1 RESUMO O presente trabalho buscou apresentar a metodologia e as implicações do ensino prático em Física baseado no pensamento de Skinner. A proposta foi aplicada em quatro turmas do 3° ano do Ensino Médio, em uma instituição pública da cidade de Anápolis, (Colégio Polivalente Frei João Batista). O tema principal era “resistores”, e foi utilizado nos experimentos um material de baixo custo e fácil manuseio: a “matriz de protoboard”. Para analisar o quanto esta metodologia pode contribuir na atratividade e melhoria do desempenho em Física dos estudantes, foi aplicado um questionário de opinião aos participantes, e também um comparativo entre as notas da prova da “Turma A Controle” (sem experimento) e “Turma B Controle” (com experimento). Os resultados apontaram que aulas acompanhadas com experimentos levaram a uma melhor compreensão do conteúdo. PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Física, Aula Experimental, Aprendizagem. ABSTRACT This work shows a methodology and implications of practical teaching in physics based on Skinner ideas. The educational proposal was prepared on "resistors" and consists in a experimental activity using material of low cost and easy handling: the "protoboard matrix". The experimental activities were conducted in only one of them. With the purpose of evaluating the how this methodology can contribute to the attractiveness and performance improvement of students in physics, one opinion questionnaire was administered to the participants, and also a comparison between the student test scores of the “class A” (without experimental activity) and e “class B” (with application of educational proposal). The results indicate that class which was accompanied with experiments lead to a better understanding of the content and attractiveness. KEY-WORDS: Teaching in physics, trial class learning. 2 I. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS O ensino de Física no Ensino Médio tem sido bastante discutido no que diz respeito à sua contextualização, interdisciplinaridade e desenvolvimento de competências(1)(2). Esta disciplina oferece subsídios para a formação de cidadãos capazes de compreender, intervir e participar da realidade, articulando o conhecimento científico a competências de outras áreas(3). Assim, seu aprendizado deve contribuir não só para o conhecimento técnico e de procedimentos e equipamentos do cotidiano social e profissional, mas também para propiciar a construção de compreensão dinâmica de fatos naturais, da nossa vivência material, de convívio harmônico com o mundo da informação, de entendimento histórico da vida social e produtiva, e articulação de uma visão do mundo natural e social (4),(5). Entretanto, é visível o sentimento de insatisfação e desinteresse por parte dos alunos em relação a esta área do conhecimento, ainda mais quando a única ferramenta de transmissão de conteúdos é o quadro negro (6). Assim, o aluno tende a apresentar fracas conexões entre os conceitos ensinados e o cotidiano, com concepções triviais e não cientificas de como o mundo natural funciona, apresentando-se acrítico e sem capacidade de aplicar os conhecimentos em novos contextos(7). Esta forma dos estudantes lidarem com a Física também reflete nos baixos resultados obtidos por estes(8). Uma forma de otimizar o processo ensino-aprendizagem desta disciplina é trazer fatos do cotidiano para a sala de aula. Esta ação pode permitir que os estudantes tenham uma visão clara e mais detalhada do assunto lido no livro didático ou assistido em uma aula expositiva (5). Assim, por meio da contextualização daquilo que é ensinado, a Física seria um meio, e não um fim, para a compreensão do mundo (3). Tal como Piaget indica, o conhecimento só é possível quando o sujeito e o objeto relacionam-se, aquele agindo sobre este(9). Outro autor que defende a prática de experiências em sala de aula, John Dewey, afirma que o que se aprende “isoladamente”, de fato não se aprende. Tudo deve ser estimulado, tendo em vista o seu uso e sua função na vida(10). Para articular o ensino teórico aos fatos do cotidiano, o uso de experimentos como elementos motivadores do processo ensino-aprendizagem é bastante válido(11). Para Skinner, a aprendizagem está relacionada à eficiência na 3 organização das condições estimuladoras da aprendizagem. Assim, o educador deve modelar as respostas aos seus objetivos buscando conseguir, através da tecnologia educacional, o comportamento adequado, ou seja: que o estudante tenha condições de modificar conceitos que já compreendido(12). Neste contexto, a proposta de Skinner baseia-se no condicionamento operante, onde um organismo está em processo de “operar" sobre o ambiente, servindo então de pretexto para a organização de atividades escolares que se baseiam em estimular o aluno. Os pensamentos de Skinner se torna presente neste trabalho, quando se diz respeito a um método tradicional de ensinar, com grande quantidades de resolução de exercícios repetitivos, e como estimo o mesmo Será contemplado com aulas de caráter experimental, de forma despertar mais interesse e reforço dos conteúdos ali explanados. Considerando as discussões até agora estabelecidas, este artigo tem o intuito de apresentar a metodologia e as implicações do ensino prático em Física, a partir do trabalho desenvolvido na cidade de Anápolis, Goiás, no Colégio Polivalente Frei João Batista, em quatro turmas do 3° ano do Ensino Médio. Em duas turmas, 3°C e 3°E foram apresentados experimentos cujo tema era “resistores”, desenvolvidos a partir da utilização de material de fácil manuseio e baixo custo: a matriz protoboard, ou de contato, nas turmas A e B, os estudantes tiveram aulas de forma tradicional. A escolha do tema se deu, principalmente, pelo fato de que as aulas que abrangem este conteúdo geralmente acontecem através de aulas expositivas e representações gráficas que exigem alto grau de abstração por serem muito diferentes dos dispositivos em questão. Na seção 2 é apresentado um referencial teórico sobre corrente elétrica, resistores e matriz de contato. A etapa seguinte contém a metodologia e procedimentos utilizados na referida escola. Na seção 4, são apresentados os resultados de um questionário diagnóstico, pontuando a opinião dos alunos a respeito das atividades realizadas na escola, assim como uma análise estatística entre as notas das turmas que participaram dos experimentos e daquelas que não foram contempladas com esta metodologia. Na quinta seção, fez-se a análise e considerações finais acerca do projeto, discutindo os dados referentes ao desempenho dos 144 alunos participantes. 4 II REFERENCIAL TEÓRICO II.1. Corrente elétrica A grandeza escalar corrente elétrica se caracteriza por um fluxo de partículas portadoras de cargas elétricas que se movimentam de uma região para outra, em um condutor. A corrente só se faz necessária quando ao condutor é estabelecido um campo elétrico, o qual as cargas são submetidas a uma força elétrica que as conduzirá de forma desordenada, recebendo o nome de movimento de deriva das cargas livres. O valor numérico da corrente eletrica i é caracterizado pela razão entre o módulo da quantidade de carga ∆Q que passa por uma secção tranversal, em uma fração de tempo ∆t (13). (01) No Sistema Internacional Unidades (SI), a corrente elétrica é medida em ampèrê (A), nome este em homenagem ao Cientista francês André Marie Ampère (1775-1839).1A Ampère corresponde a um coulomb por segundo: 1A = 1C/s. II.2. Resistores O resistor é um dispositivo elétrico, cuja função é resistir à passagem de corrente elétrica. A unidade utilizada pelo SI para aferir resistência é ohm, tendo como simbologia a letra grega Omega (Ω)(13). Existem resistores elétricos de vários tamanhos, tipos e potências. A adoção destes dependerá do objetivo de uso. Em um circuito eletrônico, o resistor tem a função de operar com o menor fornecimento de calor possível, sendo sua função básica a queda de tensão em partes de um circuito, sem provocar a queda de corrente elétrica. Este tem como matéria-prima o carvão ou a cerâmica. Para a função de efeito joule, ou seja: conversão de energia elétrica em térmica, é utilizado um resistor espiralado, muito comum em chuveiros e ferros de passar roupa, cuja função é converter energia elétrica em térmica(13). A figura 1 mostra os dois tipos de resistores e sua representação pictória. 5 Figura 1. Resistor de circuito elétrico, resistor que causa efeito joule e representação gráfica. II.3. Matriz de Contato Protoboard A protoboard é utilizada para fazer montagens provisórias, teste de projetos, entre outras utilidades. Ela é composta por uma base plástica, contendo numerosos orifícios, o que facilita a inserção de terminais de componentes eletrônicos. Internamente, existem ligações metálicas em série nos orifícios, permitindo interligações entre eles. Este dispositivo é de fácil manuseio devido aos componentes serem facilmente retirados, sem a utilização de soldas, permitindo assim novas montagens(14). A imagem abaixo (figura 2) ilustra uma matriz de contato utilizado no trabalho. Figura 2. Matriz de contato de 830 furos. Esta matriz dispõe de dois pares de linhas na horizontal, de coloração azul e vermelha. Estas podem ser utilizadas para a alimentação do circuito, e por isso possuem os símbolos de positivo (+) e negativo (-)(15). As filas verticais da placa são interligadas entre si, e possuem dimensionamento próprio para a montagem dos circuitos, além de serem organizadas em números e letras, facilitando a localização dos orifícios(16). Para melhor entendimento da interligação dos orifícios da placa, segue abaixo a figura 3, que traz a sua parte inferior. 6 Figura 3. Imagem das ligações dos orifícios da placa. A matriz em geral possui uma boa resistência mecânica, conferindo uma boa durabilidade. Sua fabricação é de metal flexível, a qual pode ser restaurada em caso de rompimento ou deformação dos orifícios(14). A imagem abaixo (figura 4) apresenta contatos transversais e longitudinais da matriz. Figura 4. Contatos transversais e longitudinais. Os contatos são constituídos de berílio-cobre, banhados em prata-níquel. Há também modelos banhados a ouro, o que aumenta a durabilidade em função da não oxidação, e cuja flexibilidade do material permite o encaixe de vários calibres de fio(15). As imagens a seguir (figura 5 e 6) ilustram graficamente montagem de pequenos circuitos de resistores na matriz. 7 Figura 5. Exemplos de Circuitos Simples na Matriz de Contato. Figura 6. Exemplo de Curto-Circuito. III. PROCEDIMENTOS As aulas foram ministradas na Escola Polivalente Frei João Batista, na cidade de Anápolis, Goiás, no ano de 2013. No terceiro bimestre, estas foram trabalhadas de forma tradicional nas quatro turmas participantes do projeto: 3º A, B, D e E, contabilizando 24 aulas. Para facilitar as análises estatísticas, turmas serão identificadas, a partir de agora, da seguinte forma: 3°A e B: “Turma A Controle”; 3°C e E: “Turma B Controle”. Na parte seguinte do trabalho, no quarto bimestre, a Turma B Controle foi contemplada com aulas de caráter teórico e também experimental, totalizando também 24 aulas; enquanto na Turma A Controle, estas continuaram sendo ministradas através de exposição oral. Os estudantes pertencentes à Turma B Controle foram divididos em 4 grupos com sete integrantes cada, sendo este critério adotado devido à restrição dos equipamentos (quatro kits, cada um contendo um multímetro, uma matriz, doze resistores de valores nominais diferentes, duas agulhas para desviar a corrente de modos fazer uma ligação em serie com o amperímetro, e duas pilhas. Os momentos teóricos foram ministrados no início de cada aula, tendo como recurso o quadro branco. Estes tinham como objetivo apresentar o conteúdo que seria trabalhado os teóricos com os kits de aula prática, relacionando as simbologias 8 desenhadas aos materiais que seriam utilizados. A figura 7 apresenta um destes momentos. Figura 7. Demonstração teórica do tema. III.1. Criando circuitos em uma matriz de contato Nas aulas iniciais, os alunos aprenderam a manusear a matriz de contato e o multímetro digital. Buscou-se a compreensão destes quanto à forma com se que interliga os orifícios da matriz e, em relação ao multímetro, e o entendimento de suas três funções básicas: ohmímetro, voltímetro e amperímetro. Alguns exercícios foram organizados de modo que o aluno teria um contato com o aparelho, enfatizando a verificação das resistências por código de cores. Em seguida, sugeriu-sea montagem de circuitos na matriz o que possibilita, com o uso multímetro digital para a função ohmímetro, verificar a resistência equivalente, e também a resistência individual de cada resistor no circuito. Quanto à função voltímetro, a placa foi alimentada por duas pilhas em série de descrição nominal 1,5V cada uma, possibilitando o aluno verificar as tensões nos extremos e as tensões individuais para cara resistor. Com a montagem de três circuitos em uma matriz de 840 furos, os alunos mensuraram, com o multímetro, a tensão nos extremos de uma associação em série de três resistores iguais (figura 8). Assim, pôde ser comprovado o valor da tensão das duas pilhas em série que alimentaram a matriz. 9 Figura 8. Tensão para três resistores em série. III.2. Associação de resistores em série e paralelo A partir da décima aula, os alunos apresentaram aptidão para transpor uma infinidades de circuitos na matriz, e um boa habilidade com o multímetro. Através dos exercícios propostos, os participantes puderam observar uma corrente única para todos os resistores ligados em série, e uma distribuição proporcional para aqueles liigados em paralelo. Quanto à tensão aplicada na placa contendo duas pilhas em série de 1,5V, eles observaram, claramente, que na associação em série as tensões se dividem proporcionalmente às resistências, enquanto na associação em paralelo, ela é distribuída uniformemente para cada resistor. A figura 9 apresenta três resistores iguais associados em série, cuja tensão foi medida somente em dois deles. A partir destes, os grupos comprovaram que a subdivisão das tensões foi proporcional aos dois resistores em série, utilizando um multímetro digital na função voltímetro. Figura 9. Tensão para dois resistores de uma serie de três resistores 10 III.2.1. Ponte de Wheatstone A partir da décima segunda aula, apresentou-se aos alunos circuitos com maior grau de dificuldade. Assim, a partir do estudo de associações de resistores em série e em paralelo, trabalhou-se o tema “ponte de Wheatstone”. Nesta proposta, os grupos resolveram uma espécie de quebra-cabeça: a montagem de uma ponte de Wheatstone, utilizando dois resistores em série ligados paralelamente a outros dois outros, também em série (todos de mesmo valor nominal, comprovado por código de cores). A ponte possuía dois pontos de potenciais iguais, sendo ligado a eles um amperímetro, permitindo a constatação da não passagem de corrente, ou seja: o equilíbrio da ponte. A figura 10 representa a ponte descrita onde, para se mensurar a corrente nula, foram utilizadas duas agulhas. O emprego destas facilitou a leitura do amperímetro por proporcionar uma ligação em série com este dispositivo. Figura 10. Ponte de Wheatstone em equilíbrio. IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS Foi visível a participação e o interesse dos alunos durante a realização dos experimentos, sendo perceptível que estes acreditam que tal abordagem é uma boa maneira de facilitar o processo de aprendizagem. Para verificar, formalizar e analisar o ponto de vista dos estudantes acerca da metodologia adotada, foi solicitado aos estudantes da Turma A e B Controle o preenchimento individual de um questionário contendo quatro questões objetivas. A primeira questão tinha como objetivo quantificar o nível de importância que as aulas com experimentos têm para os estudantes. O gráfico 1 aponta que a 11 maioria dos alunos (76,7%) consideram que esta forma de ensinar é muito importante. O restante (23,3%) afirmou que esta abordagem é importante. Gráfico 1. A questão 2 busca identificar o impacto da abordagem experimental nas aulas de Física. Assim, o gráfico 2 aponta que a maioria dos estudantes percebe pontos positivos: 61,9% confirmam uma melhor compreensão dos conteúdos e 32,3%, um maior interesse pela disciplina. É importante, frisar que 2,8% dos alunos acredita que houve um maior desinteresse pela disciplina e 1,8% afirma que não houve mudança na sua percepção deste conteúdo. Gráfico 2. Quanto ao que o educando sugere, visando melhorias nas aulas de Física na escola (questão 3), a maioria (43%) afirma que o aumento na quantidade de aulas experimentais seria necessário para atingir este objetivo. As respostas “estou 12 satisfeito” e “aulas com vídeos e animações” foram marcadas pela mesma quantidade de pessoas, correspondendo a 13,8%. Alguns estudantes (10,1%) sugeriram “aulas fora da sala de aula”, e 7,3%, “maior divulgação dos experimentos”. Feiras de Ciências também foram sugeridas (5,5%), assim como o aumento na quantidade de exercícios resolvidos em sala (2,7%). Gráfico 3 O último gráfico, de número 4, aponta a indisposição física/emocional como o principal fator que desmotiva os estudantes a frequentarem a escola (37,5% das respostas), seguido do desinteresse por partes dos professores (36,4%). As outras respostas se referem ao transporte (13,4%), excesso de tarefas propostas pelos professores (9,3%), e ausência de uma boa relação entre escola e comunidade (7,1%). Gráfico 4. 13 Apesar dos questionários apontarem que os estudantes, em sua maioria, vêem como positiva a adoção de experimentos nas aulas de Física, percebeu -se a necessidade de analisar se esta metodologia, além de propiciar uma maior atratividade em relação ao conteúdo proposto, também permitiu maior aquisição de conhecimentos por parte dos envolvidos. Neste contexto, foi aplicada uma prova com conteúdo de Física para as Turmas A e B Controles, com conteúdo do terceiro bimestre antes do inicio do projeto. As médias foram 4,87 ± 2,01, e 4,82 ± 2,14, respectivamente. Aplicando o teste t-student usando o software R, encontramos t = 0,1383, com p = 0,4451. Logo, podemos afirmar que, estatisticamente, as duas turmas tiveram médias iguais, com nível de significância de 1%. No quarto bimestre o mesmo conteúdo foi dado em ambas as salas mas, na turma B, este foi trabalhando utilizando-se os experimentos. Ao final do bimestre, a turma A (sem experimento) obteve média de 3,54 ± 1,95. Já a turma B (com experimento) obteve média de 4,29 ± 1,82. Aplicando o teste t-student, o resultado foi o seguinte: t = -2,3646 com p = 0,009. Desta forma, podemos afirmar estatisticamente que a média da Turma A Controle foi menor do que a da Turma B Controle, considerando um nível de significância de 1%. Os resultados das médias indicam de que aulas acompanhadas com experimentos levam a uma melhor compreensão dos conteúdos. Outro indicativo de que as aulas com experimentos ajudam na compreensão dos alunos pode ser visto na Figura 11: Figura 11.Boxplot das avaliações das turmas A e B, antes de depois dos experimentos. 14 Na figura, é observável que a amplitude interquartílica da Turma B (com experimento) é muito menor que a Turma A (sem experimento). Esta menor amplitude interquartílica indica que na turma B temos 50% das notas entre 4,0 e 6,0, enquanto que na Turma A (sem experimento), os valores estão entre 2,0 e 6,0. Outro fato interessante de observar é que a mediana na Turma B (com experimento) é maior do que a Turma A (sem experimento). Também pode ser ressaltado que a Turma B (com experimento) obteve maior índice de notas muito acima da média e também muito abaixo da média, de acordo com os outliers acima e abaixo do boxplot da Turma B (com experimento), o que não acontece em nenhum dos outros boxplot. Considerando as questões pontuadas, a pesquisa nos mostra indícios de maior atratividade por parte dos estudantes. Neste contexto, percebe-se que tal fato está relacionado a outros fatores positivos, como uma possibilidade de maior compreensão dos conteúdos e outras questões como a redução da indisciplina e da evasão, e o aumento das notas, comprovado pela análise das médias. Como houve relevante quantidade de respostas que sugerem outros pontos para que as aulas de Física sejam melhores, percebe-se que os estudantes, de forma geral, estão poucos satisfeitos com aulas focadas na exposição oral dos conteúdos. O reflexo disto inclui a indisposição dos alunos em frequentar as aulas, que também tende a interferir na disposição do professor em sua prática profissional. Referências Bibliográficas 1. KAWAMURA, M. R. D.; HOSOUME, Y. A Contribuição da Física para um Novo Médio. São Paulo: Física na Escola, v. 4, n. 2, 2003. Disponível em <http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol4/Num2/v4n09.pdf>. 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