ESCOLHA NACIONAL
O incomparável
sabor e aroma da
fruta portuguesa
Os produtos que chegam ao mercado pelas mãos dos associados do Clube de Produtores
Continente oferecem uma garantia inquestionável de qualidade e frescura. É o caso das
frutas produzidas pelas quatro empresas referenciadas nestas páginas.
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ESCOLHA NACIONAL
Frutas Almério
Diversificação é a palavra-chave
Sediada no sopé da serra da Gardunha, a Frutas Almério é uma empresa familiar, fundada em 1992, que
emprega 65 colaboradores na época alta. Para além de
cerejas, produz também ameixas, pêssegos e nectarinas, o que torna Almério Oliveira, o seu proprietário,
um dos produtores individuais com maior capacidade produtiva daquela região. Foram selecionadas as
mais recentes variedades de pêssego e nectarina, que
associadas ao clima da Cova da Beira produzem uma
fruta de sabor e aroma incomparáveis.
A Frutas Almério possui mais de 60 hectares de pomares de frutas de caroço atualmente em produção,
mas Almério Oliveira espera aumentar substancialmente a produção a curto prazo. Encontram-se cerca
de 45 hectares em fase de plantação, com o objetivo de
reforçar a capacidade produtiva, bem como de diversificar os produtos com damascos, romãs, marmelos
e dióspiros. Estes novos frutos, além de responderem
às solicitações do mercado, alargam o período de atividade da central frutícola, tornando-a mais eficiente.
Situada na freguesia de Soalheira, Fundão, a central
foi integralmente renovada em 2009, e os investimentos passam agora pelo aumento da capacidade
de armazenamento. Estes investimentos, adianta Almério Oliveira, são suportados na garantia de que o
Clube Produtores Continente oferece o escoamento
da produção através dos contratos-programa estabelecidos.
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ESCOLHA NACIONAL
Valério e Silva
Um sonho
tornado realidade
Era um jovem cheio de projetos e de sonhos por
concretizar quando, nos anos 80, tirou o curso de
jovem agricultor e se instalou em terrenos arrendados, que viriam a ser comprados posteriormente. Fernando Valério cedo trocou os estudos pela
agricultura, uma atividade de que sempre gostou,
e nunca se acomodou às situações adversas desta
atividade.
A exploração, situada na freguesia de Orjais, na encosta da serra da Estrela, é banhada pelas margens
do rio Zêzere, e possui as condições agropecuárias
ideais para a produção de pêssego e de maçã.
A produção era inicialmente vendida “a quem aparecesse”, mas foi sendo alargada aos mercados
abastecedores de Lisboa e do Porto, à medida que
crescia a estrutura e a confiança. Quando surgiu
a oportunidade de aprovisionar um supermercado,
as condições técnicas eram ainda escassas, mas
Fernando Valério arregaçou as mangas e começou
a “carregar os carros à mão”, revela. Nesta altura
e porque a empresa crescera como havia sonhado,
houve necessidade de incluir outros sócios, que
criaram a Valério e Silva, Lda. tal como a conhecemos hoje.
A empresa integrou o Clube de Produtores Continente no ano de 2008. “Com o clube temos crescido
ao nível da qualidade e do prestígio e com ele pretendemos dar continuidade a este desafio que nos
é colocado constantemente, pois as exigências de
mercado são cada vez maiores”, diz Fernando Valério, que louva a promoção dos produtos nacionais.
“Estamos cientes que todos crescemos para formarmos esta grande família que é o Clube de Produtores Continente”, remata.
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ESCOLHA NACIONAL
Rodrifrutas
A aposta na produção
de uvas de mesa
É longa a tradição de cultivo de uvas na Arruda dos Vinhos. Esta
zona, para além de possuir solos de grande riqueza para a produção deste fruto, especialmente a casta Dona Maria, apresenta
ainda um relevo de encosta que permite às cepas uma prolongada exposição solar e um clima temperado que é um dos fatores
determinantes para o crescimento deste apreciado fruto.
É nesta terra que Mário Rodrigues, da Rodrifrutas, um dos maiores produtores nacionais de uva de mesa, tem a sua base. Do alto
da autoestrada que atravessa a Quinta da Granja, exploração de
280 hectares, é visível uma admirável imensidão de vinhedos.
Lá em baixo, pressente-se a azáfama diária dos trabalhadores da
exploração, “todos portugueses”, frisa o produtor. E quando se
lhes explica que é preciso um “modelo” para ilustrar a reportagem, a recusa é dita de uma forma gentil: “Não há cá tempo para
fotografias”, sentencia uma senhora, sorrindo, enquanto transporta uma caixa de uvas para uma carrinha. A Rodrifrutas SAG
Lda., criada em 2004, é uma empresa de cariz familiar, com vasta
tradição na produção e comercialização de produtos frutícolas, e
surgiu da cisão com outra empresa com 50 anos de experiência.
Dos 280 hectares, 200 são destinados à produção de uva de mesa,
e o figo fresco ocupa uma área de 10 hectares. Mário Rodrigues
diz que a produção sustentável passa pela adoção de métodos de
controlo de pragas, como a traça da uva, com difusores da confusão sexual, para evitar a aplicação de inseticidas. A qualidade é
assegurada pelo sistema de frio de duas salas climatizadas, uma
de arrefecimento rápido e três câmaras de refrigeração para que
a uva conserve as suas propriedades naturais, aumente a sua durabilidade e mantenha uma elevada qualidade.
Planície Verde
Inovar e crescer
de forma sustentada
Em Malaqueijo, região de Rio Maior, Luís Correia produzia
hortícolas numa pequena área de estufa com cerca de 700 metros quadrados. Estava-se em 1989 e nesse ano enviou para o
mercado cerca de 7 000 kg de hortícolas, entre pimento, alface, tomate e pepino. A partir de 1991, alargou e modernizou a
sua unidade de produção de forma a fazer face às crescentes
necessidades e exigências do mercado. Associou-se a alguns
pequenos produtores da região com o intuito de ganhar volume, produtores esses que ainda hoje mantêm essa ligação,
facto que o orgulha, pois “significa que o espírito de união e
parceria tem resultado”, esclarece.
A partir desse momento “foi necessário eleger um conjunto de
culturas como prioritárias e optámos pela cultura do melão,
meloa e melancia, dado que percebi que o mercado em que estava inserido não me permitia crescer de forma significativa”,
explica. Em 2004, Luís Correia fundou a Planície Verde para
poder fazer face a um setor de produção já com um volume
significativo e orgulha-se de atualmente possuir instalações
modernas e adaptadas a todas as exigências dos mercados a
nível nacional e internacional, traduzidas na certificação do
Clube de Produtores Continente com classificação máxima.
Para fazer face às novas necessidades dos clientes, iniciou a
plantação de variedades de melancia sem semente. Estas variedades são obtidas através de cruzamentos naturais entre
distintas variedades de melancia, sendo vulgar encontrar,
neste frutos, sementes brancas (comestíveis) e muito poucas
sementes pretas (não comestíveis). O sabor adocicado e refrescante é igual às variedades de melancia tradicional, mas com
a vantagem de ser um produto que oferece conveniência.
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