Estudo Estratégico no 4 Como anda o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro? Valéria Pero Adriana Fontes Luisa de Azevedo Samuel Franco PANORAMA GERAL • ERJ receberá investimentos recordes da ordem de R$ 211,5 bilhões. • Crescimento anual do PIB fluminense (3,1%) foi o menor do país na década passada. • Dinamismo econômico do Rio de Janeiro é fortemente dependente da indústria extrativa mineral, que é bastante volátil. • Após ter um desempenho econômico igual ou melhor do que a economia brasileira e do Sudeste entre 2003 e 2006, o Rio de Janeiro voltou a perder participação no PIB total e da região. PANORAMA GERAL • Dado esse cenário, como anda o desenvolvimento socioeconômico do estado do Rio de Janeiro na última década? • Características marcantes do Rio: Crescimento econômico Demografia e desenvolvimento urbano Renda, pobreza e desigualdade Trabalho e Rendimento MPE Escolaridade CRESCIMENTO ECONÔMICO Evolução do PIB (R$ de 2000) 140 135 130 125 120 115 110 105 100 95 2002 2003 2004 ERJ 2005 2006 SE 2007 Brasil 2008 2009 2010 SP Fonte: IETS com base nos dados das Contas Regionais do Brasil/IBGE. * PIB estadual correspondeu a aproximadamente R$ 407 bilhões em 2010. DEMOGRAFIA *ERJ tem o quarto menor território e a terceira maior população do Brasil (16,3 milhões de habitantes). * Densidade demográfica de 365 pessoas por km2. * Estado mais urbano e metropolitano do país: 97,4% de sua população vive em áreas urbanas e ¾ dela está concentrada na região metropolitana. *População fluminense cresceu 1% na última década, 2/3 do observado no Brasil. *Estado possui a menor taxa de fecundidade do Brasil, que já está abaixo de sua taxa de reposição; *Maior porcentagem de pessoas do sexo feminino (53%); * Maior percentual de idosos (10%) e índice de envelhecimento (2 idosos para cada criança) do Brasil. RENDA PER CAPITA Evolução da renda domiciliar per capita (R$ de 2011) R$ 1.100 R$ 1.000 R$ 900 R$ 800 R$ 700 R$ 600 R$ 500 R$ 400 2001 2002 2003 2004 ERJ 2005 SE 2006 Brasil 2007 2008 2009 2010 2011 RMRJ Fonte: IETS com base nos dados da PNAD/IBGE. * Renda domiciliar per capita do ERJ é a quarta maior do país (R$ 921), atrás do DF (R$ 1573), SC (R$ 990) e SP (R$ 981). * De 2001 a 2011, a renda do ERJ cresceu menos do que a média brasileira e do Sudeste. DESIGUALDADE DE RENDA Evolução do coeficiente de Gini 0,61 0,59 0,57 0,55 0,53 0,51 0,49 2001 2002 2003 2004 2005 ERJ Fonte: IETS com base nos dados da PNAD/IBGE. SE 2006 2007 Brasil 2008 2009 RMRJ 2010 2011 DESIGUALDADE DE RENDA Coeficiente de Gini - 2011 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Fonte: PNAD/IBGE. * ERJ tem o maior Gini entre as UF do Sudeste, Sul e Centro Oeste. POBREZA Relação entre pobreza e renda média nos estados brasileiros - 2011 60 Porcentagem de pobres 50 40 30 20 RS PR 10 RJ SP SC MS 0 300 400 500 600 700 800 900 Renda média (R$ por mês) Fonte: IETS com base nos dados da PNAD/IBGE. 1000 1100 MERCADO DE TRABALHO – TAXA DE PARTICIPAÇÃO Taxa de participação no mercado de trabalho (%) 2001 2011 63 62 62 61 59 59 57 55 BR Fonte: IETS, com base na PNAD/IBGE. SE ERJ SP MERCADO DE TRABALHO – TAXA DE DESEMPREGO Taxa de desemprego ERJ SE Brasil RMRJ MRJ 15% 14% 13% 12% 11% 10% 9% 8% 7% 6% 5% 2001 2002 2003 2004 Fonte: IETS com base nos dados da PNAD/IBGE. 2005 2006 Ano 2007 2008 2009 2010 2011 MERCADO DE TRABALHO – POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO Proporção de ocupados por posição na ocupação (%) 60 2001 2011 50 40 30 20 10 0 BR SE ERJ Empregado com carteira Fonte: IETS com base na PNAD/IBGE. BR SE ERJ Empregado sem carteira BR SE Conta-própria ERJ BR SE Empregador ERJ MOBILIDADE URBANA Tempo médio de deslocamento de casa ao trabalho (em minutos). Fonte: IETS, com base na PNAD. 2001 2011 51 48 48 45 43 RJ 44 42 SP Região metropolitana 49 48 46 RJ SP Capital 44 42 RJ SP Periferia ESCOLARIDADE Escolaridade média das pessoas com 25 anos ou mais RJ SE Brasil SP DF 11 Anos de estudo 10 9 8 7 6 5 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Ano 2007 2008 2009 2010 2011 C at a Sã rin a o Pa M in as ulo G er ai s Pa ra ná G M o at To iás o ca G ro nt ss in s o do Su R or l ai m A m a az on R as io G C ra nd ear á e Es do pí rit Su l o Sa nt o A c R on re R d io de ôni Ja a M ne at ir o G o Pe ro rn sso am D is b tr ito uc Fe o de ra l A m a M pá ar an hã o B ah ia Pi au í Se R rg io ip G e P ra nd ara í e do ba N or te Pa rá A la go as Sa nt a EDUCAÇÃO IDEB - 3a série do ensino médio 2009 2011 5 4 3 2 1 0 MPE GRÁFICO 8 Participação das MPE no emprego formal e na massa salarial - 2011 60% Massa salarial 50% Emprego formal 41% 40% 40% 40% 37% 36% 33% 30% 27% 22% 21% 46% 44% 28% 27% 29% 31% 22% 20% 10% 0% Fonte: IETS com base nos dados da RAIS/MTE. * Apenas 37% dos empregos formais no ERJ são em MPE, percentual entre os do NE (33%) e do Brasil (40%), ou seja, inferior aos dos estados do SE e da média da região (41%). *↓da participação das MPE no emprego formal entre 2009 e 2011 no Rio de Janeiro. * Contribuição das MPE na massa salarial também é reduzida no Rio de Janeiro (22%), situando-se no nível nordestino e abaixo da média brasileira e do Sudeste, de 27%. MPE Salário-hora nas MPE e MGE - 2011 Brasil Sudeste Rio de Janeiro 16,6 15,2 13,5 7,9 7,6 6,5 Micro e Pequena Média e Grande Fonte: IETS com base nos dados da RAIS/MTE, 2011. •O estado possui maior diferencial salarial entre MGE e MPE no país: 20 p.p. acima do aferido no Sudeste e no Brasil. EM RESUMO Coeficiente de Gini Renda domiciliar per capita • O ERJ avançou em praticamente todas as dimensões • Porém, menos do que nossos vizinhos do Sudeste e muitas vezes menos do que a média brasileira. • Ficamos em posição intermediária, algumas vezes mais próxima ao NE. 0,550 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 0,540 0,520 0,510 0,500 0,490 0,480 0,470 Sudeste Nordeste Sudeste Brasil Brasil 8,2 8,0 7,8 7,6 7,4 7,2 7,0 6,8 6,6 6,4 6,2 40,0 35,0 30,0 25,0 ERJ 15,0 10,0 5,0 0,0 Sudeste Nordeste Taxa de desemprego Percentual de pobres 45,0 20,0 ERJ 0,530 Nordeste Sudeste Brasil Participação das MPE no emprego 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Nordeste ERJ Brasil Participação das MPE na massa salarial 30 ERJ 25 ERJ 20 15 10 5 0 Sudeste Nordeste Brasil Sudeste Nordeste Brasil CONSIDERAÇÕES FINAIS •Características estruturais do nosso Estado demandam atuação efetiva de atores relevantes para o desenvolvimento, especialmente do setor público que tem como premissa a distribuição dos recursos •A agenda é ampla e passa por: i) profissionalização de MPE para uma efetiva diversificação da estrutura econômica e produtiva, ii) formação e qualificação da mão de obra; iii) desenvolvimento e mobilidade urbana na metrópole; e iv) acesso e qualidade dos serviços públicos para um desenvolvimento mais equânime no Estado.