Último combatente da I Guerra Mundial morre aos 110 anos O último dos últimos Se é verdade que, as guerras só acabam quando desaparece o último combatente, a I Grande Guerra só acabou no dia 5 de Maio de 2011, ou seja, mais concretamente, 92 anos, 5 meses e 23 dias depois de declarado o Armistício. A notícia chegou pela antena da TSF na manhã de 5 deste mês, quinta-feira, revelando a morte de Claude Stanley Choules, baseado num comunicado da família à rádio ABC, da Austrália, como sendo o último combatente do conflito que assolou a Europa entre 1914 e 1918. Foi o “Ultimo dos últimos”, nome que Claude Choules deu ao seu livro de memórias e publicado em 2009 Filho de Harry e Madeline nasceu em Pershore, Worcestershire, em 3 de Março de 1901, tendo crescido na localidade vizinha de Wyre Piddle. Com 14 anos de idade, em Abril de 1915, alista-se na Nautical Training Ship Mercury, antes de ser transferido para a Royal Navy, para servir no Navio Escola HNS Circe, baseado em Plymouth, passando a fazer parte da guarnição do navio-almirante HSM Revange, onde assistiu, dez dias após o Armistício, à rendição da Marinha Imperial Alemã. Em 1926, juntamente com outros 11 elementos da Royal Navy ruma á Austrália como instrutor da Royal Australian Navy. Na viagem para a Austrália, a bordo do navio, conheceu uma jovem inglesa, de nome Ethel Wildgoose, com quem se haveria de casar em Melburn, de cuja união viriam a suceder três filhos, onze netos e vinte e dois bisnetos, num casamento que durou oitenta anos, até que Ethel faleceu aos 98 anos. Em 1931 passou à reserva, mas foi readmitido em 1932 como instrutor em contratorpedeiros. Ficou ao serviço da Royal Australian Navy, onde se encontrava quando eclodiu a II Guerra Mundial, ficando como responsável pela destruição de portos e tanques de armazenagem de combustíveis, caso houvesse invasão da Austrália por parte dos japoneses. Posteriormente foi transferido para os estaleiros navais de polícia (PDN), para poder prolongar o seu tempo de serviço até aos 55 anos. Desde Abril de 2010 que a família informou que, dado o seu estado de saúde, já se encontrava cego e surdo, pelo que era impossível o seu contacto com a imprensa. De: José Marcelino Martins Página 1 Último combatente da I Guerra Mundial morre aos 110 anos Faleceu no dia 5 de Maio de 2011 em Salter Point, na residência Gracewood Hostel, nos subúrbios de Perth, Austrália. Nunca participou nas cerimónias do Armistício porque, para si, era como que fazer o elogio da guerra e, segundo o seu filho, «odiar a guerra» e encará-la apenas como «uma maneira de ganhar dinheiro». Foi o último de cerca de 70 milhões de combatentes que estiveram envolvidos, directamente, nos conflitos José Marcelino Martins 9 de Maio de 2011 Fotos da Wikipédia, com a devida vénia Texto elaborado a partir da notícia de diversos órgãos de comunicação social. De: José Marcelino Martins Página 2