Ensino Superior no Brasil¹: Probabilidade do acesso dos alunos da Modalidade Ensino de Jovens e Adultos até o Ensino Superior. Marlene Maria de Araújo² Resumo Este trabalho apresenta um breve conjunto de reflexões que apontam elementos constituintes da educação superior no Brasil, considerando principalmente o contexto da organização e estrutura do ensino superior no país, à identificação do perfil dos alunos ingressantes nesta etapa da educação e a relação com o panorama da educação básica, como se dá o processo do ensino Eja e a possibilidade de ingressar no ensino superior A proposta é realizar e possibilitar uma visão panorâmica sobre os avanços e os desafios que estão colocados diante da sociedade, quando se trata de ensino superior no Brasil. Palavras Chaves: Ensino Superior; Qualidade educacional; Perfil discente; Educação de Jovem e Adulto . Abstract This work presents a brief set of reflections which point out forming elements that have been part of Higher Education in Brazil, considering mainly the context of the organization and structure of College Education in this country, the identification of the profile of students who are starting out in this new phase of their education and the relationship of all this with the panorama of Basic Education, how is the process of teaching Eja and the possibility of entering university. The goal is to make possible and real a panoramic vision over the advancements and the challenges that are present when it comes to College Education in Brazil. Key-Words. : Higher Education; Educational quality; Profile of the student body; Education of young and adult 1.0 Introdução. Atualmente os dados obtidos sobre a educação superior No Brasil nos revela que vivemos num momento histórico em que temos que lidar com a dualidade nesta etapa educacional: de um lado o grande investimento financeiro nesta fase da educação, fato -----------------------------------------------------------------1.Trabalho realizado no curso de Mestrado em Educação Holística na Faculdade FATEFFIR 2.Discente do curso de Mestrado em Educação Holística (FATEFFIR).Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Especialista em Psicopedagogia Institucional, Especialista em Educação a Distância, Especialista em Educação Especial com Ênfase em Deficiência Intelectual. Email: [email protected] que não pode ser considerado um problema e de outro, a expansão ainda que pouco expressiva e democratizada do ensino superior. O ensino superior no Brasil a partir de 1934 iniciou sua organização mais sistemática a com a fundação da Universidade de São Paulo. Evento este, que representa uma condição de história recente no cenário educacional. Vale ressaltar que o pósguerra colocou o Brasil numa condição de país que mais expandiu seu sistema de educação, não apenas do nível básico, mas também da educação superior. Martins (2000) afirma que desde o final da década passada, o crescimento da educação superior no Brasil, numa média de 7% ao ano, produziu uma diversificação da forma de atendimento aos ingressantes, sobretudo na graduação. Contudo, o autor alerta sobre o que se vê desde então, isto é, uma situação de hierarquização institucional sem necessariamente o aprimoramento na relação entre o projeto pedagógico das instituições e as reais necessidades dos jovens e do mercado. Mediante a ampliação de vagas, houve um processo de expansão como também mudanças no perfil da população atendida e, consequentemente, de construção de alternativas metodológicas e organizativas desta etapa educacional no país, e a definição de sua inserção no mercado, entre as décadas de 1960 e 1970 até o início dos anos 1980 mesmo com influência política, a maioria das instituições de ensino superior seria originada do setor privado. Os dados apresentados pelo Censo do MEC em 2005 demonstram a expansão das matrículas de acordo com natureza institucional no país. Não basta que tenhamos escolas superiores com recursos disponíveis, ou planos de melhoria ambiciosos. É necessário o aprimoramento dos recursos humanos envolvidos em todo o processo. De acordo com os dados do INEP, divulgados em 2003 acerca das notas obtidas pelas escolas de ensino superior, é percebido que é inadiável o investimento em processos de formação de quadros profissionais que favoreçam a melhoria dos resultados e rendimento dos alunos e cursos, em especial das instituições privadas. Muitas carreiras têm se mostrado cada vez mais abertas para diversos cursos, como é o caso da informática, comunicação, mídias; assim, é fundamental que os cursos estejam suficientemente providos de criatividade e flexibilidade curricular e também metodológica. 2.0 Revisão Bibliográfica Na linha dosócio-interacionista utiliza de, Vygotsky, o qual faz apontamento sobre o processo de interação entre o indivíduo e o ambiente o qual supera o dualismo clássico encontrado na filosofia entre as noções de sujeito e objeto. Utilizando da forma de agrupar-se. Pois as dinâmicas enfatizam tais interações, Vygotsky não percebe o ambiente como uma realidade externa (fora) ao sujeito, não sendo considerado como uma forma independente, mas como um “contexto em relação a” que representa a expressão viva da interação social entre os indivíduos (Vygotsky, 1929/1994). A aquisição da linguagem revela que o significado das palavras evolui, tanto do ponto de vista semântico quanto do ponto de vista sistêmico (Vygotsky, 1985; Luria, 1987). Do ponto de vista semântico, a evolução ocorre ao nível da dupla função (aspectos denotativo e conotativo), ou seja, sentido real e sentido figurado. É no diálogo que o saber do educador e do educando se interagem, interligam se provocam na busca dos objetivos de cada um: aprender a escrever e ensinar. O modelo autoritário provoca distancia entre o educador e o educando, dificultando a produção do conhecimento porque dificulta o diálogo e não estimulam a reflexão que cria o conhecimento. Paulo Freire defende a educação que vê o conhecimento como um instrumento para a ação mais eficaz dos homens sobre o mundo. Esta ação tem sempre uma marca: mudança ou continuidade. Portanto, não é nunca um ato neutro. A alfabetização que serve aos mais pobres é aquela que dá a força e a capacidade de aprender aos alfabetizandos, que usa a língua e a escrita para a reflexão da realidade e para o desvelamento do que ainda não é do conhecimento deles. A educação de jovens e adultos deve atender aos preceitos curriculares referentes a cada nível de ensino ao qual está associada (ensino fundamental e ensino médio), tanto em termos de elaboração dos cursos presenciais como semipresenciais e nãopresenciais. A partir das diretrizes e orientações metodológicas apresentadas, no que se refere aos conteúdos .Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, os currículos da educação básica (no ensino fundamental e no ensino médio) compreendem uma base nacional comum, a ser adotada por todos os sistemas de ensino, e uma parte diversificada que contemple as características regionais e locais (relativas à sociedade, à cultura, à economia e à clientela), referentes aos respectivos sistemas de ensino (art. 26). Segundo Silva (2000), através do currículo, concebido como elemento discursivo da política educacional, os diferentes grupos sociais, especialmente os dominantes, expressam sua visão de mundo, seu projeto social, sua "verdade". Através de seleção arbitrária, os conteúdos reveladores das manifestações culturais dos dominantes são impostos aos dominados. Em algumas análises, procuram-se explicitar as relações de poder que se as expressam reformas e evidenciar como elas se têm constituído em instrumentos de regulação e de autor regulação de indivíduos e grupos. De forma breve e simplificada e recorrendo a Silva (2001)passo apresentar quatro visões de currículo e de teoria curricular: a) A visão tradicional, dentro de uma perspectiva humanista, de uma cultura conservadora (estável e fixa).b)A visão tecnicista que enfatiza a economia e educação como os demais instrumentos.c)Visão critica de orientação baseada numa analise da escola e da educação como instituição. (d) Finalmente uma visão pós estruturalista vem enfatizar o currículo como pratica cultural. As novas tecnologias estão posta etrás concepções voltadas para educação as quais deve se pensar a ressignificação do currículo feito na formação da identidade e diferença, pois ele inclui questões sociais ,políticas e econômicas. Na RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 1, DE 5 DE JULHO DE 2000, Estabelecer as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação e Jovens e Adultos com o Parecer CNE/CEB 11/2000, homologado pelo Senhor Ministro da Educação em 7 de junho de 2000, Enfatizando as mudanças necessárias para a mudança educacional, Schwartzman (2006) aponta que a melhoria da qualidade da educação básica, democratização da educação superior, adequação da gestão dos recursos financeiros e o alcance da equidade de oportunidades serão mais efetivos à medida que os profissionais da educação estiverem mais comprometidos, havendo salários dignos, relação de cooperação com os gestores educacionais e envolvidos com atividades acadêmicas e intelectuais. 3.0 Organização e Estrutura do Ensino Superior no País Conforme a LDB a Educação Superior tem por finalidade: estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração. Enfatiza a importância de estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição. A educação superior tem uma abrangência nos seguintes cursos e programas: cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino; de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo; de pós -graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino; de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino. Sendo assim, a educação superior deve ser ministrada em instituições de ensino superior, públicas ou privada, com variados graus de abrangência ou especialização. Enquanto a autorização e o reconhecimento de cursos, bem como o credenciamento de instituições de educação superior, terão prazos limitados, sendo renovados, periodicamente, após processo regular de avaliação. Após um prazo para saneamento de deficiências eventualmente identificadas pela avaliação a que se refere este artigo, haverá reavaliação, que poderá resultar, conforme o caso, em desativação de cursos e habilitações, em intervenção na instituição, em suspensão temporária de prerrogativas da autonomia, ou em descredenciamento. No caso de instituição pública, o Poder Executivo responsável por sua manutenção acompanhará o processo de saneamento e fornecerá recursos adicionais, se necessários, para a superação das deficiências. Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver. As instituições informarão aos interessados, antes de cada período letivo, os programas dos cursos e demais componentes curriculares, sua duração, requisitos, qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios de avaliação, obrigando-se a cumprir as respectivas condições. Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino. É obrigatória a frequência de alunos e professores, salvo nos programas de educação à distância. As instituições de educação superior oferecerão, no período noturno, cursos de graduação nos mesmos padrões de qualidade mantidos no período diurno, sendo obrigatória a oferta noturna nas instituições públicas, garantida a necessária previsão orçamentária. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, terão validade nacional como prova da formação recebida por seu titular. Os diplomas expedidos pelas universidades serão por elas próprias registrados, e aqueles conferidos por instituições não universitárias serão registrados em universidades indicadas pelo Conselho Nacional de Educação. Os diplomas de graduação expedidos por universidades estrangeiras serão revalidados por universidades públicas que tenham curso do mesmo nível e área ou equivalente, respeitando-se os acordos internacionais de reciprocidade ou equiparação. Os diplomas de Mestrado e de Doutorado expedidos por universidades estrangeiras só poderão ser reconhecidos por universidades que possuam cursos de pósgraduação reconhecidos e avaliados, na mesma área de conhecimento e em nível equivalente ou superior. As instituições de educação superior aceitarão a transferência de alunos regulares, para cursos afins, na hipótese de existência de vagas, e mediante processo seletivo. As transferências ex oficio dar-se-ão na forma da lei. As instituições de educação superior, quando da ocorrência de vagas, abrirão matrícula nas disciplinas de seus cursos a alunos não regulares que demonstrarem capacidade de cursá-las com proveito, mediante processo seletivo prévio. As instituições de educação superior credenciadas como universidades, ao deliberar sobre critérios e normas de seleção e admissão de estudantes, levarão em conta os efeitos desses critérios sobre a orientação do ensino médio, articulando-se com os órgãos normativos dos sistemas de ensino. As universidades são instituições pluridisciplinares de formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano, que se caracterizam por: produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista científico e cultural, quanto regional e nacional; um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado; um terço do corpo docente em regime de tempo integral. É facultada a criação de universidades especializadas por campo do saber. No exercício de sua autonomia, são asseguradas às universidades, sem prejuízo de outras, as seguintes atribuições: criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior previstos nesta Lei, obedecendo às normas gerais da União e, quando for o caso, do respectivo sistema de ensino; fixar os currículos dos seus cursos e programas, observadas as diretrizes gerais pertinentes; estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa científica, produção artística e atividades de extensão; fixar o número de vagas de acordo com a capacidade institucional e as exigências do seu meio; elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos em consonância com as normas gerais atinentes; conferir graus, diplomas e outros títulos; firmar contratos, acordos e convênios; aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras, serviços e aquisições em geral, bem como administrar rendimentos conforme dispositivos institucionais; administrar os rendimentos e deles dispor na forma prevista no ato de constituição, nas leis e nos respectivos estatutos; receber subvenções, doações, heranças, legados e cooperação financeira resultante de convênios com entidades públicas e privadas. Para que seja garantida a autonomia didático-científica das universidades, ficou determinado aos seus colegiados de ensino e pesquisa decidir, dentro dos recursos orçamentários disponíveis, sobre: criação, expansão, modificação e extinção de cursos; ampliação e diminuição de vagas; elaboração da programação dos cursos; programação das pesquisas e das atividades de extensão; contratação e dispensa de professores; planos de carreira docente. As universidades mantidas pelo Poder Público gozarão, na forma da lei, de estatuto jurídico especial para atender às peculiaridades de sua estrutura, organização e financiamento pelo Poder Público, assim como dos seus planos de carreira e do regime jurídico do seu pessoal. No exercício da sua autonomia, além das atribuições asseguradas pelo artigo anterior, as universidades públicas poderão: propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e administrativo, assim como um plano de cargos e salários, atendidas as normas gerais pertinentes e os recursos disponíveis; elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade com as normas gerais concernentes; aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras, serviços e aquisições em geral, de acordo com os recursos alocados pelo respectivo Poder mantenedor; elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais; adotar regime financeiro e contábil que atenda às suas peculiaridades de organização e funcionamento; realizar operações de crédito ou de financiamento, com aprovação do Poder competente, para aquisição de bens imóveis, instalações e equipamentos; efetuar transferências, quitações e tomar outras providências de ordem orçamentária, financeira e patrimonial necessárias ao seu bom desempenho. Atribuições de autonomia universitária poderão ser estendidas a instituições que comprovem alta qualificação para o ensino ou para a pesquisa, com base em avaliação realizada pelo Poder Público. Mediante isso, caberá à União assegurar, anualmente, em seu Orçamento Geral, recursos suficientes para manutenção e desenvolvimento das instituições de educação superior por ela mantidas. As instituições públicas de educação superior obedecerão ao princípio da gestão democrática, assegurada a existência de órgãos colegiados deliberativos, de que participarão os segmentos da comunidade institucional, local e regional. Em qualquer caso, os docentes ocuparão setenta por cento dos assentos em cada órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem da elaboração e modificações estatutárias e regimentais, bem como da escolha de dirigentes. Nas instituições públicas de educação superior, o professor ficará obrigado ao mínimo de oito horas semanais de aulas. 4.0 Perfil do aluno da Educação Superior: indícios da educação básica e reflexos do cotidiano dos estudantes De acordo com dados do INEP mostra que nos últimos anos o Perfil do aluno da Educação Superior: indícios da educação básica e reflexos do cotidiano dos estudantes nacional estar por volta dos 3% e o de ampliação e expansão de alguns cursos superiores chegarem a 20% geraria, inequivocamente, certa saturação em alguns campos. Tal circunstância implica na existência de cursos mais flexíveis e menos especificistas, capazes de contribuírem para o desenvolvimento de competências mais gerais, e das áreas do conhecimento e trabalho, favorecendo o ingresso em campos de trabalho que não sejam tão restritos, além de contribuir para o desenvolvimento da pesquisa e a valorização da extensão a qual não pode ser confundida com a prestação de serviços. Não se trata, pois, da desagregação de cursos ou faculdades, mas sim de uma abordagem mais interdisciplinar, tanto do ponto de vista dos conteúdos conceituais, quanto dos procedimentais e metodológicos. Os docentes do ensino superior enfrentam uma grande desafio diante do desafio de garantir uma formação acadêmica substancial baseada na intelectualidade e na perspectiva investigativa, e concomitantemente repensar a organização dos cursos e as possíveis formas de melhoria do impacto dos egressos da educação superior na sociedade. 5.0 Avanços e os desafios no Ensino Superior No Ensino superior houve avanços significativos com a acelerada expansão do ensino superior durante as últimas décadas e, principalmente, nos últimos 20 anos. Com isso, é fundamental que reconheça que há muitos problemas o quais precisam ser enfrentados com urgências para se conseguir atingir o crescimento a que se é proposto, como a readequação de visão sobre o assunto, mercado de trabalho, governo, instituição de ensino, atualizações profissionais para tanto o professor e o aluno possam interagir para que a educação torne-se significativa. O fato é que esta expansão, não obstante ao aumento dos campi isolados, é resultado do aumento expressivo de matrículas que chegou a cerca de 140% entre os anos de 1997 e 2006. Porém, no último ano, o crescimento medido nas matrículas foi de 5%, ainda menor que dos anos do início da década, nos quais já em declínio chegava aos 15%. Os índices demonstram que a demanda reprimida no ensino médio, durante décadas, fora de alguma maneira atendida pelas escolas superiores, especialmente as de natureza privada. No entanto, vale ressaltar que não apenas os egressos do ensino médio têm incrementado os números de ingressantes na educação superior. No caso do Brasil, são cerca de 25 milhões de jovens entre 18 e 24 aos, ou seja, em idade de educação superior que ainda não tiveram a oportunidade de realizá-la, mesmo já tendo concluído há anos ou sem mesmo ter alcançado a escolarização média. Este cenário aponta para uma provável permanência da expansão quantitativa da educação superior e, simultaneamente, para a relevância de investimentos maciços na escola básica de modo que os egressos possam ao concluir, continuar seu percurso. As escolas de ensino superior não podem ser concebidas pelos profissionais da educação básica apenas como uma forma de ascensão profissional, ou como única possibilidade deformação imediatamente para a totalidade de seus alunos. Estas podem também representar grandes referências de parceria, colaboração e melhoria do funcionamento da educação básica, principalmente pelo viés da extensão e da pesquisa. Além disso, iniciativas de autêntica colaboração entre instituições. Sendo assim, o ensino superior precisa que seus profissionais estejam totalmente integrados a contemporaneidade e proporcionando às possibilidades que ela anuncia para todas as áreas, e assim quebrando antigos preconceitos e buscando novos formatos para que se interage com a novas exigências do mercado incluindo-se inclusive no cenário internacional. 6.0 A Educação de jovem e o Ensino Educação Profissional A educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. O aluno matriculado ou egresso do ensino fundamental, médio e superior, bem como o trabalhador em geral, jovem ou adulto, contará com a possibilidade de acesso. Além do mais ela é desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho. O conhecimento adquirido na educação profissional, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos. Os diplomas de cursos de educação profissional de nível médio, quando registrados, terão validade nacional. As escolas técnicas e profissionais, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionados a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade. Em virtude desta educação profissional, o Aprendizagem Comercial) se tornou um dos Senac ( Serviço Nacional de principais agentes da educação profissional voltada para o Setor do Comércio de Bens, Serviços e Turismo , desde sua criação, em 1946. Oferecendo as Instituições toda a sua experiência a trabalhadores e empresários, com programações presenciais e a distância, de norte a sul do Brasil. O Senac oferece vários programações, em centenas de ambientes educacionais de ponta e especializados, além das ações como o Programa Senac de Gratuidade, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do Governo Federal. O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) foi criado pelo Governo Federal, em 2011, ampliando a oferta de cursos técnicos, com o objetivo de facilitar o acesso ao ensino de qualidade para os brasileiros de todo o país e democratizar a educação profissional e técnica, por meio do aumento do número de vagas, ampliação de instituições pelo país e bolsa de estudos aos interessados. Como assegura a LDB (Leis e Diretrizes e Bases) qualquer brasileiro com ensino médio completo pode se inscrever no Ensono Profissional, mas Como este programa oferece bolsa, então para a Bolsa-Formação, Como é um programa gratuito com determinadas vagas, estabelece prioridade para alunos que tenham cursado o ensino médio na rede pública ou como bolsista integral na rede privada, e utiliza-se o ENEM como critério de classificação parra Bolsa-Formação. O que diferencia o curso técnico do curso superior é que o primeiro tem como objetivo capacitar o participante para atuar no setor produtivo, com um ensino focado e rápido. Seu diferencial está nos conhecimentos práticos, ao apresentar métodos e experiências do cotidiano empresarial. O curso técnico é focado na empregabilidade. O participante tem acesso imediato ao mercado de trabalho. Enquanto o segundo caracteriza pelo domínio de princípios científicos e tecnológicos próprios, com ênfase em determinado ramo de atividade humana. O curso superior tem maior tempo de duração e uma formação mais generalista. Em virtude de vários alunos da modalidade Eja ter desejo em se tornar um profissional qualificado, ao termino do ensino fundamental na modalidade Eja, se escrevem para programas de cursos técnicos e posteriormente no Ensino Superior Tecnológico. O mais preocupante é que muitos alunos não consegue concluir a modalidade Eja por diversos motivos, em especial a necessidade de trabalhar para sustento da família. 7.0 A Educação de jovem e Adultos e o Ensino Superior Tecnólogo Ultimamente em nosso Páis o curso de tecnólogo está aumentando significativamente, pois é um curso onde o aluno se torna um profissional, de nível superior formado em um curso superior de tecnologia, com a finalidade para atender campos específicos do mercado de trabalho. Em virtude disso, alunos que estudaram na modalidade da Educação de Jovens e Adultos em sua maioria optam por fazerem um curso que seja de nivel superior e que atenda a demanda do mercado. Vale lembrar que, estes alunos que estudam nesta modalidade são alunos que por algum motivo não poderam estudar na idade certa, por motivo de trabalho, de familia entre outros, em fim é nesta modalidade que eles consegue recuperar o tempo perdido em relação s estudos, e os cusos de Ensino Superior Tecnologo é sua segunda change, pois são nestes cursos que eles se percebem e se encontram, são cursos de curta duração em relação aos cursos de graduação tradicionais, alem do mais os tecnólogos podem dar continuidade a seus estudos cursando a pós-graduação Stricto Sensu (Mestrado e Doutorado) e Lato Sensu (Especialização). Além disso, podem se candidatar a cargos públicos e privados em que a exigência seja ter o nível superior completo. A designação atual da profissão foi estabelecida pelo Decreto 2.208 de 17 de abril de 1997 (revogado pelo Decreto 5.154 de 23 de julho de 2004. Vale ressaltar que estes cursos fazem parte da educação profissional, são cursos cuja vocação é atender a demandas específicas do mercado de trabalho. Os primeiros cursos de tecnologia datam da décado de 1970e hoje são ministrados em todo o Brasil, tanto em instituições públicas como em instituições privadas. São cursos autorizados pelo Ministério da Educação (MEC) e, assim como os bacharelados e licenciaturas, confere diplomas de graduação, possibilitando a continuidade dos estudos em especialização (lato sensu) e pós-graduação (stricto sensu). Atualmente são classificados em 20 áreas profissionais definidas na legislação: Agropecuária, Artes, Comércio, Comunicação, Construção Civil, Design, Geomática, Gestão, Imagem Pessoal, Indústria, Informática, Lazer e Desenvolvimento Social, Meio Ambiente, Mineração, Química, Recursos Pesqueiros, Saúde, Telecomunicações, Turismo e Hospitalidade e Transportes. Estes cursos atendem sempre às necessidades específicas das empresas e, por isso, vêm conquistando cada vez mais espaço no mercado. Dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) informam que estes cursos cresceram 74,7% entre os anos de 2000 e 2002, mais que a totalidade dos de graduação do Brasil, que apresentaram aumento de 36%. Em 2002, já existiam no País 636 cursos tecnológicos. Embora já um decreto-lei de 1946 tenha regulamentado a profissão de técnico de grau superior, as primeiras experiências práticas de cursos superiores de tecnologia surgiram, no âmbito do Sistema Federal de Ensino e do setor privado e público, em São Paulo, no final dos anos 60 e início dos 70. O primeiro curso superior de tecnologia a funcionar no Brasil, em 1969, foi o de Construção Civil, nas modalidades: Edifícios, Obras Hidráulicas e Pavimentação da Fatec, em São Paulo, reconhecido pelo MEC em 1973. Atualmente o tecnólogo busca reconhecimento profissional e espaço no mercado. É importante lembrar que partir dos anos 80 esses cursos foram extintos. A partir de 1998 os cursos superiores de tecnologia ressurgiram, com nova legislação, como uma das principais respostas do setor educacional às necessidades e demandas da sociedade brasileira e tornaram mais fortemente no governo de “ Lula” e continua a todo vapor a busca por cursos tecnologicos Com o propósito de aprimorar e fortalecer os cursos superiores de tecnologia e em cumprimento ao Decreto n° 5.773/06, o Ministério da Educação elaborou o Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia como um guia para referenciar estudantes, educadores, instituições ofertantes, sistemas e redes de ensino, entidades representativas de classes, empregadores e o público em geral. Os cursos são divididos por área de concentração Ambiente e Saúde; A poio Escolar; Controle e Processos Industriais; Gestão e Negócios:Hospitalidade e Lazer; Informação e Comunicação: Militar:Produção; Alimentícia:Produção Cultural e Design:Produção Industrial:Recursos; Naturais e na área de Segurança. 8.0. Educação EJA ao ensino Superior A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino, que perpassa todos os níveis da Educação Básica do país. Essa modalidade é destinada a jovens e adultos que não deram continuidade em seus estudos e para aqueles que não tiveram o acesso ao Ensino Fundamental e/ou Médiona idade apropriada .A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB9394/96), em seu artigo 37º § 1º diz: Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental foram publicadas em três segmentos e estão disponíveis no site do MEC. Já o currículo para o EJA no Ensino Médio utiliza como referência a Base Nacional Comum, que deve ser complementada por uma parte que atenderá a diversidade dos estudantes. Muitas vezes as pessoas que se formam nessa modalidade de educação são vítimas de diversas espécies de preconceitos. É importante lembrar que a maioria das pessoas que frequentam a Educação de Jovens e Adultos são comprometidas com a aprendizagem, entendem a importância da educação, portanto estão lá por que desejam e/ou precisam. Geralmente, as pessoas que se formam nessa modalidade de educação, assim como as formadas pelo ensino regular, podem apresentar desempenho satisfatório no mercado de trabalho, assim como na continuidade dos estudos, inclusive no Ensino Superior. Como uma grande parte dos estudantes ficam muito tempo fora de sala de aula e outros apresentam uma certa idade avançada em relação aos alunos de 15 anos, alguns demostra dificuldade no aprendizado, não por não ter um conhecimento de mundo, mais sim da maneira que os conteúdos é proposto para o aluno, portanto pesquiso como são as propostas pedagógicas curriculares e prática da Educação de jovens e Adulto , analisando a relação entre o modelo curricular explicitado no PPP da escola e as metodologias aplicadas. É importante ressaltar que os indivíduos estão inseridos em um meio social e cultural, resultado do processo histórico desta sociedade, e que emprega certas características aos seus membros. Jeito de se comportar, vestir, alimentar; Usar óculos; Inventar o avião. Ideia central para a compreensão de suas concepções sobre o desenvolvimento humano como processo sócio histórico. Enfatiza a construção do conhecimento como uma interação mediada por várias relações, pela mediação feita por outros sujeitos. Considerações Gerais Na educação superior houve avanços consideráveis no que se refere à educação superior no Brasil, não mais restrita a um estrato definidamente determinado para o acesso, e que os últimos anos têm sido marcados por intensos debates sobre o sentido e o significado das escolas superiores no sistema educacional brasileiro, com isso observação que é um conjunto de resultados provenientes da educação básica, o que caminha a passos largos, nem sempre por caminho pelo qual deveria ser, porque as vezes ela ocorre por caminhos tortuosos e descontínuos. Diante dos dados obtidos no INEP nos mostra que temos que refletir sobre a atuação do docente, pois muitos alunos tem acesso ao Ensino fundamental, médio e Superior , mas ainda está distante do padrão de qualidade considerável efetivamente o qual necessitamos. Ademais, a expansão do número que escolas de ensino superior demanda um grande esforço no sentido de se estabelecer padrões de funcionamento e investimento, de modo que permaneça assegurada a missão de pesquisa que deve ocorrer no ensino superior, resguardados os preceitos legais, o que implica, sem sombra de dúvidas, na construção de uma identidade pedagógica, administrativa e institucional. Indicadores de desenvolvimento da educação têm grande importância na educação, principalmente quando refletem a eficácia de medidas implantadas, ou apontam para a necessidade de mudança de rumos no que se prática. Portanto há muitos desafios que temos a enfrentar, no entanto já existem sinais que demonstram que avanços também foram conquistados, e que um melhor padrão de qualidade é algo a ser alcançado com políticas educacionais eficazes e contínuas, o que demonstra que a educação está caminhando. Referências Bibliográficas BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 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