Agroindústria Alimentos Bebidas Comércio Higiene e Limpeza Materiais de Construção Energia Petróleo e Gás Mineração Siderurgia Bens de Capital Veículos Autopeças Comunicações Imobiliário Transportes Serviços Financeiro Outros Setores Ambiente Macroeconômico e de Investimentos O macroambiente interno já se recuperou dos efeitos da crise e as perspectivas para os próximos trimestres são de um robusto crescimento econômico. Mas o que mais chama a atenção é a ascensão do País nas atenções internacionais e os desdobramentos disso sobre os investimentos físicos e financeiros. A situação seria perfeita, se não houvesse, em contrapartida, preocupação justificada com os excessos de euforia e seus efeitos sobre a taxa de câmbio. Ainda não se vislumbram obstáculos à concretização do cenário de expansão. Porém, o dilema da apreciação cambial terá que ser enfrentado pela política econômica, sob pena de fragilização do ciclo de crescimento que ora se inicia. Quanto às empresas, o noticiário recente tem refletido integralmente o clima de confiança. As intenções de investimentos praticamente já retornaram ao volume pré-crise e há uma boa distribuição setorial deste movimento. Mesmo assim, ainda há o que recuperar por parte das empresas com atuação no mercado externo. Fora isso, o maior destaque da conjuntura atual continua sendo a robustez das captações no mercado acionário. CENÁRIO ECONÔMICO 2006 2007 2008 2009* 2010* PIB (PM) - Var % 4.0 5.7 5.1 0.2 5.0 Inflação IPCA - Var % 3.1 4.5 5.9 4.3 4.5 2.138 1.771 2.337 1.70 1.75 Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano 15.1 11.9 12.5 9.8 9.6 Dívida Pública - % PIB 44.0 43.9 38.8 44.1 42.4 Saldo Comercial - US$ Bilhões 46.5 40.0 24.8 25.0 13.0 Trans. Corrente - US$ Bilhões 13.6 1.6 -28.2 -17.5 -36.0 Investimentos Diretos - US$ Bilhões 18.8 34.6 45.1 25.0 35.0 Tx de Câmbio - R$/US$ Fim Ano * Fonte: Focus - Relatório de Mercado - 30/11/2009 (Banco Central do Brasil) Topo Agroindústria | Os acionistas da Santelisa Vale, empresa de Sertãozinho (SP) e segunda maior do setor de açúcar e álcool no País, aprovaram a transferência de seu controle para a francesa Louis Dreyfus Commodities (LDC). Com isso, a LDC, que já detinha usinas no Brasil, consolida-se na segunda posição entre os maiores processadores mundiais de cana, atrás apenas da Cosan. A Santelisa Vale formou-se pela fusão dos grupos sucroalcooleiros Santa Elisa e Vale do Rosário e atualmente opera com cinco unidades no Estado de SP. Com sua incorporação, a LDC passa a deter 60% da nova empresa, provisoriamente denominada LDC SEV Bioenergia, e assume uma dívida estimada em R$ 2,2 bilhões. Os antigos acionistas da Santelisa Vale ficarão com 18% da nova empresa e os credores bancários terão outros 13%. A LDC ficará responsável por trazer um novo investidor para a usina, o qual deverá aportar até R$ 800 m. A LDC SEV nasce com valor de mercado estimado em R$ 8 bilhões e 13 unidades operacionais. | Paralelamente, a Louis Dreyfus Commodities fechou com a brasileira Amaggi a criação da joint venture Amaggi & LDCommodities para atuar no mercado de grãos da região de cerrado da BA, MA, PI e TO. O foco da nova empresa será a originação de soja e milho, sendo que a ela não pretende atuar na área de produção. Os investimentos iniciais, previstos em US$ 100 m e igualmente divididos entre as sócias, envolvem a construção de armazéns e instalações portuárias. | A ETH Bioenergia, empresa do grupo Odebrecht, inaugurou seu terceiro empreendimento greenfield e passou a contar com um total de cinco usinas sucroalcooleiras. Trata-se da unidade Conquista do Pontal, em Mirante do Paranapanema (SP), a qual recebeu aporte de R$ 400 m. A inauguração segue às recentes operacionalizações das unidades Rio Claro (em Caçu-GO) e Santa Luzia (Nova Alvorada do Sul-MS). Juntas, estas três usinas receberam investimentos de R$ 1,5 bilhão, sendo que outros R$ 900 m ainda estão previstos para até 2012. Até o final deste ano, a ETH Bioenergia também pretende concluir a incorporação dos ativos da Brenco, o que deve posicioná-la como uma das maiores produtoras de etanol no País. | A norte-americana ADM inaugurou sua primeira usina de etanol à base de cana no Brasil. A unidade fica em Limeira do Oeste, em MG, e foi erguida em parceria com o Grupo Cabrera, sendo que uma segunda unidade desta parceria deverá ser inaugurada em 2012 em Jataí, GO. A intenção da ADM é construir uma terceira planta de etanol no País, a qual também deverá ficar em GO. Atualmente, a empresa é uma das maiores produtoras mundiais de etanol à base de milho. | A fabricante de rações Guabi adquiriu a unidade de alimentos para peixes da cearense BR Fish, empresa do grupo Ypióca (o mesmo que produz o aguardente Ypióca). O valor da transação não foi divulgado. A Guabi é uma das maiores produtoras de rações do País e atualmente está ampliando suas plantas em Anápolis (GO) e em Goiana (PE), onde o mix de produtos é mais diversificado e inclui linhas para ruminantes. | A Petrobras definiu a cidade de Três Lagoas (MS) para sediar sua terceira usina de amônia e uréia, matérias-primas utilizadas na fabricação de fertilizantes. A empresa também possui planos de instalar uma quarta unidade em Linhares (ES) e ainda ampliar a oferta da planta de Sergipe. A expectativa é de que todas as linhas da Petrobras no setor (que também abrange uma planta na Bahia) estejam concluídas até 2013. Topo Alimentos | A Laticínios Bom Gosto, empresa de Tapejara (RS), anunciou a compra da Cedrense, laticínio de São José do Cedro (SC). A Cedrense possui base processadora nos três Estados da Região Sul. Esta foi a terceira aquisição da Bom Gosto neste ano e custou R$ 64 m. Desde meados de 2007 a Bom Gosto já incorporou os laticínios mineiros DaMatta e Santa Rita, os gaúchos Corlac e Nutrilat, as unidades da Nestlé em Barra Mansa (RJ) e da Parmalat em Garanhuns (PE) e, mais recentemente, a paranaense Líder Alimentos. Com a Cedrense, sua intenção é reforçar a atuação no segmento de queijos. | A unidade da Parmalat em Carazinho (RS), arrendada em julho para a Nestlé por um prazo de 35 anos, foi vendida para a empresa suíça de alimentos. Esta era a intenção original da Nestlé que, todavia, dependia de autorização judicial devido ao processo de recuperação da Laep Investments, controladora da Parmalat. O valor oferecido pela Nestlé foi de R$ 101,9 m. A planta de Carazinho está adaptada para a produção de leite longa vida, leite em pó, leite condensado e creme de leite. E com investimentos de R$ 120 m, a Nestlé também inaugurou sua nova fábrica de leite longa vida em Araraquara, SP. A unidade será dedicada ao segmento de leite premium com diferencial nutricional das marcas Ninho e Molico. Com ela, a Nestlé pretende chegar aos mercados da Região Sul nos próximos meses. | Em 2010, a Italac pretende investir R$ 20 m para duplicar sua produção de leite condensado em Corumbaíba (GO) e outros R$ 40 m para implantar a segunda fase de seu projeto em Passo Fundo (RS). Nesta última unidade, recém inaugurada, será instalada uma linha de leite em pó. A Italac é tradicional fabricante de queijos, mercado onde atua com a marca Teixeira. Mas também produz achocolatados, leite em pó, leite condensado, creme de leite e manteiga industrial. Além das unidades de Passo Fundo e Corumbaíba, ela também processa leite em Jaru (RO), Ouro Preto d'Oeste (RO) e Xinguara (PA). | A Vencedor Laticínios e a General Brands uniram suas atividades e estão formando o Grupo GB, na qual cada sócia terá 50% de participação. A Vencedor Laticínios é a maior fabricante brasileira de queijos mussarela em peça (para venda em padarias e supermercados) e originou-se da Rede Assai, vendida ao Pão de Açúcar. Ela possui sete fábricas que, além de queijos, também produz leite em pó, iogurtes e leite condensado. A General Brands produz sucos, balas, sobremesas, chocolates, refrescos em pó e outros. A nova empresa nasce com faturamento da ordem de R$ 500 m e intenções de diversificação. | Com investimentos de € 80 m, a italiana Inalca JBS, joint venture entre a brasileira JBS e o grupo Cremonini, pretende inaugurar em dezembro sua nova unidade industrial de hambúrgueres na Rússia. A unidade irá atender à rede norteamericana McDonald's naquele país. Ela ficará junto ao centro de distribuição que a Inalca JBS possui na Rússia e um dos objetivos da planta é funcionar como alternativa da JBS em eventuais embargos à carne brasileira. | A oferta primária de ações do frigorífico Marfrig totalizou R$ 1,328 bilhão, o que abrange a venda das ações ordinárias previstas e do lote adicional de papéis. O montante ainda pode chegar a R$ 1,501 bilhão com a venda de um lote suplementar. Com os recursos, o Marfrig pretende pagar a compra da Seara, investir em sua expansão orgânica e equilibrar seu caixa. A Seara implicará num desembolso de US$ 706,2 m para a empresa, que também irá assumir dívidas de US$ 193,8 m. Topo Bebidas | A Miolo Wine Group adquiriu da francesa Pernord-Ricard a vinícola brasileira Almadén, de Santana do Livramento (RS). O valor da transação não foi divulgado, mas com a Almadén a Miolo incorpora uma fábrica e mais do que dobra sua área de vinhedos. A Miolo é a atual líder brasileira na venda de vinhos nacionais finos, com cerca de 25% do mercado. Em seguida estão a Vinícola Aurora (20%), a Almadén (15%) e a Salton (10%). A intenção da Miolo é focar a marca Almadén no segmento de vinhos populares. | A gigante de bebidas AmBev anunciou investimento de R$ 144 m para ampliar a fábrica da Equatorial, sua filial em São Luís (MA), e também para construir um novo centro de distribuição direta (CDD). A Equatorial produz cervejas das marcas Antarctica, Brahma, Brahma Fresh e Skol em lata e garrafa, além do chope Brahma. Ela abastece os mercados do MA, PA, PI e AP. As obras de expansão se iniciam em dezembro e devem ser concluídas no segundo semestre de 2010. | O plano de investimentos da Coca-Cola no Brasil nos próximos cinco anos envolve aportes de R$ 11 bilhões (US$ 5,8 bilhões). Aqui, a empresa norte-americana lidera o mercado de refrigerantes e possui 43 fábricas, das quais uma de concentrados em Manaus (AM), três da Leão Junior (mate), duas da Del Valle (sucos) e 37 engarrafadoras Coca-Cola. O objetivo da empresa é preparar-se para a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016. Está prevista a reforma da maior parte das fábricas; investimentos na frota de veículos e na substituição de geladeiras; e desenvolvimento de mercados e produtos. Topo Comércio | A norte-americana Burger King, concorrente da rede de fast food McDonald's, fechou contrato com um segundo master franqueado no Estado de São Paulo. Trata-se da De Nadai, prestadora de serviços de alimentação para empresas de diversos setores. A De Nadai junta-se à outra master franqueada da Burger King, a BGK do Brasil, que atualmente opera 30 restaurantes na capital paulista. A intenção da rede de fast food é acelerar a abertura de unidades no Estado de São Paulo. No Brasil, sua rede hoje conta com 68 restaurantes em 14 Estados. | As redes de farmácia Rosário e Distrital, ambas do Distrito Federal, decidiram fundir suas cadeias formando uma nova empresa, com um total de 75 lojas. As duas marcas deverão ser preservadas, cada uma em um nicho específico. A decisão decorre do avanço das líderes nacionais Pague Menos e Drogasil no mercado de Brasília. A fusão será realizada por meio de troca de ações e a intenção da nova empresa é expandir sua atuação para o Estado de Goiás. | Com investimentos de R$ 50 m, a rede varejista Berlanda, focada em linha branca, móveis e eletroeletrônicos, pretende abrir 30 novos pontos de venda em 2010. Atualmente a Berlanda atua nos mercados de SC e RS, sendo que as novas lojas serão prioritariamente instaladas na região sul de SC e em municípios onde a empresa ainda não atua. Com as unidades, a previsão é de que a empresa encerre 2010 com um total de 150 lojas. Topo Higiene e Limpeza | A Hypermarcas anunciou a aquisição da fraldas Pom Pom por R$ 300 m. Esta foi a segunda compra da empresa desde sua oferta de ações, realizada em julho. A Pom Pom possui atuação destacada em produtos infantis, mas também atua no segmento geriátrico, com a marca BigFral. Com a nova empresa, a Hypermarcas assume 4% do mercado brasileiro de fraldas infantis. Destaque-se que a linha de sabonetes e talco Pompom não pertence à companhia adquirida, mas à Colgate-Palmolive. Em setembro a Hypermarcas também assumiu a Hydrogen, do setor de talcos e xampus infantis, e que pertencia ao Grupo Silvio Santos. | Na sequência, a Hypermarcas também anunciou acordo para incorporação das marcas de preservativos masculinos Jontex e Olla. A Jontex pertencia à Johnson & Johnson (J&J) e foi adquirida por US$ 101 m, sendo que a transação abrange todos os negócios da marca e o maquinário da fábrica em São José dos Campos (SP). Já a marca Olla pertencia à Indústria Nacional de Artefatos de Látex (Inal) e juntamente com o parque industrial foi adquirida por US$ 120 m. Esta operação abrange as demais marcas da Inal, como Lovetex, Microtex e outras. A investida da Hypermarcas na área de preservativos, arrebatando de uma só vez 45% de participação no País, representa mais um passo da empresa no segmento de higiene pessoal. O portfólio atual da Hypermarcas hoje abrange nomes como Assolan, Monange, Paixão, Risqué, Benegrip, Apracur, Doril, Engov, Gelol, Zero-Cal, Bozzano e Cenoura & Bronze e outras. | A ITW Chemical, subsidiária brasileira da norte-americana Illinois Tool Work e com unidade em Embu das Artes (SP), concluiu a aquisição do controle da Luvex, fabricante gaúcha de cremes de proteção, loções, gel de limpeza, bloqueadores solares e repelentes para uso profissional. O valor da transação não foi divulgado. As atividades das duas empresas no Brasil são complementares, sendo que a ITW também fabrica óleos para usinagem e estampagem, graxas lubrificantes, detergentes biodegradáveis, solventes, anticorrosivos e lubrificantes, além de gel e xampus para as mãos. Topo Materiais de Construção | Visando a duplicação de suas vendas num prazo de cinco anos, a Suvinil, divisão de tintas da alemã Basf, escolheu a Região Nordeste para sediar seu primeiro investimentos pós-crise. Para tanto, irá aportar R$ 20 m na unidade de Jaboatão dos Guararapes (PE) até 2013. Está prevista a ampliação tanto da fábrica quanto do centro de distribuição, sendo que uma das prioridades da empresa é o segmento de massas corridas e complementos. As Regiões Norte e Nordeste respondem, atualmente, por 14% das vendas da Suvinil. Outro objetivo da empresa é expandir suas exportações para a África e América do Sul. | O grupo Camargo Corrêa, controlador da Loma Negra, está retomando o projeto de US$ 108 m para expansão das atividades da cimenteira argentina. O investimento abrange as unidades de Catamarca e L'Amalí, sendo que os projetos haviam sido adiados no final de 2008 em função da crise mundial. A planta de Catamarca receberá um aporte de US$ 38 m em sua capacidade de moagem. A planta de L'Amalí receberá US$ 70 m para moagem e também em seu sistema logístico. A Loma Negra é a maior produtora de cimento da Argentina, com 45% do mercado local, e atualmente conta com 9 unidades industriais. Topo Energia | A Amyris Biotechnologies, empresa que detém tecnologia para produzir diesel à base de cana, recebeu um aporte de R$ 75 m. Os recursos vieram de seu novo acionista, o grupo pernambucano Cornélio Brennand, e também dos atuais sócios. Dentre estes, destacam-se a Votorantim Novos Negócios e os fundos Khosla Ventures, Kleiner Perkins e TPG (Texas Pacific Group). O grupo Cornélio Brennand, que atua no setor de embalagens de vidros e utensílios domésticos, pretende ampliar sua atuação no setor de energia renovável, sendo que atualmente ele controla cinco PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas). | A Andrade Gutierrez entrou no capital da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) com a compra da participação que pertencia à Southern Electric Brasil (SEB). A SEB detinha 32,96% do capital votante e 14,41% do capital total da Cemig. Pelo acordo, a Andrade Gutierrez irá pagar US$ 25 m e assumirá integralmente a dívida de US$ 1,4 bilhão da SEB com o BNDES. O fechamento do acordo, porém, dependerá do sucesso na renegociação desta dívida. A SEB é controlada pela norteamericana AES Corp e tem como acionista minoritário o fundo 524 Participações, administrado pelo banco Opportunity. | E a holding controladora da Light, a Rio Minas Energia (RME), vai ser cindida em três partes iguais. Estas partes serão incorporadas pelas sócias que atualmente dividem o controle da distribuidora do Rio de Janeiro: a Andrade Gutierrez, a Cemig e a Luce Participações. A RME detém 49,39% das ações ordinárias da Light e mais 100% Lidil, empresa que detém outros 2,74% das ações da empresa de energia. O movimento é percebido no mercado como um primeiro passo da Cemig para, em breve, ampliar sua participação na Light. | A Cemig também está concluindo a aquisição do controle da Terna Participações, uma operação de R$ 2,33 bilhões fechada em abril com a italiana Terna SpA. Os fundos de pensão da gaúcha CEEE, da própria Cemig, da Infraero, do Banespa, do BNDES e da Chesf, juntamente com o Santander, serão sócios na compra, por meio do Fundo de Investimento em Participações (FIP) Coliseu. A Terna será utilizada pela Cemig para a aquisição de novos ativos no setor de transmissão de energia. Com ela, a elétrica de MG passa a deter 12% do mercado de transmissão. A incorporação será realizada por meio da Transmissora do Atlântico de Energia Elétrica S/A (Taesa), na qual a Cemig ficou com participação de 49% e o Coliseu com os outros 51%. A Cemig será a operadora da Terna e será responsável pela oferta pública aos preferencialistas, avaliada em R$ 1,45 bilhão. | A CPFL Energia anunciou sua entrada no segmento de geração de energia termelétrica com a aquisição de 51% do capital de duas usinas movidas a óleo diesel, ainda em construção na Região Nordeste. As duas unidades (a Termonordeste e a Termoparaíba) pertenciam à DC Energética e o investimento da CPFL soma R$ 310 m. Elas deverão entrar em operação em outubro de 2010. A CPFL também adquiriu uma unidade de biomassa no RN, onde serão investidos outros R$ 127 m. | A EDP Brasil conseguiu R$ 442 m com a venda de ações ordinárias em uma oferta pública secundária de papéis (ações em tesouraria). Os recursos deverão ser utilizados para o pagamento de dívidas e aumento da flexibilidade financeira da companhia. A dívida consolidada da EDP Brasil soma aproximadamente R$ 3 bilhões e, com a operação, o free float da empresa amplia-se de 25% para 34%. Topo Petróleo e Gás | A holandesa SHV Gás Brasil, controladora da Supergasbrás e da Minasgás, pretende ampliar sua liderança no mercado de gás liquefeito (GLP) e, para tanto, está investindo R$ 40 m. Estão previstas a expansão da unidade de engarrafamento de Duque de Caxias (RJ) e a adoção de um novo sistema de distribuição. Atualmente a SHV detém 23,5% do mercado brasileiro de GLP, com 17 parques engarrafadores. Na ampliação da planta de Duque de Caxias serão aportados R$ 20 m, ficando os outros R$ 20 m para a distribuição residencial de botijões. | A Petrobras fechou acordo para aquisição da Chevron Chile por US$ 12 m. A Chevron Chile produz lubrificantes e possui participação de 6% no mercado local, onde atua com a marca Texaco. Esta marca deixará de ser comercializada e será substituída pela Lubrax, da Petrobras. Em 2008 a Petrobras já havia adquirido 230 postos de combustíveis e bases em 11 aeroportos da Esso Chile Petrolera. Além de Brasil e Chile, a Petrobras também atua na distribuição de combustíveis na Argentina, Colômbia, Paraguai e Uruguai. | A estatal angolana Sonangol está assumindo o controle da brasileira Starfish Oil & Gas, empresa na qual já detinha participação de 18%. O valor da transação não foi confirmado, mas é estimado em US$ 180 m, sendo que a negociação envolveu cerca de 80 acionistas da Starfish. Além de atuação em diversos países africanos, a Sonangol também atua nos mercados mexicano, venezuelano e europeu. Neste último, detém 15% de participação na portuguesa Galp Energia que, por sua vez, é uma das acionistas do campo Tupi, no pré-sal da bacia de Santos, com 10% de seu capital. Topo Mineração | Dando sequência ao seu plano de reestruturação societária, a Paranapanema decidiu incorporar a subsidiária Caraíba Metais, fabricante de concentrados de cobre. A Caraíba integra a holding Paranapanema juntamente com a Eluma, produtora de semi-elaborados de cobre, e a Cibrafértil, fabricante de fertilizantes. Sozinha, ela responde por 75% do faturamento do grupo e já esteve na mira de grandes mineradoras globais. Com a incorporação, a Caraíba, que hoje tem 98,1% de seu capital em poder da Paranapanema, deixará de existir. | A Dow Corning Corporation adquiriu ações de duas fábricas de silício metálico da Globe Specialty Metals, numa transação avaliada em US$ 175 m. Tratam-se das unidades Globe Metais, empresa do Pará que passará a se chamar Dow Corning Metais do Pará; e Globe Metallurgical, com operações nos EUA. Na primeira foram adquiridos 100% do capital e na segunda 49%. A Dow Corning é líder global em materiais à base de silicone, utilizados nas indústrias de construção, cuidados pessoais, energia, automotiva e eletrônica, produto que tem como matéria prima o silício metálico. | A alemã Süd Chemie, fabricante de aditivos químicos e com produção em Jacareí (SP), fechou acordo com a mineira Geosol para assumir até 90% da unidade de bentonita desta empresa em Vitoria da Conquista (MA). A Geosol é uma das principais empresas brasileiras no setor de sondagens geológicas. A aquisição será gradativa, estendendo-se até 2016, mas inicialmente já foram incorporadas 26% das ações da Companhia Brasileira de Bentonita. Com a planta, a Süd Chemie irá quadruplicar sua capacidade produtiva de bentonita, argila especial utilizada em aglutinantes, aditivos para clareamento e insumos para pelotizadoras. | A Wuhan Iron and Steel Group (Wisco), terceira maior siderúrgica da China, concluiu negociações para entrar no capital da MMX Mineração e Metálicos. Ela irá aportar US$ 400 m na MMX e ficará com 21,52% de seu capital. Também será a responsável pela construção de uma usina siderúrgica no Super Porto de Açu (RJ), empreendimento em que terá participação de 70%, ficando a MMX com 30%. O acordo ainda abrange um contrato de fornecimento de minério de ferro pela MMX por 20 anos e prevê uma oferta primária de ações da mineradora da ordem de US$ 250 m, de forma que o caixa da MMX ficará reforçado em US$ 650 m. Tais recursos serão integralmente direcionados ao Sistema MMX Sudeste , composto pelas minas de Serra Azul e Bom Sucesso, em MG. | A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) está estreando no mercado de carvão com a aquisição de 14,99% de participação na mineradora australiana Riversdale Mining. A operação é avaliada em US$ 175,4 m e pode ser ampliada em mais 1,3% de participação, elevando o total da fatia da CSN para 16,3%. Embora com sede na Austrália, a Riversdale possui projetos de exploração de carvão mineral na África do Sul e em Moçambique, os quais previstos para serem inaugurados em 2012. Carvão e minério de ferro são os dois principais insumos na produção de aço. Topo Siderurgia | A CSN também anunciou a retomada de seu investimento no Estado de MG, onde estão previstos aportes de R$ 9,5 bilhões até 2014. Deste montante, R$ 6,2 bilhões destinam-se à construção de uma usina siderúrgica, R$ 2,5 bilhões à ampliação da mina de ferro Casa de Pedra e R$ 850 m a uma pelotizadora, todas em Congonhas (MG). A expectativa da CSN é iniciar as obras da usina em 2010, devendo colocá-la em operação em 2014. Um dos objetivos da unidade será a produção de aços longos, segmento em que a CSN ainda não atua. Metade da produção da unidade deverá ser destinada ao mercado externo e a outra metade ao abastecimento local. Já a expansão da mina Casa de Pedra está prevista para ser operacionalizada ainda em 2010. | Em 2010 deverá sair do papel a construção da Aços Laminados do Pará (Alpa), empreendimento siderúrgico da Vale em Marabá (PA). O investimento da mineradora será da ordem de R$ 5,2 bilhões, integralmente suportado pela Vale. A Alpa irá produzir aços semiacabados (placas) e aços laminados (bobinas e chapas grossas). A expectativa da mineradora é iniciar as operações da usina (alto forno, aciaria e laminação) até o final de 2013. O empreendimento integra o pacote de investimentos siderúrgicos da Vale, que também abrange a CSU (Companhia Siderúrgica de Ubu), a ThyssenKrupp CSA e a Companhia Siderúrgica de Pecém (em parceria com a DongKuk). | E a ArcelorMittal, maior grupo siderúrgico do mundo, será a parceira da Vale na construção da CSU, no ES. A ArcelorMittal irá substituir a chinesa Baosteel, prevista como sócia na primeira tentativa da mineradora brasileira de instalar uma siderúrgica em território capixaba. A CSU é um empreendimento de US$ 4,5 bilhões, com inauguração prevista para 2014. Atualmente a ArcelorMittal atua no Brasil com a usina de aços planos ArcelorMittal Tubarão; com a antiga Acesita, produtora de aço inox; e com quatro usinas de aços longos que pertenciam à Belgo-Mineira, sendo duas em MG, uma em SP e uma no ES. Em 2008, o grupo respondeu por 31% da produção de aço do Brasil, à frente de Gerdau, Usiminas e CSN. | Com a retomada da economia global, o Grupo Gerdau revisou seu plano de investimentos para o período de 2010 a 2014 para R$ 9,5 bilhões (cerca de US$ 5,5 bilhões). Deste montante, as operações brasileiras do grupo deverão ficar com uma fatia de 80%. As apostas da Gerdau para a demanda interna de aço derivam da evolução da construção civil, do setor automotivo e de obras de infraestrutura impulsionadas pelo PAC, pelo pré-sal e pela Copa do Mundo e Olimpíadas. Alguns dos destaques no plano são os laminadores de chapas grossas (R$ 1,75 bilhão) e de perfis estruturais (R$ 100 m) na Açominas; o laminador de vergalhões (R$ 88 m) em sua parceria com o grupo indiano Kalyani ; e a produção de minério de ferro em Várzea Grande (MG). | Foi formalizada a criação da Soluções Usiminas, empresa líder de mercado na distribuição e serviços relativos a aços planos. A nova empresa tem a Usiminas como controladora, com 68,9% de participação. A japonesa Metal One (20%) e os antigos controladores da Fasal (11,1%) completam o quadro societário. A Soluções Usiminas já atua no Mercosul e pretende expandir seus negócios para Colômbia, Peru, Chile e Equador. Suas operações, distribuídas em 14 fábricas e cinco Estados, decorrem da fusão entre a Dufer (que incorporou a Rio Negro), a Fasal e a Zamprogna, além de duas unidades da Usiminas (Usicorte e Usial). | A Votorantim Siderurgia e investidores ligados ao Grupo Grendene, tradicional fabricante de calçados, firmaram joint venture para a construção da Siderúrgica Três Lagoas (Sitrel). A Sitrel projeta investimentos de US$ 450 m até 2012 em Três Lagoas (MS), onde pretende produzir ferro-gusa, vergalhões e fio-máquina. A unidade será a primeira do segmento de aços longos na Região Centro-Oeste. Topo Bens de Capital | A Emerson Process Management, empresa norte-americana do setor de equipamentos e automação industrial, vai investir R$ 60 m para instalar um parque industrial em Sorocaba, SP. Atualmente a Emerson possui uma operação em Macaé (RJ) dedicada à Petrobras e outras cinco unidades distribuídas no Estado de SP. O novo parque deverá centralizar estas operações e visa reduzir custos de produção. Atualmente, metade das receitas da Emerson vem do setor de óleo e gás. | A norte-americana General Electric (GE) concluiu investimentos de R$ 145 m para adaptar suas linhas de montagem em Campinas (SP) à produção de aerogeradores. A unidade irá abastecer o crescente mercado de energia eólica do País e também poderá tornar-se uma plataforma de exportação regional. No País, atualmente a GE apenas fornece tecnologia para a produção de pás eólicas, feitas pela Tecsis em Sorocaba (SP). A empresa norte-americana é a segunda maior fabricante mundial de componentes para o setor de energia eólica, atrás apenas da dinamarquesa Vestas. Topo Veículos | A chinesa MVK vai investir R$ 32 m na construção de uma fábrica de motocicletas e quadriciclos em Manaus (AM). A previsão é de que a unidade seja inaugurada em março de 2010, sendo que nos primeiros anos sua produção deve ser distribuída em 80% para motos e 20% para quadriciclos. A unidade será operacionalizada pela sócia brasileira da empresa, a Embramoto, e além de linhas específicas para motos e quadriciclos, ela também contará com uma unidade de motores e uma área de testes de equipamentos. | A montadora alemã Volkswagen anunciou investimentos de R$ 6,2 bilhões no Brasil para o período de 2010 a 2014. Deste montante, cerca de 60% serão destinados ao lançamento de produtos (13 novos veículos em 2010), dos quais um terço na categoria de comerciais leves. Os 40% restantes serão investidos no aumento de capacidade produtiva, especialmente das fábricas Anchieta, Taubaté e São Carlos, em SP. Topo Autopeças | A francesa Michelin iniciou as obras de terraplanagem de sua segunda fábrica de pneus para carros de passeio e caminhonete em Itatiaia (RJ). O empreendimento vai exigir investimentos de US$ 200 m e sua inauguração está prevista para o final de 2011. Atualmente a Michelin atua no mercado brasileiro com linhas de pneus para carros de passeio, caminhonetes, caminhões (carga) e de veículos para mineração e terraplanagem. No segmento de passeio, a fábrica também abastece o mercado de alta performance. A Michelin detém aproximadamente 10% do mercado de reposição no Brasil. | E com as novas projeções de crescimento econômico, a italiana Pirelli também decidiu reforçar seu plano de investimentos no Brasil. Isso implicará em um aporte de US$ 100 m nos próximos dois anos em sua fábrica de Santo André (SP), onde são produzidos pneus para máquinas agrícolas, construção civil e mineração. O novo investimento se soma ao programa de US$ 200 m anunciado pela empresa em julho. Topo Comunicações | O BNDES e a administradora de fundos de private equity CRP assumiram, respectivamente, 10% e 2,5% do capital da editora gaúcha Artmed. A Artmed atua no segmento de livros técnicos, científicos e profissionais (CTP). Seus planos de investimento em aquisições e crescimento orgânico são da ordem de R$ 50 m nos próximos cinco anos. Na sequência, a Artmed assumiu, em regime de parceria, as operações da norte-americana McGraw-Hill Education no Brasil pelo prazo de dez anos. O valor da negociação não foi divulgado. | A Traffic Sports, uma das maiores empresas de marketing esportivo da América Latina, assumiu o controle do jornal paulistano Diário de S. Paulo. Desde 2001 o Diário estava sob o comando da Infoglobo, empresa das Organizações Globo. Com a transação, o Diário de S. Paulo passa a integrar a rede de jornais Bom Dia, divisão de jornalismo impresso do grupo Traffic que hoje atua no interior de SP. A transação envolve o parque gráfico do jornal e seu valor não foi divulgado. Topo Imobiliário | A Rossi Residencial concluiu sua distribuição pública primária de ações ordinárias, cujo valor atingiu R$ 928,1 m com o exercício dos lotes suplementar e adicional. Deste montante, os investidores estrangeiros ficaram com 72,5%, sendo que o Credit Suisse Securities da Europa respondeu por 13,4% dos papéis para fins de proteção das operações realizadas no exterior. Com os novos recursos, a incorporadora pretende reforçar seus índices de liquidez e adquirir terrenos e projetos voltados para o segmento de menor poder aquisitivo da população, em especial com vistas ao programa habitacional Minha Casa Minha Vida. | A oferta primária de ações ordinárias da Iguatemi Empresa de Shopping Centers somou R$ 410,4 m. Na oferta, os investidores estrangeiros foram responsáveis por uma participação de 52,3%. A operação contou com a colocação do lote suplementar. Com os recursos captados, a Iguatemi pretende investir na expansão de suas operações nos shoppings onde já tem participações, aquisição de participações em empreendimentos e desenvolvimento de novas unidades. | A PDG Realty, que atua na área de incorporação imobiliária, concluiu sua oferta de ações em mercado, a qual somou um total de R$ 1,058 bilhão. Deste montante, os investidores estrangeiros responderam por uma fatia de 73,09%. A empresa ficará com R$ 784 m, recursos que serão utilizados na aquisição de novos terrenos, construções e capital de giro. Os R$ 274 m restantes, correspondentes à distribuição secundária de papéis, são de responsabilidade do fundo UBS Pactual Desenvolvimento e Gestão. | A oferta de ações da incorporadora Brookfield (antiga Brascan) atingiu R$ 664,7 m, dos quais R$ 562,7 m irão para o caixa da empresa e R$ 102 m para os sócios vendedores. A Brookfield pretende utilizar os recursos obtidos na oferta primária para a compra de novos terrenos, empresas e outros empreendimentos imobiliários (60%) e para uso como capital de giro (40%). Com a colocação, o free float da empresa ampliou-se de 32% para 45,7%. | A Gafisa anunciou a incorporação das ações de sua controlada Tenda, construtora na qual detinha 60% de participação há aproximadamente um ano. Para amparar a operação, a Gafisa irá emitir ações, num aumento de capital da ordem de R$ 930 m. Ao final, os atuais acionistas minoritários da Tenda ficarão com 19,7% da nova Gafisa. E a nova empresa terá uma maior exposição no segmento popular, tornando-se, em valor de mercado, maior do que a Rossi e atrás apenas da Cyrela no setor de construção. | A incorporadora Cyrela Brazil Realty realizou nova oferta primária de ações e conseguiu captar R$ 1,04 bilhão. O montante da operação ainda deve chegar a R$ 1,18 bilhão com a colocação do lote suplementar. Com os novos recursos em caixa, um dos objetivos da Cyrela é adquirir terrenos para novos empreendimentos, tanto no padrão supereconômico como no de média e de alta rendas. Com a oferta, a parcela de ações da empresa no mercado sobe de 50,10% para 55,31%. | A Multiplan anunciou a construção de um novo shopping center em São Caetano do Sul (SP) e de outros dois no Rio de Janeiro. No município do ABC paulista será construído o ParkShopping São Caetano com investimento de R$ 260 m. Ele terá 242 lojas, sendo 15 âncoras, e sua inauguração está prevista para outubro de 2011. Já as unidades previstas para o Rio de Janeiro não foram detalhadas, mas está previsto que elas atenderão todas as classes de renda, com lojas e serviços. Em sua última oferta no mercado de ações, em setembro, a Multiplan conseguiu captar R$ 792 m. | O grupo Almeida Jr irá destinar R$ 520 m entre 2010 e 2014 para a construção de quatro novos shopping centers em SC. O grupo já atua neste setor com o Balneário Camboriú Shopping, em Camboriú (SC), e com o Shopping Neumarket, em Blumenau (SC). Atualmente está investindo R$ 150 m na construção do Joinville Garten Shopping, a ser inaugurado em março de 2010, e recentemente confirmou aporte de R$ 100 m no Blumenau Norte Shopping, a ser inaugurado em novembro de 2010. Os municípios mais cotados para receber os novos investimentos são Chapecó, Criciúma, Lages e Florianópolis. | A Direcional Engenharia realizou sua oferta inicial de ações e captou R$ 241 m, sendo que a gestora de recursos Tarpon e seus acionistas controladores foram responsáveis pela compra de 21% dos novos papéis. A Tarpon é sócia da construtora desde março, quando assumiu 25% de seu capital. Ela injetou R$ 44 m na operação e os sócios fundadores da Direcional outros R$ 6 m. Com isso, suas participações na empresa ficaram, respectivamente, em 23,8% e 62,2%, sendo que o free float da Direcional ficou apenas em 14%. Topo Transportes | A oferta global de ações da Gol Linhas Aéreas atingiu o montante de R$ 1,026 bilhão. A operação envolveu uma emissão primária e uma distribuição secundária, sendo que nesta última o Fundo Asas, controlador da empresa, vendeu papéis preferenciais justamente para adquirir ações ordinárias. A captação da empresa com a emissão de novas ações atingiu R$ 627 m, recursos que serão utilizados no reforço de seu caixa. Esta foi a quarta medida adotada pela Gol neste ano para sanear suas finanças, seguindo-se a um aumento de capital (R$ 203,5 m), à emissão de debêntures (R$ 400 m) e à venda de milhas antecipadas para os cartões de crédito do BB e do Bradesco (R$ 252 m). Após a oferta em mercado, a Gol também anunciou acordo com a espanhola Iberia para compartilhamento de assentos (code share) e integração de programas de milhagem. Esta foi a quarta aliança internacional fechada pela empresa neste ano, seguindo-se aos acordos firmados com a Air France-KLM, com a American Airlines e com a AeroMexico. | A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) concluiu sua oferta primária de ações ordinárias e conseguiu captar R$ 1,264 bilhão. A colocação contou com um lote suplementar de 15% e os investidores estrangeiros responderam por uma fatia de 69% da operação. Com os recursos obtidos, a CCR pretende investir no desenvolvimento de novos negócios, que podem incluir aquisições e novas concessões rodoviárias. | A Veloce Logística, empresa fundada pelo Pátria Investimentos, está iniciando suas atividades e pretende prestar uma ampla gama de serviços logísticos a setores diversos. A Veloce estréia com 14 bases operacionais no Brasil e na Argentina, 326 carretas próprias e 75 parceiros em transporte. Sua carteira de clientes já conta com empresas como General Motors, Toyota, Fiat, ZF, Clariant, Danone, Nestlé e SanCor, entre outros. | A América Latina Logística (ALL) captou R$ 1,292 bilhão com a emissão de debêntures conversíveis em ações ordinárias e units. Deste montante, uma parcela de R$ 827 m foram convertidas em units, já negociáveis em mercado. Dos R$ 465,5 m restantes, conversíveis em ações ordinárias e impedidos de ser vendidos durante três anos, a quase totalidade (R$ 464,6 m) foi absorvida por atuais integrantes do bloco controlador da empresa. No caso, o BNDESPar respondeu por uma fatia de R$ 250 m, o fundo de investimentos BRZ ALL entrou com R$ 110 m, a Previ com R$ 50 m e a Funcef com R$ 54,5 m. Os demais integrantes do bloco de controle cederam seus direitos aos sócios compradores. Com a aquisição, a participação conjunta do grupo controlador na ALL saltou de 52% de seu capital votante para 57,2%. Topo Serviços | O laboratório Fleury adquiriu o laboratório Weinmann, o maior do Rio Grande do Sul em análises clínicas e atualmente com 26 unidades nas regiões de Porto Alegre e Serra Gaúcha. A operação marca a entrada do Fleury no mercado gaúcho, onde a presença dos maiores laboratórios do País ainda é tímida. A Dasa, que é a maior empresa de medicina diagnóstica do Brasil, possui apenas uma unidade em Porto Alegre. Com a aquisição, o Fleury passa a contar com 152 unidades, contando as de bandeira própria e as de outras marcas. | A Bradesco Dental e a OdontoPrev fecharam acordo para fundir suas atividades de planos, seguros e serviços odontológicos. Pelo acordo, a Bradesco Dental será 100% absorvida pela OdontoPrev. A previsão é de que entre ativos da Bradesco Dental e novas injeções de capital, o grupo Bradesco invista um total de R$ 670 m. Atualmente a OdontoPrev possui controle difuso, com a maior parte de suas ações (86%) em circulação no mercado. Na nova empresa, o maior acionista individual passará a deter 7%, enquanto a Bradesco Saúde ficará com 43,5%. | Em sua reestruturação para se tornar uma empresa multibandeira, trabalhando com diferentes cartões de crédito, a VisaNet decidiu alterar seu nome para Cielo. Atualmente a VisaNet faz o cadastramento de lojistas para a rede Visa com exclusividade, prática de mercado que será proibida a partir de 2010. Como Cielo, a empresa pretende passar a credenciar estabelecimentos também para a MasterCard, American Express e outras. Atualmente, a VisaNet tem como maior concorrente a Redecard, que também irá atender outras bandeiras. | A carioca Amil Participações (Amilpar), líder brasileira no setor de planos de saúde, fechou acordo para adquirir o controle da paulista Medial Saúde. A Amil irá pagar R$ 612,5 m por 51,93% do capital da Medial. Com a transação, sua participação no mercado brasileiro passará de 6% para 10% e, no mercado paulista, de 8% para 15%. A operação envolve as ações da Medial Participações, que detém 49,5% da Medial Saúde, e ações diretas nesta última, representativas de 2,4% de seu capital. Está prevista uma oferta pública para aquisição de ações da Medial em circulação no mercado, devendo, posteriormente, ocorrer o fechamento do capital da empresa. A Amil também confirmou o plano de investimentos de R$ 250 m neste ano da Medial. Deste montante, R$ 100 m destina-se ao mercado paulista. Topo Financeiro | O Banco do Brasil decidiu encerrar sua parceria em seguros com a SulAmérica e firmou com a espanhola Mapfre acordo para criar uma nova empresa, que nasce com prêmios da ordem de R$ 4,9 bilhões (10% do mercado brasileiro). Em princípio, o modelo estudado pelas duas instituições envolve uma parceria nas atividades da holding BB Seguros, que por sua vez controlará a Brasilprev (previdência aberta), a Brasilveículos (automóveis), a Brasilcap (capitalização) e a Brasilsaúde (saúde), além da seguradora do Banco Nossa Caixa. É provável que o BB fique como acionista minoritário nesta nova empresa. A Mapfre já possui parceria nos ramos de vida e previdência com a Nossa Caixa, incorporada pelo BB em 2008. | O Banco do Brasil também acertou a reestruturação societária da própria Brasilprev. Atualmente ele detém 49,99% do capital total da empresa previdência complementar, a norte-americana Principal Group detém 46,01% e o Sebrae 4%. Na nova estrutura, o BB passará a deter 74,99% do capital total (100% das ações preferenciais e 50% menos uma das ações ordinárias); a Principal terá 25% do capital total (50% mais uma das ações ordinárias); e o Sebrae deixará a sociedade. O valor atribuído à operação é da ordem de R$ 550 m, mas não haverá desembolsos, pois o acordo foi fechado com base na força de vendas e uso da rede de agências do BB. | O banco espanhol Santander realizou a oferta de ações (units) do Santander Brasil e captou R$ 13,2 bilhões. Com isso, o Santander Brasil tornou-se a quinta maior empresa do País em valor de mercado, avaliada em R$ 95,7 bilhões, à frente da AmBev e do concorrente Banco do Brasil, mas atrás dos também concorrentes Itaú Unibanco e Bradesco. A colocação representou a maior oferta da história da Bovespa e também é a maior do mundo neste ano. Cerca de 70% dos novos recursos obtidos pelo banco serão destinados a financiar sua infra-estrutura (agências e caixas automáticos) e suas operações de crédito. O montante da colocação representa 16,2% do capital do banco brasileiro (13,9% após a oferta). Paralelamente, em sua reestruturação societária o Santander Brasil ainda aprovou a transferência de suas ações em cinco empresas (Visanet, Companhia Brasileira de Soluções e Serviços, Serasa, Tecnologia Bancária e Visa) para a Santusa Holdings, do próprio Grupo Santander. | A corretora britânica Tullett Prebon anunciou a compra de 100% do capital da Convenção Corretora, que atua em mercados futuros. Com sua nova subsidiária, a intenção da Tullett Prebon, que possui destacada atuação nos segmentos de renda fixa e de derivativos, é atuar tanto nos mercados futuros (BM&F) quanto na bolsa de valores (Bovespa). O valor da transação não foi divulgado e esta é a primeira operação da corretora britânica na América Latina. O valor inicial da transação é de R$ 20 m, mas pode chegar a R$ 30,3 m dependendo do cumprimento de metas nos próximos três anos. | A Cetip, que atua na liquidação e custódia de títulos de renda fixa privados e em derivativos de balcão, realizou seu IPO e vendeu R$ 766 m em ações. A oferta foi inteiramente secundária e movimentou pouco mais de um quarto do capital da empresa, a qual foi avaliada em mercado por R$ 2,9 bilhão. O montante da operação ainda pode ser ampliado para R$ 881 m, caso seja vendido o lote suplementar de ações. Atualmente, o maior acionista da Cetip é o fundo de participação Advent, com 31,93% de seu capital. Também contam com participações relevantes o Itaú Unibanco (10,1%) e o Bradesco (6,8%). O Advent, o Bradesco e outras 150 instituições financeiras participaram da operação como vendedores. A expectativa é de que a participação do Advent na empresa caia para 18,1% e a do Bradesco para 4,4%. A Cetip concorre com a BM&FBovespa em alguns segmentos, como o de debêntures e derivativos de balcão. | O Itaú Unibanco confirmou a aquisição dos 50% de participação do grupo XL Capital na joint venture Itaú XL Seguros Corporativos, focada em grandes riscos. Com isso, o Itaú Unibanco passa a deter 100% da empresa criada em 2006. O valor da transação não foi divulgado, mas é estimado em aproximadamente R$ 120 m. A operação já era aguardada pelo mercado, sendo que o banco brasileiro também já incorporou a participação da seguradora norte-americana AIG na sociedade formada com o Unibanco. A Itaú XL é a atual seguradora da Petrobras, no maior contrato de seguros já fechado no País. Topo Outros Setores | A norte-americana NCR, fabricante de terminais de autoatendimento bancário (ATMs), inaugurou sua fábrica em Manaus (AM). A unidade irá atender o mercado local e a América Latina. Ela faz parte do plano de investimentos de R$ 73 m da empresa nos próximos três anos, que também inclui a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento em SP voltado para novos produtos bancários. A NCR é líder global no mercado de ATMs, mas no Brasil ocupa a terceira posição. | A francesa Sanofi-Aventis, que em abril adquiriu o laboratório brasileiro Medley por R$ 1,5 bilhão, decidiu investir US$ 45 m para construir uma fábrica de hormônios. A nova unidade ficará em Brasília (DF) e será subordinada à Medley. Com ela, a Sanofi-Aventis passará a atuar no segmento de anticoncepcionais no Brasil, o segundo maior segmento farmacêutico local e hoje liderado pela alemã Bayer Schering. A previsão é de que a nova planta, a quarta da Sanofi no Brasil, seja inaugurada em 2012. Atualmente a empresa francesa possui complexos fabris em Suzano, Campinas e Sumaré, todas SP. | A Intelbras vai investir R$ 45 m em uma nova fábrica em São José (SC), mesma cidade onde está sediada. A Intelbras é conhecida por sua fabricação de telefones, sendo que a nova planta irá priorizar a produção de sistemas de segurança e equipamentos de informática. A Intelbras entrou nestes segmentos por meio da aquisição da Cepe (SP), da Maxcom (MG) e da Nova (PR). A previsão é de que a unidade entre em operação em meados de 2010. | O Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS) fechou a aquisição de uma participação de 26,53% na Foz do Brasil, empresa de engenharia ambiental e saneamento do Grupo Odebrecht. O valor da transação é estimado entre R$ 400 m e R$ 500 m. A Foz do Brasil tem planos de crescer na área de concessões públicas a partir de 2010, estabelecendo parcerias com estatais estaduais. Este é o terceiro negócio conjunto do FI-FGTS e da Odebrecht, seguindo-se à Usina de Santo Antônio e à Embraport. | O fundo de private equity AG Angra, especializado em infraestrutura, realizou duas novas aquisições. De um lado, a gestora irá pagar R$ 70 m por 50% da Georadar, empresa de Nova Lima (MG) especializada em levantamentos geofísicos para exploração de petróleo. De outro, também assumirá 50% numa empresa paulista de gestão de resíduos industriais (reciclagem de óleo, pneus e plásticos em combustível). A AG Angra é uma sociedade entre a Andrade Gutierrez e Angra Partners e os dois novos ativos se somam aos investimentos já realizados na usina de álcool TG Agroindustrial e na empresa de logística do agronegócio NovaAgri. | A Totvs, maior empresa brasileira de softwares, firmou acordo para assumir uma participação de 70% no capital da TotalBanco Consultoria e Sistemas. A transação custará R$ 10,8 m à Totvs e abrange a opção de compra dos 30% restantes da empresa por R$ 12,2 m. A TotalBanco desenvolve sistemas de gestão de leasing e crédito para pessoas jurídicas e presta consultoria para instituições financeiras. Paralelamente, a Totvs também adquiriu o controle integral da Hery Software, franquia de distribuição oriunda da Datasul e com operações no RJ, em SP e Região Centro-Oeste. A aquisição custou R$ 12 m à Totvs. | O grupo de mídia francês Vivendi confirmou a aquisição do controle da GVT, que também era disputada pela espanhola Telefonica. Numa operação que causou surpresa aos mercados, a Vivendi garantiu 57,5% do capital votante da operadora brasileira, com a oferta de R$ 4,1 bilhões em negociações privadas. O desembolso total ainda poderá chegar a R$ 7,2 bilhões (€ 2,8 bilhões), tendo em vista a oferta pública aos demais acionistas da empresa. Na transação, foram adquiridos os 30% dos fundadores da GVT, o Grupo Swarth e a Global Village Telecom Holland BV, por R$ 2,15 bilhões; outros 7,9% de ações em circulação no mercado, em duas tranches, por R$ 535 m; e mais 19,6% em opções junto a investidores privados, por R$ 1,38 bilhão. A compra da GVT representa a entrada da Vivendi no mercado brasileiro de telecomunicações, sendo que as atenções agora se voltam para sua estratégia nos segmentos de telefonia móvel e internet por banda larga. Topo A BRASILPAR possui mais de 30 anos de experiência em assessoria a fusões e aquisições, avaliação de projetos e negócios e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam: assessoria em compra, venda e associações entre empresas; atração de sócios e levantamento de capital para projetos e empresas; desenvolvimento de planos de negócios e assessoria estratégica; assessoria em investimentos em novos negócios; aconselhamento financeiro e estratégico em geral. Sócios: Luiz Eduardo do Amaral Costa [email protected] Luis Fernando Salem [email protected] Luiz Roberto Carvalho Pereira [email protected] Tom Waslander [email protected] Associados: André Moor Whitaker Assumpção [email protected] André Rodrigues [email protected] Gustavo Kobinger [email protected] Jorge Troyko [email protected] Marcos Levy [email protected] Priscila Eisenstadt [email protected] Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 28 - 8o andar 04543-000 - São Paulo - SP Tel.: (011) 3709-4270 | Fax : (011) 3709-4288 www.brasilpar.com.br O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado bimestralmente pela Brasilpar Serviços Financeiros. Diretores Responsáveis: Luiz Eduardo Costa. O cenário econômico contido neste boletim refere-se a consulta de opiniões do Banco Central do Brasil e pode ser modificado sem prévia comunicação. A Brasilpar não se responsabiliza pela utilização comercial ou financeira dessas previsões. Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas neste boletim referem-se aos divulgados nos principais meios jornalísticos. A Brasilpar não se responsabiliza pela veracidade das informações. Não é permitida a reprodução sem autorização da Brasilpar. A Brasilpar respeita a sua privacidade e é contra o SPAM. Topo