DA I N D Ú S T R I A ORGAO DAS oficial do INDUSTRIAS GRÁFICAS N O E S T A D O DE S À O NÚM ERO 6 GRÁFI CA sindicato PAULO ' S Ã O P A U LO , 1 D E F E V E R E IR O D E 1950 ANO I lAKfioMacâo- de Ohaieüat fyityicoMuitas são. as reclamações da Indústria Gráíica a propósito do critério adotado pela Carteira de Importação e Exportação do Banco do Brasil com relação à concessão de licença-prévia e pedidos para a importação de mate riais gráficos. Desde a publicação do decreto regulando o assunto, tem nosso Sindi cato procurado contornar as dificuldades surgidas, mantendo-se em contac to com aquela secção do Banco do Brasil em São Paulo, sem contudo lograr maiores êxitos nesses contactos. Agora, vem nosso Sindicato de enviar ao Rio o diretor dêste BOLE TIM com a incumbência de se entender com o Sindicato das Indústrias Grá • ficas sediado naquela capital a respeito das dificuldades, ou melhor, das ne cessidades da mesma indústria na capital federal, e que são as mesmas que as nossas. Desses entendimentos resultou um acordo entre as duas entida des máximas da Indústria Gráfica das duas capitais, que vão dirigir uma re presentação à Carteira de Importação e Exportação do Banco do Brasil expli cando os resultados maléficos a êste setor industrial com a atitude daquele órgão coordenador das nossas importações. Na realidade, a Indústria Gráfica atravessa maus momentos com a fal ta de máquinas, materiais e peças, cuja importação não lhe é permitida, ou lhe é permitida em bases que são o mesmo que proibi-la. A importação de má quinas e materiais para a indústria gráfica, merece dos poderes competen tes um estudo à parte, por se tratar de assunto complexo. Leis e portarias que servem para outras indústrias, não servem para a nossa, eis que nossas necessidades reais somente poderão ser constatadas por técnicos no assunto, e não apenas técnicos em questões de importação em geral. * Por essa razão, e também por muitas outras indiscutíveis, esperamos sanando assim uma angustiosa situação para a indústria que produz impressos, que a CEXIM leve em consideração a representação que lhe será enviada, P A G IN A 2 TABELAMENTO DO LIVRO DIDÁTI CO — As editoras paulistas têm-se mani festado contrárias ao tabelamento do livro didático, tabelamento êsse pretendido pela C. C. P. Falando aos jornais, diversos edi tores apresentaram seus pontos de vista, em que julgam impraticável o tabelamento, principalmente pela complexidade do as sunto, pois a interferência no preço do li vro determinaria consequentemente outros tabelamentos. A MAIOR BIBLIOTECA DO CONTI NENTE — No dia de São Paulo, 25 do pas sado, procedeu-se ao lançamento da pedra fundamental da Biblioteca infantil Muni cipal, “ a maior biblioteca infantil do con tinente” , segundo os jornais. Essa Biblioteca, que servirá de modêlo-padrão às demais que venham a ser construidas no Brasil, será erguida no quarteirão situado entre as ruas Cesário Mota, Major Sertório, General Jardim e Vila Nova. E segundo se anuncia, parte da biblioteca funcionará ainda êste ano. A propósito, publicamos o movimento das bibliotecas infantis da Prefeitura des ta capital durante o ano passado: total de leituras no recinto das bibliotecas, 194.410; livros circulantes, 47.293; total geral de lei turas, 241.703. Frequência, 87.099; frequên cia da Secção Braille, 912; total de fre quências, 88.011. A SITUAÇÃO DA IMPRENSA NO MUN DO — Com 1.781 jornais diários, tendo uma tiragem global de 52.300.000 exemplares, os Estados Unidos detêm o primeiro lugar na difusão de periódicos em todo o mundo. A União Soviética coloca-se em segundo lugar, com uma circulação de 31 milhões de exem plares, seguida da Inglaterra, com 29.720.000. O “Anuário Estatistico” , publicado pela Secretaria de Estatistica das Nações Unidas, que fornece esses dados, declara que, na cir culação, “ per capita” , a Ingraterra figura em primeiro lugar, com a media de 600 jor nais para mil pessoas. Segue-se o Luxembur go, com 455 jornais por mil habitantes, a Áustria com 425, a Suécia com 405 e os Es B O L E T IM D A IN D Ú S T R IA G R Á F IC A tados Unidos com 357. Dentre as' nações onde a circulação de jornais é meaior, o Anuário cita a China, com 10 exemplares para mil habitantes, e o índia, com 5. Para a França, não comprendida a Algeria, o Anuário indica, em janeiro de 1949, um to tal de 163 jornais, com tiragem global de 11.540.000 exemplares, ou seja, 280 exem plares para mil habitantes. Os demais paí ses são assim relacionados pelo Anuário em relação ao ano de 1948: Canadá, 95 jor nais, 3.226.000 exemplares, 250 exemplares por mil pdssoas; Itália, 105, 5.109.000; 109 por mil; Bélgica, 47, 2.850.000, 338 por mil; Suiça, 117, 1.637.000, 335 por mil; Espanha, 75, 1.620,000, 60 por mil; Polônia, 36......... 2.500.000, 105 por mil; Hungria, 48, 998.000, 109 por mil; Iuguslávia, 17, 1.628, 80 por mil. Os dados referentes à Iugoslávia e à Hun gria referem-se apdnas a um mês. O BRASIL EM PRIMEIRO LUGAR — Na Primeira Exposição Mundial de Arte Foto gráfica, encerrada no dia 20 do passado, na capital federal, o Brasil venceu os demais trinta e três países concorrentes, levantan do o maior número de pontos. O Brasil, que já havia vencido na Exposição Inter nacional da Áustria, confirma assim seu invulgar desenvolvimento artístico. BOLETIM DA INDÚSTRIA GRÁFICA ÓRGÃO o f ic ia l do s in d ic a t o das IN D Ú STRIA S G R Á FICA S N0 EST. S. PAULO S. FERRAZ D IR ETO R PAULO BREDA FILHO A N T Ô N I O S O D R É C. C A R D O S O A IL T O N L U IZ DE PAU LA COLABORADORES REDAÇÃO E A D M IN IS T R A Ç Ã O : 5.0 A N D A R , S A L A PRAÇA DA SÉ, 508 - F O N E 2-4694 - S Ã O 399 PAU LO Composto e Impresso na Escola de Artes Gráficas do S E N A I B O L E T IM D A IN D Ü S T R IA G R Á F IC A M ovimento da Junta Comercial Extraímos do “Diário Oficial” do Estado, na primeira quinzena dêste mês, o seguinte movimento da Junta Comercial com relação a firmas grá ficas e correlatas, em suas sessões de 20-12-49, 23-12-49 e 27-12-49, ratifi cadas pelas de 23-12-49, 27-12-49 e 30-12-49, respectivamente: CONTRATOS N.° 117.822 — Carbone e Carboni Ltda. — Capital — Rua Elisa Witacker, 235 — fa brico de caixas de papelão e afins. — CrS.. . 30.000,00 partes iguais — Antonio Carbone e Armando Carboni, brasileiros. — Indeter minado a partir de 1-4-49. — ass. 14-12-49. N.° 117.857 — Limonti e Cia. — Franca — Rua Saldanha Marinho, 696 — indústria de cartonagem e correlatos — 20.000,00 em par tes iguais — Luiz Limonti e Luiz Gonzaga Junqueira, brasileiros ■ — indeterminado a partir da data da assinatura do presente con trato — assinado 4-12-49. N.° 117.988 — A. Rosner e Cia. Ltda. — Capital — Rua das Palmeiras, 49 — artigos para escritórios em geral. — CrS 20.000,00 em partes iguais — Alfred Rosner e Lothar Bernhard Kroner, alemães. — indetermina do — ass. 19-12-49. N.o 117.990 — Carbex, Indústrias Quími cas Ltda. — Capital — R. Rosa e Silva, 156 — fabricação, acondicionamento e venda de papel-carbono, fitas para máquinas e outros artigos químicos conexos, etc., por conta própria ou de terceiros. — Cr$ 2.000.000,00 dividido em 2.000 quotas de 1.000 cada uma sendo 500 quotas de Kartro S. A. Importado ra e Distribuidora, 500 de Asite Ltda., 500 de Charles Trostli, austriaco, 200 de Hanns Victor Trostli, austriaco; 200 de Kurt Georges Trostli, sem nacionalidade, natural de Viena e 100.000,00 de Helene Marie Erdos, sem nacionalidade, natural de Viena. -—inde terminado. — ass. 16-11-49. N.° 118.037 — Estaleiros de Construções Náuticas Jomar Ltda. — alt. para Fábrica P Á G I N A 'I NÃO É MAIS DO QUE UMA PROVA A expressão acima geralmente precede a apresentação de tantas atrocidades que merecem o nome de "provas", e porisso cremos não serão demais duas palavras aos colegas impressores que se admiram de ver uma ou outra vez escapar-lhes um bom cliente. Com demasiada frequência, as provas são simplesmente legíveis... e nada mais. Os motivos por que tantos bons impressores apre sentam provas de duvidosa claridade e de tão notória falta de limpeza, são vários. E o primeiro é a famigerada "pressa"; porém, não sc deve esquecer também a limpeza da prensa de prova e rôlo entintador, a qual não se costuma fazer desde sabe Deus quanto tempo. . . A s provas, na realidade, merecem ser objeto de grande cuidado e atenção, e sua apresen tação deve assemelhar-se o mais possível à do trabalho acabado. Dêste modo se demonstrará o esmêro do impressor, assegurando um pro veitoso efeito junto ao cliente. Não poucas vezes se enviam ao cliente provas com letras machucadas, fios desgustodos, palavras mal deletreadas, letras de di ferentes famílias e outros erros fáceis de cor rigir-se. E não obstante elas assim vão às mãos dos fregueses, enquanto o vendedor ou o empregado é obrigado a acusar a tipografia com a clás sica frase: "É somente uma provai". O que pode acontecer, então, é que o efeito que isso produz no cliente é a causa de seu pos terior afastamento. (Condensado de "Artes Gráficas", Uruguai, ed. 2). Nacional de Máquinas e Materiais Gráficos “ Jomar’’ Ltda. — Capital — cont. 47.267, alt. 92.24 — E’ admitido Jorge Alfredo Rebske, que também assina Jorge Rebske, brasileiro — O capital de 150.000,00 fica elevado para 500.000. 00, sendo 350.000,00, do novo sócio, 147.000. 00 de Alberto Rebske e 3.000,00 de Maria de Lourdes Moreira — indeterminado — ass. em 30-11-49. N.° 135.901 — Amadeu Pó — Capital — R. Clélia, 2.192 — impressos litográficos — Cr$. 50.000,00 — brasileiro — inicio em 1-10-49. B O L E T I M L íA I N D U S T R I A G R Á F I C A CONS UL TA S AO S I N D I C A T O Nosso Sindicato recebeu, duran te a primeira quinzena dêste mês, 92 consultas por telefone, 11 ver bais e 8 por cartas, estas tôdas do interior, num total de 111 consultas. Muitas são as consultas de or dem técnica que ultimamente te mos recebido, as quais são atendidas pelo nosso Departamento de Pesqui sas em Artes Gráficas. Folgamosregistar êsse aumento de consultas de ordem técnica, pois isso vem demons trar interêsse no melhor conhecimen to das coisas sôbre artes gráficas. NOVOS APRENDIZES GRÁFI COS FORMADOS PELO SENAI RECEBERÃO SUAS CARTAS DE OFÍCIO Em Dezembro findo, 7 aprendizes de ofi cio da Escola de Artes Gráficas do SENAI, que completavam o 6.° têrmo de aprendizagém, foram submetidos às provas de Cál culo Técnico, Tecnologia, Desenho Gráfico e de Oficina, na presença de representantes do nosso Sindicato e do Sindicato dos Tra balhadores na Indústria Gráfica. O resul tado, após a avaliação das provas, acusou 6 candidatos habilitados e um inabilitado. Em data oportuna, junto aos demais aprendizos formados por outras Escólas SENAI, será efetuada a outorga das Cartas de Ofício aos seguintes aprendizes gráficos: Linotipista: Oswaldo Telles (Impressora S. Paulo); Impressores: Antonio Teixeira Bran de (Irmãos Gonçalves), Natalino de Sevo (Casa Alpha Ltda.) e Osiris Pinheiro (Gráf. Aligani & Filhos); e Encadernadores: Diogo Vilar Peres (Comp. Paulista de Pa péis e Artes Gráficas) e Henrique Fer nandes (Cia. Melhoramentos de S. Paulo). (ZfrmÁmicacLo-ti<dxS- SwxUcota EXPOSIÇÃO EXTRAORDINÁRIA Como é de conhecimento de to dos, inaugurou-se no dia 25 passado, dia de São Paulo, a Exposição Extra ordinária da Indústria na Galeria “Prestes Maia” , em que nosso Sindica to toma parte. Do que foi a imponente inaugu ração, que contou com a presença do sr. Governador do Estado e altas au toridades civis e militares e foi par te das festividades com que se come morou a passagem do 396.° aniver sário da fundação de São Paulo, os jornais largamente noticiaram com riqueza de detalhes, razão por que nos abstemos de comentar. Como já dissemos em nossa edição anterior, a carência de espaço e exiguidade do tempo para a preparação de nossa mostra, não nos permitiram contar com o colaboração de todas as firmas que prontificaram a colaborar conosco nessa iniciativa louvável do Departamento da Produção Industri al, da Secretaria do Trabalho, Indútria e Comércio, com o fito de trazer ao co nhecimento do público o que se faz em nosso meio industrial. Aliás, seja dito de passagem que a Exposição está logrando os maio res êxitos, pois as mostras nela con tidas são bem o reflexo da pujança e do adiantamento da indústria pau lista, sem favor algum considerada a pioneira de nosso continente. Em nossa mostra, em que pre tendemos abranger todos os seto res da Indústria Gráfica, pode-se ter uma visão clara do que se produz em nossa terra na indústria-arte ini ciada por Gutenberg. As firmas expositoras souberam aproveitar-se de motivos que não somente atraem a atenção dos leigos em assuntos grá ficos e lhes facilita a compreensão, bem como interessam aos profissio nais. Por isso mesmo tem desperta do desusado interêsse a frequência assídua de inúmeros visitantes. DA INDÚSTRIA PAULISTA São as seguintes as firmas expositoras na mostra de nosso Sin dicato : Companhia Litográfica Ipi ranga, Graphicars— F. Lanzara S. A., Companhia Melhoramentos de São Paulo, Indústrias Reunidas Irmãos o. Spina S. A., Indústria Gráfica Siquei ra S. A., Sociedade Técnica Bremensis Ltda., Funtimod -—•Fundição de Tipos Modernos Ltda., Impressora São Pau lo, Clicheria Idex Ltda. e Indústrias Brasileiras de Lapis Fritz Johansen S. A. SALÁRIO MÍNIMO O sr. Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio já fez a nomeação das comissões que irão estudar, em cada Estado, as condições de vida e o ní vel econômico popular, para efeito do t reajustamento das tabelas de salário mínimo. , IGUALDADE DE SALÁRIO PARA AS MULHERES A Organização Internacional do Trabalho, órgão sediado em Genebra (Suiça), adotou a resolução que es tabelece a defesa de igual salário pa♦ ra a mulher, no mesmo trabalho exe cutado pelo homem. Isto nós já encon tramos na C. L. T. em seu artigo 461 e parágrafos, e na Constituição de 1946, artigo 157, que proíbe, em seu item II, a diferença de salário para um mesmo trabalho, por motivo do sexo, idade, nacionalidade ou estado civil. B O L E T IM DA IN D Ú S T R IA G R A F IC A ESCOLAS DE ARTES GRÁFICAS DO RIO O diretor dêste BOLETIM, quando enviado pelo nosso Sindicato à capi tal da República, teve oportunida de de visitar a Escola de Artes Grá ficas do SENAI e a Escola de Apren dizagem de Artes Gráficas da Im prensa Nacional. Na Escola 1-2 do SENAI foi o nosso enviado cordialmente recebido pelo diretor, dr. Dyvaldo Ferreira d’01iveira, sr. Paulo de Almeida, instrutor-chefe, e demais instrutores, tendo percorrido demoradamente não somente aquela Escola como as demais que funcionam no imponente prédio da rua Costa Lobo n.° 62. Na Escola de Aprendizagem de Ar tes Gráficas da Imprensa Nacional, o visitante se demorou em interessan tes palestras com o prof. Francisco Paula Achilles, diretor geral do De partamento de Imprensa Nacional, sr. José Alves Correia, diretor da Escola, e diversos professores, que gentilmen te forneceram todos os detalhes pedi dos sôbre êsse exemplar estabeleci mento. Do que lhe foi dado observar nes sas proveitosas visitas a essas ótimas escolas de artes gráfica*— o que é digno do conhecimento de todos os nossos agradecimentos pela fidalga um resumo em nossas próximas edi ções. Por estas colunas apresentamos os agradecimentos pela fidalga acolhi da com que foi recebido o enviado de nosso Sindicato. Vende-se um cavalete "Moderno", caixas de 65 x 44 cm, novo. Telefonar para 2-4694. P A G IN A 6 Em nossa notícia sôbre a Exposição da Galeria "Prestes M aia", dissemos que a mostra que nosso Sindicato nela mantém tem despertado desusado interesse por par te dos visitantes. A propósito dêsse interesse, cabe aqui um reparo. Não é de hoje que temos nota do que o público em geral se interessa pe lo conhecimento da arte dos tipos móveis. Ela tem mesmo o dom de despertar interêsse, principalmente nos leigos. Infelizmente, é um interesse que não tem tido aco lhida no seio da Indútria Gráfica, que, sen do embora o veículo da propagação de idéias a respeito de tudo o que se faz no mundo, estranhamente silencia quando se trata de mostrar sua pujança, seu valor, suas realiza ções — e, acima de tudo, sua IN D IS P E N S Á V EL C O L A B O R A Ç Ã O para todo e qualquer empreendimento de outras indústrias, do comércio, de tudo enfim, que se inicie ou se planeje. Eis porque, a nosso ver, suas reinvindicações quase sempre são relegadas ao es quecimento, e ainda não conquistou o lu gar que lhe é devido — pois não há negar B O L E T IM DA IN D Ú S T R IA G R A F IC A que continua situada em lastimável plano de inferioridade. Talvez por se tratar de uma indústria-arte. . . Em todos os paises a indústria gráfica goza de uma situação ímpar. Êsse lugar lhe é devido pela sua própria razão de ser. Geralmente não gosta muito de sair de seu semianonimato, como todo bom cidadão conciente do dever de dar tudo de si, sem que nada receba em troca, pelo bem e pro gresso de seu torrão natal. Mas, hoje em dia, os que não falam de si tornam-se es quecidos, nada conseguem e muitas vezes não sobrevivem. A Indústria Gráfica íem seus problemas, graves problemas, que pre cisam ser conhecidos de todos. E mos trando o que ela faz, o que vale, é certo que muito mais fácil lhe será pleitear o o que lhe falta para que possa fazer mais ainda. Nós do Sindicato sempre estaremos dispos tos a fazer algo, por insignificante que se ja, em prol das artes gráficas em nossa terra. Só esperamos a colaboração dos se nhores industriais gráficos. — S. F. EM VISITA AO NORTE DO PAÍS REPORTAGEM SOBRE A EX POSIÇÃO INDUSTRIAL Viajou, com uma caravana de funcionários do SENAI, em visita aos estados nordestinos, o sr. Luiz Bernardino, instrutor-chefe da Escola de Artes Gráficas do SENAI em S. Pau lo. Nessa viagem de estudos, o sr. Bernardino, por sugestão nossa, visitou os Sindicatos das Indústrias Gráficas dos Estados da Bahia, Pernambuco e Ceará, tendo estabelecido contacto com os industriais ali estabelecidos. Percorreu cerca de 14 oficinas gráfi cas e visitou Escolas de Aprendiza gem dos Departamentos do SENAI daqueles Estados. O Departamento da Produção Industrial, da Secretaria do Traba lho, Indústria e Comércio, instituiu um concurso da melhor reportagem sôbre a Exposição Extraordinária da Indústria, instalada na Galeria “Pres tes Maia” Poderão tomar parte nesse con curso todos os profissionais da im prensa da capital e do interior, sob as bases divulgadas pela imprensa. Ao vencedor será concedido um prêmio, em dinheiro, no valor de cin co mil cruzeiros, prêmio êssè que te rá o nome de Benedito Chaves, em homenagem à memória desse profis sional da imprensa paulistana recen temente falecido. B O L E T IM DA IN D Ú S T R IA G R Á F IC A ______________ < - “ BRASIL GRÁFICO” Segundo nos comunicam, está sen do ultimada a feitura do segundo número da revista “Brasil Gráfico” , correspondente a fevereiro corrente, e que circulará dentro da primeira quinzena em início. Como de costume, nosso Sindi cato distribuirá essa publicação es pecializada em assuntos gráficos, cu jo lançamento foi muito bem recebi do e apreciado pelo seu excelente feitio tipográfico e critério redacional, a todos os seus associados. LIMPEZA DE NUMERADORES AUTOMÁTICOS Se os numeradores estão sujos com tinta endurecida, ou se for necessário desmontá-los porque alguma de suas peças esteja quebrada, é bom fervê-los durante uma meia hora para que se limpem bem. Nêste processo todas as peças do numerador devem conservarse juntas num recipiente de metal. Pre para-se uma solução de quatro litros de água, uma .colherada de soda cáus tica e cinco graus de cianúria de potás sio. Èste é um agente limpador muito efetivo. O outro é “oakite,” mas não se deve usar nas rodas feitas de substân cias outras que metálicas. Quando se retira o numerador da solução, todas rs suas peças devem ser secadas muito bem. Logo esfregam-se as mesmas com um trapo embebido de uma mis tura de uma parte de querosene e duas ou três partes de benzina para evitar que fiquem aderidos resíduos de bor racha ou depósitos da solução limpadora nas rodas. Usa-se ar comprimido para acabar de secá-las. Antes de reu nir de novo as peças, estas devem ser lubriíicadas cuidadosamente com óleo bem grosso, exceção feita aos al garismos. Logo reunem-se os numera- P Á G IN A 7 ESTUDOS ECONÔMICOS A Confederação Nacional da In dústria, do Rio, que já publica o interessanté e bem orientado “Boletim de Informações” , vai lançar agora a revista “Estudos Econômicos” , orga nizada sob a responsabilidade do De partamento Econômico daquela en tidade'. Entre as matérias do primeiro número de “Estudos Econômicos” , que está sendo impresso, figuram as seguintes: Situação Cambial (posi ção brasileira face às desvalorizações monetárias), Repressão aos Abusos do Poder Econômico (exame do pro jeto de Lei no Congresso), Produção Industrial Brasileira e Relatório da Comissão Mista Brasileiro-Americano de Estudos Econômicos (Missão Abbink). “Estudos Econômicos” aparecerá inicialmente de três em três meses, e nela serão publicados normalmen te estudos sôbre vários ramos de in dústria: regiões do país, questões na cionais de atualidade, problemas do comércio internacional, planos de de senvolvimento econômico pelo mun do, revista bibliográfica, etc. dores, assegurando-se de que a molapente permaneça firmemente para fusada para que haja própria tensão e que as rodas funcionem devidamen te. Se o numerador não for usado por algum tempo, deve ser embrulhado em papel oleado. Antes de ser usado, enxuga-se a face dos algarimos com um trapo limpo para tirar-lhes qual quer resíduo de óleo que possa ter aderido. Aplica-se tinta com o dedo sôbre cada algarismo para poder obter^ impressões boas e limpas desde o co-' mêço da tiragem. ( “Boletim Linotípico” ) P A G IN A 8 B O L E T IM D A IN D Ú S T R IA G R Á F IC A PALESTRA SÕBRE ARTES GRÁFICAS A convite do Departamento Regional do SEN AI em S. Paulo, o sr. Francisco Cruz Maldonado, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de S. Paulo, pronunciará uma conferência, ilus trada com projeções, sob o tema “Progresso das Artes Gráficas nos Estados Unidos”. Nessa ocasião o sr. Maldonado relatará em seus aspectos mais interessantes a viagem que realizou no ano findo em vários países latino e norte-americanos, detalhando as visitas feitas às mais importantes indústrias gráficas e correlatas dos Estados Unidos. A palestra terá lugar no 4.° andar da Escola “Roberto Simonsen” do SENAI, à rua Monsenhor Andrade, 298, na próxima sexta-feira, 9 do corrente. Vultos das Artes Gráficas FIRMINO DIDOT Sempre que possível, nosso BOLE TIM publicará uma resumida biogra fia sôbre pessoas relacionadas a des cobertas ou aperfeiçoamentos na arte dos tipos móveis. Iniciamos hoje com alguns dados a respeito de. Firmino Didot. Todos os que trabalham em artes gráficas em nosso país sabem que a medida tipográfica aqui adotada é a Didot, que tem êsse nome por ter sido criada por Firmino Didot. Eis al guns dados biográficos do autor do sistema de medidas tipográficas por nós usado: Filho de Francisco Ambrósio Didot, Firmino distinguiu-se pelo amor às letras e pelo impulso que deu à arte tipográfica, arte essa também cul tivada por seu pai. Seus trabalhos sobressaiam pela ni tidez do desenho e pela delicadeza das formas. Deve-se a Didot a criação de vários tipos de letras onde a combi nação do corpo e do perfil formam um conjunto perfeito e harmonioso sem estabelecer confusão. Em 1795, Didot imaginou fixar os tipos móveis e empregou pela primei ra vez êsse processo na impressão da “Tábua de Logarítimos” de Gallet. Graças a êsse processo logrou desco brir a .estereotipia (nome dado por êle). Publicou, em seguida, em edições esteriotipadas, as obras dos clássicos franceses e latinos, cujo trabalho foi muito apreciado. Infelizmente essas cé lebres edições já não são mais encon tradas. Sua tipografia foi a escola de onde sairam artistas que deixaram nome na tipografia francesa. Entre seus discípulos cumpre salientar Paul Renoard, Paul Dupont, Pinard, Jules Clayre, Brun, August Bernard e Henri Fournier. Firmino Didot nasceu em 1764 e faleceu em 1834.