O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Pablo Henrique Neves Barreto – [email protected] Especialização em Iluminação e Design de Interiores Instituto de Pós-Graduação - IPOG Belo Horizonte, MG, 15 de setembro de 2013. Resumo O presente artigo aborda o mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores. Trata da importância do móvel corretamente dimensionado para a melhoria na rotina de trabalho destes profissionais. Um olhar mais apurado, revela o expressivo número de pessoas com postura corporal inadequada, aparentando desconforto no exercício de suas tarefas. Em decorrência disso, podem surgir doenças ocupacionais, absenteísmo e prejuízos para as empresas. De que maneira então, estes móveis podem contribuir para maior produtividade, sendo ergonomicamente confortáveis? Parte-se da hipótese de o uso de mobília adaptada às características dos usuários e à natureza das funções desempenhadas, pode contribuir sensivelmente para espaços mais agradáveis e produtivos. O objetivo desta pesquisa foi, portanto, explorar esta relação. Como método investigativo, optou-se por revisão bibliográfica, observando-se estações de trabalho e aplicando-se questionários junto a arquitetos e designers de interiores, profissionais que passam grande parte de seu tempo em escritórios. Os resultados corroboram a hipótese levantada. Conclui-se que o desenvolvimento e aquisição de móveis adequados, além de hábitos de vida saudáveis, são requisitos indispensáveis para ambientes de trabalho mais aprazíveis e profissionais producentes, somando-se assim, maior qualidade e eficiência aos espaços de trabalho. Palavras-chave: Conforto. Produtividade. Mobiliário. Design. Ergonomia. 1. Introdução O ritmo frenético dos grandes centros urbanos vem contribuindo em larga escala para o estresse cotidiano das pessoas, dificultando uma qualidade de vida satisfatória. Dormir bem, alimentar-se adequadamente ou simplesmente locomover-se em tempo hábil, tornam-se cada vez mais, artigos de luxo na atualidade. Considerando-se o tempo gasto no deslocamento entre casa e trabalho, além da própria jornada laboral, parte expressiva dos trabalhadores chega a passar mais de 10 horas por dia fora de casa (IBGE, 2001 apud SOARES e SABÓIA, 2007:21). Deste modo, o ambiente de trabalho precisa oferecer um mínimo de conforto aos seus usuários. Algumas empresas já atentam para essa necessidade e vêm demonstrando maior responsabilidade social, por meio da humanização dos espaços. Percebe-se a crescente preocupação com o bem-estar dos funcionários, pois esse fator está diretamente ligado ao ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 aumento de lucro e à maior competitividade para as organizações (FERNANDES, 1996 apud GRÜNSPAN, 2005:153). Dentro desse contexto, uma orientação adequada na concepção dos espaços corporativos é fundamental. Soluções criativas, técnica e esteticamente atraentes, proporcionando qualidade de vida e cultura para os usuários fazem parte do trabalho de arquitetos e designers de interiores, considerando-se questões associadas à saúde, conforto, segurança, durabilidade dos materiais e necessidades especiais dos clientes (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DESIGN, 2012). Nesse sentido, a ergonomia mostra-se uma ferramenta eficaz na detecção e solução de problemas, na medida em que estuda interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente de trabalho. Tem como objetivos, as intervenções e projetos que visem melhorar de forma integrada, a segurança, o conforto, o bem-estar e a eficácia das atividades humanas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA, 2001; CÂMARA E VAZ, 2001:72). Brasil (2007) corrobora esse conceito, ressaltando a importância dos vários aspectos ergonômicos para avaliação dos ambientes: levantamento, transporte e descarga de materiais, mobiliário, equipamentos, as próprias condições ambientais e organização dos postos de trabalho. Este artigo tratará especificamente do mobiliário em escritórios e a relação do seu uso com o conforto dos usuários. Assim, cabe o questionamento: De que maneira a mobília pode contribuir para maior produtividade, sendo ergonomicamente confortável? Parte-se da hipótese de que nesses locais, o uso de mobiliário adaptado às características dos usuários e à natureza das funções desempenhadas, pode contribuir sensivelmente para espaços mais agradáveis e produtivos. 2. Metodologia de Pesquisa Como metodologia, optou-se por pesquisa bibliográfica associada à de campo, onde foram observados postos de trabalho e aplicados questionários com perguntas abertas e de múltipla escolha, incluindo respostas situadas em escala intervalar de sete pontos (SANZI, 2006:62). O objetivo foi investigar a importância do mobiliário ergonomicamente confortável e de que maneira isso pode interferir na produtividade dos seus usuários. Para escolha da amostra seguiu-se o critério de que fossem profissionais que atuassem predominantemente em escritórios. Foram pesquisados vinte profissionais entre arquitetos e designers de interiores, alunos de uma turma de pós-graduação realizada na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. São de diversas regiões do estado, dos quais, 90% do sexo feminino, na faixa etária entre 22 e 25 anos, principalmente arquitetos (Figura 01). ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 Figura 1 – Perfil da amostra Fonte: O autor, 2013. 3. Discussão teórica A partir da Revolução Industrial, que tem na invenção da máquina a vapor em 1776, seu marco inicial, o trabalho artesanal é substituido pela produção em massa, difundindo-se pelo mundo a partir do século XIX. No período entre 1856 e 1915, Frederick Winslow Taylor desenvolve a Teoria Clássica da Administração, dando forma às primeiras preocupações com a produtividade e os problemas administrativos, os quais ganham um enfoque científico. Complementando o trabalho de Taylor, Fayol propõe uma abordagem mais ampla, tratando o conceituando empresa como a soma dos diversos orgãos que a compõem. Estabece as funções clássicas do administrador: organizar, planejar, coordenar, comandar e controlar (TOFFLER, 1990 apud CAVALCANTI, 1995; MATOS e PIRES, 2006). Através das contribuições de Henry Ford em 1913, a organização do trabalho passa a contar com um sistema de produção mais eficaz. Aplica na prática de sua própria companhia, o método apresentado por Taylor, reduzindo a carga horária dos trabalhadores e dinamizando os processos fabris. Inova com a introdução de linhas de montagem, utilizando-se de esteiras rolantes. Setoriza as atividades, dedicando atenção especial à eficiência e qualidade (MATOS e PIRES, 2006). Apesar dos avanços trazidos pelas Teorias Clássicas da Administração, tinha-se até então, uma visão focada principalmente na estrutura organizacional. Tal abordagem entretanto, viria a ser questionada pela linha de pensamento humanista, defendida por Elton Mayo, o seu estudioso mais expoente. Postulava que o desempenho das pessoas está relacionado mais a fatores emocionais ou comportamentais do que dos métodos de trabalho defendidos pela Administração Científica (MAXIMIANO, 2002 apud ROSSÉS et al, 2010:3). Com a década de 50, a expansão de negócios gera uma demanda por espaços de escritórios planejados, comportando um grande número de pessoas. Com a introdução dos ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 microcomputadores, a partir da década de 80, os escritórios sofrem uma profunda mudança no uso das suas diversas superfícies de trabalho e na própria postura dos trabalhadores. Assim, a evolução tecnológica, juntamente aos elevados custos de construção e à crescente valorização da terra (escassez de áreas urbanas edificáveis), tornam o planejamento indispensável, especialmente considerando-se as dimensões humanas como fatores decisivos no processo do projetar (IIDA, 2005:578; PANERO E ZELNIK, 2008:170). Escritórios podem ser classificados em dois tipos, conforme suas características: tradicionais, onde as salas são delimitadas por divisórias até o teto e acessadas por corredores bem definidos; e os do tipo aberto, também conhecidos como landscape offices, com divisórias baixas e desprovidos de portas. Comparando-se as duas tipologias, a primeira é a mais antiga, sendo a solução mais cara, menos flexível e ocupa mais espaço do que a segunda, na qual se pode obter uma redução da ordem de 40 a 50 % do espaço necessário. Além disso, escritórios abertos permitem economia de até 95% em custos de instalações e alterações no layout, possibilitando ainda, poupar 20% de custos em manutenção. No entanto, a privacidade e acústica dos ambientes são melhores preservadas no modelo tradicional (BROOKES E KAPLAN, 1972 apud IIDA, 2005). Estes espaços de trabalho são considerados como ambientes de permanência prolongada, onde se exige solicitação intelectual e atenção constantes dos seus usuários. Portanto, os móveis devem contribuir para que os trabalhadores tenham condições de boa postura, visualização e operação de suas tarefas. As peças devem atender a requisitos mínimos de dimensionamento e compatibilidade com o tipo de atividade realizada, possibilitando fácil alcance, posicionamento e movimentação adequados para os segmentos corporais (BRASIL, 2007:2). Recomenda-se ainda, que a mobília permita que o trabalhador se sinta à vontade para variar a postura corporal, pois segundo Brasil (2001:1), após longos períodos em postura estática, a tensão muscular comprime os vasos sanguíneos, dificultando a oxigenação e o provimento de nutrientes aos músculos. Deste modo, a retirada de resíduos metabólicos é prejudicada, resultando em dor e fadiga muscular, além de possíveis desgastes de articulações, tendões e discos intervertebrais. Podem surgir doenças como: Lesões por Esforços Intensos (LEI), Lesões por Esforços Repetitivos (LER), Doenças Osteomusculares Relativas ao Trabalho (DORT) e Lesões por Traumas Cumulativos (LTC). Somente LER e DORT representam 80% das causas de afastamentos dos trabalhadores, sendo que alguns sintomas podem surgir mesmo depois do trabalhador se afastar do agente causador (GRÜNSPAN, 2005:151; MORAES, 2010 apud LIMA, 2011). Além das doenças ocupacionais mencionadas, a própria modernização na organização do trabalho, em que as tarefas são fragmentadas e as estações de trabalho individualizadas, contribui para que o funcionário se sinta isolado e desmotivado, especialmente em escritórios do tipo tradicional (REBECCHI, 1990 apud LIMA, 2012:11; BROOKES E KAPLAN, 1972 apud IIDA, 2005). O estresse (ou stress) ocupacional é outra consequência dos novos tempos. Segundo Lipp (2013), stress é a forma como o organismo humano se comporta em situações que exigem grande adaptação ou grande esforço emocional. Envolve componentes psicológicos, físicos, mentais e hormonais, podendo resultar em sensação de desgaste e cansaço, dificuldade de memória, úlceras, psoríase e até mesmo enfarte. Em uma pesquisa realizada por Sadir e Lipp (2009:118), os principais agentes estressores identificados nos locais de trabalho foram: o ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 excesso de atividades, conflitos de interesse e valores, dificuldades interpessoais, entre outros (Tabela 1). Tabela 1 – Fontes de Stress no trabalho. Fonte: Sadir e Lipp (2009:118) Jornadas de trabalho prolongadas são frequentes em empresas de projeto e construção, muitas vezes chegando-se a comprometer o período de descanso dos trabalhadores. No entanto, o intervalo intrajornada constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho. (BRASIL; 1943, 1988, 2012). Todos os problemas mencionados prejudicam não somente o trabalhador, que se torna improdutivo, mas também afetam as empresas, já que o absenteísmo resulta em aumento de custos para as mesmas (BARKOKÉBAS JÚNIOR et al, 2006 apud PEGATIN et al, 2008:134). Para Morais (1983) apud Silva (2006:614), o trabalhador, ao perceber um ambiente de trabalho seguro, confiável e bem dimensionado, tende a sentir-se satisfeito, pois máquinas e equipamentos corretamente projetados contribuem sensivelmente para a diminuição de erros, acidentes, desconforto e fadiga. Pugliesi e Wac (1989:14) ratificam que o trabalhador satisfeito produz mais e melhor, tornando-se amigo e propagandista da firma, contribuindo para redução de custos e eliminação de acidentes. Diante disso, Neufert (1976:246) defende que mobiliário e acessórios devem estar à escala do homem para que os trabalhos se desenvolvam com comodidade e sem esforços supérfluos. Para tanto, deve-se avaliar as variáveis envolvidas, apoiando-se na Antropometria, ciência que objetiva dimensionar o corpo humano e suas variações (SILVA et al, 2007:09). Há registros de métricas relacionadas ao homem a partir do ano 3000 A.C. Eram utilizadas em diversos campos de conhecimento, tendo sido objeto de estudo de pensadores ligados às artes e ciências, tais como: Michelangelo, Vitrúvio, da Vinci, Le Corbusier e outros. Esses sistemas de medidas tinham em comum a comparação entre comprimentos e determinadas partes do corpo humano (cabeça, face ou os pés) (NEUFERT, 1976:19). ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 No final do século XVIII, Linne, Buffon e White deram início à pesquisas que posteriormente (1870) possibilitaram ao matemático belga Quetlet formalizar a antropometria como ciência. (PANERO E ZELNIK, 2008:23). A antropometria fornece dados sobre as diferenças antropométricas de diversas populações, permitindo a fabricação de produtos sob medida para a maior gama possível de consumidores. Porém, o mobiliário deve antes de tudo, priorizar a acessibilidade ou seja, “a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos” (IIDA, 2005:98; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004:2). Deste modo, deve ser dada uma atenção especial a portadores de mobilidade reduzida, àqueles que “temporária ou permanentemente, têm limitada sua capacidade de relacionar-se com o meio e de utilizá-lo” (pessoas com deficiência, idosos, obesas, gestantes entre outros) No caso de mesas de trabalho, por exemplo, a norma define que 5% do total (no mínimo uma) devem ser acessíveis a cadeirantes, com mais 10% adaptáveis. As medidas mínimas devem ser respeitadas para que se tenha um ambiente cômodo e uma circulação eficiente. A Figura 2 ilustra alguns parâmetros dimensionais que devem ser seguidos (IDEM, 2004). Figura 2 – Medidas para adequação de mesas de trabalho aos cadeirantes. Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2004:11-88) Assim, Panero e Zelnik (2008:30) defendem as dimensões humanas e corporais como fatores decisivos em projetos. Na figura 3 são apresentadas as medidas corporais de maior uso pelos designers. Os dados antropométricos mais relevantes a serem observados no caso de escritórios são: altura dos olhos (pessoa sentada), largura do quadril, espaço livre para as coxas, altura do joelho, altura do sulco poplíteo, comprimento nádega-sulco poplíteo, compriemento nádega-joelho, alcance lateral do braço e profundidade corporal máxima. . ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 Figura 3 – Medidas corporais de maior uso pelos designers. Fonte: Panero e Zelnik (2008:30) Dentro desse contexto, projetos e desenvolvimento de produtos podem agregar grande vantagem competitiva para as empresas, na medida em que tenham como fatores diferenciais a ergonomia e o design. Para tanto, é importante que sejam levados em consideração os princípios do projeto universal e da usabilidade (IIDA, 2005:319-320). Projeto universal pode ser definido como aquele que imprime determinadas características a um produto, facilitando o seu uso pela maioria das pessoas, conforme Null (1993) apud Iida ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 (2005:319-320). Deste modo a concepção de mobiliários deve se pautar pelos seguintes princípios: Uso equitativo: os produtos devem ser acessíveis ao maior número possível de pessoas, apresentando segurança, proteção e privacidade a todos os usuários; Flexibilidade na utilização: devem adaptar-se às forças e ritmos próprios de cada operador; Funcionamento simples e intuitivo: as complexidades devem ser eliminadas, bem como as dificuldades linguísticas ou barreiras culturais; Informação perceptível: a leitura da informação deve ser facilitada, superando-se condições ambientais adversas; Tolerância ao erro: deve minimizar possíveis riscos de acidentes, desencorajando ações inseguras, dispondo de advertências contra falhas e acionamentos involuntários; Redução do gasto energético: devem utilizar o mínimo esforço do usuário, evitando-se desgastes físicos desnecessários; Espaço apropriado: acesso, alcance e manipulação devem ser adequados, evitando-se movimentações desnecessárias e acomodando as diversas medidas dos trabalhadores; Custo mínimo e facilidade de manutenção: Em sua concepção, deve haver economia de recursos e possibilidade de reposição de peças, caso necessário. Já o conceito de usabilidade permite se traçar um paralelo entre facilidade e comodidade no uso de produtos. Assim, o funcionamento de móveis deve ser de fácil entendimento, operação simplificada e evitar erros durante o seu manuseio. Para tanto, Jordan (1998) apud Iida (2005:321-322) apresenta alguns fundamentos, os quais, aplicados ao universo do design de móveis, podem ser assim elencados: Evidência: Devem destacar sua função e modo de operação, reduzindo o tempo de aprendizagem e ocorrência de erros. Consistência: A padronização de produtos permite que os usuários tenham uma experiência cognitiva continuada, facilitando o uso de objetos semelhantes; Capacidade: Devem ser respeitados os limites físicos dos usuários, evitando-se saturá-los com demasiada informação ou esforços desnecessários; Compatibilidade: O mobiliário deve interagir com o seu operador. É importante se considerar a cultura do público-alvo a que o mesmo se destina e o contexto em que será utilizado. Prevenção e correção de erros: Mecanismos de segurança são bem-vindos, tais como sistemas de redundância e travas para se evitar acidentes. Realimentação: Devem ser previstas interfaces que permitam às pessoas entenderem se o objetivo de suas ações foi atingido ou não. Por exemplo, um som característico que indique que a regulagem de uma cadeira foi realizada com sucesso. Contudo, tornar um ambiente agradável ao uso e à permanência, demanda mais do que especificação de medidas tecnicamente corretas. Segundo Panero e Zelnik (2008:57), um móvel antropometricamente adequado pode não ser necessariamente confortável. Parâmetros dimensionais devem ser encarados como diretrizes e utilizados com bom senso, exigindo-se uma parcela considerável de criatividade para se unir demandas a oportunidades. ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 Na etapa de projeto, cabe o levantamento de questões do tipo: escolha por matérias-primas alternativas, durabilidade, facilidade para limpeza, montagem e desmontagem, custobenefício, entre outras. Bons exemplos deste tipo de projeto são os bancos “Vitória Régia”, feitos a partir de pedaços descartados de tecidos, tapetes, forrações e plásticos coloridos, e o banco “Inflated Woods”, confeccionado a partir de madeira de demolição, desenvolvidos pelos irmãos Campana e Zanini de Zanine, respectivamente (Figuras 4 e 5) (FERREIRA, 2012; FOLHA DE SÃO PAULO, 2013). Figura 4 – Banco Vitória Régia (Irmãos Campana). Fonte: Ferreira (2011) Figura 5 – Banco Inflated Woods (Zanini de Zanine). Fonte: Folha de São Paulo (2013) Muitas vezes, móveis que poderiam ser reciclados, são descartados diante do alto custo em se fazer um retrofit. Se num primeiro momento, a aquisição uma nova peça se mostra mais vantajosa do que uma reforma, ações como essa trazem para o meio ambiente um ônus dispendioso (TUKKER et al, 2006 apud FUKUSHIMA, 2009:22; SILVA, 2011:76). Nesse contexto, o debate em torno do design sustentável vem ganhando corpo, pois reciclagem, reuso e economia não devem estar dissociados do conforto para os usuários. O uso de materiais ecologicamente corretos, o chamado ecodesign vem se mostrando como uma ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 tendência forte no mercado, em função da evidente escassez de recursos que se pronuncia sobre as necessidades ilimitadas do homem. Segundo Brundtland (1987) apud Gonçalves e Duarte (2006:52), desenvolvimento sustentável pode ser explicado como “aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer o atendimento às necessidades das gerações futuras.” Já Cabaças (2011:91) apresenta uma caracterização mais ampla, definindo um sistema ou projeto sustentável como aquele que pode ser mantido indefinidamente, abarcando três pilares centrais: o desenvolvimento econômico, a proteção ambiental e a inclusão social. De fato, o impacto de resíduos produzidos de maneira indiscriminada no meio ambiente, resulta em danos irreversíveis para o mesmo, trazendo para a própria sociedade, riscos reais as suas perspectivas de futuro. Nesse sentido, com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, um novo enfoque incide sobre o ciclo de vida dos produtos. Através da Lei n°12.305 de 2010, está prevista a responsabilidade compartilhada sobre resíduos gerados em toda a cadeia produtiva da matriz brasileira (BRASIL, 2010). Ou seja, compete não somente ao poder público, mas também ao empresariado e toda a coletividade, a realização de logística reversa, que pode ser assim definida: Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. (BRASIL, 2010) Desse modo, as empresas precisam se adequar às novas diretrizes. Algumas já identificam nesse segmento, uma oportunidade real de crescimento. Tal fato se reflete diretamente na produção industrial, inclusive do setor moveleiro, em que um crescente número de fábricas vem se empenhando em buscar os chamados “selos verdes”. Sistemas de certificação de qualidade como os da família ISO e os selos de sustentabilidade, a exemplo do norte-americano LEED (Leadership in Energy & Environmental Design) e o nacional PROCEL, vêm sendo gradualmente inseridos no mercado, embora não tenham caráter obrigatório. São sistemas que medem o grau de sustentabilidade de projetos conforme determinados critérios de performance, tais como consumo de energia e impacto ambiental de empreendimentos (MELO, 2012:9). Essas etiquetagens trazem vantagens claras por contribuirem para a adoção de medidas ecologicamente corretas, mitigando-se os efeitos nocivos de determinadas ações antrópicas sobre o meio. Além disso, trazem maior credibilidade para as empresas que as adotam, já que através da normatização dos processos, criam uma imagem positiva junto aos consumidores. Consequentemente, fomenta-se maior competitividade entre as organizações, possibilitandose reduções nos valores dos produtos para os usuários finais e ganhos inestimáveis em termos de qualidade de vida para as próximas gerações. 4. Resultados obtidos Procurou-se investigar o mobiliário no ambiente corporativo, além de outros fatores complementares que podem interferir no desempenho dos trabalhadores, tais como: tempo ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 despendido na jornada de trabalho, hábitos alimentares, postura corporal e prática de exercícios. Com relação ao tempo médio gasto no deslocamento entre casa e trabalho, a maioria dos pesquisados relatou já ter passado mais de uma hora presa no trânsito, tendo chegado ao extremo de duas horas e meia perdidas neste intervalo. Perguntados sobre o tempo de permanência no local de trabalho, mais de 85% dos entrevistados responderam já ter levado 12 horas ou mais no escritório, tendo em alguns casos, superado a marca de 22 horas trabalhadas. Referente a complicações decorrentes de má postura, 50 % dos entrevistados revelaram possuir algum tipo de problema, dentre os quais: dores nas costas, lordose, escoliose, tendinite, bursite e hérnia de disco. A maioria dos respondentes, no entanto, demonstrou ter algum tipo de cuidado com a alimentação e a postura, sendo que mais de 60% dos entrevistados pratica algum tipo de atividade física, o que concorre para se minimizar os efeitos do estresse em suas rotinas de trabalho, pois segundo Lipp (2013), “para se proteger do stress excessivo, as recomendações principais concentram-se na alimentação, relaxamento, atividade física, estabilidade emocional e qualidade de vida”. No tocante a bem-estar e produtividade, todos consideraram haver entre os dois tópicos uma relação direta, tendo sido ainda mencionada, a interferência dessa escolha na questão da qualidade. Descanso, lazer, alimentação adequada e postura mostraram-se como fatores mais importantes para o bem-estar. De fato, pontos imprescindíveis à produtividade. Os móveis utilizados nos espaços de trabalho (dos quais alguns estão representados nas figuras seguintes) foram considerados adequados, contribuindo para a realização das atividades, além de permitirem boa postura na maioria dos casos, com destaque para a estética diferenciada. Apesar dos pontos positivos, de modo geral, através dos questionários foi possível observar a pouca atenção dispensada à acessibilidade, já que apenas 5% dos entrevistados revelou ter em seus escritórios, móveis considerados acessíveis. No quesito sustentabilidade dos materiais, o percentil de casos onde esta característica é levada em consideração também foi baixo, com apenas 20% dos casos. Levando-se em conta os critérios julgados mais importantes pelos profissionais na aquisição de móveis, os termos utilizados com maior frequência nas respostas foram respectivamente: ergonomia, conforto, design, funcionalidade, flexibilidade, leveza, facilidade de limpeza e organização. ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 Figura 6 – Escritório Arquitetura e Interiores. Fonte: Ferreira (2013) Figura 7 – Escritório Design de Interiores. Fonte: Menezes (2013) ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 Figura 8 – Escritório Arquitetura e Interiores. Fonte: Ferreira (2013) ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 Figura 9 – Escritório Design de Interiores. Fonte: Menezes (2013) ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 Figura 10 – Mobiliário de escritório. Fonte: Mendes (2013) ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 Figura 11 – Escritório Design de Interiores (Home office). Fonte: Aleixo (2013) ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 Figura 12 – Layout escritório de arquitetura. Fonte: Lopes (2013) Figura 13 – Escritório de arquitetura. Fonte: Lopes (2013) Figura 14 – Escritório de arquitetura Fonte: Lopes (2013) 5. Conclusão A pesquisa realizada reflete a intensa jornada de trabalho dos profissionais participantes, em que pressão e estresse são constantes. Entretanto, há grande preocupação por parte dos mesmos com a própria saúde. Muitos têm hábitos saudáveis, praticando atividades físicas e dedicando cuidados especiais à alimentação, o que evidencia o importante papel do bem-estar em suas rotinas e contribui de fato para qualidade de vida como um todo, para além dos escritórios. Contudo, ficou claro que são necessários avanços nos processos de concepção para móveis corporativos. Os participantes demonstraram menor interesse em acessibilidade e sustentabilidade comparando-se estes com outros critérios de projeto e aquisição de móveis. Assim, pode-se estar deixando de produzir a demanda necessária para que o mercado invista mais no desenvolvimento de projetos pautados nestes conceitos. Apresenta-se assim, um importante desafio. Apesar de toda literatura técnica disponível, na prática do dia-a-dia, estes pontos ainda são deixados a segundo plano, delineando-se um quadro preocupante. O tema do artigo merece ser ampliado por outros pesquisadores, por meio de métodos mais precisos de levantamento e com amostras maiores, investigando-se mais a fundo as variáveis ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 envolvidas. O uso de estatística avançada seria um caminho interessante, porém, não foi o objetivo deste trabalho, que buscou objetivamente servir de alerta para a existência do problema. Deste modo, tentou-se contribuir para o debate em torno do assunto. Os obstáculos para a implantação de sistemas que favoreçam a qualidade assegurando melhorias aos espaços de trabalho sugerem a urgência por uma mudança de paradigma. De um lado, competem a projetistas de móveis assumir o seu papel como criadores de soluções efetivamente diferenciadas, e do outro, cabe a própria conscientização mercadológica para que se produzam peças de padrão superior, resgatando-se o ser humano como elemento-chave para o sucesso de qualquer empreendimento. Dentro desse contexto, o mobiliário ergonomicamente correto, leia-se confortável, tem um papel central. Seu custo-benefício torna-se viável na medida em que contemple outras características importantes, tais como beleza, durabilidade, facilidade para montagem e desmontagem e flexibilidade no arranjo de layouts alternativos. A praticidade quanto a transporte, limpeza e organização também podem agregar valor e qualidade às peças, consequentemente, influenciando no resultado final, ou seja, aumentar o conforto dos usuários e contribuir na melhora do desempenho de suas atividades. Conclui-se, portanto, que o desenvolvimento e aquisição de móveis adequados, além de hábitos de vida saudáveis, são requisitos indispensáveis para ambientes de trabalho mais aprazíveis e profissionais producentes, somando-se assim, maior qualidade e eficiência aos espaços de trabalho. Referências ALEIXO, A. IMG_0088. 2013. Altura: 2112 pixels. Largura: 2816 pixels. 180 dpi. 24 BITS SRGB. 1.6 Mb. Formato JPG. Disponível em: <C:\Users\home\Desktop>. Acesso em: 15 Set 2013. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DESIGN. O Design de Interiores. Disponível em: <http://www.abd.org.br/abd/design-interiores.aspx>. Acesso em : 15 Set 2012. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA. Definição internacional de ergonomia. Revista da Associação Brasileira de Ergonomia. v. 1, n. 2, Dez 2001 ISSN 1519-7859. Disponível em: <http://www.abergo.org.br/revista/index.php/ae/article/view/2/1>. Acesso em 11 Set 2012. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004. 97p. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 10 Set 2013. ______Consolidação das Leis do Trabalho. Decreto-Lei N.º 5.452, de 1º de maio de 1943. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 10 Set 2013. ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 ______Lei n°12.305 de 2 de Agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20072010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 04 Set 2013. ______Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR-17. Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 . Atualização: Portaria SIT n.º 13, de 21 de junho de 2007. Brasília, 2007. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEFBAD7064803/nr_17.pdf>. Acesso em: 11 Set 2012. ______Ministério do Trabalho e Emprego. Nota Técnica 060. Ergonomia – indicação de postura a ser adotada na concepção de postos de trabalho. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/seg_sau/comissoes_cne_notatecnica.pdf>. Acesso em: 11 Mar 2013. ______Tribunal Superior do Trabalho. Súmula nº 437. Intervalo intrajornada para repouso e alimentação. Aplicação do art. 71 da CLT - Resolução 185/2012, DEJT. Brasília, 2012. Disponível em: <http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_401_450.html#SU M-437>. Acesso em 03 Set 2013. CABAÇAS, F. A.M. P. Design de Mobiliário Sustentável. Extensão do tempo útil de vida do produto pela reutilização. Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa, 2011. Tese de Mestrado. Disponível em : <http://hdl.handle.net/10400.5/4055>. Acesso em: 27 Set 2012. CÂMARA, J. J. D.; VAZ , C. S. Design versus Ergonomia: considerações sobre a prática de ergonomia por profissionais provenientes das escolas de design. Revista Ação Ergonômica. v. 1, n. 2, 2001. Disponível em: <http://www.abergo.org.br/revista/index.php/ae/article/view/12/10>. Acesso em 12 Set 2012. CAVALCANTI, E. P. Revolução da informação – algumas reflexões. Caderno de pesquisa em Administração. São Paulo, v.1, n.1. Segundo Seminário, 1995. Disponível em:<http://www.ancibe.com.br/artigos>. Acesso em: 08 Abr 2013. FERREIRA, M. D. Irmãos Campana. 26 dez. 2011. Disponível em: <http://atdigital.com.br/designdecor/2011/12/irmaos-campana/>. Acesso em: 12 Abr 2013. FERREIRA, L. IMG-20130913-WA0010. 2013. Altura: 816 pixels. Largura: 612 pixels. 96 dpi. 24 BITS CMYK. 45.3 Kb. Formato JPG. Disponível em: <C:\Users\home\Desktop>. Acesso em: 15 Set 2013. FERREIRA, L. IMG-20130913-WA0009. 2013. Altura: 612 pixels. Largura: 816 pixels. 96 dpi. 24 BITS CMYK. 45.3 Kb. Formato JPG. Disponível em: <C:\Users\home\Desktop>. Acesso em: 15 Set 2013. ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 FOLHA DE SÃO PAULO. Brasileiros expõem peças de design em feira de Milão. Disponível em: <http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/1262075-brasileiros-expoempecas-de-design-em-feira-de-milao.shtml>. Acesso em: 15 Abr 2013. FUKUSHIMA, Naotake. Dimensão Social do Design Sustentável: Contribuições do Design Vernacular da População de Baixa Renda. Programa de Pós-Graduação em Design, Departamento de Design, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2009. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/20931/Fukushima,N_DSSustentabili dade_PPGDesgin.pdf?sequence=1>. Acesso em: 28 Mar 2013. GONÇALVES, J. C. S.; DUARTE, D.H.S. Arquitetura Sustentável. Uma integração entre Ambiente, Projeto e Tecnologia em Experiências de Pesquisa, Prática e Ensino. Ambiente Construído (Online), v. 6, p. 51-81, 2007. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/ambienteconstruido/article/download/3720/2071>. Acesso em: 04 Set 2013. GRÜNSPAN, Michel. Qualidade de vida no trabalho em escritórios de Contabilidade de Santa Maria RS. Revista Eletrônica de Contabilidade. UFSM. v. 1, n. 2, 2005. Disponível em <http://w3.ufsm.br/revistacontabeis/anterior/artigos/vIn02/a11vIn02.pdf>. Acesso em 17 Set 2012. IIDA, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. 2 ed. São Paulo: Edgar Blücher, 2005. 632 p. LIMA, J. B.; CRUZ, G.A. Trabalho sentado: riscos ergonômicos para profissionais de bibliotecas, arquivos e museus. Revista brasileira de Arqueometria, Restauração e Conservação – ARC. v.3 – Edição Especial. Curso de introdução à conservação e restauros de Acervos Documentais – CICRAD – Trabalhos de fim de curso. 2011. AERPA Editora. Disponível em <http://www.restaurabr.org/siterestaurabr/ARC_Vol_3>. Acesso em 08 Mar 2013. LIMA, M. C. S. Mobiliário corporativo para o sistema judiciário do Rio Grande do Sul. UFRGS. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Arquitetura e Design. Curso Design do Produto. Porto Alegre, 2012. Disponível em: < http://hdl.handle.net/10183/70344>. Acesso em: 02 Set 2013 LIPP, Marilda. O stress: como lidar com ele. IPCS. Instituto de Psicologia e Controle do Stress. 2013. Disponível em: <http://www.estresse.com.br/orientacoes/o-stress-com-o-lidarcom-ele/>. Acesso em: 05 Set 2013. LOPES, T. 1290117_523514704396954_1329795468_n. 2013. Altura: 960 pixels. Largura: 720 pixels. 120 dpi. 24 BITS CMYK. 47.0 Kb. Formato JPG. Disponível em: <C:\Users\home\Desktop>. Acesso em: 15 Set 2013. ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 LOPES, T. 1079474_523514744396950_1740331927_n. 2013. Altura: 960 pixels. Largura: 720 pixels. 120 dpi. 24 BITS CMYK. 47.0 Kb. Formato JPG. Disponível em: <C:\Users\home\Desktop>. Acesso em: 15 Set 2013. LOPES, T. Escritório Avesso Arquitetura – Projeto Executivo – Escritório – Planta Layout. n. PE-ARQ-00-12. 2012. Formato PDF. Disponível em: <C:\Users\home\Desktop>. Acesso em: 15 Set 2013. MATOS, E. ; PIRES, D. Teorias Administrativas E Organização Do Trabalho: De Taylor Aos Dias Atuais, Influências No Setor Saúde E Na Enfermagem. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2006 Jul-Set; 15(3):508-14. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v15n3/v15n3a17.pdf>. Acesso em 08 Abr 2013. MELO, J. J. S. Edificações Sustentáveis. Um estudo sobre a integração entre ambiente, projeto e tecnologia. Revista Especialize Online. IPOG. Mai 2012. Disponível em: <http://www.ipog.edu.br/uploads/arquivos/9901536c36db142c272fc3d8ff9c59f2.pdf>. Acesso em: 28 Mar 2013. MENDES, M. L. IMG_3934. 2013. Altura: 3000 pixels. Largura: 4000 pixels. 180 dpi. 24 BITS SRGB. 867.9 Kb. Formato JPG. Disponível em: <C:\Users\home\Desktop>. Acesso em: 15 Set 2013. MENEZES, V. DSC01312. 2013. Altura: 2048 pixels. Largura: 1536 pixels. 72 dpi. 24 BITS SRGB. 938.0 Kb. Formato JPG. Disponível em: <C:\Users\home\Desktop>. Acesso em: 15 Set 2013. MENEZES, V. DSC01321. 2013. Altura: 1536 pixels. Largura: 2048 pixels. 72 dpi. 24 BITS SRGB. 990.0 Kb. Formato JPG. Disponível em: <C:\Users\home\Desktop>. Acesso em: 15 Set 2013. NEUFERT, Ernst. A arte de projetar em arquitetura. 5 ed. São Paulo: Gustavo Gili do Brasil, 1976. 431 p. PANERO, J.; ZELNIK, M. Dimensionamento Humano para espaços interiores. 1 ed. Barcelona: Gustavo Gili, 2008. 320 p. PEGATIN, T. O. et al. A ergonomia como fator econômico e competitivo para pequenas empresas. Revista Gestão Industrial. Ponta Grossa, v. 4, n. 3: p. 133-145, 2008. Disponível em: <http://www.pg.utfpr.edu.br/ppgep/periodicos/index.php/revistagi/article/view/12/9> . Acesso em: 17 Set 2012. PUGLIESI, Márcio; WAC, Walter. Lay-out industrial. É no papel que nasce uma empresa. São Paulo: Ícone, 1989. ROSSÉS, G. F.; GELATI, C. B.; SILVA, A.; PASSOS, L. J.; AMARAL, L. S. Teoria das Relações Humanas e Economia Solidária: o caso do Projeto Esperança/Cooesperança. ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 VII SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. Resende, Out 2010. Disponível em: <http://www.aedb.br/seget/artigos10/289_Artigo%20Seget%20TO.pdf>. Acesso em: 09 Abr 2013. SADIR, M.A.; LIPP, M.E.N. As fontes de stress no trabalho. Revista de Psicologia da IMED, v. 1, n. 1, p. 114-126, 2009. Disponível em: <http://www.seer.imed.edu.br/index.php/revistapsico/article/view/16/16>. Acesso em: 05 Set 2013. SANZI, Gianpietro. A Influência dos Fatores Visuais de Design na Percepção de Valor de Compra no Varejo de Auto-serviço. Dissertação (Mestrado em Administração e Negócios. Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, mar. 2006. Disponível em: <http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=330>. Acesso em: 15 Fev 2013. SILVA, E. A. Logística reversa nas indústrias de móveis, plásticos e pneus de Teresina-PI. 2011. 101 p. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) – Universidade Federal do Piauí, Teresina, Jan 2011. Disponível em: <http://www.ufpi.br/subsiteFiles/mestambiente/arquivos/files/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20E LAINE.pdf> . Acesso em: 28 Mar 2013. SILVA, J. C. P. et. al. Antropometria: uma visão histórica e sua importância para o design. Assentamentos humanos: revista da faculdade de engenharia, arquitetura e tecnologia da universidade de Marília, Marília, v. 9, n.1, p.9-10, out. 2007. Disponível em: http://www.unimar.br/publicacoes/assent_humano9/assent_humano9.pdf. Acesso em: Out 2012. SILVA, K. R. et. al. Avaliação antropométrica de trabalhadores em indústrias do polo moveleiro em Ubá, MG. Revista Árvore, Viçosa, v.30, n.4, p. 613-618, 2006. Disponível em : <http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622006000400014>. Acesso em: 26 Set 2012. SOARES, C.; SABÓIA, A. L. Tempo, trabalho e afazeres domésticos : um estudo com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2001 e 2005. IBGE, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Textos para discussão. Diretoria de Pesquisas, Rio de Janeiro, n. 21, 2007. Disponível em: <http://186.228.51.37/home/estatistica/populacao/tempo_trabalho_afdom_pnad2001_2005.pd f >. Acesso em: 06 Set 2012. ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 Anexo Questionário Este questionário é instrumento para realização de Trabalho de Conclusão do Curso Especialização em Iluminação e Design de Interiores pelo IPOG (Instituto de Pós-Graduação de Belo Horizonte/MG). Todas as respostas terão o sigilo resguardado. Obrigado pela participação. Data de realização: ___/___/___ PERFIL DO RESPONDENTE Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Idade: ( ) 18 a 21 ( ) 22 a 25 Atividade predominante no escritório: ( ) 26 a 30 ( ) Arquitetura ( ) Mais de 30 anos ( ) Design de Interiores 1) Quanto tempo gasta em média e o máximo de tempo que já permaneceu em trânsito no deslocamento entre casa e o trabalho? 2) Seria possível estimar quantas horas passa em média e o máximo de tempo que já permaneceu no escritório? 3) Tem alguma preocupação com a postura corporal? 4) Pratica algum esporte ou atividade física? Com que frequência? 5) Tem algum cuidado especial com a alimentação? 6) O entrevistado possui algum problema relacionado a postura (problemas de coluna, LER, etc)? Caso afirmativo, de que tipo? 7) Na sua opinião, os móveis em seu ambiente de trabalho (caso julgue pertinente, marque mais de uma alternativa): ( ) Permitem boa postura ( ) Favorecem o conforto visual ( ) Contribuem para a realização das atividades ( ) Têm o dimensionamento satisfatório ( ) São adequados ao ambiente de trabalho (quanto ao tipo de material, peso, resistência, etc.) ( ) Permitem acessibilidade a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida ( ) São sustentáveis do ponto de vista dos materiais (tecidos, estrutura, etc). 8) Qual classificação julgaria mais indicada para os móveis em seu ambiente de trabalho, dentro da escala e dos critérios propostos a seguir (marcar somente uma alternativa): 8.1) Favorecem boa postura para o trabalho? ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 O mobiliário de escritórios e sua influência na rotina de trabalho de arquitetos e designers de interiores Julho 2014 ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 8.2) São compatíveis com a atividade (quanto ao material, peso, resistência, etc.) ? ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 8.3) Praticidade de limpeza? ( )5 ( )6 ( )7 ( )1 ( )5 ( )6 ( )7 ( )5 ( )6 ( )7 ( )2 ( )3 ( )4 8.4) Contribuem para a produtividade? ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 8.5) São acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida (cadeirantes, idosos, grávidas, obesos, etc.)? ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 8.6) Utilizam materiais sustentáveis (peças de reaproveitamento ou recicláveis)? ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )5 ( )6 ( )7 8.7) Têm um design atraente? ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 8.8) Apresentam algum risco de queda ou acidentes? ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 9) Como usuário do espaço de trabalho, quais são as principais dificuldades ou vantagens apresentadas nos móveis de uso cotidiano e os critérios mais importantes na aquisição de um móvel? 10) Considerando-se o sua rotina de trabalho, qual a sua opinião a respeito de bem-estar e produtividade? ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014