UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Jorge Luiz Santos
ANALISE DO NlVEL DAS CAP ACIDADES FISICAS DURANTE 0
PROCESSO DE SELECAo NO FUTEBOL DE CAMPO
Curitiba
2006
Jorge Luiz Santos
ANALISE DO NivEL DAS CAPAC1DADES FISICAS DURANTE 0
PROCESSO DE SELE\.AO NO FllTEBOL DE CAMPO
TrabaUIO de Concius:io de Curso apresentado ao Curso de
Educ<lI;,jo Fisica da Facu!dade de Ciencias Biol6gicas e da
S::J1Jdeda Universid:lde Tllilltl do P:u<IIl;i, como reqlli!'ito
parcial para a aprova<;iio n3 disciplina Trabalho Orientado
de Conc1us~o de Curso.
Orientador: Prof. Edson Marcos de Gada)' Palomares
Curitiba
2006
TERMO DE APROVAc;::Ao
Jorge Luiz Santos
ANALISE DO NivEL DAS CAPACIDADES FisICAS DURANTE 0
PROCESSO DE SELE<;:AO NO FUTEBOL DE CAMPO
Este trabalho de conclusao de cmso foi julgado e aprovado para obten~ao do
titulo de Licenciado Pleno no Cmso de Educa~ao Fisica como aprofundamento em
Recrea~ao e Lazer da Universidade Tuiuti do Parana.
Curitiba, 17 de Maio de 2006
f. Ney
LUI.:I.:<I lVlt:I.:KUlg
Cw·so de Educa~ao fisica
Universidade Tuiuti do Parana
Prof. Mestre Edson Marcos de Godoy Palomart:s
Orientador
RESUMO
ANALISE DO NivEL DAS CAPACIDADES FislCAS DURANTE 0
PROCESSO DE SELEC;Ao NO FUTEBOL DE CAMPO
Autor: Jorge Luiz Santos
Orientador: Prof. Edson Marcos de Godoy Palomares
Curso de Educayilo Fisica
Universidade Tuiuti do Parana
o
presente trabalho teve como objetivo principal analisar 0 mvel das capacidades
fisicas em que se encontram os atletas no processo de seleyilo no teste de futebol.
Como objetivos especificos foram analisados 0 perfil morfol6gico dos atletas assim
como, avaliar as suas aptidoes fisicas e tambem comparar os indices em funyiio das
posiyoes de jogo. Foram selecionados 26 atletas de diversos locais com faixa etma de
17 a 25 anos de idade. Como principais resultados foram analisados 0 perfil
morfol6gico dos atIetas, sen do que a media de idade dos atacantes e maior que a media
de idade das outras posiyoes. Verificou-se tambem que os zagueiros apresentaram
media de estatura e massa corporal maior que a media das posiyoes dos demais atIetas.
Podemos verificar tambem que nos indices em funyiio das posiyoes os atacantes
sobressairam-se com maior velocidade que a media dos demais, enquanto que no teste
de agilidade sem bola os zagueiros tiveram melhor Indice nas medias, 0 oposto ocorreu
com os atacantes, sendo mais ageis na media com bola e os zagueiros com 0 pior
indice neste quesito. Ainda neste estudo verificou-se que a precisiio com 0 pe esquerdo
teve maior indice por parte dos volantes e que os zagueiros tiveram 0 pior
desempenho. Por fim 0 teste da impulsilo vertical de membros inferiores teve a melhor
media por parte dos zagueiros e 0 pior desempenho ficou por conta dos laterais.
Palavras chave:Futebol de campo, testes avaliativos e capacidades fisicas.
Endereyo: Av: Henry Ford, 2151, Vila Fanny
Cep: 810 lO-lOO-Curitiba-PR
E-mail: jl.:;par ••nno(ci.\.f1Il\..H· .•C0111.hr
AGRADECIMENTOS
Agradefi:o a Deus por ter me concedido Luz durante todo esta etapa em que
desenvolvi este trabalho, muitas vezes achando que nao conseguiria.
Ao meu Orientador Prof. Edson Marcos de Godoy Palomares, que me ensinou
neste percmso nao somente
0
carninho deste trabalho, mas, todo
0
seu conhecimento
em todos os campos em que tive a oportunidade de acompanha-Io.
A
minha familia que men dell forfi:as para trilhar todo este Jongo caminho
sempre incelltivando e apoiando llesta etapa de millha vida.
Aos meus coJegas de turma por sua amizade, companheirismo e
0
conhecimento
passado por voces, ao Jongo destes anos.
Jamais poderia deixar de esquecer voce Midori, amiga, naruOl·ada e confidente
por tamanba dedicayao prestada.
A
todos voces
0
meu muito obrigado!
SUMARIO
1 INTRODU<;AO
1.1 mSTIFICATIVA
1.2 PROBLEMA
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral.
1.3.2 Objetivos Especificos
2 REVISAO DE UTERATlJRA
2.1 ORIGEM DO FUTEBOL..
2.2 HlST6RJCO DO FUTEBOL NO BRASIL..
2.3 CAP ACIDADES ENVOL VIDAS NO FUTEBOL..
2.4 VELOCIDADE
2.4.1 Tipos de velocidade
2.5 RESTSTENCIA
2.5.1 Tipos de resistencia
2.6 FOR<;:A.
2.6.1 Tipos de for'<a
2.7 CAPACIDADES NEUROMOTORAS
2.7.1 Coordena'<ao
2.7.2 Agilidade
2.7.3 Precisao
2.8 FLEXIBILTDADE.............
.
2.8.1 Componentes da flexibilidade
2.8.2 Fatores influenciadores da tlexibilidade
2.9 EVOLU<;:Ao NO PREPARO FiSICO DOS ATLETAS
2.lU SELE<;:AO DOS PROCEDIMENTOS DE AVALIA<;:Ao
2.10.1 Avalia,<ao da resistencia aer6bia
2.10.2 Avaliayao da resistencia anaer6bia
2.10.3 Avaliayao da resistencia muscular localizada
2.10.4 Avaliayao da forya diniimica
2.10.5 Avalia,<ao da for,<a explosiva
2.10.5.1 Teste de potencia de membros superiores
2.10.5.2 Teste de potencia de membros inferiores
2.10.5.3 Teste de impulsao horizontal.
2.10.5.4 Teste de impulsao vertical.
2.10.6 Avalia,<ao da tlexibilidade
2.10.7 AValiayao da velocidade de deslocamento
2.10.8 Avaliayao da velocidade de rea'<ao
2.10.9 Avalia,<ao da agilidade
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
3.2 POPULACAO E AMOSTRA
3.2.1 Popula'<ao
08
08
09
09
09
09
10
10
12
13
14
14
15
16
17
18
18
18
19
19
19
20
20
21
22
23
23
24
24
24
25
25
25
26
27
28
30
31
33
33
33
33
3,2,2 AJnostra."",
34
3.3 fNSTRUMENTOS/MATERIAlS
3.4 COLETA DE DADOS
.............................................................................
3.4.1 Variaveis
3.5 TABULAC;AO DE DADOS...................................................................
..
4 APRESENTA(:AO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
5 CONCLUSOES E SUGESTDES
5.1 SUGESTOES..........................
.
REFERENCIAS
..
34
35
35
36
.37
.42
.43
44
LISTA DE GRAFICOS
Gnlfico 1- Media
Grafico 2- l'v1edla
Gnmco 3- Media
Gnifico 4- Media
Grafico 5- Media
Gnlfico 6- Media
Grafico 7- Media
Gnifico 8- Media
de idade
de estatura......
37
.
de massa corporal...
de velocidade 30mts
de velocidade entre cones sem bola
de velocidade entre cones com bo!a
de precisao
de impulsao vertical...
,
37
38
38
39
39
.40
.40
8
1 INTRODU(:AO
J.l JUSTIFICATIVA
AI"..JALISEDO I"..Ji\'ELDAS CAPACIDADES
FISICAS DURAI"..JTE 0
PROCESSO DE SELE(:AO NO FUTEBOL DE CAMPO
Com a evolu~ao
do futebol
tornou-se
necessario
que oconessem
van as
mudan~as. No futebol modemo e competitivo, todos os detallles sao importantes, e por
men ores que possam parecer podem decidir uma partida. 0 controle de treinamento e
um detallle esquecido por muitos e de extrema importiincia para
0
bom desempenho
dos atletas e da propria equipe.
A avalia~ao fisica e urn metoda utilizado para esse controle, mas, ela pode ser
utilizada com outros objetivos, como avalia~ao inicial dos atletas e analise do grupo.
Os testes sao os mais variados possiveis, desde testes de campo ate laboratoriais, caros
e baratos, de faciJ manejo e extremamente complexos e especializados. Bravo (2004),
coloca que os testes devem seguir alguns metodos para verificar a sua especificidade,
os
testes
fisicos
devem
apresentar:
validade,
cOl1fiabilidade,
estabilidade
e
objetividade.
o
esporte profissional exige, de quem
0
pratica, dedica~ao abnegada aos treinos
fisicos para obten~ao de uma fO!ma~ao integral e atletica. Todo atleta deve dispor, em
condi~6es ideais, de todas as capacidades fisicas e tecnicas. Por isso, os treinamentos
que obedecem
a criterios
cientificos
procuram
dar aos jogadores
condi~6es que lhes possibilite realizar em campo, jogadas
as meThores
taticas com equilibrio
psicol6gico.
Muitas capacidades fisicas sao exigidas para a boa performance
de urn jogador de
futebol, velocidade, for~a e resistellcia; a capacidade neuromotora,
coordena~ao e
9
ainda a flexibilidade. No momenta a velocidade merece destaque maior dentre as
capacidades fisicas.
Procmou-se
neste trabalho verificar algwls destes testes, assim como, sua
empregabilidade, analisando-os conforme algumas capacidades fisicas empregadas na
avaliayiio deste trabalho, juntamente com as capacidades fisicas e a sua evoJuyao no
futebol.
1.2 PROBLEMA
Verificar em que nivel
encontram-se
as capacidades fisicas dos atletas
no
momenta do processo de seleyao no futebol de campo?
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo geral
Verificar
0
perfil mOIfol6gico e as capacidades fisicas em que se encontrarn os
atletas que palticiparam do processo de seleyao para integrar a equipe do DiNA.,\10
para disputa do carnpeonato paranaense, serie de acesso 2006.
1.3.2 Objetivos especificos
- Avaliar
perfil mOIfol6gico (idade, estatura e peso) dos atletas durante
0
processo
- Avaliar as capacidades fisicas com testes especificos aplicados durante
0
processo
0
de seleyiio;
de seleyiio ;
- Comparar os resultados em funyao das posiyoes de jogo.
10
2 REVISAo DE LITERATURA
2.1 ORIGEM DO FUTEBOL
o futebol
surgiu na pre-hist6ria como resultante da evoluyao dos jogos da bola.
Quanto a questao da origem, distingue-se, pois, dos jogos modemos, cuja criayao por
professores de Educayao Fisica, visando a recreayao, data aproximadamente
ha oito
decadas. Sofreu a infhu:ncia de v1iIios povos. Em nossa epoca conquistou, plenamente,
a simpatia popular que
0
consagrou como
0
esporte das multidoes. Nele sentimos a
tonica dos povos e das epocas por que passou, nas varias fases de sua linha evolutiva.
Ja foi uma competiyao selvagem; serviu para treinamento
militar;
foi a guerra,
brilhou em meio a aristocracia e a nobreza. Atuahnente e uma diversao que nao perdeu
o primitivo carater de guerra control ada. Muitas vezes se converte em uma festa,
tomando-se
0
maior acontecimento da semana (BORSARI, 1989).
A organizayao do futebol coube aos ingleses, mas a sua origem perde-se no
tempo. Voltemos no tempo ate 2600 anos antes de Cristo. 0 pais e a china. 0 Sf.
Yang-tse inventa
0
KEMARl, oito jogadores de cada lado, campo quadrado de 14 mts,
duas estacas fmcadas no chao, ligadas por urn fio de seda, bola redonda, com 22
centirnetros de diametro. Dentro da bola colocavam-se
cabelos e crinas para que
ficassem cheias. Os jogadores sem deixar a bola cair, e com os pes, tentam passa-Ia
alem da estacas. Ai corney a a ideia do futeboL
discussoes sobre
0
Ha muita polemica, contraversias e
assunto (DUARTE, 1997).
Segundo Borsari (1989) ainda na China, precisamente no ano de 206 a.C,
0
imperador Huang-ti publicou urn Iivro que regulamenteva urn jogo, praticado a 2500
anos a.C, no treinamento militar de seus soldados. No ocidente os gregos, no ano de
776 a.C ja conheciam um jogo de bola,
educayao atletica dajuventude
0
"Epyskiros", que integrava
0
programa de
helenica. Consistia em disputar, com os pes, a posse de
mna bexiga cheia de ar, por duas equipes de quinze jogadores. Os gregos cultivavam
11
ainda 0 "harpastum" em que usava uma bola de couro recheada com crina animal. 0
objetivo desse jogo era fazer a bola trallspor 0 espayo entre dois bastoes de alglUls pes
de altura, ligados por um cordao de seda.
Para Borsru; (1989), este jogo os rommos assimilru·aJIl-110quando conquistaram
a Grecia. Latinizado para "harpastum"
era, na roma mtiga, de pleno agrado dos
soldados devido a violencia das jogadas e ao espirito de combatividade.
conquista dos rommos,
A cada
0 "harpastum" ganhava telTeno; os gauleses 0 assimilaraJIl,
posteriormellte, os frrulCOS.
Ainda para este autor, em Roma, no tempo de Cesar, praticava-se com a mao,
um jogo de bola denominado "folis", onde golpeava-se urna bola de bexiga de boi
recoberta de couro, COUl0 brayo nu ou protegido por mil brayal.
Na FrruWa do "harpastum",
oribrinou-se 0 "soule ou choule", com as naturais
variayoes regionais, que era praticado ora COUlOpassatempo pela llobreza, ora COUlO
disputa pelos populares. Tentava-se fazer uma bola passar por eutre dois bastoes
ti.ncados no solo. Por volta de 1500, em Florenya, iuiciou-se a prittica de um jogo
disputada por dois grupos de vinte e sete elementos, com regras definidas. 0 campo de
disputa era mna praya, os jogadores eram disoibuidos em formayao tatica guelTeira,
com elementos destacados pru·a 0 ataque, os cOlTedores (alinhados em tres grupos de
cinco jogadores),
ouo·os cinco com funyoes de meio de campo, os sacadores: os
demais, com funyao essencialmente defensiva, quatro dimteiros e tres zagueiros.
Em 17 de fevereiro de 1529, na Piazza Smta Croce, grupos politicos resolveram
decidil· problemas na disputa de urn jogo de bola. Jogarrun 27 elementos de cada lado,
duron duas horas e chamava-se CALCrO. S6 em 1580 e que Giovamu Di Bardi
estabeleceu as regras do calcio. Seguudo Borsari (1989), em 1846, as primeiras regras
forml ensaiadas, e 0 futebol comeyou a ser lru·grullente praticado nas escolas e
consolidou-se nos clubes. 0 "football", como 0 "rugby", usavaJll 0 mesmo campo com
onze jogadores de cada lado, com as mesmas pretensoes taticas, ou seja, de totalidade
ofens iva, com quase todos os jogadores cOlTendo sobre a bola, no intuito de faze-I a
passru· entre as travas da baliza.
12
2.2 HISTORICO DO FUTEBOL NO BRASIL
SegWldo Duarte (1997),
no Brasil
futebol
0
chegou
por intennedio
de
marinheiros ingleses, holandeses e franceses na segWlda metade do seculo retrasado.
Eles jogavam em nossas praias, na parada dos navios. lam embora e levavam as bolas.
Para os nossos brasileiros so restava admirar
nosso esporte nacional,
0
esporte, sem saber que esse seria
que anos depois seriamos campeoes
0
do mundo. Fala-se
tambem que funciomlrios da Sao Paulo Railway, de jmldiai, teriam aprendido a jogar
em 1882. Talllbem se comenta que os funcionarios de Leopoldina Railway, do Rio, no
mesmo ano, tanlbem teriam expelilllentado
foi
0 jogo
0
futeboL Comenta-se
0
sensacionaJ que
de marinheiros ingleses, em 1874, nas praias do Rio, exatamente on de e boje
o hotel Glolia.
o que vale e que em,
1894,
0
paulista Charles Miiller, nascido no Bras bailTo de
Sao Paulo em 1874, e que estudava na InglatelTa, trouxe de la duas bolas que
pennitiram aos brasileiros, praticar
0
futebol reguJarmente. Charles Miller estudava no
Banister Court School, de Shouthampton, jogando futebol e gostando da modaJidade.
Chegou a jogar na seleyao de Hampshire,
nurna partida contra os amadores do
Corinthians, de Londres, que deu origem ao COIinthians, do Brasil. 0 Corinthians de
Londres efetuou uma excw·sao ao Brasil, em 1910, promoyao do Fluminense. Charles
Miller nao trouxe somente as duas bolas. Trouxe talllbem,
chuteiras, bomb as de encher a bola e agulha. Foi
0
caJyoes, camisetas,
inicio desta "LOUCURA" que e
0
futebol entre nos. Charles Miiller faleceu em 1953, em Sao Paulo, cidade em que
nasceu. Ele foi urn otimo jogador, born itrbitro, apaixonado "torcedor",
oficial por tudo
0
0
responsavel
que aconteceu depois. No inicio tudo era importado da InglatelTa,
inclusive nomes das posiyoes e Iivros de regras oficiais (DUARTE, 1997).
13
2.3 CAPACIDADES FISICAS ENVOLVIDAS NO FUTEBOL
As
capacidades
fisicas
tam bern
denominadas
vah~ncias
fisicas,
esmo
intimamente ligadas aos objetivos de treinamento. Vamos verificar atraves de estudos
de varios pesquisadores para entendermos melbor cada uma das capacidades fisicas e
sua estreita rela~ilo com
0
futebol.
VELOCIDADE
C
A
P
A
C
F
[
[
D
A
D
E
S
C
A
S
i
S
RESISTENCIA
Deslocamento
Rea~ao
Raciocinio
Aer6bica
Anaer6bica
Velocidade
Explosiva
FORC;A
Diniimica
C
A
P
A
C
(
D
A
D
E
S
N
E
U
R
0
Agilidade
M
0
T
0
R
E
R
A
S
COORDENAC;AO
Precisao
No~o espa~ temporal
FLEXIB.lLIDADE
Quadro 1- Adapta~ao de Dantas (1998)
14
2.4 VELOCIDADE
Velocidade
e a qualidade
neuromusculares
fisica particular
do musculo
e das coordenayoes
que pemlite a execuyao de uma sucessao rapida de gestos que, em
seu encadeamento, constituem uma s6 e uma mesma ayao de urna intensidade maxima
e de uma durayao breve ou muito breve (TUBINO, 1984)
Segundo Frey (1977) appud Weineck 1989, a velocidade e a capacidade, sobre a
base da modalidade dos processos do sistema neuromuscular e da faculdade inerente a
mllsculatura, de desenvolver forya, de execlltar ayoes motoras em urn minima de
tempo, colocado sob condiyoes minimas.
Para Weineck (1989), distinglle-se uma velocidade ciclica, adequada a uma
sucessao de ayoes motoras, por exemplo: corrida, e urna velocidade aciclica, adequada
a urna ayao motora isolada, por exemplo: lanyamento. 0 centro de gravidade dos
desenvolvimelltos posteriores, entretanto, sera a velocidade cic1ica, que e a capacidade
de deslocar-se com a maior rapidez possivel, pois ela obedece, em parte, a olltras
regularidades que a velocidade aciclica.
2.4.1 Tipos de velocidade
Velocidade de reacao tambem chamada de tempo de reayao, a velocidade de
reayao, pode ser tambem definida como a velocidade com a qual um atleta e capaz de
responder a lim estimlilo.
E lima
capacidade fisica imprescindivel para velocistas de
urn modo geral, velocistas, natayao, goleiros,lutadores,
voleibolistas etc ...(TUBINO,
1984). A base fisiologica da velocidade de reayao e a coordenayao entre as contrayoes
e as atividades das funyoes vegetativas criadoras dos reflexos cOlldiciollados. Sabe-se
que a capacidade de um atleta, possuir mais velocidade, esta diretamente ligada a
predominancia
das chamadas
fibras
de contrayao
rapida
"Fast
Twist"
(FTF)
(TUBINO,1984).
Velocidade de deslocamento
e a capacidade
se de urn ponto a outro (TUBINO,
maxima de nm individuo deslocar-
1984). Tambem e chamada de velocidade
de
15
movimento e segundo Dobczyn (1971), a velocidade de deslocamento
!,'Tandeparte do dinamismo dos processos nervosos que atuam sobre
0
depende em
sistema motor.
Para Tubino (1984), a velocidade de deslocamento e uma valencia fisica especifica em
provas de velocidade de um modo geraJ, atletismo, natayao, ciclismo e remo e em
desportos coletivos como; handebol, futebol, basquetebol e voleibol.
Segundo Dantas (1998), a velocidade de movimento e uma habilidade motora e
como tal, preponderantemente,
depende em grande parte do determinismo
genetico.
Para ele pode-se considerar a velocidade de movimento dependendo de ter fatores:
amplitude do movimento, forya do grupo muscular empregado e eficiencia do sistema
neuromotor.
Velocidade de raciocinio e um dos aspectos mais importantes para 0 jogador de
futebol, pois e 0 tempo que 0 jogador dispende para executar determinada ayao apos
receber
0
estimulo: qual
0
melhor drible, chute ou passe? Qual a melhor forma de
reagir em detenninada situayao? Diferente da velocidade de reayao, aqui entra
0
fator
qualidade da resposta. (PALOMARES apud AOKI, 2002).
2.5 RESISTENCLA
Resistellcia e a qualidade fisica que permite um cOlltinuado esforyo proveniente
de exercicios prolongados, durante urn determinado tempo (TUBING, 1984). Segundo
Zakharov (1992), a resistencia como capacidade fisica, caracteriza as possibilidades do
desportista de reatizar, durante um tempo prolongado,
0
trabalbo muscular, mantendo
os parametros dados de movimento.
Para Dantas (1998), resistencia
suportar urn esforyo de detennillada
e a qualidade fisica que permite ao corpo
intensidade durante um certo tempo. Segundo
Weineck (1989) geralmente entende-se por resistencia a capacidade psicofisica
do
esportista em suportar a fadiga.
Ainda para este autor, em suas formas de mallifestayao, a resistellcia pode se
subdividir em diversas 1l10dalidades, confonlle
participayao
da ll1usculatura,
distingue-se:
0
ponto de vista escolhido. Quanto a
resistencia
geral
e local;
quallto
a
16
especificidade do esporte; resistencia geral e especial, quanto a mobiliza<;ao de energia
muscular; resistencia aerobica e anaerobica; quanto a dnra<;ao: resistencia de curta,
media e longa dnra<;ao; e filIalmente, quanto as principais fonnas de solicita<;ao motom
envolvidas: resistencia de for<;a, de explosao e de velocidade.
2.5.1 Tipos de resistencia
Resistencia aerobica e aquela cuja principal caracteristica
e apresentar uma
intensidade pequella e urn volume grande, ou seja, urn longo tempo de execu<;ao da
atividade.
E de manifesta<;ao global
do organismo (DANTAS, 1998).
Para Tubino (1984), resistencia aerobica
e
a qualidade fisica que permite urn
atleta sustentar por urn periodo longo de tempo uma atividade fisica relativamente
genemlizada
em condi<;oes aerobic as, isto e, nos limites do equi1ibrio fisiologico
denominado "steady state".
Resistencia anaerobica e aquela observada na execu<;ao de exercicios de alta
intensidade e, por conseqiiencia
sistemica (DANTAS,J998).
de pequena
Segundo
qualidade fisica que pennite
dnra<;ao. Ocorre tam bern de fOnlla
Tubino
(1984), resistencia
urn atleta sustentar,
0
anaerobica
maior tempo possivel,
e
a
uma
atividade fisica em condi<;oes anaerobicas, isto e, nurna situa<;ao de debito de oxigenio.
Resistencia da velocidade
e
a capacidade
de resistir a instala<;ao da fadiga
dnrante a aplica<;ao de cargas 1n11ximase submilxima. A velocidade de resistencia
ea
combinayao das capacidades fisicas, resistencia e velocidade.
Segtmdo
Weineck
(\989),
resistencia
da velocidade
e a capacidade
de
resistencia sob fadiga, na manuten<;ao da velocidade em movimentos ciclicos e de
1n11ximavelocidade de contJ"a<;ao.
Para Barballti (1996), resistencia da velocidade e a capacidade de mallter a
velocidade elevada em movimentos ciclicos ou de manter velocidades de contra<;oes
elevadas dnrante movimentos aciclicos repetidos.
17
2.6 FOR<;:A
Forc;:a e a qualidade fisica que pennite
musculo ou urn grupo de musculos
llITI
produzir uma tensao e vencer uma resistencia na ac;:aode empurrar, tracionar ou eleva!·
(TUBINO, 1984). Para Dantas (1988), forc;:ae a qualidade que pennite um musculo ou
um grupo muscuJar opor-se a ll1llaresistencia.
Segundo Zakharov
(1992), a forya do homem como capacidade
fisica se
relaciona com a capacidade de superayao da resistencia extema e de contra ayao a esta
resistencia, por meio de esforyos musculares. Para ele a capacidade
de forya do
desportista nao pode se reduzir apenas as propriedades contrativas dos mllscuJoS, pois
a manifestayao
diferentes
e
direta dos esforyos musculares
sistemas
funcionais
do organismo,
assegurada
muscular,
pela interac;:ao de
vegetativo,
honnonal,
mobilizayao das qualidades psiquicas, etc.
No esporte e na vida diiuia, a forya tern urn papel impoJ"tantissimo, pois qualquer
movimento, que executamos, exige certo nivel de forya muscular. 0 desenvolvimento
da capacidade
motora forya representa
lUna parte essencial no planeja!nento
do
treinaITIento, para urn /:,'TandenUmero de disciplinas e modalidades. Entretanto as areas
de aplicac;:ao do treinaITIento de fOJ"yanao se restringem ao CaITIPOesportivo de alto
rendimento.
Com
0
avanyo cientifico e tecnol6gico,
0
treinaInento
de forya,
0
treiua!nento de forya, tern sido aplicado na reabilitayao e na area de fitness (academias
de ginastica).
Weineck (1989), classifica a forc;:amuscular, baseando-se na especificidade da
ayao muscular, em forya geral e forya especial. Assim, a forc;:ageral
a forya de todos os grupos musculares, independentemente
a forya especial compreende" desenvolvimento
quais estiio envolvidos
modalidade esportiva.
na execuyao
e entelldida
como"
da modalidade esportiva",
de grupos musculares especificos, os
de gestos
tecnicas
de uma detenninada
18
2.6.1 Tipos de forya
Forca diniimica chama-se
utilizayoes
da forya dinamica
aquelas
em que
havendo movimento, a intensidade da resistencia a ser vencida, e nao a velocidade de
execuyao, e
0
inanifestar-se-a
fator determi.1lante (DANTAS,
1998). Para ele a forya dinamica
de duas maneiras.
Forya absoluta; valor maximo de forya realizada num determinado movimento.
Forya relativa; Quociente entre a forya absoluta e
Segundo Tubino (1984) forya dinamica e
0
0
peso corporal de uma pessoa.
tipo de forya que envolve as foryas
dos musculos nos membros em movimento ou entao suportando
0
peso do corpo em
movimentos repetidos, durante urn periodo de tempo, em outras palavras e a forya em
movimento.Para
ele esta forya e impresciJldivel em algumas modalidades espOItivas
como a ginastica desportiva, e e uma qualidade fisica geralmente desenvolvida na fase
de preparayao fisica geral da maiOIia dos casos de treinamento.
Forca explosiva e
exercer
0
muscular.
0
tipo de forya que pode ser explicada pela capacidade de
maximo de energia num ate explosivo, tambem conbecida como potencia
A forya explosiva
modalidades
esportivas.No
e uma valencia
fisica
presente
na maioria
atletismo somente os fundistas nao necessitam
das
dessa
qualidade em termos prioritarios. Nas lutas enos desportos coletivos, os movimentos
explosivos praticamente caracterizam os grandes atletas (TUBINO, 1984).
Para Dantas (1998) forya explosiva ou potencia, e, a conjwwao da forya com a
velocidade; pode-se apresentar com predomin8ncia da forya, exemplo; levantamentos
olimpicos ou com predomlllancia da velocidade exemplo; arremesso de dardo.
2.7 CAPAClDADES NEUROMOTORAS
2.7 . .1 Coordenayao
Coordcnacfio
e a qualidade
fisica que permite ao homem assumlr a consciencia
e a execuyao, levando-o a uma integrayao pro!,'fessiva de aquisiyoes, favorecendo-o a
19
wna a9ao 6tima dos diversos grupos musculares na realiza9ao de wna seqUencia de
movimentos
com wn mitximo de eficacia
e economia
(TUBINO,
1984). Para
Zakharov (1992) a coordena9ao como quabdade fisica representa a capacidade de
diIigir os movimentos de acordo com as cOlldi90es de solu9ao de tarefas motoras.
Ainda cita que as capacidades de coordena9ao sao diversificadas, sendo diversificadas
as tarefas motaras que
0
homem se ve obrigado a resolver.
As capacidades de coordena9ao, sinonimo, destreza; sao primeiramente coordenativas,
isto e, determinadas pelos processos de orienta9ao e de regula9ao de movimentos. Elas
habilitam
0
atleta em condi90es de dominar seb'llTae economicamente
nas situa90es previsiveis (estere6tipos)
e imprevisiveis
a90es motoras
( adapta9ao) e a aprender,
relativamente depressa, movimentos esportivos (WEINECK,1989).
2.7.2 Agilidade
Agilidade e a capacidade fisica que permite mudar a posi9ao do corpo no menor
tempo possivel (TUBINO, 1984). A agilidade e uma capacidade especifica da maiaria
das modalidades,
0
que a coloca como urn alvo praticamente durante todo
0
periodo
preparat6rio.
2.7.3 Precisao
Precisao
e a capacidade
de
executar
atos
tecnicos
precisos,
certeiros
il1tensificando positivamente a produtividade do esporte.
2.8 FLEXIBILIDADE
Flexibilidade e a capacidade fisica que condiciolla a qualidade funcional das
articula90es a movimentarem-se
dentro dos limites de determinadas a90es (TUBINO,
20
1984). A flexibilidade e certamente a capacidade fisica utilizada pelo maior numero de
desportos.
Pode ser defrnida,
segundo Dantas
(1998),
como: capacidade
fisica
responsavel pel a execu~ao voluntaria de urn movimento de amplitude angular maxima
por uma articula~ao ou conjunto de articula~5es, dentro dos Iimites mOlfo16gicos, sem
o risco de provocar les5es.
A flexibilidade e uma capacidade objetiva de mensurar, mas e abstrata para
quanti.ficar. As especificidades
das 1110dalidades esportivas prejudica a detennina~ao
de valores para a flexibilidade. As formas de 111ensura~ao desta
capacidade sao na
posi~ao estatica, e os esportes a requisitam na forma diniimica (TUBINO,1984).
2.8.1 Componentes da flexibilidade
Segundo Dantas (1984), ao se observar 0 grau de flexibilidade
de uma
articula~ao, verifica-se que diversos fatores estao concorrendo para ele.
Mobilidade: no tocante ao grau de liberdade de movimento da articula~ao.
Elasticidade: referindo-se ao estiramento elastico de c0111ponentesmusculares.
Plasticidade: grau de deforma~ao temporiuia que estruturas 111usculares e articula~5es
deverao sofrer para possibilitar 0 movimento. Existe um grau residnal de defor111a~iio
que se mantem apos cessada a for~a aplicada como histeresis.
Maleabilidade:
modifica~5es
das tens5es parciais da pele fruto das ac01110da~5es
necessarias no segmento cOl1siderado.
2.8.2 fatores influeneiadores da flexibilidade
A flexibilidade e, prulcipalmente, os itens maleabilidade da pele e elasticidade
muscular, sao poderosamente influenciados por alguns fatores como:
a) ldade: quanta mais idosa a pessoa, menor sua flexibilidade" sendo a jlexibilidade
nalural maior que a observada posteriormente"
(HOLLMAN
e HETTINGER,1983).
21
b) Os tendoes e as facias musculares sao particularmellte suscetiveis de espessarem-se
devido a idade e a falta de exercicio (DARDEN, 1980).
c) Sexo: a mulher e em geral mais flexivel que
0
homem (KIRCHER e GLEINS, 1967,
apud HOLLMANN e HETTINGER, 1983).
d) Hora do dia: a flexibilidade aumellta com
0
passar das horas do dia, atingindo
0
seu
maximo por volta das treze horas.
e) Temperatura ambiellte:
0
frio reduz e
0
calor aumenta, a elasticidade muscular com
6bvios reflexos sobre a flexibilidade.
f) Estado de treillamento: por influenciar diretamente
elasticos do musculo ira modificar
0
os componelltes
plasticos e
potencial de tlexibilidade do individuo.
g) Situayao do atIeta: apos urna sessao de aquecimento, a flexibilidade aumenta, ao
passo que diminlli apos urn t:reinamento no qual
0
reflexo miotatico de esti:ramento
seja repetidamente aciollado.
2.9 EVOLU<;AO NO PREPARO rrSICO DE rUTEDOLISTAS
o principal
responsavel pelo nivelamento do futebol mundial e, sem d6vida,
grande avanyo na area da preparayao
fisica. Frequentemente,
podemos
disputas entre equipes de niveis diferentes em termos tecnico-taticos
0
observar
nos quais, a
habilidade e suplantada pela forya. Em todos os esportes ha a necessidade de trabalhar
determinadas capacidades fisicas, nao quer dizer que olltras capacidades devam ser
esquecidas. Muito pelo contrano, alguma capacidade fisica que nao seja trabalhada
pode determinar a supremacia de outra equipe.
o
futebol
e uma modalidade
illtermitente,
intensidade e atividades. A imprevisibilidade
partida exige que
0
com constantes
mlldanyas
de
dos acontecimentos e ayoes durante uma
atleta esteja preparado para reagir aos mais diferelltes estimlllos, da
maneira mias eficiellte possivel.
Segundo Palomares apud Aoki (2002), a evoluyao natural do futebol, com
relar;;ao ao
aumento
do n6mero
de partidas,
campeonatos,
patrocinadores
e
22
espectadores, promoveram mudanyas quanta ao metodo de treinamento, aprofundando
ao milximo
0
estudo das capacidades fisicas.
De 1950, Copa do Mundo do Brasil a 1970, Copa do Mundo do Mexico,
futebol foi mais cadenciado,
maiores.
A marcayao
constantemente.
onde os jogadores
era feita a distancia
conduziam
0
a bola por distiincias
e os lanyamentos
longos
corriam
A resistencia aer6bia e a coordenayao eram as capacidades fisicas
mais desenvolvidas durante os treinamentos (PALOMARES apud AOKI, 2002).
Ainda para este autor, devido as alterayoes taticas implantadas por treinadores
europeus a partir de 1974 na Copa do MWldo da AJemanha, a velocidade pas sou a
ocupar local de destaque nos treinamentos enos anos 80 chegou ao primeiro plano.
Seguindo a evoluyao no preparo fisico de futebolistas,
em que se fazem
necessarias desenvolver as capacidades fisicas, Palomares apud Aoki (2002) explica
que desde 1990 ate os dias atuais, a velocidade e a resistencia anaer6bica
capacidades fisicas determinantes
para
0
sao as
exito das equipes, seguido pela forya. A
coordenayao, que esta Iigada diretamente aos aspectos tecnicos, caiu para
0
quarto
lugar na lista das prioridades e a f1exibilidade manteve-se em quinto lugar.Para ele isto
explica, em parte porque se toma cada vez mais dificil encontrar-se
extremamente
habilidosos.
atleticas mais evidenciadas,
Hoje, aqueles jogadores
que apresentam
superam os que apresentam
jogadores
caracteristicas
melhor tecnica, po is os
primeiros nao pennitem que a bola chegue nestes.
2.10 SELE(:AO DOS PROCEDlMENTOS
DE AVAUA(:AO
Sel,'1J1ldoDantas (J 998), wna vez detemlinadas
as qualidades fisicas que serao
utilizadas no treinamento desportivo e os segmentos corporais em que serao expressas
essas qualidades, ter-se-a que fazer uma avaliayiio do estagio inicial do treinamento do
atleta para que com isso seja respeitado
durante
0
0
principio da individualidade
biol6gica
treinamento.
Na verdade,
0
estudo detalhado do desporto
e
0
mesmo em todo
0
mundo. As
qualidades fisicas necessarias para mn corredor de 100 mts, ou para um jogador de
23
basquete sao as mesmas no Brasil, na China ou na Franya. Com urn born livro que
contenha
0
levantamento
das qualidades fisicas necessalias
indicando em que segmento corporal deve-se enfatizar
0
em cada modalidade,
treino desta ou daquela
qualidade, s6 restara ao treinador fazer pequenos ajustes para adequar
0
treinamento as
novidades tecnico-taticas.
E durante
acordo com
0
0
diagn6stico que
0
planejamento comeya a se particularizar, pois de
condicionamento fisico inicial dos atIetas, havera uma gama maior, ou
menor de opyoes para
0
treinamento.
Este trabalho tern a finalidade de levantar os testes praticos realizados sem gastos,
testes de campo em que se avaliam algumas das capacidades fisicas de cada atIeta.
2.10.1 Avaliayao da resistencia aer6bica
Segundo Dantas (1998),
aer6bica sera
0
0
teste recomendado
para a avaliayao da resistencia
de corrida de 12 minutos ou teste de COOPER.
Finalidade: avaliar a resistencia aer6bica em homens e mullleres a partir de dez
anos de idade.
Material necessario: urn cronometro, apito, folhas para anotayao de resultados,
nwneros para serem fixados na camiseta do avaliado, pista de atletismo, ou local
plano, de 50 em 50m a partir de 1600 m.
Objetivo: medir a maior distiincia percorrida pelo avaliado durante os doze
minutos de durayao do teste.
Providencias previas: orientar
0
avaliado a respeito dos objetivos do teste e da
necessidade de se empenhar em sua realizayao.
2.10.2 Avaliayao da resistencia anaer6bia
Para esta avaliayao sera visto
apud Dantas, 1998).
0
teste de corrida de 40 segulldos (MATSUDO
24
Finalidade: avaliar a resistencia anaerobica total orinnda das vias energeticas
anaerobicas alatica e latica em homens e mnlheres de qualquer faixa etaria.
Material necessario: pista de atIetismo demarcada metro a metro ou pelo menos
de dez em dez metros, dois cronometros corn precisao de segundos, foUla de protocolo,
prancheta e apito.
Providencias prt:vias: basicamente as mesmas do teste de COOPER.
2.10.3 Avalia~ao da resistencia muscular localizada
Dantas (1998) afmna que a RML sera perfeitamente avaliada se a carga aplicada
for de pequena intensidade e se for utilizado
Finalidade:
avaliar
a resistencia
0
teste de repeti~5es maximas (TRM).
muscular
localizada
num
determinado
segrnellto corporal.
Material necessario: colchonete (apenas para
Objetivo: verificar
0
0
abdominal) e crollometro.
maior nfunero de repeti~5es COlTetasde wn determinado
movimento que a pessoa pode executar.
Providencias previas: certificar-se que
0
avaliado tern consciellcia de que
movimento deve ser feito em toda a sua amplitude e que
ate
0
0
0
teste deve ser executado
ponto ern que a fadiga irnpe~a a sua realiza~ao.
Sao tres os movimentos mais comuns; flexiio de bra~os, abdominal e agachamento.
2.10.4 Avalia~ao da for~a dimlmica
Dantas (1998) cita que
0
teste maximo pode ser feito atraves do TMP.
Finalidade: Verificar a for~a diuiimica maxima de um determinado movimento.
Material necessario: maquina de mnscula~ao com pesos fracionados ou balTa e
an; l1-jas.
Objetivos:
0
avaliado devera realizar
0
movimento considerado, em toda a sua
amplitude, contra a maior resistencia que puder veneer.
Providencias previas: devera ser realizado um minucioso exame medico com
avaliado verificando se tern condi~5es de fazer
0
teste.
0
25
o
avaliado para fazer
0
TMP devera ter passado por urn periodo previo de
adapta~ao ao exercicio de muscula~ao.
Execu~ao:
este teste sera melhor
especificado
quando
for trabalhada
a
prepara~ao neuromuscular.
Precau~5es: tambem serao expJicadas na prepara~ao neuromuscular.
2.10.5 Avalia~ao da for~a expJosiva
Segundo Dantas (1998), dependendo de qual segmento corporal se deseja avaJiar, a
for~a expJosiva pode ter diferentes form as de testagem.
2.10.5.1 Teste de potencia de membros superiores.
Finalidade: avaliar a for~a explosiva dos membros superiores.
Material necessario: medicine-ball e trena.
Objetivo: atraves da observa~ao da medicine-ball, verificar-se a a intensidade
da for~a explosiva aplicada na me sma.
Providencias previas: para a execu~ao deste teste a pessoa deve estar bem
ambientada com
0
gesto desportivo que ira ser realizado.
Execu~ao: dependendo do gesto desportivo que utilizara a for~a explosiva terse-a um movimento de flexao
ou de extensao do antebra~o em rela~iio ao bra~o, a
partir de uma rela~ao estatica com os pes paralelos na origem da medida.
2.10.5.2 Teste de potencia de membros inferiores
Sera feita nos moldes do anterior, no que diz respeito a especificidade
do
desporto, toma-se desnecessario ressaltar que a irnpulsao vertical, necessaria ao v61ei,
e diversa da empregada no basquete ou no saito em altura e vice versa.Alem disso, a
potencia pode ser empregada com impuJsao horizontal.
26
Como parametro, apresentar-se-a urn teste de impulsao horizontal e urn teste de
impulsao vertical.
2.10.5.3 Teste de impulsao horizontal
Objetivo: avaliar a capacidade de impulsao horizontal dos membros inferiores.
Material: solo quadrado em centimetros.
Procedimentos:
0
atIeta coloca-se no ponto de origem da escala metrica,
gravada no solo, com os pes em paralelo. Sem tirar os pes do chao pode realizar
qualquer movimento preparat6rio ao salto com brayos e pemas. em seguida devera
saltar no senti do horizontal, com impulso em simultaneo de ambas as pernas.
Sao realizadas tres tentativas, sendo selecionada aquela na qual a pouta do pe
mais se afastar do ponto de partida.
Serao computadas
as tentativas
que nao
tenninarem em queda.
2.10.5.4 Teste de impulsao vertical
Como exemplo deste tipo de teste, apresentar-se-a
0
sargenljump
test.
Objetivo: avaliar a capacidade de impulsao vertical dos membros inferiores.
Material: tablla de 30centimetros
de largura, por 1,50 m de comprimento,
gradllada em centimetros e milimetros e fixada a partir de 2m de altura, magnesio on
talco.
Procedimentos:
0
atIeta, com os pes juntos, se posiciona atras de uma linha
trayada a 30 em da tabua com magnesio na pouta de seus dedos e mantendo os
calcanhares no chao,
0
atIeta procura alcanyar
0
ponto mais alto possivel na placa para
deixar a impressao de seus dedos. Em seguida executa tres saltos, partindo da posiyao
agachada, procurando
em todos eles fazer uma marca
0
mais alto possivel na
placa.Mede-se a distiincia entre a marca feita com os pes no chao ( a primeira ) e a
mais alta conseguida nas tres tentativas de saito.
27
Mede-se a distiincia entre a marca feita com os pes no chao ( a primeira ) e a mais aJta
conseguida lias tres tentativas de saJto.
o resultado
e avaJiado por urn indice de eficiencia.( IE ).
IE= peso ( KG ) x altura alcanr,;ada ( CM ) x 0,4263
estatura ( CM ).
Precaur,;ao:
0
teste da forya explosiva, devido ao seu grande risco de provocar
lesoes 6steo-mitsculo-articulares,
deve ser feito ap6s urn perfeito aquecimento.
2.11 Avaliar,;ao da flexibilidade
Seb'undo Dantas (1998), a lmica forma de avaliar corretamente a flexibilidade
medindo, por meio de urn goniometro,
0
e
arco articular maximo alcanr,;ado pelas
principais articular,;oes por meio de forr,;amento passivo.
No laborat6rio de biometria e fisiologia do esforr,;o da UFRRJ avalia-se essa
qualidade
fisica
atraves
da medida
do arco
articular
maximo
dos
seguilltes
movimentos.
Ombro: pronar,;ao, retrar,;ao, elevar,;ao da escapula.
Coluna: flexao anterior, flexao posterior.
Quadril: extensao, flexao, abdur,;ao.
Joelhos: flexao.
Tibio-tarsica: flexao plantar, flexao dorsal.
No entanto, para quem nao dispoe do goniometro ou flexometro a solur,;ao e
utilizar, flexiteste de Pavel e Araujo.
Execur,;ao; este teste avalia a flexibilidade passiva maxima em viJlte movimentos, que
sao comparados, urn a um, com mapas de avaliar,;ao, nos quais sao apresentados cinco
diferentes gradar,;oes, de possiveis arcos maximos (zero a quatro).
o teste
foi padronizado para ser feito com
Para se realizar
0
forr,;a, lentamente,
teste, coloca-se
0
0
0
lado direito.
atleta na posir,;ao "zero" de cada mapa. 0 aplicador
arco articular, procurando se aproximar ao maximo da posir,;ao
"quatro".
Ao chegar ao ponto extremo da do fon;amento, eompara-se a amplitude do areo
articular obtido com
0
gabarito de avaJiar,;ao, atribuindo ao movimento
0
conceito que
28
mais se aproximar do caso. Na ticha de avalia"ao deverao
II
sendo lan"ados
os
diversos conceito5 obtidos.
Objetivo: pela mobiliza"ao passiva dos diversos segmentos, corporais atingi-se
o maior b'Yaude flexibilidade possivel em cada lin dos movimentos.
Providencias previas: a pessoa que sent submetida ao teste nao deve realizar
esfor"os extenuantes nas tres horas que
0
procedem. Tambem nao deve ter sido
aquecida para que tais fatores nao distor"am a realidade do teste.
Precau"oes:
lesionar
0
0
teste deveril ser aplicado por pessoa capacitada,
avaliado por causa de urn for"amento
excessivo ou falsear
evitando-se
0
teste em
conseqiiencia de urn for"amento insuticiente.
2.12 Avalia"ao da velocidade de deslocamento
Dantas (1998) nos traz que os testes de campo s6 conseguem
avaliar a
velocidade de deslocamento expressa sob a fonna de velocidade de deslocamento. No
entanto, aproveitando rnovimentos tecnicos da peljiJrmance desportiva, pode-se cliar
testes para as demais fonnas de expressao de velocidade de movimento.
No presente estndo sera urilizado
0
teste de conida de 50m.
Finalidade: avatiar a velocidade de movimento
de uma pessoa, bern como,
indiretamente, a sua potencia anaer6bica alarica. 0 teste e aplicado em homens e
mulheres.
Material necessario: cronometro preciso, folha de anota"ao, pista de 100mts
marcada previamente em 50 mts.
Providencias previas: esclarecer ao avaliado que ele devera executar a sua
velocidade maxima nos 50 mts a serem percon-idos. 0 avaliado devera ter sido
liberado pelo medico bern como ter realizado urn aquecimento con-eto.
Execu"ao:
0
semiflexionado, e com
"aten"ao! jil!",
0
avaliado
0
sera
colocado
na
posi"ao
de
saida,
ticando
afastamento Antero posterior das pemas. Ao coman do de
avaliado devera percorrer os 50mts e cruzar a linha de Gbegada em
29
sua velocidade maxima. No momento em que 0 avaliado cruzar a linha, 0 avaliador
devera travar 0 cron6metro e anotar na folha de protocolo a velocidade da corrida.
Precaw;;5es: explicar 0 teste com calma, refon;;ar a ideia de que este devera ser
reaJizado na velocidade maxima que devera ser mantida ate 0 momento em que cruzar
a faixa final.
Nao acionar
0
cron6metro antes de
0
atleta in.iciar
0
movimento, se
0
fizer 0
teste pode ser distorcido pe1a ve10cidade de reayao.
Evitar 0 usc de sinais de brayo, ou de bandeira, porque isso po de falsear
0
resultado.
o
aquecimento
devera ser feito com perfeiyao,
devendo,
intelTompido, pelo menos, dois UllllUtOSantes do comeyo do teste.
no entanto,
ser
30
2.13 Avaliayilo da veloeidade de reayao
Dantas (1998) eita que esta avaliayao pode seT ehamada teste de tempo de
reayilo (TTR).
Finalidade: avaliar a velocidade de reayao oeulo manual de urn atleta.
Material necessario: barra metalica de 60 em graduada em eentimetros.
Objetivo: verifiear
0
tempo que uma pessoa leva para segurar uma barra ap6s
esta ter sido largada proxima as suas milos.
Provideneias pn!vias: expliear ao avaliado qual
0
movimento a ser exeeutado e
realizar dois ou tres movimentos do teste.
Execuyao:
espalmada, com
0
avaliado devera ficar sentado, com
0
bravo apoiado e a milo
dedo polegar fazendo urn angulo de 90 graus em relayao aos demais
0
dedos. A parte inferior da barra sera eolocada no plano formado pelo polegar e pelo
dedo indieador, na bissetriz do angulo formado pelos dois. 0 avaliador eomandara
entao, "atenyilo! ja!"e largara a barra. 0 avaliado devera segurar a barra, no menor
tempo possivel. Sera medida em centimetros e milimetros, a distancia que a barra
percorreu entre
0
momenta em que foi solta e
0
momenta em que ela foi segura. Isto
deve ser feito tomando como referencia a parte superior do dedo indicador.
Precauyoes: deve-se evitar que
dado inicio ao teste,
sera
0
0
0
avaliado comece
0
movimento antes de ser
que devera ser com tres tentativas e a media das tres medidas
valor considerado.
o
teste pode ser em atenyiio a estimulos visuais, como foi apresentado,
aditivos, quando
0
teste
e executado
ou
com os olhos vendados, e em atenyilo a urn silvo
de apito.
A avaliayilo do resultado desse teste
e feita
levando-se em considerayilo que a
acelerayilo da gravidade (g), ao nivel do mar;
g= 9,8 mlseg.
Assim
0
tempo de reayilo (TR) podera ser calculado pel a formula:
TR= d x 0,03\3
Onde TR e em segundos
d= distiincia que a barra percorreu entre seT solta pelo avaliador e segura pelo avaliado.
31
2.14 Avalia<;:aoda agilidade
Dantas (1998) sugere que
0
teste de agilidade poden'! ser por interrnedio do teste
conhecido como shullle run.
Finalidade: avaliar a agilidade do individuo.
Material necessario:
dois blocos de madeira ( 5 cm x 5 cm x 10cm ),
cronometro, espa<;:olivre de obstitculo de 15m, no minimo, folha de protocolo.
Objetivo: trazer para tras da linha de partida os dois blocos colocados ap6s a
linha de referencia.
Providencias pn!vias: explicar ao avaliado todos os detalhes do teste, pois este e
de alguma complexidade na execu<;:ao.
Execu<;:ao:fazer duas marcas no solo, separadas, de 9,14 cm cada lima. A lillha
mais pr6xima do avaliado sera a linha de partida, e a outra, a linha de referencia ,
depois da qual os dois blocos serao colocados. 0 avaliado coloca-se em posi<;:ao
semiflexionada com urn afastamento anteroposterior das pemas ( com
0
pe anterior
0
mais pr6ximo possivel da linha de partida). Para iniciar
0
teste
comando "aten<;:ao!ja!", acionando concomitantemente
0
cronometro. 0 avaliado, em
0
avaliador dara voz de
a<;:aosimultanea, corre na sua maior velocidade possivel ate os blocos, pega mn deles,
retoma ao ponto de onde paltiu, e
0
deposita atras da Iinha de partida.Sem interromper
a corrida, vai em busca do segundo bloco procedendo da mesma fonna. 0 teste estara
tenninado e
0
cronometro sera parado quando
0
avaliado colo car
0
ultimo bloco no
solo e ultrapassar, com pelo menos urn dos pes, as linhas que delimitam os espa<;:os
demarcados. 0 bloco nao deve ser jogado, mas, colocado no solo. Sempre que houver
erros na execu<;:ao,0 teste sera interrompido e repetido novamente.
Cada avaJiado devera realizar duas tentativas com interv?Jos minilnos de dOis
minutos, para pemtitir a recomposi<;:ao do sistema anaer6bico alatico.O resultado sera
o melhor tempo de percurso entre as duas tentativas.
Precauyoes; as linhas demarcadas estao inc1uidas na distiincia de 9,14m. 0 avaliado
devera colocar, e nao jogar,
gravidade.
0
bloco no solo, valiando, assim, a altura do seu centro de
32
o eron6metro
s6 e parado quando
0
segundo bloeo e, pelo men os, urn dos pes
toearem a linba de ehegada.
o avaliado
deve ser instruido que
realizado com todo
0
empenho possivel.
0
teste, e urn teste maximo, por isso deve ser
33
31\1ETODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
Para
0
presente estudo foi utilizada a pesquisa do tipo descritiva e comparativa
que se!,'1IJldoCervo (1984), e um tipo de pesquisa que observa, registra, anaJisa e
correlaciona fatores ou fenomenos sem manipula-Ios, procura descobtir uma precisao
possivel a freqiiencia com que
0
fenomeno ocorre, sua relayao e conexao com oulros,
sua natureza e suas caracteristicas.
E para Thomaz e Nelson (2002), esse tipo de
pesquisa e a mais freqiiente por ser de estrutura simplificada.
Sua finalidade
emunerar
(coisa,
ou
descrever
as
caracteristicas
dos
fenomenos
e
objetos,
conhecimentos ou eventos), com base em dados protocolares e ideograficos. A analise
descritiva,
tecnicas
utiliza um espectro de estilos individualizados
e metodos.
As diferentes
peyas de inforrnayao
e pequena
parcel a de
(dados protocol ares e
ideograficos), podem ser feitas dedutiva e indutivamente e geralmente assmnem fonna
verbal ou estatistica ou ainda combillam ambas as fonnas.
3.2 POPULACAO/AMOSTRA
3.2.1 Populayao
A populayao foi constituida de Atletas OrilUldos, de diversos locais, confonne
constam em suas respectivas fichas de avaliayao, candidatos para
em teste realizado
110
0
futebol profissional
campo da Siemens pel a equipe da Adapar, sob coordenayao do
prof. Ms Edson Marcos de Godoy Palomares.
3.2.2 l~~_nostra
'Illite e seis atletas selecionados
para efetuarem os testes de seleyao com faixa etaria entre 17 e 25 anos
3.3 INSTRUMENTOS
3.3.1 Teste de precisao de membros inferiores.
Equipamentos: Bola de futebol de campo, trave de 80cm/60cm e apito.
Execuyao: A trave deve estar a uma distilncia de 20mts e
0
atleta deve executar
dez chutes sem deslocamento na sua direyao; cinco com
0
pe direito e cinco com
esquerdo.( Quando se executa
0
perna esquerda deve estar a
0
chute com
0
pe direito,
0
pe
frente e vice versa.
3.3.2 Teste de velocidade 30mts sem bola.
Objetivo: medir a velocidade de deslocamento do atleta.
Equipamentos: Cones e cronometro.
Execuyao: Os cones devem estar dispostos em linha reta na area de cOITida.
Partindo da linha de said a apos ouvir
0
apito;
menor tempo possive!.
3.3.3 Teste de agjbdade entre cones sem bola.
Equipamentos: Cones, apito e cronometro.
0
atleta deve percoITer 30 metros no
35
ExecUl;:ao:Urn cone distante do outro it 10 metros: apos
COlTercontomando
0
apito
0
0
atleta devera
cone, retomar ao cone de saida, contoma-Io novamente e corre
em direyao ao outro cone, perfazendo urn total de 30 metros.
3.3.4 Teste de agilidade entre cones com bola.
Equipamentos: Cones, apito, cronometro e bola.
Execuyao: Urn cone distante do outro por 10 metros;
0
atleta ira percorrer
contomando os cones e perfazendo urn total de 30 metros conduziJldo a bola com
0
maximo de velocidade.
3.3.5 Teste de potencia de membros inferioresl impulsao vertical.
Objetivo: Determinar a capacidade de forya dos membros inferiores.
Equipamentos: fita metrica, fita simples de aproximadamente
60cm e peso de
aproximadamente 2kg.
Execuyao: Partin do de urn ponto determinado para todos os atletas, amarrar a
fita simples acima do joelho do atleta, pemas semiflexionadas
0
atleta realizara urn
saito vertical para determinar a sua impulsao.
3.4 COLETA DE DADOS
Os testes foram realizados no dia 05 de novembro de 2005, entre 09:00 e 16:00
hs, em urn dia ensolarado e temperatura media de 25 graus.
Os testes de avaliayao transcorreram
em fonna de circuito, aonde os atletas
foram separados em grupos de 6 ou 7 atletas .
3.4.1 Variaveis
3.4.1.1 Controladas
36
- Faixa etaria
- Aplica~ao dos testes
- Hormio
3.4.1.21'1110 Controladas
- Nivel tecllico individual
- Nivel de prepara~iio individual
- Aspectos gem:ticos
3.5 TABULA<;:AO DE DADOS.
Os dados foram tabulados estatisticamente,
utilizando-se media, desvio padrao
e percentual.
3.6 ANALISE DOS DADOS.
Os testes avaliativos para verificar
0
perfil morfologico dos atletas e analisar as
capacidades fisicas por posi~oes se deram atraves de testes adaptados conhecidos e
efetuados em varias situa~oes por muitos clubes.As avalia~oes foram efetuadas atraves
de urn circuito, aonde cad a grupo de 6 a 7 atletas munidos de suas respectivas
realizaram os seguintes testes.
- teste de precisao de membros inferiores.
-teste de velocidade 30mts sem bola.
-teste de agilidade entre cones sem bola.
-teste de agilidade entre cones com bola.
-teste de for~a de membros inferiores/impulsao vertical.
fichas
37
4 APRESENTACAo
E DlscussAo
DOS RESULTADOS
Este capitulo apresenta os principais resultados do estudo: Amilise do Nivel das
Capacidades Fisicas Dmante
0
Processo de Seleyao no Futebol de Campo.
Quadro 2- Quadro Geral dos Resultados Obtidos
posiC;iio
estatura
I
idade
M.
Corporal
vel.30 m
vel. sl bola
vel. cl bola
precisao
Esq.
Dir.
imp. vert.
lateral
1,73
21,S
I
zagueiro
1,87
20,5
volante
1,78
20,6
meia
1,77
20,45
I
atacante
1,76
22,25
Media
1,78
21,06
73,5
4,8
8,01
9,84
73,07
4,7
7,88
9,32
Oesv.
I
Padrao
0,05
0,86
71
4,76
7,91
9,76
82,5
4,76
8,07
8,71
70,2
4,6
7,75
9,17
68,18
4,6
7,69
9,13
6,32
0,1
0,18
0,46
1.5
2,5
2,5
2,5
1,6
2,4
2,18
1,25
1,8
0,56
43,12
44,75
43,7
1,27
45,09
2,75
44
2,28
44,13
0,65
0,64
Este quadro nos mostra todas as medias dos resultados obtidos dmante a
realizayao deste trabalho, a partir dele poderemos analisar os indicadores
separadamellte atraves dos graticos seguintes:
38
Gratico \- Media de idade
grafico 1
22,5
22
...••••
:'5!
21,5
21
20,5
20
posi~es
Este gnifico refere-se a media de idade por posiyoes dos atletas que realizaram
os testes de seleyao, podemos verificar que os meias tern a menor media de idade e que
os atacantes encontram-se com uma media de idade superior ao restante das medias
das outras posiyoes
Grafico 2- Media de estatura
grafico 2
I 0 estatura I
posi~lIes
Este grafico apresenta a media de estatura dos atJetas e podemos verificar que a
media de estatura dos zagueiros e superior a media de estatura dos atJetas das outras
posiyoes que apresentam resultados muito pr6ximos.
39
Gn\fico 3- Media de peso
grafico 3
90
_.~
__ ~8,~5 __ ~
80
70·1--'-1----1
60
_
.~~--~,
i~~:
30·
20·
10
O+-L-~~-~~~~-L~_r~-L_r~~
posil,;6es
Este gnifico refere-se a media de massa corporal dos atletas em questao e
podemos verificar que os zagueiros apresentam uma massa corporal maior em rela~ao
a massa corporal dos atletas das outra posi~oes.
Gnifico 4- Media da velocidade em 30 metros
grafico 4
i
lSl
~
:2
g
~
4,85
,-----------::---------ra--------,
4,8·
4,75 -Hi--f----,.----'-:::-----j
4,7-
[J
4,65·
4,6·
4,55
4, 5
wlocidade
30 mts
+-'--'.....,~-'--,--L---"-_;__L-L,~-'--r_'_--L_i
Analisando
0
gnifico do teste de velocidade de 30mts podemos verificar que a
media de velocidade dos volantes e dos meias e maior que os atletas das outras
posi~oes, e que, os atacantes sao os menos velozes neste tcstc.
40
Gnifico 5- Velocidade entre cones sem bola
grafico 5
8, 1 ,.---~~~
8 h'7<T"-l
o velocidade
entre cones
s/bola
posi\;6es
Neste gnifico podemos verificar que a media de agilidade dos meias e superior a
dos atletas das outras posiyoes, e que os zagueiros foram os menos ageis neste teste
Gnifico 6- Velocidade entre cones com bola
grafico 6
Neste segundo gnifico para analisarmos a agilidade com bola, verificamos que a
media dos zagueiros e melhor que a do restante da media das outras posiyoes, e que os
atacantes demonstram ser os menos eficientes oeste quesito.
41
Gnitico 7- Media de precisao
posic;Oes
Podemos veriticar neste gnlfico a media de precisao dos atletas em questao, e
podemos observar que 0 melhor jndice de acertos precisos com 0 pe esquerdo foram
dos zagueiros e 0 menor indice de aproveitamento ficou com os atacantesJa 0 indice
de aproveitamento com 0 pe direito teve melhor desempenho p6 conta dos atacantes e
baixo rendimento ficou com os meias.
Grafico 8- Media de impulsiio vertical
grafico 8
iii
~
46
~
45
,g
--.~~~=-~~.
+---"';"';'~;~---r"""--r
44 ~ 43 -!--,..-,,.......-\
~ 42
-~~~~-r~~~~~~~~
.-
~'?
~flj
,~
......--,..-1 o impulsao
vertical
.~o'?
-»10
~<:$
Analisando 0 gnitico de media de impulsao vertical que os meias tern urn indice
melhor em relayllo aos atletas das outras posiyoes e que os laterais tiveram 0 mais
baixo rendimento neste quesito.
42
5 CONCLUSOES E SUGESTOES
o
dllJante
traballlO teve como objetivo geral: analisar
0
processo
de seleyao no futebol
0
nivel das capacidades fisicas
de campo,
apresentou
as seguintes
conclusoes:
o perfil
mOifologico dos atIetas que realizaram os testes de seleyao no Dinamo
- Adapar, mostrou que os zagueiros tem uma media maior de estatura que
0
restante
das medias dos atletas das outras posiyoes, que por ventura mostrou uma media muito
proxima entre laterais, volantes, meias
e atacantes,
Ainda verificando
0
perfil
morfologico destes atletas, podemos observ81' que os zagueiros tambem possuem uma
massa corporal maior que
0
rest811teda media das outras posiyoes,
Em relayao ao indice em funyao das posiyoes de jogo dos atIetas os testes nos
revel81'am diferentes indices em relayao a velocidade e agilidade por posiyoes, sendo
que os vol antes e meias tiveram melhor perfomlance
na velocidade
de 30mts,
deixando os atacantes com urn desempenho abaixo em relayao a estes e aos atletas das
demais posiyoes,
A velocidade com e sem bola que detenninarrun a agilidade dos atIetas em
ful1yao das posiyoes de jogo nos mostrar81n que os zagueiros chegarrun aos extremos
nestes quesitos, pois enquanto, na velocidade com bola se mostraram os mais ageis
em relayao aos demais atIetas, no teste de velocidade
pel a media dos atletas das outras posiyoes tendo
sem bola eles foram superados
0
pi~r rendimento,
sendo que a
pelfonnance dos meias foi a mell1or.
Comparando os indices de precisao verific81nos que os atacantes tiverrun lUna
media meUlOr que os atIetas quando a precisao foi executado com
entanto apresentaram
esquerdo,
0
menor rendimento quando executarrun
0
0
pe direito, no
chute com
0
pe
43
Podemos observar tambem que os zagueiros tiveram mn indice de precisao
50% para
0
chute com
No teste de impulsao
verificamos
0
pe direito e 50% para chute com
vertical que analisou a
0
de
pe esquerdo.
potencia
de membros
inferiores
que a media dos meias foi supelior ao restante da media das outras
posiyoes.
5.1 SUGESTOES
as testes avaliativos sao de suma importancia para a avaliayao dos atletas,
assim podemos identificar qual a capacidade fisica
0
atleta necessita desenvolver com
maior urgencia, sugere-se que os c1ubes efetuem estes testes periodicamente
detectar possiveis alterayoes em suas aptidoes fisicas.
a fim de
44
REFERENCIAS BIBLlOGRAFICAS
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Treinamen/o
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1 ed. Rio de Janeiro: Grupo
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ANALISE DO NivEL DAS CAPACIDADES FisICAS - TCC On-line