APIFARMA Lisboa, 25 de Junho 2015 Introdução OBJECTIVOS A QUE O SINATS SE PROPÕE: • Maximizar os ganhos em saúde e a qualidade de vida dos cidadãos • Contribuir para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde • Garantir a utilização eficiente dos recursos públicos em saúde • Monitorizar a utilização e a efetividade das tecnologias • Reduzir desperdícios e ineficiências • Promover e premiar o desenvolvimento de inovação relevante • Promover o acesso equitativo às tecnologias Avaliação de Tecnologias em Saúde PRINCIPAIS ALTERAÇÕES: • Nas tecnologias incluídas no sistema • Nos critérios de avaliação • Nos procedimentos de avaliação • Na introdução da reavaliação (avaliação ex-post) • Na disseminação da informação resultante da avaliação • Nos regimes de comparticipação e avaliação prévia • No envolvimento da sociedade, dos doentes e dos stakeholders Fonte: Joao Martins, INFARMED IP (apresentações sobre o SiNATS) + Aperfeiçoar o regime de avaliação das tecnologias de saúde, um processo no qual Portugal tem sido pioneiro. + Abranger todas as tecnologias de Saúde e não apenas o medicamento, como até agora. + Criar de condições para que o Serviço Nacional de Saúde possua informação transparente sobre a utilização das mesmas. - Capacidade de resposta, nos prazos legalmente definidos para a avaliação dos medicamentos, não parece assegurada. - Várias alterações legislativas no campo do medicamento que não são concretizadas no documento legal, o que implica um grande nível de incerteza e insegurança para as empresas. - Esta incerteza jurídica põe em causa a estabilidade legislativa que tem sido acordada com o Ministério das Saúde, através dos Acordos celebrados desde 2012. Dúvidas e Incertezas • Nos procedimentos de avaliação, em particular na articulação entre as várias entidades: o INFARMED IP (avaliação técnica vs avaliação terapêutica e económica); o CNFT (inclusão no FNM /aquisição pelos hospitais); o Comissões de Farmácia e Terapêutica de cada hospital (Que papel?). • Nos procedimentos de reavaliação das tecnologias de saúde, de acordo com um plano anual do SiNATS: o Conhecimento prévio /planeamento ponderado em conjunto com os TAIM, em particular no âmbito da comparticipação, conferindo às empresas a previsibilidade necessária à sua operacionalidade; o Especificidade do procedimento no caso das tecnologias de saúde que são comercializadas ao abrigo de contratos e que preveem prazos de revisão. Riscos e Desafios (1) PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: • Papel central da CATS: requer aumento substancial do numero de peritos (> 50) para responder adequadamente aos prazos; • Sobreposição do papel da CNFT: esta Comissão vem assumir um papel de sobreposição no procedimento de avaliação, não respeitando as normas reguladoras dos outros órgãos (EMA, INFARMED IP, DGS e a própria CATS); • Sobreposição de avaliações (nacional vs UE): requer integração com os resultados da avaliação na rede europeia (EUnetHTA) Riscos e Desafios (2) MULTIPLICAÇÃO DE PROCEDIMENTOS: • A duplicação de procedimentos cria um risco de falta de equidade nacional no acesso aos medicamentos entre o acesso dos doentes do SNS, comparativamente aos doentes que não recorram ao SNS. • A existência de multiplicação da avaliação de medicamentos significa que qualquer medicamento já aprovado pelo INFARMED ainda terá de ultrapassar mais processos de avaliação antes de poder ser disponibilizado aos doentes, o que representa uma desnecessária burocratização com consequente atraso no acesso do doente ao medicamento. Em suma …Um Processo Complexo Comissão Nac. Farmácia e Terapêutica (CNFT) - Parecer para inclusão (ou não) do medicamento no FNM FNM Avaliação/ Identificação das condições de utilização (SNS) Integração das várias vertentes que compõem o SiNATS FÓRUNS DE DISCUSSÃO: 1. SiATS – mapeamento, necessidades (coortes?), prioridades e implementação 2. Orientações Metodológicas dos Estudos de Avaliação Económica de Tec. Saúde 3. Publicação de estudos económicos (tipos de informação, formatos, suportes, prazos…) 4. Informação resultante da avaliação de tecnologias (adaptação a diferentes públicos) 5. Integração dos doentes e stakeholders na decisão (fases, procedimentos…) 6. Dispositivos médicos (diferenças, prioridades e adaptação gradual…) 7. Medicamentos órfãos (diferenças, bases de dados, monitorização da efetividade…) A APIFARMA integra 5 fóruns de discussão NOTAS FINAIS IMPORTANTE ASSEGURAR: • Avaliação clínica e económica robusta e independente, com respeito pelos acordos e pelas normas europeias • Processo transparente, assegurando o direito ao exercício do contraditório • Processo célere, alinhado com as melhores práticas internacionais e recomendação europeia • Acordos de partilha de risco, para tecnologias com marcada incerteza nos resultados • Envolvimento dos vários parceiros para estipular qual a informação a recolher prospectivamente e definir a priori os critérios clínicos de resposta terapêutica e obrigações de reporte • Clarificação das competências atribuídas a cada um dos vários agentes do sector; CATs, CFTN, …. • Implementação de forma gradual, garantindo as competências técnicas e capacidade operacional necessárias • Recursos e Meios suficientes OBRIGADA CRISTINA CAMPOS