CAPÍTULO 6
Mercado de
trabalho
Olivier Blanchard
Macroeconomia
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Macroeconomia, 4/e
Olivier Blanchard
Capítulo 6: Mercado de trabalho
6.1
Um giro pelo mercado de trabalho
A população em idade ativa é o número de
pessoas potencialmente disponíveis para
empregos civis.
A força de trabalho é a soma dos que estão ou
trabalhando ou procurando trabalho.
Aqueles que não estão nem trabalhando nem
procurando trabalho estão fora da força de
trabalho.
A taxa de atividade é a razão entre a força de
trabalho e a população em idade ativa.
A taxa de desemprego é a razão entre o
número de desempregados e a força de
trabalho.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Grandes fluxos de trabalhadores
Figura 6.1
População,
população
economicamente ativa,
emprego e
desemprego
nos Estados
Unidos em 2003
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Grandes fluxos de trabalhadores
Determinada taxa de desemprego pode refletir
duas realidades bastante diferentes:
▪ Pode refletir um mercado de trabalho ativo,
com muitos desligamentos e muitas
admissões, ou
▪ Um mercado de trabalho esclerosado, com
poucos desligamentos, poucas admissões e um
contingente estagnado de desempregados.
A Current Population Survey (CPS) produz dados sobre
emprego, incluindo a movimentação dos trabalhadores.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Grandes fluxos de trabalhadores
Figura 6.2
Fluxos médios mensais entre
emprego, desemprego e população
não economicamente ativa nos
Estados Unidos, 1994-1999
(1) O fluxo de funcionários que
entram e saem do emprego é
muito grande; (2) O fluxo de
entrada e saída do
desemprego é grande em
relação ao número de
desempregados; (3) há
também grande fluxo de
entrada e saída da população
economicamente ativa.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Grandes fluxos de trabalhadores
Pelos dados da CPS concluímos que:
 Os fluxos de funcionários que entram e saem
do emprego são grandes. Os motivos para
esses desligamentos são:
Demissões voluntárias, ou funcionários que
deixam o trabalho em busca de uma
alternativa melhor, e
Suspensões do contrato de trabalho, que
se devem a mudanças nos níveis de
emprego pelas empresas.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Grandes fluxos de trabalhadores
Pelos dados da CPS concluímos que:
 O fluxo de entrada e saída do desemprego é
grande em relação número de
desempregados.
A duração média de desemprego é de três
meses.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Grandes fluxos de trabalhadores
Pelos dados da CPS concluímos que:
 Há grandes fluxos de entrada e saída da
força de trabalho, muitos deles indo e vindo
diretamente de um emprego.
Pessoas desalentadas são classificadas
como ‘fora da força de trabalho’, mas elas
aceitarão um emprego se o encontrarem.
A taxa de não-emprego é a razão entre a
população menos o emprego sobre a
população.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
6.2
Movimentos do desemprego
O alto desemprego faz com que:
 A probabilidade de que um trabalhador
desempegado venha a encontrar emprego
diminua.
 Os trabalhadores empregados corram um
risco maior de perderem o emprego.
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Current Population Survey
Para mais informações sobre a pesquisa CPS,
você pode ir até a página web da CPS
(www.bis.gov/cps/home.htm).
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Movimentos do desemprego
Figura 6.3
Movimentos da
taxa de
desemprego dos
Estados Unidos
desde 1948
Desde 1948, a taxa
média de
desemprego dos
Estados Unidos
flutua entre 3% e
10%.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Movimentos do desemprego
Figura 6.4
Taxa de desemprego
e proporção de
desempregados que
encontram emprego,
1968-1999
Quando o nível de
desemprego é alto, a
proporção de
desempregados que
encontram emprego
é baixa. Observe
que a escala do lado
direito é invertida.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Movimentos do desemprego
Figura 6.5
Taxa de desemprego
e taxa mensal de
desligamento do
emprego, 1968-1999
Quando o
desemprego é alto,
uma proporção mais
alta de trabalhadores
perde seu emprego.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
6.3
Determinação de salários
Negociação coletiva é a negociação entre
empresas e sindicatos.
Entre as forças comuns que atuam na
determinação de salários temos:
 Uma tendência do salário a exceder seu
salário reserva, ou o salário que poderia
tornar os funcionários indiferentes entre
trabalhar ou permanecer desempregados.
 Dependência dos salários das condições do
mercado de trabalho.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Negociação
O tamanho do poder de negociação de um
funcionário depende de dois fatores:
 O quanto custaria para a empresa substituí-lo
se ele deixasse a empresa — a natureza do
emprego.
 A dificuldade que ele teria para encontrar
outro emprego se deixasse a empresa — as
condições do mercado de trabalho.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Salários-eficiência
As teorias do salário-eficiência relacionam a
produtividade ou a eficiência dos trabalhadores ao salário
que recebem.
Essas teorias também sugerem que os salários dependem
tanto da natureza do emprego quanto das condições do
mercado de trabalho:
 Empresas que consideram o ânimo e o compromisso
dos empregados essenciais para a qualidade de seu
trabalho pagarão mais do que as empresas de setores
nos quais as atividades dos funcionários são mais
rotineiras.
 As condições do mercado de trabalho afetarão o
salário.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Henry Ford e os salárioseficiência
Em 1914, Henry Ford decidiu que sua empresa
pagaria a todos os empregados qualificados um
mínimo de US$ 5 ao dia por uma jornada diária
de 8 horas. Embora os efeitos reforcem as
teorias do salário-eficiência, Ford provavelmente
tinha outros objetivos além de aumentar os
salários dos empregados.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Salários, preços e desemprego
W  P e F (u, z)
(  , )
O salário nominal agregado, W, depende de três
fatores:
 O nível esperado de preços, Pe
 A taxa de desemprego, u
 A variável abrangente, z, que representa
todas as outras variáveis que podem afetar o
resultado da fixação dos salários.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Nível esperado de preços
Tanto funcionários como empresas se
preocupam com salários reais (W/P), e não com
salários nominais (W):
 Os funcionários não se preocupam com
quantos dólares (ou reais) recebem, mas
com quantos produtos podem comprar com
esses dólares (ou reais). Eles se preocupam
com o W/P.
 As empresas não se preocupam com os
salários nominais que pagam, mas com os
salários nominais (W) que pagam em
relação ao preço dos bens que elas vendem
(P). Elas também se preocupam com o W/P.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Taxa de desemprego
Outro fator que afeta o salário agregado é a taxa
de desemprego u.
Se pensarmos nos salários como determinados
pela negociação, então um desemprego mais
alto enfraquece o poder de negociação dos
trabalhadores, forçando-os a aceitar salários
mais baixos. Um desemprego mais alto também
permite que as empresas paguem salários mais
baixos e ainda mantenham trabalhadores
dispostos a trabalhar.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Outros fatores
A terceira variável, Z, é uma variável abrangente
que representa todos os fatores que afetam os
salários, dados o nível esperado de preços e a
taxa de desemprego.
O seguro-desemprego é o pagamento de
benefícios aos trabalhadores que perdem o
emprego.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
6.4
Determinação de preços
A função de produção é a relação entre os
insumos utilizados na produção e a quantidade
de produto obtida na produção.
Supondo que as empresas produzam bens
usando o trabalho como único fator de produção,
a função de produção pode ser escrita como:
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Y  AN
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Y = produto
N = emprego
A = produtividade de trabalho ou produto por
trabalhador
Além disso, supondo que um funcionário
produza uma unidade de produto — de forma
que A = 1, então, a função de produção é:
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Y N
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Determinação de preços
As empresas fixam seu preço de acordo com:
P  (1  )W
O termo  é a margem (markup) do preço sobre
o custo de produção. Se os mercados de bens
apresentassem concorrência perfeita,  = 0, e P
= Wµ.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
6.5
Taxa natural de desemprego
Esta seção examina as implicações da
determinação de salários e preços para o
desemprego.
Trabalharemos com a hipótese de que Pe = P e
de que os salários nominais dependam do nível
de preços efetivo, P, em vez do nível esperado
de preços, Pe.
A fixação de salários e a fixação de preços
determinam a taxa de desemprego de equilíbrio.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Relação de fixação de salários
Anteriormente, estabelecemos que a taxa de
salário nominal é determinada da seguinte
forma:
W  P e F (u, z)
(  , )
Agora, já que Pe = P, então:
W  PF (u, z)
Dividindo ambos os lados por P, então:
W
 F ( u, z )
P
(  , )
Relação de fixação
de salários
Essa relação entre o salário real e a taxa de
desemprego é chamada de relação de fixação de
salários.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Relação de fixação de preços
A equação de determinação de preços é:
P  (1  )W
Se dividirmos ambos os lados por W, teremos:
P
 (1   )
W
Para obter o salário real resultante, invertemos
ambos os lados:
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W
1

P (1   )
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Relação de fixação
de preços
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Relação de fixação de preços
Figura 6.6
Salários, preços e a taxa
natural de desemprego
A taxa natural de
desemprego é a taxa de
desemprego tal que o salário
real escolhido na fixação de
salários seja igual ao salário
resultante da fixação de
preços.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Relação de fixação de preços
A relação de fixação de preços é mostrada
como a linha horizontal FP (de fixação de
preços) na Figura 6.6. O salário real resultante
da fixação de preços é igual a 1/(1 = µ); ele não
depende da taxa de desemprego.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Salários reais e desemprego no
equilíbrio
Eliminando W/P entre as relações de fixação de
salário e fixação de preços, podemos obter a
taxa de desemprego de equilíbrio, ou taxa
natural de desemprego, un :
1
F (un , z) 
1 
A taxa de desemprego de equilíbrio (un) é
chamada de taxa natural de desemprego.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Salários reais e desemprego no
equilíbrio
As posições das curvas de fixação de preços e
de fixação de salários e, portanto, a taxa de
desemprego de equilíbrio dependem tanto de z
como de u.
 A dada taxa de desemprego, um segurodesemprego maior leva a um salário real
maior. Uma taxa de desemprego maior é
necessária para trazer o salário real de volta
para o que as empresas estão dispostas a
pagar.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
 Ao deixar que as empresas aumentem
seus preços, dado o salário, o cumprimento
menos rigoroso da legislação antitruste
leva a uma diminuição do salário real.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Salários reais e desemprego no
equilíbrio
Figura 6.7
Seguro-desemprego
e a taxa natural de
desemprego
Um aumento do
seguro-desemprego
leva a um aumento da
taxa natural de
desemprego.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Salários reais e desemprego no
equilíbrio
Figura 6.8
Margens e a taxa
natural de
desemprego
Um aumento das
margens diminui o
salário real e leva a
um aumento da taxa
natural de
desemprego.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Salários reais e desemprego no
equilíbrio
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Como a taxa de desemprego de
equilíbrio reflete a estrutura da
economia, um nome melhor para a
taxa natural de desemprego seria taxa
estrutural de desemprego.
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Do desemprego ao emprego
Relacionado com a taxa natural de desemprego
está o nível natural de emprego.
U L N
N
u

 1
L
L
L
Emprego em termos da força de trabalho e taxa de
desemprego é igual a:
N  L(1  u)
O nível natural de emprego, Nn, é dado por:
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N n  L(1  un )
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Do emprego ao produto
Relacionado com o nível natural de emprego está o nível
natural de produto, (e como Y=N, então,)
Yn  N n  L(1  un )
O nível natural de produto satisfaz à seguinte
equação:
Y 
1

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F  1  n , z 

L  1 
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Capítulo 6: Mercado de trabalho
Palavras-chave
 população em idade ativa,
 força de trabalho; fora da força
de trabalho
 taxa de atividade
 taxa de desemprego
 desligamentos, admissões
 Current Population Survey
(CPS)
 demissões voluntárias
 suspensão dos contratos de
trabalho
 duração do desemprego
 pessoas desalentadas
 taxa de não-emprego
 negociação coletiva
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












salário reserva
poder de negociação
teorias de salário-eficiência
seguro-desemprego
função de produção
produtividade do trabalho
margem (markup)
relação de fixação de salários
relação de fixação de preços
taxa natural de desemprego
taxa estrutural de desemprego
nível natural de emprego
nível natural de produto
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