filtro anaeróbico - 1,00 X 1,80M, inclusive tampa Sumidouro - 1,20 X 1,80M, inclusive tampa Seixo SUBTOTAL und und cj cj m³ m³ und 4,00 R$ 22,90 1,00 R$ 19,15 1,00 R$ 550,00 1,00 R$ 1.699,12 8,00 R$ 24,47 5,00 R$ 24,47 1,00 R$ 500,00 R$ 91,60 R$ 19,15 R$ 550,00 R$ 1.699,12 R$ 195,76 R$ 122,35 R$ 500,00 1,31 0,27 7,89 3,20 2,81 1,75 7,17 und 1,00 R$ 500,00 R$ 500,00 7,17 und 1,00 R$ 500,00 R$ 500,00 7,17 m³ 1,00 R$ 134,39 R$ 134,39 1,93 Tomada simples com placa 4"x2" 10A-250V Tomada tripolar com placa 4"x2" 10A - 600V Tomada 2P+T, (Para chuveiro) Conjugado 1 interruptor e 1 tomada tripolar Conjugado 2 interruptor e 1 tomada tripolar Quadro de distribuição p 06 disjuntores Disjuntor term 1P-40A Disjuntor term 1P-30A Disjuntor term 1P-15A Disjuntor term 1P-70A Dimmer Lampada Fluorescente Bocal em baquelite base E-27 Eletroduto PVC frexível corrugado 1/2" Eletroduto PVC flexível corrugado 1 1/4" Caixa de luz eletroduto roscável 4" X 2" Cabo de cobre isol. PVC 70°/ 750 V 2,5 mm² Cabo de cobre isol. PVC 70°/ 750 V 4,0 mm² Cabo de cobre isol. PVC 70°/ 750 V 10 mm² Cabo de cobre nu 10mm² Isolador Bucha e arruela 3/4" Bucha e arruela 1/2" Curva F°F° para eletroduto 90° 1 1/4" Fita isolante 3M - 19 mm X 20 mm Haste terra 5/8" x 3,00 m com conector Caixa premoldada para aterramento Ponto de telefone Ponto antena TV Sistema de aquecimento solar SUBTOTAL und 4,00 R$ 9,24 und 4,00 R$ 8,75 R$ 35,00 1,52 und und 1,00 3,00 R$ 15,77 R$ 15,90 R$ 15,77 R$ 47,70 0,69 2,08 und 2,00 R$ 8,59 R$ 17,18 0,75 und 1,00 R$ 47,70 R$ 47,70 2,08 und und und und und und und vr 1,00 1,00 1,00 1,00 3,00 7,00 5,00 9,00 R$ 5,68 R$ 3,94 R$ 3,94 R$ 6,02 R$ 33,00 R$ 12,90 R$ 2,25 R$ 6,84 R$ 5,68 R$ 3,94 R$ 3,94 R$ 6,02 R$ 99,00 R$ 90,30 R$ 11,25 R$ 61,56 0,25 0,17 0,17 0,26 4,31 3,93 0,49 2,68 vr 1,00 R$ 12,72 R$ 12,72 0,55 und 15,00 R$ 4,49 R$ 67,35 2,93 M 182,00 R$ 1,80 R$ 327,60 14,25 M 20,00 R$ 2,73 R$ 54,60 2,38 M 20,00 R$ 6,05 R$ 121,00 5,26 M und par par und 3,00 2,00 4,00 10,00 1,00 R$ 5,81 R$ 3,58 R$ 0,93 R$ 0,77 R$ 8,89 R$ 17,43 R$ 7,16 R$ 3,72 R$ 7,70 R$ 8,89 0,76 0,31 0,16 0,33 0,39 rl und 2,00 1,00 R$ 12,20 R$ 33,76 R$ 24,40 R$ 33,76 1,06 1,47 und 1,00 R$ 46,06 R$ 46,06 2,00 und und und 1,00 1,00 1,00 R$ 82,58 R$ 40,00 R$ 961,61 R$ 6.973,29 100% R$ 36,96 1,61 R$ 82,58 3,59 R$ 40,00 1,74 R$ 961,61 41,83 R$ 2.298,58 100% CUSTO TOTAL DO ÍTEM 9 COMPL EMENT AÇÕES DAOBR A 9.1 Escapula de embutir 9.2 Limpeza Final 9.3 Placa de identificação da casa 9.4 Gestao de Residuos de RCD 9.5 Medição Individualizada de Gás 9.6 PAISAGISMO par m² un un cj cj 2,00 41,39 1,00 4,00 1,00 2,00 R$ 22,00 R$ 1,14 R$ 28,47 R$ 100,00 R$ 581,73 R$ 39,00 15,22 R$ 9.271,87 R$ 44,00 2,59 R$ 47,18 2,77 R$ 28,47 1,67 R$ 400,00 23,50 R$ 581,73 34,18 R$ 78,00 4,58 5,02 108 9.7 Fornecimento e Assentamento de Poste em ferro galvanizado a quente D = 3" - 7,00 m c/ cap, 02 armações secundárias (2 estribos e 1 estribo) - com base concretada CUSTO TOTAL DO ÍTEM un 0,50 R$ 1.045,00 R$ 522,50 30,70 R$ 1.701,88 100% CUSTO DIRETO DA CONSTRUÇÃO BDI (%) CUSTO TOTAL DA CONSTRUÇÃO R$ 45.816,41 16,00 R$ 53.147,04 3,71 100% 1,16