AUTARCAS DA REGIÃO EXIGEM APROVAÇÃO IMEDIATA DO PROT Tomada de posição dos Municípios face à conjuntura nacional Os Municípios presentes na Assembleia Intermunicipal de 18 de Abril de 2011 entenderam, em virtude da situação socioeconómica que se vive e dos projectos constantemente adiados, emitir uma declaração pública que abaixo se reproduz: “Ao longo dos últimos 36 anos, o Poder Local Democrático tem sido especial garante do desenvolvimento local e regional, comprovando-se este facto, na Região, com elevados níveis de investimento em áreas tão diversificadas como a Cultura, o Ambiente, a Educação, o Desporto, entre outras. Têm sido também os Municípios da Região que, em defesa do desenvolvimento regional e do bem-estar das populações, têm exigido uma inversão de políticas que se traduza: - Na revalorização do sector produtivo e do tecido económico local e regional, na indústria, na pesca, na agricultura, no comércio e serviços, no turismo sustentável; - Na defesa dos Serviços Públicos, - No aumento do investimento público. Pelo contrário, no Distrito de Setúbal, tem-se registado um acentuado desinvestimento ao nível do PIDDAC (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) a resultar num entrave ao desenvolvimento regional. Aliás, nos últimos anos tal quebra do investimento na Região foi justificada com o anúncio de grandes investimentos para a Península de Setúbal, casos do Novo Aeroporto de Lisboa e da Terceira Travessia do Tejo e da Rede de Alta Velocidade. Estes investimentos essenciais para o relançamento da actividade económica no País foram, a pretexto da crise, adiados, assim como as promessas que falavam em níveis de investimento público da Administração Central nunca antes vistos na Região. Foi também o anúncio destes investimentos, agora adiados, que determinou o processo de alteração do PROT-AML do qual estão dependentes processos de revisão dos PDM, bem como a revogação do diploma que estabelece as Medidas Preventivas relativas ao Novo Aeroporto de Lisboa e que atingem de forma desproporcionada 11 concelhos, 5 dos quais na Península de Setúbal (Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal). Num momento em que o País e os Municípios se confrontam com uma grave e profunda crise económica e social marcada pelo encerramento de empresas, aumento do desemprego e da precariedade, diminuição dos apoios e prestações sociais, diminuição do poder de compra, congelamentos de pensões e salários, bem como cortes salariais, aumento de impostos e diminuição das receitas das Autarquias Locais, por via de cortes nas transferências do Orçamento do Estado e da estagnação da actividade económica; Num momento em que o País é alvo de uma intervenção externa que irá aprofundar a austeridade e as consequentes dificuldades para as pessoas, para as empresas, para o movimento associativo e para as autarquias locais, a Assembleia Intermunicipal da Associação de Municípios da Região de Setúbal, reunida no dia 18 de Abril, declara que: www.amrs.pt / www.setubalpeninsuladigital.pt - Medidas que conduzem à destruição da capacidade criadora e concretizadora dos Municípios, em especial no momento que vivemos, devem ser reconhecida como um erro com graves custos para as economias locais e regionais e com impactos profundos nos tecidos socioeconómicos. As políticas que promovam o investimento municipal devem ser uma prioridade de todos os que se colocam do lado do desenvolvimento, contra a estagnação. - Tendo em conta a conclusão do processo de Discussão Pública e as recomendações dos Municípios é urgente a aprovação do PROT-AML, permitindo a finalização de processos de revisão dos PDM e a revogação das Medidas Preventivas. - Consciente das dificuldades do momento presente e assumindo as suas responsabilidades continua a ser imperativo investir no progresso económico e social, no bem-estar e na melhoria das condições de vida, considerando que os investimentos na Região de Setúbal são também necessários à superação da crise e ao desenvolvimento do País.” www.amrs.pt / www.setubalpeninsuladigital.pt