Unidade I .Carcinogênese: Agentes físicos, químicos e biológicos podem induzir agressão ao genoma e ocasionar alterações fenotípicas configurando uma neoplasia. O processo pelo qual se desenvolvem as neoplasias induzidas é denominado carcinogênese (MONTENEGRO & FRANCO, 1999). Unidade I .Carcinogênese: Agentes físicos: .raios ultravioleta .radiação ionizante (raios X e gama) Agente químicos: .hidrocarbonetos policíclicos aromáticos .aflatoxinas (toxina produzida pelo Aspergillus flavus) .metais Agentes biológicos: .vírus do papiloma .virus Epstein-Barr 1 Unidade I Modo de ação dos carcinógenos químicos indireto direto AGENTE QUÍMICO AGENTE QUÍMICO bioativação conversão para agente mais reativo carcinógeno imediato reação com o DNA inativação excreção reparação do DNA lesão permanente do DNA INICIAÇÃO DA CARCINOGÊNESE Unidade I Modo de ação dos carcinógenos físicos Agente Ação biológica Raios X; raios gama baixo LET (linear energy transfer) Ionizam água e proteínas radicais livres Partículas alfa; nêutrons alto LET (linear energy transfer) lesão do DNA (mutação) NEOPLASIA 2 Unidade I Modo de ação dos carcinógenos biológicos Oncoproteínas Vírus DNA Oncogene mRNA Célula neoplásica Unidade I .Conceitos básicos sobre formação neoplásica: Carcinogênese química: Histórico: 1761 – Hill .relacionou o fumo aos cânceres de pulmão 1775 – Percival Pott .relacionou o carcinoma epidermóide em limpadores de chaminé 1917 – Yamagiwa e Ichikawa .uso de alcatrão em orelhas de coelhos. .30 a 100 dias de experimentação. .carcinomas entre 55 a 360 dias. 3 Unidade I .Conceitos básicos sobre formação neoplásica: 1947 – Berenblum e Shubik .carcinogênese em pele de camundongos. Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos Conceitos: iniciação e progressão Unidade I . Conceitos básicos sobre formação neoplásica: Carcinogênese: Iniciação: exposição celular a um carcinógeno e a alteração permanente do DNA Promoção: após a lesão inicial, agentes promotores estimulam a perda do controle da proliferação celular causando hiperplasia. Progressão: é marcada pela perda do controle replicativo, estabelecendo-se o fenótipo maligno 4 Unidade I MODELO DE CARCINOGÊNESE QUÍMICA Carcinogênese por DMBA em glândulas salivares submandibulares de ratos Mainenti (2006) 5 Carcinogênese por DMBA em glândulas salivares submandibulares de ratos Mainenti (2006) Carcinogênese por DMBA em glândulas salivares submandibulares de ratos * * Abaulamento cervical após 18 semanas (*) Abaulamento cervical após 20 semanas (*) Mainenti (2006) 6 Carcinogênese por DMBA em glândulas salivares submandibulares de ratos Mainenti (2004-2009) 28 ratos Primeiro grupo Segundo grupo Terceiro grupo Quarto grupo (5ª semana) (10ª semana) (15ª semana) (18ª a 20ª semana) sialadenite (7) sialadenite (1) carcinoma (6) hiperemia (2) hiperemia (1) carcinoma (2) sarcoma (1) carcinossarcoma (4) carcinoma (1) carcinossarcoma (3) Carcinogênese por DMBA em glândulas salivares submandibulares de ratos Sialadenite Sarcoma 200x 200x Carcinoma Carcinossarcoma 200x 200x 7 História Natural das Neoplasias Iniciação Promoção Transformação Progressão Carcinógeno Alterações genéticas Alterações genéticas Multiplicação celular Alterações genéticas Neoplasia Alterações genéticas Inativação Genética Ativação Genética Carcinógeno Mutações gênicas Aberrações cromossômicas Amplificação Apoptose Proliferação celular X X Inativação (p53) Proto-oncogene Oncogene Autonomia proliferativa ex.: hiper-expressão do gene bcl-2 8 Unidade I Invasão e metástase célula neoplásica Ligação à laminina Liberação de colagenase tipo IV quebra da membrana basal Ligação à fibronectina Liberação de elastases e colagenases Invasão do conjuntivo Metástase distante Metástase loco-regional Ligação à laminina Liberação de colagenase tipo IV membrana basal vascular Unidade I História natural das neoplasias epiteliais 9 Unidade I Metástase Rotas Disseminação linfática O tumor se espalha pelos linfonodos e vasos linfáticos pulmonares principais de disseminação neoplásica Disseminação hematogênica O tumor se espalha pelos vasos e ganha a circulação sistêmica pulmão Disseminação local O tumor se espalha pelos tecidos pulmonares Disseminação transcelômica O tumor se espalha pelo espaço pleural e pode atingir outros órgãos espaço pleural Unidade I Metástase Metástases hematogênicas Locais mais comuns: SNC Pulmão Fígado Adrenais Ossos 10 Unidade I Metástase Metástase óssea M = metástases em vértebras Unidade I Metástase Metástase em SNC M = metástases 11 Unidade I Metástase Metástase em fígado Unidade I Metástase Metástase em adrenais As glândulas foram substituídas pela neoplasia 12 Unidade I Metástase Metástase pulmonar O pulmão pode ser alvo de metástases de diferentes órgãos Unidade I Metástase Metástase linfática L = Vaso linfático/ T = êmbolo tumoral 13 Unidade I Metástase Metástase de neoplasia mamária em pulmão M = metástase Unidade I .Neoplasia: O SISTEMA TNM 14 Unidade I .Neoplasia: Sistema TNM (T – tumor/ N – nódulo/ M – metástase) Exemplo: estadiamento para neoplasia mamária T0 = Livre de Tumor N0 = sem envolvimento linfático axilar M0 = sem metástases T1 = lesão local < 2 cm N1 = nódulos móveis envolvidos M1 = metástases T2 = lesão de 2 a 5 cm N2 = nódulos fixos envolvidos MX = metástases suspeitas T3 = lesão > 5 cm N3 = nódulos ipsilaterais envolvidos T4 = envolvimento da pele/ tórax Unidade I Valor da imunoistoquímica .avaliar antígenos celulares .importância no estudo de neoplasias (PRINCIPALMENTE AS INDIFERENCIADAS) 15 Unidade I Uso dos painéis de anticorpos: Anticorpo Multi-queratina (AE1/AE3) Marcação células epiteliais Vimentina células conjuntivas α-actina músculo liso (α-SMA) células com traços “musculares” Calponina células com traços “musculares” Cerb-B2 Oncoproteína/ fator de crescimento EMA células epiteliais Desmina leiomiossarcoma Miogenina rabdomiossarcoma células nervosas, dendríticas e mioepiteliais S-100 Unidade I conjuntivo epitélio AE1/AE3 16 Unidade I epitélio AE1/AE3 Unidade I epitélio conjuntivo VIMENTINA 17 Unidade I conjuntivo VIMENTINA Unidade I .Neoplasia: Tratamento .Cirúrgico .Quimioterápico .Radioterápico 18 Unidade I CIRURGIA: Pode ser usada isoladamente ou associada aos tratamentos de quimioterapia e radioterapia. Pode ter como objetivo ablações totais de tumores ou ablações para diminuir neoplasias irressecáveis (ex.: neoplasias da boca). Lembrar que certas cirurgias não conseguem remover toda a extensão das neoplasias. Unidade I G0 = fase de descanso G1 = fase de pré-síntese QUIMIOTERAPIA: G2 = fase de pré-mitose M = Mitose 2,4 e 6 S = fase de síntese (DNA) G2 1. VINCRISTINA S M 1e4 Células permanentes G1 G0 2. METOTREXATO 3. L-ASPARAGINASE 4. CICLOFOSFAMIDA 5. CORTICOSTERÓIDES 3,4 e 5 1 6. CITOSINA-ARABINOSÍDEO 19 Unidade I RADIOTERAPIA: Uso terapêutico da radiação para o tratamento de neoplasias. A radioterapia IDEAL deve concentrar, na neoplasia, a maior dose com o menor dano possível aos tecidos normais. A unidade gray (Gy) é utilizada para medir a dose de radioterapia. Ela expressa a dose de radiação absorvida por qualquer material ou tecido biológico. As doses ideais para cada tumor podem ser fracionadas em 5 dias/semana (2 dias para reparo celular). Unidade I RADIOTERAPIA: Quanto mais oxigenado o tecido neoplásico maior o efeito da radioterapia (maior formação de radicais livres). Sintomas comuns (ainda sem explicação): náuseas e vômitos. Efeitos adversos: alterações em glândulas salivares, radionecrose, osteorradionecose, inflamações, fibroses, entre outros. 20