Agroindústria
Alimentos
Bebidas
Comércio
Higiene e Limpeza
Materiais de Construção
Energia
Petróleo e Gás
Mineração
Siderurgia
Bens de Capital
Veículos
Autopeças
Comunicações
Imobiliário
Transportes
Serviços
Financeiro
Outros Setores
Ambiente Macroeconômico e de Investimentos
O macroambiente interno já se recuperou dos efeitos da crise e as
perspectivas para os próximos trimestres são de um robusto
crescimento econômico. Mas o que mais chama a atenção é a
ascensão do País nas atenções internacionais e os desdobramentos
disso sobre os investimentos físicos e financeiros. A situação seria
perfeita, se não houvesse, em contrapartida, preocupação justificada
com os excessos de euforia e seus efeitos sobre a taxa de câmbio.
Ainda não se vislumbram obstáculos à concretização do cenário de
expansão. Porém, o dilema da apreciação cambial terá que ser
enfrentado pela política econômica, sob pena de fragilização do ciclo
de crescimento que ora se inicia.
Quanto às empresas, o noticiário recente tem refletido
integralmente o clima de confiança. As intenções de investimentos
praticamente já retornaram ao volume pré-crise e há uma boa
distribuição setorial deste movimento. Mesmo assim, ainda há o que
recuperar por parte das empresas com atuação no mercado externo.
Fora isso, o maior destaque da conjuntura atual continua sendo a
robustez das captações no mercado acionário.
CENÁRIO ECONÔMICO
2006
2007
2008
2009*
2010*
PIB (PM) - Var %
4.0
5.7
5.1
0.2
5.0
Inflação IPCA - Var %
3.1
4.5
5.9
4.3
4.5
2.138
1.771
2.337
1.70
1.75
Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano
15.1
11.9
12.5
9.8
9.6
Dívida Pública - % PIB
44.0
43.9
38.8
44.1
42.4
Saldo Comercial - US$ Bilhões
46.5
40.0
24.8
25.0
13.0
Trans. Corrente - US$ Bilhões
13.6
1.6
-28.2
-17.5
-36.0
Investimentos Diretos - US$ Bilhões
18.8
34.6
45.1
25.0
35.0
Tx de Câmbio - R$/US$ Fim Ano
* Fonte: Focus - Relatório de Mercado - 30/11/2009
(Banco Central do Brasil)
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Agroindústria
| Os acionistas da Santelisa Vale, empresa de Sertãozinho (SP) e
segunda maior do setor de açúcar e álcool no País, aprovaram a
transferência de seu controle para a francesa Louis Dreyfus
Commodities (LDC). Com isso, a LDC, que já detinha usinas no
Brasil, consolida-se na segunda posição entre os maiores
processadores mundiais de cana, atrás apenas da Cosan. A
Santelisa Vale formou-se pela fusão dos grupos sucroalcooleiros
Santa Elisa e Vale do Rosário e atualmente opera com cinco
unidades no Estado de SP. Com sua incorporação, a LDC passa a
deter 60% da nova empresa, provisoriamente denominada LDC
SEV Bioenergia, e assume uma dívida estimada em R$ 2,2
bilhões. Os antigos acionistas da Santelisa Vale ficarão com 18%
da nova empresa e os credores bancários terão outros 13%. A
LDC ficará responsável por trazer um novo investidor para a
usina, o qual deverá aportar até R$ 800 m. A LDC SEV nasce com
valor de mercado estimado em R$ 8 bilhões e 13 unidades
operacionais.
| Paralelamente, a Louis Dreyfus Commodities fechou com a
brasileira Amaggi a criação da joint venture Amaggi &
LDCommodities para atuar no mercado de grãos da região de
cerrado da BA, MA, PI e TO. O foco da nova empresa será a
originação de soja e milho, sendo que a ela não pretende atuar na
área de produção. Os investimentos iniciais, previstos em US$
100 m e igualmente divididos entre as sócias, envolvem a
construção de armazéns e instalações portuárias.
| A ETH Bioenergia, empresa do grupo Odebrecht, inaugurou
seu terceiro empreendimento greenfield e passou a contar com
um total de cinco usinas sucroalcooleiras. Trata-se da unidade
Conquista do Pontal, em Mirante do Paranapanema (SP), a qual
recebeu aporte de R$ 400 m. A inauguração segue às recentes
operacionalizações das unidades Rio Claro (em Caçu-GO) e
Santa Luzia (Nova Alvorada do Sul-MS). Juntas, estas três usinas
receberam investimentos de R$ 1,5 bilhão, sendo que outros R$
900 m ainda estão previstos para até 2012. Até o final deste ano,
a ETH Bioenergia também pretende concluir a incorporação dos
ativos da Brenco, o que deve posicioná-la como uma das maiores
produtoras de etanol no País.
| A norte-americana ADM inaugurou sua primeira usina de etanol
à base de cana no Brasil. A unidade fica em Limeira do Oeste, em
MG, e foi erguida em parceria com o Grupo Cabrera, sendo que
uma segunda unidade desta parceria deverá ser inaugurada em
2012 em Jataí, GO. A intenção da ADM é construir uma terceira
planta de etanol no País, a qual também deverá ficar em GO.
Atualmente, a empresa é uma das maiores produtoras mundiais
de etanol à base de milho.
| A fabricante de rações Guabi adquiriu a unidade de alimentos
para peixes da cearense BR Fish, empresa do grupo Ypióca (o
mesmo que produz o aguardente Ypióca). O valor da transação
não foi divulgado. A Guabi é uma das maiores produtoras de
rações do País e atualmente está ampliando suas plantas em
Anápolis (GO) e em Goiana (PE), onde o mix de produtos é mais
diversificado e inclui linhas para ruminantes.
| A Petrobras definiu a cidade de Três Lagoas (MS) para sediar
sua terceira usina de amônia e uréia, matérias-primas utilizadas
na fabricação de fertilizantes. A empresa também possui planos de
instalar uma quarta unidade em Linhares (ES) e ainda ampliar a
oferta da planta de Sergipe. A expectativa é de que todas as
linhas da Petrobras no setor (que também abrange uma planta
na Bahia) estejam concluídas até 2013.
Topo
Alimentos
| A Laticínios Bom Gosto, empresa de Tapejara (RS), anunciou
a compra da Cedrense, laticínio de São José do Cedro (SC). A
Cedrense possui base processadora nos três Estados da Região
Sul. Esta foi a terceira aquisição da Bom Gosto neste ano e
custou R$ 64 m. Desde meados de 2007 a Bom Gosto já
incorporou os laticínios mineiros DaMatta e Santa Rita, os
gaúchos Corlac e Nutrilat, as unidades da Nestlé em Barra
Mansa (RJ) e da Parmalat em Garanhuns (PE) e, mais
recentemente, a paranaense Líder Alimentos. Com a Cedrense,
sua intenção é reforçar a atuação no segmento de queijos.
| A unidade da Parmalat em Carazinho (RS), arrendada em julho
para a Nestlé por um prazo de 35 anos, foi vendida para a
empresa suíça de alimentos. Esta era a intenção original da
Nestlé que, todavia, dependia de autorização judicial devido ao
processo de recuperação da Laep Investments, controladora da
Parmalat. O valor oferecido pela Nestlé foi de R$ 101,9 m. A
planta de Carazinho está adaptada para a produção de leite longa
vida, leite em pó, leite condensado e creme de leite. E com
investimentos de R$ 120 m, a Nestlé também inaugurou sua
nova fábrica de leite longa vida em Araraquara, SP. A unidade
será dedicada ao segmento de leite premium com diferencial
nutricional das marcas Ninho e Molico. Com ela, a Nestlé
pretende chegar aos mercados da Região Sul nos próximos meses.
| Em 2010, a Italac pretende investir R$ 20 m para duplicar sua
produção de leite condensado em Corumbaíba (GO) e outros R$
40 m para implantar a segunda fase de seu projeto em Passo
Fundo (RS). Nesta última unidade, recém inaugurada, será
instalada uma linha de leite em pó. A Italac é tradicional
fabricante de queijos, mercado onde atua com a marca Teixeira.
Mas também produz achocolatados, leite em pó, leite condensado,
creme de leite e manteiga industrial. Além das unidades de Passo
Fundo e Corumbaíba, ela também processa leite em Jaru (RO),
Ouro Preto d'Oeste (RO) e Xinguara (PA).
| A Vencedor Laticínios e a General Brands uniram suas
atividades e estão formando o Grupo GB, na qual cada sócia terá
50% de participação. A Vencedor Laticínios é a maior fabricante
brasileira de queijos mussarela em peça (para venda em padarias
e supermercados) e originou-se da Rede Assai, vendida ao Pão
de Açúcar. Ela possui sete fábricas que, além de queijos, também
produz leite em pó, iogurtes e leite condensado. A General
Brands produz sucos, balas, sobremesas, chocolates, refrescos em
pó e outros. A nova empresa nasce com faturamento da ordem de
R$ 500 m e intenções de diversificação.
| Com investimentos de € 80 m, a italiana Inalca JBS, joint
venture entre a brasileira JBS e o grupo Cremonini, pretende
inaugurar em dezembro sua nova unidade industrial de
hambúrgueres na Rússia. A unidade irá atender à rede norteamericana McDonald's naquele país. Ela ficará junto ao centro de
distribuição que a Inalca JBS possui na Rússia e um dos objetivos
da planta é funcionar como alternativa da JBS em eventuais
embargos à carne brasileira.
| A oferta primária de ações do frigorífico Marfrig totalizou R$
1,328 bilhão, o que abrange a venda das ações ordinárias
previstas e do lote adicional de papéis. O montante ainda pode
chegar a R$ 1,501 bilhão com a venda de um lote suplementar.
Com os recursos, o Marfrig pretende pagar a compra da Seara,
investir em sua expansão orgânica e equilibrar seu caixa. A Seara
implicará num desembolso de US$ 706,2 m para a empresa, que
também irá assumir dívidas de US$ 193,8 m.
Topo
Bebidas
| A Miolo Wine Group adquiriu da francesa Pernord-Ricard a
vinícola brasileira Almadén, de Santana do Livramento (RS). O
valor da transação não foi divulgado, mas com a Almadén a
Miolo incorpora uma fábrica e mais do que dobra sua área de
vinhedos. A Miolo é a atual líder brasileira na venda de vinhos
nacionais finos, com cerca de 25% do mercado. Em seguida estão
a Vinícola Aurora (20%), a Almadén (15%) e a Salton (10%).
A intenção da Miolo é focar a marca Almadén no segmento de
vinhos populares.
| A gigante de bebidas AmBev anunciou investimento de R$ 144
m para ampliar a fábrica da Equatorial, sua filial em São Luís
(MA), e também para construir um novo centro de distribuição
direta (CDD). A Equatorial produz cervejas das marcas
Antarctica, Brahma, Brahma Fresh e Skol em lata e garrafa,
além do chope Brahma. Ela abastece os mercados do MA, PA, PI e
AP. As obras de expansão se iniciam em dezembro e devem ser
concluídas no segundo semestre de 2010.
| O plano de investimentos da Coca-Cola no Brasil nos próximos
cinco anos envolve aportes de R$ 11 bilhões (US$ 5,8 bilhões).
Aqui, a empresa norte-americana lidera o mercado de
refrigerantes e possui 43 fábricas, das quais uma de concentrados
em Manaus (AM), três da Leão Junior (mate), duas da Del Valle
(sucos) e 37 engarrafadoras Coca-Cola. O objetivo da empresa é
preparar-se para a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos
em 2016. Está prevista a reforma da maior parte das fábricas;
investimentos na frota de veículos e na substituição de geladeiras;
e desenvolvimento de mercados e produtos.
Topo
Comércio
| A norte-americana Burger King, concorrente da rede de fast
food McDonald's, fechou contrato com um segundo master
franqueado no Estado de São Paulo. Trata-se da De Nadai,
prestadora de serviços de alimentação para empresas de diversos
setores. A De Nadai junta-se à outra master franqueada da
Burger King, a BGK do Brasil, que atualmente opera 30
restaurantes na capital paulista. A intenção da rede de fast food é
acelerar a abertura de unidades no Estado de São Paulo. No
Brasil, sua rede hoje conta com 68 restaurantes em 14 Estados.
| As redes de farmácia Rosário e Distrital, ambas do Distrito
Federal, decidiram fundir suas cadeias formando uma nova
empresa, com um total de 75 lojas. As duas marcas deverão ser
preservadas, cada uma em um nicho específico. A decisão decorre
do avanço das líderes nacionais Pague Menos e Drogasil no
mercado de Brasília. A fusão será realizada por meio de troca de
ações e a intenção da nova empresa é expandir sua atuação para
o Estado de Goiás.
| Com investimentos de R$ 50 m, a rede varejista Berlanda,
focada em linha branca, móveis e eletroeletrônicos, pretende abrir
30 novos pontos de venda em 2010. Atualmente a Berlanda atua
nos mercados de SC e RS, sendo que as novas lojas serão
prioritariamente instaladas na região sul de SC e em municípios
onde a empresa ainda não atua. Com as unidades, a previsão é de
que a empresa encerre 2010 com um total de 150 lojas.
Topo
Higiene e Limpeza
| A Hypermarcas anunciou a aquisição da fraldas Pom Pom por
R$ 300 m. Esta foi a segunda compra da empresa desde sua
oferta de ações, realizada em julho. A Pom Pom possui atuação
destacada em produtos infantis, mas também atua no segmento
geriátrico, com a marca BigFral. Com a nova empresa, a
Hypermarcas assume 4% do mercado brasileiro de fraldas
infantis. Destaque-se que a linha de sabonetes e talco Pompom
não pertence à companhia adquirida, mas à Colgate-Palmolive.
Em setembro a Hypermarcas também assumiu a Hydrogen, do
setor de talcos e xampus infantis, e que pertencia ao Grupo
Silvio Santos.
| Na sequência, a Hypermarcas também anunciou acordo para
incorporação das marcas de preservativos masculinos Jontex e
Olla. A Jontex pertencia à Johnson & Johnson (J&J) e foi
adquirida por US$ 101 m, sendo que a transação abrange todos os
negócios da marca e o maquinário da fábrica em São José dos
Campos (SP). Já a marca Olla pertencia à Indústria Nacional de
Artefatos de Látex (Inal) e juntamente com o parque industrial
foi adquirida por US$ 120 m. Esta operação abrange as demais
marcas da Inal, como Lovetex, Microtex e outras. A investida da
Hypermarcas na área de preservativos, arrebatando de uma só
vez 45% de participação no País, representa mais um passo da
empresa no segmento de higiene pessoal. O portfólio atual da
Hypermarcas hoje abrange nomes como Assolan, Monange,
Paixão, Risqué, Benegrip, Apracur, Doril, Engov, Gelol,
Zero-Cal, Bozzano e Cenoura & Bronze e outras.
| A ITW Chemical, subsidiária brasileira da norte-americana
Illinois Tool Work e com unidade em Embu das Artes (SP),
concluiu a aquisição do controle da Luvex, fabricante gaúcha de
cremes de proteção, loções, gel de limpeza, bloqueadores solares
e repelentes para uso profissional. O valor da transação não foi
divulgado. As atividades das duas empresas no Brasil são
complementares, sendo que a ITW também fabrica óleos para
usinagem e estampagem, graxas lubrificantes, detergentes
biodegradáveis, solventes, anticorrosivos e lubrificantes, além de
gel e xampus para as mãos.
Topo
Materiais de Construção
| Visando a duplicação de suas vendas num prazo de cinco anos, a
Suvinil, divisão de tintas da alemã Basf, escolheu a Região
Nordeste para sediar seu primeiro investimentos pós-crise. Para
tanto, irá aportar R$ 20 m na unidade de Jaboatão dos
Guararapes (PE) até 2013. Está prevista a ampliação tanto da
fábrica quanto do centro de distribuição, sendo que uma das
prioridades da empresa é o segmento de massas corridas e
complementos. As Regiões Norte e Nordeste respondem,
atualmente, por 14% das vendas da Suvinil. Outro objetivo da
empresa é expandir suas exportações para a África e América do
Sul.
| O grupo Camargo Corrêa, controlador da Loma Negra, está
retomando o projeto de US$ 108 m para expansão das atividades
da cimenteira argentina. O investimento abrange as unidades de
Catamarca e L'Amalí, sendo que os projetos haviam sido adiados
no final de 2008 em função da crise mundial. A planta de
Catamarca receberá um aporte de US$ 38 m em sua capacidade
de moagem. A planta de L'Amalí receberá US$ 70 m para moagem
e também em seu sistema logístico. A Loma Negra é a maior
produtora de cimento da Argentina, com 45% do mercado local, e
atualmente conta com 9 unidades industriais.
Topo
Energia
| A Amyris Biotechnologies, empresa que detém tecnologia
para produzir diesel à base de cana, recebeu um aporte de R$ 75
m. Os recursos vieram de seu novo acionista, o grupo
pernambucano Cornélio Brennand, e também dos atuais sócios.
Dentre estes, destacam-se a Votorantim Novos Negócios e os
fundos Khosla Ventures, Kleiner Perkins e TPG (Texas Pacific
Group). O grupo Cornélio Brennand, que atua no setor de
embalagens de vidros e utensílios domésticos, pretende ampliar
sua atuação no setor de energia renovável, sendo que atualmente
ele controla cinco PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas).
| A Andrade Gutierrez entrou no capital da Companhia
Energética de Minas Gerais (Cemig) com a compra da
participação que pertencia à Southern Electric Brasil (SEB). A
SEB detinha 32,96% do capital votante e 14,41% do capital total
da Cemig. Pelo acordo, a Andrade Gutierrez irá pagar US$ 25 m
e assumirá integralmente a dívida de US$ 1,4 bilhão da SEB com
o BNDES. O fechamento do acordo, porém, dependerá do sucesso
na renegociação desta dívida. A SEB é controlada pela norteamericana AES Corp e tem como acionista minoritário o fundo
524 Participações, administrado pelo banco Opportunity.
| E a holding controladora da Light, a Rio Minas Energia (RME),
vai ser cindida em três partes iguais. Estas partes serão
incorporadas pelas sócias que atualmente dividem o controle da
distribuidora do Rio de Janeiro: a Andrade Gutierrez, a Cemig e
a Luce Participações. A RME detém 49,39% das ações
ordinárias da Light e mais 100% Lidil, empresa que detém
outros 2,74% das ações da empresa de energia. O movimento é
percebido no mercado como um primeiro passo da Cemig para,
em breve, ampliar sua participação na Light.
| A Cemig também está concluindo a aquisição do controle da
Terna Participações, uma operação de R$ 2,33 bilhões fechada
em abril com a italiana Terna SpA. Os fundos de pensão da
gaúcha CEEE, da própria Cemig, da Infraero, do Banespa, do
BNDES e da Chesf, juntamente com o Santander, serão sócios
na compra, por meio do Fundo de Investimento em Participações
(FIP) Coliseu. A Terna será utilizada pela Cemig para a aquisição
de novos ativos no setor de transmissão de energia. Com ela, a
elétrica de MG passa a deter 12% do mercado de transmissão. A
incorporação será realizada por meio da Transmissora do
Atlântico de Energia Elétrica S/A (Taesa), na qual a Cemig
ficou com participação de 49% e o Coliseu com os outros 51%. A
Cemig será a operadora da Terna e será responsável pela oferta
pública aos preferencialistas, avaliada em R$ 1,45 bilhão.
| A CPFL Energia anunciou sua entrada no segmento de geração
de energia termelétrica com a aquisição de 51% do capital de
duas usinas movidas a óleo diesel, ainda em construção na Região
Nordeste. As duas unidades (a Termonordeste e a
Termoparaíba) pertenciam à DC Energética e o investimento da
CPFL soma R$ 310 m. Elas deverão entrar em operação em
outubro de 2010. A CPFL também adquiriu uma unidade de
biomassa no RN, onde serão investidos outros R$ 127 m.
| A EDP Brasil conseguiu R$ 442 m com a venda de ações
ordinárias em uma oferta pública secundária de papéis (ações em
tesouraria). Os recursos deverão ser utilizados para o pagamento
de dívidas e aumento da flexibilidade financeira da companhia. A
dívida consolidada da EDP Brasil soma aproximadamente R$ 3
bilhões e, com a operação, o free float da empresa amplia-se de
25% para 34%.
Topo
Petróleo e Gás
| A holandesa SHV Gás Brasil, controladora da Supergasbrás e
da Minasgás, pretende ampliar sua liderança no mercado de gás
liquefeito (GLP) e, para tanto, está investindo R$ 40 m. Estão
previstas a expansão da unidade de engarrafamento de Duque de
Caxias (RJ) e a adoção de um novo sistema de distribuição.
Atualmente a SHV detém 23,5% do mercado brasileiro de GLP,
com 17 parques engarrafadores. Na ampliação da planta de Duque
de Caxias serão aportados R$ 20 m, ficando os outros R$ 20 m
para a distribuição residencial de botijões.
| A Petrobras fechou acordo para aquisição da Chevron Chile
por US$ 12 m. A Chevron Chile produz lubrificantes e possui
participação de 6% no mercado local, onde atua com a marca
Texaco. Esta marca deixará de ser comercializada e será
substituída pela Lubrax, da Petrobras. Em 2008 a Petrobras já
havia adquirido 230 postos de combustíveis e bases em 11
aeroportos da Esso Chile Petrolera. Além de Brasil e Chile, a
Petrobras também atua na distribuição de combustíveis na
Argentina, Colômbia, Paraguai e Uruguai.
| A estatal angolana Sonangol está assumindo o controle da
brasileira Starfish Oil & Gas, empresa na qual já detinha
participação de 18%. O valor da transação não foi confirmado,
mas é estimado em US$ 180 m, sendo que a negociação envolveu
cerca de 80 acionistas da Starfish. Além de atuação em diversos
países africanos, a Sonangol também atua nos mercados
mexicano, venezuelano e europeu. Neste último, detém 15% de
participação na portuguesa Galp Energia que, por sua vez, é uma
das acionistas do campo Tupi, no pré-sal da bacia de Santos, com
10% de seu capital.
Topo
Mineração
| Dando sequência ao seu plano de reestruturação societária, a
Paranapanema decidiu incorporar a subsidiária Caraíba Metais,
fabricante de concentrados de cobre. A Caraíba integra a holding
Paranapanema juntamente com a Eluma, produtora de
semi-elaborados de cobre, e a Cibrafértil, fabricante de
fertilizantes. Sozinha, ela responde por 75% do faturamento do
grupo e já esteve na mira de grandes mineradoras globais. Com a
incorporação, a Caraíba, que hoje tem 98,1% de seu capital em
poder da Paranapanema, deixará de existir.
| A Dow Corning Corporation adquiriu ações de duas fábricas de
silício metálico da Globe Specialty Metals, numa transação
avaliada em US$ 175 m. Tratam-se das unidades Globe Metais,
empresa do Pará que passará a se chamar Dow Corning Metais
do Pará; e Globe Metallurgical, com operações nos EUA. Na
primeira foram adquiridos 100% do capital e na segunda 49%. A
Dow Corning é líder global em materiais à base de silicone,
utilizados nas indústrias de construção, cuidados pessoais,
energia, automotiva e eletrônica, produto que tem como matéria
prima o silício metálico.
| A alemã Süd Chemie, fabricante de aditivos químicos e com
produção em Jacareí (SP), fechou acordo com a mineira Geosol
para assumir até 90% da unidade de bentonita desta empresa em
Vitoria da Conquista (MA). A Geosol é uma das principais
empresas brasileiras no setor de sondagens geológicas. A
aquisição será gradativa, estendendo-se até 2016, mas
inicialmente já foram incorporadas 26% das ações da Companhia
Brasileira de Bentonita. Com a planta, a Süd Chemie irá
quadruplicar sua capacidade produtiva de bentonita, argila
especial utilizada em aglutinantes, aditivos para clareamento e
insumos para pelotizadoras.
| A Wuhan Iron and Steel Group (Wisco), terceira maior
siderúrgica da China, concluiu negociações para entrar no capital
da MMX Mineração e Metálicos. Ela irá aportar US$ 400 m na
MMX e ficará com 21,52% de seu capital. Também será a
responsável pela construção de uma usina siderúrgica no Super
Porto de Açu (RJ), empreendimento em que terá participação de
70%, ficando a MMX com 30%. O acordo ainda abrange um
contrato de fornecimento de minério de ferro pela MMX por 20
anos e prevê uma oferta primária de ações da mineradora da
ordem de US$ 250 m, de forma que o caixa da MMX ficará
reforçado em US$ 650 m. Tais recursos serão integralmente
direcionados ao Sistema MMX Sudeste , composto pelas minas
de Serra Azul e Bom Sucesso, em MG.
| A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) está estreando no
mercado de carvão com a aquisição de 14,99% de participação na
mineradora australiana Riversdale Mining. A operação é
avaliada em US$ 175,4 m e pode ser ampliada em mais 1,3% de
participação, elevando o total da fatia da CSN para 16,3%.
Embora com sede na Austrália, a Riversdale possui projetos de
exploração de carvão mineral na África do Sul e em Moçambique,
os quais previstos para serem inaugurados em 2012. Carvão e
minério de ferro são os dois principais insumos na produção de
aço.
Topo
Siderurgia
| A CSN também anunciou a retomada de seu investimento no
Estado de MG, onde estão previstos aportes de R$ 9,5 bilhões até
2014. Deste montante, R$ 6,2 bilhões destinam-se à construção
de uma usina siderúrgica, R$ 2,5 bilhões à ampliação da mina de
ferro Casa de Pedra e R$ 850 m a uma pelotizadora, todas em
Congonhas (MG). A expectativa da CSN é iniciar as obras da usina
em 2010, devendo colocá-la em operação em 2014. Um dos
objetivos da unidade será a produção de aços longos, segmento
em que a CSN ainda não atua. Metade da produção da unidade
deverá ser destinada ao mercado externo e a outra metade ao
abastecimento local. Já a expansão da mina Casa de Pedra está
prevista para ser operacionalizada ainda em 2010.
| Em 2010 deverá sair do papel a construção da Aços Laminados
do Pará (Alpa), empreendimento siderúrgico da Vale em Marabá
(PA). O investimento da mineradora será da ordem de R$ 5,2
bilhões, integralmente suportado pela Vale. A Alpa irá produzir
aços semiacabados (placas) e aços laminados (bobinas e chapas
grossas). A expectativa da mineradora é iniciar as operações da
usina (alto forno, aciaria e laminação) até o final de 2013. O
empreendimento integra o pacote de investimentos siderúrgicos
da Vale, que também abrange a CSU (Companhia Siderúrgica
de Ubu), a ThyssenKrupp CSA e a Companhia Siderúrgica de
Pecém (em parceria com a DongKuk).
| E a ArcelorMittal, maior grupo siderúrgico do mundo, será a
parceira da Vale na construção da CSU, no ES. A ArcelorMittal
irá substituir a chinesa Baosteel, prevista como sócia na primeira
tentativa da mineradora brasileira de instalar uma siderúrgica em
território capixaba. A CSU é um empreendimento de US$ 4,5
bilhões, com inauguração prevista para 2014. Atualmente a
ArcelorMittal atua no Brasil com a usina de aços planos
ArcelorMittal Tubarão; com a antiga Acesita, produtora de aço
inox; e com quatro usinas de aços longos que pertenciam à
Belgo-Mineira, sendo duas em MG, uma em SP e uma no ES. Em
2008, o grupo respondeu por 31% da produção de aço do Brasil, à
frente de Gerdau, Usiminas e CSN.
| Com a retomada da economia global, o Grupo Gerdau revisou
seu plano de investimentos para o período de 2010 a 2014 para
R$ 9,5 bilhões (cerca de US$ 5,5 bilhões). Deste montante, as
operações brasileiras do grupo deverão ficar com uma fatia de
80%. As apostas da Gerdau para a demanda interna de aço
derivam da evolução da construção civil, do setor automotivo e de
obras de infraestrutura impulsionadas pelo PAC, pelo pré-sal e
pela Copa do Mundo e Olimpíadas. Alguns dos destaques no plano
são os laminadores de chapas grossas (R$ 1,75 bilhão) e de perfis
estruturais (R$ 100 m) na Açominas; o laminador de vergalhões
(R$ 88 m) em sua parceria com o grupo indiano Kalyani ; e a
produção de minério de ferro em Várzea Grande (MG).
| Foi formalizada a criação da Soluções Usiminas, empresa líder
de mercado na distribuição e serviços relativos a aços planos. A
nova empresa tem a Usiminas como controladora, com 68,9% de
participação. A japonesa Metal One (20%) e os antigos
controladores da Fasal (11,1%) completam o quadro societário. A
Soluções Usiminas já atua no Mercosul e pretende expandir
seus negócios para Colômbia, Peru, Chile e Equador. Suas
operações, distribuídas em 14 fábricas e cinco Estados, decorrem
da fusão entre a Dufer (que incorporou a Rio Negro), a Fasal e
a Zamprogna, além de duas unidades da Usiminas (Usicorte e
Usial).
| A Votorantim Siderurgia e investidores ligados ao Grupo
Grendene, tradicional fabricante de calçados, firmaram joint
venture para a construção da Siderúrgica Três Lagoas (Sitrel).
A Sitrel projeta investimentos de US$ 450 m até 2012 em Três
Lagoas (MS), onde pretende produzir ferro-gusa, vergalhões e
fio-máquina. A unidade será a primeira do segmento de aços
longos na Região Centro-Oeste.
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Bens de Capital
| A Emerson Process Management, empresa norte-americana
do setor de equipamentos e automação industrial, vai investir R$
60 m para instalar um parque industrial em Sorocaba, SP.
Atualmente a Emerson possui uma operação em Macaé (RJ)
dedicada à Petrobras e outras cinco unidades distribuídas no
Estado de SP. O novo parque deverá centralizar estas operações e
visa reduzir custos de produção. Atualmente, metade das receitas
da Emerson vem do setor de óleo e gás.
| A norte-americana General Electric (GE) concluiu
investimentos de R$ 145 m para adaptar suas linhas de
montagem em Campinas (SP) à produção de aerogeradores. A
unidade irá abastecer o crescente mercado de energia eólica do
País e também poderá tornar-se uma plataforma de exportação
regional. No País, atualmente a GE apenas fornece tecnologia
para a produção de pás eólicas, feitas pela Tecsis em Sorocaba
(SP). A empresa norte-americana é a segunda maior fabricante
mundial de componentes para o setor de energia eólica, atrás
apenas da dinamarquesa Vestas.
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Veículos
| A chinesa MVK vai investir R$ 32 m na construção de uma
fábrica de motocicletas e quadriciclos em Manaus (AM). A previsão
é de que a unidade seja inaugurada em março de 2010, sendo que
nos primeiros anos sua produção deve ser distribuída em 80%
para motos e 20% para quadriciclos. A unidade será
operacionalizada pela sócia brasileira da empresa, a Embramoto,
e além de linhas específicas para motos e quadriciclos, ela
também contará com uma unidade de motores e uma área de
testes de equipamentos.
| A montadora alemã Volkswagen anunciou investimentos de R$
6,2 bilhões no Brasil para o período de 2010 a 2014. Deste
montante, cerca de 60% serão destinados ao lançamento de
produtos (13 novos veículos em 2010), dos quais um terço na
categoria de comerciais leves. Os 40% restantes serão investidos
no aumento de capacidade produtiva, especialmente das fábricas
Anchieta, Taubaté e São Carlos, em SP.
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Autopeças
| A francesa Michelin iniciou as obras de terraplanagem de sua
segunda fábrica de pneus para carros de passeio e caminhonete
em Itatiaia (RJ). O empreendimento vai exigir investimentos de
US$ 200 m e sua inauguração está prevista para o final de 2011.
Atualmente a Michelin atua no mercado brasileiro com linhas de
pneus para carros de passeio, caminhonetes, caminhões (carga) e
de veículos para mineração e terraplanagem. No segmento de
passeio, a fábrica também abastece o mercado de alta
performance. A Michelin detém aproximadamente 10% do
mercado de reposição no Brasil.
| E com as novas projeções de crescimento econômico, a italiana
Pirelli também decidiu reforçar seu plano de investimentos no
Brasil. Isso implicará em um aporte de US$ 100 m nos próximos
dois anos em sua fábrica de Santo André (SP), onde são
produzidos pneus para máquinas agrícolas, construção civil e
mineração. O novo investimento se soma ao programa de US$
200 m anunciado pela empresa em julho.
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Comunicações
| O BNDES e a administradora de fundos de private equity CRP
assumiram, respectivamente, 10% e 2,5% do capital da editora
gaúcha Artmed. A Artmed atua no segmento de livros técnicos,
científicos e profissionais (CTP). Seus planos de investimento em
aquisições e crescimento orgânico são da ordem de R$ 50 m nos
próximos cinco anos. Na sequência, a Artmed assumiu, em
regime de parceria, as operações da norte-americana
McGraw-Hill Education no Brasil pelo prazo de dez anos. O
valor da negociação não foi divulgado.
| A Traffic Sports, uma das maiores empresas de marketing
esportivo da América Latina, assumiu o controle do jornal
paulistano Diário de S. Paulo. Desde 2001 o Diário estava sob o
comando da Infoglobo, empresa das Organizações Globo. Com
a transação, o Diário de S. Paulo passa a integrar a rede de
jornais Bom Dia, divisão de jornalismo impresso do grupo Traffic
que hoje atua no interior de SP. A transação envolve o parque
gráfico do jornal e seu valor não foi divulgado.
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Imobiliário
| A Rossi Residencial concluiu sua distribuição pública primária
de ações ordinárias, cujo valor atingiu R$ 928,1 m com o exercício
dos lotes suplementar e adicional. Deste montante, os
investidores estrangeiros ficaram com 72,5%, sendo que o Credit
Suisse Securities da Europa respondeu por 13,4% dos papéis
para fins de proteção das operações realizadas no exterior. Com
os novos recursos, a incorporadora pretende reforçar seus índices
de liquidez e adquirir terrenos e projetos voltados para o
segmento de menor poder aquisitivo da população, em especial
com vistas ao programa habitacional Minha Casa Minha Vida.
| A oferta primária de ações ordinárias da Iguatemi Empresa de
Shopping Centers somou R$ 410,4 m. Na oferta, os investidores
estrangeiros foram responsáveis por uma participação de 52,3%.
A operação contou com a colocação do lote suplementar. Com os
recursos captados, a Iguatemi pretende investir na expansão de
suas operações nos shoppings onde já tem participações, aquisição
de participações em empreendimentos e desenvolvimento de
novas unidades.
| A PDG Realty, que atua na área de incorporação imobiliária,
concluiu sua oferta de ações em mercado, a qual somou um total
de R$ 1,058 bilhão. Deste montante, os investidores estrangeiros
responderam por uma fatia de 73,09%. A empresa ficará com R$
784 m, recursos que serão utilizados na aquisição de novos
terrenos, construções e capital de giro. Os R$ 274 m restantes,
correspondentes à distribuição secundária de papéis, são de
responsabilidade do fundo UBS Pactual Desenvolvimento e
Gestão.
| A oferta de ações da incorporadora Brookfield (antiga Brascan)
atingiu R$ 664,7 m, dos quais R$ 562,7 m irão para o caixa da
empresa e R$ 102 m para os sócios vendedores. A Brookfield
pretende utilizar os recursos obtidos na oferta primária para a
compra de novos terrenos, empresas e outros empreendimentos
imobiliários (60%) e para uso como capital de giro (40%). Com a
colocação, o free float da empresa ampliou-se de 32% para
45,7%.
| A Gafisa anunciou a incorporação das ações de sua controlada
Tenda, construtora na qual detinha 60% de participação há
aproximadamente um ano. Para amparar a operação, a Gafisa irá
emitir ações, num aumento de capital da ordem de R$ 930 m. Ao
final, os atuais acionistas minoritários da Tenda ficarão com
19,7% da nova Gafisa. E a nova empresa terá uma maior
exposição no segmento popular, tornando-se, em valor de
mercado, maior do que a Rossi e atrás apenas da Cyrela no setor
de construção.
| A incorporadora Cyrela Brazil Realty realizou nova oferta
primária de ações e conseguiu captar R$ 1,04 bilhão. O montante
da operação ainda deve chegar a R$ 1,18 bilhão com a colocação
do lote suplementar. Com os novos recursos em caixa, um dos
objetivos da Cyrela é adquirir terrenos para novos
empreendimentos, tanto no padrão supereconômico como no de
média e de alta rendas. Com a oferta, a parcela de ações da
empresa no mercado sobe de 50,10% para 55,31%.
| A Multiplan anunciou a construção de um novo shopping center
em São Caetano do Sul (SP) e de outros dois no Rio de Janeiro.
No município do ABC paulista será construído o ParkShopping
São Caetano com investimento de R$ 260 m. Ele terá 242 lojas,
sendo 15 âncoras, e sua inauguração está prevista para outubro
de 2011. Já as unidades previstas para o Rio de Janeiro não foram
detalhadas, mas está previsto que elas atenderão todas as classes
de renda, com lojas e serviços. Em sua última oferta no mercado
de ações, em setembro, a Multiplan conseguiu captar R$ 792 m.
| O grupo Almeida Jr irá destinar R$ 520 m entre 2010 e 2014
para a construção de quatro novos shopping centers em SC. O
grupo já atua neste setor com o Balneário Camboriú Shopping,
em Camboriú (SC), e com o Shopping Neumarket, em
Blumenau (SC). Atualmente está investindo R$ 150 m na
construção do Joinville Garten Shopping, a ser inaugurado em
março de 2010, e recentemente confirmou aporte de R$ 100 m no
Blumenau Norte Shopping, a ser inaugurado em novembro de
2010. Os municípios mais cotados para receber os novos
investimentos são Chapecó, Criciúma, Lages e Florianópolis.
| A Direcional Engenharia realizou sua oferta inicial de ações e
captou R$ 241 m, sendo que a gestora de recursos Tarpon e seus
acionistas controladores foram responsáveis pela compra de 21%
dos novos papéis. A Tarpon é sócia da construtora desde março,
quando assumiu 25% de seu capital. Ela injetou R$ 44 m na
operação e os sócios fundadores da Direcional outros R$ 6 m.
Com isso, suas participações na empresa ficaram,
respectivamente, em 23,8% e 62,2%, sendo que o free float da
Direcional ficou apenas em 14%.
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Transportes
| A oferta global de ações da Gol Linhas Aéreas atingiu o
montante de R$ 1,026 bilhão. A operação envolveu uma emissão
primária e uma distribuição secundária, sendo que nesta última o
Fundo Asas, controlador da empresa, vendeu papéis
preferenciais justamente para adquirir ações ordinárias. A
captação da empresa com a emissão de novas ações atingiu R$
627 m, recursos que serão utilizados no reforço de seu caixa. Esta
foi a quarta medida adotada pela Gol neste ano para sanear suas
finanças, seguindo-se a um aumento de capital (R$ 203,5 m), à
emissão de debêntures (R$ 400 m) e à venda de milhas
antecipadas para os cartões de crédito do BB e do Bradesco (R$
252 m). Após a oferta em mercado, a Gol também anunciou
acordo com a espanhola Iberia para compartilhamento de
assentos (code share) e integração de programas de milhagem.
Esta foi a quarta aliança internacional fechada pela empresa neste
ano, seguindo-se aos acordos firmados com a Air France-KLM,
com a American Airlines e com a AeroMexico.
| A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) concluiu sua
oferta primária de ações ordinárias e conseguiu captar R$ 1,264
bilhão. A colocação contou com um lote suplementar de 15% e os
investidores estrangeiros responderam por uma fatia de 69% da
operação. Com os recursos obtidos, a CCR pretende investir no
desenvolvimento de novos negócios, que podem incluir aquisições
e novas concessões rodoviárias.
| A Veloce Logística, empresa fundada pelo Pátria
Investimentos, está iniciando suas atividades e pretende prestar
uma ampla gama de serviços logísticos a setores diversos. A
Veloce estréia com 14 bases operacionais no Brasil e na
Argentina, 326 carretas próprias e 75 parceiros em transporte.
Sua carteira de clientes já conta com empresas como General
Motors, Toyota, Fiat, ZF, Clariant, Danone, Nestlé e SanCor,
entre outros.
| A América Latina Logística (ALL) captou R$ 1,292 bilhão com
a emissão de debêntures conversíveis em ações ordinárias e units.
Deste montante, uma parcela de R$ 827 m foram convertidas em
units, já negociáveis em mercado. Dos R$ 465,5 m restantes,
conversíveis em ações ordinárias e impedidos de ser vendidos
durante três anos, a quase totalidade (R$ 464,6 m) foi absorvida
por atuais integrantes do bloco controlador da empresa. No caso,
o BNDESPar respondeu por uma fatia de R$ 250 m, o fundo de
investimentos BRZ ALL entrou com R$ 110 m, a Previ com R$ 50
m e a Funcef com R$ 54,5 m. Os demais integrantes do bloco de
controle cederam seus direitos aos sócios compradores. Com a
aquisição, a participação conjunta do grupo controlador na ALL
saltou de 52% de seu capital votante para 57,2%.
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Serviços
| O laboratório Fleury adquiriu o laboratório Weinmann, o maior
do Rio Grande do Sul em análises clínicas e atualmente com 26
unidades nas regiões de Porto Alegre e Serra Gaúcha. A operação
marca a entrada do Fleury no mercado gaúcho, onde a presença
dos maiores laboratórios do País ainda é tímida. A Dasa, que é a
maior empresa de medicina diagnóstica do Brasil, possui apenas
uma unidade em Porto Alegre. Com a aquisição, o Fleury passa a
contar com 152 unidades, contando as de bandeira própria e as de
outras marcas.
| A Bradesco Dental e a OdontoPrev fecharam acordo para
fundir suas atividades de planos, seguros e serviços odontológicos.
Pelo acordo, a Bradesco Dental será 100% absorvida pela
OdontoPrev. A previsão é de que entre ativos da Bradesco
Dental e novas injeções de capital, o grupo Bradesco invista um
total de R$ 670 m. Atualmente a OdontoPrev possui controle
difuso, com a maior parte de suas ações (86%) em circulação no
mercado. Na nova empresa, o maior acionista individual passará a
deter 7%, enquanto a Bradesco Saúde ficará com 43,5%.
| Em sua reestruturação para se tornar uma empresa
multibandeira, trabalhando com diferentes cartões de crédito, a
VisaNet decidiu alterar seu nome para Cielo. Atualmente a
VisaNet faz o cadastramento de lojistas para a rede Visa com
exclusividade, prática de mercado que será proibida a partir de
2010. Como Cielo, a empresa pretende passar a credenciar
estabelecimentos também para a MasterCard, American
Express e outras. Atualmente, a VisaNet tem como maior
concorrente a Redecard, que também irá atender outras
bandeiras.
| A carioca Amil Participações (Amilpar), líder brasileira no
setor de planos de saúde, fechou acordo para adquirir o controle
da paulista Medial Saúde. A Amil irá pagar R$ 612,5 m por
51,93% do capital da Medial. Com a transação, sua participação
no mercado brasileiro passará de 6% para 10% e, no mercado
paulista, de 8% para 15%. A operação envolve as ações da
Medial Participações, que detém 49,5% da Medial Saúde, e
ações diretas nesta última, representativas de 2,4% de seu
capital. Está prevista uma oferta pública para aquisição de ações
da Medial em circulação no mercado, devendo, posteriormente,
ocorrer o fechamento do capital da empresa. A Amil também
confirmou o plano de investimentos de R$ 250 m neste ano da
Medial. Deste montante, R$ 100 m destina-se ao mercado
paulista.
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Financeiro
| O Banco do Brasil decidiu encerrar sua parceria em seguros
com a SulAmérica e firmou com a espanhola Mapfre acordo para
criar uma nova empresa, que nasce com prêmios da ordem de R$
4,9 bilhões (10% do mercado brasileiro). Em princípio, o modelo
estudado pelas duas instituições envolve uma parceria nas
atividades da holding BB Seguros, que por sua vez controlará a
Brasilprev (previdência aberta), a Brasilveículos (automóveis),
a Brasilcap (capitalização) e a Brasilsaúde (saúde), além da
seguradora do Banco Nossa Caixa. É provável que o BB fique
como acionista minoritário nesta nova empresa. A Mapfre já
possui parceria nos ramos de vida e previdência com a Nossa
Caixa, incorporada pelo BB em 2008.
| O Banco do Brasil também acertou a reestruturação societária
da própria Brasilprev. Atualmente ele detém 49,99% do capital
total da empresa previdência complementar, a norte-americana
Principal Group detém 46,01% e o Sebrae 4%. Na nova
estrutura, o BB passará a deter 74,99% do capital total (100%
das ações preferenciais e 50% menos uma das ações ordinárias);
a Principal terá 25% do capital total (50% mais uma das ações
ordinárias); e o Sebrae deixará a sociedade. O valor atribuído à
operação é da ordem de R$ 550 m, mas não haverá desembolsos,
pois o acordo foi fechado com base na força de vendas e uso da
rede de agências do BB.
| O banco espanhol Santander realizou a oferta de ações (units)
do Santander Brasil e captou R$ 13,2 bilhões. Com isso, o
Santander Brasil tornou-se a quinta maior empresa do País em
valor de mercado, avaliada em R$ 95,7 bilhões, à frente da
AmBev e do concorrente Banco do Brasil, mas atrás dos
também concorrentes Itaú Unibanco e Bradesco. A colocação
representou a maior oferta da história da Bovespa e também é a
maior do mundo neste ano. Cerca de 70% dos novos recursos
obtidos pelo banco serão destinados a financiar sua infra-estrutura
(agências e caixas automáticos) e suas operações de crédito. O
montante da colocação representa 16,2% do capital do banco
brasileiro (13,9% após a oferta). Paralelamente, em sua
reestruturação societária o Santander Brasil ainda aprovou a
transferência de suas ações em cinco empresas (Visanet,
Companhia Brasileira de Soluções e Serviços, Serasa,
Tecnologia Bancária e Visa) para a Santusa Holdings, do
próprio Grupo Santander.
| A corretora britânica Tullett Prebon anunciou a compra de
100% do capital da Convenção Corretora, que atua em
mercados futuros. Com sua nova subsidiária, a intenção da
Tullett Prebon, que possui destacada atuação nos segmentos de
renda fixa e de derivativos, é atuar tanto nos mercados futuros
(BM&F) quanto na bolsa de valores (Bovespa). O valor da
transação não foi divulgado e esta é a primeira operação da
corretora britânica na América Latina. O valor inicial da transação
é de R$ 20 m, mas pode chegar a R$ 30,3 m dependendo do
cumprimento de metas nos próximos três anos.
| A Cetip, que atua na liquidação e custódia de títulos de renda
fixa privados e em derivativos de balcão, realizou seu IPO e
vendeu R$ 766 m em ações. A oferta foi inteiramente secundária
e movimentou pouco mais de um quarto do capital da empresa, a
qual foi avaliada em mercado por R$ 2,9 bilhão. O montante da
operação ainda pode ser ampliado para R$ 881 m, caso seja
vendido o lote suplementar de ações. Atualmente, o maior
acionista da Cetip é o fundo de participação Advent, com 31,93%
de seu capital. Também contam com participações relevantes o
Itaú Unibanco (10,1%) e o Bradesco (6,8%). O Advent, o
Bradesco e outras 150 instituições financeiras participaram da
operação como vendedores. A expectativa é de que a participação
do Advent na empresa caia para 18,1% e a do Bradesco para
4,4%. A Cetip concorre com a BM&FBovespa em alguns
segmentos, como o de debêntures e derivativos de balcão.
| O Itaú Unibanco confirmou a aquisição dos 50% de
participação do grupo XL Capital na joint venture Itaú XL
Seguros Corporativos, focada em grandes riscos. Com isso, o
Itaú Unibanco passa a deter 100% da empresa criada em 2006.
O valor da transação não foi divulgado, mas é estimado em
aproximadamente R$ 120 m. A operação já era aguardada pelo
mercado, sendo que o banco brasileiro também já incorporou a
participação da seguradora norte-americana AIG na sociedade
formada com o Unibanco. A Itaú XL é a atual seguradora da
Petrobras, no maior contrato de seguros já fechado no País.
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Outros Setores
| A norte-americana NCR, fabricante de terminais de
autoatendimento bancário (ATMs), inaugurou sua fábrica em
Manaus (AM). A unidade irá atender o mercado local e a América
Latina. Ela faz parte do plano de investimentos de R$ 73 m da
empresa nos próximos três anos, que também inclui a criação de
um centro de pesquisa e desenvolvimento em SP voltado para
novos produtos bancários. A NCR é líder global no mercado de
ATMs, mas no Brasil ocupa a terceira posição.
| A francesa Sanofi-Aventis, que em abril adquiriu o laboratório
brasileiro Medley por R$ 1,5 bilhão, decidiu investir US$ 45 m
para construir uma fábrica de hormônios. A nova unidade ficará
em Brasília (DF) e será subordinada à Medley. Com ela, a
Sanofi-Aventis passará a atuar no segmento de
anticoncepcionais no Brasil, o segundo maior segmento
farmacêutico local e hoje liderado pela alemã Bayer Schering. A
previsão é de que a nova planta, a quarta da Sanofi no Brasil,
seja inaugurada em 2012. Atualmente a empresa francesa possui
complexos fabris em Suzano, Campinas e Sumaré, todas SP.
| A Intelbras vai investir R$ 45 m em uma nova fábrica em São
José (SC), mesma cidade onde está sediada. A Intelbras é
conhecida por sua fabricação de telefones, sendo que a nova
planta irá priorizar a produção de sistemas de segurança e
equipamentos de informática. A Intelbras entrou nestes
segmentos por meio da aquisição da Cepe (SP), da Maxcom (MG)
e da Nova (PR). A previsão é de que a unidade entre em operação
em meados de 2010.
| O Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS) fechou a
aquisição de uma participação de 26,53% na Foz do Brasil,
empresa de engenharia ambiental e saneamento do Grupo
Odebrecht. O valor da transação é estimado entre R$ 400 m e
R$ 500 m. A Foz do Brasil tem planos de crescer na área de
concessões públicas a partir de 2010, estabelecendo parcerias com
estatais estaduais. Este é o terceiro negócio conjunto do FI-FGTS
e da Odebrecht, seguindo-se à Usina de Santo Antônio e à
Embraport.
| O fundo de private equity AG Angra, especializado em infraestrutura, realizou duas novas aquisições. De um lado, a gestora
irá pagar R$ 70 m por 50% da Georadar, empresa de Nova Lima
(MG) especializada em levantamentos geofísicos para exploração
de petróleo. De outro, também assumirá 50% numa empresa
paulista de gestão de resíduos industriais (reciclagem de óleo,
pneus e plásticos em combustível). A AG Angra é uma sociedade
entre a Andrade Gutierrez e Angra Partners e os dois novos
ativos se somam aos investimentos já realizados na usina de
álcool TG Agroindustrial e na empresa de logística do
agronegócio NovaAgri.
| A Totvs, maior empresa brasileira de softwares, firmou acordo
para assumir uma participação de 70% no capital da TotalBanco
Consultoria e Sistemas. A transação custará R$ 10,8 m à Totvs
e abrange a opção de compra dos 30% restantes da empresa por
R$ 12,2 m. A TotalBanco desenvolve sistemas de gestão de
leasing e crédito para pessoas jurídicas e presta consultoria para
instituições financeiras. Paralelamente, a Totvs também adquiriu
o controle integral da Hery Software, franquia de distribuição
oriunda da Datasul e com operações no RJ, em SP e Região
Centro-Oeste. A aquisição custou R$ 12 m à Totvs.
| O grupo de mídia francês Vivendi confirmou a aquisição do
controle da GVT, que também era disputada pela espanhola
Telefonica. Numa operação que causou surpresa aos mercados, a
Vivendi garantiu 57,5% do capital votante da operadora
brasileira, com a oferta de R$ 4,1 bilhões em negociações
privadas. O desembolso total ainda poderá chegar a R$ 7,2 bilhões
(€ 2,8 bilhões), tendo em vista a oferta pública aos demais
acionistas da empresa. Na transação, foram adquiridos os 30%
dos fundadores da GVT, o Grupo Swarth e a Global Village
Telecom Holland BV, por R$ 2,15 bilhões; outros 7,9% de ações
em circulação no mercado, em duas tranches, por R$ 535 m; e
mais 19,6% em opções junto a investidores privados, por R$ 1,38
bilhão. A compra da GVT representa a entrada da Vivendi no
mercado brasileiro de telecomunicações, sendo que as atenções
agora se voltam para sua estratégia nos segmentos de telefonia
móvel e internet por banda larga.
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A BRASILPAR possui mais de 30 anos de experiência em
assessoria a fusões e aquisições, avaliação de projetos e negócios
e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam
mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam: assessoria
em compra, venda e associações entre empresas; atração de
sócios e levantamento de capital para projetos e empresas;
desenvolvimento de planos de negócios e assessoria estratégica;
assessoria em investimentos em novos negócios; aconselhamento
financeiro e estratégico em geral.
Sócios:
Luiz Eduardo do Amaral Costa
[email protected]
Luis Fernando Salem
[email protected]
Luiz Roberto Carvalho Pereira
[email protected]
Tom Waslander
[email protected]
Associados:
André Moor Whitaker Assumpção
[email protected]
André Rodrigues
[email protected]
Gustavo Kobinger
[email protected]
Jorge Troyko
[email protected]
Marcos Levy
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Priscila Eisenstadt
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Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 28 - 8o andar
04543-000 - São Paulo - SP
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O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado bimestralmente pela Brasilpar
Serviços Financeiros.
Diretores Responsáveis: Luiz Eduardo Costa.
O cenário econômico contido neste boletim refere-se a consulta de opiniões do
Banco Central do Brasil e pode ser modificado sem prévia comunicação. A
Brasilpar não se responsabiliza pela utilização comercial ou financeira dessas
previsões.
Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas neste boletim
referem-se aos divulgados nos principais meios jornalísticos. A Brasilpar não se
responsabiliza pela veracidade das informações. Não é permitida a reprodução
sem autorização da Brasilpar.
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