Bocaina do Sul
SEBRAE
2013
© 2013 SEBRAE/SC
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina.
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autorização prévia por escrito do SEBRAE, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os
meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.
LEVANTAMENTO DE DADOS, CONSULTORIA TÉCNICA E DESIGN GRÁFICO
Foco Opinião e Mercado
S491s
SEBRAE/SC
Panorama para Novas Oportunidades de Negócio: Bocaina do Sul/ SEBRAE/SC._Bocaina do
Sul: SEBRAE/SC, 2013. 64p.
1. Estudos e Pesquisas. 2. SEBRAE. I. Cândido, Marcondes da Silva. II. Ferreira, Cláudio. III.
Brito, Ricardo Monguilhott. IV. Zanuzzi, Fábio Burigo V. Pirmann, Celso Orlando.
CDU : 338 (816.4 Bocaina do Sul)
GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
Lucia Gomes Vieira Dellagnelo - Secretária de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável
Almir Hamad - Diretor de Desenvolvimento Econômico
Márcia Helena Alves - Gerente de Desenvolvimento Econômico Sustentável
CONSELHO DELIBERATIVO DO SEBRAE/SC
Alcantaro Corrêa - Presidente do Conselho Deliberativo
Sérgio Alexandre Medeiros - Vice-Presidente do Conselho Deliberativo
ENTIDADES
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina – FAESC
Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina – FAMPESC
Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC
Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina – FCDL
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC
Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina – FECOMÉRCIO
Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina – BADESC
Banco do Brasil S.A. – BB
Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE
Caixa Econômica Federal – CAIXA
Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras – CERTI
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável – SDS
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI/DR-SC
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
DIRETORIA EXECUTIVA DO SEBRAE/SC
Carlos Guilherme Zigelli - Diretor Superintendente
Anacleto Angelo Ortigara - Diretor Técnico
Sérgio Fernandes Cardoso - Diretor Administrativo Financeiro
ORGANIZAÇÃO
Ricardo Monguilhott de Brito - Gerente da Unidade de Atendimento Coletivo - UAC
Marcondes da Silva Cândido - Gerente da Unidade de Gestão Estratégica - UGE
Fábio Burigo Zanuzzi - Coordenador do Núcleo de Agronegócios e Desenvolvimento Territorial - UAC
Cláudio Ferreira - Analista Técnico – UGE
Celso Orlando Pirmann – Analista Técnico – UGE
O estado de Santa Catarina possui um perfil diversificado: uma agricultura forte, baseada em
minifúndios rurais, dividindo espaço com um parque industrial atuante, considerado o quarto maior do país.
Indústrias de grande porte e milhares de pequenas empresas espalham-se, fazendo do estado de Santa
Catarina a sétima maior economia brasileira pelo tamanho de seu Produto Interno Bruto.
O dinamismo da economia catarinense reflete-se em índices elevados de crescimento,
alfabetização, emprego e renda per capita, significativamente superiores à média nacional, garantindo
uma melhor qualidade de vida aos que aqui vivem, mas com contrastes quanto ao desenvolvimento
socioeconômico de seus municípios.
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
Estamos num momento de incertezas na economia global e o mercado local já não apresenta
os mesmos índices de crescimento de anos anteriores, o que afeta economias industrializadas como a
nossa. Por outro lado, a indústria catarinense atingiu um padrão de categoria mundial, o que permite integrar
fortemente as novas cadeias produtivas globais que se organizaram. No entanto, a competitividade atingida
pelas grandes indústrias não é suficiente para garantir que novos desafios sejam superados; é preciso
que, além da melhoria do ambiente econômico, exista um tratamento diferenciado às pequenas indústrias
para que melhorem o desempenho operacional e acompanhem as grandes empresas neste processo de
expansão da economia catarinense.
Como resposta a esse cenário, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico
Sustentável – SDS e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina – SEBRAE/
SC desenvolveram, e estão implantando, o Programa Nova Economia @ SC - Programa de Revitalização
da Economia Catarinense na forma de quatro projetos distintos e complementares, que interagem entre si
de forma sistêmica, sendo composto pelos seguintes projetos:
Projeto Juro Zero – Microcrédito
Projeto Polos Setoriais Industriais já Existentes
Projeto Polos Multi - Setoriais em Áreas de Baixo Desenvolvimento Econômico
Projeto Polos Setoriais Ligados à Economia Verde
O estudo “Panorama para Novas Oportunidades em Bocaina do Sul”, ora apresentado, vêm
atender ao Projeto Polos Multi - Setoriais em Áreas de Baixo Desenvolvimento Econômico, que visa
à preparação de um ambiente que proporcione o desenvolvimento socioeconômico dos territórios que
apresentam baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) de SC, por meio do estímulo e incentivo
à criação e ao desenvolvimento de pequenos negócios, das competências e habilidades empresariais,
mediante a participação da comunidade local e a articulação de parcerias institucionais públicas e
privadas.
Para atender, em parte, a essas necessidades, esta publicação aponta a percepção da comunidade
local sobre o desenvolvimento econômico do município quanto às oportunidades e mesmo suas ameaças.
Dessa forma será possível conhecer o cenário de atuação que se deseja transformar, contribuindo com
todos os agentes indutores de desenvolvimento local interessados em investir no município de Bocaina do
Sul.
LUCIA GOMES VIEIRA DELLAGNELO
Secretária de Estado do
Desenvolvimento Econômico
Sustentável - SDS
CARLOS GUILHERME ZIGELLI
Diretor Superintendente
do SEBRAE/SC
3
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO3
1 O PROGRAMA NOVA ECONOMIA@SC
5
2 NOTAS METODOLÓGICAS
6
2.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS
7
3 ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO
9
3.1 LOCALIZAÇÃO
9
3.2 POPULAÇÃO
10
3.3 DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL
11
3.4 ECONOMIA E MERCADO
13
4 MERCADO LOCAL
17
4.1 PONTOS FORTES DA ECONOMIA LOCAL
19
4.1.1 O AGRONEGÓCIO
19
4.1.2 A INDÚSTRIA
20
4.1.3 O COMÉRCIO
21
4.1.4 OS SERVIÇOS
22
4.2 O HUMOR DO EMPRESÁRIO
23
4.2.1 A VISÃO PESSIMISTA
23
4.2.2 A VISÃO OTIMISTA
24
5 CARÊNCIAS E DEMANDAS
26
5.1 CARÊNCIAS NA INDÚSTRIA
26
5.2 CARÊNCIAS NO COMÉRCIO
28
5.3 CARÊNCIAS NOS SERVIÇOS
30
5.4 CARÊNCIAS NO AGRONEGÓCIO
33
5.5 IMPEDIMENTOS AO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS NEGÓCIOS
35
6 FORÇAS E FRAQUEZAS
39
7 EIXOS COM POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO
41
7.1 A VOCAÇÃO DO MUNICÍPIO
41
7.2 EIXOS DE DESENVOLVIMENTO NOS SETORES
42
8 OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS POR SETOR E ATIVIDADE
44
9 PASSO A PASSO PARA ABERTURA DE UM NEGÓCIO
48
9.1ETAPA 1: IDENTIFICANDO UMA BOA IDEIA DE NEGÓCIO
48
9.1.1 AVALIANDO OS RESULTADOS
50
9.2 ETAPA 2: VERIFICANDO A VIABILIDADE DO NEGÓCIO
50
9.2.1 COLETA DE DADOS
50
9.2.2 ELABORAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS
52
9.3 ETAPA 3: FORMALIZANDO O NEGÓCIO
52
9.3.1 PASSO 1: ORIENTAÇÃO EMPRESARIAL
53
9.3.2 PASSO 2: CONSULTA PRÉVIA DO LOCAL
53
9.3.3 PASSO 3: BUSCA PRÉVIA PELO NOME DA EMPRESA
53
9.3.4 PASSO 4: CADASTRO SINCRONIZADO NACIONAL
53
9.3.5 PASSO 5: LICENÇAS DE FUNCIONAMENTO
53
ANEXO 1 - PERFIL DOS ENTREVISTADOS
55
LISTA DE TABELAS
57
LISTA DE FIGURAS
58
LISTA DE GRÁFICOS
59
O Programa Nova Economia@SC é uma parceria do SEBRAE/SC com o Governo
do Estado de Santa Catarina, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico
Sustentável - SDS, que visa aumentar a competitividade da economia catarinense. O programa é
composto por quatro projetos: a) Juro Zero (microcrédito), b) Polos Setoriais Ligados à Economia
Verde, c) Polos Multisetoriais em Áreas de Baixo Desenvolvimento Econômico (IDH) e d) Polos
Setoriais Industriais Existentes.
O projeto de Polos Multisetoriais em Áreas de Baixo Desenvolvimento Econômico
busca preparar um ambiente favorável ao desenvolvimento dos municípios catarinenses,
preferencialmente os de menor densidade econômica, por intermédio do estímulo e incentivo à
criação e sustentabilidade dos pequenos negócios, com a participação da comunidade local e
mediante a articulação de parcerias institucionais públicas e privadas. O projeto prevê a realização
de diversas ações, demonstradas no fluxograma a seguir.
SENSIBILIZAÇÃO
/ ADESÃO LEVANTAMENTO DADOS SECUNDÁRIOS LEVANTAMENTO DAS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS ELABORAÇÃO DO PLAN. DESENVOLVIMENTO ATENDIMENTO INDIVIDUAL AVALIAÇÃO FINAL ATENDIMENTO COLETIVO PLANOS DE AÇÃO COM BASE NO EIXO ECONÔMICO IMPLEMENTAÇÃO LEI GERAL INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE: econômicos, sociais e ambientais Para alimentar e direcionar as ações a serem desenvolvidas pelo SEBRAE/SC nestes
municípios, fez-se necessário conhecer a realidade local, suas demandas e suas oportunidades.
Neste sentido foi realizado, entre outros estudos, o estudo “Levantamento das Oportunidades de
Negócio”, do qual trata este documento.
5
NOVA ECONOMIA
1 O PROGRAMA NOVA ECONOMIA@SC
O objetivo geral do “Levantamento das Oportunidades de Negócio”, é sugerir possíveis
investimentos no território, através da leitura e da análise dos seus aspectos potenciais e limitativos
e pela identificação dos seus vazios econômicos.
Nesse contexto, os objetivos específicos são os seguintes:
• Apresentar um panorama das condições demográficas, sociais, empresariais e
econômicas do município de Bocaina do Sul;
• Analisar os aspectos relativos à dinâmica do mercado local, tanto pelo
prisma da oferta como pelo da demanda;
• Avaliar os vazios econômicos existentes (inexistência ou possibilidade de
complementaridade de negócios);
• Identificar se há empresas instaladas ou em instalação, indutoras de demandas
diretas ou indiretas que impactem significativamente no município;
• Verificar as disponibilidades de matérias-primas e suas possibilidades de
beneficiamento;
• Averiguar a disponibilidade de mão de obra local e sua qualificação;
• Definir eixos de desenvolvimento com potencial no território, bem como, oportunidades
por atividades que possibilitem a expansão ou abertura de novos negócios.
Cabe ressaltar, que as sugestões apontadas nesse estudo, requerem, anteriormente
a decisão de investir, um aprofundamento da investigação para determinação da
viabilidade econômico financeira.
2 NOTAS METODOLÓGICAS
O estudo foi realizado através do levantamento de dados primários e secundários.
Os dados secundários são oriundos da sistematização de informações disponibilizadas
por fontes fidedignas e de acesso público junto a órgãos especializados, como IBGE, o próprio
SEBRAE/SC e diversas fontes oficiais.
Já os dados primários foram obtidos por “pesquisa de caráter qualitativo”, realizada por
levantamento amostral, sendo a coleta executada através de entrevistas pessoais em profundidade
e gravadas.
A amostra foi integrada por representantes de diferentes segmentos da população
ou áreas de atuação no município, isto é, pelo poder público municipal, por empresas privadas
(indústria, comércio, serviços), por representantes do setor de agronegócios, por associações ou
entidades organizadas, pela população local e por visitantes.
6
Por se tratar de uma pesquisa em profundidade, que visa reduzir a incerteza a
respeito dos seus objetivos, foi de fundamental importância que os entrevistados selecionados
se caracterizassem como essenciais para o esclarecimento do assunto. Por conta disto, para a
realização deste estudo, adotou-se uma amostragem não probabilística e a seleção dos sujeitos
levou em consideração os critérios de acessibilidade e intencionalidade (neste caso consideradas
as lideranças dos segmentos supracitados). Além disso, a escolha dos mesmos utilizou o estudo
dos dados secundários, que apontou quais os setores têm maior representatividade local, as
sugestões dos colaboradores do SEBRAE/SC e a indicação de lideranças da cidade, totalizando
assim, 37 (trinta e sete) entrevistas.
A coleta de dados ocorreu no período de 14 a 17 de maio de 2013.
2.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Para exemplificar a análise realizada, o texto é ilustrado com falas dos entrevistados,
as quais estão reproduzidas de maneira fidedigna, de forma a não comprometer a interpretação
e credibilidade das informações obtidas nos dados, levando em consideração que a natureza
da pesquisa é qualitativa. As falas omitidas são representadas pelo símbolo [...], quando
estas estão no meio da conversação, e por reticências tanto no inicio quanto no final da fala
representam que há informação apenas antes ou depois do ponto de referência.
Os percentuais referentes às respostas da pesquisa não podem ser inferidos para o
município de Bocaina do Sul e não possuem embasamento estatístico. Trata-se de pesquisa
qualitativa e as distribuições de frequência representam as respostas, apenas, dos entrevistados
na pesquisa.
Os dados oficiais do município, apresentados nos capítulos 3 e 4 deste documento estão
baseados em fontes oficiais e referem-se a dados formais, de modo que empresas, empregos,
atividades econômicas e outras informações de natureza informal não são contabilizadas.
Os resultados da pesquisa estão dispostos em 7 (sete) capítulos, são eles:
•
•
•
•
•
•
•
Aspectos gerais do município;
Mercado local;
Carências e demandas;
Forças e fraquezas;
Eixos com potencial de desenvolvimento;
Matriz de Oportunidades de Negócios por setor e atividade;
Passo a passo para a abertura de um negócio.
7
ASPECTOS GERAIS
DO MUNICÍPIO
Este capítulo apresenta um panorama populacional, social e econômico do município,
baseado em dados secundários extraídos de fontes de consulta pública.
A íntegra de dados oficiais a respeito do município pode ser encontrada na publicação Santa
Catarina em Números.
8
3.1 LOCALIZAÇÃO
O município de Bocaina do Sul está localizado na Região Serrana do Estado de Santa Catarina,
distante 181 km da capital. Possui área de 513 km² e altitude de 860 m acima do nível do mar.
Figura 1 – Localização do município, em 2013
Fonte: Mapa Interativo de Santa Catarina. CIASC, 2013
Figura 2 – Mapa do município, em 2013
Fonte: Mapa Interativo de Santa Catarina. CIASC, 2013
9
ASPECTOS GERAIS
3 ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO
3.2 POPULAÇÃO
Fundado em 16 de julho de 1994, o município
de Bocaina do Sul foi colonizado predominantemente
pelos alemães. Segundo dados do Censo do IBGE, a
população totalizou 3.290 habitantes no ano de 2010. O
crescimento populacional registrou taxa positiva de 1,04%
ao ano desde o último censo (ano 2000), e a densidade
demográfica era de 6,4 habitantes/km2 em 2010.
Tabela 1 - População e taxa de crescimento, em Bocaina do Sul, no período de 1980 a 2010
Ano
População
2010
2000
1991
1980
3.290
2.980
---
Taxa de
crescimento
anual*
1,04%
Densidade
demográfica
6,0
6,4
---
*Taxa de Crescimento calculada entre os anos de 2000 e 2010
Na distribuição populacional por gênero, segundo dados do IBGE extraídos do Censo
Populacional 2010, os homens totalizavam 51,67% e as mulheres somavam 48,33%. A maioria da
população era rural, representando 70,6% do total.
Tabela 2 - Participacão relativa da população residente por localização do domicílio e gênero, em Bocaina do Sul, no período
1980 a 2010
Ano
2010
2000
1991
1980
Gênero
Homens
Mulheres
1.700
1.590
1.580
1.400
-
Localidade
Urbana
Rural
967
2.323
415
2.565
-
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
10
3.3 DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL
O Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH), segundo o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), é uma medida resumida do
progresso em longo prazo, em três dimensões básicas do
desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. O IDH
Municipal (IDH-M) de Bocaina do Sul, no ano de 2010, era
de 0,647, posicionando o município na 287ª colocação em
relação ao estado, valor 16,4% menor que o índice de Santa
Catarina e 11,0% menor que o índice brasileiro no mesmo
ano.
Tabela 3 - Índice de Desenvolvimento Humano no período de 1970 a 2010
0,648
0,716
0,647
IDH
Estadual
0,477
0,734
0,785
0,822
0,774
IDH
Nacional
0,482
0,685
0,742
0,766
0,727
-0,15%
62,26%
50,83%
Ano
Educação
Longevidade
Renda
IDH Municipal
1970
1980
1991
2000
2010
Evolução
1970/2010
0,715
0,793
0,549
0,707
0,733
0,768
0,522
0,621
0,642
-23,22%
8,63%
22,99%
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
Segundo o IPEA, o Índice de GINI é um instrumento para medir o grau de concentração
de renda, apontando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos.
Numericamente, varia de zero a um, no qual o valor zero representa a situação de igualdade, ou
seja, todos têm a mesma renda, restando o valor um no extremo oposto, ou, seja uma só pessoa
detém toda a riqueza. O município de Bocaina do Sul registrou
Gráfico 1 - Coeficiente de Gini
coeficiente de Gini de 0,417 em 2010,
indicando renda menos concentrada
do que a do Estado de Santa Catarina
0,52
0,44
(Coeficiente de Gini de Santa Catarina
0,42
era igual a 0,44) e, igualmente, menos
concentrada que a verificada em níveis
nacionais (Coeficiente de Gini do Brasil
era igual a 0,52 no mesmo ano).
Bocaina do Sul
Santa Catarina
Brasil
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
11
Segundo os dados do Censo 2010, o Município de Bocaina do Sul possuía a incidência
de 2,5% da população com renda familiar per capita de até R$ 70,00, 13,9% com renda familiar
per capita de até 1/2 salário mínimo e 44,4% da população com renda familiar per capita de até 1/4
salário mínimo. Desta forma, em Bocaina do Sul, 60,8% das famílias possuíam renda mensal de
até ½ salário mínimo. A figura a seguir demonstra um panorama dos municípios catarinenses frente
à incidência da extrema pobreza, ou seja, com renda familiar per capita de até R$ 70,00.
Figura 3 - Mapa de extrema pobreza e desigualdade dos municípios catarinenses, em 2010
Fonte: Elaborado pelo SEBRAE com base nos dados do Censo Demográfico IBGE - 2010
12
3.4 ECONOMIA E MERCADO
O PIB catarinense atingiu o montante
de R$129,8 bilhões em 2009, assegurando ao
Estado a manutenção da 8ª posição relativa no
ranking nacional, de acordo com dados do IBGE
e da Secretaria de Estado do Planejamento de
Santa Catarina.
No mesmo ano, Bocaina do Sul aparece
na 229ª posição do ranking estadual, respondendo
por 0,04% da composição do PIB catarinense. O
município de Bocaina do Sul, em 2009, possuía
um PIB per capita da ordem de R$ 15.367,37,
colocando-o na 139ª posição do ranking estadual.
No período de 2002 a 2009, o PIB per capita do
município apresentou evolução de 52,27% contra
110,42% da média catarinense.1
Tabela 4 - Produto interno bruto de Bocaina do Sul e PIB per capita no período de 2002 a 2009
PIB (em milhões
Período
de reais) de
Bocaina do Sul
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Evolução
2002/2009
30,1
30,8
27,6
31,1
31,9
36,1
39,6
48,1
59,71%
Posição Estadual
193ª
219ª
237ª
234ª
228ª
231ª
244ª
229ª
Regrediu 36
posições
PIB per capita (R$)
Bocaina do Sul
Posição Estadual
10.092,13
9.779,33
8.806,78
9.965,08
10.083,11
11.846,72
12.633,80
15.367,37
54ª
103ª
190ª
158ª
157ª
135ª
186ª
139ª
52,27%
Regrediu 85 posições
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
13
Com relação à renda média familiar, em 2010, as famílias do município registraram
rendimento de R$ 1.352,42/mês, 43,7% abaixo do total registrado junto às famílias catarinenses.
Considerando a evolução dos últimos 10 anos, Bocaina do Sul regrediu 212 posições no ranking
estadual.
Tabela 5 - Rendimento Familiar Médio e posição do Município no Estado, em 2000 e 2010
Ano
Bocaina do Sul
(R$/mês)
2000
2010
1.049,40
1.352,40
Santa Catarina
(R$/mês)
1.205,90
2.400,70
Posição do
município no
Estado
76ª
288ª
Fonte: Instituto Brasielro de Geografia e Estatística (IBGE), 2010
O valor médio de salários praticados no município de Bocaina do Sul, em 2011, foi 39%
menor que a média praticada em Santa Catarina e 46% menor que a média do Brasil para o mesmo
ano.
Tabela 6 - Salários Médios em Bocaina do Sul, Santa Catarina, no período de 2007 a 2011
Ano
2007
2008
2009
2010
2011
Bocaina do Sul
(R$/mês)
635,03
663,74
784,74
972,37
988,18
Santa Catarina
Brasil (R$/mês)
(R$/mês)
1.149,24
1.301,87
1.253,73
1.436,70
1.344,33
1.535,74
1.485,66
1.674,99
1.620,42
1.827,45
Fonte: MTE, Relação Anual de Informações Sociais, 2010
Em 2010, o consumo per capita anual de R$ 5.142,01 por habitante posicionou Bocaina
do Sul 60,8% abaixo do consumo per capita do Estado de Santa Catarina e 60,4% abaixo do
desempenho de consumo per capita do Brasil. Além disso, enquanto o consumo per capita urbano
do município em 2010 foi de R$ 8.733,86, o rural ficou 58% abaixo.
Gráfico 2 - Consumo per capita R$/ano por habitante em Bocaina do Sul, Santa Catarina e Brasil, em 2010
13.124,79
12.978,54
9.325,88
5.142,01
Bocaina do Sul
Região Serrana
Santa Catarina
Brasil
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
14
Avaliando o perfil dos domicílios no município sob o aspecto de rendimento financeiro,
Bocaina do Sul possuía, em 2011, o maior número de domicílios urbanos com rendimentos
na classe C2, contabilizando todas as residências, e o menor número na classe A1, conforme
apresenta a tabela a seguir.
Tabela 7 - Número de domicílios urbanos por classe economica em Bocaina do Sul e Santa Catarina, em 2010
Classes
A1
A2
B1
B2
C1
C2
D
E
Valor de referência
(R$)
14.250
7.557
3.944
2.256
1.318
861
549
329
Bocaína do Sul
Santa Catarina
0%
1,28%
4,15%
11,18%
24,92%
34,82%
23,00%
0,64%
0,6%
4,0%
11,7%
24,3%
27,2%
19,1%
12,6%
0,6%
Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do IPC-MAPS, 2011
15
MERCADO LOCAL
Este capítulo apresenta um panorama do mercado local baseado em dados secundários
a respeito das empresas, empregos e atividades econômicas desenvolvidas no município.
Além disso, apresenta os pontos fortes da economia local e o humor do empresário
baseado nos resultados apurados das entrevistas realizadas com o empresariado e lideranças
locais.
16
MERCADO LOCAL
4 MERCADO LOCAL
Segundo dados do Ministério do Trabalho
e Emprego, no ano de 2011, Santa Catarina
possuía um total de 403.949 empresas formalmente
estabelecidas. Estas empresas, tomando como
referência o mês de dezembro de 2011, foram
responsáveis por 2.061.577 empregos com carteira
assinada.
Em Bocaina do Sul, existiam no mesmo
ano 97 empresas formais, as quais geraram
340 postos de trabalho com carteira assinada.
Considerando a evolução ao longo do período
de 2008 a 2011, entretanto, a taxa absoluta de
criação de empresas no município foi negativa
em -2,02% e a de empregos positiva em 11,48%.
Gráfico 3 - Número de taxa de criação de empregos e empresas formais em Bocaina do Sul
Número
Taxa acumulada de criação no período de
2008 a 2011
Empresas
Empresas
EMPRESAS
Empresas
Empresas
15,77%
10,39%
86
122
99
84
106
4,12%
97
-2,02%
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Bocaina do
Sul
Região
Serrana
Empregos
Santa
Catarina
Brasil
Empregos
EMPREGOS
Empregos
276
290
305
304
301
Empregos
340
15,98%
11,48%
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Bocaina do
Sul
18,87%
12,75%
Região
Serrana
Santa
Catarina
Brasil
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
17
No que se refere ao recorte setorial em 2011, o setor terciário (serviços) era o mais
representativo em número de empresas, assim como na geração de empregos.
Gráfico 4 - Número de empresas e empregos formais de Bocaina do Sul, segundo o setor, em 2011
Empresas
Empregos
237
38
26
25
43
8
Primário
Secundário
Terciário Comércio
Terciário Serviços
Primário
25
35
Secundário
Terciário Comércio
Terciário Serviços
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
A tabela a seguir apresenta o número de empresas e empregos de Bocaina do Sul,
organizadas segundo seções da CNAE e o seu respectivo porte, tomando por referência o ano de
2011.
Tabela 8 - Número de empresas e empregos de Bocaina do Sul, em 2011
Empresas
Seção de Atividade Econômica segundo classificação CNAE – versão 2.0
Empregos
Número
Part. (%)
Número
Part. (%)
25
25,77
43
12,65
Indústrias extrativas
-
-
-
-
Seção C
Indústrias da transformação
8
8,25
25
7,35
Seção D
Eletricidade e gás
-
-
-
-
Seção E
Água, esgoto, atividades de descontaminação de resíduos
-
-
-
-
Seção F
Construção
-
-
-
-
Seção G
Comércio; reparação de veículos automotores e bicicletas
26
26,8
35
10,29
Seção H
Transporte, armazenagem e correio
5
5,15
4
1,18
Seção I
Hospedagem e alimentação
10
10,31
10
2,94
Seção J
Informação e comunicação
-
-
-
-
Seção K
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
-
-
-
-
Seção L
Atividades imobiliárias
-
-
-
-
Seção M
Atividades profissionais, científicas e técnicas
1
1,03
-
-
Seção N
Atividades administrativas e serviços complementares
3
3,09
4
1,18
Seção O
Administração pública, defesa e seguridade social
2
2,06
176
51,76
Seção P
Educação
-
-
-
-
Seção Q
Saúde humana e serviços sociais
2
2,06
30
8,82
Seção R
Artes, cultura, esporte e recreação
Seção S
Outras atividades de serviços
Seção T
Seção U
Seção A
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Seção B
1
1,03
-
-
14
14,43
13
3,82
Serviços domésticos
-
-
-
-
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
-
-
-
-
97
100
340
100
Total
Fonte: Santa Catarina em Números, SEBRAE - SC, 2013
18
4.1 PONTOS FORTES DA ECONOMIA LOCAL
A economia do município de Bocaina do Sul é movida pelo agronegócio,
correspondendo a 52,9%, segundo opinião da grande maioria do empresariado e lideranças
locais. A indústria aparece em segundo plano, citada por 35,3%, já o comércio foi citado por
20,6% e os serviços foram mencionados por apenas 8,8% dos consultados.
Tabela 9 - Setor da Economia
Setor
Agronegócio
Indústria
Comércio
Serviços
Frequência de menções
52,9%
35,3%
20,6%
8,8%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
4.1.1 O AGRONEGÓCIO
Entre as atividades mencionadas como destaque no agronegócio aparecem a pecuária
(41,2% dos casos), o cultivo de soja e a madeira (20,6%) e a agricultura corresponde a 17,6%.
Outros pontos foram levantados como fortes, mas com o percentual baixo, como: produção de mel,
plantio de fumo, cultivo de milho, piscicultura, plantio de pinos, plantação de girassol, produção de
leite e cultivo de feijão.
Tabela 10 - atividades dentro do setor agronegócio
Setor
Agronegócio
Atividades
52,9%
Pecuária
Cultivo de soja
Madeira
Agricultura
Produção de mel
Plantio de fumo
Cultivo de milho
Piscicultura
Plantio de pinos
Plantação de girassol
Produção de leite
Cultivo de feijão
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
Frequência de
menções
41,2%
20,6%
20,6%
17,6%
11,8%
11,8%
8,8%
8,8%
5,9%
5,9%
5,9%
2,9%
Segundo o empresariado local, a pecuária é ponto forte, levando em consideração
que a economia do município é focada no interior.
“Eu acho que é o agronegócio [...] Porque no município é mais focado para o interior não é
[...]É agricultura, pecuária.”
A produção de mel é vista como atividade promissora, que movimentaria não apenas
o setor do agronegócio, mas o da indústria, através do beneficiamento do produto, como a
industrialização, mas isso não ocorre hoje no município, o produto é vendido in natura.
19
“É que o nosso produtor venha agregar mais valor ao seu produto, é porque eles basicamente
vende matéria prima e isso traz pouco retorno para ele [...]e num entreposto de mel, que a
gente está ativando agora, então o produtor vai poder industrializar o seu mel, produzir aqui
em sache, ou embalar em pote de dois quilos, um quilo, tem várias formas de embalar esse
produto.”
“Daí tem o vime, mel, fumo eu acredito, tem, mas parou um pouco, mas acho que tem.”
“Questão de mel, o mel que é produzido aqui, ele não é embalado aqui, então...”
Outras atividades são citadas, porém com menor expressão, mas cabe ressaltar
que alguns dos entrevistados acreditam que a produção do girassol vai gerar renda para o
município, desde que haja mais investimento.
“...nós temos um produto novo no município, já há 3 anos aí, agora fomos para a quarta safra,
que é o girassol...”
“...então o girassol veio a calhar de ser, nesse setor, nós temos uma máquina que foi adquirida
pela Prefeitura em parceria como Governo do Estado, onde essa máquina extrai o óleo
desse girassol produzido aqui.”
“O girassol eu não tenho conhecimento específico, mas pelo que estou sabendo, pelo girassol
está muito pouco investido.”
4.1.2 A INDÚSTRIA
A indústria, mencionada por 35,3% dos consultados, está ligada ao setor madeireiro,
correspondendo 35,3%. As fábricas de vime e de telhas ecológicas também foram apontadas
como pontos fortes do município. Um pequeno percentual 8,8% destacou a empresa de
embalagens de caixa de leite.
Tabela 11 - Atividades dentro do setor indústria
Setor
Indústria
Frequência de
menções
35,3%
Atividades
Madeira e laminados
Fábrica de vime
Fábrica de telhas ecológicas
Empresa de embalagens de caixa
de leite (reciclagem)
Frequência de
menções
35,3%
23,5%
20,6%
8,8%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
“A madeira. O setor madeireiro ainda é o mais forte.”
“É a tiragem de madeira, plantio de pinus e a Prefeitura, serviço aqui é.”
A fábrica de vime é mencionada por 23,5% dos entrevistados como ponto forte na
cidade. Entretanto, apontam que o vime, produzido no município, precisa agregar valor, ou
seja, ser industrializado, pois hoje é levado in natura para outras localidades. Concentrando o
comércio em apenas uma fábrica.
“Porque nós temos produção de artesanato de vime e tal, na verde o vime hoje, saia à maioria
da matéria prima em todo... como é que vou dizer? Sem ser industrializado e tem cidades,
vamos supor, que nem Rio dos Cedros...”
“Hoje que eu vejo, é questão do vime, que hoje ele está sendo pego aqui e levado para ser
beneficiado no Rio Grande do Sul, então hoje eu acredito que seria uma coisa que teria que
ser beneficiado dentro do próprio município.”
20
Outra atividade, como ponto forte, apontada por 20,6% dos consultados foi a fábrica
de telhas ecológicas.
“Indústria, nós temos hoje uma fábrica, não é, que ela ocupa material reciclável para fazer
telhas de casa, então é uma coisa bem positiva, é um fator positivo para o nosso município
e também e outras cidades, não é, se ocupa o lixo para renovar, e eu acho que hoje é isso.”
“É de telhas e essa é a única que existe que é indústria mesmo que produz, que pega matéria
prima virgem lá e dá, faz o acabamento final, é de telhas ecológicas.”
Com pouca expressividade (8,8%) a empresa de embalagens de caixa de leite
(reciclagem) foi apontada como ponto forte no município.
“Fábrica Eternit baseados na matéria prima, aquelas caixas de leite.”
4.1.3 O COMÉRCIO
O comércio foi mencionado como ponto forte da economia local por apenas 20,6% dos
consultados, pois as atividades que mais se destacam neste setor são àquelas que atendem as
necessidades básicas (alimentação e confecção). De acordo com os pesquisados não há comércios
de grande porte, dessa forma, os consumidores acabam comprando em outros centros, diminuindo
a arrecadação do município.
“Então o mercado, eu acho que é uma, tem bem mais demanda do que procura, eu vi isso no
município, tem um incentivo na Prefeitura, do poder público mesmo, eu digo, fazendo parte
disso para que a arrecadação do município aumente aqui, porque hoje a gente tem, são
mercados de pequeno porte, micro empresas. Então o que o consumidor não acha aqui, ele
acaba procurando em centros maiores, nessas cidades maiores, o que acaba diminuindo a
arrecadação do município.”
“Seriam os mercados, do comércio é o mercado, eu acho a parte, tem quatro lojas, eu acho.”
Apesar das dificuldades encontradas no município, como a falta de grandes comércios,
citam o artesanato como uma atividade que se desenvolveu no município, mas ainda é necessário
valorizar mais o produto e a atividade no município.
“Tem o artesanato de vime.”
“ Bom, estamos falando da questão madeira, vime, principalmente vime que nós temos,
vime só produz no Brasil, e aqui na nossa região no Vale do Rio Canoas e basicamente a
nossa produção de vime é vendida in natura, para municípios como Garuva, Rio dos Cedros,
municípios do nordeste...”
“...onde eles transformam o nosso vime em artesanato e cestaria e acabam, triplicando ou
mais vezes o valor do que eles compram e nós acabamos perdendo aqui...”
Tabela 12 - Atividades dentro do setor comércio
Setor
Comércio
Frequência de
menções
20,6%
Atividades
Supermercados
Lojas de roupas
Lojas de artesanatos de vime
Farmácia
Frequência de
menções
20,6%
20,6%
11,8%
5,9%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
21
4.1.4 OS SERVIÇOS
Assim como o comércio o serviço também foi mencionado por apenas (8,8%) dos
entrevistados como ponto forte da economia de Bocaina do Sul, destacando as atividades
relacionadas à madeira.
Tabela 13 - Atividades dentro do setor Serviço
Setor
Serviços
Frequência
de menções
8,8%
Atividades
Transporte de madeira
Extração da madeira
Plantio de pinus
Auto posto/borracharia
Hospital de dependentes químicos
Restaurantes
Na área da saúde (médicos,
dentistas)
Frequência de
menções
8,8%
5,9%
5,9%
5,9%
2,9%
2,9%
2,9%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
“Que mais direcionado nessa parte de madeiras, extração de madeira e tem alguma coisa
assim.”
“Nesse caso madeira também, porque tem bastante serviço na madeira, tanto quanto serviço
nas Serrarias, serviço na extração da madeira.”
Em síntese, a mola propulsora da economia do município é a pecuária, ficando a agricultura
em segundo lugar, conforme mencionado acima. Os demais setores da cidade movimentam-se em
função da atividade do agronegócio e da indústria:
a) Os serviços mencionam as atividades relacionadas à madeira (plantio, extração e
transporte);
b) O comércio, que na visão dos entrevistados movimenta-se através das necessidades
básicas (mercados e lojas);
c) A indústria, que tem pequena expressão, relaciona-se com o beneficiamento da
madeira.
22
4.2 O HUMOR DO EMPRESÁRIO
Para avaliar o humor do empresário de Bocaina do Sul questionou-se qual sua visão
sobre a situação do município, se está em crescimento, estagnado ou em declínio. O empresariado
mostrou-se animado em relação à situação atual de desenvolvimento, 79,4% declararam que está
em crescimento e 20,6% acreditam que está em movimento declinatório ou estagnado, conforme
apresentado no quadro a seguir:
Tabela 14 - Situação atual do município de Bocaina do Sul
Opção
O município está em crescimento
O município está estagnado
O município está em declínio
Frequência de
menções
79,4%
17,6%
2,9%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
Nas seções 4.2.1 e 4.2.2 são apresentadas a visão dos empresários, isto é, a visão
pessimista, os que consideram o município estagnado ou em declínio e a visão otimista, os que
consideram o município em crescimento.
4.2.1 A VISÃO PESSIMISTA
Em relação à estagnação há um posicionamento negativo que perpassa, principalmente,
pela falta de apoio/investimento do poder público para buscar recursos para o desenvolvimento do
município. “Eu acho que por causa da renda do município, que não é favorável, o governo não dá um
apoio moral, não é.”
“Eu acredito que seja, na verdade quando uma coisa está meio parada, a culpa de quem é?
A administração pública que talvez esteja meio lenta.”
Outro fator que se destaca nesta visão é a falta de investimento na indústria pelos
proprietários, assim como no setor do agronegócio à ausência de industrialização dos produtos.
“Porque ainda tem aquela mentalidade, que tudo que sai do bolso é prejuízo e tudo que
entra no bolso é lucro, não se pensa em investimento, tanto é que hoje, veio gente de Lages
me visitar, porque eu tenho irrigação, vieram ver irrigação porque isso aqui, por aqui isso é
novidade, não é barato, mas é um investimento.”
“Na verdade, o nosso município é produtor e não tem nada industrializado aqui, tudo sai, sem
ser industrializado e então ele está indo em busca da industrialização.”
Entre os argumentos dos que consideram que o desenvolvimento em Bocaina do
Sul está em declínio, destaca-se a parte política, a administração pública, segundo uma parte
dos entrevistados, com a troca de prefeito houve uma paralisação no desenvolvimento no
município. Entretanto acreditam que, mesmo assim, a cidade tem capacidade para se desenvolver
positivamente.
“Olha, troca de mandato, eu acredito deu uma paralisada.”
“Não, é trocou o prefeito, aí agora deu uma parada, mas eu acredito que esteja em crescimento
assim, a atuação dele, a gente pretende estar em crescimento.”
23
4.2.2 A VISÃO OTIMISTA
Em relação aos 79,4% que consideram o município em crescimento, a argumentação
positiva está relacionada na perspectiva de instalações de novas empresas, como: indústria de
confecções, indústria de madeira e postos de combustíveis. De acordo com os entrevistados,
com estas novas instalações a cidade terá condições de oferecer emprego para a população e
desenvolver o município. “A tendência é vir mais indústrias para o município não é, isso atua como crescimento.”
“Indústria madeireira não é, tem possibilidade de vir algumas indústrias madeireiras para o
município, isso é automático o crescimento do município.”
Ao contrário do que está exposto na seção 4.2.1, um fator que contribui para o
crescimento, segundo a maior parte dos consultados, é a mudança de administração da prefeitura,
isto é, novo prefeito. “Porque a atual administração tem investindo em empresas que estão vindo para o nosso
município e acredito que com isso esteja desenvolvendo mesmo.”
“Por troca de prefeito.”
Ainda salientam que houve um maior investimento no Agronegócio por parte dos
agricultores, bem como da Prefeitura, contribuindo com os maquinários e melhorias na estrada. “Agronegócio está crescendo bastante aqui na região, gado até soja, bastante com a ajuda
da Prefeitura, está saindo bem.”
“É em maquinário, tratores, estrada, cascalho que é o que o produtor precisa.”
24
CARÊNCIAS E DEMANDAS
Este capítulo apresenta o retrato das principais carências do município, relacionadas a
demandas não atendidas nos diferentes setores da economia.
25
CARÊNCIAS E DEMANDAS
5 CARÊNCIAS E DEMANDAS
Em relação às carências e demandas nos setores, ou seja, deficiências identificadas
no município de Bocaina do Sul, 88,2% dos pesquisados afirmaram que estas existem no setor da
indústria, 76,4% no setor de serviços, 47,2% no comércio e outros 35,2% no setor dos agronegócios.
Tabela 15 - Carências e demandas
Setor
Indústria
Comércio
Serviços
Agronegócio
Frequência de carências
apontadas
88,2%
47,2%
76,4%
35,2%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
Observa-se que, em todos os setores, a falta de qualificação da mão-de-obra e do
profissionalismo é uma deficiência recorrente. Segundo os pesquisados, este é um fator que
contribui para o pouco desenvolvimento das indústrias na região, além de ser característica que
dificulta o desenvolvimento do turismo e, até mesmo dos agronegócios, visto que, muitas vezes, há
necessidade de utilização de mão de obra temporária vinda de outras regiões.
Além disso, os fatores ligados às políticas públicas, como inexistência de incentivos
fiscais e serviços públicos deficitários, também são pontos fracos que aparecem nos setores da
indústria, comércio, serviços e agronegócios. Segundo os pesquisados, ao contrário de outras
regiões do estado, o governo não fornece incentivos fiscais para estabelecimento de empresas na
cidade, e não investe o suficiente em serviços públicos para que esta se torne atrativa para novas
empresas ou, até mesmo, para os turistas.
Outra característica recorrente nos setores da indústria, comércio e agronegócios, é
a falta ou inexistência de divulgação dos atrativos da cidade, bem como das oportunidades do
município. Para os entrevistados, poderiam existir mais mecanismos de divulgação dos produtos
da região, bem como mais união entre os empresários neste sentido.
5.1 CARÊNCIAS NA INDÚSTRIA
A primeira demanda no setor está relacionada à ausência de indústrias, bem como
incentivos a instalação de indústrias no município. Mencionam que inexistem políticas de incentivos
fiscais, doação de terrenos e locais, infraestrutura como parques ou áreas industriais, inibindo a
instalação destas atividades na cidade.
“Falta vir indústrias, não tem, falta, Não sei o que está precisando para isso acontecer...”
“Incentivo, trazer, tem que trazer indústria, vários tipos de indústrias, que não exija tanto,
mão de obra qualificada, mas que vem com mão de obra qualificada, mas que ensine esse
pessoal a trabalhar.”
“Entende é o que falta aqui, e isso aí o governo ou talvez o governo municipal teria que tomar
alguma providencia para que viessem indústrias para cá, e para vir indústrias para cá, tem
que dar alguma coisa em troca.”
26
“... o que a gente precisaria para crescer o setor de indústrias na Bocaina, a gente precisaria
ter estrutura para estar recebendo essas empresas, que hoje essas empresas [...] mas elas
querem, que tenha o local com terraplanagem feito e de preferência se já possuir algum
barracão para elas estarem alugando do município, para não terem que construir. A gente
não tem isso à disposição deles.”
A falta de mão-de-obra qualificada foi apontada com ponto fraco em relação aos
atrativos da cidade para a instalação das indústrias. Como há carência de indústrias os jovens
saem da cidade em busca de novas oportunidades de emprego, qualificando-se em outro centro.
“Funcionários é que falta, tem firma, veio uma malharia nestes tempos aqui, tiveram que
sair daqui, porque não tinha funcionário para trabalhar, porque o município é pequeno, tem
muita agricultura.”
“Pessoal qualificado para trabalhar, que isso é o que não tem, como eu te falei, a pessoa
trabalha nessas pequenas indústrias que tem aqui, mas não tem ninguém qualificado. Ele
vai trabalhando aprendendo e continuando ali.”
Na visão dos consultados, a indústria madeireira deveria agregar valor aos produtos
beneficiados, avançando, no caso da madeira, para a produção de laminados, móveis, entre
outros. Assim permite que a receita seja proveniente de fontes variadas e não apenas dependente
do sucesso no agronegócio.
“Ter mais uma laminadora, ou talvez fizesse um... como é que eu vou dizer a vocês? Não
só a madeira bruta, fazer uma parte mais, móveis ou faz móveis ou o próprio, a gente quer
dizer o... Eucatex ou outra coisa assim, que fosse próprio da madeira também.”
Outros pontos fracos são destacados como: baixos salários, falta de créditos
para pequenas empresas e cursos profissionalizantes. Salientam que o acesso a cursos
profissionalizantes aos empregos poderia aumentar a renda familiar. A falta de crédito para
pequenas empresas também foi um ponto ressaltado, pois se houvesse mais linhas de crédito o
pequeno empresário poderia investir mais em seu ramo.
“Mas precisava é dar alguns cursos, para dar condições para essas pessoas poderem
ganhar mais.”
“Eu acho que falta investimento do próprio governo, Federal, Estadual no caso de empréstimo
para as empresas poderem subir, dinheiro para custeio, para comprar equipamentos,
estou comprando e falta no caso crédito para essas pequenas empresas, micro empresa e
prestadora de serviços.”
27
A tabela a seguir apresenta as principais demandas do setor, de acordo com a frequência
em que foram citadas pelos consultados.
Tabela 16 - Pontos fracos do setor da indústria
Setor
Frequência de
menções
Pontos fracos
Faltam indústrias
Falta incentivo/investimento do poder público para
instalar ampliar e instalar novasindústrias
Falta mão de obra especializada
Falta de oportunidades de emprego (principalmente
para os jovens) indústria e comércio
Indústria
88,2%
Falta investimento das empresas para geração de
novas oportunidades de emprego
Ampliar e melhorar área industrial
Falta indústria de beneficiamento da madeira
(laminados, móveis)
Baixos salários
Falta de crédito para pequenas empresas
Implantação de indústria têxtil
Cursos profissionalizantes (parceria, SENAI, SESI)
Frequência de
menções
44,1%
35,3%
14,7%
8,8%
8,8%
8,8%
8,8%
5,9%
2,9%
2,9%
2,9%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
5.2 CARÊNCIAS NO COMÉRCIO
Uma das carências mais sentidas no setor do comércio é o falta de postos de combustíveis
na cidade, ou seja, concorrência, pois o posto existente acaba cobrando um valor muito alto, fazendo
com que a população se desloque para a cidade vizinha, segundo os consultados, seria mais um
motivo para as pessoas não valorizarem o comércio local.
“Puxa vida, olha, eu tenho dificuldade de falar pelo seguinte, porque aqui na Bocaina, a
gasolina e mais cara, o óleo diesel é mais caro que Lages, nós estamos a 40 quilômetros de
Lages, eu não compro nada aqui. Eu boto gasolina nos meus carros, boto óleos nos meus
carros em Lages, agora mesmo estou indo a Lages, entre outras coisas botar combustível e
óleo diesel porque é mais barato, entende? Então eu não saberia dizer o que é mais barato...”
Mencionam ainda a falta de um ponto para comercialização de produtos oriundos do
agronegócio, para valorizar o produto versus produtor. Inexiste na cidade este tipo de comércio e
também no ramo industrial não há embalagens e itens afins para o processamento dos produtos,
ramo este que poderia ser explorado.
“O que falta para o comércio hoje, eu digo assim, que é, como é que eu vou te explicar, é um
ponto de vendas para os nossos insumos dentro do nosso Município, o que acontece? Hoje
nós produzimos variedade de coisas dentro do Município e a onde tem que ir buscar comércio
fora, não temos ponto central de vendas dos nossos produtos.”
“Nós temos produto, mas não temos mercado, daí nós temos que buscar mercado fora,
com isso o que acontece? Nós produtores, temos a dificuldade grande assim, para nós
vendermos esse produto, então nós temos que buscar fora, nós buscando fora, nós vamos
encontrar o atravessador, a onde nós perdemos o nosso dinheiro, a onde nós poderíamos
estar ganhando, nós vamos estar perdendo porque o atravessador é que vai ganhar o nosso
dinheiro, então essa é uma das questões.”
28
A falta de lojas de autopeças é outro ponto destacado, principalmente de motos, segundo
os entrevistados, este meio de transporte está crescendo no município, bem como a falta de uma
distribuidora autopeças em geral.
“Acho que na empresa talvez a de autopeças, venda de autopeças de moto, o município
existe muita moto não é.”
“O nosso é fraco, falta de tudo um pouco, uma autopeças, uma distribuidora de autopeças
falta aqui, falta bastante.”
Outro ponto fraco que foi levantado é a falta fiscalização para vendedores ambulantes e
comércio ilegal, segundo os entrevistados há muitos na cidade, prejudicando de forma significativa
o comércio local, bem como a arrecadação de impostos para o município.
“No comércio, está precisando de uma fiscalização, porque tem muito, muito comércio
informal, muita coisa de gente que vem de fora e explora o comércio, ambulante, uma
maneira ilegal, não é. Eu acho que está faltando o apoio, uma fiscalização para poder
fortalecer o comércio local.”
A falta de incentivo do consumo local foi apontada como ponto fraco no município, pois
muitos compram na cidade vizinha, Lages. Para muitos dos entrevistados a falta de concorrência é
um dos principais motivos para à diversificação, variedade e preços dos produtos vendidos, assim
como a modernização do comércio, sendo outra carência observada.
“No comércio precisaria de mais incentivos, para que o comércio Bocaina conseguisse
concorrer com os comércios de cidades maiores, porque a maior parte da população aqui,
não compra aqui, compra em Lages, precisaria ter uma forma, onde a população daqui,
estar comprando aqui que com isso aumentaria as vendas...”.
Citam a estrutura deficitária de comércio tanto em relação à diversificação dos produtos
vendidos, a variedade, os preços, quanto à ausência de supermercados com estes atributos,
padarias, padaria/ lanchonete, papelaria; loja de informática, loja de departamento, entre outros.
Cabe salientar que os pesquisados apontam que a falta de incentivo fiscal dificulta o crescimento
do comércio local.
“O incentivo fiscal, o incentivo municipal, é isso que está faltando.”
“É papelaria, falta à parte de informática, falta bastante, telefonia ainda tem eu e mais
Berlinda, mas ainda é pouco, o posto que está abrindo é mais um.”
Cabe destacar que no comércio, segundo os pesquisados, há uma resistência a
mudanças, isto é, modernizar o negócio, mesmo que este esteja rendendo lucros.
“No comércio, eu acho que falta uma visão de crescimento, no comércio, porque eu já digo
pelo supermercado do meu pai, por ser uma empresa antiga, é mais de 40 anos no mercado,
eu fiz a faculdade de administração. A visão do meu pai, é que do jeito que ele está fazendo,
está dando certo, então não tem porque implantar a minha visão moderna no negócio.”
A falta de união dos empresários com o poder público também é apontado como ponto
fraco no setor do comércio, acreditam que muitos estão preocupados apenas com o seu comércio,
esquecendo que precisam de um grupo para melhorar.
29
“No comércio em geral assim, eu acho que falta uma parceria, acho que entre o poder
público e os comerciantes, não é, com o próprio desenvolvimento da cidade, para poder
atrair mais pessoas, para poder agregar assim, mais gente de fora, até mesmo os próprios
turistas. O nosso município, é um município que tem muita atividade, muitos lugares bom
para fazer turismo também. Então eu acho o poder público poderia agregar bastante nisso,
para pode facilitar.”
A tabela a seguir apresenta as principais demandas do setor, de acordo com a frequência
em que foram citadas pelos consultados.
Tabela 17 - Pontos fracos do setor do comércio
Setor
Comércio
Frequência de
menções
47,2%
Pontos fracos
Falta posto de combustível
Falta um ponto para comercialização de produtos
oriundos do agronegócio
Falta fiscalização para vendedores ambulantes e
comércio ilegal
Falta loja de autopeças
Maior competitividade do comércio (incentivo ao
consumo local)
Falta informatizar o comércio
Falta autoescola
Falta material de construção
Faltam supermercados – maior variedade
Comércio com produtos diferenciados
Falta investir na aparência do estabelecimento
Falta de oportunidades de emprego (principalmente
para os jovens) garantir o jovem no campo
Comércio de fotografia
Falta padaria/ lanchonete/papelaria/loja de
informática/loja de departamento
Parceria entre poder público e comerciante
Frequência de
menções
11,8%
8,8%
8,8%
8,8%
5,9%
5,9%
5,9%
5,9%
2,9%
2,9%
2,9%
2,9%
2,9%
2,9%
2,9%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
Um das demandas do próprio comércio é a instalação de indústrias na cidade, o que
refletiria em mais empregos e receita mais estável da população, facilitando o crescimento do
setor.
“Aí, vem aquela, se tivesse uma indústria boa no município, essa loja vai crescer.”
Outro aspecto que chama atenção, assim como na indústria, o comércio também sente
a falta de pessoas qualificadas para o atendimento.
“Em minha opinião do comércio, talvez algum treinamento, mas isso para questão de
atendimento [...] a forma de atender o público não é.”
5.3 CARÊNCIAS NOS SERVIÇOS
Investimentos na área da saúde, como: clínicas, postos de saúde, melhorar estrutura e
aumentar profissionais no hospital, são alguns pontos destacados como deficitários no município.
30
“Em serviços? Esse eu acho que falta dentista, que nós tínhamos particular e não temos
mais hoje.”
“Necessita bastante, esse nosso hospital, que tem só... que na verdade é uma clinica de
recuperação...”
“Hospital, eu acho que tem que haver um melhoramento no hospital não é, para melhorar a
qualidade de atendimento, ter que vir mais médicos, que hoje está faltando.”
Tal qual nos demais setores, a falta de mão-de-obra especializada e de qualificação/
capacitação profissional também é fortemente sentida no setor de serviços. Apontam que as
pessoas capacitam-se e não retornam para a cidade. Citam carência de profissionais na construção
civil, eletricistas, mecânicos, encanadores, carpinteiros e profissionais para a área doméstica.
“Então tudo isso depende, o que eu digo a pessoa se atualizar, a fazer cursos, especializar,
aqui se for uma indústria de fora, tem que trazer gente de fora, daqui tem pouca gente, os
que são um pouco mais capacitados já estão empregados, que é na Prefeitura e no Hospital
e assim.”
“Serviços. falta bastante, parte elétrica, mecânica, parte civil, eu acho que a de serviços
é mais ainda do que a do comércio. Porque para crescer tem que ter, então pessoas
capacitadas, é difícil, porque aí eles estudam e sai...”
“Falta tudo, seria a instrução, cursos para atendentes, eu acho assim, capacitação das
pessoas, dos profissionais, desde atendentes, até trabalhar com caixa, é ou como uma
secretária, alguma coisa assim, a gente precisava capacitar essas pessoas.”
Uma demanda latente em função das carências em qualificação de mão-de-obra é a
implantação de cursos profissionalizantes no município. Citam cursos técnicos na área secretaria,
atendentes, eletricistas, mecânicos, etc.
“Então tudo isso depende, o que eu digo a pessoa se atualizar, a fazer cursos, especializar...”
“Trouxesse cursos para as pessoas, aprender tanto no comércio, como na indústria, que
nem está que nós temos aqui.”
A falta de agência bancária foi significativamente destacada pelos consultados.
Comentam que é um dos maiores problemas para o comércio e população em geral, pois o horário
do posto de atendimento que há hoje no município é muito restrito. Citam também a ausência de
um despachante, serviço esse realizado em outro município.
“Então isso seria importante que a gente tivesse uma agência que o horário ali é bem limitado
é das 09h00min horas da manhã ás 11h30min horas da manhã e só.”
“É, um dos maiores problemas hoje, é não ter uma agência bancária aqui, não é, porque tem
só um posto de serviço do Banco do Brasil...”
“Acho que está faltando, um despachante porque é complicado para gente, tem que fazer
tudo em Lages.”
No segmento da hotelaria destaca-se a falta de acomodações e de opções à disposição.
Salientam que o setor do turismo precisa ser melhor explorado, iniciando pela hospedagem.
Ressaltam, ainda, que há também falta de prestadores de serviço para a atividade de hotelaria.
“O município é carente em alguns serviços, eu penso que como nós temos vários
pontos turísticos, isso seria um nicho no mercado enquanto podia estar explorando,
(incompreensível), pousadas, hotel, hoje só tem um, no município só tem um...”
31
“Pessoas que queriam investir, em alternativas de pousadas, não é, acho que mais ou
menos é isso a ideia para gente, pousada alternativa, ou que seja grandes pousadas,
porque o turismo está crescendo muito na nossa região, e o nosso município na verdade,
não tem nada praticamente disso de turismo, hoje...”
“Tem que trazer gente de fora, daqui tem pouca gente, os que são um pouco mais capacitados
já estão empregados...”
A falta de academia e de salão de beleza também foi apontada como ponto fraco na
cidade, salientando que precisam se deslocar até Lages para ter este serviço. Parte dos munícipes
também citou a falta de opções de entretenimento como uma carência evidenciada, percebido
neste contexto como lazer e diversão para jovens e adultos. Como: escolinha de futebol, clubes,
bares, entre outros.
“Academia, o que precisa na Bocaina, todo mundo pede mesmo...”
“Seria uma academia bem feitinha, já ia me agradar.”
“Eu acho que no setor de salão de beleza, manicure, eu acho que falta um pouco, as
pessoas acabam procurando em Lages...”
“É alguns clubes não é, para poder atender melhor o pessoal, para o pessoal poder se
descontrair também, não é.”
“Eu acho que a parte de entretenimentos, um barzinho, alguma coisa assim, para os jovens,
sabe, falta também.”
“Uma escolinha de futebol, tem aluno aí, que ele... é incrível não é.”
Outra carência apontada foi a falta de oficinas mecânicas (carros, motos, caminhões),
novamente comentam que não há este serviço na cidade, precisam procurar recursos em Lages.
“Não o que precisaria, oficina que é o que a gente mais ocupa e se precisa de qualquer
coisinha tem que jogar no caminhão, tratores em cima do caminhão e levar para Lages,
porque é o município maior...”
Outras carências foram apontadas pelos entrevistados, mas com um percentual menos
expressivo. Destacam que, devido à falta de capacitação dos funcionários, seria viável ter uma
escola técnica na cidade. Além de uma consultoria para as empresas, escritório de energia,
costureira e cursos de informática foram outras atividades citadas pelos informantes.
“Seria uma oficina técnica para que aperfeiçoe mais a qualificação das pessoas, para que
ela tenha mais assim, uma noção do que pode ser feito, eu acredito que seja isso [...] isso.
Uma escola técnica.”
“Consultoria, eu acho, assim, é... digamos uma vez por mês que se tivesse uma consultoria
para as empresas, para ver a oportunidade de crescimento...”
“Eu já digo na parte da informática [...] não tem. Aqui há muito tempo foi dado um cursinho
ali no colégio, mas também ficou por ali, então as pessoas nessa parte aí, ainda está pouco,
meio para trás [...] Inclusive, inclusive eu nunca fiz um curso de informática.”
A tabela a seguir apresenta as principais demandas do setor de serviços, de acordo com
a frequência em que foram citadas pelos consultados.
32
Tabela 18 - Pontos fracos do setor dos serviços
Setor
Frequência de
menções
Pontos fracos
Investimentos na área da saúde (clínicas, posto
de saúde, melhorar hospital, dentistas)
Falta capacitação/qualificação profissional para
os munícipes – cursos profissionalizantes
Serviços
76,4%
Mão de obra especializada
Falta agência bancária
Faltam hotéis / pousadas (explorar turismo)
Falta despachante
Falta academia
Faltam de oficinas mecânicas qualificadas
Falta mão de obra para construção civil –
pedreiro, carpinteiro, eletricista.
Falta salão de beleza/manicure
Melhorar Transporte escolar
Falta escola técnica
Falta de consultorias especializadas para as
empresas
Falta curso de informática
Lazer (um bar)
Locadora
Falta costureira/ oficina de motos/ Escritório de
energia (CELESC)
Lazer (escolinha de futebol, clubes)
Falta empresa de prestação de serviços
domésticos
Frequência de
menções
38,2%
29,4%
26,5%
20,6%
17,6%
11,8%
11,8%
8,8%
5,9%
5,9%
2,9%
2,9%
2,9%
2,9%
2,9%
2,9%
2,9%
2,9%
2,9%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
5.4 CARÊNCIAS NO AGRONEGÓCIO
A principal carência citada no setor do agronegócio é a falta de incentivo do poder público
para os pequenos produtores, como por exemplo, facilitar linhas de crédito. Citam a criação de
cooperativas de pequenos produtores para que, em grupo, consigam crescer em seus negócios.
“Eu acredito que seja alguma coisa de cooperativa assim, cooperado também para alavancar,
que eles consigam fazer todos junto para abrir, porque fica lá um pequeno produtor, são
pequenos produtores que acabam não tendo força não é, do leite, do queijo, de toda maneira.
Eu acredito que seja uma cooperativa mesmo.”
A falta de iniciativa/conscientização dos pequenos agricultores em diversificar a atividade
e procurar ajuda de técnicos para aumentar a produção é outra carência observada. Segundo os
consultados é cultural esta resistência de aceitar opinião de um profissional da área.
“É, o produtor diversificar mais a propriedade, ter mais renda, seria uma das soluções, não é
[...] por intermédio de técnicos, eu acho não é.”
“... mas mais no interior, mas ele, na minha opinião, ninguém assim se destaca como, com
um planejamento assim, ou criar lá uma lavoura, uma de grande qualidade, o leite que é
também que se encaixaria, um confinamento ou coisa assim. Nem um se destaca, aqui se
precisava, porque todos pequenos aqui, não tem, todos os proprietários são pequenos, então
na minha opinião e também, conscientização do trabalho de base, nas propriedade para que
esse negócio aconteça.”
33
“No agronegócio, acredito que esteja faltando para que possa, uma conscientização por parte
das pessoas, que muitas pessoas, ela vem tipo, por que elas aprenderam de pai para filho, e
eles não aceitam que venha alguém e diga, você está fazendo errado, tem que fazer de uma
outra forma. Eles resolvem não mudar e permanecer errando e com isso eles acabam tendo
prejuízo, onde eles deveriam se aperfeiçoar, ver o que está errado, tendo, vendo formas de
aumentar a produção e diminuir os custos.”
Outra carência observada é a escassez de maquinários agrícolas para os produtores.
Salientam que a espera por uma máquina, muitas vezes, atrasa o plantio, prejudicando os
trabalhadores. Esta carência também é apontada para a construção de açudes, isto é, desenvolver
a piscicultura.
“Aí, eu acho que falta, sei lá, seria o caso assim, não estou bem atualizado, mas é com as
máquinas particulares, a maioria das máquinas que faz o serviço aqui, não está mais folgado,
mas aquele que trabalha mais fraco um pouco, ele depende muito, tem que ficar esperando
por uma máquina para ele desenvolver o trabalho para ele.”
“Tem uma lista de espera no caso [...] Isso. Então alguém aí vai ser prejudicado, vai ficar
para trás.”
“Assim na agricultura, nós precisávamos de mais maquinário, nós precisamos de máquinas
para colher a produção, nós precisávamos de tratores, de esteiras para fazer açude, para
fazer podia também desenvolver a piscicultura, não é.”
A falta de capacitação é igualmente sentida no agronegócio, assim como no ramo de
serviços, indústria e comércio. Destacam a importância de ter uma pareceria entre as entidades
SESI, SENAI e Prefeitura para ofertar cursos à população.
“Isso aí, tinha que fazer uma parceria, SENAI alguma coisa assim, SESI alguma coisa assim,
uma prefeitura para... até mesmo a própria empresa.”
“...mas na verdade o que falta, eu acho que é mais qualificação, pessoas qualificadas, em
todas as áreas na verdade, o fato do nosso município ser pequeno, ele não tem o pessoal.”
De acordo com os entrevistados há falta de esclarecimentos burocráticos para pessoas
menos favorecidas, como a importância de obter nota fiscal em seu negócio.
“Que a maioria do nosso produto aqui, está saindo sem nota fiscal e com isso o município que
acaba perdendo e no meu ponto de vista teria que ficar, através de campanhas educativas,
que a Prefeitura já está buscando pelo que eu soube, para tentar educar esses produtores,
para eles entenderem que tirando nota é melhor para o município consequentemente vai
melhorar para eles.”
“Foi pela falta do incentivo para tirar a nota do município, as pessoas não tem a visão, sabe
eles acham que tirar nota, vem à fiscalização, e na verdade não é isso. Eles não têm essa
consciência da importância que tirar nota faz para o município.”
Na perspectiva de cooperativas, sugerem seu aproveitamento para agregar valor
aos produtos como: grãos, mel, leite, vinho, vime bem como no ramo da pecuária, observa-se
a necessidade de agregar valor aos produtos dela oriundos. Não basta vender apenas a carne
in natura. O interessante é fomentar a criação de negócios voltados para o beneficiamento e a
transformação do produto inicial.
“O agronegócio, eu acho que um incentivo, ou uma cooperativa principalmente na área de
criação de gado, um leilão, alguma coisa, que desse espaço para eles poderem comercializar
a criação deles.”
“E acho que talvez, vamos supor, deveria ter algum, área do vime nossa, está acontecendo o
seguinte, precisaria de uma cooperativa, para estar rendendo, porque a maioria das pessoas,
dos produtores, são de pequeno porte, eles pegam o produzem eu maior parte junto com
a família, aí chega no final da colheita, eles tem que pegar esse produto deles e vem um
atravessador de fora, compra baratinho, porque eles estão precisando de dinheiro, leva para
lá, coloca um selo em cima e vende e ganha todo o dinheiro.”
34
Outras carências são destacadas pelos informantes da pesquisa, entretanto com
menos expressão, são elas: Frigorífico, secadora, silos, também apontam para a precariedade
das estradas para o escoamento da produção e a falta de linhas de créditos para os pequenos
produtores.
“Eles carregam o gado daqui, sendo que seja poucas cabeças de gado, que nem os
pequenos, aqui tem uma dificuldade imensa, porque não pode mais abater a não ser nos
Frigoríficos.”
“É bem caro, bastante caro e a agropecuária tem mais, sei lá uma cooperativa que venha até
para estocar grãos e tal, um silo, secador.”
A tabela a seguir retrata as principais demandas do agronegócio apontadas pelos
consultados.
Tabela 19 - Pontos fracos do setor do agronegócio
Setor
Agronegócio
Frequência de
menções
35,2%
Pontos fracos
Falta incentivo/investimento do poder público
para os pequenos produtores
Falta iniciativa/conscientização dos pequenos
agricultores diversificar a atividade- procurar
ajuda de técnicos
Escassez de maquinários agrícolas
Cursos de capacitação
Esclarecimentos burocráticos (nota fiscal)
Cooperativas para agregar valor aos produtos
(grãos, mel, vinho) e gado
Falta maquinário para criação de açudes –
piscicultura
Falta uma secadora de grãos
Silo
Estradas precárias para escoamento da
produção
Faltam linhas de crédito
Frequência de
menções
17,6%
8,8%
8,8%
8,8%
5,9%
5,9%
2,9%
2,9%
2,9%
2,9%
2,9%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
5.5 IMPEDIMENTOS AO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS NEGÓCIOS
Considerando os fatores: recursos financeiros, investimentos do poder público, mão
de obra, matéria prima e logística, solicitou-se ao entrevistado que medisse o quanto o fator é um
impeditivo, atribuindo uma nota que variava de 0 (nenhum impedimento) a 10 (total impedimento).
De modo geral, independentemente do negócio pleiteado, o principal impeditivo é carência de
recursos financeiros, seguido da carência de mão-de-obra e matéria-prima. Por fim, há dificuldades
de logística e de escoamento da produção e de falta de investimentos do poder público.
Tabela 20- Impedimentos ao desenvolvimento de novos negócios
Fator
Média de impedimento
Recursos financeiros
Mão de obra
Matéria-prima
Logística e escoamento
Investimentos do poder público
6,8
6,2
6,2
5,5
5,0
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
35
Com relação aos recursos financeiros, a maioria cita a falta de capital, o custo deste
capital e a demora no retorno dos investimentos. Além disso, a burocracia para concessão de
crédito é grande e os pequenos empresários ou empreendedores da cidade tem dificuldades em
conseguir capital, tornando-se mais um impedimento aos investimentos, há também a falta de
informação da população para o acesso a concessão de crédito com juros baixo. Apontam que a
renda na cidade é concentrada na mão de grandes produtores e os pequenos empresários ou não
tem capital, ou não conseguem crédito ou tem medo de investir suas poupanças.
“O capital de giro que é pouco, as pessoas não tem uma renda assim para abrir uma indústria,
assim, começar e entrar com alguma coisa mais forte...”
“É, eu acho que e na área mais difícil, hoje não é, financeiramente, de você e o risco que
corre de não dar certo não é.”
“Um financiamento eu acho que a longo prazo, com juro barato, que esse pessoal ainda
hoje tem medo de lutar com Banco, existe já não é, existe certos tipos de juro, que o juro
é barato, você tem prazo para pagar, mas o pessoal tem um certo receio de lutar, falou em
Banco, é o bicho não é, que muita gente, já quebrou com esse negócio de financiamento,
hoje já mudou não é.”
Com relação à carência de mão-de-obra, esta é percebida dependendo do setor,
pois alguns setores não sentem esta carência de pessoas, como o comércio e o agronegócio,
entretanto, apontam que o motivo da escassez é a falta de qualificação profissional e, da mesma
forma, o desinteresse desses em procurar uma especialização.
“Porque depende do setor, não teríamos qualificação necessária, mas a mão de obra no
geral eu acho que não seria problema.”
“Qualificação impede, as pessoas reclamam que não tem emprego, mas elas também não
procuram qualificação para que consigam um lugar bom, um posicionamento bom, um local
de trabalho, um mercado de trabalho.”
“Na quantidade eu acredito que não, porque a gente tem potencial no município, mas a
qualificação das pessoas assim, eu digo assim, numa localidade que vai tirar o leite, por
exemplo, de ter a adequação sabe.”
A qualificação da mão-de-obra local é um problema no município, pois os interessados em
fazer algum tipo de especialização precisam procurar em outros centros cursos profissionalizantes,
fazendo com que haja, dessa forma, a evasão dos jovens da cidade, pois não mais retornam.
“... poderia se dar os cursos de qualificação e nós temos demanda para isso.”
“Porque a mão de obra na questão de propriedade e agronegócio, os produtores, os filhos de
produtor estão buscando também, alternativas, não é, acabam vindo estudar no município,
veem uma realidade, parece que tão fácil na cidade, mas não sabe que aí ele paga água,
paga luz, tudo se paga aqui, não e.”
A matéria prima é um ponto que foi destacado pelos entrevistados como algo que
impede o desenvolvimento do município, porém salientam a importância de explorar o potencial
da matéria prima disponível, como a celulose e o vime.
“Depende do segmento, se depender do município aí, teria que explorar, as várias nós temos
potencial, que era a celulose, o vime, nessas áreas não.”
“Matéria prima não. Porque eu vejo assim, cada atividade que você for desenvolvimento
esses outro itens citados em cima você com certeza a matéria prima, vai ser o fator menor,
eu vejo não é. Se você vai abrir um negócio, com certeza você vai ter uma mão de obra
qualificada e vai saber desenvolver bem essa matéria prima, não é...”
36
Em relação à logística, Bocaina do Sul não é prejudicado pela sua localização, segundo
os entrevistados a cidade fica bem localizada, perto de BR, facilitando o escoamento de produção.
O que precisa de atenção são as estradas do interior, pois quando chove dificulta o acesso até
mesmo de pedestres.
“Eu considero praticamente 0, porque o nosso município é muito bem localizado, e isso para
escoamento é tranquilo.”
“Porque as nossas estradas no inverno, são difíceis de trafico, entende [...] São difíceis
porque no inverno chove e quando chove não passa ninguém, em muitas delas.”
No que diz respeito aos investimentos do poder público, segundo os entrevistados,
inexiste em Bocaina do Sul (seja proveniente do município ou estado) uma política de atração
de investimentos produtivos. Em sua visão, é necessário transformar o município num lugar
convidativo para investir e, neste ponto, a cidade está deficiente. Pontuam que a infraestrutura de
modo geral está precária e não há qualquer incentivo para instalação de novos negócios tais como
uma área industrial, doação de terrenos, proposta de isenção, linhas de crédito etc.
“Eu acho que o próprio município a própria secretaria tem que ir atrás, de novas para poder
mostrar os incentivos, para Prefeitura poder disponibilizar aquilo que pudesse incentivar eles
a vir.”
“Falta de incentivo. Traria mais indústria para o município.”
“Eu acredito que a Prefeitura disponibilizar terreno até terraplanagem, o município também
é pobre, ele não pode disponibilizar muita coisa, por exemplo, isenção de imposto isso vai
acabar também prejudicando o município.”
Em municípios de pequeno porte, o poder público tem papel decisivo como propulsor
da economia, como fomentador de novos negócios. Na visão dos entrevistados, esta postura não
vem sendo adotada no poder público da cidade ao longo dos anos, impactando na implantação de
novos investimentos, principalmente o apoio aos produtores rurais, estes apontam a importância
de uma parceria com o poder público (prefeitura) para o desenvolvimento de novos negócios.
“Porque hoje a gente depende do poder público, eu digo da Prefeitura, mas é máquina,
você precisa fazer um açude, você precisa fazer uma lavoura, não é muito fácil para você
conseguir, consegue, mas você tem que entrar num lista de espera. Então eu acho que isso
tinha que melhorar um pouco mais.”
“É necessário interesse de já digo, isso gerando tanto da associação de produtores rurais,
do poder público que geralmente, tudo aqui gera em torno, em parceria com a prefeitura,
como o município é pequeno mesmo, como você já mesmo viu, ele tem que ter essa parceria
com a prefeitura, se não houver, com certeza as coisas, ficam só no papel e não sai do chão
mesmo.”
Além dos fatores mencionados, ressaltam que há uma cultura do povo local de não
valorizar o que é produzido e/ou vendido na cidade, bem como valorizar o lugar de lazer do
município, como o Pesque e Pague.
“Eu acho que sim, eu acho. Eu acho que tem o fator em um ponto teria que ter feito, teria
que ser feito um treinamento, uma conscientização das pessoas daqui mesmo, porque a
gente tem um Pesque e Pague em Bocaina, um lugar lindo, só porque as pessoas daqui que
deveriam valorizar, não estão valorizando, vão a outros lugares sendo que a gente tem aqui,
acaba dando uma falta de incentivo assim para os proprietários, porque poxa vida, não é...”
37
FORÇAS E FRAQUEZAS
Este capítulo traz um diagnóstico das forças e fraquezas identificadas no município a
partir da opinião dos entrevistados na pesquisa.
38
Para agrupar e ilustrar o diagnóstico do município de Bocaina do Sul a fim de levantar
oportunidades de negócios na região, foi elaborada a síntese das forças e fraquezas do município
a partir da percepção dos atores entrevistados.
Tabela 21 - Síntese de forças e fraquezas so município
Forças
 Telhas ecológicas
 Indústria de madeira;
 Laminados;
 Pecuária;
 Agronegócios em geral;
 Mel.
Fraquezas
 Faltam indústrias;
 Pouca industrialização;
 Falta de mão de obra;
 Falta de qualificação da mão de obra;
 Falta de divulgação e comercialização dos produtos nativos;
 Falta fiscalização
 Poucas opções de cultura, lazer e entretenimento;
 Falta explorar turismo
 Falta de cooperativas.
 Carência de mão de obra especializada;
 Carência de investimentos do poder público;
 Falta e burocratização do crédito
 Escassez de cursos técnico-profissionalizantes;
 Subutilização da matéria prima nativa;
 Risco de retorno do investimento (receio dos empresários);
 Faltam cooperativas;
 Concentração de renda.
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
39
FORÇAS E FRAQUEZAS
6 FORÇAS E FRAQUEZAS
EIXOS COM
POTENCIAL DE
DESENVOLVIMENTO
Este capítulo traz os principais eixos de desenvolvimento para novos negócios no
município. Nele os empresários e lideranças discorreram sobre a vocação do município e os setores
mais promissores para a economia da cidade.
40
A fim de verificar os ramos mais promissores da região de Bocaina do Sul, foi
questionado aos pesquisados qual seria a vocação do município. Além disso, os entrevistados
expuseram o potencial de cada um dos setores pesquisados (indústria, comércio, serviços e
agronegócio) em que se encontram estas potencialidades, bem como oportunidades imediatas
de negócios.
7.1 A VOCAÇÃO DO MUNICÍPIO
A maioria dos moradores de Bocaina do Sul apontou o ramo madeireiro como principal
vocação do município (29,4%), seguido da agricultura/agronegócio (20,6%). Além disso,
a pecuária (criação de gado), produção de leite, o turismo, vime, mel e piscicultura também
surgiram nas falas dos entrevistados, em relação à vocação da cidade.
“A vocação, apesar da agricultura, da base da economia ser agricultura a vocação hoje, está
pendendo para a área da madeira. É produção de madeira, e industrialização da madeira,
que bem na verdade, eu acho que seria vocação hoje, no nosso município é mais essa. E
além disso é a pequena agricultura não é.”
“É agricultura e pecuária.”
“...vocação na verdade do leite, e o pessoal não (incompreensível) da agricultura familiar,
não é daqui a pouco a alternativa de renda, o peixe, o nosso município tem uma grande
vocação para criação de peixe.”
“Sim esse possui, porque pelo o que a gente produz com o que a gente tem hoje, então
voltando a repetir o gado que tem que como crescer, o mel, o vime também.”
Tabela 22 - Vocação do município
Vocação citada
Madeira
Agricultura/agronegócio
Turismo
Pecuária
Produção de vime
Produção de leite
Piscicultura
Produção de mel
Frequência
das menções
29,4%
20,6%
14,7%
11,8%
8,8%
5,9%
2,9%
2,9%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
41
POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO
7 EIXOS COM POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO
7.2 EIXOS DE DESENVOLVIMENTO NOS SETORES
Com relação às potencialidades do município de Bocaina do Sul, os consultados foram
questionados sobre quais setores possuem potencial de crescimento em sua visão. Todos os
setores merecem destaque – indústria, comércio, serviços e agronegócio – registrando 58,8%,
55,9%, 38,2% e 61,8%, respectivamente, de potencial de crescimento na cidade.
Tabela 23 - Eixos de desenvolvimento nos setores
Indústria
Potencial de
desenvolvimento
58,8%
Atividades derivadas da agricultura, atividades
derivadas da pecuária, indústria madeireira
Comércio
Potencial de
desenvolvimento
55,9%
Comércio lojista,
Ligado ao turismo, a indústria e aos produtos
rurais
Serviços
Potencial de
desenvolvimento
38,2%
Educação e capacitação,construção civil,
Serviços especializados em geral
Agronegócio
Potencial de
desenvolvimento
61,8%
Cooperativas de produtores rurais;
beneficiamento da pecuária e agricultura
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
42
OPORTUNIDADE DE
NEGÓCIOS POR
SETOR DE ATIVIDADES
Este capítulo apresenta as oportunidades de negócio identificadas em cada setor
de atividade. Cabe ressaltar que as sugestões aqui apresentadas são oriundas da pesquisa
realizadas com lideranças do município e não representam viabilidade ou sucesso do negócio.
43
8 OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS POR SETOR E ATIVIDADE
OPORTUNIDADES
A partir da síntese das forças e fraquezas e da percepção colhida nas entrevistas
realizadas com atores do município de Bocaina do Sul, pode-se levantar algumas oportunidades
de negócios para o município.
Tabela 24 - Oportunidades de negócio por setor de atividade - indústria
Beneficiamento do mel
Indústria
Outras indústrias de
transformação
Derivados da
pecuária
Derivados da
madeira e vime
Indústria têxtil (malharia)
Beneficiamento de produtos
(empacotamento, embalagem,
distribuidora de alimentos)
Industrializar girassol
Reciclagem
Industrializar o leite
Produção de queijo
Frigoríficos e abatedouros
Indústria da madeira (plantação,
extração e beneficiamento)
Beneficiamento do vime
(artesanato)
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
44
Tabela 25 - Oportunidades de negócio por setor de atividade -Serviços
Ligados ao
turismo
Ligados ao
agronegócio
Hotéis e pousadas
Entretenimento para o turista
Restaurantes
Oficinas mecânicas
especializadas em veículos leves
e maquinários
Transporte de cargas (fretes)
Construção
Serviços
civil
Terraplanagem
Pedreiros
Agência bancária
Empresa seguro previdência
Serviços
especializados
Serrarias
Encanador
Serviços mecânicos
Domésticas
Despachante
Educação e
capacitação
Cursos técnicos e
profissionalizantes
Outros
serviços
Locadora de filmes
Academia de ginástica
Lazer e cultura
Bares noturnos
Clube de esporte
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
45
Tabela 26 - Oportunidades de negócio por setor de atividade - Agronegócio e Comércio
Agronegócio
Agricultura
e pecuária
Plantações de grãos
Criação de gado de corte e leiteiro
Lojas de vestuário;
Comércio
Supermercado (loja de rede
oportunizando preço e variedade)
Lojista
Comércio de artesanato;
Loja de informática;
Loja de material de construção;
Autopeças;
Casa de fotos.
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
46
PASSO A PASSO PARA
ABERTURA DE UM NEGÓCIO
Para tornar um negócio realidade, é preciso ter perfil empreendedor, conhecer a
realidade do mercado e organizar um plano de negócios. Este capítulo apresenta dicas dos
passos a serem realizados para maximizar a chance de sucesso no novo negócio.
47
9 PASSO A PASSO PARA ABERTURA DE UM NEGÓCIO
PASSO A PASSO
Caro empreendedor, neste documento
foram apresentadas ideias e oportunidades de
negócios para o seu município! Desta forma, há
algumas etapas que devem ser seguidas, a fim de
descobrir uma boa ideia de negócio para o seu perfil,
e também para ajudá-lo na estruturação inicial deste
negócio2.
9.1ETAPA 1: IDENTIFICANDO UMA BOA IDEIA DE NEGÓCIO
Nesta etapa, o objetivo é encontrar a ideia de negócio que mais combina com seu
perfil empreendedor. Para isso, é necessário selecionar 5 (cinco) das oportunidades de negócios
apresentadas no capítulo 8 deste documento e escolher a melhor ideia conforme seu perfil.
Figura 4 – Seleção de ideias de negócios Figura 4 – Seleção de ideias de negócios
Das ideias apresentadas, escreva abaixo até 5 (cinco) ideias que você acredita estarem mais alinhadas ao seu perfil: IDEIA A IDEIA B IDEIA C IDEIA D IDEIA E Fonte: Negócio Certo SEBRAE/SC. Programa de autoatendimento. Manuais etapas 1, 2 e 3.
Com as ideias selecionadas, é preciso avaliar o quanto elas tem relação com seu
perfil como empresário. A figura 5 traz um conjunto de perguntas para avaliar cada ideia de
acordo com seu perfil empreendedor.
2
Adaptado de Negócio Certo SEBRAE. Programa de Autoatendimento. Manuais etapas 1, 2 e 3.
48
Figura 5 – Relação entre o perfil pessoal e as ideias de negócio escolhidas
Fonte: Negócio Certo SEBRAE/SC. Programa de autoatendimento. Manuais etapas 1, 2 e 3.
49
9.1.1 AVALIANDO OS RESULTADOS
A partir da soma dos pontos apurados para cada ideia, observe o intervalo de
pontuação em que cada uma se encaixa:
• Somatório maior ou igual a 60 pontos: a ideia de negócio está de acordo com seu
perfil.
• Somatório entre 40 e 59 pontos: a ideia de negócio precisa ser melhorada.
• Somatório abaixo de 40 pontos: a ideia não está de acordo com seu perfil pessoal.
Caso duas ou mais ideias tenham a pontuação maior que 60 pontos, escolha aquela
que achar mais interessante.Caso todas as ideias tenham menos de 40 pontos, inicie uma nova
escolha ou reflita mais (pode ser que não seja o momento apropriado para abrir um negócio).
9.2 ETAPA 2: VERIFICANDO A VIABILIDADE DO NEGÓCIO
Muitas pessoas começam seus
empreendimentos a partir de um sonho,
ser dono de seu próprio negócio. Recente
pesquisa feita com empresários brasileiros,
publicada pelo SEBRAE, indica que a
área de conhecimento mais importante no
primeiro ano de atividade de uma empresa
é o planejamento.
O Plano de Negócio é um documento que reúne informações sobre características,
condições e necessidades do futuro empreendimento, com o objetivo de analisar sua
potencialidade e sua viabilidade, além de facilitar sua implantação. A seguir, estão apresentadas
questões que compõem o Plano de Negócios e que são necessárias para uma análise completa
de uma ideia de negócio.
9.2.1 COLETA DE DADOS
Nesta fase, o objetivo é reunir o maior número de informações a respeito da empresa, do
setor e do mercado. A figura 6 a seguir apresenta um conjunto de perguntas a serem respondidas
para auxiliar nesta tarefa de coletar dados para o futuro negócio.
50
Figura 6 – Coleta de dados para elaboração de um plano de negócios
Fonte: Negócio Certo SEBRAE/SC. Programa de autoatendimento. Manuais estapa 1, 2 e 3
51
9.2.2 ELABORAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS
Com as respostas obtidas na coleta de dados, procede-se à elaboração do Plano de
Negócio. Para tal, o SEBRAE/SC fornece um modelo em branco, disponível no endereço eletrônico
www.sebrae.com.br/uf/santa-catarina/para-voce/plano-de-negocio. Após o preenchimento, você
terá um resultado referente à viabilidade do seu negócio.
9.3 ETAPA 3: FORMALIZANDO O NEGÓCIO
Decidida a ideia de negócio e avaliada sua viabilidade, parte-se para a formalização
do negócio. A seguir está apresentado um roteiro básico para a legalização de uma empresa.
Figura 7 – Passos para a legalização de um negócio
Fonte: Negócio Certo SEBRAE/SC. Programa de autoatendimento. Manuais etapas 1, 2 e 3. 52
9.3.1 PASSO 1: ORIENTAÇÃO EMPRESARIAL
Para receber orientação empresarial, o empreendedor pode procurar pelo SEBRAE/
SC em qualquer de suas agências. Entre as informações prestadas estão os princípios básicos
para abertura de uma empresa, orientações quanto aos órgãos envolvidos no processo de
legalização, bem como tributos e benefícios tributários.
9.3.2 PASSO 2: CONSULTA PRÉVIA DO LOCAL
Junto à prefeitura do município,deve-se verificar a possibilidade de sua empresa
funcionar no endereço pretendido.
9.3.3 PASSO 3: BUSCA PRÉVIA PELO NOME DA EMPRESA
Dependendo do tipo de atividade da empresa, o registro será feito na Junta Comercial
- JUCESC (para Empresário e Sociedade Empresária) ou no Cartório de Registro Civil de
Pessoas Jurídicas - RCPJ (para Sociedade Simples). Nesta etapa, verifica-se a existência de
nome idêntico ao escolhido para registro da empresa. Se o nome já existe, é necessário escolher
outro.
9.3.4 PASSO 4: CADASTRO SINCRONIZADO NACIONAL
Com o cadastro sincronizado, previsto na Lei Geral de Micro e Pequenas Empresas,
em um único passo obtém-se quatro resultados: Registro de Contrato Social ou Declaração
de Empresário; CNPJ; Inscrição Estadual e Inscrição Municipal (Alvará de Licença para
Estabelecimento).
9.3.5 PASSO 5: LICENÇAS DE FUNCIONAMENTO
Dependendo da atividade da empresa e o grau de risco, ela deverá atender os
requisitos de segurança sanitária, metrologia, controle ambiental e prevenção de acidentes.
Além disso, para iniciar as atividades, é necessário solicitar, através de uma gráfica
ou contador, a impressão de notas fiscais ou autorização para utilização do cupom fiscal. As
empresas de prestação de serviços recebem autorização da prefeitura local. As empresas
dedicadas às atividades da indústria e do comércio recebem a autorização da Secretaria do
Estado da Fazenda.
53
ANEXO
54
A maioria dos empresários é do sexo masculino (79,4%) e possuem acima de 40
anos, estando mais intensamente distribuídos nos intervalos de 30 a 39 e 40 a 49 anos (44,1%,
no somatório).
Tabela 27- Sexo
Opções
Masculino
Ocorrências
27
Percentual
79,4%
Feminino
7
34
20,6%
100,0%
Total
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
Gráfico 5 - Faixa Etária
Acima de 60 anos
11,8%
De 50 a 59 anos
14,7%
De 40 a 49 anos
23,5%
De 30 a 39 anos
20,6%
De 25 a 29 anos
8,8%
De 18 a 24 anos
Até 17 anos
17,6%
2,9%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado – SEBRAE/SC, 2013
A escolaridade dos entrevistados é média-alta, sendo que 41,2% possuem ensino
médio completo e 38,2% (somatório) possuem superior incompleto/completo e ainda pósgraduação.
Tabela 28 - Escolaridade
Opções
Sem instrução
Fundamental incompleto
Fundamental completo
Médio incompleto
Médio completo
Superior incompleto
Superior completo
Pós-graduação
Total
Ocorrências
3
3
1
14
3
9
1
34
Percentual
8,8%
8,8%
2,9%
41,2%
8,8%
26,5%
2,9%
100,0%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado – SEBRAE/SC, 2013
55
ANEXOS
ANEXO 1 - PERFIL DOS ENTREVISTADOS
Sobre o cargo/função ocupado, 47% dos entrevistados são empresários e 18% são
gerentes nas organizações em que atuam.
Gráfico 6 - Perfil profissionail dos entrevistados
Extens. Rural
3%
Supervisor
3%
Vice presidente
Bancário
Auxiliar administrativo
3%
6%
Vereador
3%
Secretário Municipal
3%
Prefeito
Diretor
Gerente
9%
3%
3%
18%
47%
Empresário
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado – SEBRAE/SC, 2013
Em relação ao setor de atuação, 26,5% dos entrevistados apontaram atuar
predominantemente no setor do comércio e agronegócio e 20,6% em serviços.
Tabela 29 - Setor de atuação
Opções
Indústria
Comércio
Serviços
Agronegócio
Poder Público
Associação de classe/ONG
Total
Ocorrências
2
9
7
9
3
4
34
Percentual
5,9%
26,5%
20,6%
26,5%
8,8%
11,8%
100,0%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado – SEBRAE/SC, 2013
56
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - População e taxa de crescimento, em Bocaina do Sul, no período de 1980 a 2010
10
Tabela 2 - Participacão relativa da população residente por localização do domicílio e gênero, em Bocaina do Sul, no período
10
1980 a 2010
10
Tabela 3 - Índice de Desenvolvimento Humano no período de 1970 a 2010
11
Tabela 4 - Produto interno bruto de Bocaina do Sul e PIB per capita no período de 2002 a 2009
13
Tabela 5 - Rendimento Familiar Médio e posição do Município no Estado, em 2000 e 2010
14
Tabela 6 - Salários Médios em Bocaina do Sul, Santa Catarina, no período de 2007 a 2011
14
Tabela 7 - Número de domicílios urbanos por classe economica em Bocaina do Sul e Santa Catarina, em 2010
15
Tabela 8 - Número de empresas e empregos de Bocaina do Sul, em 2011
18
Tabela 9 - Setor da Economia
19
Tabela 10 - atividades dentro do setor agronegócio
19
Tabela 11 - Atividades dentro do setor indústria
20
Tabela 12 - Atividades dentro do setor comércio
21
Tabela 13 - Atividades dentro do setor Serviço
22
Tabela 14 - Situação atual do município de Bocaina do Sul
23
Tabela 15 - Carências e demandas 26
Tabela 16 - Pontos fracos do setor da indústria
28
Tabela 17 - Pontos fracos do setor do comércio
30
Tabela 18 - Pontos fracos do setor dos serviços
33
Tabela 20- Impedimentos ao desenvolvimento de novos negócios
35
Tabela 19 - Pontos fracos do setor do agronegócio
35
Tabela 21 - Síntese de forças e fraquezas so município
39
Tabela 22 - Vocação do município
41
Tabela 23 - Eixos de desenvolvimento nos setores
42
Tabela 24 - Oportunidades de negócio por setor de atividade - indústria
44
Tabela 25 - Oportunidades de negócio por setor de atividade -Serviços
45
Tabela 26 - Oportunidades de negócio por setor de atividade - Agronegócio e Comércio
46
Tabela 27- Sexo
55
Tabela 28 - Escolaridade 55
Tabela 29 - Setor de atuação
56
57
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Localização do município, em 2013
9
Figura 2 – Mapa do município, em 2013
9
Figura 3 - Mapa de extrema pobreza e desigualdade dos municípios catarinenses, em 2010
12
Figura 4 – Seleção de ideias de negócios
48
Figura 5 – Relação entre o perfil pessoal e as ideias de negócio escolhidas
49
Figura 6 – Coleta de dados para elaboração de um plano de negócios
51
Figura 7 – Passos para a legalização de um negócio
52
58
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Coeficiente de Gini
11
Gráfico 2 - Consumo per capita R$/ano por habitante em Bocaina do Sul, Santa Catarina e Brasil, em 2010
14
Gráfico 3 - Número de taxa de criação de empregos e empresas formais em Bocaina do Sul
17
Gráfico 4 - Número de empresas e empregos formais de Bocaina do Sul, segundo o setor, em 2011
18
Gráfico 5 - Faixa Etária
55
Gráfico 6 - Perfil profissionail dos entrevistados
56
59
60
61
62
63
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