Classificação dos seres vivos A Classificação do Seres Vivos passou a ser necessária a partir do momento em que houve a descoberta de uma grande diversidade e precisava-se, então, agrupá-la de alguma maneira. •Aristóteles: foi o primeiro a propor a classificação dos seres vivos e baseou-se no habitat, portanto, classificou os seres em aquático, terrestre e aéreo à sabemos que não existem animais de habitats aéreos, existem apenas animais com hábitos aéreos. •Teofrasto: classificou os vegetais em ervas, arbustos e árvores. Essa classificação é utilizada até hoje. •Santo Agostinho: para eles os seres poderiam ser classificados em três grupos: úteis, nocivos e indiferentes. •Lineu: propôs uma classificação um pouco mais científica através do agrupamento em categorias taxonômicas (DOREFICOFAGE) e, além disso, definiu espécie como indivíduos que se conformam a um tipo que tem propriedades essenciais fixadas –atualmente, uma espécie pode ser vista como a unidade taxonômica-. Lineu utilizou características morfológicas e fisiológicas. De cima para baixo estão os grupos taxonômicos do mais para o menos abrangente. Ou seja, podemos dizer que em um reino tem vários filos e assim por diante, mas não podemos dizer que em um filo tem vários reinos. èO surgimento do domínio: surgiram, a principio, dois domínios: Eukarya e Prokarya, porém, mais tarde, o domínio Prokarya foi subdividido em Bacteria e Archaea –no domínio Bacteria estão bactérias que vivem em condições normais e no Arqueia bactérias que são capazes de sobreviverem em condições adversas de pH, temperatura, salinidade, etc.-. ↔Proposta dos cinco reinos: •Monera: é composto por bactérias e cianobactérias (fotossintetizantes), ambos procariontes, sem carioteca, com material genético disperso e com uma única organela –o ribossomo-, são unicelulares e podem ter organização isolada ou colonial. •Protista: quando eram apenas quatro reinos incluía algas, protozoários e fungos, porém, atualmente, inclui apenas os protozoários e as algas, são eucariontes, a carioteca separa o material genético do citoplasma, possuem mais de uma organela. Os indivíduos desse grupo podem ser multicelulares (refere-se aos pluricelulares, porém que não possuem tecidos) ou unicelulares sendo que estes podem ser isolados e coloniais e nenhum possui tecido. É um grupo polifilético, possui indivíduos autotróficos e indivíduos heterotróficos. •Fungi: atualmente os fungos pertencem a um reino separado, incluindo indivíduos uni e multicelulares, mas sempre eucariontes. Os indivíduos desse grupo são formados por hifas e tem nutrição heterotrófica. •Metaphyta: popularmente conhecido como Plantae, muitas vezes são chamados de vegetais superioresconsiderando as algas os vegetais inferiores-, são eucariontes, autotróficos e pluricelulares com organização tecidual cada vez maior culminando em órgãos (folhas, raiz, caule, etc.). •Metazoa: popularmente conhecido como Animalia, muitas vezes são chamados de animais superioresconsiderando os protozoários os inferiores-, são eucariontes, heterotróficos e pluricelulares com organização tecidual cada vez mais complexa culminando em órgãos e até mesmo em sistemas. ↔Proposta dos seis reinos: diferencia-se da proposta dos cinco reinos, pois o reino Monera subdivide-se em dois: Archaeabacteria e Eubacteria. As arqueias fundamentam a ideia de que o primeiro ser vivo foi autotrófico uma vez que são capazes de sobreviverem em condições adversas e produzirem o próprio alimento. èCladogênese e anagênese: com a maior diversidade dos seres tornou-se necessária a representação de parentesco e da evolução. ↔Anagênese: prega que ao longo do tempo há um processo gradual de mudanças, inclusive mutações, que levará a novas fixações dos seres e que pode ou não levar à especiação. Esse processo muitas vezes é tratado como uma microevolução. É um processo tão lento que o ancestral não convive com o descendente. ↔Cladogênese: compreende-se no processo de ruptura que levará ao surgimento de uma nova espécie, é quase impossível falar de cladogênese sem tratar de isolamento geográfico e isolamento reprodutivo, pois se não tem isolamento o encontro de indivíduos ainda é capaz de gerar descendentes férteis, ainda é possível uma recombinação gênica. Nesse caso, o ancestral pode coexistir com o descendente. Obs: a especiação por cladogênese compreende em três etapas sequênciais → isolamento geográfico, diversificação gênica fruto de pressões seletivas diferentes e isolamento reprodutivo. èÁrvores filogenéticas: são representações dos pensamentos da anagênese e da cladogênese. Cada bolinha vermelha representa um nó, ou seja, a divergência de dois grupos a partir de um ancestral comum. Em árvores filogenéticas é possível afirmar que há homologia, pois há uma irradiação. è Regras de nomenclatura biológica: são regras que surgiram pela necessidade de unificar os nomes dos seres. Acontecia muito de dois biólogos taxonômicos encontrarem animais que atualmente pertencem a uma mesma espécie e denominar de maneiras distintas. ↔Latim: foi a língua proposta para a nomenclatura por dois motivos, o primeiro deles por ser uma língua extinta e que, portanto, não sofreria alteração e o segundo porque durante muito tempo foi uma língua ensinada no mundo inteiro. ↔Reino até gênero: atualmente essa regra inclui domínio e afirma que, além dos nomes serem escritos em latim e com a inicial maiúscula devem ser uninominais, ou seja, devem possuir apenas um nome. E dessas categorias, a única que deverá ter destaque é o gênero. ↔Espécie: deverá ser uma categoria taxonômica binominal que necessariamente tem que estar em evidência, sendo o primeiro nome o genérico e com a inicial maiúscula e o segundo nome o específico e com a inicial minúscula. ↔Família e ordem: como é determinado por uma regra que somente gênero e espécie aparecerão destacados, determinouse que família e gênero teriam terminações especiais. IDAE: é uma família zoológica ACEAE: é uma família botânica ALES: é uma ordem botânica ##Não foi criada uma terminação específica para ordem zoologia## ↔Subespécie: é uma variação de espécie que até certo ponto só existe para quem a criou, mas em alguns casos são importantes. Por exemplo, no caso de duas corais que vivem em locais totalmente distintos, embora sejam da mesma espécie a chance de ocorrer especiação é relativamente grande. Logo, a importância dessa divisão é a possível formação de espécies diferentes. •Isolamentos reprodutivos: existem o pré-zigótico, quando não ocorre a fecundação –pode mesmo assim ter copulação- ou pós-zigótico quando ocorre o acasalamento e a fecundação, mas o nascimento do ser é inviável ou ele nasce híbrido. ↔Subgênero: o objetivo do agrupamento em subgêneros é separar em espécies mais próximas de outras.